Estudar Jung é um convite a mergulhar dentro de si mesmo, desenvolver um auto transmutar-se no subconsciente, para vir a tornar-se em nível consciente, o precioso e capaz de transmutar e despertar nos outros, o transmutavel chumbo do ego ao precioso Ouro do self.
Não quero parecer louco mas as conclusões que Jung chegou com este livro vermelho estão muito próximas da Tábua de esmeralda e o Caiballion: as polaridades que contém o universo para a emancipação da consciência num processo entre o todo e que são complementares e inseparáveis .
Um sonho esse livro vermelho de Jung, adoraria tê-lo, mas tenho a edição econômica devido a vida de estudante, é bem mais fácil de manusear e bem mais barato.
...Realmente, é um livro"especial"...eu tenho sem ilustrações tbem.,sou psicóloga e sentir a necessidade de ter uma forma de entender o livro vermelho, mas você me deu uma boa noção, gratidão. 💥👍🦋🥳
Putz, caso os fanáticos do Jung leiam e consigam entender, vão deixar os cristais, tarot e bla bla bla esotérico de lado por alguns minutos e vão te odiar. Kkkkk
Excelente vídeo, Felipe! A psicologia de Jung é a que mais me fascina na faculdade. Estou no 6ª semestre e ate então nenhuma outra abordagem me fascinou tanto quanto.
Brilhante!!!!!!!!!!!!!!!!!! Espero que entendas muito de Carl para eu seguí-lo e entender mais sobre este brilhante homem. Parabéns pela escolha. Recebeu um DEZZZZZZ
Caramba me chamo Felipe de Souza e respeito muito o titulo desse livro, inclusive achei que essa ideia da polaridade era minha! Sincronicidade?? Assombroso!
Olá Felipe, gosto muito do teu canal, aprendi várias coisas interessantes. Apesar de ser Engenheiro, me interesso muito por psicologia, sempre gostei de escrever, mas nunca de ler, mas creio que é necessário buscar o autoconhecimento na sua totalidade, se é que isso é possível. Mas conheci através dos teus vídeos os arquétipos e busquei mais sobre, porque vou abrir uma empresa e sinto que para a criação de uma "marca forte" é necessário ter um arquétipo bem definido. Se tiver algum livro pra me indicar, fico grato. Sucesso! Abraço
+Lucas Mulinari fico feliz que esteja gostando dos vídeos. Eu acho que, no contexto atual, estudar as empresas de tecnologia como Apple e Google faz muito sentido. Eu sugiro o livro do Gallo, chamado Faça como Steve Jobs. É mais voltado para criar apresentações (falar em público), mas creio que o fundamental de uma marca forte - e de um marketing coerente - está lá. Abçs
+Felipe de Souza (Psicólogo) Obrigado Felipe! Vou procurar esse livro, também estou tentando achar pra comprar o livro O Herói e o Fora-da-lei (Margaret Mark e Carol S. Pearson), me pareceu ser muito bom. Abraço
Cara, conseguiu comprar o livro do Carl Yong e como está a empresa hoje, deu certo os arquétipos, ou você sentiu alguma diferença na energia da empresa.
Este vídeo vai me ajudar muito em trabalho que tenho que fazer sobre o Jung para o mês que vem. Vou passar direto em Psicanalise. Felipe você é um anjo. Abraços. E muito obrigado. Assim que tiver podendo financeiramente, vou fazer alguns dos seus cursos no site tá.
Olá, Felipe, gostei muito do seu vídeo e me interessei em adquirir o e-book sobre a sua tese, entretanto, eu gostaria de saber se nela contém blasfêmias contra o Deus da Bíblia Sagrada, o Deus cristão, pois eu sou cristã e não quero ler algo do tipo. Desde já, eu lhe agradeço.
Nossa interessante o livro.... sonhei que me recomenda para ler esse livro mas ainda não entendi o porquê...pelo que entendi é mais para quem estuda psicologia..eu acho..
Realmente desafiador o teu trabalho.Ganhei-o assim que editado de minha tia que é analista junguiana.Espero que possas publicá-lo em livro físico (pois eu assim prefiro, como diria Caetano, o cheiro dos livros desesperado).Recentemente foi editado um guia escrito pelo Walter Boechat, ed.Vozes. Tenho pós-formação em Psicologia Analítica e ela é um universo provocante quando aplicado no cotidiano de em hospitais,em especial no campo da reabilitação física oncológica,seja mo modo como a pessoa estrutura para si a gênese do adoecimento, como a forma como passa a lidar com o corpo,sonhos, expectativas futuras,espiritualidade.Que sigas sempre com essa luz e energia para ensinar e escutar o outro.PS.Solicite adição em LinkedIn
(...). Embora na década de 1880 J. M. Charcot (1825-1893) tenha despertado curiosidade com sua defesa da hipnose como tratamento para a histeria, foi principalmente graças ao trabalho de Pierre Janet (1859-1947) que a dissociação se tornou foco de interesse. Jung estudou com Janet em Paris no inverno de 1902; de um ponto de vista histórico, Jung (apesar de seu período freudiano) deve provavelmente ser enquadrado nesta tradição clínica francesa, junto com Théodore Flournoy (1854-1920), seu “amigo paternal” e mentor, e Janet. [Eram significativas as diferenças teóricas entre Freud e Janet, e cada um deles via o inconsciente de forma muito diversa. Do ponto de vista pessoal, os dois homens se desprezavam mutuamente. Ver Campbell Perry & J. R. Lawrence, “Mental processing outside of awareness: the contributions of Freud and Janet”, em Kenneth Bowers & Donald Meichenbaum, eds., The unconscious reconsidered (New York, John Wiley, 1984). A melhor história dessa tradição dissociativa francesa é The discovery of the unconscious, de Ellenberger. Também útil é Onno van der Hart & B. Friedman, “A reader’s guide to Pierre Janet on dissociation: a neglected intellectual heritage”, em Dissociation, 2: 3-16 (1989)]. A famosa “teoria dos complexos” de Jung, que ele testou experimentalmente em seus estudos de associação verbal, deriva dessa tradição clínica francesa, pois se baseia num modelo da mente que enfatiza a dissociação e o polipsiquismo. [A base dissociativista desta teoria é discutida pormenorizadamente em Richard Noll, “Multiple personality, dissociation, and C. G. Jung’s ‘complex theory’”, em Journal of Analyticala Psychology, 34: 353-70 (1989); e idem, “Multiple personality and the complex theory: a correction and a rejection of C. G. Jung’s ‘collective unconscious’”, em Journal of Analytical Psychology, 38: 321-3 (1993) O primeiro nome que Jung deu a essa nova psicologia pós-freudiana foi psicologia dos complexos (termo por ele introduzido em 1913). O fim de século foi também o século da parapsicologia, cujo estudo atraía de forma natural os dissociativistas como Flournoy e Jung. Pesquisadores achavam que a observação do transe mediúnico, o estudo da cristalomancia e a análise da psicografia eram metodologias válidas para sondar o inconsciente. [Ver, por exemplo, Wilma Koutstaal, “Skirting the abyss: a history of experimental exploration of automatic writing in psychology”, em Journal of the History of the Behavioral Sciences, 28: 5-27 (1992). Um desses pioneiros no uso da escrita automática experimental foi Gertrude Stein, que publicou ensaios sobre seu trabalho como estudante na Radcliffe na década de 1890. Ver também Sonu Shamdasani, “Automatic writing and the discovery of the unconscious”, em Spring, 54: 100-31 (1993). Com a fundação da Sociedade de Pesquisa Psíquica na Inglaterra em 1882 e as copiosas publicações de seus membros, surgiram novos modelos do inconsciente. O mais respeitado era o “self sublimal” de Frederick Myers (1843-1901), cuja função “mitopoética” (isto é, geradora de mitos) se assemelhava à posterior concepção junguiana do inconsciente coletivo. [A teoria do self sublimal pode ser encontrada em numerosos textos de F. W. R. Myers publicados na década de 1880 e 1890 nos Proceedings of the Society for Psychical Research e em sua grande obra póstuma, Human personality and its survival of bodily death, 2 v. (London, Longmans, Green, 1903)] No curso de medicina, Jung leu muito da literatura sobre parapsicologia, e em 1902 sua tese de doutorado citava a obra de Myers e outros expoentes dessa mesma tendência. No fim do século XIX, em vista do tom de degenerescência e ruína e da obsessão com o individualismo, o erotismo, o misticismo e os mortos, eram propícias as condições para quem procurasse novas vias de renovação cultural, política, física e (sobretudo) espiritual. O grande historiador da cultura Jacob Burckhardt (1818-1897), que o estudante Jung admirava de longe nas ruas da Basileia, já observara em 1843: “Todo mundo quer ser novo, e nada mais”. [Esta queixa de Burckhardt está numa carta de 23 de agosto de 1843 a Johanna Kinke e é citada em Gay, Education of the senses, p. 52n.] A neofilia, como busca de novas ideias, novas experiências, novas disciplinas acadêmicas, novas terapias, obcecava a imaginação de muitos no fim do século, e Jung certamente era um deles. (Noll, 1996, p. 36-7 e p. 338-40)
parabéns pelo doutorado e pelos vídeos... acompanho seu trabalho há anos e estou feliz por VC! Estou cursando o terceiro semestre de Psicologia e seus vídeos me apoiaram nesta decisão! obrigada!
Você está coberto de razão, sobre as polaridades da psique de Jung, é isso mesmo, arquétipos seja do herói seja da grande mãe ou do Velho sábio..ou ainda algum ser rastejante covarde assasino,
Iniciavam-se novas formas de expressão, incluindo escrita automática e fantasias góticas, a fim de representar as realidades da experiência interior. Desta mesma leva intelectual, nasce O Livro Vermelho, não apenas com seu conteúdo psicológico, mas com um formato literário. O que se observa e o que o diferencia dos demais artistas e psicólogos desta época é que, além de um conteúdo psicológico e literário, há uma influência marcadamente religiosa. Ele [Jung] afirma que a religião e Deus só poderiam ser compreendidos se experimentados interiormente. Toda esta temática religiosa vinculada à vivência aparece nos temas de O Livro Vermelho, ... (...). Estaria Jung tentando estabelecer uma nova religião? Por mais que algumas vezes negasse essa afirmação, esta parece ser a chave para compreender Jung. ..., Jung narra que o livro nasceu para, juntamente a outros objetivos que se entrelaçam, criar uma nova religião. (...). - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 75-76 (...). Para Jung, [O Livro Vermelho] teria o mesmo teor de um livro sagrado. Só que não como a Bíblia ou o Alcorão. Não mais algo que servisse para compreender dogmas, ritos ou uma instituição religiosa, mais ainda assim coerente com sua noção de religião. No consultório, ele indicava a seus pacientes que fizessem o mesmo, que escrevessem um livro, coerente com a valorização dos processos internos de cada um. Ele lhes dizia que este seria um “livro precioso, você poderá ir ao livro e virar as páginas e para você será sua igreja - sua catedral - os lugares silenciosos de seu espírito onde você encontrará renovação [...] porque nesse livro está sua alma” (JUNG apud SHAMDASANI, 2013, p. 69) Todo este trabalho foi mantido em sigilo. Nada era dito em reuniões da associação de psicologia analítica, nem em cartas pessoais, nem mesmo aos filhos (SHAMDASANI, 2013, pp. 23-24) - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, pp. 76-77
Felipe, não entendo muito de psicologia, gosto do assunto apenas. Achei legal e interessante teu vídeo, estou curioso pelo livro vermelho. Talvez eu tenha um ponto de vista que você inda não tenha explorado, não sei. Mas assim... será que não seria interessante você ler as obras básicas de Alan Kardec e as discussões espiritas da época do Jung, para entender as suas subjetividades? Te desejo felicidade no trabalho acadêmico.
Olá Juliano, eu já li o Kardec. O Jung tem sim essa influência - inclusive familiar - de algo parecido com o que veio a ser depois o espiritismo (médiuns na família anterior a Kardec). É um tema interessante sim. Assim como investigar a influencia do cristianismo e das religiões orientais em suas obras. Mas passo a bola agora, rsrs.
Oi Felipe, parabéns por tudo, teu estudo, dedicação, doutorado, simpatia e pela pessoa que demonstra ser. Vou apresentar um seminário semana que vem sobre concepção de alma segundo Jung. Você tem alguma opinião a respeito? Obrigada
O Bruno fez mestrado sobre a Cura da Alma em Jung. Tem um capítulo sobre definição de alma. Você pode ler a dissertação dele aqui repositorio.ufjf.br:8080/jspui/bitstream/ufjf/1031/1/brunodeoliveirasilvaportela.pdf
oi,gosto muito dos seus vídeos, meu sonho desde q comecei a ler é fazer psicologia,tive que adiar por algumas coisas que aconteceram,mas assistindo seus vídeos, tenho cada vez mais empolgação pra fazer e tenho a certeza do que quero.
Olá Felipe, estou no quarto ano de psicologia e me interesso bastante pela psicologia analítica (apesar de não aprendermos nada sobre na faculdade). Como faço pra me aprofundar na psicologia analítica? Digo em relação à técnica terapeutica, diagnóstico e analisar os resultados obtidos. Obrigado e parabéns pela conclusão do doutorado, espero chegar lá em breve..rsrs.
A época [fim de século XIX] se caracterizava pela ênfase no indivíduo a ponto de excluir a sociedade, uma ênfase levada ao máximo nas obras de Nietzsche [Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo e filólogo alemão], que não foram muito lidas quando de sua publicação, mas se viram “redescobertas” na década de 1890, quando o filósofo já enlouquecera. Nietzsche teve profundo efeito na cultura europeia posterior a 1890, com o empolgante recurso de usar sua “marreta” de questões para estraçalhar todos os ídolos culturais, inclusive as imagens judaico-cristãs de Deus. Como outros jovens da década de 1890, Jung começou a ler Nietzsche aos 23 anos (por volta de 1898). [“Eu tinha 24 anos quando li o Zaratustra. Não consegui entendê-lo, mas ele me impressionou bastante” (Jung, Analytical psychology, p. 7). Mas, pelas datas das palestras à Zofingia, sabemos que Jung estava bastante familiarizado com Nietzsche já aos 23 anos, pelo menos.] Após ter lido uma das primeiras obras de Nietzsche, ele [Jung] escreveu: “Fiquei entusiasmado, e logo depois li ‘Assim falou Zaratustra’. Este, assim como o ‘Fausto’ de Goethe, foi uma experiência tremenda para mim.” [Jung, Memórias, sonhos, reflexões p. 102]. As Obras reunidas estão cheias de referências a Nietzsche, e entre 1934 e 1939, Jung dedicou um amplo seminário ao Zaratustra. [As notas do seminário foram organizadas por James Jarrett e estão disponíveis em C. G. Jung, Nietzsche’s “Zaratustra”: notes of the seminar given in 1934-1939, 2 v. (Princeton, Princeton University Press, 1988)] As ideias de Nietzsche foram abraçadas por reformistas de esquerda e de direita, e, segundo Aschheim, o nietzschianismo se tornou uma “força multiforme” e difusa que podia ser adotada por políticos, teólogos, anarquistas, filósofos, psicanalistas, libertários sexuais que promoviam a “nova ética” - em suma, qualquer um que procurasse mudança, renovação ou renascimento. “O nietschianismo nunca foi um movimento que pudesse ser reduzido a um único grupo ou ideologia política; era antes um amontoado frouxo de pessoas de diferentes ambientes sociais, movimentos políticos e programas ideológico-culturas.” [Steven Aschheim, The Nietzsche legacy in Germany, p. 14]. (Noll, 1996, p. 34 e pp. 338-9)
Boa tarde. Dr.Felipe , eu me chamo Marcia Soraggi, gostaria de ter a oportunidade de ter a sua conversa sobre o Livro Vermelho e a interrupção do mesmo. Estou escrevendo um artigo sobre o processo da individuação refletido no livro O Segredo da Flor de Ouro.
Olá Márcia! Você pode entrar em contato pelo WhatsApp 11984156913 ou psicologiamsn@gmail.com posso te enviar o link para a tese ou se desejar o livro também podemos combinar ok
Parabéns pelo doutorado e por essa escolha. Estou no ultimo ano de Psicologia e é uma pena que Jung não faça parte da ementa na Instituição que estudo aqui em Juiz de Fora. Uma pincelada apenas. Estou no início dos meus estudos sobre Jung. Espero poder assistir a mais vídeos seus sobre Psicologia Analítica. Um abraço!
+André Vidal obrigado! Infelizmente isso acontece, mas temos boas escolhas de pós e mestrados / doutorados. Aqui no Canal temos um playlist com mais vídeos. Em nosso site - www.psicologiamsn.com - temos um Curso Gratuito sobre Jung e no www.cursojung.com temos Cursos em vídeo sobre as Obras Completas ;)
Jung nasceu e cresceu num período da história europeia que se referia a si mesmo como o fim do século - o fin de siècle. Era uma época de agitação cultura e conflito de gerações em que forças opostas de racionalidade e irracionalidade, progresso social e degenerescência hereditária, positivismo e ocultismo se chocavam como grandes placas teutônicas e produziam abalos sísmicos que culminaram na Grande Guerra de 1914-1918 e nas revoluções e golpes subsequentes (Rússia, Baviera, Transilvânia e outros lugares). Na descrição do eminente historiador George Mosse, esses anos marcaram a “mudança na mentalidade pública da Europa”. Frequentemente se diz que os anos 1912-1913 assistiram ao término intelectual do século XIX. Os anos da Grande Guerra também foram um período a que Jung iria mais tarde se referir como seu “confronto com o inconsciente”, um tempo de grande comoção pessoal, mas também de exploração visionária e descoberta de si mesmo - de fato, o fim intelectual da tirania que o aburguesamento oitocentista exercia sobre a psique de Jung. Esses anos foram o divisor de águas entre duas épocas formativas de sua vida. Assim como a Grande Guerra pareceu confirmar a derrocada da moralidade e das formas artísticas e culturais burguesas convencionais e a ascendência dos estilos estéticos “modernos” e da “nova ética” sexual, assim também o Jung de então ia descartando um estilo de vida burguês oitocentista e reinventando a si mesmo como líder de um movimento moderno que promovia o desenvolvimento da individualidade. Nesse período, Jung procurou tornar-se inteiramente moderno e criou um método prático para levar a cabo a filosofia de vida da geração fim-de-século. Entretanto, como atestam muitos que o conheceram, ele nunca renunciou por completo a sua persona de respeitabilidade burguesa oitocentista, apesar de tudo o que procurava aparentar em sua vida privada. [Jolande Jacobi (na longa entrevista que consta dos Jung Oral Archives da Countway Library of Medicine) repetidas vezes indica a convencionalidade burguesa de Jung dava mostras no trato social.] De todas as biografias existentes de Jung, nenhuma o coloca no contexto histórico do fim de século. Só os curtos, porém magistrais, estudos históricos de Ellenberger tentaram tal abordagem [Ellenberger, The discovery of the unconscious; idem, “Carl Gustav Jung: his historical setting”]. Ver Jung como homem do fim de século é fundamental para entender sua obra e, especialmente, sua fascinação pelos mistérios antigos. (Noll, 1996, p. 31-2 e p. 337)
Oi Felipe....Participei de um encontro fim de semana passado. E uma psiquiatra falou no livro vermelho de jung, que nele encontraria as 4 "pedras " por assim dizer que são a base de todo estudo dele. Sou leiga, não estudo Psicologia, só me interessei pelo assunto Se puderes me ajudar de alguma forma agradeço. ..Abraço
Olá Felipe. Antes de tudo, parabéns pelo trabalho realizado. Estou terapeuta analítica, cursando psicologia. Gostaria de ter acesso a sua tese. Como faço?
Olá Felipe, se puder e quiser responder gostaria de entender por que escrever um livro sem ser direto, com simbologias? Não daria para ser direto? Por que escrever um livro que sera necessário estudos e interpretações? Grato.
Os sonhos são cheios de símbolos, portanto a linguagem do inconsciente é simbólica, vai além do inteligível, nosso centro psíquico é simbólico, a vida fala através de símbolos.
Dentre os autores lidos por Jung, há, para o entendimento do desaparecimento ou morte dos deuses, a influência nítida de Nietzsche. Jung foi um leitor voraz, e em diversos momentos de sua obra, remete-se a estas leituras. Sob esta influência ele itera que Deus morreu (JUNG, C. G. Psicologia e religião. 10ª ed. Vozes. 2012, p. 109) e nesse mesmo raciocínio, escreve: “Queremos saber sobre Deus. Onde está Deus? Deus está morto?” (JUNG, C. G. O livro vermelho: liber novus. Vozes, 2013, p. 454). Em O Livro Vermelho há uma passagem de Jung que diz: “Quem quer criar o eternamente cheio, vai criar para si também o eternamente vazio. Não podes uma coisa sem a outra”. Em nota de rodapé do editor, há a explicação de que esta passagem foi influenciada por Nietzsche. Em Assim falou Zaratustra, obra de 1883, Nietzsche diz: “É preciso ter o caos dentro de si, para dar à luz uma estrela dançante”, estando esta frase sublinhada no exemplar de Jung. Logo adiante, Jung conclui: “Eu aceitei o caos, e na noite seguinte minha alma veio a mim” (pg. 308), remetendo a importância do esvaziar-se e do permitir-se mergulhar nos abismos do inconsciente. (...). “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 36-37
Por favor você teria como me indica um psicólogo c.g jung aqui no espirito santo ES e muito difícil de encontra. Éu já tentei psicologia Froidana mas não funciona comigo. Preciso muito! Obrigado.
Estudar Jung é um convite a mergulhar dentro de si mesmo, desenvolver um auto transmutar-se no subconsciente, para vir a tornar-se em nível consciente, o precioso e capaz de transmutar e despertar nos outros, o transmutavel chumbo do ego ao precioso Ouro do self.
Excelente vídeo! Minha tese de mestrado é a de que O Livro Vermelho é muito mais que conteúdo científico, um conteúdo autobiográfico de Jung.
Gratidão Dr Felipe pela esplanada do que vamos encontrar e as dicas de adendos . Gratidão 🙏🙏😌
Adoro Jung, perfeito. A visão dele é a que mais me atrai e mais faz sentido na psicologia.
Felipe, eu li o livro e digo que ele é simplesmente mágico! O entendimento sobre o Espírito da Profundeza te conecta com o íntimo. É fascinante!
É um livro incrível mesmo Erika! :)
É tão bom ter pessoas como tu nesse mundo! Obrigada.
Obrigada pelo vídeo. Sou economista, mas gosto de estudar psicologia e psicanálise por conta, pois acho incrível.
Não quero parecer louco mas as conclusões que Jung chegou com este livro vermelho estão muito próximas da Tábua de esmeralda e o Caiballion: as polaridades que contém o universo para a emancipação da consciência num processo entre o todo e que são complementares e inseparáveis .
Muito obrigada, Felipe! Sua fala foi bastante útil pros meu estudos. Já baixei seu livro (tese) e lerei assim que puder. 🙏🏻🙏🏻
Chapado
Incrível!!! Parabéns e obrigada por compartilhar
Um sonho esse livro vermelho de Jung, adoraria tê-lo, mas tenho a edição econômica devido a vida de estudante, é bem mais fácil de manusear e bem mais barato.
...Realmente, é um livro"especial"...eu tenho sem ilustrações tbem.,sou psicóloga e sentir a necessidade de ter uma forma de entender o livro vermelho, mas você me deu uma boa noção, gratidão. 💥👍🦋🥳
O psicólogo clínico Richard Noll publicou em 1996 "O culto de jung - origens de um movimento carismático". Iivro excelente
Putz, caso os fanáticos do Jung leiam e consigam entender, vão deixar os cristais, tarot e bla bla bla esotérico de lado por alguns minutos e vão te odiar. Kkkkk
Obrigada por compartilhar seus conhecimentos.
Tem agora O LIVRO VERMELHO DE JUNG- Bernardo Nante (chaves para a compreensão de uma obra inexplicável)
Já leu?
Parabéns pelo trabalho.
sua tese deu à luz exatamente o que procurava pra poder começá-la! 😄
Faz um vídeo sobre a descrição psicológica do jogo resident evil remake.
Excelente vídeo, Felipe! A psicologia de Jung é a que mais me fascina na faculdade. Estou no 6ª semestre e ate então nenhuma outra abordagem me fascinou tanto quanto.
+Elso Neto obrigado! Temos alguns Cursos em Vídeo sobre as Obras do Jung - www.cursojung.com
Muito aprazível. Gostaria de ler a tese e adquiri a publicação. Parabéns!
Brilhante!!!!!!!!!!!!!!!!!! Espero que entendas muito de Carl para eu seguí-lo e entender mais sobre este brilhante homem. Parabéns pela escolha. Recebeu um DEZZZZZZ
Caramba me chamo Felipe de Souza e respeito muito o titulo desse livro, inclusive achei que essa ideia da polaridade era minha! Sincronicidade?? Assombroso!
Parabéns, Felipe!
Excelente vídeo! Maravilhoso trabalho!
Abraço André
+Jung na Prática obrigado André!
Faça um comentário sobre as 72 técnicas terapêuticas.
Olá Felipe, gosto muito do teu canal, aprendi várias coisas interessantes. Apesar de ser Engenheiro, me interesso muito por psicologia, sempre gostei de escrever, mas nunca de ler, mas creio que é necessário buscar o autoconhecimento na sua totalidade, se é que isso é possível. Mas conheci através dos teus vídeos os arquétipos e busquei mais sobre, porque vou abrir uma empresa e sinto que para a criação de uma "marca forte" é necessário ter um arquétipo bem definido. Se tiver algum livro pra me indicar, fico grato. Sucesso! Abraço
+Lucas Mulinari fico feliz que esteja gostando dos vídeos. Eu acho que, no contexto atual, estudar as empresas de tecnologia como Apple e Google faz muito sentido. Eu sugiro o livro do Gallo, chamado Faça como Steve Jobs. É mais voltado para criar apresentações (falar em público), mas creio que o fundamental de uma marca forte - e de um marketing coerente - está lá. Abçs
+Felipe de Souza (Psicólogo) Obrigado Felipe! Vou procurar esse livro, também estou tentando achar pra comprar o livro O Herói e o Fora-da-lei (Margaret Mark e Carol S. Pearson), me pareceu ser muito bom. Abraço
Cara, conseguiu comprar o livro do Carl Yong e como está a empresa hoje, deu certo os arquétipos, ou você sentiu alguma diferença na energia da empresa.
Perfeito demais, já quero ler!...
Fantástico Felipe!!! Vou ler sua tese. Sou uma apaixonada pelas ideias de Jung. Estudo psicologia.
Parabéns!
Um grande abraço!!
+Erica Silva obrigado! Abraços!
Sensacional 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Esse é seu canal e nele você fala o que quer mas a primeira metade do vídeo é muito pessoal. Livro Vermelho só na segunda metade. A análise é rica.
Comprei hj ❤
Nossa Felipe! Super bacana... mesmo!!! Apresentação genuína e natural! Virei fã! Quero ler os dois!
Este vídeo vai me ajudar muito em trabalho que tenho que fazer sobre o Jung para o mês que vem. Vou passar direto em Psicanalise. Felipe você é um anjo.
Abraços. E muito obrigado. Assim que tiver podendo financeiramente, vou fazer alguns dos seus cursos no site tá.
Parabéns pelo seu maravilhoso trabalho!
Por favor, dê uma estudada nos cursos da Sahaja Yoga q tem muito a ver com seu trabalho.
adriano batista Muito interessante! Obrigado pela dica!
Olá, Felipe, gostei muito do seu vídeo e me interessei em adquirir o e-book sobre a sua tese, entretanto, eu gostaria de saber se nela contém blasfêmias contra o Deus da Bíblia Sagrada, o Deus cristão, pois eu sou cristã e não quero ler algo do tipo. Desde já, eu lhe agradeço.
Nossa interessante o livro.... sonhei que me recomenda para ler esse livro mas ainda não entendi o porquê...pelo que entendi é mais para quem estuda psicologia..eu acho..
Parabéns pelo vídeo super claro, didático! E pela tese tmb! Sou Engenheira, mas estou começando a me interessar por Jung. Abraço!
Grata por compartilhar sua tese.
Que demais, muito interessante esse livro e vou ler sua tese também que parece sensacional! Adorei o vídeo. Beijos.
+Letícia Hernandez obrigado!
Parabens
Realmente desafiador o teu trabalho.Ganhei-o assim que editado de minha tia que é analista junguiana.Espero que possas publicá-lo em livro físico (pois eu assim prefiro, como diria Caetano, o cheiro dos livros desesperado).Recentemente foi editado um guia escrito pelo Walter Boechat, ed.Vozes. Tenho pós-formação em Psicologia Analítica e ela é um universo provocante quando aplicado no cotidiano de em hospitais,em especial no campo da reabilitação física oncológica,seja mo modo como a pessoa estrutura para si a gênese do adoecimento, como a forma como passa a lidar com o corpo,sonhos, expectativas futuras,espiritualidade.Que sigas sempre com essa luz e energia para ensinar e escutar o outro.PS.Solicite adição em LinkedIn
Obrigada!
Que incrível, parabéns! Eu gostaria muito de ler sua tese meu irmão.
Muitos bens pela tese! Você irá gostar bastante do trabalho do alquimista Alcides Melhado Filho, em especial as aulas do livro dos Sábios. Um abraço
Alquimista... Jung criou uma seita mesmo.
Parabéns, Felipe!
Excelente vídeo! Maravilhoso trabalho!
Parabéns pela Tese e escolha do tema
Legal a temática do trabalho
Adorei o vídeo, gostei bastante da sua perspectiva, com certeza vou ler sua tese!
Parabéns Felipe! Um grande acréscimo à Psicologia Analítica!
Carl Jung é o mais real que vejo dentro da psique atual, que é uma metamorfose surreal!
parabéns
(...). Embora na década de 1880 J. M. Charcot (1825-1893) tenha despertado curiosidade com sua defesa da hipnose como tratamento para a histeria, foi principalmente graças ao trabalho de Pierre Janet (1859-1947) que a dissociação se tornou foco de interesse. Jung estudou com Janet em Paris no inverno de 1902; de um ponto de vista histórico, Jung (apesar de seu período freudiano) deve provavelmente ser enquadrado nesta tradição clínica francesa, junto com Théodore Flournoy (1854-1920), seu “amigo paternal” e mentor, e Janet.
[Eram significativas as diferenças teóricas entre Freud e Janet, e cada um deles via o inconsciente de forma muito diversa. Do ponto de vista pessoal, os dois homens se desprezavam mutuamente. Ver Campbell Perry & J. R. Lawrence, “Mental processing outside of awareness: the contributions of Freud and Janet”, em Kenneth Bowers & Donald Meichenbaum, eds., The unconscious reconsidered (New York, John Wiley, 1984). A melhor história dessa tradição dissociativa francesa é The discovery of the unconscious, de Ellenberger. Também útil é Onno van der Hart & B. Friedman, “A reader’s guide to Pierre Janet on dissociation: a neglected intellectual heritage”, em Dissociation, 2: 3-16 (1989)].
A famosa “teoria dos complexos” de Jung, que ele testou experimentalmente em seus estudos de associação verbal, deriva dessa tradição clínica francesa, pois se baseia num modelo da mente que enfatiza a dissociação e o polipsiquismo.
[A base dissociativista desta teoria é discutida pormenorizadamente em Richard Noll, “Multiple personality, dissociation, and C. G. Jung’s ‘complex theory’”, em Journal of Analyticala Psychology, 34: 353-70 (1989); e idem, “Multiple personality and the complex theory: a correction and a rejection of C. G. Jung’s ‘collective unconscious’”, em Journal of Analytical Psychology, 38: 321-3 (1993)
O primeiro nome que Jung deu a essa nova psicologia pós-freudiana foi psicologia dos complexos (termo por ele introduzido em 1913).
O fim de século foi também o século da parapsicologia, cujo estudo atraía de forma natural os dissociativistas como Flournoy e Jung. Pesquisadores achavam que a observação do transe mediúnico, o estudo da cristalomancia e a análise da psicografia eram metodologias válidas para sondar o inconsciente. [Ver, por exemplo, Wilma Koutstaal, “Skirting the abyss: a history of experimental exploration of automatic writing in psychology”, em Journal of the History of the Behavioral Sciences, 28: 5-27 (1992). Um desses pioneiros no uso da escrita automática experimental foi Gertrude Stein, que publicou ensaios sobre seu trabalho como estudante na Radcliffe na década de 1890. Ver também Sonu Shamdasani, “Automatic writing and the discovery of the unconscious”, em Spring, 54: 100-31 (1993).
Com a fundação da Sociedade de Pesquisa Psíquica na Inglaterra em 1882 e as copiosas publicações de seus membros, surgiram novos modelos do inconsciente. O mais respeitado era o “self sublimal” de Frederick Myers (1843-1901), cuja função “mitopoética” (isto é, geradora de mitos) se assemelhava à posterior concepção junguiana do inconsciente coletivo. [A teoria do self sublimal pode ser encontrada em numerosos textos de F. W. R. Myers publicados na década de 1880 e 1890 nos Proceedings of the Society for Psychical Research e em sua grande obra póstuma, Human personality and its survival of bodily death, 2 v. (London, Longmans, Green, 1903)]
No curso de medicina, Jung leu muito da literatura sobre parapsicologia, e em 1902 sua tese de doutorado citava a obra de Myers e outros expoentes dessa mesma tendência.
No fim do século XIX, em vista do tom de degenerescência e ruína e da obsessão com o individualismo, o erotismo, o misticismo e os mortos, eram propícias as condições para quem procurasse novas vias de renovação cultural, política, física e (sobretudo) espiritual. O grande historiador da cultura Jacob Burckhardt (1818-1897), que o estudante Jung admirava de longe nas ruas da Basileia, já observara em 1843: “Todo mundo quer ser novo, e nada mais”. [Esta queixa de Burckhardt está numa carta de 23 de agosto de 1843 a Johanna Kinke e é citada em Gay, Education of the senses, p. 52n.]
A neofilia, como busca de novas ideias, novas experiências, novas disciplinas acadêmicas, novas terapias, obcecava a imaginação de muitos no fim do século, e Jung certamente era um deles. (Noll, 1996, p. 36-7 e p. 338-40)
parabéns pelo doutorado e pelos vídeos... acompanho seu trabalho há anos e estou feliz por VC! Estou cursando o terceiro semestre de Psicologia e seus vídeos me apoiaram nesta decisão! obrigada!
+Patricia Elena obrigado! Fico feliz que esteja nos acompanhando! Boa sorte nos estudos! :)
BOM
Parabéns pelo doutorado!!!
Thayane Gomes obrigado!
Seu jeito de explicar é ótimo, me ajuda muito. obrigada pelos teus videos!
+Jessica Rodrigues obrigado!
obrigada!
Felipe! parabéns por suas colocações sobre o Livro vermelho do nosso jung, vou ler a sua tese de doutorado
Muito interessante! Parabéns pelo doutorado!
Você está coberto de razão, sobre as polaridades da psique de Jung, é isso mesmo, arquétipos seja do herói seja da grande mãe ou do Velho sábio..ou ainda algum ser rastejante covarde assasino,
Muito bom o assunto da sua Tese, parabéns! Eu sou Analista Junguiano.
Éxelente, muito obrigado você realmente fez um bem para uma idade. Parabéns
Humanidade
obrigada por esse vídeo ... muito bom ... parabéns pelo trabalho e sucesso sempre
Iniciavam-se novas formas de expressão, incluindo escrita automática e fantasias góticas, a fim de representar as realidades da experiência interior. Desta mesma leva intelectual, nasce O Livro Vermelho, não apenas com seu conteúdo psicológico, mas com um formato literário. O que se observa e o que o diferencia dos demais artistas e psicólogos desta época é que, além de um conteúdo psicológico e literário, há uma influência marcadamente religiosa. Ele [Jung] afirma que a religião e Deus só poderiam ser compreendidos se experimentados interiormente. Toda esta temática religiosa vinculada à vivência aparece nos temas de O Livro Vermelho, ... (...).
Estaria Jung tentando estabelecer uma nova religião? Por mais que algumas vezes negasse essa afirmação, esta parece ser a chave para compreender Jung. ..., Jung narra que o livro nasceu para, juntamente a outros objetivos que se entrelaçam, criar uma nova religião. (...). - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 75-76
(...). Para Jung, [O Livro Vermelho] teria o mesmo teor de um livro sagrado. Só que não como a Bíblia ou o Alcorão. Não mais algo que servisse para compreender dogmas, ritos ou uma instituição religiosa, mais ainda assim coerente com sua noção de religião. No consultório, ele indicava a seus pacientes que fizessem o mesmo, que escrevessem um livro, coerente com a valorização dos processos internos de cada um. Ele lhes dizia que este seria um “livro precioso, você poderá ir ao livro e virar as páginas e para você será sua igreja - sua catedral - os lugares silenciosos de seu espírito onde você encontrará renovação [...] porque nesse livro está sua alma” (JUNG apud SHAMDASANI, 2013, p. 69)
Todo este trabalho foi mantido em sigilo. Nada era dito em reuniões da associação de psicologia analítica, nem em cartas pessoais, nem mesmo aos filhos (SHAMDASANI, 2013, pp. 23-24) - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, pp. 76-77
Parabéns Felipe, está bem bacana esse vídeo.
Excelente !
Felipe, não entendo muito de psicologia, gosto do assunto apenas. Achei legal e interessante teu vídeo, estou curioso pelo livro vermelho. Talvez eu tenha um ponto de vista que você inda não tenha explorado, não sei. Mas assim... será que não seria interessante você ler as obras básicas de Alan Kardec e as discussões espiritas da época do Jung, para entender as suas subjetividades? Te desejo felicidade no trabalho acadêmico.
Olá Juliano, eu já li o Kardec. O Jung tem sim essa influência - inclusive familiar - de algo parecido com o que veio a ser depois o espiritismo (médiuns na família anterior a Kardec). É um tema interessante sim. Assim como investigar a influencia do cristianismo e das religiões orientais em suas obras. Mas passo a bola agora, rsrs.
Oi Felipe, parabéns por tudo, teu estudo, dedicação, doutorado, simpatia e pela pessoa que demonstra ser.
Vou apresentar um seminário semana que vem sobre concepção de alma segundo Jung. Você tem alguma opinião a respeito? Obrigada
O Bruno fez mestrado sobre a Cura da Alma em Jung. Tem um capítulo sobre definição de alma. Você pode ler a dissertação dele aqui repositorio.ufjf.br:8080/jspui/bitstream/ufjf/1031/1/brunodeoliveirasilvaportela.pdf
Felipe de Souza obrigada
Um abraço
oi,gosto muito dos seus vídeos, meu sonho desde q comecei a ler é fazer psicologia,tive que adiar por algumas coisas que aconteceram,mas assistindo seus vídeos, tenho cada vez mais empolgação pra fazer e tenho a certeza do que quero.
+Chiquinha Alves fico feliz que esteja gostando dos nossos vídeos! Abçs
Olá Felipe, estou no quarto ano de psicologia e me interesso bastante pela psicologia analítica (apesar de não aprendermos nada sobre na faculdade). Como faço pra me aprofundar na psicologia analítica? Digo em relação à técnica terapeutica, diagnóstico e analisar os resultados obtidos. Obrigado e parabéns pela conclusão do doutorado, espero chegar lá em breve..rsrs.
+Carlos Rodrigues nós temos 3 cursos em vídeo já completos sobre a obra do Jung - www.cursojung.com
parabens obrigado pelo video e a tese
Alguém sabe onde encontro esse livro em pdf, ñ acho em lugar nenhum!!!!!!
Irado, pena que acabou
n sou psicologa, mas adoro aprender sobre qquer bom tema e achei interessante:) Boa jornada p vc:-)
Muito bom. Grata.
Que gracinha!
A época [fim de século XIX] se caracterizava pela ênfase no indivíduo a ponto de excluir a sociedade, uma ênfase levada ao máximo nas obras de Nietzsche [Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo e filólogo alemão], que não foram muito lidas quando de sua publicação, mas se viram “redescobertas” na década de 1890, quando o filósofo já enlouquecera. Nietzsche teve profundo efeito na cultura europeia posterior a 1890, com o empolgante recurso de usar sua “marreta” de questões para estraçalhar todos os ídolos culturais, inclusive as imagens judaico-cristãs de Deus. Como outros jovens da década de 1890, Jung começou a ler Nietzsche aos 23 anos (por volta de 1898).
[“Eu tinha 24 anos quando li o Zaratustra. Não consegui entendê-lo, mas ele me impressionou bastante” (Jung, Analytical psychology, p. 7). Mas, pelas datas das palestras à Zofingia, sabemos que Jung estava bastante familiarizado com Nietzsche já aos 23 anos, pelo menos.]
Após ter lido uma das primeiras obras de Nietzsche, ele [Jung] escreveu: “Fiquei entusiasmado, e logo depois li ‘Assim falou Zaratustra’. Este, assim como o ‘Fausto’ de Goethe, foi uma experiência tremenda para mim.” [Jung, Memórias, sonhos, reflexões p. 102].
As Obras reunidas estão cheias de referências a Nietzsche, e entre 1934 e 1939, Jung dedicou um amplo seminário ao Zaratustra. [As notas do seminário foram organizadas por James Jarrett e estão disponíveis em C. G. Jung, Nietzsche’s “Zaratustra”: notes of the seminar given in 1934-1939, 2 v. (Princeton, Princeton University Press, 1988)]
As ideias de Nietzsche foram abraçadas por reformistas de esquerda e de direita, e, segundo Aschheim, o nietzschianismo se tornou uma “força multiforme” e difusa que podia ser adotada por políticos, teólogos, anarquistas, filósofos, psicanalistas, libertários sexuais que promoviam a “nova ética” - em suma, qualquer um que procurasse mudança, renovação ou renascimento.
“O nietschianismo nunca foi um movimento que pudesse ser reduzido a um único grupo ou ideologia política; era antes um amontoado frouxo de pessoas de diferentes ambientes sociais, movimentos políticos e programas ideológico-culturas.” [Steven Aschheim, The Nietzsche legacy in Germany, p. 14]. (Noll, 1996, p. 34 e pp. 338-9)
Fantástico!!!
muito legal.
Genial Felipe!
+Bruno Ricardo Pereira Almeida obrigado meu caro!
Boa tarde. Dr.Felipe , eu me chamo Marcia Soraggi, gostaria de ter a oportunidade de ter a sua conversa sobre o Livro Vermelho e a interrupção do mesmo. Estou escrevendo um artigo sobre o processo da individuação refletido no livro O Segredo da Flor de Ouro.
Olá Márcia! Você pode entrar em contato pelo WhatsApp 11984156913 ou psicologiamsn@gmail.com posso te enviar o link para a tese ou se desejar o livro também podemos combinar ok
Parabéns pelo doutorado e por essa escolha. Estou no ultimo ano de Psicologia e é uma pena que Jung não faça parte da ementa na Instituição que estudo aqui em Juiz de Fora. Uma pincelada apenas. Estou no início dos meus estudos sobre Jung. Espero poder assistir a mais vídeos seus sobre Psicologia Analítica. Um abraço!
+André Vidal obrigado! Infelizmente isso acontece, mas temos boas escolhas de pós e mestrados / doutorados. Aqui no Canal temos um playlist com mais vídeos.
Em nosso site - www.psicologiamsn.com - temos um Curso Gratuito sobre Jung e no www.cursojung.com temos Cursos em vídeo sobre as Obras Completas ;)
Muito difícil mesmo para compreender esse livro
como faço para comprar quero dar de presente
Jung nasceu e cresceu num período da história europeia que se referia a si mesmo como o fim do século - o fin de siècle. Era uma época de agitação cultura e conflito de gerações em que forças opostas de racionalidade e irracionalidade, progresso social e degenerescência hereditária, positivismo e ocultismo se chocavam como grandes placas teutônicas e produziam abalos sísmicos que culminaram na Grande Guerra de 1914-1918 e nas revoluções e golpes subsequentes (Rússia, Baviera, Transilvânia e outros lugares). Na descrição do eminente historiador George Mosse, esses anos marcaram a “mudança na mentalidade pública da Europa”.
Frequentemente se diz que os anos 1912-1913 assistiram ao término intelectual do século XIX. Os anos da Grande Guerra também foram um período a que Jung iria mais tarde se referir como seu “confronto com o inconsciente”, um tempo de grande comoção pessoal, mas também de exploração visionária e descoberta de si mesmo - de fato, o fim intelectual da tirania que o aburguesamento oitocentista exercia sobre a psique de Jung.
Esses anos foram o divisor de águas entre duas épocas formativas de sua vida. Assim como a Grande Guerra pareceu confirmar a derrocada da moralidade e das formas artísticas e culturais burguesas convencionais e a ascendência dos estilos estéticos “modernos” e da “nova ética” sexual, assim também o Jung de então ia descartando um estilo de vida burguês oitocentista e reinventando a si mesmo como líder de um movimento moderno que promovia o desenvolvimento da individualidade. Nesse período, Jung procurou tornar-se inteiramente moderno e criou um método prático para levar a cabo a filosofia de vida da geração fim-de-século. Entretanto, como atestam muitos que o conheceram, ele nunca renunciou por completo a sua persona de respeitabilidade burguesa oitocentista, apesar de tudo o que procurava aparentar em sua vida privada. [Jolande Jacobi (na longa entrevista que consta dos Jung Oral Archives da Countway Library of Medicine) repetidas vezes indica a convencionalidade burguesa de Jung dava mostras no trato social.]
De todas as biografias existentes de Jung, nenhuma o coloca no contexto histórico do fim de século. Só os curtos, porém magistrais, estudos históricos de Ellenberger tentaram tal abordagem [Ellenberger, The discovery of the unconscious; idem, “Carl Gustav Jung: his historical setting”].
Ver Jung como homem do fim de século é fundamental para entender sua obra e, especialmente, sua fascinação pelos mistérios antigos. (Noll, 1996, p. 31-2 e p. 337)
Oi Felipe....Participei de um encontro fim de semana passado. E uma psiquiatra falou no livro vermelho de jung, que nele encontraria as 4 "pedras " por assim dizer que são a base de todo estudo dele. Sou leiga, não estudo Psicologia, só me interessei pelo assunto Se puderes me ajudar de alguma forma agradeço. ..Abraço
O encontro de Jung com Salomé e quer aceitar ela, não o q ela fez, é lindo.
Lendo a tese em 3, 2, 1!! 😂😂
Parabéns pelo seu trabalho! Gratidão por compartilhar! :)
+Elaine Borges :) ;)
Olá Felipe. Antes de tudo, parabéns pelo trabalho realizado. Estou terapeuta analítica, cursando psicologia. Gostaria de ter acesso a sua tese. Como faço?
Ain eu quero 😍 me fascina isso tudo! Quero muito iniciar meu curso 🙏estou adorando seus vídeos, só fez eu ter certeza do que eu quero. Obrigada!!
Que legal. Parabéns!!!
+Rodrigo Freitas obrigado! :)
Dr Felipe; eu sou Sociólogo e estudioso de Jung.Eu gostaria de ter sua tese,sobre o livro vermelho,porem livro fisico.
Paulo C. da Silva sim, você pode entrar em contato - 11984156913. Enviamos o livro físico por 50 reais já com frete
Gostaria de ler sua tese. Está disponível?
Olá Felipe, se puder e quiser responder gostaria de entender por que escrever um livro sem ser direto, com simbologias? Não daria para ser direto? Por que escrever um livro que sera necessário estudos e interpretações? Grato.
Gaúcho69 Gaúcho pq essa é a linguagem do inconsciente.
Os sonhos são cheios de símbolos, portanto a linguagem do inconsciente é simbólica, vai além do inteligível, nosso centro psíquico é simbólico, a vida fala através de símbolos.
Eu gostaria de ler a sua tese! Muuuito interessante
Emanuelli Horst você pode ler aqui - repositorio.ufjf.br:8080/jspui/browse?type=author&value=Souza%2C+Felipe+Luis+Melo+de
Emanuelli Horst se quiser comprar o livro da tese, impresso, já com frete, o valor é de 50 reais
Dentre os autores lidos por Jung, há, para o entendimento do desaparecimento ou morte dos deuses, a influência nítida de Nietzsche. Jung foi um leitor voraz, e em diversos momentos de sua obra, remete-se a estas leituras. Sob esta influência ele itera que Deus morreu (JUNG, C. G. Psicologia e religião. 10ª ed. Vozes. 2012, p. 109) e nesse mesmo raciocínio, escreve: “Queremos saber sobre Deus. Onde está Deus? Deus está morto?” (JUNG, C. G. O livro vermelho: liber novus. Vozes, 2013, p. 454). Em O Livro Vermelho há uma passagem de Jung que diz: “Quem quer criar o eternamente cheio, vai criar para si também o eternamente vazio. Não podes uma coisa sem a outra”. Em nota de rodapé do editor, há a explicação de que esta passagem foi influenciada por Nietzsche. Em Assim falou Zaratustra, obra de 1883, Nietzsche diz: “É preciso ter o caos dentro de si, para dar à luz uma estrela dançante”, estando esta frase sublinhada no exemplar de Jung. Logo adiante, Jung conclui: “Eu aceitei o caos, e na noite seguinte minha alma veio a mim” (pg. 308), remetendo a importância do esvaziar-se e do permitir-se mergulhar nos abismos do inconsciente. (...). “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 36-37
Mto bacana!!!! =) Obrigada por compartilhar! =)
amei
Por favor você teria como me indica um psicólogo c.g jung aqui no espirito santo ES e muito difícil de encontra. Éu já tentei psicologia Froidana mas não funciona comigo. Preciso muito! Obrigado.
Conheço a minha professora, ela atende.
Parabens!
Boa Noite,
Dr: Felipe De Souza, vc tem algum vídeo publicado sobre o tema: teorias da personalidade?
atenciosamente,
Landara Machado
Landara, veja aqui - www.psicologiamsn.com/?s=personalidade