A Ética Argumentativa de Hans-Hermann Hoppe
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- Опубліковано 24 гру 2024
- Vídeo sobre a ética argumentativa de Hans-Hermann Hoppe, ou ética argumentativa hoppeana. Para começar, podemos considerar porque a ética de Hoppe não cai na guilhotina de Hume. Como já vimos por aqui, a guilhotina de Hume diz que não se poderia derivar o dever-ser do ser. A ética hoppeana não cai na guilhotina de Hume porque ela não deduz sua ética da natureza das coisas, mas da argumentação. Ela está em outro plano.
Hoppe foi aluno de Jürgen Habermas antes de ser aluno de Murray Rothbard. Pode-se dizer que Hoppe estabeleceu um diálogo entre o libertarianismo de Rothbard e a teoria da ação comunicativa de Habermas. Segundo a teoria de Habermas, a escolhas éticas devem ser fundamentadas a partir da argumentação.
Para entendermos a ética hoppeana, o primeiro conceito básico a considerar é o de escassez. Porque os bens são escassos, é necessário argumentar para justificar as escolhas a serem feitas. Se não houvesse escassez não haveria preocupação quanto ao que é certo ou errado. A escassez é uma realidade, e negar a escassez é negar a própria realidade (e o nosso próprio direito faz isso ao transformar determinados bens e serviços em "direitos"...).
Para que haja argumentação, é necessário que se reconheça o direito à propriedade do próprio corpo (autopropriedade). Negar o direito à propriedade do próprio corpo é negar a argumentação. É cair no que Habermas chamava de "contradição performativa": a negação da própria argumentação.
Das noções de escassez e de autopropriedade deduz-se, também, a noção de propriedade privada. O homem se apropria daquilo que é o resultado da "mistura do seu trabalho com a terra" (John Locke). Esse é o conceito libertário de "homesteading", que, traduzido, significa apropriação original.
Dessas ideias deriva ainda a possibilidade de realização de trocas voluntárias, contratos livres. Negar qualquer uma dessas ideias encadeadas (autopropriedade, propriedade privada e liberdade contratual) é negar o próprio discurso. Logo, não há legitimidade ética nessa negativa.
O próprio Rothbard reconheceu que a ética argumentativa de Hoppe foi um avanço para a teoria libertária. Isso porque ela transcende os problemas teóricos relacionados ao plano do dever-ser, a chamada "guilhotina de Hume." Como já mencionado, Hoppe saiu do plano da natureza (do jusnaturalismo) para o plano da argumentação. Na verdade, ele levou as ideias de escassez, de autopropriedade, de propriedade privada e de liberdade contratual, já presentes no jusnaturalismo de Rothbard (às quais Rothbard chegou por exclusão), para o âmbito da argumentação.
Confira, no livro "Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo" de Hoppe, a exposição da ética argumentativa no prefácio (pp. 9 a 11) e no capítulo 7 (p. 123ss):
rothbardbrasil....
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www.mises.org....
mises.org/libr...
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Guilhotina de Hume, Lei de Hume ou "falácia naturalista"
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"Direito Sem Juridiquês" na internet:
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Excelente vídeo, professor Carlos!! Apresentado de forma direta, didática e na devida ordem necessária para se entender os levantamentos. Deu de 10x0 nos mais variados tipos de youtubers mesquinhos e pseudo-libertários espalhados youtube a fora! Muito bom, mesmo. É isso que acontece quando a fundamentação e entendimento do orador vem de livros e artigos, da fonte originária, e não de grupinhos de facebook. Bom trabalho mais uma vez, amigo!! Sucesso!! #ImpostoÉRoubo
Quais canais recomenda além do Carlos?
@@ondeexistirumestatistaeues9566 Nenhum. O dele é o único que transmite sério o conteúdo. O So To Speak tá nascendo, mas ainda está na fase inicial. Recomendo mesmo são os artigos dos sites Ideal Libertário e Instituto Rothbard.
@@italotrivisan9767 o que acha do Fhoer e Sokath?
@@ondeexistirumestatistaeues9566 Fracos. Mas corrijo meu comentário anterior, o ANCAP.SU também é muito bom.
@@italotrivisan9767 Fhoer é fraco? kkkkkjkkk depois q o Lacombi sumiu, só ele tá moralizando o movimento nas redes sociais. Aliás, arrisco dizer que ele quem tá por trás do So to speak, pois é amigo do Botti e do PG.
O status dessa ética é transcendental no sentindo katiano, hoppe ñ deixa sua ética cair na guilhotina de hume pq ela ñ deriva um dever de um fato , ele só mostra q a unica ética possível sem cair em contradição performática, ou seja hoppe torna a ética libertária a unica alternativa possível racionalmente, fiz esse comentário só pra somar um pouco ao vídeo, si querem mais detalhes vejam o livro onde essa ética foi exposta pela primeira vez.
No "Democracia o deus que falhou", certo?
@@danielrennan2784 Nn, no Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo
@@igoresdeefeso8405 valeu por falar
Uma boa analogia para elucidar essa questão é a de um jogo de xadrez.
I-Para ganhar no cenário do jogo atual, a única forma seria o jogador B movendo o cavalo para X (descritivo)
II-Logo para ganhar, o jogador b deve mover o cavalo para x (normativo)
A questão da guilhotina não é derivar um dever ser de um ser, mas estabelecer um deve ser de um ser, por exemplo o conflito é um fato logo o conflito deve existir, (cae na guilhotina de hume).
Para conseguir Y você precisar fazer X. ( descritivo)
Logo para conseguir Y você deve fazer X ( normativo)
(não cae na guilhotina de hume)
Se puder me tire uma dúvida...estou incomodado com ela.
Imagine que alguém com problemas mentais - um fundamentalista religioso - não permite a transfusão de sangue em alguém por motivos fúteis. Esse ato certamenu causa danos a propriedade alheia do indivíduo, então é anti ético. Certo?
O ato de negligenciar intervenção medica num outrem que está sobre sua tutela é um crime segundo a ética argumentativa?
Por favor,isso tá me perturbando...ajuda aqui heheheheh
Acho que seria bom citar tb o axioma da Ação Humana de Ludwig Von Mises, e a definição de conflitos como impossibilidade praxeologica de dois ou mais indivíduos utilizarem um único meio escasso para fins excludentes ao mesmo tempo, sendo esses conceitos fundamentais para a compreensão da ética argumentativa. Fora isso achei excelente o seu vídeo, meus parabéns.
Uma pequena correção:
5:22
A argumentação não tem somente como condição necessária o reconhecimento da *sua* autopropriedade, mas também o reconhecimento da autopropriedade *do outro indivíduo argumentador.* Isso porque você reconhece tal indivíduo como autônomo e independente e com o direito de controlar o seu corpo para engajar na argumentação (já que a argumentação é, também, uma atividade prática que necessita do controle do corpo) e, assim, chegar à verdade (sendo esse o *telos* da argumentação). Dessa forma, em uma argumentação, ambos indivíduos legitimam a autopropriedade do outro, assim como a sua; negar (através de uma proposição) tanto a sua autopropriedade quanto a do outro indivíduo evidencia uma contradição performativa (ou pragmática, dialética, etc.), dado que houve uma contradição entre a proposição (negação) e os pressupostos do meio necessário (a argumentação) para alegar essa proposição.
Tirando esse pequeno deslize, acredito que o vídeo ficou impecável para o seu tamanho. Talvez pudesse explicar mais detalhadamente sobre a contradição performativa ou a justificativa do homesteading lockeano, mas provavelmente deixaria o vídeo muito extenso.
Aliás, a quem interessar, Rothbard disserta sobre a ética argumentativa e a aceita em *"Beyond Is and Ought"* (www.libertyunbound.com/sites/files/printarchive/Liberty_Magazine_November_1988.pdf, p. 44; traduzido: rotalibertaria.wordpress.com/2019/01/14/alem-do-e-e-deve-ser/): "Hoppe has proven me wrong. He has done it: he has deduced an anarcho-Lockean rights ethic from self-evident axioms."
E se eu argumentar que a propriedade de outra pessoa é minha?
Adiciona argumentação em âmbito discursivo-normativo, do contrário alguém poderia se aproveitar e criticar sobre outras formas de argumentação
@@netinneto5224 Você vai estar caindo em contradição. Por que no momento em que você argumentar isso, você já vai está reconhecendo a autopropriedade da pessoa.
Carai mano, eu tava pesquisando sobre este tema EXATAMENTE AGORA! Já dei like antes de ver, sucesso!
Vai ler Apel pra ficar inchado
@@igoresdeefeso8405 e Kinsell
Você acaba de ganhar um seguidor libertários você explica muto bem meu caro! Abraço
"Se vc aguentou até aqui" é ótimo, professor!
Rsrsrs
Excelente explicação, sanou algumas dúvidas que tinha.
faça um vídeo sobre o distributismo
Tenho uma dúvida, quanto exatamente de trabalho temos que misturar com uma dada quantidade de recursos naturais para que possamos nos apropriar dela?
Quantos pés de alface ou quantas cabeças de gado eu tenho q produzir para poder ser dono de um hectar de terra?
Quanto uma empresa tem q produzir para que ela se torne dona das águas de um rio?
Me parece q para resolver essas questões sobre o homesteading teríamos q argumentar, mas como vamos argumentar se para argumentar temos que ter autopropriedade e para ter autopropriedade temos q ter homesteading.
O simples fato de você interagir com o recurso já caracteriza a sua propriedade. Você cercar ele, você segurar ele, ou jogar as sementes no chão, algo que prove que você é dono dele. Isso evita que, por exemplo, eu chegue em uma area vazia, construa a minha casa e ai venha um fulano e diga que a area é dele. Ele precisa provar isso. A prova é justamente qualquer uma forma de mostrar que chegou ali primeiro. Se ele não tiver como provar, o que eu fiz foi o homesteading, ou seja, eu adquiri primeiro.
Sobre a argumentação é o seguinte. Quando você argumenta, você não reconhece o próprio corpo, você reconhece a autopropriedade do oponente, em outras palavras, eu argumentando com você, eu reconheço que você é um individuo separado de mim. E é isso que caracteriza a diferença entre agressão e argumentação.
A contradição performativa acontece se eu falar que "não existe autopropriedade". Como eu posso afirmar isso, se para eu afirmar isso eu preciso controlar meu corpo? Entendeu?
@@victorcolacios2802 Eu não nego q nós temos algo q pode ser chamado de autopropriedade, mas a minha dúvida é o seguinte:
Vamos supor q eu tivesse chegado em um continente até então inabitado (obviamente isso é só um exemplo hipotético), a vegetação q eu encontro por la é como a dos pampas, então decido colocar 4 cabeças se gado lá.
Neste caso eu fiz o homesteading de quantos quilômetros quadrados?
Outro exemplo: vamos supor q eu abra uma empresa próxima a uma bacia hidrográfica para q a minha empresa possa usar a sua água, neste caso eu me torno dono de td a bacia hidrográfica ou apenas de uma parcela? Se for for de apenas uma parcela, qual é o seu tamanho?
@@rodolfo9916 Você fez o homesteading de tudo. Tanto do continente inabitado, quanto da bacia hidrografica (caso ela não tivesse um dono prévio).
A questão a ser levantada é: Vale a pena você ser dono de um continente inteiro e ter que rondar ele completamente e constantemente para defender contra agressores ou pessoas desavisadas que não sabem que ele é teu?
Não seria mais facil você apenas cercar o que você vai precisar barateando e facilitando a segurança/defesa?
@@victorcolacios2802 Claro q na prática não seria conveniente ser dono de um continente inteiro, mas em um mundo imaginário no qual tds seguissem a ética argumentativa eu me tornaria dono do continente e tds iriam respeitar isso?
@@rodolfo9916 Exatamente. O continente é teu.
Este artigo do Eabrasu é muito bom também:
- pc: drive.google.com/open?id=0B5SnMKNOXBJzZkJkeWxkMzF4UEk
- mobile: drive.google.com/open?id=0B5SnMKNOXBJzdk5Yd3Z5Y0xvcVk
*Uma Resposta às Críticas Correntes Formuladas Contra a Ética Argumentativa de Hoppe*
Excelente vídeo. E pensar que ainda existem pessoas que acham que seres humanos são animais irracionais... Este seria o único jeito de refutar a ética argumentativa. Apesar de haver interações por meios de comunicação, a comunicação em si é a forma de argumentar, portanto não é uma invasão de propriedade e nem coloca ela na guilhotina de Hume. 🤔 Tô virado e bêbado, amanhã volto aqui pra ver se eu não falei groselha 😂
PROFESSOR, SERIA INTERESSANTE FAZER UM VÍDEO SOBRE A TEORIA DO AGIR COMUNICATIVO DE HABERMAS. PARABÉNS PELO CANAL!
Muito bom meu amigo tava aguardando esse vídeo.
por que eu nao conheci seu canal antes? mt bom, caralh*
Ganhou mais um inscrito amigo Libertário.
Excelente vídeo. Especialmente o insight da antítese jus positivistas X conceito de escassez kkkk.
Professor !!!! Top o video amei
Parabéns pelo vídeo, somente assim conseguiremos construir um argumento a favor da liberdade. :)
Muito bem explicado, você explicou muito bem, foi bem direto e bastante esclarecedor!
Parabéns! Excelente aula!!!
Canal excelente, conteúdo rico e inclusivo, parabéns cara!!
Obrigado!
Muito bom!
muito bom! gostei mto !
Parabéns pelo vídeo. Você ou alguém nos comentários poderiam me explicar como o direto a auto propriedade pressupõe o direito de se apropriar de recursos escassos disponíveis na natureza?
Excelente explicação, parabéns!
Obrigado!
Parabéns ótimo conteúdo.
Qual é o critério que me faz ser o dono do próprio corpo? Como eu me apropriaria de mim mesmo?
Está ligado ao uso de meios para alcançar fins. Ao usar o corpo para alcançar fins, o corpo é, necessariamente, um meio escasso. Portanto, o homem, ao agir, tem um lastro objetivo direto com o corpo, já que o corpo não pode ser controlado por mais ninguém diretamente, ou seja, um braço, por exemplo, não pode ser levantado por ninguém diretamente, a não ser pelo próprio dono.
Você tem que diferenciar posse e controle. O dono do corpo artificial é o proprietário porque ele tem o direito de controle do corpo enquanto você só tem a posse. Ele tem o direito de pegar o corpo de volta e dar pra outra pessoa usar porque ele tem um link objetivo indireto com esse corpo que torna ele proprietário. No caso de um corpo humano de verdade a própria pessoa tem um link objetivo direto e tem o poder de controle do corpo.
@Eri Sousa não disse que existe POR CAUSA do link objetivo com o recurso. Disse que se dá através dele. É impossível argumentar contra a autopropriedade sem cair em contradição, uma vez que este é necessário para tal argumentação.
Pra não ficar confuso:
Link objetivo = lastro objetivo
O fato de ter sido o primeiro e único a o usar e defender seus direitos sobre o próprio corpo, da mesma forma que o primeiro que usa uma terra que antes não era de ninguém, a demarca e a defende, é o proprietário dela.
É só eu ou é surreal ver gente defendendo que não é dona do próprio corpo?
Sensacional!
Entretanto, apesar de a ética argumentativa hoppeana não cair na guilhotina de hume, a guilhotina de hume permanece válida para invalidar argumentos de derivam um dever ser do ser, correto?
Obrigado pelos esclarecimentos e reflexões!
muito bom
Para argumentar é preciso reconhecer o direito sobre o corpo? Não reconhecer a propriedade privada sobre objetos não contradiz a ética argumentativa, pois pode ser negada sem contradição. Agora esse direito de autopropriedade não relaciona necessariamente outras propriedades além daquela de si mesmo. Onde está o sentido de generalizar o direito de propriedade das coisas baseado em mim mesmo? Sou uma pessoa, tanto quanto as outras que dependem dos meios para sobreviver, embora sejam meios escassos, são necessários a todos e por ser escassos devem servir a todos, assim como o ar, a terra, o sol...
Eu tenho muita dificuldade em entender o pensamento deste senhor
veja ele diz que a base argumentativa das leis que ele promove é a escassez, mas a escassez no passado era muito mais intensa, pessoas trabalharam por sal, ou um saco de arroz, então você vem me dizer que no seculo 21 vivemos na escassez e que pessoas não podem ter direitos básicos a bens materiais como alimento, educação, etc. mas a escassez, ela caminha na direção negativa com a produtividade do trabalho, motor a vapor, gasolina, elétrico, etc. então em qual direção a escassez caminha? penso que ela diminui com o avanço da tecnologia, e se ela diminui, não faz sentido concluir que os direitos básicos do ser humano tendem a aumentar? usei a própria argumentação dele mas a conclusão é contrária, quero muito entender porque vocês todos concordam com tudo e ninguém faz perguntas como essa?
Quando falamos em escassez, não estamos nos referindo a, por exemplo, quantidade de comida no mundo em relação a quantas pessoas tem no mundo.
Estamos nos referindo ao fato de que é uma impossibilidade que 2 (ou mais) individuos utilizem *o mesmo recurso* para fins excludentes. Por exemplo, eu e você estamos andando na rua e tem 1 maça no chão. É possivel eu e você comermos *a mesma maça* para matarmos a nossa fome? Não é possível. Se eu comer a maça para matar a minha fome (fim) você não pode comer a mesma maça para matar a sua fome (fim), nossos fins (matar a fome) são excludentes, não podem acontecer ao mesmo tempo.
Como resolvemos isso? Com argumentação. A argumentação é a unica forma ética de resolver isso, pois não há violencia durante uma argumentação.
Negar a Autopropriedade,propriedade privada ou contratos
é negar a argumentação, e é anti-ético, até ai eu compreendo, como se lida com a questão da herança, como a pessoa pode ter autopropriedade quando ela não está mais viva?, os filhos dela tem direito?
como lidar com as assimetrias que surgem no sistema onde alguns possuem muito ou tudo, e os poucos que não tem nada o unico que podem é fazer contratos para alugar o seu trabalho se houver demanda, pelo preço disponível no mercado, e torcer que seja suficiente para que todos possam ter suas próprias propriedades?
Se o morto, previamente, não determinou outro fim para os bens que possuia, ou seja, passar esses bens para os filhos/esposa/etc, esses bens passarão a não ter mais dono e o primeiro que pegar é dele. Em uma sociedade libertária contratos serão coisas corriqueiras.
Sobre as assimetrias, nada pode ser feito. Porém, de uma ótica economica de oferta e demanda, os salários serão maiores, pois, como todos poderão empreender, a mão-de-obra vai ir se tornando escassa, ou seja, os poucos desempregados serão disputados pelas empresas e numa especie de leilão, terão ofertas altas. Para os já contratados, as empresas terão que oferecer contratos mais generosos, pois a qualquer momento, o empregado pode ir para uma concorrente por um salário maior.
O que acontece hoje é que, como o estado impede o empreededorismo, poucas empresas precisam contratar e muita gente, se a oferta é muito auta (desempregados) e a demanda é baixa (poucas empresas contratando) vocêr tem o leilão invertido, os desempregados se sujeitando a salários cada vez mais baixos.
Ótimo!!! Mas não saquei perfeitamente porque a autopropriedade é necessária pra argumentação
Porque não é possível argumentar contra si mesmo ou contra um animal.
Pois se você tentar argumentar contra irá estar reafirmando ela,caindo assim em contradição performativa,tentando negar a autopropriedade de seu corpo estará argumentando tomando controle sob ele e utilizando-o
E se eu argumentar na propriedade de outra pessoa?
O que tem?
Professor,o libertarianismo tem influencias kantianas?Poderia explicar a ética kantiana!?A proposito estou lendo um livro usado muito interessante de economia de um autor(talvez católico) Alceu Amoroso Lima, chamado Introdução a economia moderna ,da editora agir.
tem sim, o mises, influenciador de rothbard e posteriormente e hoppe, era kantiano
Não, a EAH é quase que exclusivamente baseada em Apel e Habermas com o pragmatismo transcendental e o agir comunicativo.
mereceu o like
Depois dessa tempestade, só quero saber de quem é a mulher do Zé kkk
Professor, o que é ser libertário?
Libertarianismo eh uma filosofia que defende intrinsecamente a ética
@@jiquis4384 Agradeço seu comentário; contudo, não é essa a minha indagação. Abraço
@@rafaelmendes972 indignação? você apenas perguntou oq era e eu respondi '-'
@@jiquis4384 Amigo, não manifestei nenhuma indignação. O vocábulo utilizado foi: indagação.
blz
Professor,e possivel dizer que ha um capitalismo cientifico ou um capitalismo instintivo?
Professor,
Se puder me tire uma dúvida...estou incomodado com ela.
Imagine que alguém com problemas mentais - um fundamentalista religioso - não permite a transfusão de sangue em alguém por motivos fúteis. Esse ato certamenu causa danos a propriedade alheia do indivíduo, então é anti ético. Certo?
O ato de negligenciar intervenção medica num outrem que está sobre sua tutela é um crime segundo a ética argumentativa?
Por favor,isso tá me perturbando...ajuda aqui heheheheh
olha,se ele o obriga,sim
Só existe uma religião. A Católica Apostólica Romada.
Então, não! A religião desse verme maldito não é válida e ainda por cima antiética e imoral.
Os caras ganham grana dizendo coisas que pra mim são normais, parabéns, não sabia que tem escola pra isso...
um jusnaturalismo baseado em axiomas faz parte da ética argumentativa
Coloca o microfone mais próximo de vc. Ou use aquele que coloca na gola da camisa
Era você no canal do Raphael, certo? E uma dica para o canal, tenta parecer mais natural. Você tá tenso kkk
Olá, amigo. No ideias radicais? Não estive por lá... A que você está fazendo referência?
@ Ah foi mau pelo engano. Você tava no canal do Francisco Amado, lembrei agora
É da natureza dele não parecer natural.
A Ética Argumentativa Hoppeana é uma falácia, pois:
1 - O uso de um recurso não implica necessariamente em pressupor direito de uso legitimo (propriedade) sobre tal recurso. O indivíduo pode desconhecer seu direito legitimo de uso de um determinado recurso (propriedade sobre o recurso) e utiliza-lo mesmo assim. Isso desmonta a asseveração de que há uma contradição performática (ou performativa) na negação da propriedade/auto-propriedade.
Ou seja:
O "uso dos recursos", língua, boca, mente, corpo são necessários para a argumentação.
A pressuposição do "direito de uso" da língua, boca, mente, corpo não são necessários para a argumentação.
O que significa que haveria contradição performativa/performática se houvesse negação do uso, porém o mesmo não se aplica para o direito de uso (isto é, propriedade).
2 - Ainda que o indivíduo não só faça o "uso do recurso", mas pressuponha o "direito de uso" do mesmo (agora de fato, reconhecendo a propriedade do recurso), isso não evidencia que a propriedade seja um direito natural ou oriunda da razão (deduzindo uma ética racional). Pois, esse reclame de propriedade não passa de uma "prescrição normativa" conveniente ao prescritor. Não é possível derivar nenhum "dever ser" de um silogisma que se paute em premissas ontológicas. Portanto, a prescrição indica somente um desejo de consideração de posse (vontade) que poderá ser partilhada entre os indivíduos. Ciente disso, o indivíduo pode reclamar sim propriedade, ciente de que a mesma é uma prescrição normativa e não um direito natural. O que não o faria entrar em contradição ao desconhecer o direito natural e nem tão pouco a conceber um dever a partir daí.
Refutou o Idealismo Transcendental
Kkkkkkkkk
@Bruno Pereira né vei kkkkk, direito de controle total já é propriedade, independente de tu reconhecer ou não, já, que isso é um descritivo.
"1 - O uso de um recurso não implica necessariamente em pressupor direito de uso legitimo (propriedade) sobre tal recurso. O indivíduo pode desconhecer seu direito legitimo de uso de um determinado recurso (propriedade sobre o recurso) e utiliza-lo mesmo assim. Isso desmonta a asseveração de que há uma contradição performática (ou performativa) na negação da propriedade/auto-propriedade."
Isso só ocorre quando estamos em um discurso normativo vis-a-vis, a auto-propriedade é uma demonstração de preferencia para com os seres capazes de apropriação, não como meras propriedades, mas como seres que reconhecem mutuamente uns aos outros suas exclusivas capacidades de controle corporal.
É vem dessa negação da demonstração de preferência sobre o direito de controle sobre o próprio corpo que vem a contradição pragmática, e da quebra o principio D, consequência dessa contradição, a norma proposta se torna invalida.
"2 - Ainda que o indivíduo não só faça o "uso do recurso", mas pressuponha o "direito de uso" do mesmo (agora de fato, reconhecendo a propriedade do recurso), isso não evidencia que a propriedade seja um direito natural ou oriunda da razão (deduzindo uma ética racional). Pois, esse reclame de propriedade não passa de uma "prescrição normativa" conveniente ao prescritor. Não é possível derivar nenhum "dever ser" de um silogisma que se paute em premissas ontológicas. Portanto, a prescrição indica somente um desejo de consideração de posse (vontade) que poderá ser partilhada entre os indivíduos. Ciente disso, o indivíduo pode reclamar sim propriedade, ciente de que a mesma é uma prescrição normativa e não um direito natural. O que não o faria entrar em contradição ao desconhecer o direito natural e nem tão pouco a conceber um dever a partir daí."
Não é um normativo per se, é uma meta-ética, ela se enquadra em ambos, mas, em essência, ela serve para invalidar éticas incompatíveis com os pressupostos normativos do discurso ético colocados por Hoppe.
Na minha opinião existem alguns pontos de fragilidade nessa teoria e que me fazem discordar dela. Irei expô-los aqui pois estou vendo que os comentários são em sua maioria favoráveis, então esse seria um espaço onde minhas críticas estariam sob a análise dos apoiadores dessa teoria.
1 - O primeiro problema a qual eu me deparo, é na definição do "indivíduo" e consequentemente na da propriedade privada. Até onde sei, segundo essa filosofia, o indivíduo é o ser metafísico racional, a consciência que habita em um objeto material que seria o corpo, esse corpo por sua vez, seria propriedade deste ser, já que ele é "o recurso mais escasso de todos" por não poder ser substituído e ser essencial para a perpetuação de sua existência. Contudo, eu não vejo motivos plausíveis para o tratamento do corpo como uma "propriedade" do indivíduo já que ele é o próprio indivíduo. Corpo e consciência não são duas matérias distintas ao meu ver, mas a filosofia Hoppena na prática os trata como tal. A consciência é o indivíduo e o corpo sua propriedade. Tendo em vista que até o presente momento, a ciência não está nem próxima de descobrir uma forma de separar o corpo da consciência do ser, essas duas coisas, ao meu parecer, são então dois elementos que formam uma só matéria, o tal "indivíduo". Uma forma de demonstrar isso é perceber que um corpo sem uma consciência, não é um indivíduo, é um objeto (que aí sim poderia ser considerado de forma mórbida, propriedade) e uma consciência sem um corpo orgânico (Que por sua vez, a ciência não está tão longe de alcançar através das tecnologias de inteligência artificial) também não seria um indivíduo, seria uma inteligência "artificial", ficando claro para mim o caráter indivisível entre um e outro. O corpo não sendo propriedade de alguém e sim sendo parte dele mesmo, faz com que o caminho percorrido pela ética argumentativa não faça sentido lógico. Quando argumento com o outro, a única premissa é a de que eu e o interlocutor somos indivíduos (Consciência, ou melhor, racionalidade + corpo), pois falo com a boca o que pensou com a mente enquanto o outro da mesma forma, ouve o que digo com os ouvidos e interpreta com a razão. Além de outras críticas contundentes e talvez mais bem fundamentadas que a minha (ou talvez não), mesmo de outros libertários, que apontam por exemplo: Que para o ato de argumentar, eu não necessariamente preciso do meu pé ou da minha mão, sendo assim, seguindo a Ética argumentativa, esse ato, não necessariamente implica a propriedade sobre as partes do meu corpo que eu não utilizo no ato de fazer proposições, reconhecendo unicamente a "propriedade" das minhas cordas vocais, pulmões e cérebro. Ou a ideia de que eu posso chegar a uma conclusão ética sem necessariamente argumentar sobre ela com alguém. Argumentar ou não sobre uma conclusão, não implica em nada em seu "valor verdade" e por aí vai...
2 - O segundo ponto, justamente por reconhecer que a questão da definição do que é o "Indivíduo" pode ser bastante controversa, se baseia mais ou menos na mesma compreensão Libertária. O indivíduo sendo metafísico. O equívoco ou a discordância nessa linha de pensamento é com relação a definição de propriedade privada e posse. A "propriedade", ou melhor, a "posse" sobre seu corpo não é um DIREITO, é um FATO facilmente observável (a posse sendo o ato de exercício de poder sobre um objeto em questão). O indivíduo é o único que controla realmente seu corpo, na medida do possível. Eu não posso exercer um controle real sobre aquele corpo (eu posso obrigar o outro a utilizar seu corpo ao meu favor ou violar o seu exercício de controle sobre ele, assim atentando contra sua prerrogativa de posse e desrespeitando a natureza do indivíduo através da força, mas não controlá-lo de fato). O próprio indivíduo é o único que desde seu nascimento até sua morte, tem o controle absoluto sobre aquele corpo, sendo o único possuidor, e isso é um conhecimento adquirido de forma empírica. A propriedade por sua vez, é um contrato entre os particulares, que eleva o status de posse, estipulando que um objeto pertence ao outro, mesmo que ele não esteja exercendo o direito de posse naquele momento. O direito de propriedade privada, envolvendo um acordo com outros indivíduos, é assim, uma CONVENÇÃO ao invés de um FATO, e precisa se basear em um contrato, que surge após argumentação e não antes. Após o acordo ser estipulado, o corpo pode se tornar em status, uma propriedade (na prática, permanecendo a mesma coisa), mas assim, estando sujeito aos termos do acordo e não necessariamente sendo irrestrita, visando a viabilidade de uma sociedade que permaneça fiel ao acordo inicial.
Bom, existem outros pontos aos quais eu discordo dessa teoria, mas vou me ater a somente esses dois. Já que isso é um comentário e não um monólogo kkkkkkkkk
Vamos lá, você cita muitos pontos. Vou tentar responder os principais. O seu 1° argumento talvez seja o mais utilizado para tentar refutar o Hoppe, mas ele por si só cai em contradição. Primeiramente você cita que a ética argumentativa separa o indivíduo entre seu corpo e uma suposta consciência metafísica(o que não é verdade, ela não entra nesse mérito), e que na sua opinião essas duas coisas são apenas uma só coisa que no caso é o próprio indivíduo. Eu discordo radicalmente dessa sua opinião, visto que é visível que o corpo é parte do indivíduo. Você pode amputar seu braço ou qualquer outro membro(desapropriar), você irá continuar sendo você. Você pode fazer uma tatuagem ou colocar um piercing e você ainda continuará sendo você. E no caso de suicídio, uma pessoa estaria se desapropriando de seu corpo por completo. Ou seja, seu corpo não é você, ele é parte de você. Por mais que não "seja possível" separar sua consciência de todo o seu corpo, ele ainda continua sendo apenas parte de você. Existe um caso muito conhecido na psicologia de um homem no qual um arpão atravessou seu cérebro. Esse homem continuou vivo, mas tendo uma parte do cérebro lesionada e retirada. Por mais que esse homem tenha tido uma mudança comportamental perante essa lesão, ele continuou sendo ele mesmo. Inclusive se lembrava de toda a sua vida normalmente. Mas a verdade é que a ética argumentativa não entra nesse mérito, do que é exatamente o individuo. Até mesmo pq ela é a priori. Então digamos que o indivíduo realmente seja apenas 1 coisa só, da maneira que você diz... Eu quero entender, aonde você tirou a ideia de que essa questão do indivíduo ser apenas uma única coisa, refuta a conclusão de que o seu corpo é autoapropriado? Eu não entendo pq algumas pessoas chegam a essa conclusão, sendo que uma coisa não ligação nenhuma com a outra. Veja, mesmo que você me provasse que o indivíduo é apenas 1 coisa só, isso não exclui o fato de que seu corpo está sendo apropriado por você. Por mais que você não tenha escolha dessa apropriação inicialmente, o critério da apropriação está sendo feito de qualquer forma. Uso, defesa e demarcação. O fato do indivíduo ser ou não ser o seu próprio corpo, não muda o fato de que ele está se apropriando do próprio corpo. O indivíduo no caso é propriedade do próprio indivíduo. Acredito que você esteja negando isso, por estar tendo uma visão de propriedade segundo os critérios da legislação estatal. A propriedade nesse caso, é um princípio de direito a apropriação (soberania da ação). Nesse caso você poderia trocar a palavra propriedade por: soberania, direito sobre alguma coisa ou local. Quando você diz que o corpo não é uma propriedade, você na verdade está traduzindo como: Você não tem direito e /ou não consegue utilizar o próprio corpo. É um fato que você está se apropriando do seu corpo, você considerando ou não esse corpo como sendo o indivíduo ou parte do indivíduo, não muda o fato de estar sendo auto apropriado. O outro ponto que você cita no seu argumento são as IA (inteligências artificias), dizendo que elas não poderiam ser consideradas um indivíduo. Pois bem, considera-las ou não um indivíduo é um critério seu. Visto que o conceito de indivíduo pode ser relativo. Mas o que faria uma IA ter o direito a autopropriedade, seria ela ter consciência e argumentação. As IAs atualmente apenas simulam uma argumentação, elas não possuem consciência, são apenas programadas. Portanto, a argumentação das inteligências artificias não são verdadeiras, visto que elas da mesma forma que os animais não possuem consciência de argumentação / apropriação. Esse ponto é mais um fato que mostra que ser um indivíduo ou não, não faz diferença nenhuma. Hipoteticamente, você poderia ser um ser extraterrestre, no qual pode se teletransportar e /ou não possuir corpo feito de matéria, ser ou não considerado um indivíduo, o que faz você ter direito a apropriação é a argumentação (e consciência da argumentação, não basta simular). Portanto, essa questão levantada por você do que exatamente é o indivíduo não muda em nada a ética argumentativa, ficando provado com os meus exemplos. O 2° ponto citado por você é em maior parte basicamente a mesma questão do primeiro. Você diz que a posse não é um direito, mas sim um fato. Eu queria saber aonde que diz que um direito não pode ser um fato, ou que um fato não pode ser um direito?... Não consegui entender a lógica desse raciocínio. Visto que o fato de ser um fato, não altera que é um "direito". Eu tenho que entender tbm se você conseguiu compreender os conceitos, pois me parece que você não entendeu os conceitos corretamente.... Estando apegado as conceitos de acordo com a descrição de legislações estatais. Como disse, o fato de ser ou não um indivíduo, de controlar seu corpo até a morte, ou qualquer uma dessas outras preposições, não alteram o fato de que está sendo feito uma apropriação do próprio corpo! Você diz "que propriedade é um contrato entre particulares". Aqui fica explícito que você não entendeu o conceito de propriedade de acordo com o jusnaturalismo (libertarianismo), mas sim entendeu o conceito de acordo com o que é conhecido na legislação estatal. Propriedade no jusnaturalismo é o direito/soberania da ação para alguma coisa(objeto etc..). Aqui fica claro o motivo da confusão e do engano que levou você a pensar que um indivíduo não poderia ser propriedade dele mesmo, pois você está apegado ao conceito estatal. Propriedade é uma convenção, de acordo com o conceito do estado. E NÃO pelo libertarianismo! Como disse várias vezes, é evidente que você esteja fazendo apropriação do seu próprio corpo, independente de como seja definido o indivíduo, e independente se uma pessoa, estado ou organização reconheça ou não isso. Este fato está acontecendo, é evidente, dedutível e imutável. Você nesse exato momento está automaticamente se apropriando do seu próprio corpo, e pode da mesma forma se apropriar de outras coisas. Por mais que a apropriação do seu corpo seja automática, o conceito da apropriação é o mesmo para o seu corpo e para outros objetos, no caso é uso, defesa e demarcação. Fica evidente que você esteja fazendo nesse exato momento a apropriação do seu corpo e de outros objetos. Sendo possível chegar a essa conclusão através da ética argumentativa Hoppeana. Espero que você tenha conseguido entender. Abraço!
Questionamentos:
1- se um ser humano for incapaz de argumentar, devido a alguma doença física ou mental, ele não teria direito de propriedade?
2- ao argumentar a auto propriedade, de fato, se prova como verdadeira, então logo devo respeitar a auto propriedade alheia? Se sim, ele deriva um dever ser de um ser, caindo na falacia naturalista
3- qual a justificativa lógica para não agredir alguém, mesmo no meio de um deserto? Essa parte não ficou clara, se é que há uma justificativa
1- Se a natureza do indivíduo é argumentar, ele terá direitos. Por isso que um feto e uma pessoa com problema no cérebro tem direitos, elas são humanos e a natureza de um humano é argumentar
Quando você está dormindo, por exemplo, você não tem capacidade de argumentação e nem por isso eu posso te matar nessas horas
@@zuckassl0cden427 aceito que a natureza do feto seja de poder argumentar em um tempo futuro, isto é, ele tem potência para tal. Em contra partida o deficiente não possui essa potência, e se você já leu algo sobre a EAH sabe que sua prova se dá pela contradição performática, uma contradição só pode ser feita através de um discurso (contra - DIÇÃO i.e de dictio dizer), disso segue que seres incapazes de argumentar e/ou que não tem potência para tal não tem doreito de propriedade
Ex de seres sem esse direito: animais, deficientes
Ex de seres com esse direito: humanos (dormindo ou em coma, pois têm a potência para tal) fetos
Gostoso demais, meu Deus do céu
Acredito que a teoria do Hoppe busca justificar a propriedade e o contratualismo pelo simples fato da mistura da autopropriedade com a terra. Ora o direito a propriedade não deriva dessa mistura, nem o justifica. É uma falácia lógica pela falsa premissa...
Eu também penso assim mas dentro de uma ética ateia é possível o pensamento de Hoppe fazer sentido
A ética argumentativa do Hoppe foi refutada.
Ta
até hoje não.
.
Esperando ele responder.
Renan Machado Pinho vê o artigo do neoiluminismo. Eu defendia a ética do Hoppe, mas esse artigo me deixou com um pé atrás.
Não entendo a lógica de porque a autopropriedade, sendo um fator necessário para a argumentação, se estabelece como um direito. A autopropriedade nesse sentido não seria simplesmente um fato? Um fenômeno da natureza? Qual o motivo de ser estabelecida como direito? Além disso, mesmo que se estabelecesse, eu não entendo porque o reconhecimento do direito à autopropriedade também acarretar no reconhecimento do direito à propriedade privada. Tp, claramente não é a mesma coisa você ter controle sobre si mesmo e você ter o direito de se apropriar de coisas externas
Pelo o que eu entendi, você tem o direito à autopropriedade reconhecido assim que alguém argumenta contigo, ou realiza a troca de ideias.
O direito à propriedade é uma extensão do direito à autodeterminação pois em tudo que você realiza trabalho, você acaba por misturar "você" naquilo.
O mesmo vale para terras, carros, produtos, etc. Tudo que lhe é propriedade "possui parte de você".
@@cappuccinorsrs Eu também entendi isso, o meu ponto é que não faz sentido. Quando eu argumento com alguém eu não necessariamente reconheço direito algum. Estou no máximo acreditando em um fato, de que a pessoa tem consciência e controla o próprio corpo. E fatos são diferentes de direitos
A apropriação pelo trabalho é algo que uma sociedade ou um indivíduo podem entender como um direito mas isso não é algo natural, irrefutável e objetivo. Não tem nenhuma contradição performática em negar isso
@@kioro4221 Mas é que assim que você argumenta com alguém, você reconhece que ela possui autodeterminação, caso contrário nem seria necessário você argumentar com aquela pessoa.
"Natural" aqui imagino que não seja no sentido material, real, mas sim como algo que todos reconhecem de forma natural, de forma quase que automática.
@@cappuccinorsrs Entendo. É que geralmente quem cita etica hoppeana ta querendo justificar que é impossivel contestar a autopropiedade enquanto direito e não enquanto fato, e que por ela se tratar de um direito natural incontestavel, a propriedade privada tambem o é. Pelo que vc ta falando nada disso é o caso e a ética argumentativa só serve pra mostrar que quando vc argumenta com alguem vc concorda que o interlocutor é um ser consciente
@@kioro4221 Sim e dentro dessa ética assim que você reconhece a pessoa, você acaba reconhecendo a propriedade daquela pessoa sobre um bem que ela atribuiu trabalho.
Discordo.