O livro é o retrato do autor que é repórter e de outras pessoas que passam por isso e não a visão de um médico ou psicologo. É importante o profissional de saúde sair do pedestal e ter empatia pelo relato pessoal dos pacientes que não sao apenas hormônios, comportamento e sintoma
Oi, Felippe! Li esse livro há alguns anos, antes de encontrar um bom psicólogo e de ser encaminhada ao psiquiatra, onde recebi alguns diagnósticos. Apesar de nenhum deles ser depressão, sinto que meu incômodo com o livro se intensificou ao longo do tempo. Apesar do autor comentar a respeito dos conflitos de sua vivência e ressaltar a importância do acompanhamento terapêutico, senti que a mensagem deixada por ele é "a depressão vem e o Lexapro segura". Entendo que ele não pode se aprofundar em certas histórias por motivos éticos, coisa que ele deixa claro na introdução (ou era um prefácio? não me recordo, mas era no início), mas teve diversos momentos que parecia que ele dizia "se você é minoria x, você vai sentir essa lista de coisas". Soa como se pessoas se tornassem objetos, no sentido mais cruel do termo, mesmo que isso não seja intencional. Confesso que não lembro da menção que o autor fez das linhas terapêuticas, mas pessoalmente não gosto como falam da TCC, soa como se ela fosse a única capaz de curar todos os transtornos. Cada abordagem tem suas vantagens e podem funcionar muito bem para alguns, mas para outros nem tanto. E por funcionar, não falamos necessariamente de cura (até porque muitas coisas não são doenças e pessoas não são quebradas), mas de melhora na qualidade de vida (ou saúde mental, como preferir). Apesar disso, gostei do livro. Ele tem esse sentimento de viagem. Realmente parece que ele pegou nossa mão e nos apresentou para as pessoas - de uma forma que não achei tão sensível assim, mas apresentou. Ótimo vídeo! Abraço!
Oi, Nara, obrigado pelo comentário! Confesso que eu tive uma sensação muito semelhante à sua e só não bati mais no autor pra não estender tanto o vídeo que já tinha ficado bastante grande. Na minha percepção, o Solomon possui uma visão muito rasa sobre psicologia e saúde mental e em muitos momentos da leitura eu me espantei com sua falta de aprofundamento (ou ingenuidade?). A meu ver - e como eu disse no vídeo - isso se deve ao contexto histórico e cultural no qual este livro foi concebido, em plena década do cérebro e introdução dos ISRS nos Estados Unidos. Hoje, talvez, esse livro fosse diferente. Concordo com você também quando você fala sobre a TCC. Na verdade, existe muito interesse comercial de seguradoras e planos de saúde em propagandear esta como a única abordagem eficiente. É boa, claro, mas não a única - e é fundamental falarmos sobre isso. No mais, obrigado por agregar à discussão. Um abraço!
Gosto desse livro. Parte de um ponto numérico, talvez o ponto 1: A depressão, não é invenção de sua cabeça, não é frescura, nem você vai sair disso com pensamento positivo, não adianta fingir que não existe. Talvez tenha omponto dois: existem números demograficamente relevantes, e dados estatísticos sobre as atuais abordagens médicas. Para o autor que não estava vivendo experiências tão positivas antes de uma medicação acertada, claromque ele vai falar sobre seu maravilhamento, mas não foi uma levantada de bola para um lado sem a responsabilidade de afirmar outras vias, aquele não é um livro em terceira, mas em primeira pessoa. Acho que foi o livro introdutório, apesar de suas laudas, mais humano, portanto não abarca todas as nuances, mas nenhuma obra abraçaria, mesmo se ele estivesse dedicado a escrever sobre isso o resto da vida, ele nunca abordaria todas as nuances, por isso ele SOMA uma modesta contribuição a enorme e insuficiente literatura sobre o tema. Deixa a recomendação de um livro que li sobre um depressivo, mas sua condição não é mencionada em nenhuma linha, ele fala sobre os ansiolíticos, antidepressivos e algumas drogas recreativas, mas a galera o taxou de drogado. Estranho como o paciente de depressão tem de performar um personagem cinematográfico para ser considerado dessa forma. Sollomon não aborda questões de interseccionalidade de classe social, ele brilhantemente fala sobre como a falta de dinheiro é um impeditivo grave para o tratamento, mas nem de longe passa a cabeça dele que a falta de dinheiro é um agente depressivo. Os trabalhos nacionais de Dunker e seus amigos dão conta desse outro viés. Acho que é isso. O demônio do meio dia é uma obra incrível e insuficiente do tema, como o David de Michelangelo é uma obra que não encerra em si tudo o que pode ser a arte. Adorei seus pontos de vista, ampliaram os meus. Cabe uma sugestão? Sua captação de imagem está espelhada, os título das obras aparecem espelhadas... Talvez nas configurações do equipamento...
Do meio pro fim o cara fica repetitivo de forma angustiante, eu pulava as páginas e o cara ficava n mesma vibe , tudo foi me levando a desacreditar um pouco de alguns relatos , principalmente o da guria qué se cortava , se queimava , se sufocava e tudo mais , com tudo isso ela foi trabalhar ajudando outros doentes e haaa enfim por favor leiam e tirem suas próprias conclusões , de resto achei super interessante as informações farmacológicas . Não indico ! Pareceu uma encheção de linguiça !
O livro é o retrato do autor que é repórter e de outras pessoas que passam por isso e não a visão de um médico ou psicologo. É importante o profissional de saúde sair do pedestal e ter empatia pelo relato pessoal dos pacientes que não sao apenas hormônios, comportamento e sintoma
É um livro que muitos médicos recomendam.
mas quanto conteúdo suculento nesse canal, vou maratonar tudo
Valeu, Igor! Espero que goste!
O livro tem uma tradução primorosa da Myriam Campello.
Oi, Felippe! Li esse livro há alguns anos, antes de encontrar um bom psicólogo e de ser encaminhada ao psiquiatra, onde recebi alguns diagnósticos. Apesar de nenhum deles ser depressão, sinto que meu incômodo com o livro se intensificou ao longo do tempo. Apesar do autor comentar a respeito dos conflitos de sua vivência e ressaltar a importância do acompanhamento terapêutico, senti que a mensagem deixada por ele é "a depressão vem e o Lexapro segura". Entendo que ele não pode se aprofundar em certas histórias por motivos éticos, coisa que ele deixa claro na introdução (ou era um prefácio? não me recordo, mas era no início), mas teve diversos momentos que parecia que ele dizia "se você é minoria x, você vai sentir essa lista de coisas". Soa como se pessoas se tornassem objetos, no sentido mais cruel do termo, mesmo que isso não seja intencional. Confesso que não lembro da menção que o autor fez das linhas terapêuticas, mas pessoalmente não gosto como falam da TCC, soa como se ela fosse a única capaz de curar todos os transtornos. Cada abordagem tem suas vantagens e podem funcionar muito bem para alguns, mas para outros nem tanto. E por funcionar, não falamos necessariamente de cura (até porque muitas coisas não são doenças e pessoas não são quebradas), mas de melhora na qualidade de vida (ou saúde mental, como preferir). Apesar disso, gostei do livro. Ele tem esse sentimento de viagem. Realmente parece que ele pegou nossa mão e nos apresentou para as pessoas - de uma forma que não achei tão sensível assim, mas apresentou. Ótimo vídeo! Abraço!
Oi, Nara, obrigado pelo comentário! Confesso que eu tive uma sensação muito semelhante à sua e só não bati mais no autor pra não estender tanto o vídeo que já tinha ficado bastante grande.
Na minha percepção, o Solomon possui uma visão muito rasa sobre psicologia e saúde mental e em muitos momentos da leitura eu me espantei com sua falta de aprofundamento (ou ingenuidade?). A meu ver - e como eu disse no vídeo - isso se deve ao contexto histórico e cultural no qual este livro foi concebido, em plena década do cérebro e introdução dos ISRS nos Estados Unidos. Hoje, talvez, esse livro fosse diferente.
Concordo com você também quando você fala sobre a TCC. Na verdade, existe muito interesse comercial de seguradoras e planos de saúde em propagandear esta como a única abordagem eficiente. É boa, claro, mas não a única - e é fundamental falarmos sobre isso.
No mais, obrigado por agregar à discussão. Um abraço!
Muito obrigado 😃
Gosto desse livro. Parte de um ponto numérico, talvez o ponto 1: A depressão, não é invenção de sua cabeça, não é frescura, nem você vai sair disso com pensamento positivo, não adianta fingir que não existe.
Talvez tenha omponto dois: existem números demograficamente relevantes, e dados estatísticos sobre as atuais abordagens médicas.
Para o autor que não estava vivendo experiências tão positivas antes de uma medicação acertada, claromque ele vai falar sobre seu maravilhamento, mas não foi uma levantada de bola para um lado sem a responsabilidade de afirmar outras vias, aquele não é um livro em terceira, mas em primeira pessoa.
Acho que foi o livro introdutório, apesar de suas laudas, mais humano, portanto não abarca todas as nuances, mas nenhuma obra abraçaria, mesmo se ele estivesse dedicado a escrever sobre isso o resto da vida, ele nunca abordaria todas as nuances, por isso ele SOMA uma modesta contribuição a enorme e insuficiente literatura sobre o tema.
Deixa a recomendação de um livro que li sobre um depressivo, mas sua condição não é mencionada em nenhuma linha, ele fala sobre os ansiolíticos, antidepressivos e algumas drogas recreativas, mas a galera o taxou de drogado. Estranho como o paciente de depressão tem de performar um personagem cinematográfico para ser considerado dessa forma.
Sollomon não aborda questões de interseccionalidade de classe social, ele brilhantemente fala sobre como a falta de dinheiro é um impeditivo grave para o tratamento, mas nem de longe passa a cabeça dele que a falta de dinheiro é um agente depressivo. Os trabalhos nacionais de Dunker e seus amigos dão conta desse outro viés.
Acho que é isso. O demônio do meio dia é uma obra incrível e insuficiente do tema, como o David de Michelangelo é uma obra que não encerra em si tudo o que pode ser a arte.
Adorei seus pontos de vista, ampliaram os meus.
Cabe uma sugestão? Sua captação de imagem está espelhada, os título das obras aparecem espelhadas... Talvez nas configurações do equipamento...
Like aqui de Minas Gerais.
Áudio baixo.
Valeu pelo feedback, Marcio. Nos vídeos mais recentes eu passei a corrigir essa falha.
Do meio pro fim o cara fica repetitivo de forma angustiante, eu pulava as páginas e o cara ficava n mesma vibe , tudo foi me levando a desacreditar um pouco de alguns relatos , principalmente o da guria qué se cortava , se queimava , se sufocava e tudo mais , com tudo isso ela foi trabalhar ajudando outros doentes e haaa enfim por favor leiam e tirem suas próprias conclusões , de resto achei super interessante as informações farmacológicas . Não indico ! Pareceu uma encheção de linguiça !