Eu super concordo com você, Jana. Mas confesso que me incomoda demais a enxurrada de palavras inglesas que as pessoas usam no ambiente do LinkedIn. Aliás, me incomoda muito essa influência norte-americana em nossa língua.
Amei sua análise. Já vi algumas pessoas falarem "Eu estava 'burnoutando'.", ou "se eu não saísse daquele trabalho eu ia 'burnoutar'.", introduzindo na nossa língua, pois a língua é viva e está sempre mudando. E sempre que posso, eu falo "estafa mental", pois é o mesmo sentido e acredito que também aproxima com outras pessoas que passam pelo mesmo e acabam não falando por não saberem pronunciar.
Não é só porque a língua muda que nós devemos aceitar essa enxurrada de estrangeirismo. O Brasil deve tomar cuidado com isso. Às vezes fico me perguntando quanto tempo até "doguinho" entrar para o nosso dicionário
Você já fala tantos estrangeirismos que nem percebe. Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim. Acho que você deixou de entender a constância e o volume de estrangeirismos que toda língua sofre desde sua fundação e que faz parte da formação de seu vocabulário. Não existe língua pura.
@@AlanHenke " Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim." Essa afirmação está completamente equivocada. É uma enxurrada sim porque nunca antes na história essa mudança foi tão rápida. O uso da internet fez com que essa mudança ocorra em uma velocidade nunca antes vista. Antigamente as mudanças eram graduais e permitiam uma maior adaptação, não dificultando tanto a comunicação. Hoje em dia a mudança é tão repentina que muitas pessoas já não conseguem se comunicar de forma eficiente muitas vezes, mesmo sendo do mesmo país e falando a mesma língua.
jana, tuas reflexões são sempre incríveis. eu sempre fico maravilhado com discussões de linguística, e por isso mesmo fui fazer Letras. sei que você não é a única que fala disso aqui no youtube, mas você fala de coisas que eu não vejo ninguém falar por aí, e sempre muito ponderada e sensata. af amo esse canal demais
Pasquale é um imbecil. temos muitos códigos, só uso 'brasileiro' quando falo com pessoas de outro estado, eu uso meu maranhês mesmo. e claro, a forma mais polida do Português BR tem suas formas próprias em cada estado, no caso do meu o uso eventual da conjugação da segunda pessoa.
@@seeleoplay1092 Pasquale não é linguista e, além disso, é ridicularizado nos cursos de Letras por ter uma produção medíocre. Só ficou famoso por dar dicas de português, como um monte de professor de ensino médio faz aqui no UA-cam.
Que aula maravilhosa, muito obrigada por isso!!!! Eu sou professora de português para estrangeiros, é uma discussão muito interessante para eles. Uma coisa curiosa é que frequentemente eu preciso ensiná-los a pronunciar palavras da língua inglesa com a nossa pronúncia, para que eles sejam entendidos aqui 🤪 ketichúpi, por exemplo. Amooooo! 💚
Eu ficava implicando com o meu pai que começou a andar de bicicleta com os amigos e ficava falando 'bike' até o dia que ele me mandou uma mensagem dizendo que estava "andando de baique" e eu me acabei de rir com o jeitinho que ele abrasileirou a palavra
Falando sobre língua, política e poder tem o Leandro do English friday, professor de inglês, falando sobre o Black English e seu poder subversivo na história estadunidense.
Feliz de encontrar alguém que tem uma visão muito parecida com a minha. Sou designer (palavra inglesa) e utilizo muito a palavra "briefing". Um dia desses um cliente me pediu para não falar "briefing" e eu disse "ok, vamos chamar de formulário para criação" hahahaha. No mundo corporativo em que praticamente todos os termos são em inglês está todo mundo se entendendo e eu nem chego perto de ser como eles. Não me importo muito. Mas sobre o que você trouxe é exatamente o que penso, a língua não é encaixotada. Ela chega aqui e imediatamente já recebe também as nossas influências, do nosso sistema fonador, torna-se outra coisa. Mas, dito isso, também acredito que estamos caminhando para uma unificação linguística, em termos de idioma, quando vejo a quantidade de pessoas tendo o inglês como segunda língua. Sou leiga no assunto, mas amei o vídeo.
Eu tenho PAVOR. E isso acontece muito aqui no youtube, principalmente com streamers que também falam inglês, como o cellbit e o goulart; porque "to assume" não é assumir, é PRESUMIR, são falsos cognatos. Até fiz um post no instagram sobre isso esses dias, sobre ruído na comunicação. No post, eu falo do cara que disse ser legal, que não bate em mulher, que suporta a comunidade LGBTQIA+... Ele pensou em apoiar (to support). Eis o ruído na comunicação. Quando uma adaptação do inglês ocasiona um termo que já existe no português, mas com outro sentido, aí eu vejo problema. Longe de mim ser reacionário linguístico, mas entende? "Ele assumiu que a vizinha foi esfaqueada" Pensa nessa frase. Ele achou que a vizinha tinha sido... ou ele reconheceu a culpa de a vizinha ter sido esfaqueada por ele. Tudo isso porque misturou português e inglês
Um dos pontos importantes que tornam a lingua frágil, é a falta de meios de comunicação com gente com bom nível de português,sou do tempo da boa escola pública,e quando quem não tinha oportunidade de frequentar uma escola,lia o bom Correio da Manhã,ou o Jornal do Brasil,e ai conseguia aprender. Se for observado com cuidado,os jornalistas cometem erros grosseiros de português e não aceitam serem corrigidos, então podemos ver que não existe uma contribuição real para manutenção e melhor condição da língua Portuguesa.
A língua portuguesa está mudando, sim, mas ela está convergindo para a variação brasileira. Só olhar a discussão em Portugal sobre os pais conservadores chateados que a internet está levando a nossa variação para as crianças de lá. Em Angola também vem acontecendo, mas sem a crítica, como com os patrícios.
Quando eu ouvi "craudiado" eu achei que significava "Cheio de Craudio" (E eu achei muito engraçada), mas depois descobri que a origem é Crowded e perdeu muito da graça hahaha
Falando em geopolítica, uma palavra que a gente não deveria adotar é polywork né?! Não por ser americana, mas peja romantizacao msm da sucateacao do trabalho... Hehehe
Eu concordo, só não gosto de uso de palavras em inglês, qnd elas substituem termos absolutamente normais em português. Por exemplo dead line. Dead line é PRAZO. Quer dar urgência? Chama de prazo final. Não faz sentido usar dead line. Tem palavras que o significado em português exigiria quase uma frase, aí ok, mas outras é puro esnobismo de faria limer. Ah, faria limer é um "estrangeirismo" que eu curto pelo significado
Acho q um bom exemplo dessas "frases" é pet. Pet é bicho de estimação, animal de estimação. Uma palavrinha de 3 letras q expressa tudo isso, e atualmente todo mundo sabe doq se trata de tanto de foi usado, tem gente q nem sabe q isso é um estrangeirismo e vem do inglês, de tão comum q ficou
Qual a diferença do português pro inglês pra um brasileiro? Ambas são línguas europeias, mas por ventura nos aprendemos o português cm a primeira. Se a gente passasse a falar mais inglês do português n mudaria absolutamente nada pq a cultura brasileira n está vinculada cm a língua portuguesa
@@eduardolourenco4212oi? Você conhece Portugal? 😂😅 sabe que o Brasil só existe porque foi colonizado por um país da origem da língua portuguesa né? Como não está relacionado? 😅
@@eduardolourenco4212o idioma é parte da identidade cultural de um povo. O Brasil nunca falara inglês. É o mesmo que achar que o inglês um dia deixará de ser falado nos Estados Unidos.
@@eduardolourenco4212O português falado aqui há geracões é unicamente nosso, e não uma língua europeia estrangeira. É uma língua que, querendo ou não, representa nossa cultura mais do que qualquer outra, incluindo línguas indígenas de grupos muito específicos.
Suas reflexões são sempre incríveis, Jana. Uma das maiores produtoras de conteúdo que temos hoje. Obrigado por compartilhar o seu trabalho com a gente. 🖤☕
Discordo totalmente. As empresas empurram goela abaixo ⬇️ todos termos em inglês. Não sei se é para enganar os funcionários ou para mostrar que somos colônia.
Discordo do uso desassociado de empresas a pessoas. Lá tem pessoas que de fato usam termos aprendidos na faculdade como curso de marketing (pt-br?) ou web(majoritariamente inglês). Hoje em dia vejo pessoas importando palavras de redes sociais tb, vindo de suas comunidades online como atalhos a significado e ocasiões. Tem sorte se não ouviu a abrasileirasão de "realize" (perceber) como realizar, sangrou o meu ouvido. Ninguém é policarpo quaresma, até franceses usam estrangeirismo, e vale lembrar que grande parte de palavras japonesas tem influência portuguesa.
Essas discussões sempre me lembram o personagem principal do romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma, que defendia tanto e tão cegamente uma hegemonia brasileira, nacional e raiz, que achava que devíamos todos voltar a falar Tupi.
único problema que o elemento 'nativo' não é o mais forte no Brasil, seja no sangue, nos costumes, na forma de pensar e na organização da vida e social.
Adorei esse vídeo. Meu escritor favorito é o Guimarães Rosa, que pesquisei no mestrado e doutorado... Ele era um entusiasta discussão que você traz nesse vídeo. Obrigada
Há uma coisa neste vídeo que me chateou. Foi o número irrisório de visualizações (views jamais!). Pq, de resto, não é um corriqueiro conteudo para o YT. É uma curta mas preciosa palestra. Jana, seria interessante para vc falar dos componentes de geopolítica, poder, aspectos psicológicos, influências colonialistas, na aceitação e utilização desses estrangeirismos? Eu mesmo não gosto de muitos deles principalmente qdo temos termos absolutamente adequados para expressar as ideias e conceitos desejados. Não fico criticando e reclamando sobre isso, e até me rendi a vários deles. Outros assimilei sem problemas pq realmente o estrangeirismo era mais preciso. De qquer forma, valeu; obrigado.
@@jornalistarenatarosa4205 Saudades sinto eu, menina! De vc e seus excelentes vídeos. Tudo bem com vc/s? Vez por outra visito seu canal e revejo algum vídeo. E sua mãe? Como está ela? Bjs para vc e para ela tb.
Oi Jana... Aula bastante lúcida. Obrigado... O que você tem a dizer dessas novas abreviações usadas atualmente: VC, TB, TBT? Confesso que me perco no entendimento de um texto quando me deparo com elas. Ou também BRODINHO? Gostaria de ver um vídeo sobre. Abraços...
Jana, eu tenho essa reflexão com meus amigos sempre que tocamos no assunto "gênero neutro", porque querendo ou não o entendimento é o mesmo. Não existe o fim da língua portuguesa ou um "deixar de entender e ser entendido" quando um grupo muito pequeno de pessoas tá usando um dialeto diferente, e nesse caso beira até o puro preconceito mesmo disfarçado de preocupação né. Mas realmente, muito rico o seu vídeo e eu espero que essas pessoas que querem acabar com estrangeirismo nunca pisem em São Paulo e suas tantas cidades com nomes em tupi, que se não elas caem pra trás duras com o choque de realidade que é a troca de culturas entre povos kkkkkk. E só acrescentando mais ainda, essa ideia conservadora de língua é tão estúpida, que se fosse pra levar ela a sério a gente estaria ainda falando Latim, e proibindo palavras gregas de entrarem no idioma.
10:41 vc me fez lembrar de uma coisa. Talvez nem tenha muito relação com o vídeo. Quando eu era adolescente lá pela década de 90 eu conhecia gente bem mais velha que eu que enaltecia e falava de forma saudosista sobre o ensino da língua francesa nas escolas de antigamente e declarava o quão “grotesco” era o ensino da língua inglesa. Hoje ninguém lembra disso.
5:38 - pensando o "nós" supostamente como brasileiros, acho que ainda não somos nada conservadores se comparados a Portugal, que usam o "rato" no computador, dentre outras muitas traduções pitorescas...
Traduzir palavras não é conservador. Querer manter as palavras como as mesmas sem pertimitr modificações desde um período específico, como 1901, por exemplo, isso é conservadorismo linguístico.
Concordo com a Jana também. A linguagem evolui dinamicamente, e o Português no Brasil não é exceção. Enquanto as universidades e o público continuarem a usar a língua oficial padrão com seu rico vocabulário formal, não há motivo para preocupação. O Português passou por transformações significativas, influenciadas por diversos sotaques do espanhol, alemão, italiano, japonês, indígenas, africanos e outras nacionalidades que migraram para o Brasil. Essa adaptação dinâmica é um curso natural para a linguagem seguir, moldando-se constantemente em novos paradigmas.
Eu era essa pessoa que vivia defendendo essa "pureza" da língua portuguesa, mas aprendi a ver a lingua de forma mais dinâmica. Mas queria saber sua opinião sobre quando os usos da língua portuguesa se alteram pela lógica de outra língua? Por exemplo, a expressão "é sobre isso" que me parece que vem de "about this"? O que você acha?
Será que o infinitivo em nossa língua vai acabar no futuro? Estou me baseando na transformação da língua ao longo do tempo. Percebo vários conteúdos nas redes sem o infinitivo mudando completamente o sentido que "deveria" ser.
Já já vai acontecer o mesmo fenômeno mas com palavras em Chinês e Coreano anota aí! A influência econômica Chinesa e o tanto de Dorama que esse povo tá consumindo... minha sogra já quase fala Corerano! kkkk...
Super concordo contigo, Jana. Isso me faz lembrar do caso da Coreia do Norte, onde é proibido QUALQUER palavra de origem da língua inglesa para nomear coisas e marcas naquele país. Então criaram as próprias palavras para nomear as mesmas coisas que existem fora de lá. Um bom exemplo é a palavra _hamburguer_ que fica algo como _pão com carne_ .
Eu me incomodo menos com o uso específico de palavras estrangeiras que com o uso generalizado das estruturas do inglês que se tornou comum no português coloquial. Toda vez que alguém termina uma frase com "sobre" eu me tremo todo
@@taaar1963 pois preste atenção que vc começará a ouvir em todo lugar kk toda hora alguem fala algo do tipo "nunca ouvi falar sobre", "não sei nada sobre", "aquele assunto que fulano falou sobre" e por aí vai.
Brasil como um país de pessoas majoritariamente autodeclaradas pardas, e eu vendo ser reproduzidas essas narrativas puristas de língua me fez lembrar de como trabalhar consciência mestiça é essencial pra construção de um novo lugar em que possamos confluir, conviver, e também sobreviver mesmo. Aguardando um dia onde possamos discutir a nossa ancestralidade como um todo, e não pela "metade que importa" (eurocêntrica)
Jana, concordo com você. Eu mesmo uso vários estrangeirismos. Meu único medo é a simplificação da nossa cultura por meio de qualquer imperialismo. Eu estudo na Alemanha, e tem-se esse mesmo problema aqui. Um exemplo ótimo desse estrangeirismo imperialista é a palavra “they”, usada no alemão também como um pronome não binário. O que me entristece bastante, já que em português temos elu/delu (que uso bastante, já que sou nao binarie). Resumindo, na Alemanha, por conta da história e por acharem que tudo feito nos Estados Unidos é melhor do que no resto do mundo, usa-se um estrangeirismo que poderia muito bem vir do português, no qual é muito mais bem formulado. No mais, adorei o vídeo. E amo ficar pensando sobre o assunto. Só para lembrar, Ana Cristina César escreveu textos misturando português e inglês e mesmo assim é uma das maiores poetas da linha portuguesa.
No meu laboratório damos medicamento em forma de sonda oral/ bolo (gavage do frances) para os roedores, semelhante ao que fazem no foie gras, e todos dizem "vou dar gavage". Assim que entrei, comecei a verbalizar esse substantivo: "vou gavar" e simplesmente as pessoas que não tankam no jogo, também não tankam o aportuguesamento de uma prática tão comum nos laboratórios que fazem pesquisa com animais.
Tem um meme bem conhecido que eu tinha visto no canal gringo: Scott Lower, acho que é assim que se escreve, um react de memes, tinha um assim: Home Office Muié Office Ou seja, uma palavra em português mal falada e escrita, com um estrangeirismo. Na questão linguísta, eu não sou formado na área, mas minha opinião sobre o " assassinato" da língua portuguesa se deve a muitos fatores, como uso de estrangeirismo em excesso, abreviações constantes de palavras e uso de muitas palavras de origem errada. Eu fico impressionada na conjugação das pessoas verbais do brasileiro atual, tudo no singular: Eu fui Tu foste, Tu foi ou Você foi Ele/Ela foi Nós fomos ou A gente foi Vós fordes ou Vocês foram Eles/ Elas foram Não tem como tirar o clássico " É NÓIS" . Fora tudo o que eu disse, ainda tem em volga a questão do " pronome neutro", que bagunça mais ainda a nossa querida língua portuguesa.
Jana. Você é sensacional. Eu recentemente debatia com meu orientador sobre isso. Eu estou na área de Ciência da Computação, de modo que, toda palavra, expressão, é de origem inglesa. Mouse, monitor, etc, vieram de fora. E eu quero usar na minha dissertação, até para favorecer a fluidez da leitura, as palavras e expressões na língua inglesa mesmo. Mas ele teima que não posso usar estrangeirismos no texto. Só que fica HORRÍVEL de ler. Que disgrassa. Beijo
eu tenho uma fascinação por coisas novas na comunicação, é tão lindo alguns exemplos. mas e com isso não vamos nos entender? quando é que a gente se entendeu mesmo? quem sabe a comunicação perfeita seja a química, mas será?, às vezes penso: a formiga A deixa um aviso químico: - oi, tem açúcar aqui, venham buscar. a formiga B se tiver alguma mutação pode ler: - quer comprar bitcoins? e tem camuflagem química, então é provável que não seja perfeita também... enfim... essa coisa de tudo homogêneo me lembra um frase de um jogo, dark souls 2, não lembro exatamente como está ipsi litteris, mas era algo como: 'quando Nassandra chegou trouxe uma paz, uma paz que parecia as trevas'
Pior que têm lugar no sul que o povo fala alemão fluente. E já houve tempo que foi proibido que povos indígenas, no próprio sul, falassem a própria língua nativa. Ah, mas aí pode né! É a língua do outro, do subalterno, do esfarrapado... O brasil não dá pra ser levado a sério né!?
O que fazet com o "Data Sheet" de um equipamento, ao invez de manual de caracteristicas gerias? Traduzir literalmemte ou falar dessa forma pra outras peasoas só pra parecer uma pessoa inteligente da área de tecnologia para fazer parte de uma pequenina bolha que acha as outras pessoas são incapazes de saber o sgnificado muito simples desse tipo de documentação ?
Ensino este assunto com o nome de estrangeirismos para o ensino médio, os alunos se amarram, proponho criarem frases com um estrangeirismo e eles adoram! Os que mais aparecem são os de jogos e comidas.
Estrangeirismos mais conhecido mesmo como influência norte-americana. Quando se usa o termo "estrangeirismo" parece até que nesse momento somos influenciados por várias línguas ao mesmo tempo,e não,a gente está falando puramente do inglês.
Eu sempre lembro da pira que é coisa que tirou do francês até os estrangeirismo usados na França, como stoper ou parking, que viram arreter e (esqueci). Chega no nome de marcas, como o KFC que lá é PFK (Poulet fritte Kentucki).
Não foi flope nenhum, foi o maior estelionato da história. Bill Gates sabia que não ia acontecer nada, mas o mundo inteiro trocou de computadores. O meu departamento no Ministério trocou 55 computadores inutilmente!
A língua não acaba, ela se reinventa. A língua portuguesa não vai acabar, ela vai se adaptar. E tá tudo certo. Não falamos o Português como há 500 anos atrás e nem como será daqui outros 500 anos.
Se temos palavras em português para designar certas coisas devemos usa-las a menos que limitem o sentido. Por exemplo, temos a palavra acompanhamento, então por que dizer follow up?
Eu acho que o que as pessoas não percebem é que essas palavras tem um sentido bem específico… e têm um caráter diferenciador importante. “Deletar” tem um sentido completamente atrelado à tecnologia. Que eu sabia, ninguém fala… “Ah, escrevi errado… deixa eu passar a borracha pra deletar isso aqui”. “Burnout” é um conceito novo - caracteriza uma síndrome e também tem um caráter mais específico que “piripaque”. Eu posso ter um piripaque porque tá muito quente na rua… mas não um “burnout”. Isso envolve a medicina, psicologia do trabalho, etc. Um americano não vai entender o português fluentemente só por causa de uns estrangeirismos… besteira isso! 😂
Eu super concordo com você, Jana. Mas confesso que me incomoda demais a enxurrada de palavras inglesas que as pessoas usam no ambiente do LinkedIn. Aliás, me incomoda muito essa influência norte-americana em nossa língua.
Nisso eu tô contigo
@@semavatar8106 lol, um americanismo
nossa classe média sempre foi vira-lata e esses profissionais de linkedin fazem banquete de r*las gringas.
Não só da América do Norte,mas também do Reino Unido,Austrália,Nova Zelândia.etc.
Não gosto tb.
Eu amos essas discussões... me fazem lembrar por que fiui estudar Letras.
esse vídeo me deixou bem assim hahah, linguística é uma ciência fascinante DEMAIS
me dá vontade de fazer algo em linguística dentro da psicologia!!
Mas e palavras, você não estudou?
Que mulher incrível. Mais que uma aula de português, um show de realidade
aula de Linguística*
Amei sua análise.
Já vi algumas pessoas falarem "Eu estava 'burnoutando'.", ou "se eu não saísse daquele trabalho eu ia 'burnoutar'.", introduzindo na nossa língua, pois a língua é viva e está sempre mudando.
E sempre que posso, eu falo "estafa mental", pois é o mesmo sentido e acredito que também aproxima com outras pessoas que passam pelo mesmo e acabam não falando por não saberem pronunciar.
Não é só porque a língua muda que nós devemos aceitar essa enxurrada de estrangeirismo. O Brasil deve tomar cuidado com isso. Às vezes fico me perguntando quanto tempo até "doguinho" entrar para o nosso dicionário
Você já fala tantos estrangeirismos que nem percebe. Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim. Acho que você deixou de entender a constância e o volume de estrangeirismos que toda língua sofre desde sua fundação e que faz parte da formação de seu vocabulário. Não existe língua pura.
@@AlanHenke " Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim." Essa afirmação está completamente equivocada. É uma enxurrada sim porque nunca antes na história essa mudança foi tão rápida. O uso da internet fez com que essa mudança ocorra em uma velocidade nunca antes vista. Antigamente as mudanças eram graduais e permitiam uma maior adaptação, não dificultando tanto a comunicação. Hoje em dia a mudança é tão repentina que muitas pessoas já não conseguem se comunicar de forma eficiente muitas vezes, mesmo sendo do mesmo país e falando a mesma língua.
jana, tuas reflexões são sempre incríveis. eu sempre fico maravilhado com discussões de linguística, e por isso mesmo fui fazer Letras. sei que você não é a única que fala disso aqui no youtube, mas você fala de coisas que eu não vejo ninguém falar por aí, e sempre muito ponderada e sensata. af amo esse canal demais
Tudo q eu sei de portugues aprendi com o professor Pasquale, vc é o oposto dele, permite quase tudo, uffa! posso praticar meu mineirês sem culpa
Pasquale é um imbecil. temos muitos códigos, só uso 'brasileiro' quando falo com pessoas de outro estado, eu uso meu maranhês mesmo. e claro, a forma mais polida do Português BR tem suas formas próprias em cada estado, no caso do meu o uso eventual da conjugação da segunda pessoa.
Até onde eu saiba, Pasquale não é linguista. Ele só prescreve regras.
@@materiaisdeestudos9219 Vc nao deve saber de nada
@@materiaisdeestudos9219 sim, ele é desprezível.
@@seeleoplay1092 Pasquale não é linguista e, além disso, é ridicularizado nos cursos de Letras por ter uma produção medíocre. Só ficou famoso por dar dicas de português, como um monte de professor de ensino médio faz aqui no UA-cam.
Vim do canal da Vanessa Rozan. Grata por ter descoberto outra mulher culta para eu seguir na internet! Obrigada pelo conteúdo! ❤
Que aula maravilhosa, muito obrigada por isso!!!! Eu sou professora de português para estrangeiros, é uma discussão muito interessante para eles. Uma coisa curiosa é que frequentemente eu preciso ensiná-los a pronunciar palavras da língua inglesa com a nossa pronúncia, para que eles sejam entendidos aqui 🤪 ketichúpi, por exemplo. Amooooo! 💚
Quetchâp
Eu ficava implicando com o meu pai que começou a andar de bicicleta com os amigos e ficava falando 'bike' até o dia que ele me mandou uma mensagem dizendo que estava "andando de baique" e eu me acabei de rir com o jeitinho que ele abrasileirou a palavra
Eu amei rs
Eu também não suporto "bike", prefiro "bicicleta"
Obrigada, Jana! Como estou aprendendo com você e mudando minha visão a respeito do uso de nossa língua
Falando sobre língua, política e poder tem o Leandro do English friday, professor de inglês, falando sobre o Black English e seu poder subversivo na história estadunidense.
Jana matando a pau, como sempre!!
Feliz de encontrar alguém que tem uma visão muito parecida com a minha. Sou designer (palavra inglesa) e utilizo muito a palavra "briefing". Um dia desses um cliente me pediu para não falar "briefing" e eu disse "ok, vamos chamar de formulário para criação" hahahaha. No mundo corporativo em que praticamente todos os termos são em inglês está todo mundo se entendendo e eu nem chego perto de ser como eles. Não me importo muito. Mas sobre o que você trouxe é exatamente o que penso, a língua não é encaixotada. Ela chega aqui e imediatamente já recebe também as nossas influências, do nosso sistema fonador, torna-se outra coisa. Mas, dito isso, também acredito que estamos caminhando para uma unificação linguística, em termos de idioma, quando vejo a quantidade de pessoas tendo o inglês como segunda língua. Sou leiga no assunto, mas amei o vídeo.
Sinapse "lingo-geopolítica" criada com sucesso. Obrigado
O uso de "assume", como você usou, é um estrangeirismo interessante.
Eu tenho PAVOR. E isso acontece muito aqui no youtube, principalmente com streamers que também falam inglês, como o cellbit e o goulart; porque "to assume" não é assumir, é PRESUMIR, são falsos cognatos. Até fiz um post no instagram sobre isso esses dias, sobre ruído na comunicação. No post, eu falo do cara que disse ser legal, que não bate em mulher, que suporta a comunidade LGBTQIA+... Ele pensou em apoiar (to support). Eis o ruído na comunicação.
Quando uma adaptação do inglês ocasiona um termo que já existe no português, mas com outro sentido, aí eu vejo problema. Longe de mim ser reacionário linguístico, mas entende?
"Ele assumiu que a vizinha foi esfaqueada" Pensa nessa frase. Ele achou que a vizinha tinha sido... ou ele reconheceu a culpa de a vizinha ter sido esfaqueada por ele. Tudo isso porque misturou português e inglês
@@leo.ottesen assumir, realizar e agora o suportar. Também não gosto, mas interessante ver como vem entrando.
eca
Oq seria estrangeirismo? Eu n sou português, então pra mim todas as palavras do português são estrangeirismo
@@eduardolourenco4212 raso.
Te admiro demais, moça! De coração 🥲
Cada dia melhor, Jana!! Sucesso!🎉🎉🎉
Um dos pontos importantes que tornam a lingua frágil, é a falta de meios de comunicação com gente com bom nível de português,sou do tempo da boa escola pública,e quando quem não tinha oportunidade de frequentar uma escola,lia o bom Correio da Manhã,ou o Jornal do Brasil,e ai conseguia aprender.
Se for observado com cuidado,os jornalistas cometem erros grosseiros de português e não aceitam serem corrigidos, então podemos ver que não existe uma contribuição real para manutenção e melhor condição da língua Portuguesa.
A língua portuguesa está mudando, sim, mas ela está convergindo para a variação brasileira. Só olhar a discussão em Portugal sobre os pais conservadores chateados que a internet está levando a nossa variação para as crianças de lá. Em Angola também vem acontecendo, mas sem a crítica, como com os patrícios.
“Pais conservadores” a típica demonização disso.
Quando eu ouvi "craudiado" eu achei que significava "Cheio de Craudio" (E eu achei muito engraçada), mas depois descobri que a origem é Crowded e perdeu muito da graça hahaha
Termos que vêm de jogos eletrônicos. Já ouvi “predictou” (previu)
Falando em geopolítica, uma palavra que a gente não deveria adotar é polywork né?! Não por ser americana, mas peja romantizacao msm da sucateacao do trabalho... Hehehe
👏🏻👏🏻👏🏻
Sim, a própria Jana fez um videozinho sobre isso kkkk
Parabéns! Sensatez ao extremo!
Eu concordo, só não gosto de uso de palavras em inglês, qnd elas substituem termos absolutamente normais em português. Por exemplo dead line. Dead line é PRAZO. Quer dar urgência? Chama de prazo final. Não faz sentido usar dead line. Tem palavras que o significado em português exigiria quase uma frase, aí ok, mas outras é puro esnobismo de faria limer. Ah, faria limer é um "estrangeirismo" que eu curto pelo significado
Acho q um bom exemplo dessas "frases" é pet. Pet é bicho de estimação, animal de estimação. Uma palavrinha de 3 letras q expressa tudo isso, e atualmente todo mundo sabe doq se trata de tanto de foi usado, tem gente q nem sabe q isso é um estrangeirismo e vem do inglês, de tão comum q ficou
Qual a diferença do português pro inglês pra um brasileiro? Ambas são línguas europeias, mas por ventura nos aprendemos o português cm a primeira. Se a gente passasse a falar mais inglês do português n mudaria absolutamente nada pq a cultura brasileira n está vinculada cm a língua portuguesa
@@eduardolourenco4212oi? Você conhece Portugal? 😂😅 sabe que o Brasil só existe porque foi colonizado por um país da origem da língua portuguesa né? Como não está relacionado? 😅
@@eduardolourenco4212o idioma é parte da identidade cultural de um povo. O Brasil nunca falara inglês. É o mesmo que achar que o inglês um dia deixará de ser falado nos Estados Unidos.
@@eduardolourenco4212O português falado aqui há geracões é unicamente nosso, e não uma língua europeia estrangeira. É uma língua que, querendo ou não, representa nossa cultura mais do que qualquer outra, incluindo línguas indígenas de grupos muito específicos.
Se tem uma palavra abrasileirada que a Jana usa é xuiter rsrs... Eu TB só falo xuiter.
Obrigade professore!
Vc está lindíssima Jana...✨🥰✨
Maravilhosa e necessária
Suas reflexões são sempre incríveis, Jana. Uma das maiores produtoras de conteúdo que temos hoje. Obrigado por compartilhar o seu trabalho com a gente. 🖤☕
Vídeo incrível.
O importante é passar a mensagem e fazer que a mesma seja entendida, dito isso execelente video
Tem como curtir 10000?!?! Obrigada, Jana! 👏👏👏👏👏
Que aula, Jana.
Obrigada ❤
Jana, esse vídeo deu uma resetada em várias coisas aqui. Gradicido.
Excelente ❤
Discordo totalmente. As empresas empurram goela abaixo ⬇️ todos termos em inglês. Não sei se é para enganar os funcionários ou para mostrar que somos colônia.
Discordo do uso desassociado de empresas a pessoas. Lá tem pessoas que de fato usam termos aprendidos na faculdade como curso de marketing (pt-br?) ou web(majoritariamente inglês). Hoje em dia vejo pessoas importando palavras de redes sociais tb, vindo de suas comunidades online como atalhos a significado e ocasiões.
Tem sorte se não ouviu a abrasileirasão de "realize" (perceber) como realizar, sangrou o meu ouvido.
Ninguém é policarpo quaresma, até franceses usam estrangeirismo, e vale lembrar que grande parte de palavras japonesas tem influência portuguesa.
Qur vídeo massa!
Comprei seu livro na Amazon, estou ansioso para recebê-lo 😁😁😁😁.
Excelente vídeo. Obrigada, Jana!
Adorei o "xuiter" 😊😊😊
Melhor pessoa !!!!
Vi a chamada e iria contestar,mas ao ver todo o vídeo tive que me desarmar . Amei o seu vídeo. Super completo.
Essas discussões sempre me lembram o personagem principal do romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma, que defendia tanto e tão cegamente uma hegemonia brasileira, nacional e raiz, que achava que devíamos todos voltar a falar Tupi.
único problema que o elemento 'nativo' não é o mais forte no Brasil, seja no sangue, nos costumes, na forma de pensar e na organização da vida e social.
Adorei esse vídeo. Meu escritor favorito é o Guimarães Rosa, que pesquisei no mestrado e doutorado... Ele era um entusiasta discussão que você traz nesse vídeo. Obrigada
Mais um vídeo sensacional. Obrigado, Jana!
Faça um vídeo sobre o galego, a variedade do português falado na Galiza!
vc é incrível
Obrigado por falar o que eu sempre pensei.
Há uma coisa neste vídeo que me chateou. Foi o número irrisório de visualizações (views jamais!). Pq, de resto, não é um corriqueiro conteudo para o YT. É uma curta mas preciosa palestra. Jana, seria interessante para vc falar dos componentes de geopolítica, poder, aspectos psicológicos, influências colonialistas, na aceitação e utilização desses estrangeirismos? Eu mesmo não gosto de muitos deles principalmente qdo temos termos absolutamente adequados para expressar as ideias e conceitos desejados. Não fico criticando e reclamando sobre isso, e até me rendi a vários deles. Outros assimilei sem problemas pq realmente o estrangeirismo era mais preciso. De qquer forma, valeu; obrigado.
Saudade de ti, man!
@@jornalistarenatarosa4205 Saudades sinto eu, menina! De vc e seus excelentes vídeos. Tudo bem com vc/s? Vez por outra visito seu canal e revejo algum vídeo. E sua mãe? Como está ela? Bjs para vc e para ela tb.
Excelente Viscardi ✊🏽💪🏽👏🏽❤
você nunca me decepciona 💖💖
obrigada pelo sermão. estava precisando
Show!
Valeu Jana!
Vc foi luz, que vídeo bom!!!
Gosto muito do "after", o rolê pós rolê.
a primeira vez que li CEO vi o esgoto. obrigada, saramago pensava igual a você.
Oi Jana...
Aula bastante lúcida.
Obrigado...
O que você tem a dizer dessas novas abreviações usadas atualmente: VC, TB, TBT? Confesso que me perco no entendimento de um texto quando me deparo com elas.
Ou também BRODINHO?
Gostaria de ver um vídeo sobre.
Abraços...
Obrigada Jana Viscard
Muito obrigada! Estou completamente "bagunçada " , e isso é muito bom!
Amei esta abordagem.
Falou tudo! Há muita tempestade em copo d'agua!
Jana é meu viés de confirmação. 🤩
Obg por + um vídeo, Jana!! ❤❤❤
Jana, eu tenho essa reflexão com meus amigos sempre que tocamos no assunto "gênero neutro", porque querendo ou não o entendimento é o mesmo. Não existe o fim da língua portuguesa ou um "deixar de entender e ser entendido" quando um grupo muito pequeno de pessoas tá usando um dialeto diferente, e nesse caso beira até o puro preconceito mesmo disfarçado de preocupação né.
Mas realmente, muito rico o seu vídeo e eu espero que essas pessoas que querem acabar com estrangeirismo nunca pisem em São Paulo e suas tantas cidades com nomes em tupi, que se não elas caem pra trás duras com o choque de realidade que é a troca de culturas entre povos kkkkkk.
E só acrescentando mais ainda, essa ideia conservadora de língua é tão estúpida, que se fosse pra levar ela a sério a gente estaria ainda falando Latim, e proibindo palavras gregas de entrarem no idioma.
um dia eu li o livro "Inocência" de Visconde Thaunay, acho que qualquer romance regionalista deve mostrar bem a variação linguística
10:41 vc me fez lembrar de uma coisa. Talvez nem tenha muito relação com o vídeo. Quando eu era adolescente lá pela década de 90 eu conhecia gente bem mais velha que eu que enaltecia e falava de forma saudosista sobre o ensino da língua francesa nas escolas de antigamente e declarava o quão “grotesco” era o ensino da língua inglesa. Hoje ninguém lembra disso.
Jana vc abre portais na cuca. Obrigado linda😘
5:38 - pensando o "nós" supostamente como brasileiros, acho que ainda não somos nada conservadores se comparados a Portugal, que usam o "rato" no computador, dentre outras muitas traduções pitorescas...
Traduzir palavras não é conservador. Querer manter as palavras como as mesmas sem pertimitr modificações desde um período específico, como 1901, por exemplo, isso é conservadorismo linguístico.
Concordo com a Jana também. A linguagem evolui dinamicamente, e o Português no Brasil não é exceção. Enquanto as universidades e o público continuarem a usar a língua oficial padrão com seu rico vocabulário formal, não há motivo para preocupação. O Português passou por transformações significativas, influenciadas por diversos sotaques do espanhol, alemão, italiano, japonês, indígenas, africanos e outras nacionalidades que migraram para o Brasil. Essa adaptação dinâmica é um curso natural para a linguagem seguir, moldando-se constantemente em novos paradigmas.
Adoro teus vídeos!!
Eu era essa pessoa que vivia defendendo essa "pureza" da língua portuguesa, mas aprendi a ver a lingua de forma mais dinâmica.
Mas queria saber sua opinião sobre quando os usos da língua portuguesa se alteram pela lógica de outra língua? Por exemplo, a expressão "é sobre isso" que me parece que vem de "about this"? O que você acha?
Jana eu concordo com com vc .
Será que o infinitivo em nossa língua vai acabar no futuro? Estou me baseando na transformação da língua ao longo do tempo. Percebo vários conteúdos nas redes sem o infinitivo mudando completamente o sentido que "deveria" ser.
Nunca tinha entendido o que era tankar até esse vídeo rs.
Ps: me alcança o bowlzinho ali, por favor?
Penso exatamente como você.
Já já vai acontecer o mesmo fenômeno mas com palavras em Chinês e Coreano anota aí!
A influência econômica Chinesa e o tanto de Dorama que esse povo tá consumindo... minha sogra já quase fala Corerano! kkkk...
Super concordo contigo, Jana. Isso me faz lembrar do caso da Coreia do Norte, onde é proibido QUALQUER palavra de origem da língua inglesa para nomear coisas e marcas naquele país. Então criaram as próprias palavras para nomear as mesmas coisas que existem fora de lá. Um bom exemplo é a palavra _hamburguer_ que fica algo como _pão com carne_ .
verdade absoluta!
Eu me incomodo menos com o uso específico de palavras estrangeiras que com o uso generalizado das estruturas do inglês que se tornou comum no português coloquial. Toda vez que alguém termina uma frase com "sobre" eu me tremo todo
Você pode dar um exemplo de uma frase terminada com sobre? Acho q nunca ouvi kkkkkkkk
@@taaar1963 pois preste atenção que vc começará a ouvir em todo lugar kk toda hora alguem fala algo do tipo "nunca ouvi falar sobre", "não sei nada sobre", "aquele assunto que fulano falou sobre" e por aí vai.
Toda lingua está em "constante evolução". O português que a gente fala hoje, não é o português do passado. E isso, não é ruim!
A língua é viva e dinâmica, assim como o falante está inserido na sociedade.
Brasil como um país de pessoas majoritariamente autodeclaradas pardas, e eu vendo ser reproduzidas essas narrativas puristas de língua me fez lembrar de como trabalhar consciência mestiça é essencial pra construção de um novo lugar em que possamos confluir, conviver, e também sobreviver mesmo. Aguardando um dia onde possamos discutir a nossa ancestralidade como um todo, e não pela "metade que importa" (eurocêntrica)
Jana, concordo com você. Eu mesmo uso vários estrangeirismos. Meu único medo é a simplificação da nossa cultura por meio de qualquer imperialismo. Eu estudo na Alemanha, e tem-se esse mesmo problema aqui. Um exemplo ótimo desse estrangeirismo imperialista é a palavra “they”, usada no alemão também como um pronome não binário. O que me entristece bastante, já que em português temos elu/delu (que uso bastante, já que sou nao binarie). Resumindo, na Alemanha, por conta da história e por acharem que tudo feito nos Estados Unidos é melhor do que no resto do mundo, usa-se um estrangeirismo que poderia muito bem vir do português, no qual é muito mais bem formulado. No mais, adorei o vídeo. E amo ficar pensando sobre o assunto. Só para lembrar, Ana Cristina César escreveu textos misturando português e inglês e mesmo assim é uma das maiores poetas da linha portuguesa.
Senhora bronca e está certa. Muitos brasileiros não têm muita noção do que é a língua portuguesa.
No meu laboratório damos medicamento em forma de sonda oral/ bolo (gavage do frances) para os roedores, semelhante ao que fazem no foie gras, e todos dizem "vou dar gavage". Assim que entrei, comecei a verbalizar esse substantivo: "vou gavar" e simplesmente as pessoas que não tankam no jogo, também não tankam o aportuguesamento de uma prática tão comum nos laboratórios que fazem pesquisa com animais.
Aqui na ufrj fala sonda, sondar mesmo
Uma coisa que nasceu não sei onde é "bem vindo de volta".
Esse caso do burnout podem fazer que nem fizeram quando transformaram backup em becape. Seria interessante adaptar pra algo tipo barnaute.
Tem um meme bem conhecido que eu tinha visto no canal gringo: Scott Lower, acho que é assim que se escreve, um react de memes, tinha um assim:
Home Office
Muié Office
Ou seja, uma palavra em português mal falada e escrita, com um estrangeirismo. Na questão linguísta, eu não sou formado na área, mas minha opinião sobre o " assassinato" da língua portuguesa se deve a muitos fatores, como uso de estrangeirismo em excesso, abreviações constantes de palavras e uso de muitas palavras de origem errada. Eu fico impressionada na conjugação das pessoas verbais do brasileiro atual, tudo no singular:
Eu fui
Tu foste, Tu foi ou Você foi
Ele/Ela foi
Nós fomos ou A gente foi
Vós fordes ou Vocês foram
Eles/ Elas foram
Não tem como tirar o clássico " É NÓIS" . Fora tudo o que eu disse, ainda tem em volga a questão do " pronome neutro", que bagunça mais ainda a nossa querida língua portuguesa.
Jana. Você é sensacional. Eu recentemente debatia com meu orientador sobre isso. Eu estou na área de Ciência da Computação, de modo que, toda palavra, expressão, é de origem inglesa. Mouse, monitor, etc, vieram de fora. E eu quero usar na minha dissertação, até para favorecer a fluidez da leitura, as palavras e expressões na língua inglesa mesmo. Mas ele teima que não posso usar estrangeirismos no texto. Só que fica HORRÍVEL de ler. Que disgrassa.
Beijo
Credo! Aí vc tem que escrever "rato" pra mouse?
eu tenho uma fascinação por coisas novas na comunicação, é tão lindo alguns exemplos.
mas e com isso não vamos nos entender? quando é que a gente se entendeu mesmo?
quem sabe a comunicação perfeita seja a química, mas será?, às vezes penso:
a formiga A deixa um aviso químico:
- oi, tem açúcar aqui, venham buscar.
a formiga B se tiver alguma mutação pode ler:
- quer comprar bitcoins?
e tem camuflagem química, então é provável que não seja perfeita também...
enfim...
essa coisa de tudo homogêneo me lembra um frase de um jogo, dark souls 2, não lembro exatamente como está ipsi litteris, mas era algo como:
'quando Nassandra chegou trouxe uma paz, uma paz que parecia as trevas'
Pior que têm lugar no sul que o povo fala alemão fluente.
E já houve tempo que foi proibido que povos indígenas, no próprio sul, falassem a própria língua nativa.
Ah, mas aí pode né!
É a língua do outro, do subalterno, do esfarrapado...
O brasil não dá pra ser levado a sério né!?
O que fazet com o "Data Sheet" de um equipamento, ao invez de manual de caracteristicas gerias? Traduzir literalmemte ou falar dessa forma pra outras peasoas só pra parecer uma pessoa inteligente da área de tecnologia para fazer parte de uma pequenina bolha que acha as outras pessoas são incapazes de saber o sgnificado muito simples desse tipo de documentação ?
Ensino este assunto com o nome de estrangeirismos para o ensino médio, os alunos se amarram, proponho criarem frases com um estrangeirismo e eles adoram! Os que mais aparecem são os de jogos e comidas.
Estrangeirismos mais conhecido mesmo como influência norte-americana. Quando se usa o termo "estrangeirismo" parece até que nesse momento somos influenciados por várias línguas ao mesmo tempo,e não,a gente está falando puramente do inglês.
Temos que pensar na imutabilidade da língua e mutabilidade da língua, portanto, palavras ou termos podem integral ou não só nosso cotidiano.
Ainda mete um BUGUEI 🤣🤣🤣🤣
Eu sempre lembro da pira que é coisa que tirou do francês até os estrangeirismo usados na França, como stoper ou parking, que viram arreter e (esqueci). Chega no nome de marcas, como o KFC que lá é PFK (Poulet fritte Kentucki).
Coisa, não, corretor, a pira que é o QUEBECOIS
falou tudo mulher
Bug do milênio foi um dos maiores flops do último século.
Não foi flope nenhum, foi o maior estelionato da história. Bill Gates sabia que não ia acontecer nada, mas o mundo inteiro trocou de computadores. O meu departamento no Ministério trocou 55 computadores inutilmente!
A língua não acaba, ela se reinventa. A língua portuguesa não vai acabar, ela vai se adaptar. E tá tudo certo. Não falamos o Português como há 500 anos atrás e nem como será daqui outros 500 anos.
Se temos palavras em português para designar certas coisas devemos usa-las a menos que limitem o sentido. Por exemplo, temos a palavra acompanhamento, então por que dizer follow up?
Eu acho que o que as pessoas não percebem é que essas palavras tem um sentido bem específico… e têm um caráter diferenciador importante.
“Deletar” tem um sentido completamente atrelado à tecnologia. Que eu sabia, ninguém fala… “Ah, escrevi errado… deixa eu passar a borracha pra deletar isso aqui”.
“Burnout” é um conceito novo - caracteriza uma síndrome e também tem um caráter mais específico que “piripaque”.
Eu posso ter um piripaque porque tá muito quente na rua… mas não um “burnout”. Isso envolve a medicina, psicologia do trabalho, etc.
Um americano não vai entender o português fluentemente só por causa de uns estrangeirismos… besteira isso! 😂