Eu concordo em partes com você eu só não concordo Quando você diz que há um conflito entre pai e mãe e o gay eu acho que não há conflito nenhum estamos no século 21 e nós não somos obrigado a falar para ninguém se a gente é ou se não é ninguém tem obrigação de falar para o pai ou para mãe ou para qualquer quem seja eu fui assim e me assumi para toda a família Aos 45 anos de idade mas nunca falei para ninguém depois que os meus pais faleceram aí sim eu me assumi para todo mundo e convivi muito bem com eles enquanto vivos nem tudo a gente se fala❤😂
Mulçumanos dizem matar os gays por serem pescadores, agora estamos recebendo os refugiados da faixa de Gaza ,sim os palestinos! Seita fanática,aqui no Brasil se eles crescer vão matar muitos esquerdistas,e ainda os otários apoiam por não saberem disso!ua-cam.com/video/P0X4GIuaZSU/v-deo.htmlfeature=shared
O Conselho que eu tenho pra dar, estudem, se profissionalizem, tenham um trabalho que dê pra você viver em paz e viva sua vida, se valorizem e não fiquem se humilhando pra ninguém!
Assim não descobrimos quem é os desgraçados. Porém devo concordar com você considerando que acaba que não sabemos o que irá acontecer a partir da hora que se assumir.
Eu "virei gay" só com 31 anos, até essa idade nunca tinha saido com homens mesmo sabendo que curtia. Aí me apaixonei por um cara mais novo e quando terminamos eu fiquei *bem* triste, e ninguém entendia o porquê da tristeza. Foi aí que me assumi e descobri um lado horrível de parte da minha familia (a outra parte aceitou super bem, até minha avó com 103 anos de idade conheceu e adorou meu segundo namorado). Minha mãe é que foi o maior problema durante mais de 10 anos. Era homofóbica ao extremo. Hoje em dia ela vai ao shopping Frei Caneca e me liga de lá falando pra eu ir também pq tem caras bonitos e eu preciso arranjar um namorado 😂😂😂
Bela foto, gostei! Sua mãe parece com a minha... Meu ex-namorado morreu e ela ignorou o fato totalmente. Atualmente ela voltou a estudar, no curso técnico ela tem um melhor amigo gay. Quanto a minha sexualidade ela ignora faz uns 10 anos.
A primeira pessoa da família que abordou o assunto comigo foi meu irmão MAIS NOVO. Ele devia ter uns 19 anos e eu uns 22: estávamos sós na mesa da cozinha tomando o café da manhã. Um dia de sol muito bonito. Do nada, ele: - "Posso te perguntar uma coisa?" - "Claro!", disse eu. - "Eu sempre escutei umas conversas sobre você... Voce é gay?" Fiquei paralisado por alguns instantes, que foram o suficiente pra eu analisar em pensamento: "Esse moço está sendo corajoso como NINGUÉM da familia foi! Todo ato de coragem merece A VERDADE!" e respondi pra ele: - "Não sei exatamente que histórias anda ouvindo de mim, mas respondo sua pergunta direta também de forma direta. Sim. Sou gay!" Ele baixou os olhos pequenos de índio um tantinho, meio triste, olhando pro nada, mas logo levantou-os de novo e fez outra pergunta: - "Mas você não se veste de mulher não, né?" Soltei uma gargalhada das boas e disse: - "Claro que não!" Ele soltou os ombros como quem pensa: "Ufa!" De fato, nunca senri desejos de usar nada de mulheres, pois gosto tanto da imagem de homem que quero ver um no meu espelho quando olho pra ele. Após aquele dia, nunca mais tocamos no assunto. Anos depois nosso pai, por conta de futrica do meu outro irmão, homofóbico até hoje, me colocou pra fora de casa estando eu desempregado. Adivinhem quem saiu de casa junto comigo, pra me apoiar? Exato! O irmão mais novo que tinha sido corajoso comigo e fez a pergunta que muitos familiares não fazem. Os doze meses que moramos juntos foi uma festa!! Ele é muito divertido, bem humorado e tal. Veio um primo morar com a gente também e a festa aumentou. Nunca levei ninguém na nossa casa. E acho que ele também não. Curiosamente, assim que me reempreguei, fomos chamados de volta pra casa. Eu não queria. Disse pra ele que empregado também, nós poderíamos mudar pra longe. Eu realmente não queria lidar com meu pai e com meu outro irmão homofóbico de novo. Sabem o que ele me disse que me convenceu? - "Você não acha que deveríamos voltar PELA NOSSA MÃE?" Putz!!! Na hora concordei! Que maturidade de um moco mais jovem que eu e eu sendo o mais velho. Posso abandonar este irmão mesmo ele tendo virado um bolsonarista de carteirinha? NÃÃÃO! Não posso!!! Nem quero!!! Se ele precisar de mim, engulo o bolsonrismo dele e o acolherei com toda a força do meu coração. Anos depois, antes de falecer, minha mãe, sem uma palavra, tentou "amaziar"-me com o sobrinho de uma vizinha dela de outro bairro. Dizia coisas assim: - "Fulano é tão educado. Chama ele pra passar o final de semana aqui com a gente." Detalhe: eu já morava sozinho, independente, numa kitinet no fundo do quintal, super graciosa, com meu telefone fixo independente (na epoca não havia celulares, viu, geracao Z?). Ou seja, onde o fulano ia dormir, se na casa da frente já tinham meus pais, meus irmãos com suas esposas? Entendi a postura da minha mãe como um: - "Eu te aceito como é e quero pessoas boas perto de você." Antes dela falecer, meu outro irmão homofóbico, não lembro por que motivo, puxou uma faca pra mim, totalmente descontrolado. Correu atrás de mim no quintal e eu rapidamente entri na minha kitnet e CHAMEI A POLICIA pelo meu exclusivo telefone fixo, minha mairlor riqueza na época. Rsrsrsrsrs Mas aí meu irmão mais novo entra em ação novamente e despacha os policiais (que, creiam, FORAM MESMO atender meu chamado!). Depois daquilo nem meu pai nem meu irmão homofóbico tiraram mais farinha comigo, pois sabiam que eu IA me defender. Poucos meses depois minha mãe partiu. Eu tinha prova de vestibular três dias após o funeral. Meus irmãos com suas esposas e meu pai viajaram e fiquei sozinho em casa. Fui fazer as provas com DETERMINAÇÃO pra passar, pela minha mãe, e assim foi. Passei! Minha mãe não me viu entrar na faculdade. Mas meu pai e irmãos, viram. O homofóbico morrendo de inveja e o meu irmão herói, morrendo de orgulho. Meu pai, não sei... Os anos foram passando e recentemente resolvi falar sobre mim pro meu pai já idoso, mesmo ele não perguntando nada. Terei sido vingativo? Acho que não... nestes últimos anos nós nos reaproximamos de uma tal forma que nem entendo direito o que aconteceu. Então, um dia, mandei pro zap dele um vídeo mostrando pais orgulhosos de seus filhos gays. Ele me deu apenas UMA resposta, que considerei muito positiva: - "Hoje vocês estão empoderados. No passado, não." E nunca mais ele tocou no assunto. Hoje moro só, após um telacionamento de 17 anos e me sinto mais feliz agora do que em todo este passado, embora tenha tido muitas alegrias. Minha versão 5.4 atual é a minha melhor!!! De windows 3.11 passei pra windows 11! Abreijos!!! The end
Uau! Fui imaginando tudo enquanto lia e senti um mix de emoções como tristeza, surpresa e alegria. É muito difícil lermos histórias assim e nunca ter a parte triste, né? 😢 Mas fico feliz por você. Mas vem cá, e o cara educado era bonito? Ele dormiu mesmo na sua kitnet? 😏
@@chronos5457 KKKKKKK! Pois é... deixei esta parte da crônica em suspenso de propósito, pra gerar a curiosidade. Rsrsrsrsrs... Conto... Não conto... Conto... Não Conto... CONTO! Simmmm! Dormiu na minha kitknet graciosa. Rolou tudo o que tinha que rolar!
Parabéns pela coragem e humildade em ouvir o irmão mais novo e ter voltado para casa. Esse irmão merece ser muito amado mesmo sendo bolsonarista. Sou mãe e imagino a felicidade dela. Deus te abençoe!🙏💌
Tenho 61 anos, sofri horrores não somente por causa da sexualidade...chantagens emocionais principalmente cda mãe, massacre da igreja católica etc...Só me assumi aos 50 anos e posso dizer que TODOS os aspectos da minha vida melhoraram demais depois que deixei de esconder.
Eu me assumi com uns 22 anos. Morava com minha mãe e ela rejeitou completamente. Não queria falar do assunto, tentava esconder da minha irmã, tentou fazer meu pai intervir (meu pai que sempre foi o mais compreensivo), quis me levar em todas as igrejas que a cidade tinha. Até o dia que eu dei um basta e disse pra ela que se ela quisesse ter um relacionamento comigo teria que conviver com o filho gay. Foi o momento que eu percebi que não precisava que ninguém aceitasse ou aprovasse mas sim me respeitasse. Hoje em dia temos uma convivência muito melhor e ela trata meu namorado mais como filho do que eu 😅
Contei pra minha mãe há 18 anos (hoje tenho 36). Foi assistindo Faustão, tava na época daquela novela América, tinha o personagem do Gagliasso e tavam fazendo depoimento de histórias de gays, aí uma mãe de um gay começou a falar: Eu tive tantos filhos, o mais novo era mais quietinho, muito apegado a mim, não namorava. Praticamente me descreveu, minha mãe olhou pra mim e eu comecei a chorar, ela me reconheceu naquela descrição. Foi de boa, a gente passou por um tempo de adaptação, mas ela sempre me acolheu. Com meu pai foi com 27, foi turbulento, traumático, tivemos discussões terríveis e saí de casa. Ficamos 5 anos sem nos falar, até nos reaproximamos em meados de 2019, eu achava que a gente nunca mais ia voltar a se falar, mas a vida surpreende. E por ironia do destino, no começo do ano voltei pra casa dos meus pais pra ficar por um tempo, e tá tudo certo. Não dá pra gente prever tudo que acontece, nem sempre a vida é do jeito que a gente espera, mas não desista de ser você mesmo.
acho que o tempo deu ao seu pai a maturidade pra lidar com isso kkkkk lindo relato, aproveita que o seu pai tá vivo, o meu morreu antes que soubesse da minha sexualidade
fiz 18 anos faz poucos dias e meus pais sempre pegavam meu celular escondido e exigiam explicações de mim do que viram lá. Eu já me assumi diversas vezes mas parece que minha mãe finge que não sabe até hoje, e o meu pai também não fala sobre, apesar de ser mais mente aberta. Tenho um primo gay e uma prima lésbica e minha mãe nunca fala sobre o relacionamento deles e sempre os elogia pros outros em relação à profissão. Antes os meus pais ficavam fazendo brincadeirinhas em relação a namorada (meu pai até ja insinuou que eu poderia namorar minha PRIMA), e agora que me assumi eles nunca fizeram esse tipo de brincadeira envolvendo meninos. Minha conclusão é de que eles me aceitaram mas não estão prontos pra lidar com isso.
Eu tenho 26 e até hoje minha mãe olha meu celular. Se eu coloco uma senha ela fala: O que você faz de errado nesse celular que eu não posso saber?. Eu já sou acostumado e nem ligo mais k
Então BB ... Comigo foi um pouco parecido. Precisei fazer todo um show para contar para minha mãe. No começo ela lidava assim: "eu sei que você sabe que eu sei, mas não tô pronta pra lidar com isso mais abertamente agora". Depois de um tempo ela mesma foi dando mais abertura, mas entendo que ela é uma pessoa excepcional e que muitos pais não são assim. Desejo sorte e que seus pais aprendam a lidar melhor com a situação. Caso contrário, siga sua vida. Como o André falou no vídeo, você é mais que só seus pais querem o que você seja.
Deus me livre essa observação toda. Acho que eles não fazem por ter respeito a minha individualidade e porque eu mesmo não aceitaria isso. Sobre minha sexualidade. Eu contei pra eles e tals. Meu pai não fala sobre isso. Minha mãe também não, mas ela já é mais acostumada em ter pessoas gays ao redor dela. Eles não fingem
Concluiu errado. Eles não o respeitam ainda. A tal "aceitação" se resume ao respeito. Estas formas e subterfúgios que eles usam para lidar com a sua sexualidade são venenosas para eles mesmos e para você .
Essa eu tenho voz. Mais de dez anos depois de assumido e o meu pai ainda me manda videos adultos heteros, so parou depois de eu apresentar um namorado e ainda assim, achava que a sexualidade era so uma forma de eu chamar atencão.
Já dei meu relacionamento com meus pais como falido. Tem N questões que só são um problema porque dentro de casa não posso ser Eu. Não tenho pais amigos e eles nao terão um filho próximo, apenas alguém que criaram
Vídeo importantíssimo. Saí do armário há 4anos e até hj não é um assunto que é tocado por minha família. O silêncio é um lugar de invisibilidade que vai nos debilitando, mesmo assumidos. A gente precisa se amar como homens gays e que não estamos sozinhos e que podemos ser felizes plenamente em nossas relações construídas com base no respeito. 💖🏳️🌈
Vivi um vida "pseudohetero" até os 33 anos. saí de casa cedo e ganhei mundo. me apaixonei por mulheres e homens até casar com uma mulhar. tive dois filhos lindos, um casal que hoje são adultos. por ter saído cedo de casa, nunca senti necessidade de falar sobre minha sexualidade com meus pais. Tentei, ao máximo, ser fiel no casamento e conseguii até certo ponto. A paternidade tornou-se meu foco principal. Ao separar, senti que pra me amar e me aceitar, precisava ter junto de mim os que me amavam, mas para isso eles deveriam me entender e amar como sou. Meus filhos, na época com 11 e 13 anos, foram os primeiros a saberem. Me abraçaram, choramos juntos, e hoje, apesar de heteros, os dois, adoram sair nas baladas comigo. Meu filho adora os pancadões e dj das paradas lgbt. Minha filha ta se formando em medicina e quer tratar da saúde de homens e mulheres trans. Depois disso, o que menos importa é se meus pais e irmãos sabem ou fingem saber. A opinião deles, nada vai interferir na minha vida, hoje. Meu filho vive combatendo a misiginia e homofobia de alguns tios bolsonaristas. dando lições e mostarndo exemplos. Confesso que me afastei de alguns familiares tóxicos e isso foi construtivo. No mais, sigo solteiro e feliz me divertindo com meus filhos.
Eu fui arrancado do armário tinha 17 anos, mas já trabalhava e estudava, tinha minha independência, e namorava um cara 15 anos mais velho que eu, e foi que me deu suporte no momento que fui expulso da casa dos meus pais as 3h da madrugada, essa cena vai ficar pra sempre na memória, hoje tenho 44 anos, tenho uma vida estável, solteiro, tenho minha casa, passei por várias fases boas e ruins que valeram. Espero que o seu seguidor se encontre e deixe o sofrimento tô de lado pra abraçar a felicidade e o alívio de não ter que esconder, no início será difícil, mas ele vai conseguir.
Eu contei para minha mãe qd eu tinha 24 anos. Tudo foi muito no susto. Eu estava passando por um término de namoro complicado com meu primeiro namorado. Ele era muito ciumento. Eu estava voltando para casa às 3 horas da manhã depois de voltar da delegacia após um B.O. de término de namoro. Ninguém morreu. Ninguém se feriu mas rolou uma treta entre meu ex-namorado e um amigo meu. Resultado chego em casa fragilizado e destruído por dentro e minha mãe começa a me encher de perguntas. Por que eu andava tão estranho ultimamente? Por que não conversava mais com ela? Daí quando ela me perguntou se eu estava usando drogas eu simplesmente vomitei a verdade. Falei que não. Que na verdade estava enfrentando um término de namoro difícil e que a pessoa era um cara. A reação dela foi de surpresa mas relativamente boa. Ela não me bateu nem me xingou nem rejeitou. Então me considero um gay sortudo, com certeza. Ela simplesmente conversou comigo. Só que depois desse dia veio o silêncio. Como se eu nunca tivesse contado nada. Ou como se o assunto tivesse virado um tabu. Pouco tempo depois eu saí de casa. E o silênciou durou por anos. Um elefante branco no meio da relação. Foi com muito esforço que eu comecei a trazer isso à tona e forçar ela a se relacionar com essa minha identidade que ela até então não conhecia. Eu lembro que eu avisei para ela que ia levar meu namorado para minha cidade natal. E perguntei se poderíamos ficar na casa dela. Ela respondeu que eu poderia trazer o meu amigo. Aquilo doeu mas eu respondi. Ele não é meu amigo. Ele é meu namorado. Então eu considero que sair do armário não exige apenas muita coragem mas acima de tudo perseverança e paciência em mostrar para quem você ama quem você realmente é, se reafirmando não só uma mas várias vezes, a cada dia e a cada momento. Hoje aos 43 anos minha relação com minha mãe cresceu muito. Somos amigos e sinto que tenho total liberdade para compartilhar com ela sobre minha vida amorosa. Quem olha fala que eu tive sorte. E realmente eu sei que tive. Eu poderia ter vivido um cenário terrível mas a minha relação com ela hoje também envolve muito trabalho e esforço contínuo. Com isso eu aprendi algo que me marcou e me transformou pro resto da minha vida. Que o amor não é um sentimento que brota, mas uma construção que se cria.
Puxa vida! Que história impressionante! Mas me deu medo essa questão do tempo e da reação. Acho que nunca me assumirei, pois além de medo, tenho vergonha e auto-ódio. Falei pela "primeira" vez para a psicóloga e saí de lá me sentindo mal, me sentindo exposto já que nunca tive ninguém para conversar sobre isso e nem confiança em casa 😔
@@chronos5457 eu acho que todo mundo se sente assim no começo, como se tivesse feito algo errado e quando alguém toca no assunto vc tenta ignorar, até uma hora que não dá mais.... tô nessa situação
Me assumi pra algumas pessoas da minha família ano passado (minha mãe, duas tias e minha irmã) minha tia chorou, minha mãe ficou louca, minha irmã super me apoiou. Mas depois desse dia ninguém mais tocou no assunto.
Esse é um ponto. Sou gay assumido pra parte da minha família. Minha mãe, que tá com uma doença terminal, me aceita, mas não toca nesse assunto por nada. Isso sempre me deixa com aquela pulga atrás da orelha; será que ela realmente me aceita? Pela situação atual dela, isso não merece e nem precisa ser confrontado. Mas, depois que me assumi, ela nunca mais tocou no assunto.
@@lucassousa8589 Eu tenho tenho 26 e nunca apareci com uma garota durante toda a vida, nem amizade com mulher nunca tive, mas minha família achava que eu não arrumava namorada por causa dos meus problemas com depressão e ansiedade. Aparentemente por algum motivo desconhecido as meninas na escola me odiavam, logo eu também não gostava delas, todos os meus amigos eram meninos, sinto muita saudade deles. A maioria de nós cresce com aqueles comentários dos familiares já tá grande né, cadê a sua namorada? Acho que me perguntavam isso pq me comparavam com meus primos que eram bem precoces. Com 14 anos tinha um que já namorava.
Meu pai faleceu há 1 ano sem saber de fato quem eu sou. Sabia da sexualidade, chegamos a discutir várias vezes sobre, mas ele era mal resolvido com isso e eu, que em teoria talvez pudesse arrastar correntes por conta disso, simplesmente entendi que a limitação era dele, não minha. Acredite: se para você e sua mãe o assunto é espinhoso, em respeito à situação, encare o silêncio como um sinal dela de que registrou a informação mas não deseja falar sobre o assunto - e se libere. Às vezes a gente só precisa de leveza para se mostrar de fato leve sobre alguma coisa.
Caramba, que tema difícil. Risos. Penso limitar-me em dizer o que vivi: nasci numa família ultracatólica de portugueses (alguns descendentes e outros de Portugal mesmo, como meu avô paterno e os pais da minha mãe) e tal fato atrapalhou muito em razão do tradicionalismo religioso. Minha sorte era o bom humor de meu avô paterno que, até mesmo pela idade (97 anos), já havia visto de tudo, inclusive na própria família. Até na hora de pedir segredo ele conseguia ser engraçado: "guardarei teu segredo sim. Prometo levar para o túmulo - talvez até amanhã mesmo" (risos). Faleceu alguns dias após ter-lhe contado sobre a homossexualidade e o próprio, entre um cigarro e outro, disse, para além de muitas outras coisas: "não fales nada ao teu pai. Esse é um parvo completo. Se tiveres de dizer a alguém, que seja a tua mãe". Foi o que fiz: tempos depois de conhecer o primeiro rapaz da minha vida, contei a ela, que só chorava e dizia: "não diga nada ao seu pai". Infelizmente o papai era, de fato, ignorante: tinha uma irmã lésbica que, por até hoje ainda ser uma pessoa má e sem caráter, associava tal fato à homossexualidade da irmã. Em síntese, para o papai, pessoas homoafetivas tinham caráter duvidoso ou eram más... porque a irmã dele era assim. Ponto. Reflexão nunca foi o pronto forte de meu pai, que nunca soube ou desconfiou de nada, exceto no dia em que me perguntou: "você não namora, e jeito de bic*ha você não tem. Ou será que estou enganado?". A ele neguei ser homoafetivo porque o conhecia ao ponto de saber que provavelmente apanharia. O papai faleceu em 2018 sem saber ou novamente perguntar, mas, segundo minha mãe, ele realmente nunca acreditou naquilo que chegou a chamar como "remota possibilidade". A mamãe, de início, apenas fingia não saber. De uns dez anos para cá - ou, para ser mais preciso, treze anos - depois de eu ter ficado viúvo, aí sim ela me amparou e abraçou com força. Hoje posso dizer a ela sobre o assunto com toda honestidade, e até conto com sua participação. Chegou a surpreender-me certa vez quando disse que eu estava "chato demais" e precisava definir minha vida, inclusive "arrumando um namorado", risos. Até quando ela vê algum homem na TV ao meu lado, diz: "olha só como é bonito, Renato". Só lamento que, pelo gosto dela, talvez seja um pouco difícil encontrar um homem: para ela, que está com 68 anos, "o homem só fica charmoso entre os 65 e 70 anos" ou mais. E atualmente quem sabe e sempre finge não saber são apenas meus irmãos, embora já tenha puxado papo com eles nesse sentido. Percebo que eles não se sentem confortáveis e, por isso, respeito-os: um tem 36 e a outra 34, já casados e com filhos. O mais velho teria hoje 45, mas isso é tema pra um outro debate. Só que hoje essas omissões pouco importam: tenho 41 anos, vivo sozinho, sou independente (em todos os sentidos) e não tenho de pedir licença a ninguém. É o quanto me basta. Aliás, se pudesse aconselhar qualquer pessoa (gay ou não) com problemas familiares, diria: busquem sua independência, sobretudo financeira, mesmo que seja aos poucos. Não é uma conquista fácil - aliás, nada fácil - mas é um passo importante. No mais, ao longo da vida, muitos amigos se tornam verdadeiros irmãos, e é isso que importa: a família que nós mesmos criamos.
Obrigado por mais uma partilha, renato, vou comentar aqui e depois comentar no próprio vídeo minha experiência: Tenho 24 anos, desde jovem (após o divórcio dos meus pais aos 11 anos), eu trabalho, ganhava 1/3 do salário mínimo na época, o problema é que esse salário nunca aumentou, rs, mas como eu conseguia fazer todo o trabalho do mês em 2 dias, continuei nele por exatos 9 anos. Minha família direta, pai e mãe, nunca foram de ir em igrejas, nem tínhamos uma vida religiosa ativa, meu pai, sempre me corrigia, apontava que não poderia agir de tal forma por ser coisa de menina, isso aos poucos me podou, e acabei que hoje sou frequentemente confundido como hétero e bolsonarista, Deus me livre, rsrs. Então eu sempre soube que não poderia expressar minha sexualidade, minha mãe após o divórcio se encontrou no seio evangélico, o qual eu também fui obrigado a participar por longos 5 anos. Embora eu tenha falhado em minha missão de esconder minha sexualidade, tendo sido flagrado com um amiguinho pela minha avó, e depois minha mãe que noutra ocasião violou minha privacidade e leu minhas conversas no skype com um cara mais velho, o que resultou nesses dois incidentes o início de um verdadeiro inferno. Eu tive meu notebook apreendido, que aliás foi comprado com meu dinheiro, (além da internet que eu próprio pagava em casa), passei 7 meses em um cárcere semiaberto, onde o único local para onde poderia ir era a igreja, escola e casa. QUASE me colocaram em um daqueles hospícios a céu aberto, de terapia de conversão gay. Graças a Deus me posicionei fortemente contra isso. Essa situação perdurou até que eu finalmente explodi e exigi minha liberdade e coisas de volta, oq foi atendido, então parei de frequentar a igreja, que muito me angustiava, mas só fui me aceitar plenamente como gay e desistir de namorar com mulheres, aos 19 anos, após um término muito conturbado com minha ex-namorada, recordo até hoje do dia, estava vendo 4th july man, na netflix, aquele filme foi um banho de água fria, e assim como o protagonista, decidi ser sincero comigo mesmo e buscar minha felicidade, entretanto, minha família toda ficava naquele lenga lenga de sabe mas finge que não sabe e eu finjo que ninguém sabe. Isso até que esse ano, sentado à mesa com minha mãe, ela me surpreendeu ao aceitar a mim e minha sexualidade, chorando numa conversa que ela iniciou por conta própria, falando que me amava e que tinha muito medo por o mundo ser um lugar muito ruim. Hoje trabalho em 2 empregos e estou buscando minha independência financeira, para, muito em breve espero, poder viver com meu noivo.
No meu caso eu esperei até uns 23 anos pra contar, e foi a melhor decisão. Na minha adolescência a minha própria percepção da minha sexualidade e como eu lidava com ela era difícil, e eu sentia que não havia abertura do meu núcleo familiar para isso, com o passar do tempo amadureci, criei uma autoestima maior, aprendi lidar com meus sentimentos melhor e em paralelo percebi que minha mãe mudou também e quando contei deu tudo certo. Meu conselho é resolva as coisas consigo mesmo e observe os sinais da sua família, não se coloque em risco financeiro nem físico e aproveite a sua sexualidade com plenitude.
Saí do armário com 14, meio que por acidente. Fui à 9ª Parada Gay e quando cheguei em casa, tinha umas penas de paetê coladas na roupa. Me perguntaram o que era e eu tentei desviar o assunto mas... não deu. Foi um chororô todo mas foi um enorme alívio, pois não tive mais que me esconder. A aceitação foi tranquila, porque provavelmente o fato de ser o filho mais novo, único masculino e sem o pai, minha mãe foi bem sossegada. Teve um período, claro, de "reconhecimento" após a informação, alguns estranhamentos mas hoje vejo que é muito mais porque estava "descobrindo o mundo" que por ser gay. Jurava que ia ser um absurdo na época, mas não foi. Sondem o terreno e não esqueçam de tirar os paetês da roupa, rs.
Parte da ansiedade que estou sentindo nos últimos meses tem haver com isso. Cabeça a mil, psicológico abalado e olha que estou bem com minha orientação e relacionamento. A pressão que estou me dando para sair de casa está sendo complicada de administrar.
Muito triste isso. Eu vivi essa problemática (dos meus pais fingirem que não sabem o motivo do filho nunca ter tido uma namoradinha rss) e quando me assumi (apenas para minha mãe) passei a viver outra problemática: ela ignora o fato de eu ser gay, não fala sobre isso e o pior, finge que meu namorado (com quem estou a DEZ f#cking anos) não existe. Ela NUNCA pergunta como ele está, se tá bem , se tá vivo... Já pelo namorado da minha irmã (um pouco mais nova q eu) ela pergunta tudo, ela se preocupa, ela trata como qualquer sogra deveria tratar genro. Depois a gente se afasta, a gente é que é ruim.
@@drac124 infelizmente uma sociedade opressora costuma produzir destinos parecidos à seus oprimidos. Enquanto aos dez anos aí já coincidência mesmo, até porque arredondei um pouco rss
Ai ai Marcel, nessa tu me pegou de jeito! (Obrigado??). Só agora que tive coragem de finalizar o vídeo. Parece que foi um recado direto pra mim, e lendo os comentários deu pra ver que não sou o único me sentindo perdido e ansioso com essa questão. Muito do que você disse já estava rondando minha cabeça e minhas sessões de terapia ultimamente. Ainda mais com o Natal se aproximando e os encontros familiares inevitáveis sendo marcados. Enfim, o aconselhado fui eu, mas não posso deixar de dividir um conselho que um professor de literatura me deu no auge desse rompimento que você citou. Ele disse, não diretamente para mim, mas para um auditório, pausadamente e fitando quais dali precisavam ouvir: "Bicha burra, é bicha morta!!" Repetiu três vezes. O tom de voz forte e rouco ecoa em mim até hoje. Não lembro direito qual era o contexto, mas guardo como o primeiro conselho que recebi de uma cacura. A primeira vez que senti o peso da vivência de alguém que viveu como eu almejava viver, fabulosamente livre. Então sempre que me encontro nas encruzilhadas da vida me pergunto se estou sendo burra. Uma bicha burra. Em vários sentidos. Estudei para não ser burra. Me formei para não ser burra. Me empreguei para não ser burra. Me politizei para não ser burra. Li sobre manutenção de geladeiras, para não passar de burra. Essencialmente, para me defender do mundo, não posso ser uma burra. Só que é muito fácil cair na prepotência, e quando a gente se percebe arrogante a merda já tá feita. E só depois de muita cara quebrada e coração partido eu entendi, de verdade, o que Bartô tentou me ensinar anos atrás. A virtude não está em não ser burra, mas em reconhecer que há MUITO esforço para fazer valer nossa existência, como indivíduo homossexual e como comunidade. Só assim somos essencialmente livres. Obrigado, de verdade Marcel. Fazia tempo que não me sentia burra.
Meus pais já sabiam antes de mim, pois quando era criança foram incontáveis as vezes que fui pego em brincadeiras libidinosas com outros meninos, nunca com meninas. Meu pai faleceu a 6 anos e minha mãe é fanaticamente evangélica (nível manicômio), ao ponto de carregar a cruz de um familiar. Portanto evito falar sobre, pois seria um sofrimento pra ela que já dorme a base de remédios. Se eu contar ela vai dizer que não orou suficiente, se auto castigar e me fazer terrorismo religioso pra frequentar a igreja em busca de um milagre. Sou independente, não moramos na mesma cidade e sinceramente, não sinto a menor necessidade de falar sobre.
Nunca houve uma conversa diretamente sobre isso. Meus pais sempre souberam, mas a confirmação veio quando uma vez saí, esqueci as chaves, voltei para buscar e peguei a minha mãe sentada na cama lendo cartas de amor do meu primeiro namorado. Eu tinha uma caixa com vários objetos, ela encontrou e resolveu mexer. Muito centrado, apenas disse que ela colocasse como havia encontrado, após terminar. Claro que depois houve um processo, mas me poupou um tanto de elaboração sobre como eu contaria um dia.
Saí do armário aos 21 anos morando na casa dos meus pais. No começo foi bem complicado. Minha mãe "aceitou" e meu pai foi mais difícil de aceitar. Um ano depois comecei a namorar, levei ele pra casa e foi SUPER aceito, meus pais amam ele ate hoje pós término. Tratam a minha sexualidade com naturalidade. A família extendida toda também aceitou numa boa. Teve uma coisa que não foi comentada no vídeo mas que vale a pena falar: quando a gente sai do armário para os pais, a gente também tem que dar o tempo para eles saírem do armário sobre a gente. Lembro no começo do namoro que a gente saiu todo mundo junto e o namorado foi apresentado como "amigo". Essas coisas são bem chatas, mas temos que entender que, assim como a gente teve o nosso processo de auto-aceitacao pra contar, os pais também precisam desse tempo.
Posso afirmar que nesse âmbito eu tive muita sorte. Meus pais e minha família me acolheram ao me assumir gay, não sofri nenhum tipo de preconceito (não abertamente que eu saiba rs). Porém, lembro que minha mãe demorou mais tempo que meu pai para digerir toda a situação. Hoje em dia quando saímos juntos, é ela que me mostra os rapazes na rua haha.
Nossa até parece que fui eu que mandei a mensagem , a mesma coisa aconteceu comigo , já me assumi e contei para meus pais e já trouxe meu primeiro namorado em casa ,mas depois disso parece que isso nunca aconteceu. Hoje moro somente com minha mãe depois da separação deles e sou eu que sustento totalmente minha casa hoje ,mas mesmo assim não posso trazer nenhum cara que conheça em casa nem amigos na verdade e sinto que minha vida também não sai disso nunca mais consegui ter um relacionamento saudável etc, fico pensando em realmente em ter que sair de casa para poder viver mais livre e tirar a sensação de estar pisando em ovos ,ou fazendo algo errado pois se tento retomar o assunto sou repreendido pela minha mãe , ao contrario do meu pai que é mais aberto, ai vou lutando com minha ansiedade ,baixa alto estima e rompantes de raiva cada vez mais constantes.
Espantado com vários relatos que li nos comentários. A vida é dura e as famílias são difíceis. Mas não desistam de ser honestos e verdadeiros, inicialmente com vocês mesmos. Eu também passei por dificuldades com pai, mãe, um dos meus irmãos, uma cunhada, sogra, mas não desisti jamais de ser quem eu sou. Sou casado, relacionamento de 18 anos, todos na minha família e na de meu companheiro se respeitam (mesmo que alguns não concordem). Estudem, trabalhem, tenham seu lar, imponham respeito... Vai dar tudo certo. Sejam um exemplo
Aqui e um canal de Terapia para nós GAYS. Eu faço acompanhamento em psicoterapia, mas aqui e uma verdadeira terapia e um grande apoio para nossa saúde mental que é tão afetada por tudo que passamos!! Você não é psicólogo, mas se fosse eu queria muito me consultar com você! Seria um excelentíssimo Psicólogo!! 😘🏳️🌈
Eu tenho 24 anos, me descobri gay há pouco tempo, visto que sempre tentava silenciar essa possibilidade, e tem pouco tempo que saio com caras. Sei que sou "heteronormativo" não porque me forço, mas de fato sou assim e me sinto bem. Esse ano me formo na facul e estou decidido a me assumir no ano que vem. Quero muito viver um relacionamento massa com um cara que eu goste, e pra isso quero estar pronto pra me entregar totalmente.
querido pega esse cara que vc amam e se muda para inglaterra onde vcs poderam ter paz e seu espaço igual a todos ! meu primo saiu do armario de forma espetacular la !
Estava a precisar de ouvir isto e não sabia!! O meu caso é ligeiramente diferente mas me identifiquei com tudo. Eu contei, recentemente, aos meus pais que sou gay e a reação deles foi quase inexistente e agora todos fingimos que não sabemos, que o assunto não existe. Tenho colocado o assunto debaixo do tapete, mas claramente é algo pouco saudável. Vou adotar o conselho e tentar mudar o tom que todos colocamos em torno desse tema. Obrigado pela reflexão!!
Não fui rejeitado ao me assumir para meus pais, mas senti que eles precisaram digerir bem a história. De quando em quando eu procurava tocar no assunto, mesmo que indiretamente, porque apesar da aceitação, sentia que parecia um tabu falar sobre isso. Mas, posteriormente, até recebi namorados em casa. Esse vídeo me fez chorar por vários motivos: pelo medo que senti na época, pelo orgulho de ter tido coragem, pelos alívios (por ser aceito e por hoje estar ok) e, principalmente, chorei por aquele gatilho de ter "agradar aos outros" e "precisar da validação", contra os quais eu ainda luto. Marcel, muito obrigado por você existir e por conversar tão profundamente com nossas almas.
Tenho 24 anos, desde jovem (após o divórcio dos meus pais aos 11 anos), eu trabalho, ganhava 1/3 do salário mínimo na época, o problema é que esse salário nunca aumentou, rs, mas como eu conseguia fazer todo o trabalho do mês em 2 dias, continuei nele por exatos 9 anos. Minha família direta, pai e mãe, nunca foram de ir em igrejas, nem tínhamos uma vida religiosa ativa, meu pai, sempre me corrigia, apontava que não poderia agir de tal forma por ser coisa de menina, isso aos poucos me podou, e acabei que hoje sou frequentemente confundido como hétero e bolsonarista, Deus me livre, rsrs. Então eu sempre soube que não poderia expressar minha sexualidade, minha mãe após o divórcio se encontrou no seio evangélico, o qual eu também fui obrigado a participar por longos 5 anos. Embora eu tenha falhado em minha missão de esconder minha sexualidade, tendo sido flagrado com um amiguinho pela minha avó, e depois minha mãe que noutra ocasião violou minha privacidade e leu minhas conversas no skype com um cara mais velho, o que resultou desses dois incidentes o início de um verdadeiro inferno. Eu tive meu notebook apreendido, que aliás foi comprado com meu dinheiro, (além da internet que eu próprio pagava em casa), passei 7 meses em um cárcere semiaberto, onde o único local para onde poderia ir era a igreja, escola e casa. QUASE me colocaram em um daqueles hospícios a céu aberto, de terapia de conversão gay. Graças a Deus me posicionei fortemente contra isso. Essa situação perdurou até que eu finalmente explodi e exigi minha liberdade e coisas de volta, oq foi atendido, então parei de frequentar a igreja, que muito me angustiava, mas só fui me aceitar plenamente como gay e desistir de namorar com mulheres, aos 19 anos, após um término muito conturbado com minha ex-namorada, recordo até hoje do dia, estava vendo 4th july man, na netflix, aquele filme foi um banho de água fria, e assim como o protagonista, decidi ser sincero comigo mesmo e buscar minha felicidade, entretanto, minha família toda ficava naquele lenga lenga de sabe mas finge que não sabe e eu finjo que ninguém sabe. Isso até que esse ano, sentado à mesa com minha mãe, ela me surpreendeu ao aceitar a mim e minha sexualidade, chorando numa conversa que ela iniciou por conta própria, falando que me amava e que tinha muito medo por o mundo ser um lugar muito ruim. Hoje trabalho em 2 empregos e estou buscando minha independência financeira, para, muito em breve espero, poder viver com meu noivo.
Eu acho essa situação tão difícil. Conheço dois homens gays cis com mais de 50 anos cujas mães (pais já morreram) ficam nessa: ninguém nunca falou, ninguém nunca pergunta, todos fazem vista grossa e está tudo bem.
Eu me assumi com 21/22 anos para os meus pais... ambos pastores... foi um inferno, e eles me trataram por quase 3 meses como se eu tivesse algum tipo de doença transmissivel... depois de alguns meses eles voltaram ao normal achando que era somente uma fase, mas eu fui firme e reforcei que eu era gay e gostava de homens e nao de mulheres rsrs. Eles pediram para eu não falar mais sobre esse assunto. Hoje em dia eles me tratam normal, mas sempre que veem algo relacionado ao mundo lgbt eles deboxam, fazem piadas e dão risadas criticando... eu não falo nada. É dificil, nem todos tem a dádiva de terem uma familia (pais) compreensivos, e que aceitem de boa. Eu sou assumido para a familia e amigos, e não tenho nenhuma vergonha, mas é muito dificil, a familia, seu porto seguro, onde voce deveria se sentir acolhido e protegido, você é julgado, maltratado e deboxado, como um qualquer... eu ja chorei muito, mas a gente aprende a ser firme e forte, a gente aprende que a vida não pega leve com ninguém, mas com foco e fé a gente vence as dificuldades, mesmo sozinho. Um conselho que eu dou para quem passa por isso; nunca sinta vergonha de você, seja voce quem for, pessoas vão falar coisas de você, você agradando elas ou não, e ter o mesmo sangue não te faz familia, te faz apenas parente, familia é quem verdadeiramente te ama, quem cuida de você e quando você precisa em um momento dificil está lá para te ajudar e te confortar, não para julgar e caçoar de você. Então mentanha-se firme, você não esta só:) Marcel, um grande beijo para você AMO seus videos, aprendo muito. Cada vez mais gay, cada vez mais nerd:)❤
Quando eu era adolescente meus pais descobiram e me mandaram para psicóloga. Fiquei naquele jogo do fingem que nao sabem, nao tocam bo assunto. Bem decepcionante o sentimento
Sempre fui gay, mas só falei/mostrei mais abertamente pra eles após os 18 anos, quando comecei a trabalhar, fazer facul.... Mostrar que eu tinha vários valores e que minha sexualidade não era a única coisa para eles notarem em mim
Marcel, eu estava em uma situação parecida, e vou falar de outro caminho que você não pensou no vídeo e que talvez seja o pior de todos. Você pensou em todas as opções em que você ao menos terá certeza. Seja seus pais te aceitarem ou não, você terá certeza do resultado. No meu caso, pro resto da minha vida, viverei na dúvida. Perdi ambos os pais e portanto nunca saberei o que aconteceria se eu contasse pra eles. Sabe o famoso ditado se arrependimento matasse? Pois é...
Tenho 48 anos e nunca contei para minha família, não tive coragem de falar para meus pais por medo da reação deles, infelizmente eles faleceram e eu não contei essa minha condição.
Quando eu me assumi, o meu pai falou que para ele levaria tempo até ele conseguir processar a informação e hoje até que ele está melhor, ainda tem sim algumas opiniões que são retrógadas, mas está melhorando, isso ocorre porque ele realmente via os filhos como uma extensão dos sonhos dele, mas chegou um momento que eu tive que falar para ele algo como: Nós não somos a extensão dos seus sonhos e enquanto você não entender isso, você sempre irá se frustrar com nossas decisões. É algo que leva tempo, mas com o tempo vai melhorando.
Ha tempos eu vivia assim todos sabem mas não falam hoje tenho 41 anos e a pessoa mais importante que é minha mãe me ama como eu sou e nossa relação é ainda melhor ela me confessou que sempre soube mas me deixou livre pra me descobrir ... Não dou importância para os outros eu só vivo minha vida porque só se vive uma vez... bjs Marcel amo esse canal ... sucesso...
Na boa, esse foi o melhor vídeo que já vi sobre o tema. A minha vida toda fui "o menino que queria agradar os pais". Culpa tb das minhas condições de saúde. Mas esse ano, aos 30, dei a volta por cima e fiz essa ruptura. Já tinha me assumido aos 18. Mas esse ano mergulhei de cabeça na comunidade. Considero q comecei a viver. Vcs já podem imaginar o choque, ne? "Vc não era assim... Vc mudou..." Mas a questão é q hoje sou feliz em todas as áreas da minha vida. Só fico triste pq sei: eles não querem fazer parte dessa felicidade :/
Eu me assumi com 16 anos hoje tenho 45 anos naquela época foi muito difícil a minha mãe aceitar Mas ela aceitou ,o meu padrasto não aceitou e lá em casa ficou um clima péssimo...passei mta humilhação naquela casa que era do meu padrasto apos essa revelação... isso deixou bem claro para mim que eu precisaria sair dali o mais rápido possível Por que começamos a ter muitas brigas. Na época eu estava terminando um curso de cabeleireiro conheci outro rapaz e fomos morar juntos foi a melhor coisa da minha vida sair daquela casa.. Fui viver a minha vida e nunca mais voltei graças a Deus , o infeliz do meu padrasto ja morreu e o filho homofobico dele que me infernizava na época vive uma vida péssima segunda ja me contaram , pode parecer maldoso mas me sinto vingado kkkkkk hoje vivo mto bem ,minha mae esta otima vive feliz pertinho de mim, gratidão a vida por tudo♡
Situação complicada! Nessa tenho lugar de fala rs ... Tenho 32 e por razões profissionais/financeiras (a vida dos millenials ne) ainda moro com meus pais ... Me assumi para minha mãe com 16 anos. Época difícil que estava apaixonado pelo meu melhor amigo hetero e enfrentava uma depressão pesada por reprimir isso. No momento, ela ficou chocada e soltou o clássico bordão "é só uma fase". Pois bem. Essa fase tem durado até hoje e evitamos o assunto vida amorosa a qualquer custo. Um complicador é que meu pai adota todos os preconceitos ja criados pela humanidade. Então ser gay aqui passa até mesmo a ser um risco e isso contribui pra que eu enterre as minhas vivências ainda mais. A unica solução que vejo é sair de casa ... Mas até que eu possa fazer isso, vou ter que ir barrigando essa situação.
Entendo o relato, mas experimentei algo parecido ou não! Me assumi para a minha família menos para o meu pai, e durante muito tempo sentia essa necessidade. Mas com o passar do tempo percebi que isso foi muito mais uma questão minha do que dele. Meu pai quando vivo frequentava a minha casa eu sendo casado. E ele nunca me questionou sobre, e somente depois de muito tempo entendi que para ele essa questão não importava. Porque era muito mais importante viver os momentos que tivemos do que eu falar. Sei que são casos opostos e com Isso fiquei muitos anos carregando essa necessidade, e só depois da partida dele eu de fato comprovei que ele me dizia a todo momento isso em suas atitudes convivendo comigo e compartilhando tempo de qualidade em meu casamento.
Eu era exatamente como esse seguidor, com uma diferença que moro em outro estado há 7 anos, então já houve um certo corte com a família, mas ainda não tinha “me assumido” para eles até bem recentemente (esse mês de outubro pra ser mais exato😅😁) e foi uma coisa meio fria, eles já sabiam de fato, confirmaram isso, mas não houve grito, nem choro, nem briga, nem nada, foi fria a recepção, mas foi melhor do que eu esperava. Me assumir era algo que há muito tempo eu queria, mas nunca surgia a oportunidade e nem a coragem, mas ai graças a terapia e também a peça A Herança, me deram um estalo e finalmente a criar coragem “de contar” para eles e posso dizer que foi a melhor coisa que eu fiz, não houve mudança no tratamento comigo 🙏🏻, mas ao mesmo tempo me tirou um peso enorme das costas e me sinto mais livre, mais leve depois disso. Demorou muito pq também tenho 35 anos e só fiz isso agora, mas tudo no seu tempo né?
Essa é literalmente a situação da minha vida! Eu nem moro mais com meus pais, mas mesmo assim tenho zero vontade de confirmar nada pra eles pra evitar a fadiga. 😹 E olha que eu acho que meus pais hoje em dia nem fariam um escândalo imenso porque a gente se dá muito bem agora. Mesmo assim eu curti muito a forma de falar sobre e a posição do Marcel sobre esse assunto, inclusive vou levar a expressão "𝗦𝗮𝗶́𝗱𝗮 𝗱𝗼 𝗔𝗿𝗺𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗚𝘂𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗙𝗿𝗶𝗮" pra vida! 💛
Me assumi com 15 anos, mas sempre soube que eu era gay. Na Família já tinha um, meu tio. Fui firme nos meus projetos, não desanimei. Minhas atitudes fizeram a minha Família me respeitar como um ser humano, e entender que não importa com quem você se deita, mas sim seu caráter, respeitar as pessoas e compreender as escolhas delas. Daí se tem uma boa convivência. Mas claro, cada Família tem a sua realidade.
Marcel, vc é um cara incrível, essencial pra comunidade. Só tenho a agradecer por você existir, pelos seus ensinamentos, orientação, pela sua dedicação com a comunidade! Como é bom ter alguém que conversa com a gente! Muitos de nós não temos ou não podemos conversar desses temas com outras pessoas. E vc sempre traz uma abordagem sensata, correta e prática das coisas. Muito obrigado pelo seu trabalho. Ele é fundamental. Melhor coisa que aconteceu foi encontrar o seu canal. Continue nesse propósito! Vc talvez não tenha ideia do quanto vc é importante e necessário! Minha vida teria sido muito diferente se eu tivesse encontrado alguém como vc pra me orientar lá atrás. Obrigado mesmo!
Tenho 28 anos e ainda desconfio que meus pais não me apoiam totalmente na minha escolha e fico um pouco chateado por não ser feliz com meu namorado e quero levar ele pra meus pais e irmãos verem ele!
Isso é novo pra eles e eles não tem referência de casais gays, o que dificulta a idéia de um homem trazer o ser namorado. Dê um tempo, é só explicar pro seu namorado, você pode mostrar o seu namorado pra alguém que você sente mais confortável e se a pessoa tiver a mente aberta.
Tenho 31 anos, trabalho, pago minhas contas mas ainda moro com meu pai. Minha mãe faleceu sem saber explicitamente sobre minha sexualidade, mas com aquela desconfiança. Minha família é majoritariamente evangélica conservadora, e sou bem reservado quanto à minha vida particular, por isso nunca de fato quis contar isso pra eles. Mas tive que viver escondido. Namorados que eu trazia em casa, eram tratado como amigos, e não faziamos nada na frente de alguém, mas depois de um tempo começaram a surgir as histórias de que eu era gay porque nunca aparecia com as tais "namoradinhas" então associavam os amigos a namorados. Hoje em dia estou namorando sério, mas sigo sem pretensão de trazê-lo em casa com meu pai presente porque só complicaria mais as coisas e fomentaria mais as fofocas. Pra terem uma noção, não levo nenhum tipo de amigo homem em casa porque já ficariam falando. Meu relacionamento é escondido, saímos as vezes, ja fui na casa dele e tal, mas ele entende como é a situação na minha casa. É complicado pra caramba mas por enquanto não tenho pretensão de contar pro papai, então sigo vivendo essa vida de aparência pra família 🤷🏻 Ps.: Esqueci de mencionar que meu pai já sabe sobre mim pq já encontrou bilhetinhos românticos de outros caras nas minhas coisas e tal, só que ele se recusa a acreditar e finge que nada tá rolando 😅
Tenha argumentos! Quase virei pastor e sempre decorava os textos bíblicos. O que amam citar é a carta de Paulo aos coríntios (Paulo que era um gay revoltado que não se aceitou e viveu em celibato) além de vários exemplos como DavixJônatas (claramente um bissexual). Além de citaram Sodoma e Gomorra (que nada tem haver com homossexualidade, essa palavra foi traduzida erroneamente a fim de narrativa católica) além de que não devemos interpretar a bíblia ao pé da letra (ex deuteronomios, uma mulher adúltera não é apedrejada hoje em dia, nem criança desobediente é espancada até a morte, e ninguém não deixa de comer carne de porco nem deixa de fazer a barba) enfim, sugiro pesquisar sobre o Tiago Pavinato (é de direita? Sim mas tem ótimos argumentos pra rebater religiosos)
Oi Marcel, muito interessante esse tema passei muito tempo nessa situação, não realmente me assumi mas quando assumi meu relacionamento fiquei 6 meses sem ter contato com minha mãe, nós meus relacionamentos seguintes ela até perguntava e falava que só não queria q levasse em casa , hoje tenho 40 anos e convivemos bem até, a relação dela com meu namorado é sociável, ah e ia esquecendo do detalhe mudei de casa e tá tudo certo
Eu só contei pra minha mãe e por tabela meu pai ficou sabendo também. Não é um assunto que é muito discutido, e a dinâmica acaba sendo não tocar no assunto... Penso que minha parte eu fiz, e se não querem conversar sobre não tenho muito o que fazer, mas sei que não é uma questão totalmente aceita porque quando conversei de levar meu então namorado pra passar o ano novo junto com eles a situação ficou tensa e acabou não dando certo (por causa do meu pai mesmo, militar, cristão... Complicado). Não sei se um dia vou poder levar namorados/maridos pra casa dos meus pais... Mas também não sinto que é uma coisa que eu necessariamente precise. Hoje entendo que não preciso da aprovação deles pra tudo na minha vida e que posso fazer o que quero, eles concordando ou não. Só me deixa um pouco triste eles não participarem dessa parte da minha vida
Imagino, mas pense que são eles quem perdem, infelizmente você já fez sua parte. Acredito que pode haver mudança com o tempo. Obrigado por compartilhar sua história. E foi muito corajoso de contar.
Me assumi pra família há mais de 04 anos, foi uma conversa difícil mas necessária. Conversei apenas com minha mãe, ela chorou horrores eu também, mas era minha hora. Meu pai soube através de outros parentes e não tenho tanta necessidade de falar para ele. Pouco tempo depois me mudei pra SP e nunca mais tocamos no assunto e pra mim está tudo bem. Amo muito eles, me sinto amado e é isso . 🙂
Cara, minha família provavelmente (MUITO PROVAVELMENTE) desconfiam que sou gay, pois eu nunca namorei e nunca falei de mulheres pra NINGUÉM, e pior ainda é q esses dias, eu ouvi minha tia falar que acha que meu primo é gay pois ele nunca namoroou e tem quase a minha idade, então, se ela fala do meu primo, provavelmente fala de mim também kkk, só q como eu sou mais próximo eles simplesmente preferem não discutir o assunto, ent fica só na mente. Outrossim, meu pai até parou de falar de mulheres cmg, antigamente ele falava direito, entretanto, hj em dia ele n fala mais como antes!
Marcel, meu pai acredito que já saiba da minha sexualidade, enquanto minha mãe me rejeitou de início, mas depois me aceitou desde que eu "Ande na linha". Como ainda moro com eles, as minhas decisões ainda estão subjugadas às reações deles.
Eu saí do armário faz cinco anos e por mais difícil que foi, essa atitude foi a melhor que eu fiz. Sair do armário me vez descobrir muito sobre mim mesmo, as limitações que foram indo embora conforme eu fui tendo orgulho der ser quem sou e se expressar isso. Espero q o rapaz da carta aí consiga fazer essa ruptura, pois essa mudança vai fazer muito bom pra ele.
até os 17/18 anos eu vivia nesse modo, minha mãe sempre soube, mas nunda tinha ouvido da minha boca propriamente dito, eu não tava pronto pra me assumir, mas aos poucos eu deixei bem óbvio pra ela, minha voz é bem fina, nunca mais fiz questão de tentar disfarçar isso, até quando um dia o assunto surgiu dentro de casa e ela me perguntou, eu só confirmei e o rosto dela transmitiu um alívio muito grande por finalmente ouvir de mim, minha irmã ja sabia, me assumi pra ela em 2021, ela tbm ja desconfiava (no fundo eles sempre sabem kkkk). Eu tinha muita dúvida sobre a reação da minha mãe, eu tenho certeza q ela n aceitaria muito bem há um certo tempo, esperar foi essencial pra essa aceitação, então não tenham pressa, dê sinais aos poucos, não tem pq fazer isso sabendo q a reação vai ser ruim (isso se vc mora com seus pais, depende deles como eu dependia). Hj em dia ela aceita, mas não trata do assunto abertamente, e tudo bem, sei q não é facil pra ela e não posso impor isso, como ela não impôs que eu agisse da maneira hetero q ela queria
Tenho um amigo que esperou por quase 10 anos p ter uma relação bacana com os pais depois de se assumir. No meu caso ja nao tenho mais contato com meus pais, mas estou dando o tempo deles, até pq só faz 1 ano mais ou menos q estou "desapontando" eles
Eu meio que nunca sai do armário, simplesmente sou, os parentes já desconfiavam e fofocavam, lembro de confirmar pra minhas irmãs que já sabiam e não se importavam, meus pais super me aceitam e apoiam e me amam muito. Poder ser você mesmo sem entrelinha com as pessoas que ama é super importante
Morando noutro país, 45 anos de idade, parceiro há 4 anos (e tive outro por 9 anos antes). Novas gerações da família toda sabem, pais de 84 anos não sabem abertamente mas sempre dão presente pros meus parceiros e convidam pro natal... Mandam beijos pros meus sogros, a quem chamam de "pais do amigo". Sempre funcionou assim, principalmente porque meus pais seriam "obrigados" a sair do armário com toda geração de tios e tias, e essa parte que seria pesada. As gerações mais novas da família ficam de boas, e tem tipo uma barreira comunicacional com os mais velhos, meio que por respeito... Então, é uma questão geracional na minha família, que respeitamos todos.
Eu pretendo morar sozinho e dps postar no status beijando um cara e silenciar eles e não dar nenhuma explicação, já pensei um dia contar, acho que minha mãe desconfia ou não, mas ultimamente percebi/descobrir que a opinião da minha mãe/irmão/família sobre a minha sexualidade não é importante pra mim, mas entendo que enquanto tiver morando no mesmo teto devo me silenciar, até conseguir a minha independência financeira e morar só.
Eu me assumi (assumir nada, soltar o óbvio 😂😂) aos 25 anos, meu receio maior era a reação do meu pai que foi a mais maravilhosa (sendo ele um homem do interior e com o 4° ano primário em escola rural). Ele me disse "Te amo e não mudará nada, só tome cuidado e respeite a minha casa" (sempre fiz tudo fora de casa). Já a minha mãe que sempre teve contato com Gays e se mostrava mais cabeça "aberta" ficou chocada ( ao não ter os netos biológicos como oe meus irmãos, ainda adotarei). Para o meu irmão caçula foi um pouco chocante mais depois tudo certo. E disse para eles que a minha essência não mudará, somente quero dividir a minha vida com outro homem. Tanto que em 2016 me casei no civil e em 2021 me divorciei. E a minha relação familiar é ótima, foi libertador e nessa história o meu pai foi o máximo.
Nossa parece que ele tá falando da minha vida. E não sou o seguidor em questão que escreveu. Tenha mais de 40, é a única diferença. Agora sei que vivo a saída do armário "Guerra Fria". E acrescentando mais uma analogia: a política do "Não pergunte, Não Conte". Que vida é essa que tô vivendo...😔
Parece-me que cada geração tem seu tempo ou não de sair do armário. Eu tenho 56 anos , meus pais na faixa dos 85( mãe já falecida) e minha mãe ficou muito doente até falecer e era de uma igreja hiper conservadora ( gay é pecado e pronto, não se discuti isto). Eu virei arrimo de família.Ela morreu sem nunca eu ter dito nada e nem ela perguntou, más no fundo ela sabia( aos 8 anos de idade fui levado ao médico para saber se era " homem"). Meu pai sempre foi desligado psicologicamente de mim.Hoje sou casado com outro homem, moro noutra cidade e ele trata super bem meu marido ( somos casados no civil), mas nunca perguntou nada sobre minha sexualidade. Não perguntou e eu não falo nada. Meu marido trata o pai dele do mesmo jeito. Assim, vivemos nossa vida em nossa cidade e eles as deles nas cidades deles. Más importantíssimo: tanto eu como meu marido já somos independentes financeiros desde os 19 anos de idade.
Esse video me ajudo a pelo menos contar pra minha mae por hora. Pois sempre pensei dessa forma que foi mencionado. E foi realmente um peso q saiu das costas e uma felicidade maior por ela ter me aceitado e estar normal comigo como sempre foi. Agora o desafio eh meu pai militar idoso aposentado (talvez seria um desgaste). Tenho 32 faço 33 mes q vem. Realmente é uma diferença depois de ter contado e sentir q nao está mentindo nem fingindo. Obrigado! ❤
Onde vc estava todo esse tempooooo!!!!! Seus conteúdos são incríveis. Em menos de uma semana.....eu tive respostas que busquei a vida toda. Pqp !!!!!!! Real, te amo !!! Nunca pare , sério ...... Não pare .
A saída do armário sempre é algo muito complexo e individual. Cada um sabe o melhor momento e se deve ou não fazer isso, mas a forma como vc aborda isso é muito sensível e sensata, Marcel! Parabéns, já falei várias vezes e volto a repetir que esse trabalho que você faz aqui é muito importante e ajuda muita gente! Minha saída do armário, como a maioria, não foi fácil. Eu tinha 15 anos, era completamente dependente dos meus pais e em uma época em que a representatividade diante da sociedade era muito menor do que é hoje. Sofri todo tipo de agressões que puder imaginar e durante anos minha relação com eles foi um desastre... Mas melhorou. Houveram muitos momentos em que eu tive certeza de que NUNCA seria aceito, mas aconteceu e só aconteceu por muita briga, por me posicionar bastante e sempre e mostrar que ser gay é só mais uma característica minha e não um qualificador se sou ou não uma boa pessoa... Ao seguidor que tá passando por isso, não vai ser fácil, meu amigo, mas vc e seus pais não vão viver plenamente quem vcs podem ser enquanto você não encarar isso. A seu tempo, no seu processo, mas saiba que vale a pena poder ser quem se é.
De todos os vídeos do canal esse foi o que mais me pegou Eu tô depositando todas as minhas esperanças na hora que eu me mudar pro meu apartamento (está terminando a construção), no meu imaginário eu vou simplesmente ser quem eu sou e vou ter que lidar com uma possivek rejeição a distância e em encontros regulares Morando com eles eu me bloqueio, mas anseio muito, até pra poder amar livremente um outro homem
Fui vítima da vingança de um ex: ele ligou para minha casa e contou tudo para minha mãe. Antes eu era humilhado e depois disso, passei a ser mais humilhado ainda. Meu conselho é NÃO CONTE A SEUS PAIS. SUA VIDA PRIVADA NÃO INTERESSA A NINGUÉM, EXCETO SE HOUVER ALGUMA VANTAGEM EM CONTAR.
No seu caso foi ruim "contar", mas no caso de muita gente significa mais abertura e cumplicidade no relacionamento familiar. Significa poder levar o namorado em casa, no Natal, nos aniversários, em viagens e etc. Significa poder casar e chamar a família pra cerimônia. Significa poder desabafar quando o relacionamento não tá bem e ter um colo pra ser acolhido. Vc não teve e não tem nada disso pq seus país são homofóbicos e babacas, mas muitos gays podem vir a ter.
Desde novo eu pensei assim: não vou tomar a iniciativa de falar para a mamãe, mas não vou fingir que estou namorando uma garota nem mentir se ela perguntar. Ela me perguntou quando eu tinha 25 anos e já morava só. Ficou um pouco abalada mas continuou me tratando muito bem. No início não queria saber nada da minha vida, mas depois de alguns anos, até conheceu um namorado meu, e gostou dele.
eu quando me assumi contei primeiro pro meu pai, porque achava que teria mais resistência, ficamos alguns meses sem nos falar até que ele voltou a falar comigo , mas toda vez que vou lá sinto que eles não aceitam mas respeitam, pelo fato de serem da igreja achei que teria mais resistência e vejo que eles sentem minha falta.
Adorei a abordagem , sou Assumido des dos 17 anos, e minha vivência com a minha mãe já era bem difícil antes dela saber da minha Sexualidade. Hoje tenho 31 e pasmem ela elogia a beleza do meu namorado atual, hoje temos muito mais cumplicidade. mas tudo foi um processo longo cada um recebe essa notícia de um jeito e vai absorvendo como pode.
Super interessante o video, conteúdo sensacional. Eu chamo essa de “a fase Phoebe Buffay” (Friends): “they don’t know that we know they know we know”. A única coisa que me salvou foi o diálogo aberto, por mais doloroso que foi. Claro que existem pessoas que infelizmente ainda não contam com essa opção, mas para os que tem, vale pensar que basear-se somente na comunicação não-verbal acaba desgastando muito os relacionamentos ao longo do tempo.
Nós não somos responsáveis pelas expectativas que depositam em nós! Esse é o primeiro ponto a ser lembrado. E por mais que doa, o que os nossos pais vão fazer com essa informação - de que eles têm um filho gay - é e sempre será problema deles. Se "der ruim" sofra, chore, consulte sua rede de apoio se tiver mas siga em frente. Pense que infelizmente todos nós teremos que enterrar nossos pais um dia. E francamente esse funeral não precisa ser físico: se nada der resultado você pode antecipar esse enterro dentro de você, tirando-os da sua vida. Se você não for bem vindo na vida deles por qualquer motivo, pense se não será melhor pra você fazer isso por sua conta. Agora, quanto ao problema de não ter coragem pra paquerar, chegar em um cara, dar em cima de alguém, bom, aí me atingiu porque eu sou assim. Sofro de uma ansiedade forte e simplesmente não consigo, a sequência de rejeições que sofri ao longo da vida não me permite levar um fora e seguir na boa. Fico mal, muito mal. Estou tentando superar isso mas confesso que está muito difícil. Cada novo "não" acaba reforçando um monte de traumas e dá a sensação de que sempre vai ser assim. Eu tenho uma boa autoestima pra um monte de outras coisas mas na parte afetiva nenhuma. Rejeição, humilhação, body shaming, todos os caras que eu quis só me ofereciam amizade, o estrago foi grande. Não sei como sair dessa estou tentando há anos. Eu pensava que estava me preservando sim. Mas talvez eu não esteja. Ok. Confesso que estou emperrado nessa questão. Ainda não achei a solução. Mas é horrível me sentir assim, é claro.
Melhor coisa pra mudança dos meus pais foi justamente o fato deu me assumir. Foi super dramático... Minha mãe me falou várias coisas ruins com o decorrer dos anos, mas hoje eu tô super bem e contente comigo mesmo. É muito bom ter essa oportunidade de ser eu mesmo, literalmente essa sensação de empoderamento que cê falou no final.
Minha situação é parecida, mas eu já contei a eles, e meu pai não fala do assunto. E eu me sinto com vergonha também de exibir minha "gayzice" em presença deles. Esse vídeo foi um choque de realidade.
@@umgaymenezes Ai, que delícia. Vou tentar começar a fazer isso. Agir como eu agiria se morasse sozinho. Claro que tem alguns limites, tipo, não me masturbar na frente deles.
Somos todos diferentes e sabemos a extensão dessas diferenças nas horas mais difíceis!!...Seja quem for, a idéia de sofrimento é muito dura, difícil e incompreensível para àqueles cujo mundo é pequeno!!........Será que valerá a pena???
Excelente abordagem. Interessante ver o que as pessoas escrevem sobre suas realidades. Mas é triste ver alguém controlando seu celular ou sua intimidade.
Meus amigos de facul sao todos gays e assumidos. Eu sempre me questionava oq faltava p me assumir, ate q um dia meu terapeuta falou: vc tem nojo de homossexuais. Aquilo foi chocante qdo ouvi mas depois eu vi q ele estava certo. Eu sou gay mas n gosto de gays. Todos os crushes q tive, eram todos heteros.
Рік тому
e como você lida com essa questão atualmente Mauro?
@ eu meio q desencanei... vou a locais boates e tal, paquero, fico uma vez ou outra com alguem, mas oq me sacia mesmo sao caras bi ou 100% masculinos. Oq eu quis dizer eh q eu n gosto de ser gay e n sei se um dia vou gostar... no mais tento preencher minha vida com outras coisas... viagens, trabalho, etc. Eu queria n ser assim, mas n consigo. Uma vez eu tava conversando com um cara na praia e tava um clima bom, daí ele falou q era fã da Britney Spears. Perdi o interesse na hora. Por favor, n me julguem, pois todos nós temos questoes mal resolvidas. E vc? Como eh c vc?
@@maurolima7135 ih mauro, lamento por isso, me vejo compelido à te responder, mas eu era exatamente assim, minha fase na adolescência e juventude foi toda pautada na brotheragem kkkk, eu só me sentia atraído quando eu fazia todo um teatrinho, fazia amizade com um cara, dava em cima dele depois de ter ganhado a confiança e se ele retribuísse eu conseguia continuar sentindo atração, se alguém iniciasse o contato, ou demonstrasse interesse antes de eu fazer isso, eu dispensava na hora. Muitas vezes me vi apaixonado e sofrendo horrores por meus amigos héteros ou quase héteros, que até sinto que há ali algo queer, mas não se soltaram, seja lá por qual motivo, e acabei não correspondido, dos 6 aos 12 eu era perdidamente apaixonado por meu melhor amigo de infância, cujo fiz sexo com ele uma vez e nunca mais se repetiu, dos 13 aos 16 eu fui loucamente apaixonado por outro melhor amigo, que sempre fazia coisas sexuais comigo, mas sempre me falou que só conseguiria ter algo comigo se eu fosse mulher, (hoje em dia ele cogita ficar com mulheres trans), dos 17 aos 19, eu novamente estava lá, apaixonado por mais um hétero, meu colega de faculdade, que percebia o meu desejo por ele, e me usava para ajudá-lo na facul, em troca me dava casquinhas dele direto. só aos 19 me libertei disso, me aceitei gay e fui viver minha vida. Desde em tão esse modus operanti sumiu.
@@maurolima7135eu sou igual ou parecido com você. Só sinto tesao em caras estilos pai de família, aquele tipo de cara que curte comer um cu na baixa, porém é muito difícil encontrar esse tipo de cara.
Ainda estou nessa situação, acho meio frustrante porque meio que deixo de ser quem eu sou, e eles não me conhecem de verdade. Mas o meu pai e tão rude em algumas situações que prefiro evitar esse tipo de confronto. Já fui embora de cidade pra ser um pouco eu de verdade, hoje retornei a morar com eles mas o gosto da liberdade ainda está na minha boca. Mas sinto que está chegando o dia de sair do armário pra eles, não quero ter esse arrependimento de não ser eu de verdade por causa dos outros.
As vezes os pais podem fingir não saberem por ainda não aceitar a realidade, por medo por vergonha, falta de conhecimento, etc. Acho que existem tempos diferentes para quando uma pessoa gay se aceita como gay e para os pais aceitarem que seu filho é gay. No meu caso demorou 30 anos para eu me aceitar. No dos meus pais menos de 1 ano para entenderem.
Ser gay (LGBT+) não é fácil pra ninguém, são raros os casos que não tivemos problemas, independente da classe social ou lugar passamos por perrengues. Eu comecei a mim perceber gay aos 12, mais antes disso notava que era diferente,era e continua sendo recluso mais fiquei mais ainda depois dos 15 anos, pra quem vive em cidade de interior e mora com a família, e a família é religiosa, ignorante. Não é fácil me assumir 23/24 anos e não foi fácil porque os parentes viraram as costas pra mim, queria que fosse expulso da casa, so restou pouca pessoa que falava comigo mas o tempo passou e voltei a se falar com algums de forma modera mas não é mesma coisa. O pior nessa história é que minha cidade é pequena e de interior e não opção pra empregos, fico "preso" na família mas hoje estou aliviado e não tenho vergonha de dizer que sou gay, afinal isso não interfere no meu carácter como ser humano. Dica quem for assumir tenha no mínimo um emprego, ser maior de 18, terminar os estudos e faz algum curso e faculdade e depois sai de casa, o resto é manter pra você, observa quais parentes seus são intolerantes e quais são mentes abertas.
Muito bom o vídeo! Eu acho que poderia haver um vídeo antes do remake que você quer fazer sobre conselhos e dicas de sobrevivência para gays adolescentes
Já fiz isso, havia espaço. No início, minha mãe e meu pai não falaram uma palavra comigo por cerca de 1 mês, mesmo à época morando na mesma casa. Meu irmão aceitou muito bem. Hoje meu pai não fala comigo ou fala só o necessário, ele se esquiva de falar ou estar no mesmo ambiente. Minha mãe aceitou, mas vive com aquela ideia de que "deus irá curar meu filho". É isso, falar é uma decisão difícil, pode ser que não haja agressão física, mas pode gerar distanciamento, estranhamento, que dói assim como a dor física.
🌈 𝗜𝗻𝗴𝗿𝗲𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝟴𝗼 𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗚𝗮𝘆 𝗡𝗲𝗿𝗱! 🌈
www.sympla.com.br/evento/8-encontro-do-gay-nerd-sp/2201628?_gl=1*fipw8y*_ga*MTM4MjI1ODc4MS4xNjcxNjQ5Njk3*_ga_KXH10SQTZF*MTY5Njk2Mjg2OS4xNDMuMS4xNjk2OTYzNTA3LjAuMC4w
Eu concordo em partes com você eu só não concordo Quando você diz que há um conflito entre pai e mãe e o gay eu acho que não há conflito nenhum estamos no século 21 e nós não somos obrigado a falar para ninguém se a gente é ou se não é ninguém tem obrigação de falar para o pai ou para mãe ou para qualquer quem seja eu fui assim e me assumi para toda a família Aos 45 anos de idade mas nunca falei para ninguém depois que os meus pais faleceram aí sim eu me assumi para todo mundo e convivi muito bem com eles enquanto vivos nem tudo a gente se fala❤😂
@@marcelodossantos806 Privilégio o seu se não houve conflito entre seus pais, mas isso não é uma grande realidade rs
Mulçumanos dizem matar os gays por serem pescadores, agora estamos recebendo os refugiados da faixa de Gaza ,sim os palestinos!
Seita fanática,aqui no Brasil se eles crescer vão matar muitos esquerdistas,e ainda os otários apoiam por não saberem disso!ua-cam.com/video/P0X4GIuaZSU/v-deo.htmlfeature=shared
O Conselho que eu tenho pra dar, estudem, se profissionalizem, tenham um trabalho que dê pra você viver em paz e viva sua vida, se valorizem e não fiquem se humilhando pra ninguém!
Assim não descobrimos quem é os desgraçados.
Porém devo concordar com você considerando que acaba que não sabemos o que irá acontecer a partir da hora que se assumir.
Eu "virei gay" só com 31 anos, até essa idade nunca tinha saido com homens mesmo sabendo que curtia. Aí me apaixonei por um cara mais novo e quando terminamos eu fiquei *bem* triste, e ninguém entendia o porquê da tristeza. Foi aí que me assumi e descobri um lado horrível de parte da minha familia (a outra parte aceitou super bem, até minha avó com 103 anos de idade conheceu e adorou meu segundo namorado). Minha mãe é que foi o maior problema durante mais de 10 anos. Era homofóbica ao extremo. Hoje em dia ela vai ao shopping Frei Caneca e me liga de lá falando pra eu ir também pq tem caras bonitos e eu preciso arranjar um namorado 😂😂😂
Bela foto, gostei! Sua mãe parece com a minha... Meu ex-namorado morreu e ela ignorou o fato totalmente. Atualmente ela voltou a estudar, no curso técnico ela tem um melhor amigo gay. Quanto a minha sexualidade ela ignora faz uns 10 anos.
N se vira gay, a maneira q vc disse "virei" parece q vc escolheu
Nasceu gay, sempre foi, só demorou para aceitar, e assumir.
@@Cuddly_bunny1 e por isso que ele colocou as aspas 🤦🏻♂️🤦🏻♂️🤦🏻♂️
@@HERNANDEANDRADE é por esse motivo que ele usou aspas 🤷🏻♂️🤷🏻♂️🤷🏻♂️
A primeira pessoa da família que abordou o assunto comigo foi meu irmão MAIS NOVO.
Ele devia ter uns 19 anos e eu uns 22: estávamos sós na mesa da cozinha tomando o café da manhã. Um dia de sol muito bonito. Do nada, ele:
- "Posso te perguntar uma coisa?"
- "Claro!", disse eu.
- "Eu sempre escutei umas conversas sobre você... Voce é gay?"
Fiquei paralisado por alguns instantes, que foram o suficiente pra eu analisar em pensamento: "Esse moço está sendo corajoso como NINGUÉM da familia foi! Todo ato de coragem merece A VERDADE!" e respondi pra ele:
- "Não sei exatamente que histórias anda ouvindo de mim, mas respondo sua pergunta direta também de forma direta. Sim. Sou gay!"
Ele baixou os olhos pequenos de índio um tantinho, meio triste, olhando pro nada, mas logo levantou-os de novo e fez outra pergunta:
- "Mas você não se veste de mulher não, né?"
Soltei uma gargalhada das boas e disse:
- "Claro que não!"
Ele soltou os ombros como quem pensa: "Ufa!"
De fato, nunca senri desejos de usar nada de mulheres, pois gosto tanto da imagem de homem que quero ver um no meu espelho quando olho pra ele.
Após aquele dia, nunca mais tocamos no assunto.
Anos depois nosso pai, por conta de futrica do meu outro irmão, homofóbico até hoje, me colocou pra fora de casa estando eu desempregado.
Adivinhem quem saiu de casa junto comigo, pra me apoiar? Exato! O irmão mais novo que tinha sido corajoso comigo e fez a pergunta que muitos familiares não fazem.
Os doze meses que moramos juntos foi uma festa!! Ele é muito divertido, bem humorado e tal. Veio um primo morar com a gente também e a festa aumentou. Nunca levei ninguém na nossa casa. E acho que ele também não.
Curiosamente, assim que me reempreguei, fomos chamados de volta pra casa. Eu não queria. Disse pra ele que empregado também, nós poderíamos mudar pra longe. Eu realmente não queria lidar com meu pai e com meu outro irmão homofóbico de novo.
Sabem o que ele me disse que me convenceu?
- "Você não acha que deveríamos voltar PELA NOSSA MÃE?"
Putz!!! Na hora concordei!
Que maturidade de um moco mais jovem que eu e eu sendo o mais velho.
Posso abandonar este irmão mesmo ele tendo virado um bolsonarista de carteirinha?
NÃÃÃO! Não posso!!! Nem quero!!!
Se ele precisar de mim, engulo o bolsonrismo dele e o acolherei com toda a força do meu coração.
Anos depois, antes de falecer, minha mãe, sem uma palavra, tentou "amaziar"-me com o sobrinho de uma vizinha dela de outro bairro. Dizia coisas assim:
- "Fulano é tão educado. Chama ele pra passar o final de semana aqui com a gente."
Detalhe: eu já morava sozinho, independente, numa kitinet no fundo do quintal, super graciosa, com meu telefone fixo independente (na epoca não havia celulares, viu, geracao Z?).
Ou seja, onde o fulano ia dormir, se na casa da frente já tinham meus pais, meus irmãos com suas esposas?
Entendi a postura da minha mãe como um:
- "Eu te aceito como é e quero pessoas boas perto de você."
Antes dela falecer, meu outro irmão homofóbico, não lembro por que motivo, puxou uma faca pra mim, totalmente descontrolado. Correu atrás de mim no quintal e eu rapidamente entri na minha kitnet e CHAMEI A POLICIA pelo meu exclusivo telefone fixo, minha mairlor riqueza na época. Rsrsrsrsrs
Mas aí meu irmão mais novo entra em ação novamente e despacha os policiais (que, creiam, FORAM MESMO atender meu chamado!).
Depois daquilo nem meu pai nem meu irmão homofóbico tiraram mais farinha comigo, pois sabiam que eu IA me defender.
Poucos meses depois minha mãe partiu. Eu tinha prova de vestibular três dias após o funeral. Meus irmãos com suas esposas e meu pai viajaram e fiquei sozinho em casa.
Fui fazer as provas com DETERMINAÇÃO pra passar, pela minha mãe, e assim foi. Passei!
Minha mãe não me viu entrar na faculdade.
Mas meu pai e irmãos, viram.
O homofóbico morrendo de inveja e o meu irmão herói, morrendo de orgulho. Meu pai, não sei...
Os anos foram passando e recentemente resolvi falar sobre mim pro meu pai já idoso, mesmo ele não perguntando nada.
Terei sido vingativo? Acho que não... nestes últimos anos nós nos reaproximamos de uma tal forma que nem entendo direito o que aconteceu.
Então, um dia, mandei pro zap dele um vídeo mostrando pais orgulhosos de seus filhos gays.
Ele me deu apenas UMA resposta, que considerei muito positiva:
- "Hoje vocês estão empoderados. No passado, não."
E nunca mais ele tocou no assunto.
Hoje moro só, após um telacionamento de 17 anos e me sinto mais feliz agora do que em todo este passado, embora tenha tido muitas alegrias.
Minha versão 5.4 atual é a minha melhor!!! De windows 3.11 passei pra windows 11!
Abreijos!!!
The end
Que relato precioso
Uau! Fui imaginando tudo enquanto lia e senti um mix de emoções como tristeza, surpresa e alegria. É muito difícil lermos histórias assim e nunca ter a parte triste, né? 😢
Mas fico feliz por você.
Mas vem cá, e o cara educado era bonito? Ele dormiu mesmo na sua kitnet? 😏
@@chronos5457 KKKKKKK! Pois é... deixei esta parte da crônica em suspenso de propósito, pra gerar a curiosidade. Rsrsrsrsrs...
Conto... Não conto... Conto... Não Conto... CONTO!
Simmmm! Dormiu na minha kitknet graciosa. Rolou tudo o que tinha que rolar!
Kkkk... eu como boa curiosa vim ver a resposta. 😂
Parabéns pela coragem e humildade em ouvir o irmão mais novo e ter voltado para casa. Esse irmão merece ser muito amado mesmo sendo bolsonarista. Sou mãe e imagino a felicidade dela. Deus te abençoe!🙏💌
Tenho 61 anos, sofri horrores não somente por causa da sexualidade...chantagens emocionais principalmente cda mãe, massacre da igreja católica etc...Só me assumi aos 50 anos e posso dizer que TODOS os aspectos da minha vida melhoraram demais depois que deixei de esconder.
Eu me assumi com uns 22 anos. Morava com minha mãe e ela rejeitou completamente. Não queria falar do assunto, tentava esconder da minha irmã, tentou fazer meu pai intervir (meu pai que sempre foi o mais compreensivo), quis me levar em todas as igrejas que a cidade tinha. Até o dia que eu dei um basta e disse pra ela que se ela quisesse ter um relacionamento comigo teria que conviver com o filho gay. Foi o momento que eu percebi que não precisava que ninguém aceitasse ou aprovasse mas sim me respeitasse.
Hoje em dia temos uma convivência muito melhor e ela trata meu namorado mais como filho do que eu 😅
Contei pra minha mãe há 18 anos (hoje tenho 36). Foi assistindo Faustão, tava na época daquela novela América, tinha o personagem do Gagliasso e tavam fazendo depoimento de histórias de gays, aí uma mãe de um gay começou a falar: Eu tive tantos filhos, o mais novo era mais quietinho, muito apegado a mim, não namorava. Praticamente me descreveu, minha mãe olhou pra mim e eu comecei a chorar, ela me reconheceu naquela descrição. Foi de boa, a gente passou por um tempo de adaptação, mas ela sempre me acolheu. Com meu pai foi com 27, foi turbulento, traumático, tivemos discussões terríveis e saí de casa. Ficamos 5 anos sem nos falar, até nos reaproximamos em meados de 2019, eu achava que a gente nunca mais ia voltar a se falar, mas a vida surpreende. E por ironia do destino, no começo do ano voltei pra casa dos meus pais pra ficar por um tempo, e tá tudo certo. Não dá pra gente prever tudo que acontece, nem sempre a vida é do jeito que a gente espera, mas não desista de ser você mesmo.
acho que o tempo deu ao seu pai a maturidade pra lidar com isso kkkkk lindo relato, aproveita que o seu pai tá vivo, o meu morreu antes que soubesse da minha sexualidade
@@fran-tl5by verdade, a vida deu uma nova chance pra nós
Pior é quando tem alguém que você ama e não pode viver esse amor por não ser assumido
fiz 18 anos faz poucos dias e meus pais sempre pegavam meu celular escondido e exigiam explicações de mim do que viram lá. Eu já me assumi diversas vezes mas parece que minha mãe finge que não sabe até hoje, e o meu pai também não fala sobre, apesar de ser mais mente aberta. Tenho um primo gay e uma prima lésbica e minha mãe nunca fala sobre o relacionamento deles e sempre os elogia pros outros em relação à profissão. Antes os meus pais ficavam fazendo brincadeirinhas em relação a namorada (meu pai até ja insinuou que eu poderia namorar minha PRIMA), e agora que me assumi eles nunca fizeram esse tipo de brincadeira envolvendo meninos. Minha conclusão é de que eles me aceitaram mas não estão prontos pra lidar com isso.
Eu tenho 26 e até hoje minha mãe olha meu celular. Se eu coloco uma senha ela fala: O que você faz de errado nesse celular que eu não posso saber?. Eu já sou acostumado e nem ligo mais k
Então BB ... Comigo foi um pouco parecido. Precisei fazer todo um show para contar para minha mãe. No começo ela lidava assim: "eu sei que você sabe que eu sei, mas não tô pronta pra lidar com isso mais abertamente agora". Depois de um tempo ela mesma foi dando mais abertura, mas entendo que ela é uma pessoa excepcional e que muitos pais não são assim. Desejo sorte e que seus pais aprendam a lidar melhor com a situação. Caso contrário, siga sua vida. Como o André falou no vídeo, você é mais que só seus pais querem o que você seja.
Deus me livre essa observação toda. Acho que eles não fazem por ter respeito a minha individualidade e porque eu mesmo não aceitaria isso. Sobre minha sexualidade. Eu contei pra eles e tals. Meu pai não fala sobre isso. Minha mãe também não, mas ela já é mais acostumada em ter pessoas gays ao redor dela. Eles não fingem
@@nanpendragon5037sério que você acha isso normal? Comece a se impor. Precisamos da nossa individualidade e privacidade.
Concluiu errado. Eles não o respeitam ainda. A tal "aceitação" se resume ao respeito. Estas formas e subterfúgios que eles usam para lidar com a sua sexualidade são venenosas para eles mesmos e para você .
Essa eu tenho voz. Mais de dez anos depois de assumido e o meu pai ainda me manda videos adultos heteros, so parou depois de eu apresentar um namorado e ainda assim, achava que a sexualidade era so uma forma de eu chamar atencão.
Já dei meu relacionamento com meus pais como falido. Tem N questões que só são um problema porque dentro de casa não posso ser Eu. Não tenho pais amigos e eles nao terão um filho próximo, apenas alguém que criaram
Vídeo importantíssimo. Saí do armário há 4anos e até hj não é um assunto que é tocado por minha família. O silêncio é um lugar de invisibilidade que vai nos debilitando, mesmo assumidos. A gente precisa se amar como homens gays e que não estamos sozinhos e que podemos ser felizes plenamente em nossas relações construídas com base no respeito. 💖🏳️🌈
Excelente comentário, maduro e lúcido
Vivi um vida "pseudohetero" até os 33 anos. saí de casa cedo e ganhei mundo. me apaixonei por mulheres e homens até casar com uma mulhar. tive dois filhos lindos, um casal que hoje são adultos. por ter saído cedo de casa, nunca senti necessidade de falar sobre minha sexualidade com meus pais. Tentei, ao máximo, ser fiel no casamento e conseguii até certo ponto. A paternidade tornou-se meu foco principal. Ao separar, senti que pra me amar e me aceitar, precisava ter junto de mim os que me amavam, mas para isso eles deveriam me entender e amar como sou. Meus filhos, na época com 11 e 13 anos, foram os primeiros a saberem. Me abraçaram, choramos juntos, e hoje, apesar de heteros, os dois, adoram sair nas baladas comigo. Meu filho adora os pancadões e dj das paradas lgbt. Minha filha ta se formando em medicina e quer tratar da saúde de homens e mulheres trans. Depois disso, o que menos importa é se meus pais e irmãos sabem ou fingem saber. A opinião deles, nada vai interferir na minha vida, hoje. Meu filho vive combatendo a misiginia e homofobia de alguns tios bolsonaristas. dando lições e mostarndo exemplos. Confesso que me afastei de alguns familiares tóxicos e isso foi construtivo. No mais, sigo solteiro e feliz me divertindo com meus filhos.
Que relato precioso!!
Eu fui arrancado do armário tinha 17 anos, mas já trabalhava e estudava, tinha minha independência, e namorava um cara 15 anos mais velho que eu, e foi que me deu suporte no momento que fui expulso da casa dos meus pais as 3h da madrugada, essa cena vai ficar pra sempre na memória, hoje tenho 44 anos, tenho uma vida estável, solteiro, tenho minha casa, passei por várias fases boas e ruins que valeram. Espero que o seu seguidor se encontre e deixe o sofrimento tô de lado pra abraçar a felicidade e o alívio de não ter que esconder, no início será difícil, mas ele vai conseguir.
Eu contei para minha mãe qd eu tinha 24 anos. Tudo foi muito no susto. Eu estava passando por um término de namoro complicado com meu primeiro namorado. Ele era muito ciumento. Eu estava voltando para casa às 3 horas da manhã depois de voltar da delegacia após um B.O. de término de namoro. Ninguém morreu. Ninguém se feriu mas rolou uma treta entre meu ex-namorado e um amigo meu. Resultado chego em casa fragilizado e destruído por dentro e minha mãe começa a me encher de perguntas. Por que eu andava tão estranho ultimamente? Por que não conversava mais com ela? Daí quando ela me perguntou se eu estava usando drogas eu simplesmente vomitei a verdade. Falei que não. Que na verdade estava enfrentando um término de namoro difícil e que a pessoa era um cara. A reação dela foi de surpresa mas relativamente boa. Ela não me bateu nem me xingou nem rejeitou. Então me considero um gay sortudo, com certeza. Ela simplesmente conversou comigo. Só que depois desse dia veio o silêncio. Como se eu nunca tivesse contado nada. Ou como se o assunto tivesse virado um tabu. Pouco tempo depois eu saí de casa. E o silênciou durou por anos. Um elefante branco no meio da relação. Foi com muito esforço que eu comecei a trazer isso à tona e forçar ela a se relacionar com essa minha identidade que ela até então não conhecia. Eu lembro que eu avisei para ela que ia levar meu namorado para minha cidade natal. E perguntei se poderíamos ficar na casa dela. Ela respondeu que eu poderia trazer o meu amigo. Aquilo doeu mas eu respondi. Ele não é meu amigo. Ele é meu namorado. Então eu considero que sair do armário não exige apenas muita coragem mas acima de tudo perseverança e paciência em mostrar para quem você ama quem você realmente é, se reafirmando não só uma mas várias vezes, a cada dia e a cada momento. Hoje aos 43 anos minha relação com minha mãe cresceu muito. Somos amigos e sinto que tenho total liberdade para compartilhar com ela sobre minha vida amorosa. Quem olha fala que eu tive sorte. E realmente eu sei que tive. Eu poderia ter vivido um cenário terrível mas a minha relação com ela hoje também envolve muito trabalho e esforço contínuo. Com isso eu aprendi algo que me marcou e me transformou pro resto da minha vida. Que o amor não é um sentimento que brota, mas uma construção que se cria.
Puxa vida! Que história impressionante! Mas me deu medo essa questão do tempo e da reação. Acho que nunca me assumirei, pois além de medo, tenho vergonha e auto-ódio. Falei pela "primeira" vez para a psicóloga e saí de lá me sentindo mal, me sentindo exposto já que nunca tive ninguém para conversar sobre isso e nem confiança em casa 😔
@@chronos5457 eu acho que todo mundo se sente assim no começo, como se tivesse feito algo errado e quando alguém toca no assunto vc tenta ignorar, até uma hora que não dá mais.... tô nessa situação
Me assumi pra algumas pessoas da minha família ano passado (minha mãe, duas tias e minha irmã) minha tia chorou, minha mãe ficou louca, minha irmã super me apoiou. Mas depois desse dia ninguém mais tocou no assunto.
Esse é um ponto. Sou gay assumido pra parte da minha família. Minha mãe, que tá com uma doença terminal, me aceita, mas não toca nesse assunto por nada. Isso sempre me deixa com aquela pulga atrás da orelha; será que ela realmente me aceita?
Pela situação atual dela, isso não merece e nem precisa ser confrontado. Mas, depois que me assumi, ela nunca mais tocou no assunto.
Tem muito disso, parece que sofrem amnésia e volta a falar : " e as namoradinhas"?
@@lucassousa8589 Eu tenho tenho 26 e nunca apareci com uma garota durante toda a vida, nem amizade com mulher nunca tive, mas minha família achava que eu não arrumava namorada por causa dos meus problemas com depressão e ansiedade. Aparentemente por algum motivo desconhecido as meninas na escola me odiavam, logo eu também não gostava delas, todos os meus amigos eram meninos, sinto muita saudade deles. A maioria de nós cresce com aqueles comentários dos familiares já tá grande né, cadê a sua namorada? Acho que me perguntavam isso pq me comparavam com meus primos que eram bem precoces. Com 14 anos tinha um que já namorava.
Meu pai faleceu há 1 ano sem saber de fato quem eu sou. Sabia da sexualidade, chegamos a discutir várias vezes sobre, mas ele era mal resolvido com isso e eu, que em teoria talvez pudesse arrastar correntes por conta disso, simplesmente entendi que a limitação era dele, não minha. Acredite: se para você e sua mãe o assunto é espinhoso, em respeito à situação, encare o silêncio como um sinal dela de que registrou a informação mas não deseja falar sobre o assunto - e se libere. Às vezes a gente só precisa de leveza para se mostrar de fato leve sobre alguma coisa.
Caramba, que tema difícil. Risos. Penso limitar-me em dizer o que vivi: nasci numa família ultracatólica de portugueses (alguns descendentes e outros de Portugal mesmo, como meu avô paterno e os pais da minha mãe) e tal fato atrapalhou muito em razão do tradicionalismo religioso. Minha sorte era o bom humor de meu avô paterno que, até mesmo pela idade (97 anos), já havia visto de tudo, inclusive na própria família. Até na hora de pedir segredo ele conseguia ser engraçado: "guardarei teu segredo sim. Prometo levar para o túmulo - talvez até amanhã mesmo" (risos). Faleceu alguns dias após ter-lhe contado sobre a homossexualidade e o próprio, entre um cigarro e outro, disse, para além de muitas outras coisas: "não fales nada ao teu pai. Esse é um parvo completo. Se tiveres de dizer a alguém, que seja a tua mãe". Foi o que fiz: tempos depois de conhecer o primeiro rapaz da minha vida, contei a ela, que só chorava e dizia: "não diga nada ao seu pai". Infelizmente o papai era, de fato, ignorante: tinha uma irmã lésbica que, por até hoje ainda ser uma pessoa má e sem caráter, associava tal fato à homossexualidade da irmã. Em síntese, para o papai, pessoas homoafetivas tinham caráter duvidoso ou eram más... porque a irmã dele era assim. Ponto. Reflexão nunca foi o pronto forte de meu pai, que nunca soube ou desconfiou de nada, exceto no dia em que me perguntou: "você não namora, e jeito de bic*ha você não tem. Ou será que estou enganado?". A ele neguei ser homoafetivo porque o conhecia ao ponto de saber que provavelmente apanharia. O papai faleceu em 2018 sem saber ou novamente perguntar, mas, segundo minha mãe, ele realmente nunca acreditou naquilo que chegou a chamar como "remota possibilidade". A mamãe, de início, apenas fingia não saber. De uns dez anos para cá - ou, para ser mais preciso, treze anos - depois de eu ter ficado viúvo, aí sim ela me amparou e abraçou com força. Hoje posso dizer a ela sobre o assunto com toda honestidade, e até conto com sua participação. Chegou a surpreender-me certa vez quando disse que eu estava "chato demais" e precisava definir minha vida, inclusive "arrumando um namorado", risos. Até quando ela vê algum homem na TV ao meu lado, diz: "olha só como é bonito, Renato". Só lamento que, pelo gosto dela, talvez seja um pouco difícil encontrar um homem: para ela, que está com 68 anos, "o homem só fica charmoso entre os 65 e 70 anos" ou mais. E atualmente quem sabe e sempre finge não saber são apenas meus irmãos, embora já tenha puxado papo com eles nesse sentido. Percebo que eles não se sentem confortáveis e, por isso, respeito-os: um tem 36 e a outra 34, já casados e com filhos. O mais velho teria hoje 45, mas isso é tema pra um outro debate. Só que hoje essas omissões pouco importam: tenho 41 anos, vivo sozinho, sou independente (em todos os sentidos) e não tenho de pedir licença a ninguém. É o quanto me basta. Aliás, se pudesse aconselhar qualquer pessoa (gay ou não) com problemas familiares, diria: busquem sua independência, sobretudo financeira, mesmo que seja aos poucos. Não é uma conquista fácil - aliás, nada fácil - mas é um passo importante. No mais, ao longo da vida, muitos amigos se tornam verdadeiros irmãos, e é isso que importa: a família que nós mesmos criamos.
Renato gosta de escrever! Animação 1000!kkkk
Fixa esse comentário Marcel!
Vc escreve muito bem, ja quero um livro teu 😊
Obrigado por mais uma partilha, renato, vou comentar aqui e depois comentar no próprio vídeo minha experiência:
Tenho 24 anos, desde jovem (após o divórcio dos meus pais aos 11 anos), eu trabalho, ganhava 1/3 do salário mínimo na época, o problema é que esse salário nunca aumentou, rs, mas como eu conseguia fazer todo o trabalho do mês em 2 dias, continuei nele por exatos 9 anos. Minha família direta, pai e mãe, nunca foram de ir em igrejas, nem tínhamos uma vida religiosa ativa, meu pai, sempre me corrigia, apontava que não poderia agir de tal forma por ser coisa de menina, isso aos poucos me podou, e acabei que hoje sou frequentemente confundido como hétero e bolsonarista, Deus me livre, rsrs.
Então eu sempre soube que não poderia expressar minha sexualidade, minha mãe após o divórcio se encontrou no seio evangélico, o qual eu também fui obrigado a participar por longos 5 anos. Embora eu tenha falhado em minha missão de esconder minha sexualidade, tendo sido flagrado com um amiguinho pela minha avó, e depois minha mãe que noutra ocasião violou minha privacidade e leu minhas conversas no skype com um cara mais velho, o que resultou nesses dois incidentes o início de um verdadeiro inferno. Eu tive meu notebook apreendido, que aliás foi comprado com meu dinheiro, (além da internet que eu próprio pagava em casa), passei 7 meses em um cárcere semiaberto, onde o único local para onde poderia ir era a igreja, escola e casa. QUASE me colocaram em um daqueles hospícios a céu aberto, de terapia de conversão gay. Graças a Deus me posicionei fortemente contra isso. Essa situação perdurou até que eu finalmente explodi e exigi minha liberdade e coisas de volta, oq foi atendido, então parei de frequentar a igreja, que muito me angustiava, mas só fui me aceitar plenamente como gay e desistir de namorar com mulheres, aos 19 anos, após um término muito conturbado com minha ex-namorada, recordo até hoje do dia, estava vendo 4th july man, na netflix, aquele filme foi um banho de água fria, e assim como o protagonista, decidi ser sincero comigo mesmo e buscar minha felicidade, entretanto, minha família toda ficava naquele lenga lenga de sabe mas finge que não sabe e eu finjo que ninguém sabe. Isso até que esse ano, sentado à mesa com minha mãe, ela me surpreendeu ao aceitar a mim e minha sexualidade, chorando numa conversa que ela iniciou por conta própria, falando que me amava e que tinha muito medo por o mundo ser um lugar muito ruim.
Hoje trabalho em 2 empregos e estou buscando minha independência financeira, para, muito em breve espero, poder viver com meu noivo.
Excelente relato! Por sinal vindo de um gatão rs
No meu caso eu esperei até uns 23 anos pra contar, e foi a melhor decisão. Na minha adolescência a minha própria percepção da minha sexualidade e como eu lidava com ela era difícil, e eu sentia que não havia abertura do meu núcleo familiar para isso, com o passar do tempo amadureci, criei uma autoestima maior, aprendi lidar com meus sentimentos melhor e em paralelo percebi que minha mãe mudou também e quando contei deu tudo certo. Meu conselho é resolva as coisas consigo mesmo e observe os sinais da sua família, não se coloque em risco financeiro nem físico e aproveite a sua sexualidade com plenitude.
Saí do armário com 14, meio que por acidente. Fui à 9ª Parada Gay e quando cheguei em casa, tinha umas penas de paetê coladas na roupa. Me perguntaram o que era e eu tentei desviar o assunto mas... não deu. Foi um chororô todo mas foi um enorme alívio, pois não tive mais que me esconder. A aceitação foi tranquila, porque provavelmente o fato de ser o filho mais novo, único masculino e sem o pai, minha mãe foi bem sossegada. Teve um período, claro, de "reconhecimento" após a informação, alguns estranhamentos mas hoje vejo que é muito mais porque estava "descobrindo o mundo" que por ser gay.
Jurava que ia ser um absurdo na época, mas não foi. Sondem o terreno e não esqueçam de tirar os paetês da roupa, rs.
Parte da ansiedade que estou sentindo nos últimos meses tem haver com isso. Cabeça a mil, psicológico abalado e olha que estou bem com minha orientação e relacionamento. A pressão que estou me dando para sair de casa está sendo complicada de administrar.
Tenho 29 anos... Sou gay, minha família sabe, afinal já falei sobre isso abertamente. Ainda assim eles se fazem de sonsos e não falam sobre o assunto.
Muito triste isso. Eu vivi essa problemática (dos meus pais fingirem que não sabem o motivo do filho nunca ter tido uma namoradinha rss) e quando me assumi (apenas para minha mãe) passei a viver outra problemática: ela ignora o fato de eu ser gay, não fala sobre isso e o pior, finge que meu namorado (com quem estou a DEZ f#cking anos) não existe. Ela NUNCA pergunta como ele está, se tá bem , se tá vivo... Já pelo namorado da minha irmã (um pouco mais nova q eu) ela pergunta tudo, ela se preocupa, ela trata como qualquer sogra deveria tratar genro. Depois a gente se afasta, a gente é que é ruim.
Que mulher tóxica.
Super entendo! Meu ex-namorado faleceu, a minha experiência de luto foi horrível. Minha mãe simplesmente ignorou e nunca toc9u no assunto.
Nossa. História idêntica a minha, inclusive relacionamento de 10 anos.
@@drac124 infelizmente uma sociedade opressora costuma produzir destinos parecidos à seus oprimidos. Enquanto aos dez anos aí já coincidência mesmo, até porque arredondei um pouco rss
Ai ai Marcel, nessa tu me pegou de jeito! (Obrigado??). Só agora que tive coragem de finalizar o vídeo. Parece que foi um recado direto pra mim, e lendo os comentários deu pra ver que não sou o único me sentindo perdido e ansioso com essa questão. Muito do que você disse já estava rondando minha cabeça e minhas sessões de terapia ultimamente. Ainda mais com o Natal se aproximando e os encontros familiares inevitáveis sendo marcados. Enfim, o aconselhado fui eu, mas não posso deixar de dividir um conselho que um professor de literatura me deu no auge desse rompimento que você citou. Ele disse, não diretamente para mim, mas para um auditório, pausadamente e fitando quais dali precisavam ouvir: "Bicha burra, é bicha morta!!" Repetiu três vezes. O tom de voz forte e rouco ecoa em mim até hoje. Não lembro direito qual era o contexto, mas guardo como o primeiro conselho que recebi de uma cacura. A primeira vez que senti o peso da vivência de alguém que viveu como eu almejava viver, fabulosamente livre.
Então sempre que me encontro nas encruzilhadas da vida me pergunto se estou sendo burra. Uma bicha burra. Em vários sentidos. Estudei para não ser burra. Me formei para não ser burra. Me empreguei para não ser burra. Me politizei para não ser burra. Li sobre manutenção de geladeiras, para não passar de burra. Essencialmente, para me defender do mundo, não posso ser uma burra. Só que é muito fácil cair na prepotência, e quando a gente se percebe arrogante a merda já tá feita. E só depois de muita cara quebrada e coração partido eu entendi, de verdade, o que Bartô tentou me ensinar anos atrás. A virtude não está em não ser burra, mas em reconhecer que há MUITO esforço para fazer valer nossa existência, como indivíduo homossexual e como comunidade. Só assim somos essencialmente livres.
Obrigado, de verdade Marcel. Fazia tempo que não me sentia burra.
Meus pais já sabiam antes de mim, pois quando era criança foram incontáveis as vezes que fui pego em brincadeiras libidinosas com outros meninos, nunca com meninas.
Meu pai faleceu a 6 anos e minha mãe é fanaticamente evangélica (nível manicômio), ao ponto de carregar a cruz de um familiar. Portanto evito falar sobre, pois seria um sofrimento pra ela que já dorme a base de remédios.
Se eu contar ela vai dizer que não orou suficiente, se auto castigar e me fazer terrorismo religioso pra frequentar a igreja em busca de um milagre.
Sou independente, não moramos na mesma cidade e sinceramente, não sinto a menor necessidade de falar sobre.
Ter o apoio da família é muito importante, eu agradeço muito por minha família todo ter aceitado tranquilamente.
Nunca houve uma conversa diretamente sobre isso. Meus pais sempre souberam, mas a confirmação veio quando uma vez saí, esqueci as chaves, voltei para buscar e peguei a minha mãe sentada na cama lendo cartas de amor do meu primeiro namorado. Eu tinha uma caixa com vários objetos, ela encontrou e resolveu mexer. Muito centrado, apenas disse que ela colocasse como havia encontrado, após terminar. Claro que depois houve um processo, mas me poupou um tanto de elaboração sobre como eu contaria um dia.
Saí do armário aos 21 anos morando na casa dos meus pais. No começo foi bem complicado. Minha mãe "aceitou" e meu pai foi mais difícil de aceitar. Um ano depois comecei a namorar, levei ele pra casa e foi SUPER aceito, meus pais amam ele ate hoje pós término. Tratam a minha sexualidade com naturalidade.
A família extendida toda também aceitou numa boa.
Teve uma coisa que não foi comentada no vídeo mas que vale a pena falar: quando a gente sai do armário para os pais, a gente também tem que dar o tempo para eles saírem do armário sobre a gente.
Lembro no começo do namoro que a gente saiu todo mundo junto e o namorado foi apresentado como "amigo". Essas coisas são bem chatas, mas temos que entender que, assim como a gente teve o nosso processo de auto-aceitacao pra contar, os pais também precisam desse tempo.
Posso afirmar que nesse âmbito eu tive muita sorte. Meus pais e minha família me acolheram ao me assumir gay, não sofri nenhum tipo de preconceito (não abertamente que eu saiba rs). Porém, lembro que minha mãe demorou mais tempo que meu pai para digerir toda a situação. Hoje em dia quando saímos juntos, é ela que me mostra os rapazes na rua haha.
Nossa até parece que fui eu que mandei a mensagem , a mesma coisa aconteceu comigo , já me assumi e contei para meus pais e já trouxe meu primeiro namorado em casa ,mas depois disso parece que isso nunca aconteceu.
Hoje moro somente com minha mãe depois da separação deles e sou eu que sustento totalmente minha casa hoje ,mas mesmo assim não posso trazer nenhum cara que conheça em casa nem amigos na verdade e sinto que minha vida também não sai disso nunca mais consegui ter um relacionamento saudável etc, fico pensando em realmente em ter que sair de casa para poder viver mais livre e tirar a sensação de estar pisando em ovos ,ou fazendo algo errado pois se tento retomar o assunto sou repreendido pela minha mãe , ao contrario do meu pai que é mais aberto, ai vou lutando com minha ansiedade ,baixa alto estima e rompantes de raiva cada vez mais constantes.
Espantado com vários relatos que li nos comentários. A vida é dura e as famílias são difíceis. Mas não desistam de ser honestos e verdadeiros, inicialmente com vocês mesmos. Eu também passei por dificuldades com pai, mãe, um dos meus irmãos, uma cunhada, sogra, mas não desisti jamais de ser quem eu sou. Sou casado, relacionamento de 18 anos, todos na minha família e na de meu companheiro se respeitam (mesmo que alguns não concordem). Estudem, trabalhem, tenham seu lar, imponham respeito... Vai dar tudo certo. Sejam um exemplo
Aqui e um canal de Terapia para nós GAYS. Eu faço acompanhamento em psicoterapia, mas aqui e uma verdadeira terapia e um grande apoio para nossa saúde mental que é tão afetada por tudo que passamos!! Você não é psicólogo, mas se fosse eu queria muito me consultar com você! Seria um excelentíssimo Psicólogo!! 😘🏳️🌈
Eu tenho 24 anos, me descobri gay há pouco tempo, visto que sempre tentava silenciar essa possibilidade, e tem pouco tempo que saio com caras. Sei que sou "heteronormativo" não porque me forço, mas de fato sou assim e me sinto bem. Esse ano me formo na facul e estou decidido a me assumir no ano que vem. Quero muito viver um relacionamento massa com um cara que eu goste, e pra isso quero estar pronto pra me entregar totalmente.
querido pega esse cara que vc amam e se muda para inglaterra onde vcs poderam ter paz e seu espaço igual a todos ! meu primo saiu do armario de forma espetacular la !
Estava a precisar de ouvir isto e não sabia!! O meu caso é ligeiramente diferente mas me identifiquei com tudo. Eu contei, recentemente, aos meus pais que sou gay e a reação deles foi quase inexistente e agora todos fingimos que não sabemos, que o assunto não existe. Tenho colocado o assunto debaixo do tapete, mas claramente é algo pouco saudável. Vou adotar o conselho e tentar mudar o tom que todos colocamos em torno desse tema. Obrigado pela reflexão!!
Não fui rejeitado ao me assumir para meus pais, mas senti que eles precisaram digerir bem a história. De quando em quando eu procurava tocar no assunto, mesmo que indiretamente, porque apesar da aceitação, sentia que parecia um tabu falar sobre isso. Mas, posteriormente, até recebi namorados em casa. Esse vídeo me fez chorar por vários motivos: pelo medo que senti na época, pelo orgulho de ter tido coragem, pelos alívios (por ser aceito e por hoje estar ok) e, principalmente, chorei por aquele gatilho de ter "agradar aos outros" e "precisar da validação", contra os quais eu ainda luto. Marcel, muito obrigado por você existir e por conversar tão profundamente com nossas almas.
Tenho 24 anos, desde jovem (após o divórcio dos meus pais aos 11 anos), eu trabalho, ganhava 1/3 do salário mínimo na época, o problema é que esse salário nunca aumentou, rs, mas como eu conseguia fazer todo o trabalho do mês em 2 dias, continuei nele por exatos 9 anos. Minha família direta, pai e mãe, nunca foram de ir em igrejas, nem tínhamos uma vida religiosa ativa, meu pai, sempre me corrigia, apontava que não poderia agir de tal forma por ser coisa de menina, isso aos poucos me podou, e acabei que hoje sou frequentemente confundido como hétero e bolsonarista, Deus me livre, rsrs.
Então eu sempre soube que não poderia expressar minha sexualidade, minha mãe após o divórcio se encontrou no seio evangélico, o qual eu também fui obrigado a participar por longos 5 anos. Embora eu tenha falhado em minha missão de esconder minha sexualidade, tendo sido flagrado com um amiguinho pela minha avó, e depois minha mãe que noutra ocasião violou minha privacidade e leu minhas conversas no skype com um cara mais velho, o que resultou desses dois incidentes o início de um verdadeiro inferno. Eu tive meu notebook apreendido, que aliás foi comprado com meu dinheiro, (além da internet que eu próprio pagava em casa), passei 7 meses em um cárcere semiaberto, onde o único local para onde poderia ir era a igreja, escola e casa. QUASE me colocaram em um daqueles hospícios a céu aberto, de terapia de conversão gay. Graças a Deus me posicionei fortemente contra isso. Essa situação perdurou até que eu finalmente explodi e exigi minha liberdade e coisas de volta, oq foi atendido, então parei de frequentar a igreja, que muito me angustiava, mas só fui me aceitar plenamente como gay e desistir de namorar com mulheres, aos 19 anos, após um término muito conturbado com minha ex-namorada, recordo até hoje do dia, estava vendo 4th july man, na netflix, aquele filme foi um banho de água fria, e assim como o protagonista, decidi ser sincero comigo mesmo e buscar minha felicidade, entretanto, minha família toda ficava naquele lenga lenga de sabe mas finge que não sabe e eu finjo que ninguém sabe. Isso até que esse ano, sentado à mesa com minha mãe, ela me surpreendeu ao aceitar a mim e minha sexualidade, chorando numa conversa que ela iniciou por conta própria, falando que me amava e que tinha muito medo por o mundo ser um lugar muito ruim.
Hoje trabalho em 2 empregos e estou buscando minha independência financeira, para, muito em breve espero, poder viver com meu noivo.
@@chronos5457 já kkkk. Mas relaxa, tem muito homem legal, você vai achar seu par 😊
Eu acho essa situação tão difícil. Conheço dois homens gays cis com mais de 50 anos cujas mães (pais já morreram) ficam nessa: ninguém nunca falou, ninguém nunca pergunta, todos fazem vista grossa e está tudo bem.
Eu me assumi com 21/22 anos para os meus pais... ambos pastores... foi um inferno, e eles me trataram por quase 3 meses como se eu tivesse algum tipo de doença transmissivel... depois de alguns meses eles voltaram ao normal achando que era somente uma fase, mas eu fui firme e reforcei que eu era gay e gostava de homens e nao de mulheres rsrs. Eles pediram para eu não falar mais sobre esse assunto.
Hoje em dia eles me tratam normal, mas sempre que veem algo relacionado ao mundo lgbt eles deboxam, fazem piadas e dão risadas criticando... eu não falo nada.
É dificil, nem todos tem a dádiva de terem uma familia (pais) compreensivos, e que aceitem de boa.
Eu sou assumido para a familia e amigos, e não tenho nenhuma vergonha, mas é muito dificil, a familia, seu porto seguro, onde voce deveria se sentir acolhido e protegido, você é julgado, maltratado e deboxado, como um qualquer... eu ja chorei muito, mas a gente aprende a ser firme e forte, a gente aprende que a vida não pega leve com ninguém, mas com foco e fé a gente vence as dificuldades, mesmo sozinho.
Um conselho que eu dou para quem passa por isso; nunca sinta vergonha de você, seja voce quem for, pessoas vão falar coisas de você, você agradando elas ou não, e ter o mesmo sangue não te faz familia, te faz apenas parente, familia é quem verdadeiramente te ama, quem cuida de você e quando você precisa em um momento dificil está lá para te ajudar e te confortar, não para julgar e caçoar de você. Então mentanha-se firme, você não esta só:)
Marcel, um grande beijo para você AMO seus videos, aprendo muito.
Cada vez mais gay, cada vez mais nerd:)❤
Quando eu era adolescente meus pais descobiram e me mandaram para psicóloga. Fiquei naquele jogo do fingem que nao sabem, nao tocam bo assunto. Bem decepcionante o sentimento
Sempre fui gay, mas só falei/mostrei mais abertamente pra eles após os 18 anos, quando comecei a trabalhar, fazer facul.... Mostrar que eu tinha vários valores e que minha sexualidade não era a única coisa para eles notarem em mim
Marcel, eu estava em uma situação parecida, e vou falar de outro caminho que você não pensou no vídeo e que talvez seja o pior de todos. Você pensou em todas as opções em que você ao menos terá certeza. Seja seus pais te aceitarem ou não, você terá certeza do resultado. No meu caso, pro resto da minha vida, viverei na dúvida. Perdi ambos os pais e portanto nunca saberei o que aconteceria se eu contasse pra eles. Sabe o famoso ditado se arrependimento matasse? Pois é...
Tenho 48 anos e nunca contei para minha família, não tive coragem de falar para meus pais por medo da reação deles, infelizmente eles faleceram e eu não contei essa minha condição.
Quando eu me assumi, o meu pai falou que para ele levaria tempo até ele conseguir processar a informação e hoje até que ele está melhor, ainda tem sim algumas opiniões que são retrógadas, mas está melhorando, isso ocorre porque ele realmente via os filhos como uma extensão dos sonhos dele, mas chegou um momento que eu tive que falar para ele algo como: Nós não somos a extensão dos seus sonhos e enquanto você não entender isso, você sempre irá se frustrar com nossas decisões.
É algo que leva tempo, mas com o tempo vai melhorando.
Ha tempos eu vivia assim todos sabem mas não falam hoje tenho 41 anos e a pessoa mais importante que é minha mãe me ama como eu sou e nossa relação é ainda melhor ela me confessou que sempre soube mas me deixou livre pra me descobrir ... Não dou importância para os outros eu só vivo minha vida porque só se vive uma vez... bjs Marcel amo esse canal ... sucesso...
Na boa, esse foi o melhor vídeo que já vi sobre o tema.
A minha vida toda fui "o menino que queria agradar os pais".
Culpa tb das minhas condições de saúde.
Mas esse ano, aos 30, dei a volta por cima e fiz essa ruptura.
Já tinha me assumido aos 18. Mas esse ano mergulhei de cabeça na comunidade. Considero q comecei a viver.
Vcs já podem imaginar o choque, ne?
"Vc não era assim... Vc mudou..."
Mas a questão é q hoje sou feliz em todas as áreas da minha vida.
Só fico triste pq sei: eles não querem fazer parte dessa felicidade :/
Eu me assumi com 16 anos hoje tenho 45 anos naquela época foi muito difícil a minha mãe aceitar Mas ela aceitou ,o meu padrasto não aceitou e lá em casa ficou um clima péssimo...passei mta humilhação naquela casa que era do meu padrasto apos essa revelação... isso deixou bem claro para mim que eu precisaria sair dali o mais rápido possível Por que começamos a ter muitas brigas. Na época eu estava terminando um curso de cabeleireiro conheci outro rapaz e fomos morar juntos foi a melhor coisa da minha vida sair daquela casa.. Fui viver a minha vida e nunca mais voltei graças a Deus , o infeliz do meu padrasto ja morreu e o filho homofobico dele que me infernizava na época vive uma vida péssima segunda ja me contaram , pode parecer maldoso mas me sinto vingado kkkkkk hoje vivo mto bem ,minha mae esta otima vive feliz pertinho de mim, gratidão a vida por tudo♡
Situação complicada! Nessa tenho lugar de fala rs ... Tenho 32 e por razões profissionais/financeiras (a vida dos millenials ne) ainda moro com meus pais ... Me assumi para minha mãe com 16 anos. Época difícil que estava apaixonado pelo meu melhor amigo hetero e enfrentava uma depressão pesada por reprimir isso. No momento, ela ficou chocada e soltou o clássico bordão "é só uma fase". Pois bem. Essa fase tem durado até hoje e evitamos o assunto vida amorosa a qualquer custo. Um complicador é que meu pai adota todos os preconceitos ja criados pela humanidade. Então ser gay aqui passa até mesmo a ser um risco e isso contribui pra que eu enterre as minhas vivências ainda mais. A unica solução que vejo é sair de casa ... Mas até que eu possa fazer isso, vou ter que ir barrigando essa situação.
Entendo o relato, mas experimentei algo parecido ou não! Me assumi para a minha família menos para o meu pai, e durante muito tempo sentia essa necessidade. Mas com o passar do tempo percebi que isso foi muito mais uma questão minha do que dele. Meu pai quando vivo frequentava a minha casa eu sendo casado. E ele nunca me questionou sobre, e somente depois de muito tempo entendi que para ele essa questão não importava. Porque era muito mais importante viver os momentos que tivemos do que eu falar. Sei que são casos opostos e com Isso fiquei muitos anos carregando essa necessidade, e só depois da partida dele eu de fato comprovei que ele me dizia a todo momento isso em suas atitudes convivendo comigo e compartilhando tempo de qualidade em meu casamento.
Eu era exatamente como esse seguidor, com uma diferença que moro em outro estado há 7 anos, então já houve um certo corte com a família, mas ainda não tinha “me assumido” para eles até bem recentemente (esse mês de outubro pra ser mais exato😅😁) e foi uma coisa meio fria, eles já sabiam de fato, confirmaram isso, mas não houve grito, nem choro, nem briga, nem nada, foi fria a recepção, mas foi melhor do que eu esperava. Me assumir era algo que há muito tempo eu queria, mas nunca surgia a oportunidade e nem a coragem, mas ai graças a terapia e também a peça A Herança, me deram um estalo e finalmente a criar coragem “de contar” para eles e posso dizer que foi a melhor coisa que eu fiz, não houve mudança no tratamento comigo 🙏🏻, mas ao mesmo tempo me tirou um peso enorme das costas e me sinto mais livre, mais leve depois disso. Demorou muito pq também tenho 35 anos e só fiz isso agora, mas tudo no seu tempo né?
Essa é literalmente a situação da minha vida! Eu nem moro mais com meus pais, mas mesmo assim tenho zero vontade de confirmar nada pra eles pra evitar a fadiga. 😹 E olha que eu acho que meus pais hoje em dia nem fariam um escândalo imenso porque a gente se dá muito bem agora. Mesmo assim eu curti muito a forma de falar sobre e a posição do Marcel sobre esse assunto, inclusive vou levar a expressão "𝗦𝗮𝗶́𝗱𝗮 𝗱𝗼 𝗔𝗿𝗺𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗚𝘂𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗙𝗿𝗶𝗮" pra vida! 💛
Me assumi com 15 anos, mas sempre soube que eu era gay. Na Família já tinha um, meu tio. Fui firme nos meus projetos, não desanimei. Minhas atitudes fizeram a minha Família me respeitar como um ser humano, e entender que não importa com quem você se deita, mas sim seu caráter, respeitar as pessoas e compreender as escolhas delas. Daí se tem uma boa convivência. Mas claro, cada Família tem a sua realidade.
Marcel, vc é um cara incrível, essencial pra comunidade. Só tenho a agradecer por você existir, pelos seus ensinamentos, orientação, pela sua dedicação com a comunidade! Como é bom ter alguém que conversa com a gente! Muitos de nós não temos ou não podemos conversar desses temas com outras pessoas. E vc sempre traz uma abordagem sensata, correta e prática das coisas. Muito obrigado pelo seu trabalho. Ele é fundamental. Melhor coisa que aconteceu foi encontrar o seu canal. Continue nesse propósito! Vc talvez não tenha ideia do quanto vc é importante e necessário! Minha vida teria sido muito diferente se eu tivesse encontrado alguém como vc pra me orientar lá atrás. Obrigado mesmo!
Tenho 28 anos e ainda desconfio que meus pais não me apoiam totalmente na minha escolha e fico um pouco chateado por não ser feliz com meu namorado e quero levar ele pra meus pais e irmãos verem ele!
Isso é novo pra eles e eles não tem referência de casais gays, o que dificulta a idéia de um homem trazer o ser namorado. Dê um tempo, é só explicar pro seu namorado, você pode mostrar o seu namorado pra alguém que você sente mais confortável e se a pessoa tiver a mente aberta.
As pessoas importantes pra mim já sabem. O resto deixo na eterna "desconfiança" por pura "implicância" minha!!!
😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Seus materiais são de uma densidade da realidade de forma tão suave e direta que encantam. ❤
Tenho 31 anos, trabalho, pago minhas contas mas ainda moro com meu pai. Minha mãe faleceu sem saber explicitamente sobre minha sexualidade, mas com aquela desconfiança. Minha família é majoritariamente evangélica conservadora, e sou bem reservado quanto à minha vida particular, por isso nunca de fato quis contar isso pra eles. Mas tive que viver escondido. Namorados que eu trazia em casa, eram tratado como amigos, e não faziamos nada na frente de alguém, mas depois de um tempo começaram a surgir as histórias de que eu era gay porque nunca aparecia com as tais "namoradinhas" então associavam os amigos a namorados. Hoje em dia estou namorando sério, mas sigo sem pretensão de trazê-lo em casa com meu pai presente porque só complicaria mais as coisas e fomentaria mais as fofocas. Pra terem uma noção, não levo nenhum tipo de amigo homem em casa porque já ficariam falando. Meu relacionamento é escondido, saímos as vezes, ja fui na casa dele e tal, mas ele entende como é a situação na minha casa. É complicado pra caramba mas por enquanto não tenho pretensão de contar pro papai, então sigo vivendo essa vida de aparência pra família 🤷🏻
Ps.: Esqueci de mencionar que meu pai já sabe sobre mim pq já encontrou bilhetinhos românticos de outros caras nas minhas coisas e tal, só que ele se recusa a acreditar e finge que nada tá rolando 😅
O maior problema é de quem é de família pentecostal
Tenha argumentos! Quase virei pastor e sempre decorava os textos bíblicos. O que amam citar é a carta de Paulo aos coríntios (Paulo que era um gay revoltado que não se aceitou e viveu em celibato) além de vários exemplos como DavixJônatas (claramente um bissexual). Além de citaram Sodoma e Gomorra (que nada tem haver com homossexualidade, essa palavra foi traduzida erroneamente a fim de narrativa católica) além de que não devemos interpretar a bíblia ao pé da letra (ex deuteronomios, uma mulher adúltera não é apedrejada hoje em dia, nem criança desobediente é espancada até a morte, e ninguém não deixa de comer carne de porco nem deixa de fazer a barba) enfim, sugiro pesquisar sobre o Tiago Pavinato (é de direita? Sim mas tem ótimos argumentos pra rebater religiosos)
Oi Marcel, muito interessante esse tema passei muito tempo nessa situação, não realmente me assumi mas quando assumi meu relacionamento fiquei 6 meses sem ter contato com minha mãe, nós meus relacionamentos seguintes ela até perguntava e falava que só não queria q levasse em casa , hoje tenho 40 anos e convivemos bem até, a relação dela com meu namorado é sociável, ah e ia esquecendo do detalhe mudei de casa e tá tudo certo
Eu só contei pra minha mãe e por tabela meu pai ficou sabendo também. Não é um assunto que é muito discutido, e a dinâmica acaba sendo não tocar no assunto... Penso que minha parte eu fiz, e se não querem conversar sobre não tenho muito o que fazer, mas sei que não é uma questão totalmente aceita porque quando conversei de levar meu então namorado pra passar o ano novo junto com eles a situação ficou tensa e acabou não dando certo (por causa do meu pai mesmo, militar, cristão... Complicado). Não sei se um dia vou poder levar namorados/maridos pra casa dos meus pais... Mas também não sinto que é uma coisa que eu necessariamente precise. Hoje entendo que não preciso da aprovação deles pra tudo na minha vida e que posso fazer o que quero, eles concordando ou não. Só me deixa um pouco triste eles não participarem dessa parte da minha vida
Imagino, mas pense que são eles quem perdem, infelizmente você já fez sua parte. Acredito que pode haver mudança com o tempo. Obrigado por compartilhar sua história. E foi muito corajoso de contar.
Me assumi pra família há mais de 04 anos, foi uma conversa difícil mas necessária. Conversei apenas com minha mãe, ela chorou horrores eu também, mas era minha hora. Meu pai soube através de outros parentes e não tenho tanta necessidade de falar para ele. Pouco tempo depois me mudei pra SP e nunca mais tocamos no assunto e pra mim está tudo bem. Amo muito eles, me sinto amado e é isso . 🙂
Isso é péssimo. Até hoje minha família se faz que não sou gay. Haja psicológico pra aguentar.
Já parou pra pensar que vc talvez não seja?
@@semidentificacao8933 claro que eu sou
You are so annoying!@@semidentificacao8933
@@francynho1604 isso é o que vc pensa.
Cara, minha família provavelmente (MUITO PROVAVELMENTE) desconfiam que sou gay, pois eu nunca namorei e nunca falei de mulheres pra NINGUÉM, e pior ainda é q esses dias, eu ouvi minha tia falar que acha que meu primo é gay pois ele nunca namoroou e tem quase a minha idade, então, se ela fala do meu primo, provavelmente fala de mim também kkk, só q como eu sou mais próximo eles simplesmente preferem não discutir o assunto, ent fica só na mente. Outrossim, meu pai até parou de falar de mulheres cmg, antigamente ele falava direito, entretanto, hj em dia ele n fala mais como antes!
Marcel, meu pai acredito que já saiba da minha sexualidade, enquanto minha mãe me rejeitou de início, mas depois me aceitou desde que eu "Ande na linha". Como ainda moro com eles, as minhas decisões ainda estão subjugadas às reações deles.
Eu saí do armário faz cinco anos e por mais difícil que foi, essa atitude foi a melhor que eu fiz.
Sair do armário me vez descobrir muito sobre mim mesmo, as limitações que foram indo embora conforme eu fui tendo orgulho der ser quem sou e se expressar isso.
Espero q o rapaz da carta aí consiga fazer essa ruptura, pois essa mudança vai fazer muito bom pra ele.
até os 17/18 anos eu vivia nesse modo, minha mãe sempre soube, mas nunda tinha ouvido da minha boca propriamente dito, eu não tava pronto pra me assumir, mas aos poucos eu deixei bem óbvio pra ela, minha voz é bem fina, nunca mais fiz questão de tentar disfarçar isso, até quando um dia o assunto surgiu dentro de casa e ela me perguntou, eu só confirmei e o rosto dela transmitiu um alívio muito grande por finalmente ouvir de mim, minha irmã ja sabia, me assumi pra ela em 2021, ela tbm ja desconfiava (no fundo eles sempre sabem kkkk). Eu tinha muita dúvida sobre a reação da minha mãe, eu tenho certeza q ela n aceitaria muito bem há um certo tempo, esperar foi essencial pra essa aceitação, então não tenham pressa, dê sinais aos poucos, não tem pq fazer isso sabendo q a reação vai ser ruim (isso se vc mora com seus pais, depende deles como eu dependia). Hj em dia ela aceita, mas não trata do assunto abertamente, e tudo bem, sei q não é facil pra ela e não posso impor isso, como ela não impôs que eu agisse da maneira hetero q ela queria
Tenho um amigo que esperou por quase 10 anos p ter uma relação bacana com os pais depois de se assumir. No meu caso ja nao tenho mais contato com meus pais, mas estou dando o tempo deles, até pq só faz 1 ano mais ou menos q estou "desapontando" eles
Eu meio que nunca sai do armário, simplesmente sou, os parentes já desconfiavam e fofocavam, lembro de confirmar pra minhas irmãs que já sabiam e não se importavam, meus pais super me aceitam e apoiam e me amam muito. Poder ser você mesmo sem entrelinha com as pessoas que ama é super importante
Morando noutro país, 45 anos de idade, parceiro há 4 anos (e tive outro por 9 anos antes). Novas gerações da família toda sabem, pais de 84 anos não sabem abertamente mas sempre dão presente pros meus parceiros e convidam pro natal... Mandam beijos pros meus sogros, a quem chamam de "pais do amigo". Sempre funcionou assim, principalmente porque meus pais seriam "obrigados" a sair do armário com toda geração de tios e tias, e essa parte que seria pesada. As gerações mais novas da família ficam de boas, e tem tipo uma barreira comunicacional com os mais velhos, meio que por respeito... Então, é uma questão geracional na minha família, que respeitamos todos.
Os outros estão vivendo suas vidas, pensando só neles sendo egoísta então seja você também livre, pense só no que é melhor para você.
Eu pretendo morar sozinho e dps postar no status beijando um cara e silenciar eles e não dar nenhuma explicação, já pensei um dia contar, acho que minha mãe desconfia ou não, mas ultimamente percebi/descobrir que a opinião da minha mãe/irmão/família sobre a minha sexualidade não é importante pra mim, mas entendo que enquanto tiver morando no mesmo teto devo me silenciar, até conseguir a minha independência financeira e morar só.
Eu me assumi (assumir nada, soltar o óbvio 😂😂) aos 25 anos, meu receio maior era a reação do meu pai que foi a mais maravilhosa (sendo ele um homem do interior e com o 4° ano primário em escola rural). Ele me disse "Te amo e não mudará nada, só tome cuidado e respeite a minha casa" (sempre fiz tudo fora de casa). Já a minha mãe que sempre teve contato com Gays e se mostrava mais cabeça "aberta" ficou chocada ( ao não ter os netos biológicos como oe meus irmãos, ainda adotarei).
Para o meu irmão caçula foi um pouco chocante mais depois tudo certo. E disse para eles que a minha essência não mudará, somente quero dividir a minha vida com outro homem. Tanto que em 2016 me casei no civil e em 2021 me divorciei. E a minha relação familiar é ótima, foi libertador e nessa história o meu pai foi o máximo.
Nossa parece que ele tá falando da minha vida. E não sou o seguidor em questão que escreveu. Tenha mais de 40, é a única diferença. Agora sei que vivo a saída do armário "Guerra Fria". E acrescentando mais uma analogia: a política do "Não pergunte, Não Conte". Que vida é essa que tô vivendo...😔
Parece-me que cada geração tem seu tempo ou não de sair do armário. Eu tenho 56 anos , meus pais na faixa dos 85( mãe já falecida) e minha mãe ficou muito doente até falecer e era de uma igreja hiper conservadora ( gay é pecado e pronto, não se discuti isto). Eu virei arrimo de família.Ela morreu sem nunca eu ter dito nada e nem ela perguntou, más no fundo ela sabia( aos 8 anos de idade fui levado ao médico para saber se era " homem"). Meu pai sempre foi desligado psicologicamente de mim.Hoje sou casado com outro homem, moro noutra cidade e ele trata super bem meu marido ( somos casados no civil), mas nunca perguntou nada sobre minha sexualidade. Não perguntou e eu não falo nada. Meu marido trata o pai dele do mesmo jeito. Assim, vivemos nossa vida em nossa cidade e eles as deles nas cidades deles. Más importantíssimo: tanto eu como meu marido já somos independentes financeiros desde os 19 anos de idade.
Esse video me ajudo a pelo menos contar pra minha mae por hora. Pois sempre pensei dessa forma que foi mencionado. E foi realmente um peso q saiu das costas e uma felicidade maior por ela ter me aceitado e estar normal comigo como sempre foi. Agora o desafio eh meu pai militar idoso aposentado (talvez seria um desgaste). Tenho 32 faço 33 mes q vem. Realmente é uma diferença depois de ter contado e sentir q nao está mentindo nem fingindo. Obrigado! ❤
Onde vc estava todo esse tempooooo!!!!! Seus conteúdos são incríveis. Em menos de uma semana.....eu tive respostas que busquei a vida toda. Pqp !!!!!!! Real, te amo !!! Nunca pare , sério ...... Não pare .
A saída do armário sempre é algo muito complexo e individual. Cada um sabe o melhor momento e se deve ou não fazer isso, mas a forma como vc aborda isso é muito sensível e sensata, Marcel! Parabéns, já falei várias vezes e volto a repetir que esse trabalho que você faz aqui é muito importante e ajuda muita gente! Minha saída do armário, como a maioria, não foi fácil. Eu tinha 15 anos, era completamente dependente dos meus pais e em uma época em que a representatividade diante da sociedade era muito menor do que é hoje. Sofri todo tipo de agressões que puder imaginar e durante anos minha relação com eles foi um desastre... Mas melhorou. Houveram muitos momentos em que eu tive certeza de que NUNCA seria aceito, mas aconteceu e só aconteceu por muita briga, por me posicionar bastante e sempre e mostrar que ser gay é só mais uma característica minha e não um qualificador se sou ou não uma boa pessoa... Ao seguidor que tá passando por isso, não vai ser fácil, meu amigo, mas vc e seus pais não vão viver plenamente quem vcs podem ser enquanto você não encarar isso. A seu tempo, no seu processo, mas saiba que vale a pena poder ser quem se é.
De todos os vídeos do canal esse foi o que mais me pegou
Eu tô depositando todas as minhas esperanças na hora que eu me mudar pro meu apartamento (está terminando a construção), no meu imaginário eu vou simplesmente ser quem eu sou e vou ter que lidar com uma possivek rejeição a distância e em encontros regulares
Morando com eles eu me bloqueio, mas anseio muito, até pra poder amar livremente um outro homem
Vai ajudar sim! Morei SETE ANOS em outra, foi uma experiência ótima me senti mais livre sem ter que dar satisfações.
Fui vítima da vingança de um ex: ele ligou para minha casa e contou tudo para minha mãe. Antes eu era humilhado e depois disso, passei a ser mais humilhado ainda. Meu conselho é NÃO CONTE A SEUS PAIS. SUA VIDA PRIVADA NÃO INTERESSA A NINGUÉM, EXCETO SE HOUVER ALGUMA VANTAGEM EM CONTAR.
Q conselho estranho kkk
No seu caso foi ruim "contar", mas no caso de muita gente significa mais abertura e cumplicidade no relacionamento familiar. Significa poder levar o namorado em casa, no Natal, nos aniversários, em viagens e etc. Significa poder casar e chamar a família pra cerimônia. Significa poder desabafar quando o relacionamento não tá bem e ter um colo pra ser acolhido.
Vc não teve e não tem nada disso pq seus país são homofóbicos e babacas, mas muitos gays podem vir a ter.
@@juao6062 bizarríssimo. Moço, busca terapia e faça de tudo para viver longe de seus pais. Ao menos, para manter a saúde mental mais intacta.
E que ex namorado babaca. Foi um livramento vc se livrar dele.
Concordo TB nunca contei
Desde novo eu pensei assim: não vou tomar a iniciativa de falar para a mamãe, mas não vou fingir que estou namorando uma garota nem mentir se ela perguntar. Ela me perguntou quando eu tinha 25 anos e já morava só. Ficou um pouco abalada mas continuou me tratando muito bem. No início não queria saber nada da minha vida, mas depois de alguns anos, até conheceu um namorado meu, e gostou dele.
eu quando me assumi contei primeiro pro meu pai, porque achava que teria mais resistência, ficamos alguns meses sem nos falar até que ele voltou a falar comigo , mas toda vez que vou lá sinto que eles não aceitam mas respeitam, pelo fato de serem da igreja achei que teria mais resistência e vejo que eles sentem minha falta.
Adorei a abordagem , sou Assumido des dos 17 anos, e minha vivência com a minha mãe já era bem difícil antes dela saber da minha Sexualidade. Hoje tenho 31 e pasmem ela elogia a beleza do meu namorado atual, hoje temos muito mais cumplicidade. mas tudo foi um processo longo cada um recebe essa notícia de um jeito e vai absorvendo como pode.
Super interessante o video, conteúdo sensacional. Eu chamo essa de “a fase Phoebe Buffay” (Friends): “they don’t know that we know they know we know”. A única coisa que me salvou foi o diálogo aberto, por mais doloroso que foi. Claro que existem pessoas que infelizmente ainda não contam com essa opção, mas para os que tem, vale pensar que basear-se somente na comunicação não-verbal acaba desgastando muito os relacionamentos ao longo do tempo.
Nós não somos responsáveis pelas expectativas que depositam em nós! Esse é o primeiro ponto a ser lembrado. E por mais que doa, o que os nossos pais vão fazer com essa informação - de que eles têm um filho gay - é e sempre será problema deles. Se "der ruim" sofra, chore, consulte sua rede de apoio se tiver mas siga em frente. Pense que infelizmente todos nós teremos que enterrar nossos pais um dia. E francamente esse funeral não precisa ser físico: se nada der resultado você pode antecipar esse enterro dentro de você, tirando-os da sua vida. Se você não for bem vindo na vida deles por qualquer motivo, pense se não será melhor pra você fazer isso por sua conta. Agora, quanto ao problema de não ter coragem pra paquerar, chegar em um cara, dar em cima de alguém, bom, aí me atingiu porque eu sou assim. Sofro de uma ansiedade forte e simplesmente não consigo, a sequência de rejeições que sofri ao longo da vida não me permite levar um fora e seguir na boa. Fico mal, muito mal. Estou tentando superar isso mas confesso que está muito difícil. Cada novo "não" acaba reforçando um monte de traumas e dá a sensação de que sempre vai ser assim. Eu tenho uma boa autoestima pra um monte de outras coisas mas na parte afetiva nenhuma. Rejeição, humilhação, body shaming, todos os caras que eu quis só me ofereciam amizade, o estrago foi grande. Não sei como sair dessa estou tentando há anos. Eu pensava que estava me preservando sim. Mas talvez eu não esteja. Ok. Confesso que estou emperrado nessa questão. Ainda não achei a solução. Mas é horrível me sentir assim, é claro.
Eu demorei pra me entender e contar para meus pais, mas depois de ter feito isso tudo ficou mais leve!
Melhor coisa pra mudança dos meus pais foi justamente o fato deu me assumir. Foi super dramático... Minha mãe me falou várias coisas ruins com o decorrer dos anos, mas hoje eu tô super bem e contente comigo mesmo. É muito bom ter essa oportunidade de ser eu mesmo, literalmente essa sensação de empoderamento que cê falou no final.
Minha situação é parecida, mas eu já contei a eles, e meu pai não fala do assunto. E eu me sinto com vergonha também de exibir minha "gayzice" em presença deles. Esse vídeo foi um choque de realidade.
Fiz isso ano passado. Ninguém toca no assunto, mas eu taquei o fodase. Faço minhas gayzices e é tão bom.
@@umgaymenezes Ai, que delícia. Vou tentar começar a fazer isso. Agir como eu agiria se morasse sozinho. Claro que tem alguns limites, tipo, não me masturbar na frente deles.
@@umgaymenezeso que seria essas "gayzices"?
Muito triste a gente ter que ser aceito. Sou muito orgulhoso pra ser aceito por alguém, quero ser respeitado.
Somos todos diferentes e sabemos a extensão dessas diferenças nas horas mais difíceis!!...Seja quem for, a idéia de sofrimento é muito dura, difícil e incompreensível para àqueles cujo mundo é pequeno!!........Será que valerá a pena???
Excelente abordagem. Interessante ver o que as pessoas escrevem sobre suas realidades. Mas é triste ver alguém controlando seu celular ou sua intimidade.
Meus amigos de facul sao todos gays e assumidos. Eu sempre me questionava oq faltava p me assumir, ate q um dia meu terapeuta falou: vc tem nojo de homossexuais. Aquilo foi chocante qdo ouvi mas depois eu vi q ele estava certo. Eu sou gay mas n gosto de gays. Todos os crushes q tive, eram todos heteros.
e como você lida com essa questão atualmente Mauro?
@ eu meio q desencanei... vou a locais boates e tal, paquero, fico uma vez ou outra com alguem, mas oq me sacia mesmo sao caras bi ou 100% masculinos. Oq eu quis dizer eh q eu n gosto de ser gay e n sei se um dia vou gostar... no mais tento preencher minha vida com outras coisas... viagens, trabalho, etc. Eu queria n ser assim, mas n consigo. Uma vez eu tava conversando com um cara na praia e tava um clima bom, daí ele falou q era fã da Britney Spears. Perdi o interesse na hora. Por favor, n me julguem, pois todos nós temos questoes mal resolvidas. E vc? Como eh c vc?
@@maurolima7135 ih mauro, lamento por isso, me vejo compelido à te responder, mas eu era exatamente assim, minha fase na adolescência e juventude foi toda pautada na brotheragem kkkk, eu só me sentia atraído quando eu fazia todo um teatrinho, fazia amizade com um cara, dava em cima dele depois de ter ganhado a confiança e se ele retribuísse eu conseguia continuar sentindo atração, se alguém iniciasse o contato, ou demonstrasse interesse antes de eu fazer isso, eu dispensava na hora.
Muitas vezes me vi apaixonado e sofrendo horrores por meus amigos héteros ou quase héteros, que até sinto que há ali algo queer, mas não se soltaram, seja lá por qual motivo, e acabei não correspondido, dos 6 aos 12 eu era perdidamente apaixonado por meu melhor amigo de infância, cujo fiz sexo com ele uma vez e nunca mais se repetiu, dos 13 aos 16 eu fui loucamente apaixonado por outro melhor amigo, que sempre fazia coisas sexuais comigo, mas sempre me falou que só conseguiria ter algo comigo se eu fosse mulher, (hoje em dia ele cogita ficar com mulheres trans), dos 17 aos 19, eu novamente estava lá, apaixonado por mais um hétero, meu colega de faculdade, que percebia o meu desejo por ele, e me usava para ajudá-lo na facul, em troca me dava casquinhas dele direto. só aos 19 me libertei disso, me aceitei gay e fui viver minha vida. Desde em tão esse modus operanti sumiu.
@@maurolima7135eu sou igual ou parecido com você. Só sinto tesao em caras estilos pai de família, aquele tipo de cara que curte comer um cu na baixa, porém é muito difícil encontrar esse tipo de cara.
Ainda estou nessa situação, acho meio frustrante porque meio que deixo de ser quem eu sou, e eles não me conhecem de verdade. Mas o meu pai e tão rude em algumas situações que prefiro evitar esse tipo de confronto. Já fui embora de cidade pra ser um pouco eu de verdade, hoje retornei a morar com eles mas o gosto da liberdade ainda está na minha boca.
Mas sinto que está chegando o dia de sair do armário pra eles, não quero ter esse arrependimento de não ser eu de verdade por causa dos outros.
As vezes os pais podem fingir não saberem por ainda não aceitar a realidade, por medo por vergonha, falta de conhecimento, etc.
Acho que existem tempos diferentes para quando uma pessoa gay se aceita como gay e para os pais aceitarem que seu filho é gay.
No meu caso demorou 30 anos para eu me aceitar. No dos meus pais menos de 1 ano para entenderem.
Ser gay (LGBT+) não é fácil pra ninguém, são raros os casos que não tivemos problemas, independente da classe social ou lugar passamos por perrengues. Eu comecei a mim perceber gay aos 12, mais antes disso notava que era diferente,era e continua sendo recluso mais fiquei mais ainda depois dos 15 anos, pra quem vive em cidade de interior e mora com a família, e a família é religiosa, ignorante. Não é fácil me assumir 23/24 anos e não foi fácil porque os parentes viraram as costas pra mim, queria que fosse expulso da casa, so restou pouca pessoa que falava comigo mas o tempo passou e voltei a se falar com algums de forma modera mas não é mesma coisa. O pior nessa história é que minha cidade é pequena e de interior e não opção pra empregos, fico "preso" na família mas hoje estou aliviado e não tenho vergonha de dizer que sou gay, afinal isso não interfere no meu carácter como ser humano. Dica quem for assumir tenha no mínimo um emprego, ser maior de 18, terminar os estudos e faz algum curso e faculdade e depois sai de casa, o resto é manter pra você, observa quais parentes seus são intolerantes e quais são mentes abertas.
Muito bom o vídeo! Eu acho que poderia haver um vídeo antes do remake que você quer fazer sobre conselhos e dicas de sobrevivência para gays adolescentes
Que vídeo maravilhoso Marcel!
Sempre conteúdo top!!!! ❤🖖🏻
Muito obrigado 😊
Já fiz isso, havia espaço. No início, minha mãe e meu pai não falaram uma palavra comigo por cerca de 1 mês, mesmo à época morando na mesma casa. Meu irmão aceitou muito bem. Hoje meu pai não fala comigo ou fala só o necessário, ele se esquiva de falar ou estar no mesmo ambiente. Minha mãe aceitou, mas vive com aquela ideia de que "deus irá curar meu filho". É isso, falar é uma decisão difícil, pode ser que não haja agressão física, mas pode gerar distanciamento, estranhamento, que dói assim como a dor física.
O ideial é avaliar a situação, se o seu estado psicológico e financeiro permite isso.
Por essa eu n esperava ! Ansioso pelo vídeo!
Vc foi absolutamente perfeito nas suas colocações, em vários aspectos ❤ obrigado 😊
Excelente vídeo, parabéns!! Reflexões muito ricas e responsáveis.
Eu to na segunda opção, meus pai é idoso não acrescenta mais nada eu falar sobre minha orientação agora ou não.