Olá Mariana. Sou sua aluna aqui no CBI. Sou Fono, moro no Rio de Janeiro. Atendo crianças autista. Com intervenção precoce. Penso muito sobre o caminho inverso ao da inclusão / creche. Preparar os bebês para entrar neste mundo, tem me parecido melhor para ambos os públicos. Crianças típicas e atípicas.
Literalmente as escolas não estão preparadas, seja pública e ou particular. Fiz estágio por 15 dias em uma escola particular, no recreio nas férias... e pude vivenciar muitas situações indelicada, não tive capacidade mental de continuar, pq me feria muita. Ao pedir demissão tentei passar para a dona da escola, tudo o que ocorria, ela se defendeu dizendo que nunca viu o comportamento dos funcionários em geral, para as crianças no geral e ressaltei a falta de tato para com os autistas... eles tinham crise praticamente o dia inteiro, mas as "pedagogas presentes" eram agressivas os trancavam, puxavam seus braços, os forçavam a sentar, eles se batiam, choravam. Isso me machucou muito, desde o primeiro dia eu fiquei sensibilizada e enquanto estive lá, os abracei, tive diversas trocas. Me matriculei no curso de Pedagogia em 01 de junho deste ano, isso me descredibilizava. Mas vou me preparar e munir de todas as armas que eu puder e vou lutar por essas crianças. É muito injusto, as mães deixam todos os dias na escolas, os amores de sua vida, cada criança é o sonho de alguém.... muito dolorido ver pessoas nessa área que não se preocupam, que acha que todas as ações são nojentas. Um deles tinha uma característica muito forte na alimentação, ele só comia se colocasse farofa no prato, quando eu estava lá ele comia de 2 a três pratos de comida, quando me designaram à outras salas ele ficava sem comer... pq achavam que era frescura. Me entristeceu demais. Mas ao sair de lá, pedi pra que a proprietária atentar-se em pessoas específicas e procurasse por pelo menos 1 profissional que soubesse lidar com amor e empatia. Eu quero fazer parte e ajudar nessa batalha, as pessoas precisam ser educadas para enfrentar todos os desafios, desafios estes que tendem a crescer ao passar dos anos ....
eu passei por situação semelhante, mas graças a Deus não com tanta intensidade, mas é uma verdade que a barreira mais difícil de vencer é a atitudinal, muitos profissionais das escolas não se importam, cheguei a ouvir de uma professora que ela fazia vistas grossas para alunos com características de autismo para não ter mais "dor de cabeça"
Muito boa essa reflexão. Na minha cabeça, tudo tem que ser inclusivo. Deveria e seria lindo se fosse. Mas a realidade é que o mundo não está de fato capacitado pra fazer uma inclusão. Na prática, não é só ter lei, é capacitar as pessoas pra lidarem com com os outros. E não incluo só pessoas neurodivergentes ou com deficiência. Digo qualquer ser humano. Falta inteligência emocional, capacitação, preparo e muito amor ao próximo.
Infelizmente a Educação pública em escola regular, está longe de atender e oferecer um bom ensino para os alunos com deficiência, principalmente com espectro, pois muitos profissionais não têm qualificação para trabalhar com essas crianças.
Olá Dalila! Obrigada pelo seu comentário 😊 Infelizmente ainda encontramos está realidade no Brasil e não só. Mas, não podemos deixar de buscar esta mudança, seja através da conscientização, informação, luta e práticas.
Sou pedagoga, especialista em tratamento do tea pelo CBI e mãe de autista e infelizmente vendo o cotidiano do meu filho sinto uma angustia enorme, fora o que tenho que me dedicar a ele para que ele se ajuste à escola regular, pública e gratuita. A proposta da inclusão é de longe a mais bonita e na minha percepção a melhor, mas se eu pudesse colocaria meu filho em outra escola ou o educaria em casa. E infelizmente, não tenho tantas opções.
Olá Keylla, Obrigada pelo seu comentário. É mesmo uma situação de muita angústia, principalmente para os pais. Espero que consigam encontrar um espaço onde o seu filho possa aprender, se desenvolver e ser feliz ❤ Se quiser, pode me adicionar nas redes e podemos continuar esta troca ☺️
Meu filho no recreio fica isolado. As crianças estão inclusive cobrando para deixar ele brincar junto deles. Deixam ocasionalmente de bom grado. Triste esse caminho, que pode levar a situações sérias num futuro
![Vivendo o autismo na Califórnia [VALE PENA MUDAR PARA OS EUA?]](http://i.ytimg.com/vi/RqfndI7kWEM/mqdefault.jpg)
Olá Mariana.
Sou sua aluna aqui no CBI. Sou Fono, moro no Rio de Janeiro.
Atendo crianças autista. Com intervenção precoce.
Penso muito sobre o caminho inverso ao da inclusão / creche. Preparar os bebês para entrar neste mundo, tem me parecido melhor para ambos os públicos. Crianças típicas e atípicas.
Muito esclarecedor
Literalmente as escolas não estão preparadas, seja pública e ou particular. Fiz estágio por 15 dias em uma escola particular, no recreio nas férias... e pude vivenciar muitas situações indelicada, não tive capacidade mental de continuar, pq me feria muita. Ao pedir demissão tentei passar para a dona da escola, tudo o que ocorria, ela se defendeu dizendo que nunca viu o comportamento dos funcionários em geral, para as crianças no geral e ressaltei a falta de tato para com os autistas... eles tinham crise praticamente o dia inteiro, mas as "pedagogas presentes" eram agressivas os trancavam, puxavam seus braços, os forçavam a sentar, eles se batiam, choravam. Isso me machucou muito, desde o primeiro dia eu fiquei sensibilizada e enquanto estive lá, os abracei, tive diversas trocas. Me matriculei no curso de Pedagogia em 01 de junho deste ano, isso me descredibilizava. Mas vou me preparar e munir de todas as armas que eu puder e vou lutar por essas crianças. É muito injusto, as mães deixam todos os dias na escolas, os amores de sua vida, cada criança é o sonho de alguém.... muito dolorido ver pessoas nessa área que não se preocupam, que acha que todas as ações são nojentas. Um deles tinha uma característica muito forte na alimentação, ele só comia se colocasse farofa no prato, quando eu estava lá ele comia de 2 a três pratos de comida, quando me designaram à outras salas ele ficava sem comer... pq achavam que era frescura. Me entristeceu demais. Mas ao sair de lá, pedi pra que a proprietária atentar-se em pessoas específicas e procurasse por pelo menos 1 profissional que soubesse lidar com amor e empatia. Eu quero fazer parte e ajudar nessa batalha, as pessoas precisam ser educadas para enfrentar todos os desafios, desafios estes que tendem a crescer ao passar dos anos ....
eu passei por situação semelhante, mas graças a Deus não com tanta intensidade, mas é uma verdade que a barreira mais difícil de vencer é a atitudinal, muitos profissionais das escolas não se importam, cheguei a ouvir de uma professora que ela fazia vistas grossas para alunos com características de autismo para não ter mais "dor de cabeça"
Show! Vim pela pós CBI e amei a consideração. Precisa ser avaliado o que é melhor para a criança. ❤
Olá!
Obrigada pelo seu comentário.
Toda semana vamos estar por aqui: refletindo, pensando, transformando ❤
Muito boa essa reflexão. Na minha cabeça, tudo tem que ser inclusivo. Deveria e seria lindo se fosse. Mas a realidade é que o mundo não está de fato capacitado pra fazer uma inclusão. Na prática, não é só ter lei, é capacitar as pessoas pra lidarem com com os outros. E não incluo só pessoas neurodivergentes ou com deficiência. Digo qualquer ser humano. Falta inteligência emocional, capacitação, preparo e muito amor ao próximo.
Infelizmente a Educação pública em escola regular, está longe de atender e oferecer um bom ensino para os alunos com deficiência, principalmente com espectro, pois muitos profissionais não têm qualificação para trabalhar com essas crianças.
Olá Dalila!
Obrigada pelo seu comentário 😊
Infelizmente ainda encontramos está realidade no Brasil e não só.
Mas, não podemos deixar de buscar esta mudança, seja através da conscientização, informação, luta e práticas.
Sou pedagoga, especialista em tratamento do tea pelo CBI e mãe de autista e infelizmente vendo o cotidiano do meu filho sinto uma angustia enorme, fora o que tenho que me dedicar a ele para que ele se ajuste à escola regular, pública e gratuita. A proposta da inclusão é de longe a mais bonita e na minha percepção a melhor, mas se eu pudesse colocaria meu filho em outra escola ou o educaria em casa. E infelizmente, não tenho tantas opções.
Olá Keylla,
Obrigada pelo seu comentário.
É mesmo uma situação de muita angústia, principalmente para os pais.
Espero que consigam encontrar um espaço onde o seu filho possa aprender, se desenvolver e ser feliz ❤
Se quiser, pode me adicionar nas redes e podemos continuar esta troca ☺️
Amei seu sotaque❤
😅já se vão 5 anos em Portugal 🇵🇹
Meu filho no recreio fica isolado. As crianças estão inclusive cobrando para deixar ele brincar junto deles. Deixam ocasionalmente de bom grado. Triste esse caminho, que pode levar a situações sérias num futuro
As escolas não se encontram preparadas. Sofre a criança e igualmente o professor
E os colegas de sala. Eles também são impactados e não acolhidos.
❤❤❤❤❤❤