Profundo...orientações ricas..cheias de inteligencia humanizada..sensibilidade e amor a vida..ao ser..ao existir..e à fonte da vida..Grata Jung por seu trabalho extraordinário e imensamente valioso!
Achei interessante alguém lembrar que a religião ilude mas permite que o ser sobreviva é um atalho da espiritualidade que é tão generosa em opções onde no caminho da evolução ele também pode se atrasar nessa busca aqui ali e escolher desistir,o foco deve sempre permaceder no que sente razão e coracao, com respostas na experiência pessoal a convicção forma a fé na verdade sem doutrina,a caminhada da individuação que traz paz e felicidade...Jung viveu isso,porisso ele certamente conheceu Deus
"Conhecerei a verdade e ela vos libertará", muito interessante e ao meu ver se estamos realmente a procura da verdade, a reencarnação que a milenar filosofia oriental e os estudos do pedagogo: Hippolyte Léon Denizard Rivail (francês: [ʁivɑj]; Lyon, 3 de outubro de 1804 - Paris, 31 de março de 1869) foi um influente educador, autor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec (francês: [kaʁdɛk]),[1] notabilizou-se como o codificador[nota 1] do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita. Foi discípulo do reformador educacional Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais (mais notoriamente a mediunidade), assuntos que antes costumavam ser considerados inadequados para uma investigação do tipo.[2][3][4]Adotou o seu pseudônimo para uma diferenciação da Codificação Espírita em relação aos seus anteriores trabalhos pedagógicos. Nos auxilia a termos uma visão holística da realidade espiritual e muitos acreditam que é a terceira revelação que o espírito da verdade, nos revela , para honra e glória do nosso mestre , irmão e senhor "Jesus o Cristo"
Em 1904, já havia grupos organizados em toda a Europa central (conhecidos como Liga Monista, ou Monistenbund), e alguns faziam experiências com rituais baseados nessa nova religião científica. Em Iena, em 1906, sob a direção do próprio Haeckel, eles se organizaram formalmente numa única entidade administrativa, tal como células unidas na identidade individual de um corpo maior. Já havia muito tempo, a Europa central era solo fértil para ideias assim, sobretudo entre os darwinistas alemães, pois “grande número deles abandonaram a religião cristã” e, como Haeckel, denunciava a religião organizada. Muitas celebridades da cultura, do ocultismo e da ciência ingressaram na Liga Monista, inclusive o físico Ernst Mach e o sociólogo Ferdinand Tonnies. A Liga também atraiu luminares como a dançarina Isadora Duncan, o então teosofista Rudolph Steiner e o psiquiatra August Forel (1848-1931). Forel era ex-diretor do Burgholzli e figura dominante na tradição clínica suíça e francesa da virada do século. É lembrado pela contribuição que deu à psiquiatria (e pela influência que exerceu sobre outras figuras destacadas, como Bleuler, Adolph Meyer e Jung), mas raramente sua adesão à Liga Monista e sua efetiva defesa da eugenia e do social-darwinismo são discutidas na literatura histórica da psiquiatria. Embora na época Haeckel não advogasse uma filosofia ateia e materialista (preferindo o rótulo de monista), era justamente este tipo de filosofia o que seus seguidores fanáticos enfatizavam. O monismo era a unidade do espirito (Geist) e da matéria. Mas, na opinião de Haeckel, os ideais apolíneos do monismo haviam logo degenerado em excessos dionisíacos, e ele se distanciou do movimento que criara. Em 1911, o físico-químico Wilhelm Ostwald, professor da Universidade de Leipzig e ganhador do prêmio Nobel, tornou-se presidente da Liga Monista e fundou um “mosteiro monista” para iniciar reformas social-darwinistas no campo da eugenia, da eutanásia e da economia. Uma elite dedicada à preservação da religião monista se agrupou em torno do carismático Ostwald e de suas metafisicas volkish. Aliás, foram esses trabalhos de filosofia especulativa (Ostwald até adotou para eles o nome de filosofia natural) que fizeram dele uma figura internacional, antes mesmo de ter recebido o Nobel em 1909. Muitos o consideravam o profeta da era moderna. Sabemos que Ostwald foi uma influência significativa na teoria dos tipos psicológicos de Jung. Este [Jung] mencionou a distinção de Ostwald entre homens de gênio “clássicos” e “românticos” logo em sua primeira exposição pública dos tipos psicológicos, no Congresso Psicanalítico de Munique, em setembro de 1913. Segundo Jung, os clássicos e os românticos correspondiam respectivamente ao “tipo introvertido” e ao “tipo extrovertido”. Longas citações de Ostwald aparecem em outras obras de Jung entre 1913 e 1921 - justamente o período em que, através da Liga Monista, Ostwald defendia com a maior frieza a eugenia, o culto da natureza e o imperialismo alemão. Jung, num capítulo inteiro de seu livro Tipos Psicológicos, tratou favoravelmente essas mesmas ideias de personalidade de Ostwald. Exceto pelo breve comentário de que “o conceito de energia no monismo de Ostwald” constituía “exemplo de superestimação dos fatos”, Ostwald era com frequência citado longamente, muitas vezes de forma elogiosa [in: Jung, Analytical psychology, p. 27]. Temos evidências de que Jung lia os Annalen der Naturphilosophie, que Otswald fundara em 1901 e que continham alguns dos ensaios deste sobre sua “moderna teoria energética” vitalística, a qual pode ter influenciado a obra teórica posterior de Jung sobre a “energia psíquica”. (Noll, 1996, pp. 56-7)
No que diz respeito à importância do gnosticismo em sua obra: As reflexões de Jung tem estado muito tempo submersas no pensamento dos antigos gnósticos em tal grado que ele os considerava os descobridores virtuais da “psicologia profunda” (...). A antiga gnose, embora na sua forma de religião universal, em certo sentido prefigurava, e ao mesmo tempo ajudou a clarificar, a natureza da terapia espiritual junguiana. (FILORAMO apud HOELLER, 2008). Somado a isso, está a acusação feita a Jung de tentar fundar um movimento religioso herético disfarçado de psicologia científica, que se estaria espalhando através dos chamados movimentos espirituais da Nova Era. Certamente, o que Jung escreveu na primeira metade do século XX poderia ser aplicado à atualidade: Quando me refiro ao interesse psicológico (do homem ocidental contemporâneo), não entendo apenas o interesse pela ciência psicológica, ou o interesse ainda mais restrito pela psicanálise de Freud, mas o crescente interesse pelos fenômenos psíquicos mais amplos como o espiritismo, a astrologia, a teosofia, a parapsicologia, etc. O mundo não viu mais nada semelhante desde o final do século XVI e XVII. Só podemos compará-la com o apogeu da gnose dos séculos I e II d.C. As correntes espirituais de hoje têm realmente profundas semelhanças com o gnosticismo. Mais ainda: até existe hoje uma Igreja gnóstica da França e conheço, na Alemanha, duas escolas gnósticas que se declaram abertamente como tais. Numericamente, o movimento mais importante é sem dúvida a teosofia, como sua irmã continental, a antroposofia. Pode-se dizer que são água do mais puro gnosticismo, com roupagem indiana. Ao lado delas, o interesse pela psicologia científica é insignificante. Mas os sistemas gnósticos também se baseiam exclusivamente em fenômenos inconscientes e seus ensinamentos morais penetram na obscuridade profunda como, por exemplo, a versão europeia da yoga kundalini hindu. O mesmo acontece com os fenômenos da parapsicologia. Os que os conhecem podem confirmá-lo. (JUNG, 1993: 82-83). “A gnose junguiana: Estudo das noções de corpo e mente em Jung e suas raízes no gnosticismo”. Carlos Bein Quintana. SP. 2009, p. 3-4
“Ao relacionarmos Jung e teoria política, é quase inevitável tratarmos de sua relação com o nazismo na década de 30. Questão fundamental para que possamos dar o devido valor às contribuições deste autor no âmbito da psicologia do inconsciente, pois, como observa Andrew Samuels, as acusações de colaboração com os nazistas e o antissemitismo, ambas negadas por jung, (...). As acusações referem-se tanto às suas ações em relação ao regime nazista quanto às formulações teóricas que o abonassem, podendo ser classificadas como práticas de oportunismo, simpatia política e ou teórica ou colaborando com os nazistas. Alguns autores trataram recentemente (década de 90) da relação de jung com o nazismo, fornecendo diferentes interpretações para este acontecimento. (...).” “Um Momento Perigoso: Jung e o Nazismo”. Autor: Ulianov Reisdorfer. Tese de Mestrado. Campinas - SP. (2003). Pg. 14 e 15.
(...) as influências das leituras de Jung sobre gnosticismo na sua formulação dos conceitos de corpo e mente, a partir, principalmente, das citações que o próprio Jung faz dos gnósticos e das analogias que aparecem nos seus escritos, mesmo sem referência direta ao gnosticismo. Ao mesmo tempo, detectar se a interpretação que ele fez dos textos gnósticos de alguma forma os deformou, ao lhes atribuir suas próprias noções sobre corpo e mente, mesmo que ausentes nesses textos. (...). QUINTANA 2009, p. 3
Símbolos de Transformação coloca Jung em seu próprio caminho e é uma obra importante na história da psicologia analítica; é aqui que Jung começa a exploração dos “arquétipos do inconsciente coletivo”, embora, sem dúvida, ainda não usasse esses termos. Mais que qualquer outra obra, no entanto, ela confirma a observação do psicólogo Anthony Storr de que Jung estava “severamente tolhido...por sua dificuldade para expressar seus pensamentos com clareza”. “Não conheço outra pessoa criativa que fosse mais prejudicada pela inaptidão para escrever.” [Anthony Storr, Jung (Glasgow: Fontana/Collins, 1982), pp. 37-8] - Jung, o místico: as dimensões esotéricas da vida e dos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p. 109 e p. 256
Em algum momento depois de seu retorno da Conferência Clark (que se realizara em setembro de 1909 nos Estados Unidos, com Freud, Ferenczi e outros), Jung teve o sonho, hoje famoso, de haver descido temporal e espacialmente a uma velha casa, sonho que, segundo ele, lhe dera as primeiras ideias acerca de um inconsciente coletivo. Na realidade, isso lhe deu foi a ideia para seu primeiro modelo do inconsciente filogenético. Na literatura sobre Jung, há muitas versões desse sonho (em especial, uma bastante adornada por Aniela Jaffé, nas MDR) [MDR, p. 158-60. Outra versão é encontrada em E. A. Bennet, Meetings with Jung: conversations recorded during the years 1946-1961 (Zurich, Daimon, 1985), p. 117-8. Mais do que as costumeiras interpretações transcendentais que Jung fazia desse sonho, no relato de Bennet o material supostamente “impessoal” do inconsciente coletivo era associado por Jung a um material bastante pessoal. Bennet escreveu” “Mais tarde, quando ele refletiu sobre isso, a casa ganhou em sua mente algumas associações com a velhíssima casa de seu tio na Basileia, uma casa que fora construída no antigo fosso da cidade e tinha dois porões; o porão inferior era muito escuro e se parecia com uma caverna”.], mas talvez a informação a mais direta possa ser encontrada nas observações que Jung fez em abril de 1925, durante os seminários em inglês sobre a psicologia analítica. Depois de haver descrito como ele e Freud analisaram os sonhos um do outro durante a viagem aos Estados Unidos (Freud tendo sido, naturalmente, um intérprete menos capaz), Jung disse o seguinte: Ao voltar dos Estados Unidos, tive um sonho que foi a origem de meu livro Metamorfoses e símbolos da libido. Naquela época, eu não fazia ideia nenhuma do inconsciente coletivo; imaginava a consciência como um cômodo superior, o inconsciente como um porão e o corpo um manancial que ficava nos alicerces e fazia os instintos subirem. Esses instintos tenderiam a discordar de nossos ideais conscientes, e por isso os conservaríamos lá embaixo. Tal era a imagem que eu sempre usara, mas então veio aquele sonho, que espero poder lhes contar sem parecer muito inconveniente. Sonhei que estava numa casa medieval, uma construção grande e complicada, com muitos cômodos, corredores e escadarias. Eu vim da rua e desci para uma sala abobadada, em estilo gótico, e dali para um porão. Pensei que já estivesse na base da casa, mas aí descobri um buraco quadrado. De lanterna na mão, espiei por esse buraco, vi escadas que levavam para mais baixo ainda e desci por elas. Eram escadas empoeiradas e muito gastas; o ar era abafado, e o ambiente era todo muito estranho. Cheguei a outro porão, uma estrutura muito antiga, talvez romana, e de novo havia um buraco, pelo qual puder ver uma tumba com cerâmica pré-histórica, ossos e caveiras; como a poeira estava assentada, julguei ter feito uma grande descoberta. E então acordei. [Jung, Analytical psychology, p. 23-3] Essa “descida” temporal e espacial ao passado lembrava a Jung o interesse que ele demonstrara em seguir carreira na arqueologia, especialmente na pré-histórica. Ele disse a seus ouvintes de 1925 que tivera “uma sensação bastante impessoal a respeito do sonho” - e daí viera a intuição de que as imagens não se originavam de uma fonte pessoal, e sim de uma fonte filogenética ou transcendente. Freud, porém, interpretara o sonho de Jung como o desejo de que certas pessoas estivessem mortas e enterradas debaixo de dois porões [Jung, Analytical psychology, p. 23]. A interpretação de Freud era pessoal e ontogenética. Jung não ficara satisfeito com essa interpretação, e, para descobrir o significado do sonho, começara espontaneamente a empregar um procedimento que, mais tarde, ele cultivaria como a base de sua técnica psicoterápica: a imaginação ativa. De fato, o primeiro uso conhecido da imaginação ativa remonta a suas tentativas de setembro-outubro de 1909 para adivinhar o significado daquele sonho. Jung explicou aos ouvintes como usara a imaginação para escavar a filogenia da alma: Involuntariamente, comecei a fantasiar a respeito, embora ainda não soubesse nada sobre como usar a fantasia para revelar material inconsciente. Pensei comigo mesmo: “Não é ótimo fazer escavações? Quando será que terei chance de fazer isso?” E, quando voltei para casa, procurei mesmo um lugar que estivesse sendo escavado e fui até lá. [Jung, Analytical psychology, p.23] Aqui vemos Jung recorrer a práticas visionárias com as quais já estava bastante familiarizado, graças a seu envolvimento com o espiritismo e a seu conhecimento das pretensões de madame Blavatsky e dos iniciados teosofistas, que alegavam contatar o passado ancestral por meio da imaginação. Jung, porém, reformulou a prática a fim de fazê-la parecer menos ocultista e mais científica, estabelecendo para isso uma analogia com a arqueologia - uma forma de traduzir ou reembalar ideias arcanas ou ocultistas para deixá-las coerentes com a terminologia psiquiátrica e científica da época. Afinal, Jung era um médico e cientista renomado, e a maior parte de seus discípulos vinha da burguesia. Guido von List dizia a seus seguidores que “precisamos ver com a alma a paisagem que a arqueologia recupera com a pá”; Jung se entregou a essa prática e a ensinou a gerações de discípulos. Tais “escavações” visionárias eram então bastante comuns às principais tradições ocultistas e à vertente volkisch da cultura centro-europeia. (...). - O culto de Jung: origens de um movimento carismático. Richard Noll, 1996, Ed. Ática, 2ª edição, p. 195-7 e p. 385
A fim de se defender da depressão materna, Jung teria feito uso de diferentes mulheres e “uma dessas mulheres constituiu a base para a sua concepção de sua própria anima” (1989a, p. tr. p. 367). Winnicott prossegue: “(Para mim, a anima é aquela parte de qualquer homem que pudesse dizer: ‘Sempre soube que era uma mulher’)” (1989a, p. tr. p. 367). No mesmo estilo de releitura, Winnicott observa: “(para mim), seu [de Jung] conceito de inconsciente coletivo fez parte da sua tentativa de lidar com sua falta de contato com o que poderia agora ser chamado de o-inconsciente-segundo-Freud” (1989a, p. 488; tr. p.369). Ou ainda: “a mandala, do meu ponto de vista, é construção defensiva, uma defesa contra aquela espontaneidade que tem a destrutividade como seu vizinho de porta” (1989a, p. 491; tr. p. 371). - Winnicott e Jung - Zeljko Loparic. SP, Editoral, 2014, p.39-40
Bom colega se você questiona a capacidade de Leonardo Boff em falar de Jung, então aponte alguém melhor que ele, mesmo com todas as contradições de Leonardo Boff! Simples. Ou então, faça o vídeo você mesmo. As coisas a gente resolve na prática e não com teorias e detonando as outras pessoas.
(...). Finalmente a posição seria ocupada numa base quase permanente por Toni Wolff, outra paciente que, em 1913, tornou-se amante de Jung, uma distinção de que desfrutaria até meados dos anos 1940 e que a santa Emma [1ª esposa de Jung] suportou de forma elegante, mas não sem sofrimento. Antes de Toni houve outras. Em suas palestras na universidade, Jung era cobiçado por um punhado de fãs abastadas, localmente conhecidas como Zurichberg Pelzmantel, as “senhoras de casacos de pele”, e na época em que emergiu como fundador de uma nova escola de psicologia (ou autotransformação), raramente era visto sem um bando de admiradoras, uma benção (ou maldição) que compartilhou com outros “mestres”, como Rudolf Steiner e Gurdjieff. Que Jung tivesse relações sexuais com algumas de suas pacientes forneceu, o que não é de espantar, muita munição a seus detratores. - Jung, o místico: a dimensões esotéricas da vida e edos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p. 76
..., é preciso lembrar que informações importantes sobre Jung foram por muito tempo omitidas, com as várias sessões mediúnicas das quais ele participou entre 1920 e 1923 e o que teria sido o seu maior sonho (ou transe) em que ele se sentiu transformado no deus Mitras, fatos só divulgados após 1980. Essas histórias geraram acusações posteriores de que ele estaria tentando fundar um culto. (...). É um pouco difícil definir as dimensões exatas dessas influências, mas o ocultismo e as ideias de um retorno a uma religião anterior ao Cristianismo certamente estão presentes nas divagações da chamada volkisch kultur, a cultura popular germânica da época. A onda orientalista, que surgiu a partir do movimento hippie dos anos 60, foi um movimento difuso, populista, liberal, não hierarquizado, repleto de cores, danças e incensos. Mas a onda orientalista esotérica que varreu a Europa dos meados do século XIX ao início do século XX - teosofia, antroposofia e outros - teve um caráter diferente, dual. Mas foi principalmente um orientalismo conservador, elitista e hermético. Algumas formas , contudo, atingiram um público não convencional e passaram a integrar o circuito de contracultura de Schwabing-Ascona, de 1880 até 1920, que foi o equivalente do movimento hippie dos anos 60 do século XX. Schwabing era o bairro boêmio de Munique e Ascona, na Suíça, o ponto de encontro dos jovens adeptos do amor livre, das drogas e dos cultos à naturea, para o que naturalmente ajudava muto que a polícia suíça fosse mais tolerante que a alemã. Jung, certamente, esteve em contato com alguns desses elementos, diríamos hoje, alternativos, porque muitos acabavam internados, provavelmente por consumo excessivo de drogas, no hospital psiquiátrico de Burgholzli, onde ele clinicava como psiquiatra. Essa contracultura teve uma estranha combinação de elementos: o orientalismo, o culto à natureza e ao sol da pátria, o povo como identidade mítica, a mitologia germânica como fonte de inspiração, a paixão pelos acampamentos ao ar livre e cânticos em torno de fogueiras, elementos que o nazismo soube muito bem explorar. Como a mitologia germânica ficou fora de moda por causa da sua adoção pelo nazismo, hoje em dia nossos esotéricos apelam para a mitologia céltica, que não tem essa vinculação, embora aparentada e continuam das danças sob o céu estrelado, as túnicas brancas, o culto à Lua. Sai Wotan, entram os druidas. (...). Deve-se registrar também que Jung foi acusado de simpatia pelo nazismo, pois em alguns de seus escritos nota-se alguma velada admiração pelo mesmo, essencialmente pelas forças míticas desencadeadas, postura que ele abandonou a partir de 1938, horrorizado com os rumos que as coisas tomaram. Mas a sombra ficou, ...(...). Criados de um modo extremamente personalista, abusivamente abrangentes, muito marcados pelo contexto específico de uma época, a modernidade, e de uma cultura eurocêntrica, utilizaram métodos de divulgação e conversão semelhantes a movimentos políticos ou seitas. (...). No modo pragmático e imediatista atual, as pessoas estão mais preocupadas com soluções do que com interpretações e, portanto, são tempos de crise para a psicologia profunda. Esta crise não deriva de que a psicanálise esteja certa ou erada, mas da incapacidade de uma fórmula, tão vinculada à modernidade, se manter dominante em um mundo pós-moderno, no qual o contexto não lhe é absolutamente favorável. A psicologia analítica só não foi tão atingida porque inclui elementos que são especialmente caros ao pensamento contemporâneo, como a questão espiritualista, da qual James Hillman tentou, sem sucesso, se libertar. Andrew Samuels distingue, com fina ironia, quatro tipos de analistas junguianos: o fundamentalista, que se orienta rigorosamente pela vida e obra de Jung; o clássico, ligado às ideias pessoais de Jung, mas com uma visão crítica. O desenvolvimentista, que associa a psicologia analítica com estudos freudianos sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente. Finalmente, o chamado psicanaliticamente orientado, que valoriza a transferência como o problema maior e, neste caso, a diferente entre esse modelo e a psicanálise ortodoxa freudiana cai quase a zero. O caminho de Jung” - George Borten. Belo Horizonte, 2001, p. 29-34
Não se pode deixar de comentar que casar-se com Emma - o que ele [Jung] fez em fevereiro de 1903 - foi provavelmente a coisa mais afortunada que aconteceu a Jung. Embora ele acabasse atraindo pacientes extremamente prósperos de ambos os lados do Atlântico, foi a riqueza de Emma que lhe permitiu levar adiante sua pesquisa sem se preocupar em ganhar dinheiro; graças a isso pôde finalmente deixar o Burgholzli [hospital psiquiátrico] e montar um consultório particular. Antes, porém, Jung passou o inverno de 1902 para 1903 em Paris, assistindo a palestras do renomado Pierre Janet, o psiquiatra e filósofo que cunhou os termos “dissociação” e “subconsciente” e cuja crença de que traumas antigos eram responsáveis pela condição atual do paciente precederam por alguns anos a crença similar de Freud. O próprio Freud tinha estudado sob a orientação do grande Jean-Martin Charcot, orientador de Janet no Hospital Salpêtrière, em Paris, assim como Bleuler, e Janet mais tarde acreditou ver a confirmação de sua obra na de Freud; na verdade, para Janet essa “confirmação” com frequência esbarrava no plágio. Embora Freud seja citado com extrema frequência como a maior influência sobre Jung, Janet e outro psicólogo francês, Alfred Binet, são sérios desafiantes. Janet sustentava que havia duas neuroses básicas, histeria e psicastenia, e Binet também desenvolveu a tipologia de “introspecção” e “extroversão”. Tanto as ideias de Janet quanto as de Binet influíram nos estudos de Jung sobre “introversão” e “introspecção”, que formam a base de seu livro mais influente, Tipos Psicológicos. [...] O próprio Jung tinha experimentado a verdade da noção de Janet quando se “curou” dos desmaios e mais tarde da indecisão sobre a carreira: em ambos os casos uma “colisão com a realidade” atirou Jung numa ação determinada. [...] ...Jung estava numa espécie de férias em Paris e tinha mais coisas na mente do que as ideias de Janet. Só assistia palestras uma vez por semana; o resto do tempo era dele e passava-o desfrutando a cidade, suas galerias de arte, concertos e cafés, tendo aulas de inglês na escola de idiomas Berlitz e pensando no casamento próximo. [...] - Jung, o místico: a dimensões esotéricas da vida e dos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p.73-75
(...). Jung se refere ao modo como a gnose vai se transformando em dogma, tema tratado acima. Chama a atenção a nota em que Jung se preocupa em diferenciar gnose de gnosticismo. Quanto à gnose, nesse e em outros textos Jung estaria basicamente de acordo com Hanegraff: “Considero (...) a gnose religiosa um empreendimento gigantesco do espírito humano que tenta extrair um conhecimento do mundo a partir do interior” (IDEM, 1989: 326). (...). No entanto, ao se referir especificamente ao gnosticismo, Jung ressalta a... ...atitude orgulhosa (...) que surge a partir do momento em que o iluminado se identifica com sua luz (...), julgando-se assim acima de suas trevas. Ele se esquece de que a luz só tem sentido quando ilumina as trevas e de que sua iluminação só serve para ajudá-lo a conhecer as próprias trevas (...). A Igreja viu o perigo do irrealismo gnóstico e por isso sempre insistiu, com razão prática, no aspecto concreto dos fatos históricos, embora os primeiros escritos do Novo Testamento previssem a deificação final do homem, e isso numa singularíssima concordância com as palavras da serpente do paraíso: "Eritis sicut dii". (IDEM, 1985b: 86-87)
(...) Jung pretendia fundar um movimento religioso. - “A gnose junguiana: Estudo das noções de corpo e mente em Jung e suas raízes no gnosticismo”. Carlos Bein Quintana. SP. 2009, p. 106
(...) Talvez o que muitos críticos percebam em Jung seja sua identidade essencialmente volkisch, da qual há muitas provas. O que Jung fazia não era só psicologia racial, mas psicologia volkisch. Para mim, as alegadas evidências de que ele abraçou ativa e abertamente o antissemitismo ou o nazismo não são indiscutíveis e, da perspectiva do historiador, talvez se mostrassem mais produtivas se consideradas em seu contexto volkisch, mais profundo. Historiadores como Mosse têm sempre insistido em que o antissemitismo e o nacional-socialismo, embora derivados dessa tradição volkisch, não devem ser considerados em tudo idênticos a ela e a seus rebentos, dos quais Jung e a psicologia analítica eram apenas um entre muitos. De um ponto de vista histórico, faria mais sentido ver coincidências parciais entre quem estava no círculo de Jung (incluindo ele próprio) e quem estava em círculos nacional-socialistas na década de 30, coincidências que de fato estão bem documentadas. [ver sobretudo a seção “Psyche and the swastika” em Geoffrey Cocks, Psychotherapy in the Third Reich (New York, Oxford University Press, 1985), p. 50-86. Um reconhecimento da influência volkisch de Jung se evidencia especialmente em Geoffrey Cocks, “The Nazis and C. G. Jung”, em Maidenbaum & Martin, Lingering shadows, p. 157-66. Ver também os seguintes trabalhos: Andrew Samuels, “National psychology, National Socialism, and analytical psychology: reflections on Jung and anti-Semitism”, em Journal of Analytical Psychology, 37: 3-28, 127-48 (1992); e Arvid Erlenmeyer, “Jung und die Deutschen”, em Analytische Psychologie, 23: 132-61 (1992).] (Noll, 1996, p. 113 e p. 366)
JUNG E RICHARD WHILHEIM (I CHING) ? files.artedaguerra.webnode.com.br/200001161-43851447e4/i-ching.pdf .... E QUANTO à ASTROLOGIA... O QUE JUNG FALOU A RESPEITO :)
Greatfull,gosto muito desse sotaque paulista, meio double de desenho animado,.magos,freud,investigou os desejos animais " no ser sofisticado, humano,young,observou, outea dimensão, de um modo,discreto dialogou,muito bem
O CORPO BIOLOGICO, E' A ESPRESSAO VIZIVEL DE IMFORMACOES ADQUIRIDAS OU SUBTRAIDAS POR NOS MESMOS, EM UMA OU VARIAS VIDAS, (ESPIRITO + ENERGIA , + INFORMACAO = VIDA
Mas talvez possamos estar de acordo (pelo menos alguns de nós) na única coisa que esta história nos ensina: que os malucos e os bobos também são importantes na história das ideias; que nem sempre aqueles cuja inteligência é indiscutível e inatacável tem as ideias mais importantes; que até os pensadores são humanos e precisam pensar com o corpo todo; e que a Verdade será apreendida de alguns ângulos bem esquisitos. - Martin Green, The mountain of truth
delírios do hierofante suíço: (...)... Jung discute sobre o simbolismo cristão da Trindade. Para o psicólogo, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, não seriam suficientes para representar a totalidade. Seu caráter é apenas masculino ou de bondade. Haveria a necessidade de um quarto elemento, sendo este a figura feminina de Maria, ou o simbolismo do mal encarnado no Diabo. A inclusão do demônio e da mulher na quaternidade foi discutida por Dorn (1530-1588), no século dezesseis.” Obs.: Em nota de rodapé, a autora nos ensina quem foi Dorn: “Gerardus Dorn foi médico e filósofos. Desenvolveu diversos tratados alquímicos encontrados na obra Theatrum Chemicum, de diversos autores. Dentre estes tratados encontram-se o tratado De tenebris contra naturam, et vita brivis e Del duelo animi cum corpore, os quais são analisados por Jung em sua obra Psicologia e Religião (JUNG, 2012 p. 80) Dorn diz: Ele [o diabo] cheio de astúcia, sabia com efeito que Adão fora assinalado com a marca do um; por isso, não o assediou em primeiro lugar. Pois não tinha certeza de que poderia conseguir. Mas sabia também que Eva tinha sido separada de seu marido, à semelhança do número binário que se separa da unidade no número três. Por isso, apoiado numa certa semelhança do número dois com o número um... decidiu atacar a mulher. Efetivamente, todos os números pares são femininos e sua base é o número dois, correspondendo Eva a este primeiro par. (DORN apud JUNG, 2012 p. 80). - JUNG, C. G. “Psicologia e religião” .10ª ed. Vozes, 2012. No mundo das imagens cristãs não é a quaternidade que aparece, mas uma tríade. A Trindade é composta por três pessoas. A quarta, excluída, poderia se referir ao Diabo. Seria assim, para Jung, o complemento da totalidade cristã. (JUNG 2011g. p 103) - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 28
...parece que os junguianos não se interessam por ideias. Muitos junguianos tem a sensação de ter todas ideias de que precisam; Jung deu-lhes as ideias, tudo o que eles precisam e aplica-las e trabalhar com elas. Estão satisfeitos. (...) Eles apenas vivem das ideias de Jung (ou Freud, tanto faz), sem acrescentar nem mesmo uma vírgula por si mesmos. Isto é uma traição gigantesca, uma desonestidade. Você deve pagar por aquilo que ganha de uma escola levando suas ideias adiante. Mas tudo com o que se preocupam é com as qualificações de treinamento - mantendo os outros afastados de sua “tribo”. E é tudo calcado num pseudomisticismo da individuação e da totalidade. - James Hillman, ex-diretor de estudos do C.G.Jung Institut, de Zurique. “Entre Vistas”. Summus Editorial, 1989.
que horror essa mania de fundo sonoro Marlboro que come TUDO!!! Quando as pessoas compreenderao que é uma prova de falta de sensibilidade ter necessidade de preencher cada espaço com musica??? Nao consegui aguentar esse detalhe, que pena, as entrevistas tinham jeito de ser muito boas. Falta de gosto!!!!!Mas é irritante demais! Cretinice...
"A religião ilude o ser humano mas permite que ele viva?" O que dizer disso... Bom, pode servir para alguns. Para mim, prefiro a abordagem de Freud, que permite que o indivíduo se depare com sua verdade inconsciente, tratando com coragem a necessidade do ser humano por prazer, em vez de se refugiar na religião - a mesma religião que "abafa" esta necessidade por prazer e nos leva à neurose. Enfim, são formas de ver a vida e de se deparar com o mundo. Eu ainda penso que pra se viver é preciso coragem...
Pablo, se vc se atentar, o Leonardo Boff diz que quem considerava que a religião é uma ilusão necessária é o próprio Freud. O trecho em questão começa a partir do minuto 8:10
mas Jung não fala da necessidade de uma religiosidade no ser humano, ele fala que a totalidade (individuação) está numa vida espiritualizada (busca pelo entendimento de todo o seu ser), no entendimento de que Deus está dentro de todos nós.. Jung defende que a espiritualidade vem de dentro pra fora, ao invés de ser de fora pra dentro (como a maioria das religiões ocidentais nos passam)
Sr Pablo deve conhecer mais Jung, ele não se reporta a religião,e sim a espiritualidade. Acreditava no ser humano como algo além dos extintos e limitações racionais da mente humana, ele acreditava e tinha conhecimento do Eu Superior
Jung é jung e nós é nós cada um viva do modo que achar melhor se o sujeito se encontro em qualquer metodo religioso que bom. Se não vai ser jung ou outro qualquer que vai fazer tal encontro ?
Esse velho no vídeo é o Leonardo Boff? Se for, nossa, um crente no marxismo, tentando falar do divino e sobre a transcendência no humano!!!??? ... pausa para uma salutar gargalhada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ... por que pessoas como ele tentam conciliar coisas extremamente díspares e não conectáveis para aqueles que, de fato e predileção, levam esse tema com seriedade?! Jung, de fato, foi e é de grande importância para nossa compreensão do que podemos entender como espiritualidade comportamental, intimista e transcendental, mas, na minha modesta opinião, ele se acovardou ao negar essa mesma espiritualidade em sua realidade fática, constatável empiricamente, como afirmação da existência, sobrevivência e retorno do espírito humano às experiencias na vida física (reencarnação) ... acho que ele, no fundo e para si mesmo, sabia da existência e necessidade dessa realidade ao longo de suas investigações e estudos, por que era esse "mecanismo", se assim posso chamar, que permitiria nosso adiantamento e autocompreensão ... ele preferiu disfarçar esses conceitos em metáforas e termos próprios de sua disciplina, talvez para torná-la mais aceitável e palatável às pessoas de sua época ... talvez ...
O vídeo mais claro que já vi sobre a vida e a teoria de Jung. Fabulosa produção! Vou compartilhar a quem tem dúvidas sobre essa parte da história.
É por aí mesmo, Pedro!
Eu tive o privilégio de ter o Leonardo Boff como professor.
Leonardo Boff obrigado por partilhar conosco seu conhecimento , quero conhecer mais Jung que deixou uma obra tão rica sobre o ser humano
Leonardo Bodd aquece a alma, recomendo a todos que perdeu muito da fé, assim como eu. Gratidão por postar tal vídeo.
Gratidão pela.tua magnífica Reflexão...
Profundo...orientações ricas..cheias de inteligencia humanizada..sensibilidade e amor a vida..ao ser..ao existir..e à fonte da vida..Grata Jung por seu trabalho extraordinário e imensamente valioso!
Frei Boff, grande mestre da palavra. Nosso carinho e gratidão pela partilha de tanta luz nesses tempos inquietantes.
conhecer as obras de jung , goldsmith ,joseph murphy é muito importante pra quem quer conhecer a si mesmo
Olá amigo vc tem o livro em pdf do Jung?
Que presente esse video nos dias de hoje ...
Leonardo, explica tão bem, que me sinto mais leve.
Belíssimo vídeo. Conteúdo riquíssimo. Muito gostoso de assistir
Simplesmente maravilhoso. Sem palavras.
Achei interessante alguém lembrar que a religião ilude mas permite que o ser sobreviva é um atalho da espiritualidade que é tão generosa em opções onde no caminho da evolução ele também pode se atrasar nessa busca aqui ali e escolher desistir,o foco deve sempre permaceder no que sente razão e coracao, com respostas na experiência pessoal a convicção forma a fé na verdade sem doutrina,a caminhada da individuação que traz paz e felicidade...Jung viveu isso,porisso ele certamente conheceu Deus
Boff, verdadeiro cristão!
Grande humanitário.
Que aula maravilhosa, muitissimo obrigado.
Que inteligência fantástica, muito profundo e esclarecedor.
"Conhecerei a verdade e ela vos libertará", muito interessante e ao meu ver se estamos realmente a procura da verdade, a reencarnação que a milenar filosofia oriental e os estudos do pedagogo: Hippolyte Léon Denizard Rivail (francês: [ʁivɑj]; Lyon, 3 de outubro de 1804 - Paris, 31 de março de 1869) foi um influente educador, autor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec (francês: [kaʁdɛk]),[1] notabilizou-se como o codificador[nota 1] do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita. Foi discípulo do reformador educacional Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais (mais notoriamente a mediunidade), assuntos que antes costumavam ser considerados inadequados para uma investigação do tipo.[2][3][4]Adotou o seu pseudônimo para uma diferenciação da Codificação Espírita em relação aos seus anteriores trabalhos pedagógicos. Nos auxilia a termos uma visão holística da realidade espiritual e muitos acreditam que é a terceira revelação que o espírito da verdade, nos revela , para honra e glória do nosso mestre , irmão e senhor "Jesus o Cristo"
Excelente explanação de Boff sobre a obra de Jung, com acento em sua busca da espiritualidade. ..
Que fala profunda: "a religião é uma neurose que evita a psicose, ilude o ser humano mas permite que ele viva" (Leonardo Boff).
Simplesmente maravilhoso!
Profundo e simples ao mesmo tempo👏👏👏👏👏👏
Que maravilha de vídeo!
Encantad com tanto conhecimento❤
freud e jung são dois grandes da psicologia,um complementou o outro enriqueceu o outro,com suas idéias,como individuação,arquétipo.
Gratidão por compartilhar!!
Dentro de cada um de nós existe recursos próprios para sua própria cura.
Simplesmente sensacional 😀
Um vídeo abordado sob um prisma bastante especial.
Apreciei!
Amei....gratidão!!!!Viva Yung !!!
O caminhar da vida me curou foi caindo levantando tirando os obstáculos cansando mas enfrentando
Em 1904, já havia grupos organizados em toda a Europa central (conhecidos como Liga Monista, ou Monistenbund), e alguns faziam experiências com rituais baseados nessa nova religião científica. Em Iena, em 1906, sob a direção do próprio Haeckel, eles se organizaram formalmente numa única entidade administrativa, tal como células unidas na identidade individual de um corpo maior. Já havia muito tempo, a Europa central era solo fértil para ideias assim, sobretudo entre os darwinistas alemães, pois “grande número deles abandonaram a religião cristã” e, como Haeckel, denunciava a religião organizada. Muitas celebridades da cultura, do ocultismo e da ciência ingressaram na Liga Monista, inclusive o físico Ernst Mach e o sociólogo Ferdinand Tonnies. A Liga também atraiu luminares como a dançarina Isadora Duncan, o então teosofista Rudolph Steiner e o psiquiatra August Forel (1848-1931). Forel era ex-diretor do Burgholzli e figura dominante na tradição clínica suíça e francesa da virada do século. É lembrado pela contribuição que deu à psiquiatria (e pela influência que exerceu sobre outras figuras destacadas, como Bleuler, Adolph Meyer e Jung), mas raramente sua adesão à Liga Monista e sua efetiva defesa da eugenia e do social-darwinismo são discutidas na literatura histórica da psiquiatria. Embora na época Haeckel não advogasse uma filosofia ateia e materialista (preferindo o rótulo de monista), era justamente este tipo de filosofia o que seus seguidores fanáticos enfatizavam. O monismo era a unidade do espirito (Geist) e da matéria. Mas, na opinião de Haeckel, os ideais apolíneos do monismo haviam logo degenerado em excessos dionisíacos, e ele se distanciou do movimento que criara. Em 1911, o físico-químico Wilhelm Ostwald, professor da Universidade de Leipzig e ganhador do prêmio Nobel, tornou-se presidente da Liga Monista e fundou um “mosteiro monista” para iniciar reformas social-darwinistas no campo da eugenia, da eutanásia e da economia. Uma elite dedicada à preservação da religião monista se agrupou em torno do carismático Ostwald e de suas metafisicas volkish. Aliás, foram esses trabalhos de filosofia especulativa (Ostwald até adotou para eles o nome de filosofia natural) que fizeram dele uma figura internacional, antes mesmo de ter recebido o Nobel em 1909. Muitos o consideravam o profeta da era moderna.
Sabemos que Ostwald foi uma influência significativa na teoria dos tipos psicológicos de Jung. Este [Jung] mencionou a distinção de Ostwald entre homens de gênio “clássicos” e “românticos” logo em sua primeira exposição pública dos tipos psicológicos, no Congresso Psicanalítico de Munique, em setembro de 1913. Segundo Jung, os clássicos e os românticos correspondiam respectivamente ao “tipo introvertido” e ao “tipo extrovertido”. Longas citações de Ostwald aparecem em outras obras de Jung entre 1913 e 1921 - justamente o período em que, através da Liga Monista, Ostwald defendia com a maior frieza a eugenia, o culto da natureza e o imperialismo alemão. Jung, num capítulo inteiro de seu livro Tipos Psicológicos, tratou favoravelmente essas mesmas ideias de personalidade de Ostwald. Exceto pelo breve comentário de que “o conceito de energia no monismo de Ostwald” constituía “exemplo de superestimação dos fatos”, Ostwald era com frequência citado longamente, muitas vezes de forma elogiosa [in: Jung, Analytical psychology, p. 27]. Temos evidências de que Jung lia os Annalen der Naturphilosophie, que Otswald fundara em 1901 e que continham alguns dos ensaios deste sobre sua “moderna teoria energética” vitalística, a qual pode ter influenciado a obra teórica posterior de Jung sobre a “energia psíquica”. (Noll, 1996, pp. 56-7)
Maravilha.! Amei.
No que diz respeito à importância do gnosticismo em sua obra:
As reflexões de Jung tem estado muito tempo submersas no pensamento dos
antigos gnósticos em tal grado que ele os considerava os descobridores virtuais da “psicologia profunda” (...). A antiga gnose, embora na sua forma de religião universal, em certo sentido prefigurava, e ao mesmo tempo ajudou a clarificar, a natureza da terapia espiritual junguiana. (FILORAMO apud HOELLER, 2008).
Somado a isso, está a acusação feita a Jung de tentar fundar um movimento religioso herético disfarçado de psicologia científica, que se estaria espalhando através dos chamados movimentos espirituais da Nova Era. Certamente, o que Jung escreveu na primeira metade do século XX poderia ser aplicado à atualidade:
Quando me refiro ao interesse psicológico (do homem ocidental
contemporâneo), não entendo apenas o interesse pela ciência psicológica, ou o interesse ainda mais restrito pela psicanálise de Freud, mas o crescente interesse pelos fenômenos psíquicos mais amplos como o espiritismo, a astrologia, a teosofia, a parapsicologia, etc. O mundo não viu mais nada semelhante desde o final do século XVI e XVII. Só podemos compará-la com o apogeu da gnose dos séculos I e II d.C. As correntes espirituais de hoje têm
realmente profundas semelhanças com o gnosticismo. Mais ainda: até existe hoje uma Igreja gnóstica da França e conheço, na Alemanha, duas escolas gnósticas que se declaram abertamente como tais. Numericamente, o movimento mais importante é sem dúvida a teosofia, como sua irmã continental, a antroposofia. Pode-se dizer que são água do mais puro gnosticismo, com roupagem indiana. Ao lado delas, o interesse pela psicologia científica é insignificante. Mas os sistemas gnósticos também se baseiam exclusivamente em fenômenos inconscientes e seus ensinamentos
morais penetram na obscuridade profunda como, por exemplo, a versão europeia da yoga kundalini hindu. O mesmo acontece com os fenômenos da parapsicologia. Os que os conhecem podem confirmá-lo. (JUNG, 1993: 82-83). “A gnose junguiana: Estudo das noções de corpo e mente em Jung e suas raízes no gnosticismo”. Carlos Bein Quintana. SP. 2009, p. 3-4
MARAVILHOSO!!!
Exelente!
“Ao relacionarmos Jung e teoria política, é quase inevitável tratarmos de sua relação com o nazismo na década de 30. Questão fundamental para que possamos dar o devido valor às contribuições deste autor no âmbito da psicologia do inconsciente, pois, como observa Andrew Samuels, as acusações de colaboração com os nazistas e o antissemitismo, ambas negadas por jung, (...). As acusações referem-se tanto às suas ações em relação ao regime nazista quanto às formulações teóricas que o abonassem, podendo ser classificadas como práticas de oportunismo, simpatia política e ou teórica ou colaborando com os nazistas. Alguns autores trataram recentemente (década de 90) da relação de jung com o nazismo, fornecendo diferentes interpretações para este acontecimento. (...).” “Um Momento Perigoso: Jung e o Nazismo”. Autor: Ulianov Reisdorfer. Tese de Mestrado. Campinas - SP. (2003). Pg. 14 e 15.
Maravilhoso!!
Encantador
Boff mais Jung...dupla sabedoria...muito bom...muito verdadeiro
(...) as influências das leituras de Jung sobre gnosticismo na sua formulação dos conceitos de corpo e mente, a partir, principalmente, das citações que o próprio Jung faz dos gnósticos e das analogias que aparecem nos seus escritos, mesmo sem referência direta ao gnosticismo. Ao mesmo tempo, detectar se a interpretação que ele fez dos textos gnósticos de alguma forma os deformou, ao lhes atribuir suas próprias noções sobre corpo e mente, mesmo que ausentes nesses textos. (...). QUINTANA 2009, p. 3
Símbolos de Transformação coloca Jung em seu próprio caminho e é uma obra importante na história da psicologia analítica; é aqui que Jung começa a exploração dos “arquétipos do inconsciente coletivo”, embora, sem dúvida, ainda não usasse esses termos. Mais que qualquer outra obra, no entanto, ela confirma a observação do psicólogo Anthony Storr de que Jung estava “severamente tolhido...por sua dificuldade para expressar seus pensamentos com clareza”. “Não conheço outra pessoa criativa que fosse mais prejudicada pela inaptidão para escrever.” [Anthony Storr, Jung (Glasgow: Fontana/Collins, 1982), pp. 37-8] - Jung, o místico: as dimensões esotéricas da vida e dos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p. 109 e p. 256
Em algum momento depois de seu retorno da Conferência Clark (que se realizara em setembro de 1909 nos Estados Unidos, com Freud, Ferenczi e outros), Jung teve o sonho, hoje famoso, de haver descido temporal e espacialmente a uma velha casa, sonho que, segundo ele, lhe dera as primeiras ideias acerca de um inconsciente coletivo. Na realidade, isso lhe deu foi a ideia para seu primeiro modelo do inconsciente filogenético. Na literatura sobre Jung, há muitas versões desse sonho (em especial, uma bastante adornada por Aniela Jaffé, nas MDR) [MDR, p. 158-60. Outra versão é encontrada em E. A. Bennet, Meetings with Jung: conversations recorded during the years 1946-1961 (Zurich, Daimon, 1985), p. 117-8. Mais do que as costumeiras interpretações transcendentais que Jung fazia desse sonho, no relato de Bennet o material supostamente “impessoal” do inconsciente coletivo era associado por Jung a um material bastante pessoal. Bennet escreveu” “Mais tarde, quando ele refletiu sobre isso, a casa ganhou em sua mente algumas associações com a velhíssima casa de seu tio na Basileia, uma casa que fora construída no antigo fosso da cidade e tinha dois porões; o porão inferior era muito escuro e se parecia com uma caverna”.], mas talvez a informação a mais direta possa ser encontrada nas observações que Jung fez em abril de 1925, durante os seminários em inglês sobre a psicologia analítica. Depois de haver descrito como ele e Freud analisaram os sonhos um do outro durante a viagem aos Estados Unidos (Freud tendo sido, naturalmente, um intérprete menos capaz), Jung disse o seguinte:
Ao voltar dos Estados Unidos, tive um sonho que foi a origem de meu livro Metamorfoses e símbolos da libido. Naquela época, eu não fazia ideia nenhuma do inconsciente coletivo; imaginava a consciência como um cômodo superior, o inconsciente como um porão e o corpo um manancial que ficava nos alicerces e fazia os instintos subirem. Esses instintos tenderiam a discordar de nossos ideais conscientes, e por isso os conservaríamos lá embaixo. Tal era a imagem que eu sempre usara, mas então veio aquele sonho, que espero poder lhes contar sem parecer muito inconveniente.
Sonhei que estava numa casa medieval, uma construção grande e complicada, com muitos cômodos, corredores e escadarias. Eu vim da rua e desci para uma sala abobadada, em estilo gótico, e dali para um porão. Pensei que já estivesse na base da casa, mas aí descobri um buraco quadrado. De lanterna na mão, espiei por esse buraco, vi escadas que levavam para mais baixo ainda e desci por elas. Eram escadas empoeiradas e muito gastas; o ar era abafado, e o ambiente era todo muito estranho. Cheguei a outro porão, uma estrutura muito antiga, talvez romana, e de novo havia um buraco, pelo qual puder ver uma tumba com cerâmica pré-histórica, ossos e caveiras; como a poeira estava assentada, julguei ter feito uma grande descoberta. E então acordei. [Jung, Analytical psychology, p. 23-3]
Essa “descida” temporal e espacial ao passado lembrava a Jung o interesse que ele demonstrara em seguir carreira na arqueologia, especialmente na pré-histórica. Ele disse a seus ouvintes de 1925 que tivera “uma sensação bastante impessoal a respeito do sonho” - e daí viera a intuição de que as imagens não se originavam de uma fonte pessoal, e sim de uma fonte filogenética ou transcendente. Freud, porém, interpretara o sonho de Jung como o desejo de que certas pessoas estivessem mortas e enterradas debaixo de dois porões [Jung, Analytical psychology, p. 23]. A interpretação de Freud era pessoal e ontogenética.
Jung não ficara satisfeito com essa interpretação, e, para descobrir o significado do sonho, começara espontaneamente a empregar um procedimento que, mais tarde, ele cultivaria como a base de sua técnica psicoterápica: a imaginação ativa. De fato, o primeiro uso conhecido da imaginação ativa remonta a suas tentativas de setembro-outubro de 1909 para adivinhar o significado daquele sonho. Jung explicou aos ouvintes como usara a imaginação para escavar a filogenia da alma:
Involuntariamente, comecei a fantasiar a respeito, embora ainda não soubesse nada sobre como usar a fantasia para revelar material inconsciente. Pensei comigo mesmo: “Não é ótimo fazer escavações? Quando será que terei chance de fazer isso?” E, quando voltei para casa, procurei mesmo um lugar que estivesse sendo escavado e fui até lá. [Jung, Analytical psychology, p.23]
Aqui vemos Jung recorrer a práticas visionárias com as quais já estava bastante familiarizado, graças a seu envolvimento com o espiritismo e a seu conhecimento das pretensões de madame Blavatsky e dos iniciados teosofistas, que alegavam contatar o passado ancestral por meio da imaginação. Jung, porém, reformulou a prática a fim de fazê-la parecer menos ocultista e mais científica, estabelecendo para isso uma analogia com a arqueologia - uma forma de traduzir ou reembalar ideias arcanas ou ocultistas para deixá-las coerentes com a terminologia psiquiátrica e científica da época. Afinal, Jung era um médico e cientista renomado, e a maior parte de seus discípulos vinha da burguesia. Guido von List dizia a seus seguidores que “precisamos ver com a alma a paisagem que a arqueologia recupera com a pá”; Jung se entregou a essa prática e a ensinou a gerações de discípulos. Tais “escavações” visionárias eram então bastante comuns às principais tradições ocultistas e à vertente volkisch da cultura centro-europeia. (...). - O culto de Jung: origens de um movimento carismático. Richard Noll, 1996, Ed. Ática, 2ª edição, p. 195-7 e p. 385
Muito bom!
gosto desse vídeo D++++++++++++++++
Estudei a obra de Jung na Universidade. 👌🏻👌🏻👌🏻
Excelente!
Que documentário é essee?????? Incrível
Que maravilha 💞
Muito Obrigada por postar esse vídeo. Prazer em ouvir Leonardo Boff explicando Jung. Grata.
A fim de se defender da depressão materna, Jung teria feito uso de diferentes mulheres e “uma dessas mulheres constituiu a base para a sua concepção de sua própria anima” (1989a, p. tr. p. 367). Winnicott prossegue: “(Para mim, a anima é aquela parte de qualquer homem que pudesse dizer: ‘Sempre soube que era uma mulher’)” (1989a, p. tr. p. 367). No mesmo estilo de releitura, Winnicott observa: “(para mim), seu [de Jung] conceito de inconsciente coletivo fez parte da sua tentativa de lidar com sua falta de contato com o que poderia agora ser chamado de o-inconsciente-segundo-Freud” (1989a, p. 488; tr. p.369). Ou ainda: “a mandala, do meu ponto de vista, é construção defensiva, uma defesa contra aquela espontaneidade que tem a destrutividade como seu vizinho de porta” (1989a, p. 491; tr. p. 371). - Winnicott e Jung - Zeljko Loparic. SP, Editoral, 2014, p.39-40
Permite grande sensação de expansividade. Muito necessário. Boff é banhado por um sentimento de completude e busca. Isso chega até nós.
Bom colega se você questiona a capacidade de Leonardo Boff em falar de Jung, então aponte alguém melhor que ele, mesmo com todas as contradições de Leonardo Boff! Simples. Ou então, faça o vídeo você mesmo. As coisas a gente resolve na prática e não com teorias e detonando as outras pessoas.
Freud e Jung exemplos de pessoas que transcenderam.
muito bom esse vídeo excelenle .
Jung mostra segredos
do homem da Terra,dos Céus
- Individuação.
(...). Finalmente a posição seria ocupada numa base quase permanente por Toni Wolff, outra paciente que, em 1913, tornou-se amante de Jung, uma distinção de que desfrutaria até meados dos anos 1940 e que a santa Emma [1ª esposa de Jung] suportou de forma elegante, mas não sem sofrimento. Antes de Toni houve outras. Em suas palestras na universidade, Jung era cobiçado por um punhado de fãs abastadas, localmente conhecidas como Zurichberg Pelzmantel, as “senhoras de casacos de pele”, e na época em que emergiu como fundador de uma nova escola de psicologia (ou autotransformação), raramente era visto sem um bando de admiradoras, uma benção (ou maldição) que compartilhou com outros “mestres”, como Rudolf Steiner e Gurdjieff. Que Jung tivesse relações sexuais com algumas de suas pacientes forneceu, o que não é de espantar, muita munição a seus detratores. - Jung, o místico: a dimensões esotéricas da vida e edos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p. 76
Obrigado!
..., é preciso lembrar que informações importantes sobre Jung foram por muito tempo omitidas, com as várias sessões mediúnicas das quais ele participou entre 1920 e 1923 e o que teria sido o seu maior sonho (ou transe) em que ele se sentiu transformado no deus Mitras, fatos só divulgados após 1980. Essas histórias geraram acusações posteriores de que ele estaria tentando fundar um culto. (...). É um pouco difícil definir as dimensões exatas dessas influências, mas o ocultismo e as ideias de um retorno a uma religião anterior ao Cristianismo certamente estão presentes nas divagações da chamada volkisch kultur, a cultura popular germânica da época. A onda orientalista, que surgiu a partir do movimento hippie dos anos 60, foi um movimento difuso, populista, liberal, não hierarquizado, repleto de cores, danças e incensos. Mas a onda orientalista esotérica que varreu a Europa dos meados do século XIX ao início do século XX - teosofia, antroposofia e outros - teve um caráter diferente, dual. Mas foi principalmente um orientalismo conservador, elitista e hermético. Algumas formas , contudo, atingiram um público não convencional e passaram a integrar o circuito de contracultura de Schwabing-Ascona, de 1880 até 1920, que foi o equivalente do movimento hippie dos anos 60 do século XX. Schwabing era o bairro boêmio de Munique e Ascona, na Suíça, o ponto de encontro dos jovens adeptos do amor livre, das drogas e dos cultos à naturea, para o que naturalmente ajudava muto que a polícia suíça fosse mais tolerante que a alemã.
Jung, certamente, esteve em contato com alguns desses elementos, diríamos hoje, alternativos, porque muitos acabavam internados, provavelmente por consumo excessivo de drogas, no hospital psiquiátrico de Burgholzli, onde ele clinicava como psiquiatra.
Essa contracultura teve uma estranha combinação de elementos: o orientalismo, o culto à natureza e ao sol da pátria, o povo como identidade mítica, a mitologia germânica como fonte de inspiração, a paixão pelos acampamentos ao ar livre e cânticos em torno de fogueiras, elementos que o nazismo soube muito bem explorar.
Como a mitologia germânica ficou fora de moda por causa da sua adoção pelo nazismo, hoje em dia nossos esotéricos apelam para a mitologia céltica, que não tem essa vinculação, embora aparentada e continuam das danças sob o céu estrelado, as túnicas brancas, o culto à Lua. Sai Wotan, entram os druidas.
(...). Deve-se registrar também que Jung foi acusado de simpatia pelo nazismo, pois em alguns de seus escritos nota-se alguma velada admiração pelo mesmo, essencialmente pelas forças míticas desencadeadas, postura que ele abandonou a partir de 1938, horrorizado com os rumos que as coisas tomaram. Mas a sombra ficou, ...(...). Criados de um modo extremamente personalista, abusivamente abrangentes, muito marcados pelo contexto específico de uma época, a modernidade, e de uma cultura eurocêntrica, utilizaram métodos de divulgação e conversão semelhantes a movimentos políticos ou seitas. (...). No modo pragmático e imediatista atual, as pessoas estão mais preocupadas com soluções do que com interpretações e, portanto, são tempos de crise para a psicologia profunda. Esta crise não deriva de que a psicanálise esteja certa ou erada, mas da incapacidade de uma fórmula, tão vinculada à modernidade, se manter dominante em um mundo pós-moderno, no qual o contexto não lhe é absolutamente favorável. A psicologia analítica só não foi tão atingida porque inclui elementos que são especialmente caros ao pensamento contemporâneo, como a questão espiritualista, da qual James Hillman tentou, sem sucesso, se libertar.
Andrew Samuels distingue, com fina ironia, quatro tipos de analistas junguianos: o fundamentalista, que se orienta rigorosamente pela vida e obra de Jung; o clássico, ligado às ideias pessoais de Jung, mas com uma visão crítica. O desenvolvimentista, que associa a psicologia analítica com estudos freudianos sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente. Finalmente, o chamado psicanaliticamente orientado, que valoriza a transferência como o problema maior e, neste caso, a diferente entre esse modelo e a psicanálise ortodoxa freudiana cai quase a zero. O caminho de Jung” - George Borten. Belo Horizonte, 2001, p. 29-34
O MAIOR MESTRE DA PSICANÁLISE É YUNG.
Freud é
Negativo! É Jesus Cristo um dia ele falou: Limpai primeiro o copo interior(a mente).
Concordo plenamente com vc. Deus todo-poderoso. Mestre dos Mestre.
Não se pode deixar de comentar que casar-se com Emma - o que ele [Jung] fez em fevereiro de 1903 - foi provavelmente a coisa mais afortunada que aconteceu a Jung. Embora ele acabasse atraindo pacientes extremamente prósperos de ambos os lados do Atlântico, foi a riqueza de Emma que lhe permitiu levar adiante sua pesquisa sem se preocupar em ganhar dinheiro; graças a isso pôde finalmente deixar o Burgholzli [hospital psiquiátrico] e montar um consultório particular.
Antes, porém, Jung passou o inverno de 1902 para 1903 em Paris, assistindo a palestras do renomado Pierre Janet, o psiquiatra e filósofo que cunhou os termos “dissociação” e “subconsciente” e cuja crença de que traumas antigos eram responsáveis pela condição atual do paciente precederam por alguns anos a crença similar de Freud. O próprio Freud tinha estudado sob a orientação do grande Jean-Martin Charcot, orientador de Janet no Hospital Salpêtrière, em Paris, assim como Bleuler, e Janet mais tarde acreditou ver a confirmação de sua obra na de Freud; na verdade, para Janet essa “confirmação” com frequência esbarrava no plágio. Embora Freud seja citado com extrema frequência como a maior influência sobre Jung, Janet e outro psicólogo francês, Alfred Binet, são sérios desafiantes. Janet sustentava que havia duas neuroses básicas, histeria e psicastenia, e Binet também desenvolveu a tipologia de “introspecção” e “extroversão”. Tanto as ideias de Janet quanto as de Binet influíram nos estudos de Jung sobre “introversão” e “introspecção”, que formam a base de seu livro mais influente, Tipos Psicológicos. [...] O próprio Jung tinha experimentado a verdade da noção de Janet quando se “curou” dos desmaios e mais tarde da indecisão sobre a carreira: em ambos os casos uma “colisão com a realidade” atirou Jung numa ação determinada. [...] ...Jung estava numa espécie de férias em Paris e tinha mais coisas na mente do que as ideias de Janet. Só assistia palestras uma vez por semana; o resto do tempo era dele e passava-o desfrutando a cidade, suas galerias de arte, concertos e cafés, tendo aulas de inglês na escola de idiomas Berlitz e pensando no casamento próximo. [...] - Jung, o místico: a dimensões esotéricas da vida e dos ensinamentos de C. G. Jung: uma nova biografia. - Gary Lachman. SP. Cultrix, 2012, p.73-75
Acredito muito na ciência e quem faz descobre a ciência, é o homem
Alguém aqui tem o pdf do livro de Jung??
Boa noite! Quais deles!?
Pode ser qualquer um.. risos, estou começando a estuda lo.
@@Visão.e.ideias O que puder disponibilizar sobre a obra dele. OBRIGADO
Procure o livro "O homem e seus símbolos" para começar.
@@cassioferreiradesousa97 obrigado 🙏🙏🙏
E AINDA:
Jung porta segredos
do Céu, da Mente, da Vida
- eterna ressurreição.
Por favor, se alguém souber o nome da música de fundo, que também encerra o vídeo, me diga.
ua-cam.com/video/zVty9rD4X-o/v-deo.html
@@fabriciooliveira8199 obrigado
(...). Jung se refere ao modo como a gnose vai se transformando em dogma, tema tratado acima. Chama a atenção a nota em que Jung se preocupa em diferenciar gnose de gnosticismo. Quanto à gnose, nesse e em outros textos Jung estaria basicamente de acordo com Hanegraff: “Considero (...) a gnose religiosa um empreendimento gigantesco do espírito humano que tenta extrair um conhecimento do mundo a partir do interior” (IDEM, 1989: 326). (...). No entanto, ao se referir especificamente ao gnosticismo, Jung ressalta a... ...atitude orgulhosa (...) que surge a partir do momento em que o iluminado se identifica com sua luz (...), julgando-se assim acima de suas trevas. Ele se esquece de que a luz só tem sentido quando ilumina as trevas e de que sua iluminação só serve para ajudá-lo a conhecer as próprias trevas (...). A Igreja viu o perigo do irrealismo gnóstico e por isso sempre insistiu, com razão prática, no aspecto concreto dos fatos históricos, embora os primeiros escritos do Novo Testamento previssem a deificação final do homem, e isso numa singularíssima concordância com as palavras da serpente do paraíso: "Eritis sicut dii". (IDEM, 1985b: 86-87)
Por favor, qual o nome da música que finaliza o vídeo?
É um mantra, já o ouvi, mas não me recordo dos dizeres. Caso alguém saiba, diga aqui pra gente, pfv!
OM Mani Padme Hum, versão original
(...) Jung pretendia fundar um movimento religioso. - “A gnose junguiana: Estudo das noções de corpo e mente em Jung e suas raízes no gnosticismo”. Carlos Bein Quintana. SP. 2009, p. 106
Muito bom, pena que o vídeo foi produzido por quem não entende nada de vídeo...menos som no fundo, muito menos...
Pelo que sei, Jung dava mais valor a Lei Moral do que os "espiritualistas" pensam.
Audio baixo não seguro celular gosto de deixá-lo na mes
(...) Talvez o que muitos críticos percebam em Jung seja sua identidade essencialmente volkisch, da qual há muitas provas. O que Jung fazia não era só psicologia racial, mas psicologia volkisch. Para mim, as alegadas evidências de que ele abraçou ativa e abertamente o antissemitismo ou o nazismo não são indiscutíveis e, da perspectiva do historiador, talvez se mostrassem mais produtivas se consideradas em seu contexto volkisch, mais profundo. Historiadores como Mosse têm sempre insistido em que o antissemitismo e o nacional-socialismo, embora derivados dessa tradição volkisch, não devem ser considerados em tudo idênticos a ela e a seus rebentos, dos quais Jung e a psicologia analítica eram apenas um entre muitos. De um ponto de vista histórico, faria mais sentido ver coincidências parciais entre quem estava no círculo de Jung (incluindo ele próprio) e quem estava em círculos nacional-socialistas na década de 30, coincidências que de fato estão bem documentadas. [ver sobretudo a seção “Psyche and the swastika” em Geoffrey Cocks, Psychotherapy in the Third Reich (New York, Oxford University Press, 1985), p. 50-86. Um reconhecimento da influência volkisch de Jung se evidencia especialmente em Geoffrey Cocks, “The Nazis and C. G. Jung”, em Maidenbaum & Martin, Lingering shadows, p. 157-66. Ver também os seguintes trabalhos: Andrew Samuels, “National psychology, National Socialism, and analytical psychology: reflections on Jung and anti-Semitism”, em Journal of Analytical Psychology, 37: 3-28, 127-48 (1992); e Arvid Erlenmeyer, “Jung und die Deutschen”, em Analytische Psychologie, 23: 132-61 (1992).] (Noll, 1996, p. 113 e p. 366)
JUNG E RICHARD WHILHEIM (I CHING) ? files.artedaguerra.webnode.com.br/200001161-43851447e4/i-ching.pdf .... E QUANTO à ASTROLOGIA... O QUE JUNG FALOU A RESPEITO :)
Greatfull,gosto muito desse sotaque paulista, meio double de desenho animado,.magos,freud,investigou os desejos animais " no ser sofisticado, humano,young,observou, outea dimensão, de um modo,discreto dialogou,muito bem
om
É o mestre esse cara!
O CORPO BIOLOGICO, E' A ESPRESSAO VIZIVEL DE IMFORMACOES ADQUIRIDAS OU SUBTRAIDAS POR NOS MESMOS, EM UMA OU VARIAS VIDAS, (ESPIRITO + ENERGIA , + INFORMACAO = VIDA
Mas talvez possamos estar de acordo (pelo menos alguns de nós) na única coisa que esta história nos ensina: que os malucos e os bobos também são importantes na história das ideias; que nem sempre aqueles cuja inteligência é indiscutível e inatacável tem as ideias mais importantes; que até os pensadores são humanos e precisam pensar com o corpo todo; e que a Verdade será apreendida de alguns ângulos bem esquisitos. - Martin Green, The mountain of truth
qual o nome dessa última cantiga ao final?
om mani padme hum
Fármacos (( Jane Six . Psicologa
delírios do hierofante suíço:
(...)... Jung discute sobre o simbolismo cristão da Trindade. Para o psicólogo, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, não seriam suficientes para representar a totalidade. Seu caráter é apenas masculino ou de bondade. Haveria a necessidade de um quarto elemento, sendo este a figura feminina de Maria, ou o simbolismo do mal encarnado no Diabo. A inclusão do demônio e da mulher na quaternidade foi discutida por Dorn (1530-1588), no século dezesseis.”
Obs.: Em nota de rodapé, a autora nos ensina quem foi Dorn: “Gerardus Dorn foi médico e filósofos. Desenvolveu diversos tratados alquímicos encontrados na obra Theatrum Chemicum, de diversos autores. Dentre estes tratados encontram-se o tratado De tenebris contra naturam, et vita brivis e Del duelo animi cum corpore, os quais são analisados por Jung em sua obra Psicologia e Religião (JUNG, 2012 p. 80)
Dorn diz:
Ele [o diabo] cheio de astúcia, sabia com efeito que Adão fora assinalado com a marca do um; por isso, não o assediou em primeiro lugar. Pois não tinha certeza de que poderia conseguir. Mas sabia também que Eva tinha sido separada de seu marido, à semelhança do número binário que se separa da unidade no número três. Por isso, apoiado numa certa semelhança do número dois com o número um... decidiu atacar a mulher. Efetivamente, todos os números pares são femininos e sua base é o número dois, correspondendo Eva a este primeiro par. (DORN apud JUNG, 2012 p. 80). - JUNG, C. G. “Psicologia e religião” .10ª ed. Vozes, 2012.
No mundo das imagens cristãs não é a quaternidade que aparece, mas uma tríade. A Trindade é composta por três pessoas. A quarta, excluída, poderia se referir ao Diabo. Seria assim, para Jung, o complemento da totalidade cristã. (JUNG 2011g. p 103) - “O si-mesmo, Deus e a Anima Mundi: a importância da psicologia da mandala na obra de Carl Gustav Jung”. Monica Giraldo Hortegas, 2016, p. 28
poderiam, por favor, reupar o vídeo "cristianismo iniciático"? procurei em minha lista e ela encontra-se indisponível... muito obrigado.
Fabricio Laslo
BLÁ, BLÁ, BLÁ!
DIGO JUNG,
...parece que os junguianos não se interessam por ideias. Muitos junguianos tem a sensação de ter todas ideias de que precisam; Jung deu-lhes as ideias, tudo o que eles precisam e aplica-las e trabalhar com elas. Estão satisfeitos. (...) Eles apenas vivem das ideias de Jung (ou Freud, tanto faz), sem acrescentar nem mesmo uma vírgula por si mesmos. Isto é uma traição gigantesca, uma desonestidade. Você deve pagar por aquilo que ganha de uma escola levando suas ideias adiante. Mas tudo com o que se preocupam é com as qualificações de treinamento - mantendo os outros afastados de sua “tribo”. E é tudo calcado num pseudomisticismo da individuação e da totalidade. - James Hillman, ex-diretor de estudos do C.G.Jung Institut, de Zurique. “Entre Vistas”. Summus Editorial, 1989.
As músicas, o fundo musical DETURPA todo o vídeo e nos atrapalha a compreensão/ audição do que se é dito no vídeo! TERRÍVEL!!!!
Cómo pode leonado pensar em comunismo X espiritualidade não combina
Nossa, muito bad essa música de fundo.. Não aguentei 5min de vídeo D:
que horror essa mania de fundo sonoro Marlboro que come TUDO!!! Quando as pessoas compreenderao que é uma prova de falta de sensibilidade ter necessidade de preencher cada espaço com musica??? Nao consegui aguentar esse detalhe, que pena, as entrevistas tinham jeito de ser muito boas. Falta de gosto!!!!!Mas é irritante demais! Cretinice...
Onlylovesaves Sua sombra se manifestou na musica. Me pergunto o Porquê.
Não sei se chego a chamar de "horror", mas sou obrigada a concordar que a música aqui ficou excessiva... tira o foco da reflexão muitas vezes.
"A religião ilude o ser humano mas permite que ele viva?" O que dizer disso... Bom, pode servir para alguns. Para mim, prefiro a abordagem de Freud, que permite que o indivíduo se depare com sua verdade inconsciente, tratando com coragem a necessidade do ser humano por prazer, em vez de se refugiar na religião - a mesma religião que "abafa" esta necessidade por prazer e nos leva à neurose. Enfim, são formas de ver a vida e de se deparar com o mundo. Eu ainda penso que pra se viver é preciso coragem...
mande suas mensagens para mim por favor
Pablo, se vc se atentar, o Leonardo Boff diz que quem considerava que a religião é uma ilusão necessária é o próprio Freud. O trecho em questão começa a partir do minuto 8:10
mas Jung não fala da necessidade de uma religiosidade no ser humano, ele fala que a totalidade (individuação) está numa vida espiritualizada (busca pelo entendimento de todo o seu ser), no entendimento de que Deus está dentro de todos nós.. Jung defende que a espiritualidade vem de dentro pra fora, ao invés de ser de fora pra dentro (como a maioria das religiões ocidentais nos passam)
Sr Pablo deve conhecer mais Jung, ele não se reporta a religião,e sim a espiritualidade. Acreditava no ser humano como algo além dos extintos e limitações racionais da mente humana, ele acreditava e tinha conhecimento do Eu Superior
Jung é jung e nós é nós cada um viva do modo que achar melhor se o sujeito se encontro em qualquer metodo religioso que bom. Se não vai ser jung ou outro qualquer que vai fazer tal encontro ?
O que o Bofe poderia falar sobre espiritualidade? Ehh galera do tucun...!
pé de maconha bem atras de Boff?
Cara, é uma costela de Adão! Pelo visto você não conhece nem um, nem o outro.
Este boff falando de espiritualidade só atende aos incautos
Esse velho no vídeo é o Leonardo Boff? Se for, nossa, um crente no marxismo, tentando falar do divino e sobre a transcendência no humano!!!??? ... pausa para uma salutar gargalhada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ... por que pessoas como ele tentam conciliar coisas extremamente díspares e não conectáveis para aqueles que, de fato e predileção, levam esse tema com seriedade?! Jung, de fato, foi e é de grande importância para nossa compreensão do que podemos entender como espiritualidade comportamental, intimista e transcendental, mas, na minha modesta opinião, ele se acovardou ao negar essa mesma espiritualidade em sua realidade fática, constatável empiricamente, como afirmação da existência, sobrevivência e retorno do espírito humano às experiencias na vida física (reencarnação) ... acho que ele, no fundo e para si mesmo, sabia da existência e necessidade dessa realidade ao longo de suas investigações e estudos, por que era esse "mecanismo", se assim posso chamar, que permitiria nosso adiantamento e autocompreensão ... ele preferiu disfarçar esses conceitos em metáforas e termos próprios de sua disciplina, talvez para torná-la mais aceitável e palatável às pessoas de sua época ... talvez ...
Toma no cu
Esse cara não tem uma gota de credibilidade. Uma pena essa escolha...
Maravilhoso!
Simplesmente maravilhoso!!!