A ideia de INCONSCIENTE COLETIVO do CARL JUNG
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- Опубліковано 4 сер 2024
- A teoria do inconsciente coletivo do psiquiatra Carl Gustav Jung explica que existe uma camada profunda em nossas mentes que é herdada por todos da espécie humana.
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➕ FONTES
→ História da Filosofia - Giovanni Reale & Dario Antiseri
→ A History of Philosophy - Frederick Copleston
→ História da Filosofia Ociental - Bertrand Russel
→ Uma nova história da Filosofia Ociental - Anthony Kenny
→ O Livro da Filosofia - Editora Globo
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Oi pessoal, fixando esse comentário pra fazer uma ERRATA: eu disse que Jung era discípulo de Freud. Essa escolha de palavras incomodou os jungianos, com razão. Jung não era discípulo, ele apenas compartilhava algumas ideias e depois rompeu com ele. O animus/anima também não são partes “reprimidas” pois nunca foram conscientes, aqui foi erro mesmo que corrigirei em vídeos futuros.
É possível afirmar que quanto maior o egoísmo mais instintiva é a pessoal, e quanto mais altruísta mais humana? Realmente é difícil, quase uma tortura, olhar no espelho e enxergar suas próprias feridas. Mas acho que isso nos torna mais tolerantes com o outro, saber que não somos perfeitos. Parabéns pelo vídeo 👏👏👏
Por
Achava que vc iria falar algo relacionado ao momento atual do brasil, que o inconsciente coletivo vem sendo o "consciente" e quando a humanidade acreditava que a consciência prevaleceria
Já tinha pego o celular pra comentar essa afirmação de discípulo. Agradeço pela Errata.
Se elas não foram conscientes então elas estão lá guardadas? De alguma forma isso se manifesta ou pode ser acessada?
Me fez lembrar daquela frase do Nietchezt "Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim."
Ta pega, nunca tinha visto uma frase com tres ponto final kkkkk
Oi
Incrível!
@@tei3331 Lumena por favor ne
@@MrSilviosun que?
Eu estudo isso já há um tempo.
Comecei a estudar Jung de forma tímida e sem levar muito a sério... Eu não entendia nada do que ele falava. Achava que era uma limitação de inteligência. Mas era uma limitação imposta pelo preconceito.
Eu continuei estudando, e hoje seus conceitos me parecem tão naturais... Eu agradeço imensamente por ter feito esse vídeo. Eu gosto muito de ouvir você falando sobre qualquer coisa. Mas especialmente sobre assuntos complexos que me interessam, como esse.
Eu não tenho a mesma inteligência e poder de oratória, e eu admiro muito isso em você.
Adoraria conversar contigo sobre essas coisas. Mas não creio que eu tenha nível pra isso.
Obrigada pelo vídeo, faz mais! 😄
Mais vídeos de Jung por favor, continua com esse dos arquétipos e inconsciente coletivo. Passa pelos tipos psicológicos que explora a exteoversão e introversão assim como as funções sentimento, pensamento, intuição, sensorial. É tbm a sincronicidade.
Inconsciente coletivo é fantastico. Explica todos os fenomenos paranormais. Vidas passadas e contato com mortos (acesso as menorias do IC), telepatia e precogbiçao, saida em astral (acesso ao inconsciente de outras pessoas), etc
Isso me lembrou um livro que me indicaram, o herói das mil faces, cataloga elementos que religiões ao longo da história tiveram em comum.
Legal! Fale mais de Jung para nós, por favor, Devanil.
Pq vc experimenta ler
Não assistia aos seus vídeos há um tempo. Senti saudades.
Eu já descobri várias obras e cientistas através do seu canal que sem dúvida contribuíram na minha construção pessoal, e agora eu talvez tenha recebido mais um presente seu com esse vídeo. Obrigada :)
Sensacional, tenho muita vontade de ler O Homem e Seus Símbolos, acho que vou colocar nas leituras desse ano. A ideia é realmente muito poderosa.
Top, vale lembrar que Carl estudava sobre atlante/egipcio Hermes Trismegisto, o criador da medicina, curava atravea da energia vital, os chakras. Entre outras coisas valiosas
Melhor conteúdo de inconsciente coletivo que já encontrei no ytb até agora, ótima explicação querido! Está de parabens
Olá!!
Encontrei seu vídeo nos recomendados e adorei seu canal, já me inscrevi e espero poder aprender bastante com seus conteúdos !!
Gratidão pela dedicação e realização de seu trabalho. Edificante! 😍
Essa série sobre Jung está fantástica.
Quero sim mais videos. Vc explica bem. Ė muito didático! Parabéns 👏👏👏!
Muito bom!! Adoro o estudo dos arquétipos. Obrigada.
Excelente video!! Aprendo sempre e continue!! Agradeço e parabéns!!
Trás mais Jung, por favor. Please! Você como sempre, impecável.
Muito bom. Apesar de bastante básico, mas auxilia demais os iniciantes.
Continue fazendo conteúdos com Jung.
Parabéns
Faz um vídeo sobre viktor frankl, o pai da logoterapia ♥️, conheci seu canal hoje e já maratonando os vídeos e amando.
Excelente vídeo. Grato por compartilhar e parabéns pelo canal 🥰🤗
Sim continue por favor ! Quero muito saber sobre Jung. 🙏
Parabéns Devanip. Excelente apresentação. Claríssima. Excelente conteúdo e também sua postura. Materialista, lógica e valorizando a espiritualidade. SSS. Saber, Sucesso, Serenidade.
O defeito desse vídeo é que ele acaba
Sensacional, estou lendo o livro O Homem e seus Símbolos, de Jung, e fala exatamente isso! Parabéns pelo vídeo e pelo canal
Parabéns! A sua explicação é perfeita e fácil de entender. Gratidão
Em algum momento depois de seu retorno da Conferência Clark (que se realizara em setembro de 1909 nos Estados Unidos, com Freud, Ferenczi e outros), Jung teve o sonho, hoje famoso, de haver descido temporal e espacialmente a uma velha casa, sonho que, segundo ele, lhe dera as primeiras ideias acerca de um inconsciente coletivo. Na realidade, isso lhe deu foi a ideia para seu primeiro modelo do inconsciente filogenético. Na literatura sobre Jung, há muitas versões desse sonho (em especial, uma bastante adornada por Aniela Jaffé, nas MDR) [MDR, p. 158-60. Outra versão é encontrada em E. A. Bennet, Meetings with Jung: conversations recorded during the years 1946-1961 (Zurich, Daimon, 1985), p. 117-8. Mais do que as costumeiras interpretações transcendentais que Jung fazia desse sonho, no relato de Bennet o material supostamente “impessoal” do inconsciente coletivo era associado por Jung a um material bastante pessoal. Bennet escreveu” “Mais tarde, quando ele refletiu sobre isso, a casa ganhou em sua mente algumas associações com a velhíssima casa de seu tio na Basileia, uma casa que fora construída no antigo fosso da cidade e tinha dois porões; o porão inferior era muito escuro e se parecia com uma caverna”.], mas talvez a informação a mais direta possa ser encontrada nas observações que Jung fez em abril de 1925, durante os seminários em inglês sobre a psicologia analítica. Depois de haver descrito como ele e Freud analisaram os sonhos um do outro durante a viagem aos Estados Unidos (Freud tendo sido, naturalmente, um intérprete menos capaz), Jung disse o seguinte:
Ao voltar dos Estados Unidos, tive um sonho que foi a origem de meu livro Metamorfoses e símbolos da libido. Naquela época, eu não fazia ideia nenhuma do inconsciente coletivo; imaginava a consciência como um cômodo superior, o inconsciente como um porão e o corpo um manancial que ficava nos alicerces e fazia os instintos subirem. Esses instintos tenderiam a discordar de nossos ideais conscientes, e por isso os conservaríamos lá embaixo. Tal era a imagem que eu sempre usara, mas então veio aquele sonho, que espero poder lhes contar sem parecer muito inconveniente.
Sonhei que estava numa casa medieval, uma construção grande e complicada, com muitos cômodos, corredores e escadarias. Eu vim da rua e desci para uma sala abobadada, em estilo gótico, e dali para um porão. Pensei que já estivesse na base da casa, mas aí descobri um buraco quadrado. De lanterna na mão, espiei por esse buraco, vi escadas que levavam para mais baixo ainda e desci por elas. Eram escadas empoeiradas e muito gastas; o ar era abafado, e o ambiente era todo muito estranho. Cheguei a outro porão, uma estrutura muito antiga, talvez romana, e de novo havia um buraco, pelo qual puder ver uma tumba com cerâmica pré-histórica, ossos e caveiras; como a poeira estava assentada, julguei ter feito uma grande descoberta. E então acordei. [Jung, Analytical psychology, p. 23-3]
Essa “descida” temporal e espacial ao passado lembrava a Jung o interesse que ele demonstrara em seguir carreira na arqueologia, especialmente na pré-histórica. Ele disse a seus ouvintes de 1925 que tivera “uma sensação bastante impessoal a respeito do sonho” - e daí viera a intuição de que as imagens não se originavam de uma fonte pessoal, e sim de uma fonte filogenética ou transcendente. Freud, porém, interpretara o sonho de Jung como o desejo de que certas pessoas estivessem mortas e enterradas debaixo de dois porões [Jung, Analytical psychology, p. 23]. A interpretação de Freud era pessoal e ontogenética.
Jung não ficara satisfeito com essa interpretação, e, para descobrir o significado do sonho, começara espontaneamente a empregar um procedimento que, mais tarde, ele cultivaria como a base de sua técnica psicoterápica: a imaginação ativa. De fato, o primeiro uso conhecido da imaginação ativa remonta a suas tentativas de setembro-outubro de 1909 para adivinhar o significado daquele sonho. Jung explicou aos ouvintes como usara a imaginação para escavar a filogenia da alma:
Involuntariamente, comecei a fantasiar a respeito, embora ainda não soubesse nada sobre como usar a fantasia para revelar material inconsciente. Pensei comigo mesmo: “Não é ótimo fazer escavações? Quando será que terei chance de fazer isso?” E, quando voltei para casa, procurei mesmo um lugar que estivesse sendo escavado e fui até lá. [Jung, Analytical psychology, p.23]
Aqui vemos Jung recorrer a práticas visionárias com as quais já estava bastante familiarizado, graças a seu envolvimento com o espiritismo e a seu conhecimento das pretensões de madame Blavatsky e dos iniciados teosofistas, que alegavam contatar o passado ancestral por meio da imaginação. Jung, porém, reformulou a prática a fim de fazê-la parecer menos ocultista e mais científica, estabelecendo para isso uma analogia com a arqueologia - uma forma de traduzir ou reembalar ideias arcanas ou ocultistas para deixá-las coerentes com a terminologia psiquiátrica e científica da época. Afinal, Jung era um médico e cientista renomado, e a maior parte de seus discípulos vinha da burguesia. Guido von List dizia a seus seguidores que “precisamos ver com a alma a paisagem que a arqueologia recupera com a pá”; Jung se entregou a essa prática e a ensinou a gerações de discípulos. Tais “escavações” visionárias eram então bastante comuns às principais tradições ocultistas e à vertente volkisch da cultura centro-europeia. (...). - O culto de Jung: origens de um movimento carismático. Richard Noll, 1996, Ed. Ática, 2ª edição, p. 195-7 e p. 385
Sou fã de Yung: eterna aprendiz. E gostei bastante do seu approach informal embora rico em conteúdo. Foi o primeiro vídeo seu q assisti. Já me inscrevi... Verei outros. Obrigada 🙏
Muito bom!!fala mais sobre o inconsciente pessoal
Excelente 👏😺 tbm gosto muito da metodologia científica de Jung sobre isso .
Muito bom!! Também apoio a ideia de mais vídeos sobre Jung.
Estou me encantando por Jung. Muito identificada com suas teorias. Faça muitos , muitos vídeos sobre Jung.
Parabéns pelo trabalho.. muito legal!
Eu gostaria do vídeo que você propôs no final, sobre outra ideia de Carl G. Jung.
Aliás, parabéns pelo vídeo!
Gratidão pelo vídeo. Por faça mais vídeo sobre Jung. Gratidão!
Excelente! Rápido e certeiro!
Muito bom! Parabéns pelo vídeo 💯
Conteudo excelente!! obrigadaaa
Gostei muito. Que tal um vídeo sobre o fascínio e estudo de Jung sobre a Virgem Maria, um ser a quem ele atribuía não ter sombra ?
Ótimo vídeo, parabéns pelo trabalho.
Muito legal. Parabéns pelo vídeo.
Melhor explicação! Muito obrigado
Que saudadeeeee muito tempo que não via um video seu
Ótima explicação, obrigada!
Grata,pela explicação!
Excelente vídeo. Eu pretendo me aprofundar mais nos assuntos que envolvem a psicologia analítica depois de assistir aos seus vídeos, para assim compreender melhor o mapa da alma. Aliás o gatilho que me trouxera aqui para conceber da melhor maneira os pensamentos de Jung foi o álbum Map of the Soul, do grupo sul coreano BTS, que foi inspirado no livro de Stein que resumiu as teorias de Jung.
Parabéns você explica maravilhosamente!!!
Mais e mais e mais vídeos de Junho! Muito bom
Muito legal, o vídeo. Parabéns!
Excelente, parabéns!
Que surpresa boa ao me deparar com seu vídeo abordando Carl Gustav Jung, o criador da Psicologia Analítica. Como introdução ao seu pensamento, destaco três obras (dentre várias) essenciais: "Memórias, Sonhos e Reflexões" , "O Homem e seus Símbolos" e "Jung - Vida e Obra", este último de autoria de Nise da Silveira.
Muito bom , também existe a idéia de campos Morficos genéticos que são comportamentos que são transmitidos pelas espécies.
Excelente 👏 muito obrigado abraço 👍 continue,,,👏👏👏
Excelente explicação!!!
Acabei de subscrever-me. Vi pela primeira vez e gostei. Muito obrigada!
Preciso acompanhar mais esse canal
GRATA, VC EXPLICA MUITO BEM
Ótimo vídeo, parabéns
Cheguei aqui através do tema, fale mais sobre Carl Jung e sobre o inconsciente, pls.
Gostei muito do seu vídeo! Parabéns!
Gostaria de saber mais sobre Jung.
Grata.
Adorei! Pode fazer mais um vídeo sobre Jong
Muito bom. Parabéns.
Alguém já percebeu nos sonhos um sentimento mais forte do que no mundo real? Notei isso recentemente em 2 ocasiões distintas e achei intrigante, acho fascinante a psicologia.
Sim, verdade
Tem um livro que eu estou querendo ler do Sidarta Ribeiro, o oráculo da noite, depois dá uma olhadinha pra ver se te agrada também. :)
Sonho é tudo mais vívido
Muito legal sua explicação
Muito bom. Posta mais!
Muito obrigada,por favor se puder fale mais sobre Jung,pois nos dias atuais as pessoas precisam encontrar um melhor caminho pra sobreviver com emocional equilibrado pós alvoroço da pandemia.
Obrigada 💓
Muito obrigado 🙏
Excelente vídeo!!!
E comprarei o curso, parabéns
Muito boa sua explicação para mim q sou totalmente leigo!.
É sobre esse tipo de conteúdo excelente, sabe...
Gostei! Inscrito curtindo e compartilhando !
Didático, parabéns!
Estava estudando sobre Carl Jung no livro do Giovanni Reale (filosofia - Idade Contemporânea, mais de mil páginas kkk) e cheguei na parte sobre o inconsciente coletivo e lembrei que tinha esse vídeo, tive que parar e vir assistir! Muito Bom!
Gratidão 🙏
acabei de assistir a este video em prantos, nao entendo muito bem o pq mas me parece bom, talvez pq eu relacione este conhecimento com experiencias e eventos desde quando obtive consciencia da minha existencia.
Exposição bastante tranquila das, muitas vezes, difíceis ideias junguianas. Acrescento um ponto, apenas: a ideia de "instinto" parece-me uma má tradução dos textos em português. Acredito - sim, é uma crença - que o conceito para Jung esteja mais para uma espécie de impulso (correlato à ideia de 'pulsão', da psicanálise). E por que não "instinto"? Porque, para o ser humano, há muito mais variabilidade, flexibilidade de manifestação no comportamento visível. No mais, admirável apresentação, meu caro.
Mais por favor. Grata
Tomando o inconsciente coletivo como base. Eu vejo ai um exemplo de consciência universal. Acho que o significado da existência refere-se a isso, ao submergir do inconsciente coletivo. Tanto na forma individual do ser na busca de suas origens quanto na forma de um universo revelado. Mas como sempre se observa, as forças materiais ou até mesmo o egoísmo e o orgulho do ser no mundo são as forças contrarias a isso, expressas no seu projeto pessoal de dominação de um sobre o outro. Acho que as ideologias e a expansão material desenfreada impedem o ser de retornar a origem. Gerando assim um ciclo perpétuo de escravidão.
Uau Jung!!! 🤗 que vídeo 👏🏼👏🏼👏🏼
Mto legal a explicacao
Amei!
Sensacional !
Muito interessante!!
Muito bom!!!
Eu gostaria de mais vídeos sobre Jung, por favor
Muito elucidativo!
Muito bom. 👍👍👍👍
pqp, excelente vídeo cara. parabéns.
Recomendo bastante a leitura de Jordan Peterson, tem também inúmeras de suas palestras aqui no UA-cam, ele reflete bem sobre essas questões psicológicas contidas nos mitos, na religião e na nossa cultura de maneira geral, tudo sob a luz da ciência. " 12 Regras para a vida" é um ótimo livro pra conhecer esse autor.
Uma bela explicação do caminho para você se desenvolver ...o problema é acordar para isso.
Aprofunda esses temas!! :)
Mais Jung, por favor!😉
Faz mais vídeos sobre Jung .
Cara... Só uma coisa a t dizer: 👏👏👏👏
Ôh arquétipos infâmes!
Gratidão!
O fascínio do espiritismo estava em sua simplicidade e igualitarismo: quase todo mundo podia tentar, com alguma margem de sucesso, a comunicação direta com os mortos. E os grupos e, mais tarde, organizações e centros espíritas (então chamadas “igrejas”, com ritos de orientação “cristã”) estavam abertos a qualquer um que tivesse vontade de acreditar [the will to believe], para usarmos as palavras de William James (1842-1910), um estudioso dos fenômenos espíritas. [Ver James, The works of William James. A avaliação final que ele fez do espiritismo e da parapsicologia foi publicada no ano anterior a sua morte e incluída em ibidem; sobretudo, vale a pena consultar “The confidences of a ‘psychical research’” (1909). Ver sobretudo Eugene Taylor, William James on exceptional states: the 1896 Lowell lectures (New York, Scribner´s, 1982).]
(...) Como se sabe, Jung se interessou bem cedo pelo espiritismo e participou de muitas sessões durante toda a sua vida. Ele empregava procedimentos de indução hipnótica para levar sua prima Hélène (“Helly”) Preiswerk a transes mediúnicos, nas sessões a que compareceu com ela na década de 1890.
A mulher mais influente nos círculos ocultistas do século XIX (e, em muitos aspectos a mulher mais influente na Europa e Estados Unidos daquela época) talvez tenha sido uma imigrante russa, Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), médium e fundadora do movimento teosófico. (Noll, 1996, p. 70-1 e p. 353-4)
G. R. S. Mead (1863-1933) foi uma influência enorme, mas ainda não reconhecida em Jung. A biblioteca de Jung continha nada menos que dezoito estudos escritos por Mead, todos publicados pela Sociedade Editora Teosófica. [Segundo C. G. Jungs Bibliothek, p. 49-50, eram os seguintes: Apollonius of Tyana, the philosopher-reformer of the first century A.D. (1901); The Chaldean oracles, 2 v. (1908); Did Jesus live in 100 B.C.? (1903); The doctrine of the subtle body in Western tradition (1919); Fragments of a faith forgotten: some short sketches among the gnostics, mainly of the first two centuries (1906); The gnostic Crucifixion (1907); The gnostic John the Baptizer (1924); The hymm of Jesus (1907); The hymm of the Robe of Glory (1908); A Mithraic ritual (1907); Simon Magus, an essay (1892); Some mystical adventures (1910); Pistis Sophia, a gnostic miscellany (1921); Thrice-greatest Hermes, 3 v. (1906); The vision of Aridaeus (1907); The wedding-song of wisdom (1908); e The world-mistery (1907). A maioria dos estudiosos que analisam os elementos gnósticos em Jung desconsidera as fontes que primeiro o atraíram para o gnosticismo (os escritos “ocultistas” de Mead) e prefere se ater a especialistas acadêmicos em gnosticismo mais convencionais (como Gilles Quispel) que só muito depois entraram na vida de Jung. Mead, apesar da sua importância, não é sequer mencionado, por exemplo, em Robert Segal, The gnostic Jung (Princeton, Princeton University Press, 1992). Também havia nas estantes de Jung as seguintes obras de teosofistas destacados, algumas das quais podem ter sido adquiridas ele era estudante: H. P. Blavatsky, The secret doctrine, 2 v. (1893, 1897); idem, Hollentraume (1908); idem, The theosophical glossary (1930); C. W. Leadbeater, Die Astral-Ebene (1903); e idem, Die Devachan-Ebene: ihre Charakteristik und ihre Bewohner (s. d.).]
Muitos eram os volumes da série Ecos da gnose (Echoes from the gnosis); assim, Mead foi para Jung “um degrau de coisas mais elevadas”.
(...) A obra pós-freudiana (ou seja, posterior a 1912) de Jung, em especial suas teorias do inconsciente coletivo e dos arquétipos, não teria sido possível sem os livros de Mead sobre o gnosticismo, o hermetismo e a Liturgia Mitraísta. Foram principalmente esses trabalhos de Mead que deram a Jung a chave para a importância do gnosticismo e do hermetismo no estudo histórico do inconsciente. Começando em 1911 e continuando pelo resto da vida, Jung citava Mead regularmente em suas obras. E Mead, em seus últimos anos, fez várias viagens a Kusnacht-Zurique para visitar Jung. Entretanto, ainda não vieram à luz documentos acerca do relacionamento pessoal entre os dois. (Noll, 1996, p. 77- e p. 335)
Pesquisem sobre a Nise da Silveira também, e vejam a interessante relação entre os dois, bem como as observações comuns que chegaram ao analisar certos clientes (pois ela odiava a palavra paciente).
Verdadeira aula