#TASTE

Поділитися
Вставка
  • Опубліковано 6 жов 2024
  • Na nossa viagem pelo itinerário da gastronomia tradicional do Carnaval, nos Açores, fizemos uma paragem na ilha do Corvo e aproveitamos para conversar com Maria da Conceição Freitas que nos falou de algumas das suas memórias, relacionadas com a confeção das tradicionais filhoses de Entrudo que acontece por esta altura do ano.
    O calendário litúrgico, que ocorre ao longo de todo o ano, balizado no Natal, Entrudo (Carnaval), Páscoa, Corpo de Deus, santos padroeiros, casamentos e batizados, é motivo para celebrarmos com pratos e iguarias provenientes das tradições alimentares de cada uma das ilhas açorianas. Originalmente e, até à década de 1970, na ilha do Corvo, as filhoses estavam associadas à época do Natal, muito devido ao facto de ser uma iguaria que era servida para todos aqueles que participavam na denominada “matança do porco”. Segundo a nossa interlocutora, esta era uma época de festa onde se reuniam as mulheres da família, nas vésperas da designada “matança”, para confecionar as filhoses.
    A chamada “economia do porco” está relacionada com uma boa parte dos hábitos alimentares dos açorianos, sustentada no que a suinicultura oferecia, e com um calendário próprio que passava pelo Natal e Carnaval. O abate do animal acontecia, habitualmente, entre novembro e fevereiro, sendo esta a altura do ano que apresentava condições atmosféricas favoráveis à conservação da carne, devido à temperatura baixa.
    Em Portugal, na doçaria tradicional do Natal e Entrudo, existe a tradição de fritar massa estendida, ou em forma arredondada, ganhando estes doces nomes próprios e diferentes, consoante o formato e as regiões de origem: sopas fritas, sonhos, filhoses, coscorões, rabanadas e malassadas, estas últimas, muito características na ilha de São Miguel e também no arquipélago da Madeira.
    Embora partilhado um princípio gastronómico comum todos estes doces ganharam, ao longo dos tempos, um receituário muito próprio.
    No que concerne aos hábitos alimentares dos insulares, estes são fortemente influenciados pelas técnicas trazidas pelos primeiros povoadores, originários de várias paragens, tendo sido, estes costumes, adaptado à matéria prima produzida nas ilhas.
    Paralelamente as tradições gastronómicas portuguesas têm, em muitos casos, uma origem nos calendários litúrgico e agrícola e, entre receituário, inovação e terminologia, existe uma variedade de produtos gastronómicos que se ligam entre si.
    Vídeo produzido no âmbito do trabalho de campo realizado pelo projeto TASTE - Taste Azores Sustainable Tourism Experiences.
    TASTE é um projeto desenvolvido pelo CEEAplA (Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico) e pelo CHAM - Centro de Humanidades da Universidade dos Açores, com a colaboração da Direção Regional da Cultura do Governo Regional dos Açores. Projeto com o apoio do PO Açores 2020 ACORES-01-0145-FEDER-000106.
    #TASTE #azores #azoresislands #azoreswhatelse #Açores

КОМЕНТАРІ •