O PROBLEMA do MAL - Argumento de Santo Agostinho | Análise lógica

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  • Опубліковано 17 лис 2024

КОМЕНТАРІ • 62

  • @Victorelius
    @Victorelius  Рік тому +33

    Uma outra implicação importante que esqueci de mencionar é que essa conclusão também solucionaria o problema da onipresença divina. Se tudo o que há é bom, e o mal é a privação de ser, sendo Deus tudo que há, então o mal é privação de Deus. Isso significa que onde há mal, Deus não está; porque dizer que “há mal” é uma figura de linguagem, porque não há, e onipresença significa preencher todo o “espaço” do ser, não do não ser.
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  • @davijimi
    @davijimi Рік тому +22

    Agora cheguei num estágio superior do conhecimento🤯

  • @Vitor-zs5yv
    @Vitor-zs5yv Рік тому +14

    Seria interessante uma live sobre o existencialismo cristão de Kierkegaard

  • @ExtremeHardwareoficial
    @ExtremeHardwareoficial Рік тому +12

    Nem lembrava que ele criava um argumento sobre, e está bem no início das Confissões.
    Ótimo vídeo!

  • @mais1gamer948
    @mais1gamer948 Рік тому +4

    Ótima aula, é realmente um argumento fortíssimo! Obrigado pelos esclarecimentos, Victor!

  • @solo45561
    @solo45561 Рік тому +4

    Cada dia o conteúdo do canal melhora. Ótimo vídeo, Victor!

  • @HulkRampage
    @HulkRampage Рік тому

    Caramba, eu to vendo isso de domingo almoçando, e isso mostra a importância da noção de que bem e mal são inextricáveis à existência em si.

  • @AcontecimentosposCVII
    @AcontecimentosposCVII Рік тому +1

    Muito bom, parabéns Victor 👏🏻👏🏻

  • @gedois3714
    @gedois3714 Рік тому +1

    Esses vídeos estão muito bons.

  • @deividejucelino8199
    @deividejucelino8199 Рік тому +1

    Seria possível trocar os termos: "sumo bem" por "sumo mal" e "puro mal" por "puro bem" e manter a perfeita validade formal do argumento?

  • @hikki9345
    @hikki9345 Рік тому

    Podia nos disponibilizar formalizado?

  • @eduardoramos3592
    @eduardoramos3592 Рік тому +7

    Vou deixar um trecho super interessante de um texto do René Guenon, chamado O Demiurgo. Fala sobre esse tema:
    Voltemos agora à distinção entre o Bem e o Mal, que não é em si mais que um aspecto particular da Dualidade. Quando opomos Bem e Mal, consideramos geralmente o Bem como Perfeição ou, ao menos, em um grau inferior, como uma tendência à Perfeição, com o que o Mal não é outra coisa que o imperfeito. Porém, como o imperfeito poderia opor-se ao Perfeito? Temos visto que o Perfeito é o Princípio de todas as coisas, e que, por outro lado, não pode produzir o imperfeito; disso resulta que o imperfeito não existe, ou que, ao menos, o imperfeito só pode existir como elemento constitutivo da Perfeição total, e, sendo assim, não pode ser realmente imperfeito, e o que chamamos imperfeição não é mais que relatividade. Assim, o que chamamos erro é verdade relativa, já que todos os erros devem ser compreendidos na Verdade total, sem o que esta, estando limitada por algo que estaria fora dela, não seria perfeita, o que equivale a dizer que não seria a Verdade. Os erros, ou, melhor dito, as verdades relativas, não são senão fragmentos da Verdade total; é, pois, a fragmentação** que produz a relatividade, e em conseqüência poderíamos dizer que, se relatividade fosse realmente sinônimo de imperfeição, poderia considerar-se como causa do Mal. Porém o Mal só é tal quando se o distingue do Bem.
    Se chamarmos Bem ao Perfeito, realmente o relativo não é algo distinto, já que em princípio está contido n’Ele; então, do ponto de vista geral, o Mal não existe. Existirá unicamente se considerarmos as coisas sob um aspecto fragmentário e analítico, separando-as de seu Princípio comum, em lugar de considerá-las sinteticamente como contidas nesse Princípio, que é a Perfeição. Assim é criado o imperfeito; o Mal e o Bem são criados ao distinguirmos um do outro, e, se não há Mal, não há motivo para nos referirmos ao Bem no sentido ordinário desta palavra, senão unicamente à Perfeição. É, pois, a fatal ilusão do Dualismo que realiza o Bem e o Mal, e que, considerando as coisas sob um ponto de vista particularizado, substitui a Unidade pela Multiplicidade, e encerra, assim, os seres sobre os quais exerce seu poder no domínio da confusão e da divisão. Este domínio é o Império do Demiurgo.
    II
    O que temos dito a respeito da distinção entre o Bem e o Mal permite compreender o símbolo do Pecado Original, ao menos na medida em que essas coisas podem chegar a ser expressas. A fragmentação da Verdade total, o do Verbo -pois no fundo são a mesma coisa-, produz a relatividade e é idêntica à segmentação do Adam Kadmon, cujas partes separadas constituem o Adam Protoplastas, o primeiro formador. A causa desta segmentação é Nahash, o Egoísmo, ou o desejo da existência individual. Este Nahash não é algo externo ao homem, senão algo que está nele, desde o início, em estado potencial, e só se manifesta (externaliza) na medida em que o homem mesmo o exterioriza. Este instinto de separação, por sua natureza, que é provocar a divisão, impele o homem a provar o fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal, isto é, a criar a distinção entre o Bem e o Mal. Então seus olhos se abrem, pois aquilo que era interior se converteu em exterior, como conseqüência da separação que se produziu entre os seres. Estes estão agora revestidos de formas, que limitam e definem sua existência individual, e assim o homem se converteu no primeiro formador. Porém, em conseqüência, também ele se encontra submetido às condições desta existência individual, está revestido de uma forma, ou, segundo a expressão bíblica, de uma túnica de pele, e está encerrado no domínio do Bem e do Mal, no Império do Demiurgo.
    Através desta exposição abreviada e muito incompleta, vemos que o Demiurgo não é, na realidade, uma potência exterior ao homem; em princípio não é mais que a vontade do homem enquanto realiza a distinção entre Bem e Mal. Porém seguidamente o homem, limitado como ser individual por essa vontade que é sua mesmo, o considera como algo externo a ele, e assim parece distinto dele. Ademais, como a dita vontade se opõe aos esforços necessários para sair do domínio em que ele mesmo se encerrou, o vê como uma potência hostil, e o denomina Satã ou o Adversário. Sublinhemos que este Adversário, que nós mesmos criamos e recriamos a cada momento - já que isso não deve ser considerado como algo que ocorreu em algum tempo determinado - não é mau em si mesmo, senão que constitui unicamente o conjunto de tudo que nos é contrário.
    De um ponto de vista geral, o Demiurgo, convertido em uma potência distinta e considerado como tal, é o Príncipe deste Mundo do qual se fala no Evangelho de João. Não é, propriamente falando, nem bem e nem mau, ou é tanto um quanto o outro, posto que contém em si mesmo o Bem e o Mal. Considera-se o seu domínio como o Mundo inferior*, em oposição ao Mundo superior ou Universo principal do qual foi separado. Porém há que se ter em conta que esta separação jamais é absolutamente real, e só o é na medida em que a realizamos, pois este Mundo inferior está contido, em estado potencial, no Universo principal, e é evidente que nenhuma parte pode realmente sair do Todo. Por outro lado, isto é o que impede que a queda continue indefinidamente; porém essa é apenas uma expressão simbólica, e a profundidade da queda mede simplesmente o grau de separação realizada. Com esta restrição, o Demiurgo se opõe ao Adam Kadmon ou à Humanidade principal, manifestação do Verbo, porém somente como um reflexo, já que não é uma emanação, e não existe por si mesmo; isso é o que está representado na figura dos dois anciãos do Zohar, e também pelos dois triângulos opostos do Selo de Salomão.

  • @deividejucelino8199
    @deividejucelino8199 Рік тому +4

    Corrupção "é quando você tem uma coisa que é boa e ela começa a ser PRIVADA [ou seja], começa a ser corrompida" - Comuna Victorelli, Victor, 2023. (Zoeira 😂😂).

  • @brenosm.b.m6089
    @brenosm.b.m6089 Рік тому

    Cadê as página dos argumentos no livro?

  • @Detetive00000
    @Detetive00000 Рік тому +1

    Victor não posso comprar seu curso agora,mas vc poderia me dar um conselho de como começar a estudar filosofia? E por onde começar?

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +5

      Querido, não é do meu costume trabalhar com conselhos genéricos. Depende de muitas particularidades. Tenho uma mentoria para orientações na vida de estudos de 80 reais. Entro em call com você e te ajudo a criar um cronograma, dou alguns conselhos, etc.

    • @Detetive00000
      @Detetive00000 Рік тому +1

      ​@@Victoreliusentendi, quando der volto pra conversarmos dps

  • @handersonlucena8905
    @handersonlucena8905 9 місяців тому

    onde eu acho essa análise.

  • @lalamaralina2457
    @lalamaralina2457 Рік тому +1

    Fiquei me questionando quanto ao misto... ele seria uma mistura de bem e de mal? como se daria isso se o mal não existe?
    ou seria ele uma mistura de bem e de falta de bem? haha, perdoem a ignorância
    vídeo muito bom👏

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +4

      A conclusão do argumento nos mostra que a segunda opção. É que se isso fosse assumido nas premissas, teríamos uma petição de princípio.

    • @lalamaralina2457
      @lalamaralina2457 Рік тому

      @@Victorelius Entendo! Muitíssimo obrigada!

  • @Senhor_Bolacha
    @Senhor_Bolacha Рік тому +11

    1 hora e 18 falando como o Nietzsche é burro 🗿🍷

  • @aaa마루
    @aaa마루 Рік тому +3

    Não sei se você comentou no vídeo porque não assisti os quarenta minutos, mas o erro no argumento padrão do Agostinho é que ele não explica como é que Deus permitiu o livre-arbítrio viver em harmonia com a maldade e sofrimento sendo que, a priori, sendo ele uma causa sem causa onipotente e benevolente, ele poderia muito bem ter criado o livre arbítrio sem maldade. Além do mais, nota-se por meio de processos da natureza que o sofrimento é intrínseco à existência e que nem sempre está diretamente relacionado ao fato de sermos racionais ou à malícia, considerando que o elemento de sofrer e a brutalidade está presente na sociedade selvagem.
    Eu gosto do argumento cosmológico aristotélico e tomístico acerca da existência de um ser suprassensível e com capacidade de, em ato, exprimir a potência de todas as outras coisas que existem no Universo, mas não compreendo como o chamado Deus cristão poderia ser real ou verdadeiro em totalidade.

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +8

      Não tratei disso porque, como explico na primeira parte do vídeo (antes da análise) estamos diante do argumento de Agostinho para provar que o mal não é substância, e não para resolver todo o problema do mal.

    • @aaa마루
      @aaa마루 Рік тому +4

      @@Victorelius Entendi. Depois vou assistir o vídeo inteiro. Valeu pela resposta.

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +10

      @@aaa마루 mas essa questão que você levantou é importante. É muito fácil se enganar em relação à compreensão do que é “onipotência”. Devo abordar o tema em breve numa análise do paradoxo da pedra.

    • @aaa마루
      @aaa마루 Рік тому

      @@Victorelius Vou aguardar. No entanto, se o termo como explicitei for errôneo, é válido falar que 90% das pessoas (inclusos cristãos) também se confundem constantemente.

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +5

      @@aaa마루 sim, sim, se confundem mesmo.

  • @deyvidcarvalho7476
    @deyvidcarvalho7476 9 місяців тому

    Lá na conclusão 14, não deveria ser: APENAS O QUE NÃO POSSUi SER É PURO MAL ?

    • @Vinicius_Rabello
      @Vinicius_Rabello 2 місяці тому +1

      Caso você venha a assumir a conclusão que a não existência é o puro mal, você assume que existe o puro mal, sua existência como o Victor afirmou não pode ser negada ou afirmada sem cair em petição de princípio a partir das premissas levantadas, o mal a qual o homem tanto critica sempre será relacionado a um bem se você notar, se afirmo “o mal existe enquanto substância, olhe aquela garota jovem com câncer”, veja que assumo aquilo como algo mal devido a assumir anteriormente que garota está privada de saúde que assumo como algo bom, até há meios de negar o puro mal, porém não por esse argumento, acredito que ele se proponha a mostrar que o que chamamos de mal é uma ausência de bem somente, o problema do mal é levantado dessa percepção que sempre é uma ausência de bem, mas nunca irá ver um mal absoluto na realidade, basicamente Santo Agostinho combate a gnose.

  • @lorde_dimoria362
    @lorde_dimoria362 9 місяців тому

    Se você corrompe todo o bem de uma coisa que é meio bem e meio mal e não sobra nada, então ela era inteiramente bem portanto incorruptível e não poderia ser corrompida previamente

  • @religa-re3186
    @religa-re3186 Рік тому

    Mas se o mal é a ausência de Deus ou do bem? Porque Deus permitir essa privação?

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +6

      Aí entra o argumento do Santo Agostinho sobre o livre-arbítrio.

  • @gabrielgomes-ri3sv
    @gabrielgomes-ri3sv Рік тому

    Esse argumento porém, possui outros problemas além do que o Vitor citou. Por exemplo, na linha 12 o uso de "apenas" está errado já que a conclusão do argumento gera que o ser seria um bem, e não único, exclusivo ou algum termo mais geral, dessa forma não se pode concluir que apenas o que não possui ser é mal, já que é perfeitamente plausível que algo possa possuir "ser" e possuir outros bens e portanto não poderia ser classificado como mal. No máximo por possuir um bem, no caso o ser, poderia se dizer que não é o puro mal. Além disso na linha 9 também tem um problema em que o uso de "melhor" está errado, já que algo que possuia vários bens foi corrompido até restar só um (no caso o bem de ser incorruptível) logo o uso de "melhor" está errado já que em nenhum ponto no argumento foi levantado a questão do bem incorruptível ser melhor que os outros bens que este algo possuía antes de ser corrompido.

    • @RamozinBiblical
      @RamozinBiblical 5 місяців тому

      Percebi o mesmo problema que você.
      "Se é privado de todo bem, continua existindo. Então, se continua existindo, torna-se incorruptível
      Mas, então, 'Torna-se melhor' do que antes de ser incorruptível.
      Melhor em que sentido e por qual motivo?

  • @fulber14
    @fulber14 Рік тому

    Então uma criança com câncer vai perdendo o bem. Quando ela perde o ser, vira o mal. Logo, Deus que criou um universo em que um ser imaculado possa passar por esse mal?

    • @RafaelNasci-f2f
      @RafaelNasci-f2f Місяць тому

      Não existe ninguém no mundo capaz de ser imaculada

  • @Sofiaperennis
    @Sofiaperennis Рік тому

    Meu caro, boa noite. A propósito ótimo vídeo, tenho aprendido muito com o canal, pretendo em breve participar do seu curso. Sobre o vídeo, solicito que me auxilie, por gentileza, creio que eu tenha me perdido algum ponto da argumentação. Não entendi como essa reformulação não cairia em uma petição de princípio... note se é válido assumir que "o sumo bem é incorruptível" (portanto, existente. Segundo essa segunda definição). Porque não seria válido assumir o mesmo em relação ao puro mal?

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +2

      Assume-se que o sumo bem existe, mas não que *só* ele existe. Tampouco se assume que o mal não existe.

  • @davigaraffa842
    @davigaraffa842 2 місяці тому

    meu filho engole engracado

  • @haniel_cm
    @haniel_cm Рік тому +1

    Oi, independentemente de quem ler (pode ser o Victor ou qualquer outra pessoa), poderia me ajudar a entender o comentário fixado a respeito da onipresença divina? Não compreendi direito: "Se tudo o que há é bom, e o mal é a privação de ser, sendo Deus tudo que há, então o mal é privação de Deus. Isso significa que onde há mal, Deus não está; porque dizer que 'há mal' é uma figura de linguagem, porque não há, e onipresença significa preencher todo o “espaço” do ser, não do não ser." Pensei, pensei e eu acabo inferindo a partir dessa explicação qeu Deus não seria onipresente, o que é absurdo... Enfim, obrigado se vc leu até aqui

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому +10

      Na tradição cristã se identifica Deus com o Ser. Se Deus é o Ser, Deus está em tudo o que há. Em cada coisa que existe Deus está, embora a coisa isolada não seja Deus. Isso é a onipresença.
      Mas se o mal é justamente privação de ser, então é privação de Deus. Não é, porém, como se existisse um lugar onde Deus não está - que o mal ocupa um lugar que Deus não ocupa -, mas que o mal simplesmente *não ocupa um lugar*, porque o mal não existe. Onipresença é estar presente em todos os lugares que existem - que são lugares.

    • @haniel_cm
      @haniel_cm Рік тому +5

      @@Victorelius Esse primeiro parágrafo explodiu minha mente, agora faz sentido. Algumas coisas possuem mais Ser, outras, menos, mas todas possuem, tipo isso? Eu estava confuso porque tratava a onipresença como Deus estando presente como no "espaço", tipo ar (ainda que não entendesse como algo físico).
      Isso faz muito sentido agora, porque a essência da santidade é ser mais parecido com Deus (nesse contexto, possuir mais Ser), por isso o apóstolo Paulo fala que o Espírito nos transforma "de glória em glória à imagem do Senhor".

    • @religa-re3186
      @religa-re3186 Рік тому

      ​@@Victorelius tu me tirou essa dúvida

  • @deividejucelino8199
    @deividejucelino8199 Рік тому +1

    Parece-me que ocorre uma certa falácia nesse argumento (ao menos da forma como foi explicado), ela começa no meio da explicação c/ a aceitação implícita do seguinte argumento:
    Tudo que não pode sofrer corrupção é incorruptível.
    O puro mal não pode sofrer corrupção.
    Logo, o puro mal é incorruptível.
    Ora, Santo Agostinho não pretende aceitar c/ seu argumento que o puro mal seja incorruptível. Segundo ele, o sumo bem que não pode sofrer corrupção por ser incorruptível, já o puro mal não pode por não haver qualquer bem nele que possa sofrer corrupção, é um motivo diferente do que o motivo de ser incorruptível. Porém, pela explicação do vídeo, Santo Agostinho parece concluir que quando algo é totalmente corrompido (perde todo o bem), se continua existindo, torna-se incorruptível. Mas isto só está certo se a premissa "Tudo que não pode sofrer corrupção é incorruptível" estiver CORRETA, daí Santo Agostinha estaria admitindo que o puro mal é incorruptível, o que é contraditório com a premissa dele de que o sumo bem é incorruptível. Assim, se Agostinho admite a princípio que o puro mal não pode sofrer corrupção e ao mesmo tempo não é incorruptível, então a seguinte afirmação é falsa:
    "se algo privado de todo bem continua existindo, torna-se incorruptível"
    Claro que não se torna, não segundo as 2 premissas inicias de Agostinho, pois elas concluem que o puro mal (que é igual à "privado de todo bem") não pode sofrer corrupção SEM precisar ser incorruptível.
    Portanto, o puro mal poderia existir sem se tornar incorruptível, certo? A menos que Santo Agostinho esteja pressupondo implicitamente que o puro mal não existe (o único caso em que não se pode sofrer corrupção mesmo sem ser incorruptível) antes de demonstrar/concluir que ele não existe, o que seria uma petição de princípio, correto?

    • @Victorelius
      @Victorelius  Рік тому

      Se você assistir o vídeo inteiro, Deivide, verá que esse problema foi resolvido.

    • @deividejucelino8199
      @deividejucelino8199 Рік тому +1

      ​​@@Victorelius Ah sim, foi mal kkkkkkk eu fiquei muito angustiado quando percebi isso e não me contive em comentar logo 😅

    • @deividejucelino8199
      @deividejucelino8199 Рік тому +1

      Até pensei que mais à frente no vídeo poderia ter alguma resposta à essa questão que me surgiu, mas eu me entusiasmei e não queria apagar tudo que já tinha escrito por exemplo kkkkkk

  • @eguinaldoluismendes3361
    @eguinaldoluismendes3361 Місяць тому +1

    Todas essas filosofias, de homens muito inteligentes e todos os argumentos são muitos bons, ainda sim está errado
    Está errado por um motivo simples: As pessoas não querem desvencilhar-se dessa ideia de que Deus é pura benevolência, ou 100% bom. Esse argumento de que o mal não existe é bobagens. O mal existe e ele não é a ausência do bem, o mal existe, independente do bem.

  • @brunofelix7784
    @brunofelix7784 Рік тому +1

    Isaías 45:7. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas. Pronto, simples assim, infelizmente os ditos cristãos não leem o próprio dito livro sagrado.

    • @flix1179
      @flix1179 Рік тому

      só é possível haver a ausência de algo se tiver algo a se ter ausência

    • @XistodeMaria
      @XistodeMaria Рік тому +7

      ai se refere as calamidades, adversidades, tais como pragas e desastres naturais e não a um mal moral.

    • @Ludvikanarone3737
      @Ludvikanarone3737 Рік тому +6

      @@XistodeMaria O lapada seca

    • @Mr.Cruzado
      @Mr.Cruzado Рік тому +5

      Mal moral ≠ Mal físico

  • @jrandrade17
    @jrandrade17 Рік тому +1

    Arrogantemente vou resolver o problema do mal kkkk não sei o que tem de tão complicado. você pode fazer o bem, mas você pode fazer o mal. Então o mal é uma escolha. Pq existe coisas ruins no mundo. Aí a questão é outra. A resposta para isso é que Eva e Adão, assim como lucifer pecaram ( escolheram o mal) e se tornaram escravos dele. Simples, por exemplo. Deus diz não minta, mas a pessoa pode escolher mentir, a pessoa se coloca em pé de igualdade com Deus então mente e existe as consequências de escolher o mal, além de se tornar escravo dele, do comportamento, pq é mais fácil, pq dá recompensa no curto prazo… Então os seres humanos acharam que sabiam mais que Deus, fizeram um governo a parte com suas próprias leis e colhem o resultado. Deus permite isso para que na eternidade ninguém faça a mesma idiotice que nós. Zero mistério

  • @lh4749
    @lh4749 Рік тому

    cara garboso

  • @BrunoFerreiraDS
    @BrunoFerreiraDS Місяць тому

    Conclusão: deus não existe.