Rio Grande do Sul: desastre natural ou humano? - Geografando 40

Поділитися
Вставка
  • Опубліковано 5 чер 2024
  • A respeito da calamidade ambiental que vem assolando o Rio Grande do Sul, muitos debates tem questionado: trata-se de um fenômeno natural ou humano? Há a responsabilidade de alguém neste processo?
    No vídeo que se segue busquei questionar essa dicotomia homem-natureza, tão fundamental para a ciência e que constitui a base do pensamento geográfico. Nas falas de Élisée Reclus: o homem é a natureza tomando consciência de si mesma.
    A separação dos fenômenos em categorias como natureza ou homem apenas reduz a complexidade do fenômeno. É impossível pensar os fenômenos naturais como uma alteridade, principalmente após a revolução industrial.
    No que se segue, se propõe assim, um novo horizonte epistemológico, nisto, o pensamento indígena tem muito a nos constribuir. A geografia é, em essência, a única ciência humana capaz de estabelecer novos horizontes epistemológicos que deêm conta do desafio proposto pelas mudanças climáticas. A base dessa revolução deve ser de fato uma completa alteração da noção de natureza e homem, com o estabelecimento de uma relação em que os dois não sejam vistos como uma alteridade, mas como uma comunidade.
    Como diria o filósofo Vladimir Safatle: para cada novo evento histórico, a filosofia é convidada a reformular sua linguagem. O mesmo se aplica para a geografia. Eventos como os que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul nos colocam diante do desafio e da necessidade de uma nova linguagem que dê conta de pensar as relações entre homem e meio.
    Disto, o próprio espaço geográfico deve ser redefinido, pois considerá-lo como uma relação homem-natureza reaviva uma dicotomia que deve ser superada em novos horizontes epistemológicos e ontológicos, algo que podemos explorar mais adiante.

КОМЕНТАРІ •