Eu estou tentando entender os risos, fazer uma análise racional do que foi a reação. Será que as pessoas precisam do gore para compreender a tragédia? Não sei a faixa etária destas pessoas que tiveram essa reação, mas assistir filmes produzidos por streaming está se tornando cada vez mais triste, pois buscando manter as pessoas por mais tempo na plataforma, muitas vezes aceitam que estas pessoas dividirão a atenção com outras telas. Assim, não se pode ser subjetivo, tem que ser óbvio para que o "espectador floquinho de neve" não fique frustrado por não ter compreendido, pois estava no celular. Torço para que o riso tenha sido por essa incompreensão da subjetividade. Ou talvez seja mais uma pessoa que não teve a imersão necessária e introspectivamente disse "até parece que essas pessoas não iriam saber que ali é um campo de concentração" e se bloqueou para toda a experiência. Enfim, cabem várias análises. Mas sinto muito por sua experiência em ter se deparado com isso.
Cara, eu realmente acho que todas essas opções que você levantou são possíveis. Eu estou até agora pensando nisso e tentando entender o que causou essa reação. Era uma mulher adulta, e pela sessão ter sido no shopping mais classe alta de SP, deve ter dinheiro. De qualquer forma, eu adoro que filmes sobre a realidade, atual ou histórica, produzidos por artistas ambiciosos, cheguem aos cinemas de shopping. Por incrível que pareça (considerando que estamos falando de adultos), acredito que filmes que não sejam escapistas tem o poder de chocar certas pessoas, que não vão pro cinema esperando pensar. Enfim, quando puder, vá ver o filme, pois é muito bom. Em SP já está em pré-estreia, não sei aí.
Uma vez testemunhei em sala de aula na Universidade, uma crise de riso quando uma colega nossa grávida se sentiu mal. Ela paralisou e só conseguia rir e foi uma crise nervosa! Quem sabe a reação desta pessoa no cinema não foi neste sentido?
Eu torço que a risada da mulher tenha sido porquê ela tenha achado o filme uma porcaria gigante pra ela, que nada importava pra ela, do que apoiando uma trocidade que o filme retrata
Eu não acho que ela estava apoiando. Mas mesmo que tenha achado o filme uma porcaria, gargalhar desse jeito ao final de um filme com ela demonstra no mínimo uma insensibilidade que me assusta.
Opa! Novo aqui no canal. Pra mim o melhor filme de 2023, vi aqui no cinema em Salvador. Ele, anatomia de uma queda e sociedade da neve tão entre os meus favoritos.
Para além do filme, ótima análise e crítica. Devo ver o filme quando chegar no streaming, para não ter o desprazer de lidar com a indiferença da plateia🤷🏿😔
Cara, me perdoe me meter no seu comentário, mas não perca de ir no cinema não. Esse é um filmão pra qualquer tela, mas no cinema, a experiência de som é total diferente no cinema. Eu nunca fui de escolher o que ver no cinema por essas características técnicas de "filme de telão" tals, mas esse filme realmente é importante no cinema. A imersão do som faz toda a diferenca. E oh, na sessão que eu fui, as pessoas tiveram outro comportamento, vale a pena ir inclusive pra ver isso. Espero que meu comentário te traga outro olhar :)
@@PatriciaOliveira-bn2zr eu até concordo com você em relação à qualidade da experiência, Patrícia, mas cada um conhece a realidade. Ainda mais em um país como o Brasil.
Isso com certeza, @@Cineviews ! mas eu comentei mais pra estimular que uma pessoa vá ao cinema, mesmo que tenha pessoas que façam essas coisas, pq inclusive a gente tem que ocupar os espaços pra que esses comportamentos sejam cada vez mais minoritários, ou até inexistentes. Tem lugar que é bastante reacionário mesmo, se bem que eu vivo em SP e isso varia até mesmo de bairro pra bairro, quiçá pensar isso em escala nacional. Mas, ainda assim, eu acredito que não deixar de ir tem um efeito poderoso, além de ser um exercício de um direito de acessar cultura APESAR dos comportamentos da audiência ao lado.
@@PatriciaOliveira-bn2zr então, Patrícia. Eu não sei se concordo com você. Pra mim não é sobre ocupar espaços. O Brasil é um país pobre onde 90% a população vive com no máximo 2 mil reais por mês. Os ingressos de cinema estão custando 80 reais. Eu acredito que todo mundo tem que ver o maior número de filmes possível da forma que elas puderem.
Sim, exatamente, ao invés de tentar algo ela teve uma crise de riso (e não foi maldade, indiferença, foi quase uma crise de histeria, mas foi bem estranho)
@@Cineviews É uma ironia e uma comparação ao filme não olhe para cima! Sou contra a atitude de Israel e o genocídio que NETANYAHU está promovendo na palestina
Verdade! Fechamos os olhos para as mortes dos Yanomamis, os venezuelanos, os cubanos, as crianças sendo abusadas na Ilha do Marajó. A indiferença, infelizmente, faz parte do ser humano.
O primeiro filme que eu vejo onde nenhum diálogo dos protagonistas e coadjuvantes importa, e a gente não tem nenhuma empatia por esses personagens, só pelos que estão dentro do campo de concentração, que não vemos.
15:00 na verdade ele disse: fiquei imaginando como seria matar todas essas pessoas asfixiadas com gás... ou seja, na cabeça dele, passou essa possibilidade. achei estranho ele falar isso abertamente no telefone sabendo que poderia estar sendo gravado. mas ao mesmo tempo deixou clara a psicopatia dele que já estava refletida no filho mais velho que prendeu o mais novo na estufa. gostei muito do filme, me coloquei no lugar de diversos personagens e fiquei embasbacado com a falta de sensibilidade tanto dos nazistas como das pessoas que sairam do cinema comigo e não se sentiram tão tocadas ou impelidas a fazer algum bem pelo próximo que estava ali sofrendo tanto do outro lado do muro.
É isso que sinto depois de ver o filme: medo do que as pessoas comuns são capazes de banalizar quando está acontecendo com os outros. Até hoje. Parabéns pela crítica!
O som dos tiros me incomodou mto. Acho q a obra fala menos do holocausto e mais da sociedade atual. Me vi naquela família toda vez que passo por um mendigo e ignoro. Ou qdo vejo alguma injustiça, mas minha rotina está cheia demais para me envolver. Odiei!
@@Cineviews Tive algumas. Primeira, num mundo de brancos, eles discriminavam as raças diferentes, mas tratava o cão preto como alguém da família. Outra é que o cão representa um rastro, um vestígio de humanidade daquela família. Afinal, quem fez o holocausto não foi um monstro, foi a natureza humana, o próprio homem. Mas essa família era capaz de amar um animal doméstico. E que o cão aparece feliz na casa assim como a família. Mas o cão é irracional e não sabe o que acontece. A família sabe e vive normalmente. A irracionalidade está mais neles do que no cão.
@SorteLenormand Cara, gostei mais da terceira observação, já que ela é menos metafórica e mais analítica mesmo. Faz todo o sentido: naquele contexto, não fazia diferença ser um cão ou uma pessoa, já que as pessoas não colocaram a cabeça pra pensar e ignoravam o horror ali do lado.
@@Cineviews exato, é só procurar no google e é a sinopse mais apresentada pra esse filme. mas a própria autora do livro comentou que no livro ela apresenta bem mais essa questão do relacionamento da esposa com seu amante. no filme só aparece no finzinho. infelizmente todos os sites de resenha copiaram essa mesma sinopse e passaram uma imagem do filme que não tem nada a ver com o que assistimos na telona.
João, ótima análise do filme. Uma ótima reflexão que você fez com a situação atual da guerra. E uma grande parte das pessoas parecem não mais se comover ou sensibilizar com as tragédias humanas que acontecem. E isso diz da banalização gradual dos acontecimentos e da maldade conforme você mesmo citou a obra da Hannah Arendt. Muito pertinente diante do contexto do filme. Gostei do filme, mas ao mesmo tempo em que ele é sutil ele incomoda por não mostrar mesmo em tomadas breves, o horror que acontecia ao lado da casa do oficial, onde tudo fluía naturalmente como se não nada de muito grave tivesse acontecendo. E aí neste sentido, o filme perde o impacto. Fiquei imaginando A Lista de Schindler(1993),(talvez o melhor filme sobre o Holocausto já feito) que coloca agente dentro do campo de maneira impactante em cada cena e você consegue vivenciar cada ponto de dor e pesadelo que acontecia. Sei que a visão da história é do ponto de vista da família do oficial, que parecia alheia a real situação que acontecia, mas o filme "peca" e deveria ter colocado pontos cruciais do acontecimento, até para que as atuais gerações saibam de fato o que ocorria em um dos períodos mais sombrios que a humanidade já viveu.
Muito obrigado,Júnior! De verdade! Cara, você acredita que eu não foi tão fã de A Lista de Schindler assim? Se por um lado Zona de Interesse é sobre essa normalização do holocausto entre pessoas comuns, o filme do Spielberg é sobre a crise de consciência de um “nazista light”, o que é bem problemático na minha opinião. Um abraço!
Parece que tem um Glazer que realizou esse filme e um outro Glazer no discurso de aceitação do Oscar que recebeu. Fico a refletir sobre o quão dividido é o povo judeu, sendo ele próprio um judeu.
É o mesmo cara. Quem tem o mínimo de humanidade é capaz de se compadecer do holocausto alemão contra os judeus e também com o holocausto israelense contra os palestinos.
@@Cineviews Não vejo esse mesmo compadecimento em relação aos mais de 315.000 (trezentos e quinze mil) civis massacrados na Síria, tanto pelo presidente Bashar Al-Assad quanto pelas nações que lutam dentro do país. Não vejo essa mesma veemência em relação aos ucranianos civis assassinados pelo regime Putin. Tudo é muito relativo. Gostaria muito que o Glazer ou você fosse viver num desses países de religião muçulmana que vocês tanto defendem. Tanto Gazitas quanto os demais que moram na Cisjordânia não querem paz. O único desejo que os move é o de destruição do Estado Judeu. Enfim.
E também não gostam de bandidos e ex presidiários, mas sua capacidade mental para entender está frase é comparável a do ditador nazista, então não irei me preocupar com o seu entendimento.
Descurti porque vc teve coragem de misturar bolsonarismo com uma história tão sensível. Nada a ver. Assuntos misturados, anti-semitismo visível e opinião fraca.
Cara, nunca subestime a burrice de um espectador. Uma gargalhada deslocada pode ser apenas a representação da pura ignorância.
Sim, pode ser. Como falei, fiquei sem entender. Não afirmei nada, só questionei.
Eu estou tentando entender os risos, fazer uma análise racional do que foi a reação.
Será que as pessoas precisam do gore para compreender a tragédia?
Não sei a faixa etária destas pessoas que tiveram essa reação, mas assistir filmes produzidos por streaming está se tornando cada vez mais triste, pois buscando manter as pessoas por mais tempo na plataforma, muitas vezes aceitam que estas pessoas dividirão a atenção com outras telas. Assim, não se pode ser subjetivo, tem que ser óbvio para que o "espectador floquinho de neve" não fique frustrado por não ter compreendido, pois estava no celular.
Torço para que o riso tenha sido por essa incompreensão da subjetividade.
Ou talvez seja mais uma pessoa que não teve a imersão necessária e introspectivamente disse "até parece que essas pessoas não iriam saber que ali é um campo de concentração" e se bloqueou para toda a experiência.
Enfim, cabem várias análises. Mas sinto muito por sua experiência em ter se deparado com isso.
Cara, eu realmente acho que todas essas opções que você levantou são possíveis. Eu estou até agora pensando nisso e tentando entender o que causou essa reação. Era uma mulher adulta, e pela sessão ter sido no shopping mais classe alta de SP, deve ter dinheiro. De qualquer forma, eu adoro que filmes sobre a realidade, atual ou histórica, produzidos por artistas ambiciosos, cheguem aos cinemas de shopping. Por incrível que pareça (considerando que estamos falando de adultos), acredito que filmes que não sejam escapistas tem o poder de chocar certas pessoas, que não vão pro cinema esperando pensar. Enfim, quando puder, vá ver o filme, pois é muito bom. Em SP já está em pré-estreia, não sei aí.
@@Cineviews está em pré-estreia também. Mas em cartaz em cinemas da fundação cultural. Preciso me apressar.
@@IncrivelPontinhoAzul ah, legal. Pra mim, é um filme imperdível.
O FATO DA ESPOSA DIZER QUE LÁ É O LAR É TAMBÉM UMA FORMA DE MOSTRAR O EGOÍSMO DELA. O COMODISMO DELA SOBRE TODOS ATÉ A DO MARIDO!
Verdade!
Uma vez testemunhei em sala de aula na Universidade, uma crise de riso quando uma colega nossa grávida se sentiu mal. Ela paralisou e só conseguia rir e foi uma crise nervosa!
Quem sabe a reação desta pessoa no cinema não foi neste sentido?
Uma colega passou mal e a outra começou a rir?
Eu torço que a risada da mulher tenha sido porquê ela tenha achado o filme uma porcaria gigante pra ela, que nada importava pra ela, do que apoiando uma trocidade que o filme retrata
Eu não acho que ela estava apoiando. Mas mesmo que tenha achado o filme uma porcaria, gargalhar desse jeito ao final de um filme com ela demonstra no mínimo uma insensibilidade que me assusta.
Foi a materialização da banalidade do mal.
@@risoatelie exato, acho até que a gargalhada dela acrescentou uma nova camada à trilha sonora do filme.
A mulher não tem cultura, não sabe o que viu. Riu da própria ignorância!
Opa! Novo aqui no canal. Pra mim o melhor filme de 2023, vi aqui no cinema em Salvador. Ele, anatomia de uma queda e sociedade da neve tão entre os meus favoritos.
Tem crítica dos três aqui no canal, Bruno! Também gostei muito dos três. Seja bem-vindo!
Para além do filme, ótima análise e crítica. Devo ver o filme quando chegar no streaming, para não ter o desprazer de lidar com a indiferença da plateia🤷🏿😔
Nossa, eu estou prevendo o show de horror que serão as sessões no Brasil. Obrigado pelo comentário!
Cara, me perdoe me meter no seu comentário, mas não perca de ir no cinema não. Esse é um filmão pra qualquer tela, mas no cinema, a experiência de som é total diferente no cinema. Eu nunca fui de escolher o que ver no cinema por essas características técnicas de "filme de telão" tals, mas esse filme realmente é importante no cinema. A imersão do som faz toda a diferenca. E oh, na sessão que eu fui, as pessoas tiveram outro comportamento, vale a pena ir inclusive pra ver isso. Espero que meu comentário te traga outro olhar :)
@@PatriciaOliveira-bn2zr eu até concordo com você em relação à qualidade da experiência, Patrícia, mas cada um conhece a realidade. Ainda mais em um país como o Brasil.
Isso com certeza, @@Cineviews ! mas eu comentei mais pra estimular que uma pessoa vá ao cinema, mesmo que tenha pessoas que façam essas coisas, pq inclusive a gente tem que ocupar os espaços pra que esses comportamentos sejam cada vez mais minoritários, ou até inexistentes. Tem lugar que é bastante reacionário mesmo, se bem que eu vivo em SP e isso varia até mesmo de bairro pra bairro, quiçá pensar isso em escala nacional. Mas, ainda assim, eu acredito que não deixar de ir tem um efeito poderoso, além de ser um exercício de um direito de acessar cultura APESAR dos comportamentos da audiência ao lado.
@@PatriciaOliveira-bn2zr então, Patrícia. Eu não sei se concordo com você. Pra mim não é sobre ocupar espaços. O Brasil é um país pobre onde 90% a população vive com no máximo 2 mil reais por mês. Os ingressos de cinema estão custando 80 reais. Eu acredito que todo mundo tem que ver o maior número de filmes possível da forma que elas puderem.
Sim, exatamente, ao invés de tentar algo ela teve uma crise de riso (e não foi maldade, indiferença, foi quase uma crise de histeria, mas foi bem estranho)
Interessante, não tinha pensado por esse lado. É uma possibilidade também.
NÃO OLHE PARA CIMA, NÃO OLHE PARA OS LADOS! NÃO PERCEBA OS NECESSITADOS NA SUA CASA, NA SUA VIZINHANÇA, NAS RUAS...
Passe pano pro genocídio de Israel contra a Palestina.
@@Cineviews É uma ironia e uma comparação ao filme não olhe para cima! Sou contra a atitude de Israel e o genocídio que NETANYAHU está promovendo na palestina
@@frankportel sim sim, eu não falei diretamente pra você. Estou usando “você” pra generalizar.
Verdade! Fechamos os olhos para as mortes dos Yanomamis, os venezuelanos, os cubanos, as crianças sendo abusadas na Ilha do Marajó.
A indiferença, infelizmente, faz parte do ser humano.
Cubanos?
O primeiro filme que eu vejo onde nenhum diálogo dos protagonistas e coadjuvantes importa, e a gente não tem nenhuma empatia por esses personagens, só pelos que estão dentro do campo de concentração, que não vemos.
Como assim nenhum diálogo importa?
@@CineviewsPra mim o que importa é justamente o que a gente não vê, todos os diálogos dos personagens que a gente vê, são banais na minha opinião.
15:00 na verdade ele disse: fiquei imaginando como seria matar todas essas pessoas asfixiadas com gás... ou seja, na cabeça dele, passou essa possibilidade. achei estranho ele falar isso abertamente no telefone sabendo que poderia estar sendo gravado. mas ao mesmo tempo deixou clara a psicopatia dele que já estava refletida no filho mais velho que prendeu o mais novo na estufa.
gostei muito do filme, me coloquei no lugar de diversos personagens e fiquei embasbacado com a falta de sensibilidade tanto dos nazistas como das pessoas que sairam do cinema comigo e não se sentiram tão tocadas ou impelidas a fazer algum bem pelo próximo que estava ali sofrendo tanto do outro lado do muro.
um dos filmes mais impactantes q eu vi nos ultimos tempos ja tinha visto na mostra sp mas to cogitando ir ver d novo no cinema
Eu fiquei muito impactado também.
Isso acontece. Risos sem motivos. Meu primo quando levava surra por merecer ria em vez de chorar. Essa reação acontece
Surra POR MERECER?
É isso que sinto depois de ver o filme: medo do que as pessoas comuns são capazes de banalizar quando está acontecendo com os outros. Até hoje. Parabéns pela crítica!
Com certeza, eu me irrito de ver pessoas achando que filmes como esse são só sobre o passado. Obrigado pelo comentário!
O som dos tiros me incomodou mto. Acho q a obra fala menos do holocausto e mais da sociedade atual. Me vi naquela família toda vez que passo por um mendigo e ignoro. Ou qdo vejo alguma injustiça, mas minha rotina está cheia demais para me envolver. Odiei!
Exatamente, o filme é sobre HOJE. Está rolando um holocausto em Gaza e as pessoas não só ignorando, como DEFENDENDO.
@@Cineviews qual sua interpretação sobre a imagem do cão da família?
@@SorteLenormand cara, não lembro se eu fiz alguma interpretação metafórica não. Qual é a sua?
@@Cineviews Tive algumas. Primeira, num mundo de brancos, eles discriminavam as raças diferentes, mas tratava o cão preto como alguém da família.
Outra é que o cão representa um rastro, um vestígio de humanidade daquela família. Afinal, quem fez o holocausto não foi um monstro, foi a natureza humana, o próprio homem. Mas essa família era capaz de amar um animal doméstico.
E que o cão aparece feliz na casa assim como a família. Mas o cão é irracional e não sabe o que acontece. A família sabe e vive normalmente. A irracionalidade está mais neles do que no cão.
@SorteLenormand Cara, gostei mais da terceira observação, já que ela é menos metafórica e mais analítica mesmo. Faz todo o sentido: naquele contexto, não fazia diferença ser um cão ou uma pessoa, já que as pessoas não colocaram a cabeça pra pensar e ignoravam o horror ali do lado.
uma coisa que não entendi foi a sinopse apresentada do filme que fala de uma traição do homem ou da mulher. e essa parte é apresentada bem pouco
Eita, onde você leu essa sinopse? O filme não é nada sobre isso.
@@Cineviews exato, é só procurar no google e é a sinopse mais apresentada pra esse filme. mas a própria autora do livro comentou que no livro ela apresenta bem mais essa questão do relacionamento da esposa com seu amante. no filme só aparece no finzinho. infelizmente todos os sites de resenha copiaram essa mesma sinopse e passaram uma imagem do filme que não tem nada a ver com o que assistimos na telona.
João, ótima análise do filme. Uma ótima reflexão que você fez com a situação atual da guerra. E uma grande parte das pessoas parecem não mais se comover ou sensibilizar com as tragédias humanas que acontecem. E isso diz da banalização gradual dos acontecimentos e da maldade conforme você mesmo citou a obra da Hannah Arendt. Muito pertinente diante do contexto do filme. Gostei do filme, mas ao mesmo tempo em que ele é sutil ele incomoda por não mostrar mesmo em tomadas breves, o horror que acontecia ao lado da casa do oficial, onde tudo fluía naturalmente como se não nada de muito grave tivesse acontecendo. E aí neste sentido, o filme perde o impacto. Fiquei imaginando A Lista de Schindler(1993),(talvez o melhor filme sobre o Holocausto já feito) que coloca agente dentro do campo de maneira impactante em cada cena e você consegue vivenciar cada ponto de dor e pesadelo que acontecia. Sei que a visão da história é do ponto de vista da família do oficial, que parecia alheia a real situação que acontecia, mas o filme "peca" e deveria ter colocado pontos cruciais do acontecimento, até para que as atuais gerações saibam de fato o que ocorria em um dos períodos mais sombrios que a humanidade já viveu.
Muito obrigado,Júnior! De verdade! Cara, você acredita que eu não foi tão fã de A Lista de Schindler assim? Se por um lado Zona de Interesse é sobre essa normalização do holocausto entre pessoas comuns, o filme do Spielberg é sobre a crise de consciência de um “nazista light”, o que é bem problemático na minha opinião. Um abraço!
Por quê você não perguntou o motivo da gargalhada dessa mulher? Fiquei curiosa rs
Acho que pra evitar confronto. Acredito que haja motivações políticas por trás dessa gargalhada.
@@Cineviews Ou problemas cognitivos mesmo.
@@nicoleluz.11 kkkk, sim.
Parece que tem um Glazer que realizou esse filme e um outro Glazer no discurso de aceitação do Oscar que recebeu.
Fico a refletir sobre o quão dividido é o povo judeu, sendo ele próprio um judeu.
É o mesmo cara. Quem tem o mínimo de humanidade é capaz de se compadecer do holocausto alemão contra os judeus e também com o holocausto israelense contra os palestinos.
@@Cineviews Não vejo esse mesmo compadecimento em relação aos mais de 315.000 (trezentos e quinze mil) civis massacrados na Síria, tanto pelo presidente Bashar Al-Assad quanto pelas nações que lutam dentro do país. Não vejo essa mesma veemência em relação aos ucranianos civis assassinados pelo regime Putin. Tudo é muito relativo. Gostaria muito que o Glazer ou você fosse viver num desses países de religião muçulmana que vocês tanto defendem. Tanto Gazitas quanto os demais que moram na Cisjordânia não querem paz. O único desejo que os move é o de destruição do Estado Judeu. Enfim.
NÃO entendi o final
@@radoykarip1109 o que você não entendeu?
@@Cineviews Ele descendo as escada...mas vi em outro canal que era um museu
@@radoykarip1109 sim, museu do Holocausto.
Serio que ele falou de Bolsonaro !
Seríssimo.
Ja ouviu falar da expressão "rir de nervoso", pois é existe e pode ter sido o caso. Nem td na vida se resume a politica. Graças a deus.
Queria ter a sua ingenuidade.
Bolsonaristas não gostam de arte. Jamais entenderão a este filme.
E também não gostam de bandidos e ex presidiários, mas sua capacidade mental para entender está frase é comparável a do ditador nazista, então não irei me preocupar com o seu entendimento.
Mais um trouxa “politizando” um tema tão devastador como este.
Eu que sou trouxa, mas é você que tá reclamando de politizar um tema político. 🤡
O que esperar de bolsonaristas? Somente indiferença e desprezo pelo outro.
Eu tô adivinhando que aquela mulher era bolsonarista, haha. Mas acho difícil não ser, né?
@@CineviewsEu sou bolsonarista amigo, e eu sou indiscutivelmente pró vida e que Deus esteja ao nosso lado
@@ricardossousa8879 pró-vida de palestinos? De mulheres que reivindicam aborto legal e oferecido pelo SUS?
@@Cineviews Sim, mas aí é escolha delas, o que elas acham melhor nas suas condições, o que colhem hoje, mas na frente plantam
@@Cineviews Deus lhe abençoe 😊😊😊
Descurti porque vc teve coragem de misturar bolsonarismo com uma história tão sensível. Nada a ver. Assuntos misturados, anti-semitismo visível e opinião fraca.
Não, assuntos extremamente conectados. O bolsonarismo é a forma brasileira do fascismo. Goste você ou não.