Adoração? O cara endeusava ele como um Deus, sem ao menos conhecê-lo, vivia de resto e o Sr. Park nem ai para os pobres, sem falar que o cara já estava pirado das idéias depois se 4 anos preso naquele lugar. Esse é um dos motivos do Sr. Kim pegar raiva do patrão.
Essa parte do "contemplar a chuva" me lembrou um _quote_ de um documentário brasileiro sobre pessoas que moram em cobertura, onde uma madame que mora numa cobertura aqui no RJ diz que " _como são lindas as balas tracejando o céu, parecem estrelas cadentes_ ".
Foi uma grata surpresa ver Hollywood dando seu prêmio máximo para Parasita, pois além da temática que incomoda a supremacia americana trata se de um filme estrangeiro e oriental. Custei a acreditar, mas fiquei emocionada, pois o cinema merecia essa obra que além de ser artística e real. Parabéns ao filme e ao Dunker por essa análise perfeita e profunda.😉
Parasita é daquele tipo de filme que permite várias leituras, é uma obra aberta em que cada cena é uma "metáfora". Parafraseando um dos personagens, "isso é tão metafórico". Prêmios mais do que merecidos.
Grande análise desse maravilhoso filme, desde que o vi pela primeira vez sabia que tinha muita psicanálise 'escondida' ali. Porém ao meu ver não é uma contraposição total ao que Byung-Chul Han coloca em A Sociedade do Cansaço, diria que o filme é compatível com algumas das ideias desse autor. O tema da disputa de classes é bem claro como o professor colocou, mas outro tema também é fundamental: a desesperança brutal, o final do filme não é de que o jovem Ki-woo conseguirá comprar a casa e resgatar seu pai, mas sim que é uma ilusão que o manterá 'sobrevivendo', sem nenhuma possibilidade de sucesso - o próprio diretor comentou que a ultima cena é um 'tiro de confirmação', aquele que se dá para ter certeza que está morto o adversário ou a caça. Isso ao meu ver muito se relaciona com o que Han colocou sobre a sociedade do desempenho, há uma necessidade de criar planos para o sucesso que nunca terá possibilidade de serem alcançados, pois tão logo são sobrepostos por novos planos, movendo a 'felicidade' para o eterno amanhã. O pai da família Kim faz alusão a esses planos impossíveis logo que sua família vai parar no ginásio com todas outras famílias afetadas pela enchente, dizendo que não faz planos, pois pelo menos não tem como dar errado. A pedra que a família Kim recebe é apenas uma promessa de riqueza (é uma metáfora da esperança), não a própria riqueza, que no fim das contas apenas trouxe a desgraça da família, a filha morta, o pai preso no bunker e o filho com o trauma na cabeça e o riso involuntário (que lembra um tanto o novo Coringa, não?) O meio-caminho entre os ricos e os pobres através da educação também é irreal, apenas com um diploma falso em Harvard / Yale (não lembro bem) e mudando seu nome pra Kevin (americanizando-se) ele foi capaz de chegar próximo da família Park, e mesmo assim apenas como serviçal, menos ainda é a possibilidad dele de fato tornar-se rico como os Park. A distinção entre quem é rico e quem é pobre, ao menos nesse filme é uma questão quase que biológica, está na pele, é o cheiro que o o Sr. Park sente. Numa sociedade assim, a educação e o trabalho duro são apenas espaços para dar a ilusão de futuro, é o lugar onde o sujeito da torna-se carrasco de si mesmo, entra no excesso de positividade e com isso cansa-se indefinidamente até ou chegar a exaustão (Burnout) ou a Depressão: "A lamúria do indivíduo depressivo de que nada é possível só se torna possível numa sociedade que crê que nada é impossível. Não-mais-poder-poder leva a uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão" (Han, 2015, pg 29)
Olá, Dunker! Sou psicanalista em formação e acompanho seu canal desde o início. Você poderia fazer um vídeo sobre a “Cultura do Cancelamento”? Essa tentativa de exclusão do outro não se relaciona com a Lógica do Condomínio? Seria uma fantasia de onipotência que os usuários têm no momento de dar um clique e decidir sobre o lugar do outro? Muito obrigado! Abração
Salve, professor Dunker! Adorei sua interpretação dos símbolos e da estrutura do filme. Me chama atenção no filme o fato de haver uma reprodução reflexiva dos comportamentos: o que os pobres estrangeiros mais desprezam nos pobres anteriores a viver na casa é precisamente o que os pobres anteriores mais desprezam nos pobres estrangeiros (os "recém-chegados"). E esse ressentimento recíproco ecoa no mesmo padrão de comportamento da família rica com os pobres -- um desprezo grande pela sombra, quando em forma de "negação" (representada nessa briga entre as famílias pobres), ou amor fanático pela sombra, quando em forma de "projeção" (como quando o personagem ascende as luzes de seu "ídolo" enquanto ele passa). E as explosões impulsivas do fim do filme representariam, a meu ver, a revelação das repressões das sombras de todas essas famílias, tão fixadas em suas máscaras e "boas aparências", mas sem qualquer capacidade de tratar os outros com verdadeira dignidade e respeito. Quando, no último ato, o pai da família Kim vê seu próprio comportamento (o desprezo que ele próprio sentia por aquele homem que estava morrendo) replicado na figura de alguém "acima dele" (alguém que o desprezava tal como ele desprezava o homem ferido), então ele se torna "aliado" daquele que antes rejeitava. Isso me fez pensar em uma espécie de "integração de sombras", num sentido junguiano. E a integração é transformação, transmutação -- em toda transmutação há uma morte. Contudo, o fim da narrativa parece nos mostrar as sombras do filho, novamente, "em projeção" -- ele ainda quer aquele mesmo lugar. Um grande abraço Parabéns pelo canal!
Adorei a sua análise professor! Indico o filme "Burning" ( diretor Lee Chang-dong) que também é fantástico e vale a pena fazer uma análise profunda. Sempre gostei da arte asiática e nos últimos anos estou cada vez mais apaixonada pela dramaturgia Sul Coreana. "Parasita" é uma das provas desse talento.
Há um documentário que passou no canal curta que mostra a vida dos que vivem em apartamentos de cobertura no Brasil. Não me lembro nome nem diretor, mas é bem ilustrativo "dazelites" no país.
Parabéns! Saí do cinema impactada! Sou psicanalítica e sua explanação agregou bastante valor ao meu conhecimento! Grande abraço!
5 років тому+4
Se "Parasita" não tivesse ganho tantos Oscars além do já prometido de melhor filme estrangeiro, essa edição do Oscar teria sido completamente descartável e esquecível. Mas os votantes resolveram fazer história. Espero que essa seja a porta de entrada para uma expansão do alcance do cinema, e não uma exceção à regra.
Olá Dunker! Sou estudante de psicanálise e encontrei no seu canal, uma fonte maravilhosa e rica de referência para estudos. Sou muito grata ao seu trabalho! Gostaria de ver um Desejo em cena com Precisamos falar sobre o Kevin, acho que tem muita coisa pra lançar olhar nesse filme.
Christian, após te ouvir fiquei pensando sobre o bunker ter sido projetado pelo "arquiteto de marca". Ou seja, algo dentro da própria casa que os compradores jamais tiveram conhecimento da existência. mas que foi de desse lugar construído/constituído por um outro/Outro que algo guardado se revelou governando o destino de todos.
Isso ai é estranho, até pq esse bunker é um quarto do pânico que serve para proteger a família em casa de assalto ou algum assassino invadir a casa, é obrigação a imobiliária ou antigo dono passar a informação sobre esse bunker, e poxa, 4 anos e eles nunca saber da existência eu achei um furo no roteiro em.
@@rodrigocarvalho3793 penso que não se trata de furo de roteiro, mas sim de simbologia para a alienação da família mais abastada, para quem importava mais o "externo" do que as "entranhas".
Professor, é possível fazer um vídeo discutindo as perspectivas de Frantz Fanon em relação à psicanálise e a pertinência de suas ideias atualmente? Agradeço imensamente por seus vídeos, eles são um "descanso na loucura". Grande abraço!
Adorei! Me encantei com o filme e saí da sessão mobilizada e refletindo. Que sensibilidade desse diretor. Comentários perfeitos, verei o filme novamente. Obrigada professor! Curto muito o seu canal. Parabéns.
Excelente! Interessante a perspectiva da chuva como evento de apreciação para uns e tragédia para outros. O filme é uma reunião de belas cenas, inclusive algumas ficarão marcadas pra sempre, como o filho segurando a pedra que simboliza o peso das escolhas. Incrível! Grato pela soma no debate das temáticas do filme.
Gente! Como assim?! Vcs nunca experimentaram nada parecido? Nunca viveram a delícia de estar apreciando um barulho de chuva ao dormir sem chegar a pensar o quão privilegiada essa experiência é frente a experiência daqueles que não tem um teto e tão pouco cobertores para considerar o barulho de chuva algo bom??
E sabe o mais interessante? É que a família Kim mesmo que por poucos minutos, sentiu como é a chuva para os ricos e de como pode ser para os pobres, viu os dois lados, e é um dos motivos que o Sr. Kim fica abalado durante a noite e já na festa, da pra ver que ali ele já estava pirado com toda a situação.
Excelente análise, como sempre. A questão do cheiro me lembrou A caminho de Wigan Pier, de George Orwell, quando ele diz que a pior forma de odiar alguém é pelo cheiro -- fiquei pensando se o diretor não teria se inspirado no Orwell!
Parabens Dunker , pela analise e psicanalise desse dois mundos . Fala muito bem e coerente. Vem de acordo como no meu livro disse que as vezes o Cinema ë mais Ciencia que uma simples psicanalise! Faltou dizer nas sua analise um simbolismo classico e antigo -: A Caverna de Platao!
Sensacional! Excelente análise do filme. E como não irias mencionar o Byung Chu Han e suas posições sobre a Psicanálise no livro Sociedade do Cansaço, vejo que fica aí nas entrelinhas a própria questão do filósofo Coreano se inserir na cultura alemã, seria também o espelho como no filme? rshrsh. E o espelho reside inclusive na entrega de tantas estatuetas a um filme Coreano, muito a se pensar, inclusive nas intenções, nada é por acaso.
Dr. é curioso como a mãe da família rica prefere achar que a criança viu um fantasma , do que visto alguém real que vivia no plano real, e exatamente assim que ela age no supermercado como se o Pai da outra família não existisse.
Woww agora c esta super ANALISE RICA em detalhes e apontamentos da LÍNGUAGEM DO CINEMA e com este FOCO SUPER OBJETIVO e LUCIDEZ PSICANALITICA, Agora até vou conseguir assistir a este filme vencedor de Oscar 2020. Parabéns mestre C.D!!
PEDIDO DE TEMA DE VÍDEO: Olá, Christian! Você poderia fazer um vídeo falando um pouco sobre a questão de classe na formação psicanalítica? Tenho pensado sobre isso. Curso de formação, análise individual, supervisões etc.: quem pode pagar por isso? Como fica o desejo daquele que não pode arcar com esses custos? Podemos afirmar que o saber psicanalítico é um saber classista? Obrigada, professor!
Boa noite, Christian. Você poderia por favor explicar as diferenças entre pulsões e instintos? Não seriam as pulsões um tipo de instinto específico do ser humano, que por causa de sua complexidade precisa dessa nova nomenclatura?
Professor, acabo de terminar de ler o capítulo 3 (mal-estar, sofrimento e sintoma) do seu livro de mesmo nome. Achei muito interessante e fiquei curioso de ver um vídeo (você nunca fez ou eu que não achei?) contando um pouco mais dessa relação entre Marx(ismo) e psicanálise. Notei que na sua antibiblioteca não há obras do Barbudo, por quê? Gosto muito do seu canal e sempre janto às segundas e quintas vendo um vídeo novo ou antigo. Sou formado em letras, mas quase estou fazendo uma segunda graduação em psicologia por “culpa” sua. Parabéns pelo trabalho e continue nos inspirando sempre!
Muito interessante a questão da luz ser diferente no ocidente e oriente. Vou assistir novamente o filme com esta perspectiva. Professor, uma sugestão: o filme O Farol seria digno de uma avaliação sua? Obrigada!
Parasita(2019) - Dia assistido 02/11/2019 e Re-assistido no dia 19/02/2020 -ESPLÊNDIDO 10/10 - Direção: Bong Joon Ho - Gênero: Suspense/Drama/Comedia/Terror - O filme que fez história e conseguiu o inédito Oscar de melhor filme em 2020 e além de levar mais três categorias como melhor diretor, melhor roteiro original e melhor filme estrangeiro, o filme está causando impacto e muitas emoções onde passa, ele conta a história de uma família pobre de um bairro humildade da Coreia do Sul, vivendo em um lugar sujo e abafado a família faz de tudo para sobreviver, em busca da tão famosa e desejada ascensão social eles irão ir em lugares jamais imagináveis e descobriram coisas ocultas do dinheiro. O filme é o melhor do ano, dirigido pelo experiente Bong Joon Ho que tem uma direção firme e correta, o roteiro nos surpreende com uma história fantástica e chocante, me arrisco a dizer que é a ficção que mais se aproxima da realidade nos últimos anos, o filme mistura quarto gêneros de forma fantástica, ele consegue fazer um bom humor com pitadas de ironia e sarcasmo, em momentos do filme principalmente nos inicias você irá rir mesmo não querendo, ao lado disso tem todo um drama de uma realidade já conhecida em muitos países do mundo, uma família pobre que vive sobre a consequências da desigualdade social e não tem o básico como a comida, o suspense está caminhando do outro lado da história com o desenrola e com personagens aparecendo em cenas tensas. Com o passar do tempo vão surgindo conflitos e deixando o telespectador aflito sem saber o que irá acontecer, o que aquelas pessoas irão fazer e como irão sair dali e por fim porém não menos importante, o terror jogado sem nenhum pudor nos nossos olhos e ouvidos, o terror misturado com uma sensação de que ali não tem culpados e muito menos inocentes, ao chegar no ato final aquelas pessoas são responsáveis pelas suas vidas ou são apenas consequências de um sistema moedor? O telespectador se pergunta, eu me pergunto, você se pergunta, a família Kim pensa na resposta e as atitudes da família Park talvez seja a resposta ou não, quem sabe, o que percebemos ali é um parasitando o outro, é rico que não olham para baixo e pobre que só olha para cima. Parasita é uma obra bela, é maçante, é tensa e em algum momento pelo menos uma cena daquela você já viveu ou ficou de algum lado, o filme não deixa você se perder, ele não para e ele sabe que você quer mais muito mais e ele não poupa isso, o final desse filme ou pelo menos o último ato é uma bomba relógio que já estava prestes a explodir e o diretor sabe que vai gerar desconforto em você pois essa bomba você criar sobre os seus olhos, é por isso que a sua emoção vai de felicidade para tristeza, os atores garantem isso e tudo mundo ali tem o seu papel fundamental, o filme não deixa ponta solta, o que deixa mesmo é reflexão e com uma fotografia suja como é a realidade da família Kim e clara um pouco suave na família Park, você se choca e se questiona, não pelo final em si, mas por ele representar tão bem a realidade que talvez seja sua e se não for será de um colega ao lado. O filme é 10 em tudo, na sua mensagem e na sua não mensagem, o impacto é real e ele termina assim “Onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre, e o motivo todo mundo já conhece, é que o de cima sobe e o de baixo desce.” A minha nota pessoal para essa representação legitima da sétima arte é ESPLÊNDIO 10/10 e nota em sites específicos é 5/5. Crítica feita e revisada por Tarcísio Braga Se gostou ou tem alguma sugestão me siga no Instagram(tarcisiobbraga), Snapchat(tarcisiomix) e Twitter(tarcisiobbraga) acompanhe nos sites AdoroCinema, Filmow e TV Time com os mesmos nomes das redes sociais! Agradeço a leitura e espero o seu comentário com críticas ou elogios.
Olá professor. Eu tenho uma questão que surgiu vendo um vídeo seu anterior (que não me lembro exatamente qual). Gostaria de saber se é possível para a psicanálise traçar uma relação entre o desejo e o capital simbólico, ou seja, de que modo o capital simbólico pode atuar na construção dos nossos desejos; se sim, de que modo essa relação se dá na sociedade atual? Adoro seus vídeos. Um abraço!
Putz, Dunker, ótima análise! Assisti ao filme semana passada. Impressionou-me bastante, em parte pelo q vc "desnudou", em parte, pelo q vc "escondeu" ( o decote de Barthes?). Transcendente a culturas e imanente a uma, ao mesmo tempo. Mereceu tudo o q recebeu. E é em coreano! Seria o "declínio (autofágico) do império ("trumpiano") americano"? Eles estariam, no semblante da academia, menos burros?
eu bão gostei muito desse video porque o Christian ficou narrando o filme todo, eu já vi o filme e consegui entender essas coisas. senti falta de menos narrar e mais reflexão.
Na hora do salvamento, depois da facada tem algo que acho mais significativo até. O pai da família rica quer a chave do carro para levar para o hospital o filho que desmaiou, ele ignora completamente a facada da garota pobre/arteterapeuta. Creio que tem uma imagem da vida que pode se deixar morrer posta em relação à “urgência fútil” da família rica.
Fernando Rodrigues dos Santos é sim. Eu não estou tão empolgado com filmes ultimamente, tem sido difícil achar filmes que acho bons. Aí fui ver Parasita despretensiosamente no cinema e achei muito bom, me surpreendeu muito porque não sabia muita coisa sobre o que era o filme.
esclarecedora análise. só um comentário. a família rica( pai, mãe, filho e filha) já estava a salvo quando o pai vai resgatar as chaves do carro. o pai park estava abandonando a casa, como de fato abandonaram. a família pobre que havia sido ferida.
Acho importante a parte onde o cara que mora no porão tem uma adoração pelo dono da casa como aquele que provém meios para a sobrevivência dele
gustavo cardoso boa observação!
RESPECT!
Adoração? O cara endeusava ele como um Deus, sem ao menos conhecê-lo, vivia de resto e o Sr. Park nem ai para os pobres, sem falar que o cara já estava pirado das idéias depois se 4 anos preso naquele lugar. Esse é um dos motivos do Sr. Kim pegar raiva do patrão.
Essa parte do "contemplar a chuva" me lembrou um _quote_ de um documentário brasileiro sobre pessoas que moram em cobertura, onde uma madame que mora numa cobertura aqui no RJ diz que " _como são lindas as balas tracejando o céu, parecem estrelas cadentes_ ".
É uma situação que existe no mundo, mas é mostrada de uma maneira tão profunda que você sente o que os personagens estão sentindo.
Foi uma grata surpresa ver Hollywood dando seu prêmio máximo para Parasita, pois além da temática que incomoda a supremacia americana trata se de um filme estrangeiro e oriental. Custei a acreditar, mas fiquei emocionada, pois o cinema merecia essa obra que além de ser artística e real. Parabéns ao filme e ao Dunker por essa análise perfeita e profunda.😉
Um dos melhores filmes que vi na vida. Me impactou, fiquei pensando algumas horas sobre toda história. Mereceu o oscar.
Esse cara é um gênio
A cena do celular como se fosse uma arma...retrata bem mesmo como o celular se incorporou na história!
Parasita é daquele tipo de filme que permite várias leituras, é uma obra aberta em que cada cena é uma "metáfora". Parafraseando um dos personagens, "isso é tão metafórico". Prêmios mais do que merecidos.
E o amor inabalavel e leal que existe apenas entre o habitante do bunker e sua fiel esposa.
Grande análise desse maravilhoso filme, desde que o vi pela primeira vez sabia que tinha muita psicanálise 'escondida' ali.
Porém ao meu ver não é uma contraposição total ao que Byung-Chul Han coloca em A Sociedade do Cansaço, diria que o filme é compatível com algumas das ideias desse autor. O tema da disputa de classes é bem claro como o professor colocou, mas outro tema também é fundamental: a desesperança brutal, o final do filme não é de que o jovem Ki-woo conseguirá comprar a casa e resgatar seu pai, mas sim que é uma ilusão que o manterá 'sobrevivendo', sem nenhuma possibilidade de sucesso - o próprio diretor comentou que a ultima cena é um 'tiro de confirmação', aquele que se dá para ter certeza que está morto o adversário ou a caça. Isso ao meu ver muito se relaciona com o que Han colocou sobre a sociedade do desempenho, há uma necessidade de criar planos para o sucesso que nunca terá possibilidade de serem alcançados, pois tão logo são sobrepostos por novos planos, movendo a 'felicidade' para o eterno amanhã. O pai da família Kim faz alusão a esses planos impossíveis logo que sua família vai parar no ginásio com todas outras famílias afetadas pela enchente, dizendo que não faz planos, pois pelo menos não tem como dar errado. A pedra que a família Kim recebe é apenas uma promessa de riqueza (é uma metáfora da esperança), não a própria riqueza, que no fim das contas apenas trouxe a desgraça da família, a filha morta, o pai preso no bunker e o filho com o trauma na cabeça e o riso involuntário (que lembra um tanto o novo Coringa, não?)
O meio-caminho entre os ricos e os pobres através da educação também é irreal, apenas com um diploma falso em Harvard / Yale (não lembro bem) e mudando seu nome pra Kevin (americanizando-se) ele foi capaz de chegar próximo da família Park, e mesmo assim apenas como serviçal, menos ainda é a possibilidad dele de fato tornar-se rico como os Park. A distinção entre quem é rico e quem é pobre, ao menos nesse filme é uma questão quase que biológica, está na pele, é o cheiro que o o Sr. Park sente. Numa sociedade assim, a educação e o trabalho duro são apenas espaços para dar a ilusão de futuro, é o lugar onde o sujeito da torna-se carrasco de si mesmo, entra no excesso de positividade e com isso cansa-se indefinidamente até ou chegar a exaustão (Burnout) ou a Depressão: "A lamúria do indivíduo depressivo de que nada é possível só se torna possível numa sociedade que crê que nada é impossível. Não-mais-poder-poder leva a uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão" (Han, 2015, pg 29)
Dunker! Por favor, comenta sobre o filme O POÇO!
"Um 'Bunker'. Não confundir com Dunker". Eu sorri! Você é uma graça!
Você tornou o filme ainda mais genial!
You Tchube .... é tão lindinho!!! 😁
Ótima análise! Obrigada!
Ta ligada q ele fala isso por causa do U2, né? O dia q descobri n queria acreditar hauiahiua.
@@andymatte5246 eu não sabia! Obrigada por compartilhar a informação! 😁🍀
Excelente. Está análise enriqueceu muito minha compreensão do filme.
Olá, Dunker! Sou psicanalista em formação e acompanho seu canal desde o início. Você poderia fazer um vídeo sobre a “Cultura do Cancelamento”? Essa tentativa de exclusão do outro não se relaciona com a Lógica do Condomínio? Seria uma fantasia de onipotência que os usuários têm no momento de dar um clique e decidir sobre o lugar do outro? Muito obrigado! Abração
Salve, professor Dunker!
Adorei sua interpretação dos símbolos e da estrutura do filme.
Me chama atenção no filme o fato de haver uma reprodução reflexiva dos comportamentos: o que os pobres estrangeiros mais desprezam nos pobres anteriores a viver na casa é precisamente o que os pobres anteriores mais desprezam nos pobres estrangeiros (os "recém-chegados"). E esse ressentimento recíproco ecoa no mesmo padrão de comportamento da família rica com os pobres -- um desprezo grande pela sombra, quando em forma de "negação" (representada nessa briga entre as famílias pobres), ou amor fanático pela sombra, quando em forma de "projeção" (como quando o personagem ascende as luzes de seu "ídolo" enquanto ele passa). E as explosões impulsivas do fim do filme representariam, a meu ver, a revelação das repressões das sombras de todas essas famílias, tão fixadas em suas máscaras e "boas aparências", mas sem qualquer capacidade de tratar os outros com verdadeira dignidade e respeito.
Quando, no último ato, o pai da família Kim vê seu próprio comportamento (o desprezo que ele próprio sentia por aquele homem que estava morrendo) replicado na figura de alguém "acima dele" (alguém que o desprezava tal como ele desprezava o homem ferido), então ele se torna "aliado" daquele que antes rejeitava. Isso me fez pensar em uma espécie de "integração de sombras", num sentido junguiano. E a integração é transformação, transmutação -- em toda transmutação há uma morte.
Contudo, o fim da narrativa parece nos mostrar as sombras do filho, novamente, "em projeção" -- ele ainda quer aquele mesmo lugar.
Um grande abraço
Parabéns pelo canal!
Magnífico! Magnífico!
Melhor filme do ano
Ótima análise. Esse filme tem que ser visto e revisto por todos!
Quase me levanto para aplaudir essa análise. Excepcional. Parabéns.
Adorei a sua análise professor! Indico o filme "Burning" ( diretor Lee Chang-dong) que também é fantástico e vale a pena fazer uma análise profunda. Sempre gostei da arte asiática e nos últimos anos estou cada vez mais apaixonada pela dramaturgia Sul Coreana. "Parasita" é uma das provas desse talento.
TENHO QUE COLOCAR O SR DUNKER NUMA CAIXINHA...ELE É DEMAIS....
Há um documentário que passou no canal curta que mostra a vida dos que vivem em apartamentos de cobertura no Brasil. Não me lembro nome nem diretor, mas é bem ilustrativo "dazelites" no país.
A pedra lembrava a Carta Roubada. Puro significante. Deslizando significados durante toda a história.
Dunker, poderia falar sobre o filme brasileiro Praça Paris? Tem muito a ver com o canal. Ficaria agradecida!
Parabéns! Saí do cinema impactada! Sou psicanalítica e sua explanação agregou bastante valor ao meu conhecimento!
Grande abraço!
Se "Parasita" não tivesse ganho tantos Oscars além do já prometido de melhor filme estrangeiro, essa edição do Oscar teria sido completamente descartável e esquecível. Mas os votantes resolveram fazer história. Espero que essa seja a porta de entrada para uma expansão do alcance do cinema, e não uma exceção à regra.
Impressionante análise.
Christian, faz um vídeo sobre Jojo Rabbit e o uso da sátira.
Olá Dunker! Sou estudante de psicanálise e encontrei no seu canal, uma fonte maravilhosa e rica de referência para estudos. Sou muito grata ao seu trabalho!
Gostaria de ver um Desejo em cena com Precisamos falar sobre o Kevin, acho que tem muita coisa pra lançar olhar nesse filme.
Christian, após te ouvir fiquei pensando sobre o bunker ter sido projetado pelo "arquiteto de marca". Ou seja, algo dentro da própria casa que os compradores jamais tiveram conhecimento da existência. mas que foi de desse lugar construído/constituído por um outro/Outro que algo guardado se revelou governando o destino de todos.
Quem conhecia era apenas a empregada que tinha trabalhado com o primeiro dono que era arquiteto q fez a casa.
@@serlage exatamente, os compradores nunca souberam
Isso ai é estranho, até pq esse bunker é um quarto do pânico que serve para proteger a família em casa de assalto ou algum assassino invadir a casa, é obrigação a imobiliária ou antigo dono passar a informação sobre esse bunker, e poxa, 4 anos e eles nunca saber da existência eu achei um furo no roteiro em.
@@rodrigocarvalho3793 penso que não se trata de furo de roteiro, mas sim de simbologia para a alienação da família mais abastada, para quem importava mais o "externo" do que as "entranhas".
Dunker, riquíssima análise! Gostaria muito de ver a sua perspectiva sobre o filme o Farol! Parece um prato cheio para a psicanálise
Que análise maravilhosa! Adorei o vídeo e o filme! Terei de ver de novo. Os dois...
Aff, como é bom Te ouvir, ver, ler!!! Gratidão !! ♡
Maio de 2024......muito boa interpretação
Professor, é possível fazer um vídeo discutindo as perspectivas de Frantz Fanon em relação à psicanálise e a pertinência de suas ideias atualmente? Agradeço imensamente por seus vídeos, eles são um "descanso na loucura". Grande abraço!
eu te louvo homi! vc eh incrivel !!!!!
Ótima Reflexão !!!
Fofo lindo 💗💗💗💗💗
Adorei! Me encantei com o filme e saí da sessão mobilizada e refletindo. Que sensibilidade desse diretor. Comentários perfeitos, verei o filme novamente. Obrigada professor! Curto muito o seu canal. Parabéns.
Excelente! Interessante a perspectiva da chuva como evento de apreciação para uns e tragédia para outros. O filme é uma reunião de belas cenas, inclusive algumas ficarão marcadas pra sempre, como o filho segurando a pedra que simboliza o peso das escolhas. Incrível! Grato pela soma no debate das temáticas do filme.
Gente! Como assim?! Vcs nunca experimentaram nada parecido? Nunca viveram a delícia de estar apreciando um barulho de chuva ao dormir sem chegar a pensar o quão privilegiada essa experiência é frente a experiência daqueles que não tem um teto e tão pouco cobertores para considerar o barulho de chuva algo bom??
E sabe o mais interessante? É que a família Kim mesmo que por poucos minutos, sentiu como é a chuva para os ricos e de como pode ser para os pobres, viu os dois lados, e é um dos motivos que o Sr. Kim fica abalado durante a noite e já na festa, da pra ver que ali ele já estava pirado com toda a situação.
Excelente análise, como sempre. A questão do cheiro me lembrou A caminho de Wigan Pier, de George Orwell, quando ele diz que a pior forma de odiar alguém é pelo cheiro -- fiquei pensando se o diretor não teria se inspirado no Orwell!
Interessante fazer um paralelo na relação entre patrão e empregadas domésticas na Coréia e no Brasil.
A palavra que resume tudo, vem na morte do prisioneiro do porão, após ser golpeado com espeto ... Seu último grito é RESPEITO!!!!
Adorei essa análise. Sobre conflitos psicológicos e sobre conflitos sociais
Esse filme é sensacional! Obrigada pela análise.
Amei suas considerações sobre o filme!!!!
Muito interessante esse tipo de vídeo falando sobre um filme! Gostaria de ver mais videos assim!
A educação não distribui renda. É a ilusão que culpa o excluído por sua exclusão.
Espetacular!
Parabens Dunker , pela analise e psicanalise desse dois mundos . Fala muito bem e coerente. Vem de acordo como no meu livro disse que as vezes o Cinema ë mais Ciencia que uma simples psicanalise!
Faltou dizer nas sua analise um simbolismo classico e antigo -: A Caverna de Platao!
Professor sua fala é maravilhosa! Que reflexão!
professor eu amo suas analises!
Obrigado, Dunker!
Professor, boa tarde. Acabei de assistir ao filme Você não estava aqui. Excelente. Merece um Desejo em cena.
Análise absolutamente GENIAL!
Adorei a análise! Obrigada professor! 👏🏽♥️
Dos bunkers e dos dunkers muito bom. Análise excelente!
Professor, faz um Desejo Em Cena de Watchmen, a série da HBO. Acredito que há muito conteúdo para a Psicanálise ali.
Sensacional!
Excelente análise do filme.
E como não irias mencionar o Byung Chu Han e suas posições sobre a Psicanálise no livro Sociedade do Cansaço, vejo que fica aí nas entrelinhas a própria questão do filósofo Coreano se inserir na cultura alemã, seria também o espelho como no filme? rshrsh.
E o espelho reside inclusive na entrega de tantas estatuetas a um filme Coreano, muito a se pensar, inclusive nas intenções, nada é por acaso.
As mães gostam de ouvir só coisas boas dos filhos
Você arrasa professor! Paxonada
Muito boa a piadinha do Dunker … não é Bunker! Kkkk
Dr. é curioso como a mãe da família rica prefere achar que a criança viu um fantasma , do que visto alguém real que vivia no plano real, e exatamente assim que ela age no supermercado como se o Pai da outra família não existisse.
Woww agora c esta super ANALISE RICA em detalhes e apontamentos da LÍNGUAGEM DO CINEMA e com este FOCO SUPER OBJETIVO e LUCIDEZ PSICANALITICA, Agora até vou conseguir assistir a este filme vencedor de Oscar 2020. Parabéns mestre C.D!!
A sofisticação do recalque!!!
PEDIDO DE TEMA DE VÍDEO:
Olá, Christian! Você poderia fazer um vídeo falando um pouco sobre a questão de classe na formação psicanalítica? Tenho pensado sobre isso. Curso de formação, análise individual, supervisões etc.: quem pode pagar por isso? Como fica o desejo daquele que não pode arcar com esses custos? Podemos afirmar que o saber psicanalítico é um saber classista? Obrigada, professor!
Amei a edição do vídeo!
Muito bom
Boa noite, Christian. Você poderia por favor explicar as diferenças entre pulsões e instintos? Não seriam as pulsões um tipo de instinto específico do ser humano, que por causa de sua complexidade precisa dessa nova nomenclatura?
Parabéns pela análise! Sempre de muita contribuição para aguçar o olhar!
Q lindo esse cenário
Professor, acabo de terminar de ler o capítulo 3 (mal-estar, sofrimento e sintoma) do seu livro de mesmo nome. Achei muito interessante e fiquei curioso de ver um vídeo (você nunca fez ou eu que não achei?) contando um pouco mais dessa relação entre Marx(ismo) e psicanálise. Notei que na sua antibiblioteca não há obras do Barbudo, por quê? Gosto muito do seu canal e sempre janto às segundas e quintas vendo um vídeo novo ou antigo. Sou formado em letras, mas quase estou fazendo uma segunda graduação em psicologia por “culpa” sua. Parabéns pelo trabalho e continue nos inspirando sempre!
Sensacional.
Filmaço.
Vídeo maravilhoso, como sempre; :D
Interessantíssimo.
Recalque. Essa palavra que descobri recentemente.
Irei assistir.
Grataaaa!!!!!
Muito interessante a questão da luz ser diferente no ocidente e oriente. Vou assistir novamente o filme com esta perspectiva.
Professor, uma sugestão: o filme O Farol seria digno de uma avaliação sua? Obrigada!
O tema do parasitismo e da impostura lembram um tanto 'Something for Everyone' (Diabólicos Sedutores), delicioso filme de 1970, com Michael York.
"Não confundir com Dunker" hahaha. Professor Christian, sempre espirituoso. Grande análise. Abraço!
Muito bom!
O tipo de cinéfilo que eu gosto hahaha! Excelente
Parasita(2019) - Dia assistido 02/11/2019 e Re-assistido no dia 19/02/2020 -ESPLÊNDIDO 10/10 - Direção: Bong Joon Ho - Gênero: Suspense/Drama/Comedia/Terror - O filme que fez história e conseguiu o inédito Oscar de melhor filme em 2020 e além de levar mais três categorias como melhor diretor, melhor roteiro original e melhor filme estrangeiro, o filme está causando impacto e muitas emoções onde passa, ele conta a história de uma família pobre de um bairro humildade da Coreia do Sul, vivendo em um lugar sujo e abafado a família faz de tudo para sobreviver, em busca da tão famosa e desejada ascensão social eles irão ir em lugares jamais imagináveis e descobriram coisas ocultas do dinheiro.
O filme é o melhor do ano, dirigido pelo experiente Bong Joon Ho que tem uma direção firme e correta, o roteiro nos surpreende com uma história fantástica e chocante, me arrisco a dizer que é a ficção que mais se aproxima da realidade nos últimos anos, o filme mistura quarto gêneros de forma fantástica, ele consegue fazer um bom humor com pitadas de ironia e sarcasmo, em momentos do filme principalmente nos inicias você irá rir mesmo não querendo, ao lado disso tem todo um drama de uma realidade já conhecida em muitos países do mundo, uma família pobre que vive sobre a consequências da desigualdade social e não tem o básico como a comida, o suspense está caminhando do outro lado da história com o desenrola e com personagens aparecendo em cenas tensas.
Com o passar do tempo vão surgindo conflitos e deixando o telespectador aflito sem saber o que irá acontecer, o que aquelas pessoas irão fazer e como irão sair dali e por fim porém não menos importante, o terror jogado sem nenhum pudor nos nossos olhos e ouvidos, o terror misturado com uma sensação de que ali não tem culpados e muito menos inocentes, ao chegar no ato final aquelas pessoas são responsáveis pelas suas vidas ou são apenas consequências de um sistema moedor? O telespectador se pergunta, eu me pergunto, você se pergunta, a família Kim pensa na resposta e as atitudes da família Park talvez seja a resposta ou não, quem sabe, o que percebemos ali é um parasitando o outro, é rico que não olham para baixo e pobre que só olha para cima.
Parasita é uma obra bela, é maçante, é tensa e em algum momento pelo menos uma cena daquela você já viveu ou ficou de algum lado, o filme não deixa você se perder, ele não para e ele sabe que você quer mais muito mais e ele não poupa isso, o final desse filme ou pelo menos o último ato é uma bomba relógio que já estava prestes a explodir e o diretor sabe que vai gerar desconforto em você pois essa bomba você criar sobre os seus olhos, é por isso que a sua emoção vai de felicidade para tristeza, os atores garantem isso e tudo mundo ali tem o seu papel fundamental, o filme não deixa ponta solta, o que deixa mesmo é reflexão e com uma fotografia suja como é a realidade da família Kim e clara um pouco suave na família Park, você se choca e se questiona, não pelo final em si, mas por ele representar tão bem a realidade que talvez seja sua e se não for será de um colega ao lado.
O filme é 10 em tudo, na sua mensagem e na sua não mensagem, o impacto é real e ele termina assim “Onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre, e o motivo todo mundo já conhece, é que o de cima sobe e o de baixo desce.”
A minha nota pessoal para essa representação legitima da sétima arte é ESPLÊNDIO 10/10 e nota em sites específicos é 5/5. Crítica feita e revisada por Tarcísio Braga
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Eras ❤
Boa tarde. O senhor poderia comentar sobre os porquês das pessoas se sentirem incomodadas quando outras ´´reclamam da vida``?
Podia fazer de Us!!!
Por falar em cheiro, fale sobre o filme " O cheiro do Ralo"
Christian, poderia fazer uma análise do filme: O poço? Muito obrigada!
Olá professor.
Eu tenho uma questão que surgiu vendo um vídeo seu anterior (que não me lembro exatamente qual). Gostaria de saber se é possível para a psicanálise traçar uma relação entre o desejo e o capital simbólico, ou seja, de que modo o capital simbólico pode atuar na construção dos nossos desejos; se sim, de que modo essa relação se dá na sociedade atual? Adoro seus vídeos. Um abraço!
sugestão :
Lacan e 2* Wittgenstein : simetrias de concepção de linguagem.
Muito agradecido
Amigo, eu tenho fé que você vai conseguir....
@@carolinasucco4506 ahuaha
Carolina Succo foco, força e fé!!! =]
👏👏👏👏👏👏
Putz, Dunker, ótima análise! Assisti ao filme semana passada. Impressionou-me bastante, em parte pelo q vc "desnudou", em parte, pelo q vc "escondeu" ( o decote de Barthes?). Transcendente a culturas e imanente a uma, ao mesmo tempo. Mereceu tudo o q recebeu. E é em coreano! Seria o "declínio (autofágico) do império ("trumpiano") americano"? Eles estariam, no semblante da academia, menos burros?
eu bão gostei muito desse video porque o Christian ficou narrando o filme todo, eu já vi o filme e consegui entender essas coisas. senti falta de menos narrar e mais reflexão.
Na hora do salvamento, depois da facada tem algo que acho mais significativo até. O pai da família rica quer a chave do carro para levar para o hospital o filho que desmaiou, ele ignora completamente a facada da garota pobre/arteterapeuta. Creio que tem uma imagem da vida que pode se deixar morrer posta em relação à “urgência fútil” da família rica.
É a tal necropolítica do Mbembe! É um filme em tanto, cabe tantas análises!
Fernando Rodrigues dos Santos é sim. Eu não estou tão empolgado com filmes ultimamente, tem sido difícil achar filmes que acho bons. Aí fui ver Parasita despretensiosamente no cinema e achei muito bom, me surpreendeu muito porque não sabia muita coisa sobre o que era o filme.
Christian, Gostaria que você fizesse uma análise do projeto The Wall do Roger Waters, já que ele atualiza a linguagem e as mensagens a cada releitura.
esclarecedora análise. só um comentário. a família rica( pai, mãe, filho e filha) já estava a salvo quando o pai vai resgatar as chaves do carro. o pai park estava abandonando a casa, como de fato abandonaram. a família pobre que havia sido ferida.