Elementos da Junta de Salvação Nacional

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  • Опубліковано 15 вер 2024
  • O presente vídeo destina-se a fins educativos e/ou informativos.
    This video is for educational and / or informational purposes.
    Marcha do MFA - Russel - Pedro Osório
    Rádio Vila Morena
    www.podomatic....
    Sinais, senhas da Operação "Fim - Regime"
    Centro de Documentação 25 de Abril.
    www1.ci.uc.pt/c...
    Operação Fim-Regime
    www.iasfa.pt/w...
    1ª Senha | João Paulo Diniz
    Rádio Vila Morena
    www.podomatic....
    2ª Senha | Leite Vasconcelos - Rádio Renascença
    Rádio Vila Morena
    www.podomatic....
    Esta segunda “senha” transmitida pela Rádio Renascença, estação de cobertura nacional, serviu para informar todos os quartéis e militares que aderiam ao golpe, de que tudo estava preparado e a correr conforme o previsto.
    Era o arranque sincronizado e irreversível das forças do MFA (Movimento das Forças Armadas).
    A Rádio Clube Português é ocupada por militares e transformada no posto de comando do «Movimento das Forças Armadas» - por este motivo a emissora fica conhecida como a “Emissora da Liberdade”.
    Na manhã do dia 25 já cheirava a liberdade e a ditadura, podre de quarenta e oito anos, caiu sem criar resistência. Nos canos das espingardas foram colocados cravos.
    Trova do vento que passa
    Adriano Correia de Oliveira, poema de Manuel Alegre.
    Pergunto ao vento que passa
    Notícias do meu país
    E o vento cala a desgraça
    O vento nada me diz.
    (...)
    Mas há sempre uma candeia
    Dentro da própria desgraça
    Há sempre alguém que semeia
    Canções no vento que passa.
    Mesmo na noite mais triste
    Em tempo de servidão
    Há sempre alguém que resiste
    Há sempre alguém que diz não.
    As Portas Que Abril Abriu (1975)
    Letra e interpretação: José Carlos Ary dos Santos
    Era uma vez um país
    onde o pão era contado
    onde quem tinha a raiz
    tinha o fruto arrecadado
    onde quem tinha o dinheiro
    tinha o operário algemado
    onde suava o ceifeiro
    que dormia com o gado
    onde tossia o mineiro
    em Aljustrel ajustado
    onde morria primeiro
    quem nascia desgraçado.
    Era uma vez um país
    de tal maneira explorado
    pelos consórcios fabris
    pelo mando acumulado
    pelas ideias nazis
    pelo dinheiro estragado
    pelo dobrar da cerviz
    pelo trabalho amarrado
    que até hoje já se diz
    que nos tempos do passado
    se chamava esse país
    Portugal suicidado.
    Ali nas vinhas sobredos
    vales socalcos searas
    serras atalhos veredas
    lezírias e praias claras
    vivia um povo tão pobre
    que partia para a guerra
    para encher quem estava podre
    de comer a sua terra.
    Um povo que era levado
    para Angola nos porões
    um povo que era tratado
    como a arma dos patrões
    um povo que era obrigado
    a matar por suas mãos
    (...)
    Quem o fez era soldado
    homem novo capitão
    mas também tinha a seu lado
    muitos homens na prisão.
    Posta a semente do cravo
    começou a floração
    do capitão ao soldado
    do soldado ao capitão.
    Foi então que o povo armado
    percebeu qual a razão
    porque o povo despojado
    lhe punha as armas na mão.
    Pois também ele humilhado
    em sua própria grandeza
    era soldado forçado
    contra a pátria portuguesa.
    Era preso e exilado
    e no seu próprio país
    muitas vezes estrangulado
    pelos generais senis.
    Capitão que não comanda
    não pode ficar calado
    é o povo que lhe manda
    ser capitão revoltado
    é o povo que lhe diz
    que não ceda e não hesite
    - pode nascer um país
    do ventre duma chaimite.
    Porque a força bem empregue
    contra a posição contrária
    nunca oprime nem persegue
    - é força revolucionária!
    Foi então que Abril abriu
    as portas da claridade
    e a nossa gente invadiu
    a sua própria cidade.
    Disse a primeira palavra
    na madrugada serena
    um poeta que cantava
    o povo é quem mais ordena.
    (...)
    sem saber que um bom soldado
    nunca fere os seus irmãos.
    Ora passou-se porém
    que dentro de um povo escravo
    alguém que lhe queria bem
    um dia plantou um cravo.
    Era a semente da esperança
    feita de força e vontade
    era ainda uma criança
    mas já era a liberdade.
    (...)
    Quem o fez era soldado
    homem novo capitão
    mas também tinha a seu lado
    muitos homens na prisão.
    Esses que tinham lutado
    a defender um irmão
    esses que tinham passado
    o horror da solidão
    esses que tinham jurado
    sobre uma côdea de pão
    ver o povo libertado
    do terror da opressão.
    (...)
    Foi esta força viril
    de antes quebrar que torcer
    que em vinte e cinco de Abril
    fez Portugal renascer.
    (...)
    Essas portas que em Caxias
    se escancararam de vez
    essas janelas vazias
    que se encheram outra vez
    e essas celas tão frias
    tão cheias de sordidez
    que espreitavam como espias
    todo o povo português.
    Agora que já floriu
    a esperança na nossa terra
    as portas que Abril abriu
    nunca mais ninguém as cerra.
    (...)
    Contra tudo o que era velho
    levantado como um punho
    em Maio surgiu vermelho
    o cravo do mês de Junho.
    E o grito que foi ouvido
    tantas vezes repetido
    dizia que o povo unido
    jamais seria vencido.

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