Se o mestre Ricardo falasse por 10h seguidas, tenho certeza que seriam minuto a minuto, imperdiveis.... Que aula fabulosa. Compreensivel ate' para os nao academicos...
Meu abraço a Ricardo Antunes, grande estudioso das condições dos trabalhadores brasileiros, sempre tentando encontrar caminhos para a transformação social
Explica Bertrand de Jouvenel: Do século XII ao século XVIII, a autoridade governamental cresceu constantemente. O processo foi notado e compreendido por todos aqueles que viram o que aconteceu; ele despertou incessantes protestos e reações violentas. Mais tarde, o seu crescimento continuou em um ritmo acelerado, e a sua extensão trouxe uma ampliação correspondente da guerra. E agora nós não mais entendemos o processo, não mais protestamos, não mais reagimos. A nossa quietude é uma coisa nova, pela qual o Poder tem de agradecer à cortina de fumaça em que ele se envolveu. Antigamente, ele podia ser visto, pois manifestava-se na pessoa do rei, o qual não negava o seu status de mestre e em quem as paixões humanas eram perceptíveis. Agora, escondido no anonimato, ele afirma que não tem existência própria e que é o instrumento impessoal e desapaixonado da vontade geral - o que é claramente uma ficção; hoje, assim como sempre, o Poder está nas mãos de um grupo de homens que controlam o aparato da força. Tudo o que mudou é que tornou-se fácil para os governados modificar o pessoal dos principais detentores de poder. Visto de um ângulo, isso enfraquece o Poder, pois as vontades que controlam a vida de uma sociedade podem, ao prazer da própria sociedade, ser substituídas por outras vontades, nas quais ela confia mais. Porém, ao abrir-se a perspectiva do poder para todos os ambiciosos talentos, esse arranjo torna a expansão do Poder muito mais fácil. Sob o “antigo regime” (ancien régime), os movediços espíritos da sociedade, que sabiam que não havia chance de obterem uma quota do Poder, eram rápidos em denunciar a menor interferência deste. Agora, por outro lado, quando todo mundo é um ministro em potencial, ninguém está interessado em destruir um cargo que deseja um dia assumir ou em colocar areia em uma máquina que deseja usar quando for a sua vez. Por isso é que existe nos círculos políticos de uma sociedade moderna uma grande cumplicidade com a expansão do poder. (Bertrand de Jouvenel, On Power: The Natural History of its Growth [New York: Viking, 1949], pp. 9-10) De fato, durante toda a era monárquica até a segunda metade do século XIX, a qual representa o ponto de viragem do processo histórico de desmonarquização e de democratização, começando com a Revolução Francesa e terminando com Primeira Guerra Mundial, a carga tributária raramente era superior a 5% da riqueza nacional (ver também a nota de rodapé n. 21). Desde então, ela tem aumentado constantemente. Na Europa Ocidental, após a Primeira Guerra Mundial, ela abarcava de 15 a 20% da riqueza nacional; e, nesse meio tempo, aumentou para cerca de 50%. Da mesma forma, durante toda a era monárquica até a segunda metade do século XIX, os empregados dos governos raramente ultrapassavam 2% da força de trabalho. Desde então, essa porcentagem tem constantemente aumentado, estando hoje geralmente em torno de 15 a 20%. Para obter mais informações, consultar Peter Flora, State, Economy and Society in Western Europe, 1815-1975: A Data Handbook (London: Macmillan, 1983), vol. 1, capítulos 5 e 8
Saio dessa aula com a certeza de que ainda preciso estudar muito! Devo ler muitas obras, sistematizar bastantes conceitos e definições, assistir ainda a muitas aulas. Grato por esse trabalho online, Boitempo!
Parabéns, professor Ricardo Antunes, editora boitempo e Sesc, fantástica aula, oxalá muitas pessoas se beneficiem desse amplo conhecimento, fundamental à compreensão e ao enfrentamento do momento atual.
Sobre a escravidão que ele cita: Sobre a natureza da propriedade pública e a sua inerente irracionalidade, ver também Murray N. Rothbard, Power and Market: Government and the Economy (Kansas City: Sheed Andrews and McMeel, 1977), pp. 172-184; e Hans-Hermann Hoppe, Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo (São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010), cap. 9. A diferença fundamental entre a propriedade privada governamental (de baixa preferência temporal) e a propriedade pública governamental (de alta preferência temporal) pode ser ilustrada pela instituição da escravidão, contrastando os escravos de propriedade privada - como existiam, por exemplo, na América antes da guerra - com os escravos de propriedade pública - como existiam, por exemplo, na antiga União Soviética e em seu império no Leste Europeu. Assim como os escravos, na condição de propriedade privada, eram ameaçados com punições caso tentassem fugir, em todo o antigo Império Soviético a emigração foi banida e punida como uma ofensa criminal - caso necessário, aqueles que tentavam fugir eram fuzilados. Além disso, leis antivadiagem existiam em todo lugar, e os governos podiam atribuir qualquer tarefa - bem como todas as recompensas e todas as punições - a qualquer cidadão. Daí a classificação do sistema soviético como escravatura. Entretanto, ao contrário de um proprietário privado de escravos, os donos de escravos da Europa Oriental - de Lênin a Gorbachev - não podiam vender ou alugar os seus súditos em um mercado de trabalho e privadamente apropriar as receitas decorrentes da venda ou do aluguel do seu “capital humano”. Daí a classificação do sistema como escravidão pública (ou socialista). Sem mercados de escravos e de mão-de-obra escrava, as coisas são ainda piores - e não melhores - para os escravos; inexistindo preços para os escravos e a sua mão-de-obra, um proprietário de escravos não pode mais alocar racionalmente o seu “capital humano”. Ele não é capaz de determinar o valor e a escassez das suas várias e heterogêneas peças de capital humano; e ele não pode determinar o custo de oportunidade do uso desse capital em qualquer emprego e muito menos compará-lo com a receita correspondente. Portanto, má alocação, desperdício e “consumo” de capital humano duradouros são os resultados. A evidência empírica indica tudo isso. Conquanto ocasionalmente acontecesse o fato de um proprietário privado de escravos matar um escravo seu - o que significa o máximo “consumo” de capital humano -, a escravidão socialista na Europa Oriental resultou no assassinato de milhões de civis. Sob a escravidão de propriedade privada, a saúde e a expectativa de vida dos escravos em geral aumentaram. No Império Soviético, os padrões de saúde deterioraram-se constantemente, e a expectativa de vida realmente caiu nas últimas décadas. O nível de treinamento prático e de educação dos escravos privados em geral aumentou. O dos escravos socialistas diminuiu. A taxa de reprodução entre os escravos de propriedade privada era positiva. Entre as populações de escravos da Europa Oriental, ela era em geral negativa. Eram altas as taxas de suicídio, de auto incapacitação, de rompimentos familiares, de promiscuidade, de filhos “ilegítimos”, de defeitos congênitos, de doenças venéreas, de aborto, de alcoolismo e de comportamento bruto ou estúpido entre os escravos privados. Mas todas essas taxas de “consumo de capital humano” eram ainda maiores entre os escravos socialistas do antigo Império Soviético. Similarmente, ao passo que ocorriam comportamentos moralmente absurdos e violentos entre os escravos de propriedade privada após a sua emancipação, o embrutecimento da vida social após a abolição da escravatura socialista foi muito pior, revelando um grau até mesmo maior de degradação moral. Ver também: Hans-Hermann Hoppe, “Note on Socialism and Slavery”, em Chronicles (agosto de 1993):
a recomendação do livro "O poder da Ideologia" é ótima, e a referência aos "tipos" politicos é genial..(infelizmente) .Muito boa palestra, Ricardo, sempre alinhado e alinhando a "luta de classes" e suas atualizações em varias dimensões!
Estou há tempos pedindo a Boitempo pra fazer um vídeo sobre Althusser. Não sei porque nunca fizeram, gosto muito dos trabalhos dele. É um excelente autor
Seria possível disponibilizar o roteiro de leitura de Para Além do Capital elaborado pelo professor Ricardo Antunes? Sobre o A Crise Estrutural do Capital, já tá lista :)
@@fearaujo2792 , veja os contrapontos a alguns itens comentários ao Conexão Marxista, Marcio Soares e Rodrigo Vale. E sobre a doença lembrar que matematicamente e impossível mais mortes em qualquer lugar do mundo mais que na china. So queria saber o que ele tem a falar sobre o mar do Aral um dos maiores lagos do mundo que os soviéticos transformaram em pequenas poças... viva a ciência superior?
Sería importante profundizar la cuestión de la extinción del Estado para entender la relación capital-trabajo-Estado y la necesidad de superar todos esos componentes en su interrelación para conquistar la igualdad sustantiva de los trabajadores libremente asociados.
Professor Ricardo .. sonho em bater um papo .. falar da minha pesquisa .. como você seria um interlocutor e tanto, digo um divisor de águas pra mim ! 💋
A Boitempo poderia publicar A Destruição da Razão de Georg Lukacs para fazer parte da Biblioteca Lukacs, já que o Instituto Lukacs encerrou suas atividades.
@@michaelsantos6213 Exatamente, como eles encerraram as atividades, seria interessante que a Boitempo publicasse. Primeiro pra fazer parte da Biblioteca Lukacs, depois para que essa obra tivesse uma divulgação maior através do circuito comercial que a Boitempo transita.
@@alessandropereirasilva6930 Tem uma apresentação desse livro quando do lançamento por uma das maiores conhecedores de Lukacs que é a Professora Ester Vaisman. Sugiro que veja! Chama-se: Da origem do irracionalismo a desrazão do mundo contemporâneo.
Exposição brilhante do eminente intelectual e professor. Por volta dos 13 min, Ricardo Antunes elenca os livros do autor que considera mais significativos: Marx e a teoria da Alienação, O poder da ideologia e Para além do Capital . Em torno dos 21min47seg, aproximadamente, Ricardo Antunes, com base em uma das obras de Meszaros, expõe a manipulação de significados feita pelos gestores do sistema, ao ponto de terem, em dado momento da história, tentado suprimir a existência de ideologias, as diferenças e o conflitos entre elas. Aproximadamente aos 25 minutos, afirma: "O capitalismo hoje, além de destrutivo, ele é letal".
comunistas matando outros e os que sempre resistiram a eles por que resistiram a outros que queriam ser governantes oferecendo aquilo que não lhes pertencia? não e luta de classes nem se pegar a formação dos paises da Europa oriental, mas pessoas que queriam se emancipar no sentido de confiscar coisas alheias ainda que em seus locais de origem tivessem suas propriedades. ruben ygua em a historia da Rússia conta bem isso. associando as formações de outros países da Europa oriental pela desagregação da Austria Hungria.
A Boitempo poderia trazer as obras do importante pensador Marxista Anton Pannekoek que não naufragaram ,ao longo do tempo; como outros pensadores marxistas tão prestigiados pela editora.
Se o mestre Ricardo falasse por 10h seguidas, tenho certeza que seriam minuto a minuto, imperdiveis.... Que aula fabulosa. Compreensivel ate' para os nao academicos...
Meu abraço a Ricardo Antunes, grande estudioso das condições dos trabalhadores brasileiros, sempre tentando encontrar caminhos para a transformação social
Parabéns à editora Boitempo por esta iniciativa. Bravo!
Parabéns à Editora Boitempo por publicar as obras de Mészáros. Temos vídeos em nosso canal sobre o livro dele: 'A Crise Estrutural do Capital'.
Explica Bertrand de Jouvenel:
Do século XII ao século XVIII, a autoridade governamental cresceu constantemente.
O processo foi notado e compreendido por todos aqueles que viram o que aconteceu;
ele despertou incessantes protestos e reações violentas. Mais tarde, o seu crescimento
continuou em um ritmo acelerado, e a sua extensão trouxe uma ampliação correspondente
da guerra. E agora nós não mais entendemos o processo, não mais protestamos, não mais
reagimos. A nossa quietude é uma coisa nova, pela qual o Poder tem de agradecer à cortina
de fumaça em que ele se envolveu. Antigamente, ele podia ser visto, pois manifestava-se na
pessoa do rei, o qual não negava o seu status de mestre e em quem as paixões humanas eram
perceptíveis. Agora, escondido no anonimato, ele afirma que não tem existência própria
e que é o instrumento impessoal e desapaixonado da vontade geral - o que é claramente
uma ficção; hoje, assim como sempre, o Poder está nas mãos de um grupo de homens que
controlam o aparato da força. Tudo o que mudou é que tornou-se fácil para os governados
modificar o pessoal dos principais detentores de poder. Visto de um ângulo, isso enfraquece
o Poder, pois as vontades que controlam a vida de uma sociedade podem, ao prazer da
própria sociedade, ser substituídas por outras vontades, nas quais ela confia mais. Porém,
ao abrir-se a perspectiva do poder para todos os ambiciosos talentos, esse arranjo torna a
expansão do Poder muito mais fácil. Sob o “antigo regime” (ancien régime), os movediços
espíritos da sociedade, que sabiam que não havia chance de obterem uma quota do Poder,
eram rápidos em denunciar a menor interferência deste. Agora, por outro lado, quando
todo mundo é um ministro em potencial, ninguém está interessado em destruir um cargo
que deseja um dia assumir ou em colocar areia em uma máquina que deseja usar quando for
a sua vez. Por isso é que existe nos círculos políticos de uma sociedade moderna uma grande
cumplicidade com a expansão do poder. (Bertrand de Jouvenel, On Power: The Natural
History of its Growth [New York: Viking, 1949], pp. 9-10)
De fato, durante toda a era monárquica até a segunda metade do século XIX, a qual representa
o ponto de viragem do processo histórico de desmonarquização e de democratização, começando
com a Revolução Francesa e terminando com Primeira Guerra Mundial, a carga tributária raramente
era superior a 5% da riqueza nacional (ver também a nota de rodapé n. 21). Desde então, ela tem
aumentado constantemente. Na Europa Ocidental, após a Primeira Guerra Mundial, ela abarcava de
15 a 20% da riqueza nacional; e, nesse meio tempo, aumentou para cerca de 50%. Da mesma forma,
durante toda a era monárquica até a segunda metade do século XIX, os empregados dos governos
raramente ultrapassavam 2% da força de trabalho. Desde então, essa porcentagem tem constantemente
aumentado, estando hoje geralmente em torno de 15 a 20%. Para obter mais informações, consultar
Peter Flora, State, Economy and Society in Western Europe, 1815-1975: A Data Handbook (London:
Macmillan, 1983), vol. 1, capítulos 5 e 8
Professor Ricardo Antunes é fantástico, não perco suas entrevistas, aulas e participações em debates.
Saio dessa aula com a certeza de que ainda preciso estudar muito! Devo ler muitas obras, sistematizar bastantes conceitos e definições, assistir ainda a muitas aulas. Grato por esse trabalho online, Boitempo!
e ao final disso tudo nao ter certeza que foi enganado.
Parabéns, professor Ricardo Antunes, editora boitempo e Sesc, fantástica aula, oxalá muitas pessoas se beneficiem desse amplo conhecimento, fundamental à compreensão e ao enfrentamento do momento atual.
Mais uma aula brilhante do professor Ricardo Antunes! E viva o genial filósofo marxista István Mészaros!
Un abrazo a Ricardo desde Montevideo UruguaYo
Aula maravilhosa!!! Grata pelo compartilhamento....
Excelente aula introdutória ao pensamento de Mészáros. Parabéns à Boitempo e ao professor Antunes.
Prof Antunes é sempre um presente.
Aula magnífica do Professor Ricardo Antunes. Parabéns extensivos aos organizadores.
Muito obrigado por esta brilhante aula e entendimento das obras de Mészáros.
Das melhores aulas dessa série! Instigante do início ao fim! Grande Ricardo, obrigado, mestre! Nossas lutas continuam!
Sobre a escravidão que ele cita: Sobre a natureza da propriedade pública e a sua inerente irracionalidade, ver também Murray N.
Rothbard, Power and Market: Government and the Economy (Kansas City: Sheed Andrews and McMeel,
1977), pp. 172-184; e Hans-Hermann Hoppe, Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo (São Paulo:
Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010), cap. 9.
A diferença fundamental entre a propriedade privada governamental (de baixa preferência temporal) e
a propriedade pública governamental (de alta preferência temporal) pode ser ilustrada pela instituição
da escravidão, contrastando os escravos de propriedade privada - como existiam, por exemplo, na
América antes da guerra - com os escravos de propriedade pública - como existiam, por exemplo, na
antiga União Soviética e em seu império no Leste Europeu.
Assim como os escravos, na condição de propriedade privada, eram ameaçados com punições caso
tentassem fugir, em todo o antigo Império Soviético a emigração foi banida e punida como uma ofensa
criminal - caso necessário, aqueles que tentavam fugir eram fuzilados. Além disso, leis antivadiagem
existiam em todo lugar, e os governos podiam atribuir qualquer tarefa - bem como todas as
recompensas e todas as punições - a qualquer cidadão. Daí a classificação do sistema soviético como
escravatura. Entretanto, ao contrário de um proprietário privado de escravos, os donos de escravos da
Europa Oriental - de Lênin a Gorbachev - não podiam vender ou alugar os seus súditos em um mercado de trabalho e privadamente apropriar as receitas decorrentes da venda ou do aluguel do seu
“capital humano”. Daí a classificação do sistema como escravidão pública (ou socialista).
Sem mercados de escravos e de mão-de-obra escrava, as coisas são ainda piores - e não melhores - para
os escravos; inexistindo preços para os escravos e a sua mão-de-obra, um proprietário de escravos não
pode mais alocar racionalmente o seu “capital humano”. Ele não é capaz de determinar o valor e a
escassez das suas várias e heterogêneas peças de capital humano; e ele não pode determinar o custo
de oportunidade do uso desse capital em qualquer emprego e muito menos compará-lo com a receita
correspondente. Portanto, má alocação, desperdício e “consumo” de capital humano duradouros são
os resultados.
A evidência empírica indica tudo isso. Conquanto ocasionalmente acontecesse o fato de um
proprietário privado de escravos matar um escravo seu - o que significa o máximo “consumo” de
capital humano -, a escravidão socialista na Europa Oriental resultou no assassinato de milhões
de civis. Sob a escravidão de propriedade privada, a saúde e a expectativa de vida dos escravos em
geral aumentaram. No Império Soviético, os padrões de saúde deterioraram-se constantemente, e
a expectativa de vida realmente caiu nas últimas décadas. O nível de treinamento prático e de
educação dos escravos privados em geral aumentou. O dos escravos socialistas diminuiu. A taxa de
reprodução entre os escravos de propriedade privada era positiva. Entre as populações de escravos da
Europa Oriental, ela era em geral negativa. Eram altas as taxas de suicídio, de auto incapacitação, de
rompimentos familiares, de promiscuidade, de filhos “ilegítimos”, de defeitos congênitos, de doenças
venéreas, de aborto, de alcoolismo e de comportamento bruto ou estúpido entre os escravos privados.
Mas todas essas taxas de “consumo de capital humano” eram ainda maiores entre os escravos
socialistas do antigo Império Soviético. Similarmente, ao passo que ocorriam comportamentos
moralmente absurdos e violentos entre os escravos de propriedade privada após a sua emancipação,
o embrutecimento da vida social após a abolição da escravatura socialista foi muito pior, revelando
um grau até mesmo maior de degradação moral. Ver também: Hans-Hermann Hoppe, “Note on
Socialism and Slavery”, em Chronicles (agosto de 1993):
Parabéns professor Ricardo Antunes vc eum professor Show de bola.
Que bom saber da publicação pela Boitempo neste ano de Para Além do Leviatã! Estou no aguardo. 👏🏻
Adoro ouvir o professor Ricardo Antunes. Muita sabedoria
Grande professor Ricardo!!!
Boa noite a tdas e tdos camaradas; sucessos.
Maravilhosa exposição professor Ricardo Antunes! De uma generosidade para distribuir conhecimento fantástica. Obrigada
Otima oportunidade para conhecer Meskaros e Ricardo Antunes trouxe exemplos da atualidade que vivemos, quem topa firmar cooperativa de professores?
Que aula maravilhosa!
Magnífica essa aula, gratidão Professor Ricardo Antunes 😍
Gostaria de ver Antunes abordando as novas privatizações no Brasil.
Obrigado a Boitempo e Ricardo Antunes. Vocês poderiam publicar estas cartas do Mészáros, hein?! Imagina que material único seria!! :D
Excelente!
a recomendação do livro "O poder da Ideologia" é ótima, e a referência aos "tipos" politicos é genial..(infelizmente) .Muito boa palestra, Ricardo, sempre alinhado e alinhando a "luta de classes" e suas atualizações em varias dimensões!
Muito bom!!
Recomendo que chamem o Armando Boito para fazer um vídeo de Introdução ao pensamento de Althusser, seria ótimo.
Estou há tempos pedindo a Boitempo pra fazer um vídeo sobre Althusser. Não sei porque nunca fizeram, gosto muito dos trabalhos dele. É um excelente autor
@@RodrigoST02 a Boitempo é luckachiana, o que é muito bacana mas também sinto falta dos vídeos sobre Althusser.
@@UmLivroeUmaCamera não achou canal que faça uma boa abordagem sobre Althusser?
Bom dia boitempo conhecimento que liberta Odair js SP.
Muito bom 👍
Seria possível disponibilizar o roteiro de leitura de Para Além do Capital elaborado pelo professor Ricardo Antunes? Sobre o A Crise Estrutural do Capital, já tá lista :)
Não encontrei este roteiro na Internet
Se encontrar poderia me mandar? Gostaria de receber o sobre a Crise Estrutural do Capital também
@@fearaujo2792 , veja os contrapontos a alguns itens comentários ao Conexão Marxista, Marcio Soares e Rodrigo Vale. E sobre a doença lembrar que matematicamente e impossível mais mortes em qualquer lugar do mundo mais que na china. So queria saber o que ele tem a falar sobre o mar do Aral um dos maiores lagos do mundo que os soviéticos transformaram em pequenas poças... viva a ciência superior?
Perfeita essa discussão sobre o capital não visar a reprodução humana...
A aula começa aos 6:45 minutos.
Bom dia!
👏👏👏👏
Parabéns
No sentido da luta social, qual a perspectiva se temos a ideologia do capital impregnada nos trabalhadores?? O que fazer?? Por onde??
Sería importante profundizar la cuestión de la extinción del Estado para entender la relación capital-trabajo-Estado y la necesidad de superar todos esos componentes en su interrelación para conquistar la igualdad sustantiva de los trabajadores libremente asociados.
A generisidade de Mézsåros se consagra na doaçāo de sua obra ao Brasil e revela a potência de sua teoria.
🌹
Professor Ricardo .. sonho em bater um papo .. falar da minha pesquisa .. como você seria um interlocutor e tanto, digo um divisor de águas pra mim ! 💋
A Boitempo poderia publicar A Destruição da Razão de Georg Lukacs para fazer parte da Biblioteca Lukacs, já que o Instituto Lukacs encerrou suas atividades.
O instituto Lukács publicou A destruição da Razão. Foi a última publicação do instituto, agora em Dezembro do ano passado
@@michaelsantos6213 Exatamente, como eles encerraram as atividades, seria interessante que a Boitempo publicasse. Primeiro pra fazer parte da Biblioteca Lukacs, depois para que essa obra tivesse uma divulgação maior através do circuito comercial que a Boitempo transita.
@@regismarat9303 tem curso sobre esse livro aqui no youtube?
@@alessandropereirasilva6930 Tem uma apresentação desse livro quando do lançamento por uma das maiores conhecedores de Lukacs que é a Professora Ester Vaisman. Sugiro que veja! Chama-se: Da origem do irracionalismo a desrazão do mundo contemporâneo.
@@regismarat9303 obrigado, boa noite.
Ótima exposição, muito obrigado. A obra: ''O poder da ideologia'' está fora circulação, há planos de republicação desse livro?
Na Estante Virtual dá pra achar alguns exemplares.
TV Boitempo, onde encontrar esse roteiro sobre os capítulos do "Para além do Capital" que o prof. Antunes cita?
Não achei este roteiro
Também estou procurando 😞
@@JessyRaquel06 no video 3 ele apresenta um roteiro em 1 minuto na fala.
Exposição brilhante do eminente intelectual e professor. Por volta dos 13 min, Ricardo Antunes elenca os livros do autor que considera mais significativos: Marx e a teoria da Alienação, O poder da ideologia e Para além do Capital . Em torno dos 21min47seg, aproximadamente, Ricardo Antunes, com base em uma das obras de Meszaros, expõe a manipulação de significados feita pelos gestores do sistema, ao ponto de terem, em dado momento da história, tentado suprimir a existência de ideologias, as diferenças e o conflitos entre elas. Aproximadamente aos 25 minutos, afirma: "O capitalismo hoje, além de destrutivo, ele é letal".
obrigado pelo resumo.
1:30:00 - isso aconteceu na Indonesia, e aconteceu exatamente o que o professor disse. Fecharam o regime e mataram cerca de um milhão de comunistas.
comunistas matando outros e os que sempre resistiram a eles por que resistiram a outros que queriam ser governantes oferecendo aquilo que não lhes pertencia? não e luta de classes nem se pegar a formação dos paises da Europa oriental, mas pessoas que queriam se emancipar no sentido de confiscar coisas alheias ainda que em seus locais de origem tivessem suas propriedades. ruben ygua em a historia da Rússia conta bem isso. associando as formações de outros países da Europa oriental pela desagregação da Austria Hungria.
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Bem vindes e todes??? Boi Tempo em processo de incorporação do pensamento pós moderno???
Que cidadão parecido com o Darcy Ribeiro...!!!
✊🏾💗✊🏻
1:33:28 kkkkkkkkkkkkkk
2 grandes acertos de meszaros : a contaminação hegeliana de lukacs e a extração de mais-valia da classe operária russa pela burocracia soviética
Só para entender, isso aí é o Politburo paulistano.
Novilígua? Tchau!
Que sentido tem a educação para o trabalho hoje no Brasil ??’ !!
A Boitempo poderia trazer as obras do importante pensador Marxista Anton Pannekoek que não naufragaram ,ao longo do tempo; como outros pensadores marxistas tão prestigiados pela editora.
Existe a concepção de que a sociedade precisa apenas de 30% da população, sendo 70% excedentes, excessivos, logo, descartáveis...
Ref.: URSS + Leste europeu: 1990+1: Comunismo p/ capitalismo privado: Causas.
Eu peço-lhes dissertar sobre.
Este governo não disse em hora nenhuma pra fazer home office. Muito pelo contrário.
Não falou nada sobre a obra. Só falou sobre informações pessoais sobre o autor
Bem vindes e todes? 🤦🏻♂️
Ninguém que diz marxista deveria usar essa expressão patética "todes", isso chega a ser repugnante, identitarismo burguês em seus níveis mais baixos
Só um detalhe: não existe gênero neutro.
nao existe socialismo sem ditadura. seja para criar e manter o sistema, seja para combater ditadura de outro modelo.
Todes? Kkkkk
Isso é ridículo véi, deixa essse identitarismo patológico neoliberal de mão!
o que seria neoliberalismo para voce?
@@alessandropereirasilva6930 dentro do identitarismo a política exacerbada do "eu"
Que aula espetacular!