Amei o vídeo, mesmo não gostando do livro, foi bom ouvir suas impressões sobre a leitura. não sei se vc já leu, mas eu gostaria de recomendar o livro "woman hating" de Andrea Dworkin, neste livro ela discute algumas questões levantadas no livro da Naomi, mas na minha opinião com mais profundidade e uma melhor argumentação, além de apresentar uma nova visão sobre a obrigação da mulher ser bonita, submissão, sexualidade feminina voltada para o prazer masculino, rituais de beleza impostos as mulheres, feminilidade, pornografia, papeis de gênero, maternidade e cultura. Eu tenho ele em pdf traduzido para o português, se vc quiser te envio.
EXCELENTE MENSAGEM, ONDE DEMONSTRA QUE A EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SOCIAIS INTERFEREM NO MITO DE BELEZA DAS MULHERES, DESDE A DÉCADA DE 20 E TODAS AS ONDAS FEMINISTAS ATÉ OS DIAS DE HOJE...
Muito bom iniciar o dia ouvindo suas resenhas, Aline! São fundamentais tais questionamentos, independente desse contexto final que você observou sobre o livro. Parabéns e obrigada por compartilhar conosco suas leituras. Beijo grande!
Aline amo seus vídeos! E concordo plenamente que devemos conhecer, buscar fontes que nos tragam conhecimento sobre o assunto. Só assim poderemos nos posicionar sobre o movimento!Adorei a indicação irei baixar o PDF e irei buscar outros títulos sobre o assunto ...Beijo grande pra vc!Gratidão...
Acabei de ler esse livro e vim ver a resenha kkkkk realmente, tem muitas coisas que a autora traz que são surpreendentes e é real esse mito da beleza. Mas hoje isso está mudando. Já há muitas mulheres lutando contra isso. Naomi escreveu em 91, então acredito sim que a nova onda do feminismo fala sobre isso. Não me considero feminista ainda. Tenho dúvidas sobre o movimento também, porém não da pra negar que certos argumentos são muito reais. A mulher sofre e sempre sofreu violências. Fisicas, psi e morais. Não há dúvidas. Obg pela resenha💕😙
Adorei o vídeo, Aline! Sempre fiquei na dúvida sobre esse livro, mas agora já me animei mais a ler. Por falar no assunto, você já viu o documentário Miss Representation? Achei bom também para pelo menos iniciar o debate sobre os rituais de beleza, a representação de mulheres, a obrigação de seguir certos padrões e procedimentos para ser bela... E me lembrei também de um livro que fala na verdade sobre a história dos cosméticos: "Compacts and cosmetics". É de uma historiadora, e ela passa por vários produtos e ideias de beleza ao longo da história, sem aprofundar porque é um livro apenas, mas é bem legal também. Inclusive fiquei horrorizada com o tópico cabelo nos séculos XVIII e XIX - e aí temos as plásticas hoje, ne. Sobre isso do consumo, acabo de ler um livro da Rebecca Solnit chamado "Wanderlust" no qual ela fala sobre o ato de caminhar e seus significados desde o século XVIII, e em determinado momento ela começa a falar bastante sobre o lugar da mulher na rua. Ela não traz dados (o livro é mais reflexivo), mas fala que mulher do lado de fora de casa era aquela coisa, até proibida (eram presas mesmo, assustador), e que os magazines e galerias forneciam esse espaço seguro, destinado ate às mulheres - mas aí era um lugar de consumo. É claro que mulheres caminhavam fora do âmbito privado antes, mas achei interessante ela trazer esta situação, que acho que até está colocada em séries como The Paraside e Mr. Selfridge (de forma amena e exaltando as lojas). E ainda sobre o assunto, tem tanta gente que diz que não há gente feia, há gente sem dinheiro. Olha aí, né... Também acho problemático colocar como se houvesse um planejamento até maquiavélico, como se umas pessoas se reunissem e decidissem que querem fazer mulheres sofrerem (apesar de ter gente que quer isso mesmo). Inclusive porque coloca todo mundo como tábula rasa, que simplesmente aceita uma imposição (como vc falou) e não reconhece que as pessoas constroem o mundo o tempo todo através dos seus atos. Mas enfim, lerei! Mal lhe pergunte, qual será seu proximo livro da serie teorias do feminismo? =) Besos!
+Biblioconto Biba, quantas dicas maravilhosas! Quero tudo!!! Vou procurar os livros, as séries, o filme porque estou caraminholando muito ainda sobre as questões do livro. Estou lendo "Reivindicação dos direitos da mulher", da Wollstonecraft, já abismada com a sagacidade da autora. Muito obrigada pelas dicas!!! Beijo!
Acabei de ver "Miss Representation" e ele dialoga perfeitamente com o livro! Obrigada pela indicação! Vou colocar o link na caixa de informação do vídeo! ;)
Que vídeo ótimo, Line, e quanta coisa pra debater. Ainda não li o livro, mas entendo esse caráter panfletário como característica de alguns momentos do feminismo. O próprio O segundo sexo é assim em algumas partes, e pelo que você falou da Naomi, parece seguir o mesmo estilo. Não acho ruim, o problema é justamente ficar tão datado. Mas, como diz uma professora minha, temos que pensar nas coisas como partes de um processo maior. Não dá pra querer fazer tudo certinho de vez, concessões precisam ser feitas para atingir um objetivo final. Eu concordo bastante com você que a questão do consumo é generalizada, mas não sei se ela explora isso no livro, os pesos e as medidas dos objetos consumidos são diferentes. Os voltados para as mulheres são sempre considerados futilidades e tratados como tal, enquanto para os homens existe outro teor. Claro que o ideal é que essas diferenças não existam mais, mas novamente, parte de um processo. Sempre me questionei bastante sobre esses gastos de mulheres com roupa, maquiagem, principalmente quando trabalhava em banco. Acaba que, mesmo em situações de equiparação salarial, como é o caso do emprego público, a mulher acaba dispondo menos do que ganha justamente por causa disso. Enquanto o gerente podia ir a semana toda com o mesmo terno que ninguém notaria, as gerentes precisavam mudar sempre de roupa, isso sem falar unha, cabelo, maquiagem, etc. Além do dinheiro mesmo perdido, tem o capital do tempo né, que a mulher acaba perdendo mais também. Quanto ao final, não sei se entendi bem, mas acredito que para uma parcela (a maioria) é muito mais confortável manter as coisas como estão - mesmo que digam não ser verdade. Há uma perda no processo, claro, homens também estão presos em um sistema que tolhe demonstrações de sensibilidade, de afeto, mas no fim das contas, acho que é mais vantajoso manter a hierarquia de poder da forma como está. Por isso a resistência a mudanças e a manutenção dessa indústria de beleza. Beijo, já ansiosa pelo vídeo sobre a Mary
+paisdasentrelinhas Tati, lembrei muito de você falando dos equívocos da Simone quanto à psicanálise enquanto lia o livro da Naomi. Num determinado momento, ela diz que a histeria foi uma invenção da biologia para desacreditar as mulheres. O capítulo da biologia n'O Segundo Sexo, onde a Simone compara gravidez a doença me incomodou bastante. Quanto ao caráter panfletário, me incomoda porque carece de critério. Quando a pílula anticoncepcional surgiu e parte das feministas se insurgiu devido à pouca (ou nenhuma) informação sobre os efeitos colaterais, elas estavam sendo criteriosas. Será que elas deveriam desculpar médicos porque as pesquisas científicas sobre os efeitos da pílula ainda estavam em processo? Por outro lado, não duvido por um segundo da seriedade da Simone e da Naomi. Mas essas críticas precisam ser apontadas pro movimento se aprimorar. Não só no feminismo. Acredito que movimentos e ideologias precisam incorporar a revisão e a autocrítica para serem cada vez mais justos e contundentes. E, sim, tem muita coisa nesse livro pra se debater. Adoraria poder ter essa conversa com você pessoalmente. Acho que seria um debate interessantíssimo! Beijo, minha linda!
Parabéns pelo vídeo Aline, gostei muito da nova série, que com certeza traz questões nunca pensadas ou imaginadas, mesmo em um mundo "informatizado" como o nosso. Obrigado!!
Exatamente; e sempre tem tb o tal do tabu, fazendo com que as pessoas não discutam sobre estes assuntos, por medo ou receio de julgamentos, situação esta que já é grave, pois mesmo com todo o reconhecimento que a mulher alcançou hoje, ainda estamos muito longe de uma real igualdade.
Achei sua resenha bastante informativa, deu vontade de checar tudo isso no livro! Inclusive, comecei a ler o mística feminina e não terminei, penso em casar as duas leituras no futuro, parece que são bem relacionadas.
Oi, Aline! Muito bom o vídeo. Preciso dizer que é agradável aprender contigo, sobretudo porque você comunica as leituras que faz sem afetações. Isso é bacana, pois não desvia do verdadeiro propósito de um vídeo sobre leituras que é falar sobre... As impressões de leitura (tunduntz). Achei muito interessante tua exposição e me cativou a curiosidade para ler esse livro. Tentarei fazer o download, mas confesso que buscarei a versão impressa. Queria, por favor, saber se você tem alguma dica a respeito de livros que tratem do tema argumentação (desde os gregos até alguns apontamentos mais atuais). Sei que posso "buscar" no Google (mais tarde também vou perguntar ao meu namorado, que tem mais conhecimento sobre literatura clássica do que eu), mas gostaria de saber tua opinião também. Desde já obrigada e um grande abraço "virtual". Sigamos lendo, aprendendo, dialogando e despertando a mente pra vida (:> ;*
Vou dar uma dica de livro pra você Aline por que gostei de alguns vídeos seus, caso não conheça leia a Condição Humana da Hannah Arendt essa sim é uma pensadora de peso...
Engraçado, eu não li o livro, mas sempre relacionei a pressão estética que a mulher sofre como uma forma de desvirtuá-l a dos espaços de poder e decisão, além dos interesses mercadológicos, claro. Vou ler o livro, mas de cara já concordo muito com a pensadora Naomi Wolf. Grata pelo vídeo.
Olá Aline! Amo o seu canal e vejo todos os vídeos! Apesar de assistir muito youtube nunca comentei em nenhum vídeo, estou até um pouco tímida hehe. Gostaria de comentar sobre a questão da criação da culpa nas mulheres, especificamente, a culpa fruto da exigência do sacrifício pela família e pelos filhos. Para tanto, vou indicar um livro que, coincidentemente ou não (teria que pesquisar) tem o título muito parecido com o da Naomi Wolf, da francesa Elisabeth Badinter, de 1980, "O Mito da Maternidade". Tenho o PDF, se quiser, posso te mandar por e-mail. O livro faz um estudo sobre a origem da construção da figura materna cuja felicidade se dá exclusivamente na criação dos filhos. Tenho várias críticas ao livro (muito parecidas, inclusive, com as suas criticas ao livro da Naomi, achei o Mito da Maternidade panfletário e muitas vezes a autora se perde na argumentação tentando culpar o mercado e o "sistema" por tudo). Contudo, a Elisabeth trabalha uma questão interessante: a figura materna que se sacrifica teria sido, segundo a autora, uma consequência da valorização da criança como indivíduo. Ela explica que, até o século XVI, a criança era vista como um adulto incompleto, de moral duvidosa, que não merecia muita atenção. Ela passava a ter valor somente ao completar a maioridade. Contudo, essa visão da criança mudou, por vários fatores, dentre eles a elaboração do "bom selvagem" pelo Rousseau. Assim, a criança passou a ser considerada um "projeto do bom cidadão", que deve ser nutrido, cuidado e bem educado desde que nasce. E quem exerceria esse papel? A mãe. Grande abraço Aline! Te admiro muito.
+Jessika Calleya Silva Seu comentário é muito pertinente! Li o Mito da Idade Média recentemente e a autora fala exatamente dessa mudança na visão da criança e da mulher no século XVI, devido aos preceitos de Rousseau e ao resgate do direito romano. A mulher passou a ficar restrita ao espaço doméstico (antes podia trabalhar, tinha direito há herança etc.), a maioridade aumentou etc. Se puder, me mande sim o pdf. Obrigada! :)
Aline, querida, são livros que precisamos ler, pelo menos escolher alguns sobre o feminismo. Preciso ler Simone, já quero ler este da Naomi, O Teto (da Virginia)... todos que espero poder formar uma opinião mais madura, não puramente ativista ou naquela de vou com a manada, sabe? Adorei suas reflexões, acho que precisamos conversar mesmo sobre questões de gênero (amplamente), e a situação da mulher, sem dúvida, nos interessa particularmente. Beijo!
Nossa, gostei muito do seu video, mesmo não tendo lido o livro, considero as questões que ele levanta muito pertinentes e ainda válidos. A cobrança por um padrão de beleza realmente é muito forte, as questões que cercam a sexualidade feminina.... mas tem coisas que também achei meio exagerado - mas não li o livro.. estou me baseando no que vc apresentou - tive muitas professoras na universidade, ligadas a essas questões do feminismo e do feminino na história, que sempre apresentavam a mulher nessa situação de vitima, e devo confessar que foram essas abordagens que me afastaram da temática.... não suporto essa perspectiva.... enfim, são questões muito complexas e profundas que apenas lentamente se modificarão... temos de ter em mente que esse caminho não é de mão única, há vantagens em toda estrutura e não só opressão, caso contrário não se sustentaria, nem cultural, nem moral ou mercadologicamente... sei la, não falo mais porque não é minha área, li muito pouco sobre o tema e só reflito sobre minhas experiências pessoais... amei, já estou esperando pela próxima leitura!!!!
Sobre a vitimização excessiva, acho que as coisas são mais complicadas do que parecem. No que se refere à mídia e à publicidade, acho que tanto homens quanto mulheres sofrem algum tipo de "dano" ou influência negativa em nível subconsciente. Mas acho que ainda há algum espaço para escolhas em muitos contextos. A questão é que há sempre muito elementos envolvidos (cultura, educação, personalidade, grupo, desejo...) no momento em que fazemos essas escolhas.
+Lolla wants Coffee Americanah é um ótimo livro, aborda a condição feminina, mas acho que enfatiza mais a questão do racismo e das diferenças culturais.
ESSE LIVRO É SURREAL!!!! todas as mulheres deveriam ler, todas as meninas! pois desde cedo tentam nos moldar, nos oprimir! meninas e mulheres que lerem esse meu comentário, leiam também o livro, o interpretam, vejam a dimensão e a potencialidade que ele tem e absorvam o máximo de ensinamentos e reflexões que ele proporciona. Saiam da caixinha que nos colocam, quebrem-a❤️ esse livro deveria ser oferecido nas escolas, mas tudo que “assusta” o sistema, eles banalizam, tentam esconder.
Sim, mas daí o homem também toma como conceito pra ele que a mulher ideal tenha que ser aquela com o corpo perfeito, daí a mulher sente que ela precisa mudar para agradar
Já que você gosta do feminismo, que tal começar pelo início? Leia Dialética do Sexo da grande mentora do feminismo contemporâneo Shulamith Firestone. Lá talvez você terá uma opinião filosófica e sociológica do movimento e sai um pouco da superfície do tema.
@@AlineAimee Já tinha lido sobre a Virgínia, porém, como uma ideóloga do Modernismo. Pra ser sincero e perceber em você que há diálogo, fico até mais à vontade de tecer meu ponto de vista. Eu percebo que o feminismo perdeu sua essência justamente depois do modernismo - cronologicamente e não por causa dele. Por isso que lhe recomendei o livro acima. Ao ler livros do sec. XX pra trás e depois os contemporâneos como da Shulamith, Kate Millet e outros, nota-se que há uma radical mudança de paradigma e que esse novo molde corrobora justamente para o oposto das "feministas" mais antigas. Estas, em suas épocas, foram sim subjugadas de fato por uma superestrutura moral de posse masculina; hoje ainda há, mas muito longe do que se afligia nesse tempo. E o curioso é que agora que tem muito mais liberdade de manifestação, a prática é exercida pelo vilipêndio do que pensavam as antigas. A Net é testemunha dessa inversão! Por uma perspectiva teórico-sociológica vejo que há uma semelhança com a questão homossexualista (o que é bem diferente de homossexualidade) onde o movimento - sistema - parte em guerra a um extremismo para gerar outro extremismo. Sou a favor da feminilidade com todos seus direitos e deveres para ambos os lados, afinal, tudo é ser humano. Fique tranquila caso discorde e seu canal é ótimo. Pelo nível do seu trabalho creio não encontrar aqui aquelas que nunca leram um livro sobre o tema, mas matam e morrem em prol daquilo que não compreendem... Um abraço.
Aline, acredito que quem se beneficia desse mito é o mercado. ;) A geração de necessidades e a opressão decorrente delas servem ao capital. Beijos
Amei o vídeo, mesmo não gostando do livro, foi bom ouvir suas impressões sobre a leitura. não sei se vc já leu, mas eu gostaria de recomendar o livro "woman hating" de Andrea Dworkin, neste livro ela discute algumas questões levantadas no livro da Naomi, mas na minha opinião com mais profundidade e uma melhor argumentação, além de apresentar uma nova visão sobre a obrigação da mulher ser bonita, submissão, sexualidade feminina voltada para o prazer masculino, rituais de beleza impostos as mulheres, feminilidade, pornografia, papeis de gênero, maternidade e cultura. Eu tenho ele em pdf traduzido para o português, se vc quiser te envio.
+Julieta Dias Oi, Julieta! Obrigada pelo comentário e pela sugestão! Adoraria receber o pdf! Meu email é alineaimee@hotmail.com Abraço!
olá Julieta Dias, pode me mandar tb? meu email é marianabnm@yahoo.com.br
oi, enviei.
Oi, Julieta! Vc poderia enviar o arquivo pra mim, por favor? acarolinefontes@gmail.com
oi, enviei.
Aline, descobri o seu canal recentemente e estou amando!
EXCELENTE MENSAGEM, ONDE DEMONSTRA QUE A EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SOCIAIS INTERFEREM NO MITO DE BELEZA DAS MULHERES, DESDE A DÉCADA DE 20 E TODAS AS ONDAS FEMINISTAS ATÉ OS DIAS DE HOJE...
Muito bom iniciar o dia ouvindo suas resenhas, Aline! São fundamentais tais questionamentos, independente desse contexto final que você observou sobre o livro. Parabéns e obrigada por compartilhar conosco suas leituras.
Beijo grande!
Aline amo seus vídeos! E concordo plenamente que devemos conhecer, buscar fontes que nos tragam conhecimento sobre o assunto. Só assim poderemos nos posicionar sobre o movimento!Adorei a indicação irei baixar o PDF e irei buscar outros títulos sobre o assunto ...Beijo grande pra vc!Gratidão...
Acabei de ler esse livro e vim ver a resenha kkkkk realmente, tem muitas coisas que a autora traz que são surpreendentes e é real esse mito da beleza. Mas hoje isso está mudando. Já há muitas mulheres lutando contra isso. Naomi escreveu em 91, então acredito sim que a nova onda do feminismo fala sobre isso. Não me considero feminista ainda. Tenho dúvidas sobre o movimento também, porém não da pra negar que certos argumentos são muito reais. A mulher sofre e sempre sofreu violências. Fisicas, psi e morais. Não há dúvidas. Obg pela resenha💕😙
Adorei o video, Aline! Aguardo ansiosamente os próximos nessa temática. Um beijo!
Adorei o vídeo, Aline! Sempre fiquei na dúvida sobre esse livro, mas agora já me animei mais a ler. Por falar no assunto, você já viu o documentário Miss Representation? Achei bom também para pelo menos iniciar o debate sobre os rituais de beleza, a representação de mulheres, a obrigação de seguir certos padrões e procedimentos para ser bela... E me lembrei também de um livro que fala na verdade sobre a história dos cosméticos: "Compacts and cosmetics". É de uma historiadora, e ela passa por vários produtos e ideias de beleza ao longo da história, sem aprofundar porque é um livro apenas, mas é bem legal também. Inclusive fiquei horrorizada com o tópico cabelo nos séculos XVIII e XIX - e aí temos as plásticas hoje, ne. Sobre isso do consumo, acabo de ler um livro da Rebecca Solnit chamado "Wanderlust" no qual ela fala sobre o ato de caminhar e seus significados desde o século XVIII, e em determinado momento ela começa a falar bastante sobre o lugar da mulher na rua. Ela não traz dados (o livro é mais reflexivo), mas fala que mulher do lado de fora de casa era aquela coisa, até proibida (eram presas mesmo, assustador), e que os magazines e galerias forneciam esse espaço seguro, destinado ate às mulheres - mas aí era um lugar de consumo. É claro que mulheres caminhavam fora do âmbito privado antes, mas achei interessante ela trazer esta situação, que acho que até está colocada em séries como The Paraside e Mr. Selfridge (de forma amena e exaltando as lojas). E ainda sobre o assunto, tem tanta gente que diz que não há gente feia, há gente sem dinheiro. Olha aí, né...
Também acho problemático colocar como se houvesse um planejamento até maquiavélico, como se umas pessoas se reunissem e decidissem que querem fazer mulheres sofrerem (apesar de ter gente que quer isso mesmo). Inclusive porque coloca todo mundo como tábula rasa, que simplesmente aceita uma imposição (como vc falou) e não reconhece que as pessoas constroem o mundo o tempo todo através dos seus atos.
Mas enfim, lerei! Mal lhe pergunte, qual será seu proximo livro da serie teorias do feminismo? =)
Besos!
Opa, já vi!
+Biblioconto Biba, quantas dicas maravilhosas! Quero tudo!!! Vou procurar os livros, as séries, o filme porque estou caraminholando muito ainda sobre as questões do livro. Estou lendo "Reivindicação dos direitos da mulher", da Wollstonecraft, já abismada com a sagacidade da autora. Muito obrigada pelas dicas!!! Beijo!
Acabei de ver "Miss Representation" e ele dialoga perfeitamente com o livro! Obrigada pela indicação! Vou colocar o link na caixa de informação do vídeo! ;)
Que vídeo ótimo, Line, e quanta coisa pra debater. Ainda não li o livro, mas entendo esse caráter panfletário como característica de alguns momentos do feminismo. O próprio O segundo sexo é assim em algumas partes, e pelo que você falou da Naomi, parece seguir o mesmo estilo. Não acho ruim, o problema é justamente ficar tão datado. Mas, como diz uma professora minha, temos que pensar nas coisas como partes de um processo maior. Não dá pra querer fazer tudo certinho de vez, concessões precisam ser feitas para atingir um objetivo final.
Eu concordo bastante com você que a questão do consumo é generalizada, mas não sei se ela explora isso no livro, os pesos e as medidas dos objetos consumidos são diferentes. Os voltados para as mulheres são sempre considerados futilidades e tratados como tal, enquanto para os homens existe outro teor. Claro que o ideal é que essas diferenças não existam mais, mas novamente, parte de um processo.
Sempre me questionei bastante sobre esses gastos de mulheres com roupa, maquiagem, principalmente quando trabalhava em banco. Acaba que, mesmo em situações de equiparação salarial, como é o caso do emprego público, a mulher acaba dispondo menos do que ganha justamente por causa disso. Enquanto o gerente podia ir a semana toda com o mesmo terno que ninguém notaria, as gerentes precisavam mudar sempre de roupa, isso sem falar unha, cabelo, maquiagem, etc. Além do dinheiro mesmo perdido, tem o capital do tempo né, que a mulher acaba perdendo mais também.
Quanto ao final, não sei se entendi bem, mas acredito que para uma parcela (a maioria) é muito mais confortável manter as coisas como estão - mesmo que digam não ser verdade. Há uma perda no processo, claro, homens também estão presos em um sistema que tolhe demonstrações de sensibilidade, de afeto, mas no fim das contas, acho que é mais vantajoso manter a hierarquia de poder da forma como está. Por isso a resistência a mudanças e a manutenção dessa indústria de beleza.
Beijo, já ansiosa pelo vídeo sobre a Mary
+paisdasentrelinhas Tati, lembrei muito de você falando dos equívocos da Simone quanto à psicanálise enquanto lia o livro da Naomi. Num determinado momento, ela diz que a histeria foi uma invenção da biologia para desacreditar as mulheres. O capítulo da biologia n'O Segundo Sexo, onde a Simone compara gravidez a doença me incomodou bastante. Quanto ao caráter panfletário, me incomoda porque carece de critério. Quando a pílula anticoncepcional surgiu e parte das feministas se insurgiu devido à pouca (ou nenhuma) informação sobre os efeitos colaterais, elas estavam sendo criteriosas. Será que elas deveriam desculpar médicos porque as pesquisas científicas sobre os efeitos da pílula ainda estavam em processo? Por outro lado, não duvido por um segundo da seriedade da Simone e da Naomi. Mas essas críticas precisam ser apontadas pro movimento se aprimorar. Não só no feminismo. Acredito que movimentos e ideologias precisam incorporar a revisão e a autocrítica para serem cada vez mais justos e contundentes. E, sim, tem muita coisa nesse livro pra se debater. Adoraria poder ter essa conversa com você pessoalmente. Acho que seria um debate interessantíssimo! Beijo, minha linda!
Parabéns pelo vídeo Aline, gostei muito da nova série, que com certeza traz questões nunca pensadas ou imaginadas, mesmo em um mundo "informatizado" como o nosso. Obrigado!!
Acho que essas questões ocorrem às pessoas com alguma frequência, mas talvez não de forma tão esquematizada.
Exatamente; e sempre tem tb o tal do tabu, fazendo com que as pessoas não discutam sobre estes assuntos, por medo ou receio de julgamentos, situação esta que já é grave, pois mesmo com todo o reconhecimento que a mulher alcançou hoje, ainda estamos muito longe de uma real igualdade.
Achei sua resenha bastante informativa, deu vontade de checar tudo isso no livro! Inclusive, comecei a ler o mística feminina e não terminei, penso em casar as duas leituras no futuro, parece que são bem relacionadas.
+Marcella Guerreiro Acho que em alguma medida são sim. :)
Somos visuais. Fato. A diferença é que homens sempre foram estimulados visualmente para o sexo, e mulheres não!
Muito bom!👏🏻👏🏻👏🏻
Oi, Aline! Muito bom o vídeo. Preciso dizer que é agradável aprender contigo, sobretudo porque você comunica as leituras que faz sem afetações. Isso é bacana, pois não desvia do verdadeiro propósito de um vídeo sobre leituras que é falar sobre... As impressões de leitura (tunduntz). Achei muito interessante tua exposição e me cativou a curiosidade para ler esse livro. Tentarei fazer o download, mas confesso que buscarei a versão impressa. Queria, por favor, saber se você tem alguma dica a respeito de livros que tratem do tema argumentação (desde os gregos até alguns apontamentos mais atuais). Sei que posso "buscar" no Google (mais tarde também vou perguntar ao meu namorado, que tem mais conhecimento sobre literatura clássica do que eu), mas gostaria de saber tua opinião também. Desde já obrigada e um grande abraço "virtual". Sigamos lendo, aprendendo, dialogando e despertando a mente pra vida (:> ;*
Adorei o vídeo!
Comprei esse livro, estou esperando chegar
Vou dar uma dica de livro pra você Aline por que gostei de alguns vídeos seus, caso não conheça leia a Condição Humana da Hannah Arendt essa sim é uma pensadora de peso...
+Socran Sim, já está na minha lista!
Poderia fazer um vídeo sobre o livro: paraíso das damas do autor emille zolla...
Não consegui abrir esse link do pdf
excelente
Engraçado, eu não li o livro, mas sempre relacionei a pressão estética que a mulher sofre como uma forma de desvirtuá-l a dos espaços de poder e decisão, além dos interesses mercadológicos, claro. Vou ler o livro, mas de cara já concordo muito com a pensadora Naomi Wolf. Grata pelo vídeo.
Catia Damasceno é a melhor falando sobre sexo amo!!!!!
Olá Aline! Amo o seu canal e vejo todos os vídeos! Apesar de assistir muito youtube nunca comentei em nenhum vídeo, estou até um pouco tímida hehe. Gostaria de comentar sobre a questão da criação da culpa nas mulheres, especificamente, a culpa fruto da exigência do sacrifício pela família e pelos filhos. Para tanto, vou indicar um livro que, coincidentemente ou não (teria que pesquisar) tem o título muito parecido com o da Naomi Wolf, da francesa Elisabeth Badinter, de 1980, "O Mito da Maternidade". Tenho o PDF, se quiser, posso te mandar por e-mail. O livro faz um estudo sobre a origem da construção da figura materna cuja felicidade se dá exclusivamente na criação dos filhos. Tenho várias críticas ao livro (muito parecidas, inclusive, com as suas criticas ao livro da Naomi, achei o Mito da Maternidade panfletário e muitas vezes a autora se perde na argumentação tentando culpar o mercado e o "sistema" por tudo). Contudo, a Elisabeth trabalha uma questão interessante: a figura materna que se sacrifica teria sido, segundo a autora, uma consequência da valorização da criança como indivíduo. Ela explica que, até o século XVI, a criança era vista como um adulto incompleto, de moral duvidosa, que não merecia muita atenção. Ela passava a ter valor somente ao completar a maioridade. Contudo, essa visão da criança mudou, por vários fatores, dentre eles a elaboração do "bom selvagem" pelo Rousseau. Assim, a criança passou a ser considerada um "projeto do bom cidadão", que deve ser nutrido, cuidado e bem educado desde que nasce. E quem exerceria esse papel? A mãe.
Grande abraço Aline! Te admiro muito.
+Jessika Calleya Silva Seu comentário é muito pertinente! Li o Mito da Idade Média recentemente e a autora fala exatamente dessa mudança na visão da criança e da mulher no século XVI, devido aos preceitos de Rousseau e ao resgate do direito romano. A mulher passou a ficar restrita ao espaço doméstico (antes podia trabalhar, tinha direito há herança etc.), a maioridade aumentou etc. Se puder, me mande sim o pdf. Obrigada! :)
+Aline Aimee mando sim! para qual email? grande abraço :)
Jessika Calleya Silva alineaimee@hotmail.com 😉
Aline, querida, são livros que precisamos ler, pelo menos escolher alguns sobre o feminismo. Preciso ler Simone, já quero ler este da Naomi, O Teto (da Virginia)... todos que espero poder formar uma opinião mais madura, não puramente ativista ou naquela de vou com a manada, sabe?
Adorei suas reflexões, acho que precisamos conversar mesmo sobre questões de gênero (amplamente), e a situação da mulher, sem dúvida, nos interessa particularmente. Beijo!
+Manuella Hitz O Teto é um livro excelente! E preciso terminar O Segundo Sexo!!! Beijo!
Nossa, gostei muito do seu video, mesmo não tendo lido o livro, considero as questões que ele levanta muito pertinentes e ainda válidos. A cobrança por um padrão de beleza realmente é muito forte, as questões que cercam a sexualidade feminina.... mas tem coisas que também achei meio exagerado - mas não li o livro.. estou me baseando no que vc apresentou - tive muitas professoras na universidade, ligadas a essas questões do feminismo e do feminino na história, que sempre apresentavam a mulher nessa situação de vitima, e devo confessar que foram essas abordagens que me afastaram da temática.... não suporto essa perspectiva.... enfim, são questões muito complexas e profundas que apenas lentamente se modificarão... temos de ter em mente que esse caminho não é de mão única, há vantagens em toda estrutura e não só opressão, caso contrário não se sustentaria, nem cultural, nem moral ou mercadologicamente... sei la, não falo mais porque não é minha área, li muito pouco sobre o tema e só reflito sobre minhas experiências pessoais... amei, já estou esperando pela próxima leitura!!!!
Sobre a vitimização excessiva, acho que as coisas são mais complicadas do que parecem. No que se refere à mídia e à publicidade, acho que tanto homens quanto mulheres sofrem algum tipo de "dano" ou influência negativa em nível subconsciente. Mas acho que ainda há algum espaço para escolhas em muitos contextos. A questão é que há sempre muito elementos envolvidos (cultura, educação, personalidade, grupo, desejo...) no momento em que fazemos essas escolhas.
Estou louca para começar a leitura de livros nessa pegada, feminista e etc. Quero começar por Americanah da incrível Chimamanda Ngozi Adichie :)
+Lolla wants Coffee Americanah é um ótimo livro, aborda a condição feminina, mas acho que enfatiza mais a questão do racismo e das diferenças culturais.
recomendo “No seu pescoço” a Chimamanda é maravilhosa! a escrita dela é espetacular e única❤️
Leia O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir, vai lhe esclarecer muitas coisas. É uma obra fantástica. Boa sorte.
ESSE LIVRO É SURREAL!!!! todas as mulheres deveriam ler, todas as meninas! pois desde cedo tentam nos moldar, nos oprimir! meninas e mulheres que lerem esse meu comentário, leiam também o livro, o interpretam, vejam a dimensão e a potencialidade que ele tem e absorvam o máximo de ensinamentos e reflexões que ele proporciona.
Saiam da caixinha que nos colocam, quebrem-a❤️ esse livro deveria ser oferecido nas escolas, mas tudo que “assusta” o sistema, eles banalizam, tentam esconder.
Sim, mas daí o homem também toma como conceito pra ele que a mulher ideal tenha que ser aquela com o corpo perfeito, daí a mulher sente que ela precisa mudar para agradar
Muito bom! Muitos temas para serem debatidos e pensados né?
Tenho um canal tb, quando tiver um tempinho da uma passadinha lá??? :)
Beiijos :*
Já que você gosta do feminismo, que tal começar pelo início? Leia Dialética do Sexo da grande mentora do feminismo contemporâneo Shulamith Firestone. Lá talvez você terá uma opinião filosófica e sociológica do movimento e sai um pouco da superfície do tema.
Eu já li e fiz vídeo sobre autoras do início, como a pensadora do século XVIII Mary Wollstonecraft, e a escritora Virginia Woolf.
@@AlineAimee Já tinha lido sobre a Virgínia, porém, como uma ideóloga do Modernismo. Pra ser sincero e perceber em você que há diálogo, fico até mais à vontade de tecer meu ponto de vista. Eu percebo que o feminismo perdeu sua essência justamente depois do modernismo - cronologicamente e não por causa dele. Por isso que lhe recomendei o livro acima. Ao ler livros do sec. XX pra trás e depois os contemporâneos como da Shulamith, Kate Millet e outros, nota-se que há uma radical mudança de paradigma e que esse novo molde corrobora justamente para o oposto das "feministas" mais antigas. Estas, em suas épocas, foram sim subjugadas de fato por uma superestrutura moral de posse masculina; hoje ainda há, mas muito longe do que se afligia nesse tempo. E o curioso é que agora que tem muito mais liberdade de manifestação, a prática é exercida pelo vilipêndio do que pensavam as antigas. A Net é testemunha dessa inversão! Por uma perspectiva teórico-sociológica vejo que há uma semelhança com a questão homossexualista (o que é bem diferente de homossexualidade) onde o movimento - sistema - parte em guerra a um extremismo para gerar outro extremismo. Sou a favor da feminilidade com todos seus direitos e deveres para ambos os lados, afinal, tudo é ser humano. Fique tranquila caso discorde e seu canal é ótimo. Pelo nível do seu trabalho creio não encontrar aqui aquelas que nunca leram um livro sobre o tema, mas matam e morrem em prol daquilo que não compreendem... Um abraço.
Kkkkkkkkk O "mito" da beleza...