O MARXISMO DE TRÓTSKI | Ruy Braga

Поділитися
Вставка
  • Опубліковано 8 вер 2024
  • A TV Boitempo dá continuidade à publicação dos vídeos do Curso "Marx e os marxismos", com esta aula do sociólogo Ruy Braga sobre o marxismo de Leon Trótski.
    ☛ Inscreva-se e acompanhe: bit.ly/1bxZhtb
    Ruy Braga é autor, entre outros, de "A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no Sul global" (bit.ly/2tit51E). O livro é tema da série "Entendendo o precariado", conduzida por ele na TV Boitempo. Confira: • Entendendo o precariad...
    Ao todo, serão 10 aulas ministradas por alguns dos maiores estudiosos do tema no Brasil hoje: Leda Paulani, Armando Boito Jr., Jorge Grespan, Rodnei Nascimento, Alysson Mascaro, Ruy Braga, Marly Vianna, Isabel Loureiro, Daniela Haj Mussi e Ana Cotrim. Dividido em dois blocos temáticos, o curso aborda em um primeiro momento as diversas facetas da contribuição teórica de Marx nos campos da economia, da história, da política, da filosofia e do direito, respectivamente. No segundo bloco, o foco passa para às diversas interpretações dadas ao marxismo ao longo do século XX por lideranças políticas e intelectuais como Trótski, Lênin, Rosa Luxemburgo, Gramsci e Lukács.
    A mediação é de Claudinei Rezende.
    PROGRAMAÇÃO DAS AULAS
    Módulo 1:
    Aula 01 - Marx e economia - Leda Paulani
    Aula 02 - Marx e política - Armando Boito Jr.
    Aula 03 - Marx e história - Jorge Grespan
    Aula 04 - Marx e filosofia - Rodnei Nascimento
    Aula 05 - Marx e direito - Alysson Mascaro
    Módulo 2:
    Aula 06 - O marxismo de Trótski - Ruy Braga
    Aula 07 - O marxismo de Lênin - Marly Vianna
    Aula 08 - O marxismo da Rosa Luxemburgo - Isabel Loureiro
    Aula 09 - O marxismo de Gramsci - Daniela Haj Mussi
    Aula 10 - O marxismo de Lukács - Ana Cotrim
    VI CURSO LIVRE MARX-ENGELS
    Este curso se insere na tradicional linhagem de Cursos Livres promovidos pela Boitempo desde 2008. O curso foi realizado em 2018, ano do bicentenário de Karl Marx, em parceria com a Faculdade 28 de Agosto e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. A mediação desta aula é de Claudinei Rezende.

КОМЕНТАРІ • 199

  • @Mayflower_88
    @Mayflower_88 3 роки тому +69

    O áudio da palestra é de esquerda

  • @silviotavares771
    @silviotavares771 5 років тому +54

    fiquei 10 minutos mexendo em cabo e o escambau achando que tinha algum problema aqui com o som e o problema é que o vídeo é que tá só de um lado... então, se vc tá com esse problema, o problema não é o teu som, é o vídeo original, não perca o tempo que eu perdi ok?

    • @liviamacedo7897
      @liviamacedo7897 3 роки тому +1

      nossssssssssssssssssss. eu tb fiquei. sorte que vi seu comentario antes de dar 5 minutos kkk

    • @gilbertoantonioli2665
      @gilbertoantonioli2665 2 місяці тому +1

      5 anos depois....10/07/2024...grato por me poupar de procurar o defeito no meu PC.

  • @flavialeite8006
    @flavialeite8006 5 років тому +14

    É preciso conhecer o garoto Marx e o velho Marx...Vejo metodologia em estudei muito Lakatus...me apaixonei. Mas depois de sua aula só sei que nada sei! Parabéns.

  • @humbertohpc
    @humbertohpc 4 роки тому +39

    Admirável a (rara) honestidade intelectual que logo de início o palestrante fala.

    • @sobreviventemalungo2949
      @sobreviventemalungo2949 3 роки тому +5

      Concordo! Mas a Boitempo poderia ter convidado outros palestrantes para este tema, fora de seu "nicho". No PSTU, por exemplo, há muita gente deveras capacitada. Até para além, fora dos marxistas. De toda forma, Ruy Braga continua um intelectual a se respeitar e ouvir.

    • @fatimamachado9795
      @fatimamachado9795 3 роки тому

      V NM

  • @felippespinetti
    @felippespinetti 5 років тому +30

    Grande aula! Obrigado Boitempo e professor Ruy Braga. Parabéns pela produção do excelente conteúdo e de cumprir a tarefa de introduzir o pensamento geral de Trotsky e sua contextualização no contexto da formação do pensamento do autor, bem como a evolução da sua tradição e teoria.

  • @mario.guerreiro
    @mario.guerreiro 5 років тому +5

    Muito obrigado a EDITORA BOITEMPO pela bela oportunidade de trabalho com tema tão relevante como o tratamento do Marxismo de Trotski, ainda mais com a intervenção do estimado professor Rui Braga. Mesmo com a extensa exposição permitiu uma abordagem metodológica de altíssima qualidade o que requeriria muito mais tempo, mesmo assim, buscou a sintetização possível, tendo em vista o tema. Quem buscar tópicos objetivos vá ao Wikipedia. Obrigado Professor Rui Braga.

  • @aureirbrito2620
    @aureirbrito2620 3 роки тому +7

    Puts! Chamasse o Gustavo Machado pra falar sobre o tema. O palestrante quase declinou.... puts

    • @joaogabriel-hk3pn
      @joaogabriel-hk3pn 3 роки тому +3

      Boi tempo é alinhada com Psol e PCB, nunca iam dar voz para PSTU

  • @treezeh13
    @treezeh13 3 роки тому +8

    Muito prolixo. Eu q sou universitário não aguento, imagina um operário! Tem q mudar essa linguagem aí ou a direita vai fazer a festa de novo.

  • @eu_luis_eduardo
    @eu_luis_eduardo 3 роки тому +5

    Estou querendo estudar Trotsky, se a Boitempo gravou este vídeo, será uma boa fonte. Vou ver...

  • @kleitonwag
    @kleitonwag 5 років тому +22

    Não sou um profundo conhecedor do Trotsky, mas acredito que o professor Ruy conseguiu alcançar o objetivo.
    E gente, logo no início ele mesmo falou que não era um "expert" em Trotsky.

  • @tadeujose2388
    @tadeujose2388 Рік тому +2

    Professor Ruy Braga sua aula sobre Trotsky foi brilhante. Sem dúvida, agora temos um Trotsky lido por um genial professor brasileiro Ruy Braga.
    Grande abraço companheiro.

  • @camaradastalin68
    @camaradastalin68 5 років тому +21

    Já estou no aguardo da aula *O Marxismo de Stalin.*
    Sei que a Boitempo possui um compromisso com a pluralidade e a isenção, portanto espero por essa aula, com algum professor qualificado ao tema.
    Obrigado.

  • @thomaznascimento4903
    @thomaznascimento4903 5 років тому +19

    Se trotsky tiver alguma contribuição está retritamente circunscrito no campo teórico pois no campo político atuou como um anti soviético, ou contra revolucionário. Suas ideias foram mais uteis ao imperialismo do que na luta anti colonialista de libertação dos povos.

    • @juliocamargodeabreu9874
      @juliocamargodeabreu9874 5 років тому +19

      Comentário absolutamente desonesto. A obra e a contribuição de Trotski é toda ela constituída de práxis e visa a construção e o fortalecimento das comissões de fábrica (soviets) num sentido conscientemente revolucionário e anti-imperialista. Basta ler o Programa de Transição para constatar isso. Anti-revolucionário sim é o verme burocrata que encomendou seu assassinato (assim como também a de tantos outros milhões em todo leste europeu) e que viciou o estado operário e as organizações comunistas ao redor do mundo em conciliações com a burguesia e estratégias de revolução estranhas às comissões de fábrica e distantes da classe trabalhadora. Você não leu Trotski e na verdade nem mesmo assistiu a palestra a que se deu o trabalho de comentar.

    • @thomaznascimento4903
      @thomaznascimento4903 5 років тому +18

      @@juliocamargodeabreu9874 a maior oposiçao de trotsky está exatamente sobre essa suposta "degeneração burocrática" , o que está em conformidade com os ideias liberais. Nenhuma revolução foi orientada pela teoria trotakista , nao por acaso. O trotskismo impõe metas impossiveis e idealistas, que na prática fortalecem o inimigo real, sempre em nome de um ideal que está deslocado das condiçoes materias. Trotsky , no livro "revolução traída " faz exatamente isso, produz uma oposiçao ao Estado soviético, supostamente em nome da revolução, que na pratica daquela realidade historica serviu muito mais aos nazis e ao imperialismo do que na luta dos trabalhadores contra o capital.

    • @edsongeraldodasilva1828
      @edsongeraldodasilva1828 Рік тому

      Nada mais anti marxista do que o stalinismo, que assassinou os velhos bolcheviques revolucionários de 17.

    • @CMEPTb___
      @CMEPTb___ Рік тому

      Trotsky foi um prático revolucionário em Petrogrado camarada, irmão de armas, junto a Lenin e Stalin, a crítica de Trotsky era a falta de democracia de Stalin e a sua associação com a burguesia que eventualmente destrói a revolução, está demonstrado materialmente que Trotsky estava certo que o egocentrismo e a burocratização ditatorial burguesa de Stalin derrubou a USSR, Trotsky sempre buscou a democratização da revolução, e a participação popular é imprescindível a manutenção da revolução, e sua teoria da revolução permanente está em acordo com o que Karl Marx defendeu durante toda sua vida, Trotsky sempre foi o mais marxista dos revolucionários e o maior visionário do futuro do egocentrismo Stalinista, o verdadeiro inimigo e traidor da revolução da URRS.

  • @josevieiradesousa1186
    @josevieiradesousa1186 4 роки тому +4

    Sou trotskista.

  • @fulaninhodasilva2095
    @fulaninhodasilva2095 Рік тому +1

    Aula muito boa. Não sei se é só aqui, mas está com audio em um só lado do fone.

  • @olindinanascimento2255
    @olindinanascimento2255 4 роки тому +4

    Sempre aprendendo!!

  • @lucianomedeiros560
    @lucianomedeiros560 3 роки тому +2

    Ótima palestra!!!

  • @renatofontes4878
    @renatofontes4878 5 років тому +4

    Coloquem em um podcast!

  • @Trinitypater
    @Trinitypater 3 роки тому +3

    Adorei este palestrante!

  • @ronaldoferreira594
    @ronaldoferreira594 Рік тому +1

    Excelente Professor. Na primeira vez que vi - comentário abaixo - tive outra opinião. Por isto temos sempre que ficar de olho no Conceito de Mudança.

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому +9

    HOMENAGEM AO MARX
    PARTE II de IV - Dependendo do contexto político, do lugar do poder e da conveniência dos interesses econômicos da burguesia, os conceitos de liberdade e democracia assumem significados díspares e contraditórios, com o objetivo de confundir e impedir a compreensão do processo histórico.
    Invertendo o papel dos personagens políticos e modificando o significado original dos conceitos, a burguesia encerra uma verdade destrutível: não tem legitimidade de propósitos - promove alienação e violência para continuidade da acumulação capitalista e manutenção da dominação de classe. Justificar a hierarquia e a desigualdade nas relações sociais tornou-se, a partir de então, um exercício de manobra política que faz uso de recursos linguísticos cada vez mais dissimulados.
    Para a burguesia não é conveniente creditar aquilo que Karl Marx entendia ser princípio vital à existência humana: a vida somente é possível em sociedade. Quanto maior a divisão social do trabalho, maior a complexidade do modo de produção vigente e de suas relações humanas. Em outras palavras, o socialismo/comunismo, como sistema produtivo, está fundamentado conceitualmente na compreensão de que a sobrevivência humana resulta da condição (inalienável, sine qua non) de mutualidade ou interdependência entre os indivíduos.
    A vida em sociedade perpetua-se com qualidade quando seu sistema produtivo possibilita que a riqueza seja comum a todos. O saber que cria e constrói meios de produção é decorrente de processo social cumulativo, perpetrado por gerações e gerações de trabalhadores. Marx consegue perceber o caráter revolucionário da máquina a vapor (força motriz inovadora, cujo movimento energético apresentava maior autonomia de produção), ao mesmo tempo em que denuncia a alienação e a expropriação dos trabalhadores no processo de constituição (manufaturas/divisão do trabalho/perda do saber) e consolidação (máquina a vapor/perda do controle sobre o tempo de produção) do capitalismo industrial.
    A divisão do trabalho no processo de produção da mercadoria tem, pois, significação contrária à divisão social do trabalho na história.
    (...)
    Alexandra de Alvim Pinto

  • @marciomarconsin9199
    @marciomarconsin9199 3 роки тому +4

    O professor Ruy Braga deu uma aula com bastante clareza. Muito bom.

  • @brunoo408
    @brunoo408 5 років тому +20

    A aula 5 com o professor Alysson mascaro vai ser postada?

  • @Amcpingo
    @Amcpingo Рік тому

    Sempre seremos questionado

  • @afonsofirmo5689
    @afonsofirmo5689 2 роки тому +5

    Exelente análise professor.

  • @felipemarciano8122
    @felipemarciano8122 2 роки тому +3

    Que aula boa! O professor arrebentou!

  • @Fru3442e
    @Fru3442e 5 років тому +12

    Chama o Rui Costa Pimenta!

  • @franciscovieira5660
    @franciscovieira5660 4 роки тому +6

    tinha que chamar um Trotskista aí

    • @ticianelnat3911
      @ticianelnat3911 3 роки тому

      Ele é trotskista!! Só não é a linha de pesquisa dele, que é o estudo do precariado.

  • @dimarchisio
    @dimarchisio 2 роки тому +1

    Sensacional!!!

  • @gmfdve
    @gmfdve 4 роки тому +5

    Grande baralhação de conceitos.

  • @gabrielbrum7256
    @gabrielbrum7256 Рік тому +2

    ótima aula professor ! grande abraço

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    Acima parte da memória IDENTITÁRIA/FAMILIAR, também importante para uma professora de história pública municipal,

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому +1

    NÃO PUBLICADO POR NENHUMA EDITORA, AMBOS ABAIXO E HISTÓRIA DO BRASIL ACIMA.

  • @betoleal747
    @betoleal747 3 роки тому +1

    Muito bom

  • @cassior7460
    @cassior7460 5 років тому +5

    Grande aula, professor. Abraço.

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    Transformar a linguagem erudita/científica em acesso compreensível COMUM ... do ensino fundamental-médio-acadêmico... popular é o grande desafio da LUTA DE CLASSES EM CURSO MUNDIAL... Não domino a língua inglesa, e neste caso se alguém se habilitar a traduzí-los para o inglês ficaria grata desde que em acompanhamento conjunto!.
    Alexandra de Alvim Pinto

  • @MrLustosa1
    @MrLustosa1 5 років тому +4

    Muito Bom, Ruy. Parabéns!

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому +1

    HOMENAGEM AO MARX
    PARTE I de IV Com quase duzentos anos de antecedência, Marx percebeu que pela primeira vez na história, a máquina, ao produzir mais em menos tempo e cuja transformação resultaria em processo de automação da produção, poderia resolver a questão primordial da necessidade material para sobrevivência humana, libertando o trabalhador do "labor intensivo", possibilitando, ao mesmo, tempo livre para, aí sim, evoluir, progredir enquanto ser social, dedicando-se ao saber, ao lazer, às artes, à criatividade, à organização do processo produtivo e à formação política em sociedade. Isto, obviamente, mediante a socialização da riqueza gerada pelos meios de produção.
    No contexto das revoluções burguesa e industrial, os liberais afirmaram ser o trabalho a fonte de riqueza “da nação”, em substituição à lógica mercantilista de acumulação dos metais preciosos. Pela primeira vez na história, o trabalho é concebido como atividade positiva, de dignificação. O ato de não trabalhar passa a ser, ideologicamente, associado a valores pejorativos (vagabundagem, vadiagem) e não mais uma condição de “nobreza”. Entretanto, é justamente nesse mesmo momento que, também, pela primeira vez na história, o controle do processo de produção da mercadoria (saber, tempo e ferramentas) sofre uma “transferência de poder”: sai das mãos do trabalhador para ser apropriado/controlado pelos donos dos meios de produção.
    Eis porque, no século XVIII, a Economia Política Inglesa reconhece a força de trabalho como fonte propulsora de riqueza, porém, não questiona por que o trabalho socialmente necessário se transforma em mercadoria (barata e descartável) na lógica capitalista? Somente Karl Marx fará este questionamento.
    (...)
    Alexandra de Alvim Pinto

  • @cacauvaz8896
    @cacauvaz8896 Рік тому +1

    Muito bom. Parabéns professor

  • @fr.almeidasantos8120
    @fr.almeidasantos8120 5 років тому +1

    Legal

  • @wilsonpessoa9568
    @wilsonpessoa9568 3 роки тому +1

    Útil

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    PARTE 1-b CAPITALISMO x SOCIALISMO
    Devemos estar alerta às análises fundamentadas no "purismo" do conceito, as quais ocultam as contradições inerentes ao processo histórico em transformação, bem como a compreensão do mesmo. Embora as práticas de resistência da classe trabalhadora frente à expropriação capitalista possam ter apresentado equívocos de interpretação da obra de Marx, assim como esta é também passível de crítica, não podemos inferir mesma significação entre o conceito socialista (ainda em construção) e o conceito liberal burguês (hegemônico), quanto ao "purismo" de suas análises. Isso porque corremos o risco, de modo avesso, ocultarmos a diferença de seus propósitos, suas contradições e limitações dentro de contextos históricos específicos.
    A Economia Política Inglesa afirmava, em sua origem, que o capitalismo industrial conduziria a sociedade rumo ao "progresso", de modo linear e inevitável, tendo em vista a ampliação dos recursos produtivos possibilitados pela máquina, mesmo que isso levasse “algum tempo”...? Ao proporem a não intervenção do Estado (monopólio absolutista) na economia, a liberdade de contrato e o livre comércio (mediante contexto da revolução industrial: invenção da máquina à vapor/ampliação da produção de mercadorias) na lógica de mercado concebido como “naturalmente” regulado pela “lei” da oferta e da procura, os liberais burgueses tinham um objetivo certo: desmantelar o poder absolutista e seu monopólio mercantilista que outrora lhes possibilitara acumular riquezas através da exploração colonial escravocrata e da divisão do trabalho nas manufaturas (acumulação primitiva de capital; K. Marx, séculos XV - XVIII).
    Uma ruptura parcial de poder se impôs quando a máquina a vapor foi introduzida nas manufaturas: maior produção em menos tempo. O desenvolvimento dos meios de produção definia novo ritmo à consolidação do modo de produção capitalista (industrial) que, a partir de então, se constituiria como sistema hegemônico: para comercializar as mercadorias em larga escala era necessário por fim ao monopólio absolutista sobre a economia. O mercantilismo tornou-se, a partir de então, um entrave para a continuidade da acumulação capitalista.
    Para tomar o poder de Estado e ditar as regras, a burguesia teve que se apresentar como projeto inovador, colocando-se em contraponto àquele que, não obstante, fora conceituado como "Antigo Regime". O discurso deveria ser novo (“liberdade” de comércio e de escolha dos governantes - para quem?), mas a prática da acumulação capitalista continuaria em ritmo acelerado.
    Como forma de sustentar a farsa inerente ao projeto liberal - o qual excluía a classe trabalhadora do acesso à riqueza, às liberdades e direitos constitucionais - a burguesia se apropriou do Estado, concebendo-o, ideologicamente, como um lugar separado. O Estado deveria ser “ocupado” pelos “cidadãos”, cujo conceito fora reduzido ou restringido, por hábil manipulação textual, aos homens “capacitados”, “letrados”, “de bem”, “provedores da própria vida e da família”, ou seja, aos homens, brancos e proprietários da riqueza material e “intelectual”. Inicialmente, afirmava-se o princípio constitucional inovador (supostamente universal ou do interesse da “nação”) para, na sequência, inferir adendos limitadores ao próprio princípio legal - segundo alegação de estarem os indivíduos em “estágios diferentes” frente ao processo de “evolução da história” .
    Alexandra de Alvim Pinto

  • @marciaguzman2831
    @marciaguzman2831 2 роки тому +1

    P q entao, n chamaram um trotskyists?????

  • @1983GiovanniGomes
    @1983GiovanniGomes 5 місяців тому +1

    to em 30 minutos de video e ainda não apareceu o tal do trotski... ainda passou metade do tempo falando mal dos trotskistas... suspeito...

  • @Amcpingo
    @Amcpingo Рік тому

    Me explica o que é unilateridade

  • @gabrielcsf5814
    @gabrielcsf5814 4 роки тому +3

    Vai aprender mais se assistir Trotsky do Netflix...

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    HISTÓRIA DO BRASIL
    PARTE II - Independência?
    Quando nos constituímos como “nação”, após processo de “Independência”, o Brasil manteve no poder um regente da nobreza portuguesa (imperador), em regime político “misto”: absolutista e liberal/iluminista, por 67 anos (1822-1889).
    Isto não significa que o Brasil adotou o formato político do Estado inglês, tornando-se uma Monarquia Parlamentarista. Também não adotou o formato político do Estado francês, tornando-se uma República Presidencialista. O Brasil constituiu quatro poderes: um “Moderador”, de uso exclusivo do Imperador, com amplo domínio sobre os outros três - “importados” do movimento iluminista francês (Montesquieu) - Executivo, Legislativo e Judiciário, de “uso” exclusivo das elites fundiárias, mineradoras e escravocratas, eleitas pelo voto censitário (por elas mesmas).
    A singularidade desse processo “misto” consiste no “jeitinho das elites brasileiras” em adequar ou adaptar conceitos e realidades antagônicas para dissimular mudança/inovação nas relações políticas, sem, contudo, abalar “uma polegada” das estruturas de poder econômico em sociedade. Tratando-se de uma recente ex-colônia, ainda escravocrata e agrária, arriscaríamos dizer que, a forma pela qual o Brasil foi se inserindo no processo hegemônico de consolidação do capitalismo liberal burguês, com capacidade tal de dissimular continuidade e ruptura, texto e contexto, conteúdo e realidade, tempo e poder, deixaria “no chinelo” a melhor farsa liberal burguesa em outras nações do mundo (também elitistas, de exclusão da classe trabalhadora dos ideais de liberdade de expressão, associação e acesso à riqueza socialmente produzida).
    Vendo pelo avesso, a maneira pela qual as elites agrárias brasileiras articularam entre si e com o poder absolutista português o processo de Independência em 1822, possibilitou a manutenção de nossa unidade territorial e linguística, mesmo tendo de lidar com diferentes (quanto aos motivos e propósitos) movimentos separatistas e mesmo apresentando diversidade de dialetos regionais, com múltiplos vocabulários indígenas e africanos incorporados à língua portuguesa - enfim, constituímos comunicação social fluente e inteligível em extenso território nacional.
    Eis porque não podemos deixar de evidenciar a sagacidade oportunista de alguns integrantes da elite brasileira no processo de assimilação dos ideais liberais/iluministas no contexto de consolidação do modo de produção capitalista. Mesmo sendo um movimento com propósitos elitistas de Independência, não podemos deixar de reconhecer o pioneirismo contextual da Conjuração Mineira diante do processo mais amplo de consolidação do Estado Liberal no mundo ocidental, ao apresentar no Brasil-colônia os ideais iluministas como fundamento conceitual de seu movimento, em 1789, meses antes de ter início a Revolução Francesa na Europa, numa época em que as informações transcontinentais, pelo transporte marítimo das caravelas, levavam quase um ano para efetivação.
    O movimento mineiro separatista fora articulado por um grupo da elite escravocrata/mineradora contra a “derrama” portuguesa (cobrança de impostos sobre a extração do ouro - o “quinto” ou 20% do total). O movimento fracassou pela delação de um dos seus integrantes, em troca do “perdão Real” de suas dívidas. Tiradentes foi morto (esquartejado) em praça pública pelo poder metropolitano, para servir como exemplo aterrador àqueles que pretendessem constituir outros processos separatistas ou de Independência no Brasil-colônia. Fora escolhido como “bode expiatório” porque apresentava maior eloquência na defesa do ideário liberal/iluminista e porque dentre o grupo era o menos abastado.
    Longe de propor qualquer modificação na estrutura fundiária e social do Brasil, o movimento separatista mineiro evidenciava a concepção de “independência” das elites coloniais em toda a América: “liberdade” político-administrativa para o não pagamento de impostos à metrópole. Por seu caráter elitista, a Conjuração Mineira, diferentemente da Baiana, será (100 anos depois) constituída como memória histórica.
    Importante considerar que o processo da mineração promoveu algumas mudanças - mesmo que superficiais - na estrutura social, fundiária e econômica da colônia. Deslocando a colonização do litoral para o interior, a mineração foi responsável pela transferência da capital administrativa metropolitana de Salvador para o Rio de Janeiro, “otimizando”, assim, a fiscalização portuguesa sobre a extração aurífera e o tráfico de escravos enviados para o trabalho nas minas de ouro e diamantes. Minas Gerais constituiu-se como processo de urbanização, ao passo que promoveu a primeira produção agrícola para abastecimento interno da colônia. A riqueza do ouro no interior da colônia possibilitou, também, o surgimento de uma classe intermediária (“média”), como o pequeno produtor rural com três ou quatro escravos, diferente da estrutura social e fundiária anterior, de latifúndio monocultor com muitos escravos (“casa grande e senzala”).
    Portanto, MG integrou - dada sua posição geográfica - as “ilhas” de exploração existentes no Brasil: a cana do nordeste, o ouro em Minas Gerais, a charque do sul, o café na zona da mata e oeste paulista, a extração da borracha no norte... ao longo de 400 anos.
    Alexandra De Alvim Pinto

  • @pstutrotsky
    @pstutrotsky 4 роки тому +8

    O camarada Gustavo Machado do canal Orientação Marxista mostra a face estalinista de Jones Manoel ua-cam.com/video/XY9isI5DBik/v-deo.html

  • @tauanemello4945
    @tauanemello4945 3 роки тому +2

    ✊✌✊🏾

  • @marciosoares427
    @marciosoares427 5 років тому

    E os vídeos das aulas 05, 07, 08, 09 e 10, quando serão postados no canal?

  • @christiancarbone5747
    @christiancarbone5747 5 років тому +2

    melhorar a filmagem....ficou sem imagem um bom tempo....
    mas a aula é excelente

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    HISTÓRIA DO BRASIL
    PARTE IV - Brasil República no séc. XX escrito em 2003 - hoje 130 anos de República....
    Os primeiros 40 anos de República Federativa do Brasil foram marcados pela política do “café com leite”, onde MG e SP revezavam-se na “escolha” do poder central, por serem os dois maiores colégios eleitorais do país. A "República Velha" foi marcada também pela política dos “governadores” e “coronéis” latifundiários nos estados e municípios, de caráter clientelista, muitos privilégios e acumulação inapropriada, desigual e injusta, da riqueza socialmente produzida. Dos 124 anos de história da República Federativa do Brasil, vivemos oitenta anos em regime ditatorial ou sem qualquer participação da classe trabalhadora nos poderes públicos institucionais.
    Até os anos 1930/40 nossa economia fora predominantemente centrada na monocultura de exportação (café), sem qualquer lei trabalhista para proteção do trabalhador rural. O processo de industrialização teve início após a crise de 1929, entre as décadas de 1930 e 1960, com a construção das indústrias de base e comunicação (Companhia Siderúrgica Nacional/CSN, Eletrobrás, Petrobrás, Embratel, entre outras), em processo denominado de “substituição de importações”, conduzido pelo Estado “Nacional Desenvolvimentista” em poder de frações da classe dominante, as quais disputavam o controle dessas riquezas, com maior ou menor submissão ao capital imperialista, para apoio na ocupação do poder de Estado e manutenção dos privilégios de classe.
    Ao longo da história brasileira, as elites constituíram fortunas pela expropriação da riqueza pública (impostos) através do Estado. Mais que a acumulação de riqueza decorrente da exploração trabalhista, para a classe dominante no Brasil (principalmente a oligárquica) era de suma importância ter acesso ao poder estatal, pois assim, obtinha informações privilegiadas e manipulava “legalmente” as “regras do jogo”, projetando-se socialmente como “provedora” da produção de riquezas e não como usurpadora desta.
    Em apenas vinte anos, dos anos 1950 aos anos 1970, ocorreu a inversão da ocupação demográfica no país, do campo (70% rural em 1950) para a cidade (70% urbana, na virada dos anos 1970/1980) - sem planejamento de infraestrutura social, sem “reforma agrária”, com grande especulação imobiliária, com amplo incentivo (isenção fiscal) às multinacionais e à mecanização agrícola, resultando, portanto, em processo violento de expropriação quilombola, indígena e trabalhista, pela “grilagem” de terra, pré-conceito racial e extração de mais-valia.
    Fazendo-se passar por "Reformas", o projeto neoliberal burguês encontrou "terreno" no contexto político pelo qual passava o país nos anos 1980/90: o processo de “abertura política” ou “democratização” das instituições governamentais, após duas décadas e meia em poder do regime militar ditatorial, o qual representava os interesses da oligarquia e burguesia nacional, subservientes à farsa liberal capitalista imperialista (1964-1988). A política econômica neoliberal burguesa, difundida como “reformadora”, se fazia passar (para afirmação e respaldo social) como ação “natural”, “inerente” ao processo de redemocratização, imputando-lhe um valor de ruptura - em relação ao contexto ditatorial - de positividade que, em verdade, não tinha.
    A "abertura política” no Brasil resultou, em verdade, da correlação de forças entre capital e trabalho, cujo enfrentamento decorreu de múltiplas mobilizações sociais - greves, passeatas, reuniões, ocupação de terra, eventos culturais, comícios - de operários, educadores, estudantes, pequenos agricultores, camponeses sem terra, artistas, profissionais liberais, funcionários públicos, ativistas dos movimentos ecológico, indígena, das mulheres, dos negros, etc., culminando na criação do PT (Partido dos Trabalhadores) em 1980, na criação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em 1983, no movimento das “Diretas Já!” em 1983-1984, nas eleições para a Assembleia Constituinte em 1985-1986 e na Constituição de 1988. Culminando com as eleições presidenciais em 1989, pelo voto direto, secreto, universal e pela primeira vez dos analfabetos! Lula X Collor em segundo turno, teve como vitória eleitoral o representante das forças conservadoras, elitistas e subservientes ao capital imperialista.
    Ficamos assim duas décadas (1980/90) sem “crescimento econômico” - melhor seria dizer, tendo nossas riquezas “extraviadas” para as nações imperialistas, mediante política neoliberal de privatização do patrimônio público: ora pela venda em leilão (quando se tratava de empresas estatais lucrativas), ora pelo “sucateamento” ou precarização de seu funcionamento (quando se tratava do repasse de recursos públicos para o social, como educação e saúde).
    As elites brasileiras mantiveram-se no poder por séculos porque disfarçaram benfeitorias ao social (assistencialistas e de baixa qualidade) se projetando, ao final, como “mocinhos” da história ou “salvadores” da pátria. Em verdade, promoveram ampla exclusão social pela concentração fundiária e subserviência ao capital industrial monopolista estrangeiro, associando valores de “progresso e desenvolvimento” à construção civil de obras “faraônicas” ou “elefantes brancos”, em localização municipal “estratégica” de herança fundiária daqueles que, não obstante, ocupavam as instâncias de poder local, destinando recursos públicos para loteamento de suas propriedades em tempo "record", resultando, assim, em concentração de riqueza via especulação imobiliária.
    Em contrapartida, famílias de baixa renda pagavam caro por moradias populares de baixa qualidade, localizadas em perímetro urbano posterior ao das obras “faraônicas”, custeando saneamento básico e infraestrutura de alto custo, em processo que se “arrastava” por anos ou década, embora os carnês ou boletos de pagamento fossem efetuados mensalmente por essas famílias.
    Curiosamente, quando ocorrem as diminutas e limitadas tentativas de investimento público em políticas sociais, as elites brasileiras, tendo o monopólio dos meios de comunicação de massa, projetam no imaginário social a concepção de que o Estado é paternalista, que os “cidadãos” brasileiros são demasiadamente dependentes do mesmo! Ou ainda, as forças do capital, no controle dos meios de comunicação, promovem a construção de um imaginário político social levado a reproduzir um discurso de desqualificação do funcionalismo público (“marajás”, “fantasmas”, “apadrinhados”, “corruptos”) e de desmoralização das instituições públicas, como educação, saúde e empresas estatais - indústrias de base, bancos, transportes, comunicação, etc. - (“cabides de emprego”, “ineficientes”, “onerosas”), ao passo que “poupa”, habilmente, os poderes executivo, legislativo e judiciário na condução desse projeto, preparando, assim, “o terreno” para aplicação da política neoliberal: privatização do patrimônio público e desregulamentação das leis trabalhistas.
    Ora, numa nação em que quase 80% dos impostos arrecadados, até 2002, eram pagos pela classe trabalhadora; e onde as elites sonegam os impostos, ocultando, assim, o verdadeiro montante de suas riquezas, pergunta-se: qual o “cidadão” beneficiado (de fato) pelo Estado no país de maior concentração de riqueza do mundo?
    Em suma, as elites econômicas - agrária e industrial - no poder de Estado (municipal, estadual e federal), utilizam os recursos públicos em benefício próprio, promovendo política econômica de privilégios, negando direitos sociais, cujo “jeitinho” se apresenta como ação aparentemente respaldada pela legalidade jurídica, utilizando complexos recursos materiais e conceituais para manipulação social, com alta capacidade de dissimular suas reais intenções ou interesses de classe. Eis porque as representações políticas dessas elites mudam suas siglas partidárias (UDN-ARENA-PDS/PFL-PPB/PP-DEM ou PSD-MDB-PMDB/PSDB-PSB), mediante a conveniência do contexto histórico, apresentando-se como “forças de renovação”, para assim ocultarem, perante a opinião pública, o fato de - ocupando o poder de Estado por mais de um século - serem responsáveis pela realidade de exclusão e opressão da classe trabalhadora na sociedade brasileira.
    Alexandra De Alvim Pinto

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    HISTÓRIA DO BRASIL
    PARTE I - Brasil Colônia
    Para melhor compreender a realidade brasileira, bem como os limites, os avanços e recuos da política efetivada pelo Partido dos Trabalhadores nos poderes de Estado, propomos considerar as singularidades de nossa história, compreendendo-as enquanto processos que forjaram a realidade presente e na qual encontramos situações, simultaneamente, limitadoras e propulsoras dos movimentos sociais em nosso país.
    Com quinhentos e treze anos de história oficial, o Brasil foi por quase quatrocentos anos, uma colônia de exploração portuguesa, cujo processo de dominação efetivou-se em contexto político-econômico absolutista/mercantilista, justificado pelos valores religiosos da Igreja Católica, em época que se creditava serem as relações de poder e saber definidas por “natureza divina” e/ou pela “hereditariedade consanguínea”.
    A hierarquização das diferenças, concebida como verdade “natural, absoluta e divina”, dizimou e aculturou milhares de povos nativos (todos “índios” para o colonizador) e violentou na escravidão outros milhares de africanos (todos “negros desalmados”) como força de trabalho na monocultura canavieira, na mineração e nas plantações de café. A fortuna gerada pela expropriação do território indígena e pelo tráfico de escravos, fez desta elite mercantil, a mais rica e poderosa do Brasil colonial.
    Essa herança colonial exploratória projetou-nos política externa de subserviência e de pouca valorização do que é nacional - tanto de nossa singularidade na associação das diversidades culturais; como no descrédito (pelo ocultamento) da grandiosidade (mesmo com 500 anos de evasão) de nossas riquezas naturais e materiais - como potência econômica de projeção mundial.
    Eis porque, em contrapartida, afirmamos ter sido a colonização portuguesa, inicialmente, menos fundamentalista do ponto de vista religioso que outras colonizações, possibilitando certa "tolerância" e/ou "diversidade" cultural em nosso país. Como exemplo, embora a determinação do "Vaticano" fosse a favor da escravidão, muitos padres católicos cristãos que vieram para o Brasil colônia, protegeram negros que fugiam das senzalas e lutaram pela preservação de culturas indígenas, como fizeram alguns jesuítas (embora o propósito inicial fosse a aculturação pela catequese). Outro exemplo é a presença judaica no início da colonização no nordeste brasileiro.
    Além disso, Portugal foi o país pioneiro na expansão marítima do século XV - sendo o primeiro a se constituir como Estado Nação e a chegar à Índia no oriente, pois, possuía a melhor escola naval do mundo naquele momento, a Escola de Sagres, a qual formara os grandes navegadores dos séculos XV-XVI: Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães (quiçá Colombo, o qual fora casado com uma nobre portuguesa), entre outros. Isto nos permitiu assimilar características culturais de quatro continentes - Europa, África, Ásia e América - e adquirir diferentes riquezas produtivas e especiarias, mesmo em processo limitado, pois que hierarquizado, de exploração escravocrata/indígena mercantilista e dominação absolutista.
    Alexandra De Alvim Pinto

  • @emanuelleanastassopoulos57
    @emanuelleanastassopoulos57 Рік тому

    ❤❤❤❤

  • @zeleandro8404
    @zeleandro8404 Рік тому

    Verdade 💯 po centro agora é uma necessidade começar o legado de todos os Militantes Revolucionário pra unifica a Revolução cocialista de 17 pstu pólo cocialista Revolucionário Greve

  • @bentobarreirinhas5702
    @bentobarreirinhas5702 5 років тому +9

    O Marxismo de Trotski não era Marxismo, como qualquer bom Marxista sabe.

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    HOMENAGEM AO MARX
    PARTE III de IV Embora a máquina (a vapor) significasse a opressão real e imediata do trabalhador por “determinar”, a partir de então, a relação tempo/trabalho/produção, Karl Marx compreendeu, a frente de seu tempo, que não se tratava da máquina em si, mas da maneira pela qual ela era utilizada pela classe dominante: os donos dos meios de produção. Por isso, o maior defensor da classe trabalhadora, criticou o movimento Ludita (quebra-quebra das máquinas pelos trabalhadores ingleses no século XIX), declarando ser tal manifestação inútil e equivocada, pois a transformação dos meios de produção não poderia retroceder no tempo.
    Marx compreendia o processo de transformação das relações de produção como movimento histórico dotado de cientificidade, em contraponto à concepção definida por ele como utópica. Ou seja, o processo de transformação das relações de produção, impulsionado pela luta de classes, se projeta como movimento efetivo, concreto, materializado no tempo e no espaço, quando motivado pela compreensão e ação coletiva, racional e material, do processo histórico mais amplo: transformação das forças produtivas e dos meios de produção; e não meramente pela projeção de uma realidade ideal por atitudes, vontades ou ações individuais.
    Denominou de “socialistas utópicos” alguns afortunados que ousaram distribuir suas riquezas com os trabalhadores locais - atitude louvável, porém, ineficaz para transformação do sistema produtivo histórico-social. Assim, uma ação motivada apenas pela perspectiva utópica resulta na impossibilidade de efetivação do projeto revolucionário “utópico”, ou seja, na construção de uma realidade social “ideal”: sem classes, sem violência, sem miséria.
    O jovem Marx percebeu que a luta pela sobrevivência define o processo de transformação da história. Entretanto, o experiente Marx compreendeu que as forças produtivas e os meios de produção não são exclusivamente propulsores do processo de transformação. Em correlação, se faz necessário promover a extensão da consciência de classe, a formação política dos trabalhadores: a qual passa pela compreensão do processo de transformação dos modos de produção na história: o materialismo histórico dialético; bem como pela própria compreensão do poder-saber na relação entre o(s) sujeito(s), em seu próprio tempo (contexto) histórico.
    (...)
    Alexandra de Alvim Pinto

  • @RafaelPerches
    @RafaelPerches Рік тому

    Tá sem som?!

  • @marianabatista6385
    @marianabatista6385 5 років тому +12

    autodeterminação das massas!!! maravilhoso e cansativo. E tem que ser cansativo sim!! e é clandestino também. Não temos que jogar pérola aos porcos capitalistas.

    • @marianabatista6385
      @marianabatista6385 5 років тому +5

      o ruy foi maravilhoso!! não foi cansativa a fala dele. cansativa deve ser a luta pela autodeterminação das massas. é o melhor cansaço que pode existir.

    • @SullivanMonster
      @SullivanMonster 4 роки тому

      Mariana Paula o capitalismo dá certo , faz uma nação de desenvolver , tem comida , tem educação , tem desenvolvimento , coisa que sua ideologia que mata pessoas de fome nunca vai conseguir
      Nos Estados Unidos por exemplo , onde a esquerda “nunca colocou direito a mão”
      Um pobre nos Estados Unidos é um pobre com :
      Carro
      Família
      Casa
      Comida
      É um sistema desigual e justo , afinal ninguém tem culpa do seu problema social
      Agr você vê os pobres da Venezuela , Cuba e outros por onde o socialismo passou Né KKKK
      Tudo desnutrido
      Sem liberdade
      Sem comida
      Com fome
      E se você ousar falar algo
      “E o Brasil que é capitalista “
      Não minha querida , o Brasil está se tornando capitalista
      O conceito de capitalismo é uma vida com liberdade sem intervenção do estado
      Basicamente o liberalismo é o capitalismo em prática
      Onde tudo seria privatizado, teria oportunidades e o estado seria mínimo
      Coisa que jamais foi verdade no Brasil né ???
      Sua anta KKK

    • @franciscovieira5660
      @franciscovieira5660 4 роки тому

      @@SullivanMonster e sempre foi capitalista

  • @desconservador6754
    @desconservador6754 5 років тому

    Quais textos foram citados no vídeo?

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +22

      Foquei minha apresentação em "Balanço e perspectivas", "História da revolução russa" e "A revolução traída". Mas, também falei um pouco sobre o livro "Em defesa do marxismo". Atenciosamente.

  • @davidjorge22
    @davidjorge22 5 років тому

    Está sem áudio

  • @rodrigochoinski1481
    @rodrigochoinski1481 4 роки тому

    De qualquer forma, ao contrário do que você falou, Mészáros não escreveu um capítulo para falar da defesa de Lukács ao "socialismo em um só país", que você demonstrou eu estava errado, afirmei uma coisa de forma taxativa que não lembrava direito, Mészáros escreve 5 capítulos para criticar a posição de Lukács, baseada principalmente em "HIstória e consciência de classe", vale ressaltar que Lukács critica essa sua obra posteriormente, mudando de posição em pontos centrais. Mas nesses capítulos não há uma centralidade na crítica à concepção do socialismo em uma nação isolada (mesmo uma nação de proporções continentais como a Rússia) nem mesmo em uma das partes de algum desses capítulos. A crítica de Mészáros critica aspectos como a concepção de que o partido representaria a consciência de classe da classe trabalhadora (uma leitura hegeliana de Lukács) e a questão do apelo ético à classe trabalhadora, que resolveria as contradições entre o particularismo e o caráter genérico da classe. Não estou querendo me safar, sim passei vergonha falei uma coisa e era outra, tudo bem, acontece, mas pelo menos não escrevi um artigo falando mentiras.
    Vamos lá:

    • @rodrigochoinski1481
      @rodrigochoinski1481 4 роки тому

      Questionamento 1 - Depois de tratar da questão da discussão da continuidade de produção do capital na URSS (o que não tem nada a ver com o ponto central do artigo), você tira da cartola: "Já o internacionalismo aparece em sua obra no mesmo sentido abstrato e subjetivo que se faria presente nos ideólogos do socialismo em um só país, isto é, como algo desejável, não como condição necessária para uma forma social além do capital." Você realmente não conhece a obra do autor, porque o internacionalismo é condição sim para para a nova forma histórica... essa é uma das posições mais fortes do autor (!!!!!!!) ele explica que devido à socialização da produção em nível mundial impede que haja o socialismo em um só país, você afirma uma mentira deslavada dessas... logo você que se pretende o senhor da "honestidade intelectual". Mészáros chega a afirmar inclusive, seguindo isso, que a revolução socialista necessariamente depende da revolução nos Estados Unidos... acho que você precisa estudar o autor melhor...

    • @rodrigochoinski1481
      @rodrigochoinski1481 4 роки тому

      Questionamento 2 - Aí segue as falsificações:
      "Mészáros parece minimizar a necessidade de tomada do poder quando diz que “a questão da ofensiva estratégica não se reduz à necessidade de ação política, apesar de esta ser uma parte necessária - mas longe de suficiente - da transformação socialista.” E mais adiante: “a alternativa hegemônica do trabalho ao domínio pelo capital é inconcebível sem a erradicação completa do capital do processo sociometabólico. Por isso, a derrubada do capitalismo pode apenas arranhar a superfície do problema.” (MÉSZÁROS, 2002, p. 919)."
      Mészáros "parece minimizar" a necessidade de tomada de poder? Chega a ser ridícula essa afirmação quando o central na obra do autor é estabelecer os limites da tomada meramente política se não se avançar para uma revolução social... quer dizer que supere todas as relações do sistema social capitalista em todos os níveis desde o microcosmos familiar até as relações internacionais... você realmente leu o livro? Ou deu um ctrl+f em "socialismo em um só país"? Para fechar com chave de ouro ainda dizendo que essas NECESSIDADES postas por Mészáros, que não são ditas para "minimizar" nada, estas são suas teses centrais, não funcionariam em um país isolado, claro que não, Mészáros jamais defendeu isso que você está criticando no autor... desonestidade total. Para Mészáros é bem claro que uma revolução depende da tomada do poder em uma revolução política e a busca de estender sua influência para além do período de ruptura revolucionária para então construir o que chama de "revolução social" que é a construção do comunismo de fato o que desenvolve nos capítulos 13, 19 e 20.
      Mais um trecho seu
      "Ora, se Mészáros tem mesmo razão nos aspectos centrais que aborda, perguntamos: como superar o fetichismo da mercadoria em uma nação isolada que precisa de um excedente cada vez mais ampliado para trocar com um mercado internacional que se rege, por sua vez, pela valorização do valor e não pelas necessidades humanas?"
      Mészáros JAMAIS defendeu que isso é possível numa nação isolada... novamente questiona o autor em um ponto que ele nunca defendeu, fazer isso na mesa de boteco tudo bem, mas você tava escrevendo um artigo sobre o autor.
      Outro trecho seu:
      "Em resumo, Mészáros se remete, sempre, a possíveis adequações e falhas de ordem interna ao regime soviético pós-revolucionário e, não tanto, a necessidade de expansão da revolução socialista como pressuposto necessário e inescapável para superação do capital e, por isso mesmo, para a definitiva superação das debilidades de uma economia planejada (burocraticamente) em intercâmbio com nações regidas pela relação-capital."
      Mentira, simplesmente Mészáros jamais defendeu isso... Mészáros deixa muito claro a necessidade da construção do socialismo sempre a nível global, inclusive em vez de ficar apenas postulando isso, como a maioria dos trotskistas (porque seu objetivo é só atacar Stalin, que morreu em 1953) ele enfrenta o problema de como poderia isso acontecer.

    • @rodrigochoinski1481
      @rodrigochoinski1481 4 роки тому

      Questionamento 3 - Trecho seu
      "Com essa ênfase, nosso autor não analisa a intervenção política externa da URSS nos demais países do globo, quando a defesa da pátria socialista se transformou na tarefa histórica número 1"
      Esse é um dos pontos mais recorrentes de Mészáros, dizer que um dos principais erros da URSS foi atrelar os partidos políticos ao redor do mundo à defesa da URSS em primeiro lugar.
      Diz Mészáros:
      "O próprio discurso de Lenin era muito distinto, mesmo quando, em luta contra o oportunismo reformista, ele enfatizava a ideologia, já que se dirigia a pessoas que precisavam enfrentar os problemas e contradições de situações muito diferentes. Os dois fatores básicos das suas dificuldades socioeconômica e política - o peso do desenvolvimento capitalista dependente na Rússia e as medidas extremamente repressivas do Estado policial czarista - tornaram viável, naquelas circunstâncias, a sua estratégia. Ainda assim, e mesmo em seu caso, a defesa da forma clandestina de organização do partido como garantia universalmente válida da correção da ideologia e da estratégia, a ser também aplicada na Alemanha e em todo o Ocidente, e mais tarde seu apelo ideológico direto ao caráter de modelo da Revolução Russa tiveram seus dilemas insuperáveis. [VEJA AQUI:] Uma vez que a orientação estratégica do “socialismo em um só país” prevaleceu na Rússia após a morte de Lenin com uma finalidade dogmática, a linha geral da Terceira Internacional - que continuou a insistir no caráter de modelo dos desdobramentos soviéticos - era na realidade uma contradição em relação às perspectivas de desenvolvimento para um MOVIMENTO SOCIALISTA INTERNACIONAL GENUÍNO. Não foi, portanto, nem um pouco surpreendente que a Terceira Internacional tivesse chegado ao lamentável fim que terminou por alcançar. " [GRIFO EM MAIÚSCULO MEU] P.A.C. pgs 390-391
      Este trecho deixa muito clara a posição do autor, contrária à estratégia do "socialismo em um só país" bem como a acusação da exportação dessa estratégia a todos os partidos da 3ª Internacional após a morte de Lenin como um PROBLEMA CENTRAL da derrota desses partidos (sua transformação em partidos meramente eleitorais). O mais engraçado é que o modo de crítica a Mészáros é mais geral e abrange inclusive os partidos trotskistas que tiveram qual fim? O mesmo dos partidos da 3ª Internacional... viraram partidos eleitorais disputando cargos eletivos como o PSTU. Para Mészáros esse é um problema da forma-partido leninista... que segundo ele era adequado apenas para a Rússia... (uma longa discussão feita pelo autor).

    • @rodrigochoinski1481
      @rodrigochoinski1481 4 роки тому

      Questionamento 4 - Você também faz uma malandragem no fim do texto pra suportar sua argumentação, que não tem nenhuma evidência, Mészáros acusa a URSS de recuperar as teses de Blum justamente para justificar a crítica à revolução de 56, a qual Lukács toma parte na Hungria para tentar implementar mudanças que corrigissem o que não concordava na URSS, a maneira que você coloca parece que Mészáros está defendendo as teses, ele faz um pequeno elogio (que elas eram internacionalmente inovadoras na época da publicação) mas as cita para denunciar a hipocrisia da URSS (já sob Kruchev), usando um texto antigo do autor.
      Só pra constar a síntese de suas mentiras sobre autor você termina o texto com o cúmulo da desonestidade:
      Trecho seu:
      "Sem negar a relevância do problemas colocados por Mészáros, perguntamos se sua proposta “substantiva” em relação as mazelas e ao colapso dos regimes soviéticos, na medida que põe em segundo plano a ação política de tomada do poder [É MUITO CLARO PARA MÉSZÁROS QUE A TOMADA DO PODER É O PRIMEIRO ATO DE QUALQUER REVOLUÇÃO, O QUE O AUTOR FALA É QUE AS PRINCIPAIS DIFICULDADES VEM DEPOIS, ISSO É COLOCAR EM SEGUNDO PLANO? MELHORE...], sem a qual a URSS não poderia superar seu isolamento, e qualquer outra revolução nacional, ainda que originada no “elo mais forte da cadeia,” não estaria a pressupor que, se as medidas internas da Revolução de 1917 fossem outras seria possível superar o capital nas sociedades pós-capitalistas e, desse modo, realizar a crença do socialismo em um só país."

  • @joycecesarpirespires6663
    @joycecesarpirespires6663 5 років тому +4

    Precisamos falar mais da Perestroika e o significado da reestruturaçâo da federação e do processo interno nacional de desenvolvimento das forças produtivas e da reestruturação política da URSS . Muitos erros de avaliaçâo estâo sendo cometidos pq nâo consideram que a decisâo da perestroika foi tirada na Constituição de 1977 e posta em pratica a partir de 86, o que já estava previsto desde 77, reestruturações alias já previstas por Lenin desde o inicio da revolução.... motivadas pela necessidade de renovaçâo do impulso revolucionário na busca por mais socialismo.
    Camaradas, muita bobagem vem sendo dita. O processo russo ainda está em curso. Nâo houve uma volta ao modo capitalista. Mais dialética nas analises!!
    E adelante.
    Uni-vos !

    • @s3v3r1n0
      @s3v3r1n0 5 років тому +3

      "O processo russo ainda está em curso. Nâo houve uma volta ao modo capitalista.
      Por favor, poderia explicitar melhor isso?

    • @joycecesarpirespires6663
      @joycecesarpirespires6663 5 років тому +1

      @@s3v3r1n0 A interferência dos interesses norteamericanos (na epoca da perestroika) com Boris Ieltsin, quase inviabilizou o processo de reestruturaçâo democrática, e muita propaganda ofuscou a realidade histórica. Com a chegada de Putin foi retomada a perestroika... Essa reestruturaçáo passa atualmente pelo projeto Cinturâo&Rota e o desenvolvimento da cooperaçâo euroasiatica.

    • @s3v3r1n0
      @s3v3r1n0 5 років тому +1

      @@joycecesarpirespires6663 Obrigado pela resposta, embora eu não tenha entendido nada. Vou me informar.

    • @joycecesarpirespires6663
      @joycecesarpirespires6663 5 років тому +3

      @@s3v3r1n0 são questões da geopolitica, em síntese, um confronto entre imperialismo (OTAN) e a multipolaridade/cooperação (China//Russia e paises da Nova Rota da Seda,"Cinturâo&Estrada e BRICS)

  • @samircalaca9338
    @samircalaca9338 5 років тому +11

    Creio que o Trotski merecia uma palestra por alguém realmente entendido no assunto. O Ruy Braga é muito bom como sociólogo, mas ele me pareceu muito desconfortável e inseguro para falar sobre a teoria trotskista. Assim, acho que a Boitempo errou na abordagem do pensador / revolucionário cujo nome é atacado em todos os flancos políticos.

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +10

      Caro Samir. Obrigado pelo comentário. Como disse no início da aula, não sou um "especialista" em Trotsky e não tenho um trabalho de pesquisa sobre seu pensamento. No entanto, em relação àquilo que eu me propus a fazer, não fui nem um pouco "inseguro" e nem me senti "desconfortável" com o tema. Aliás, trata-se de tema, o pensamento de Trotsky, com o qual convivo há pelos menos 25 anos. Seria interessante se você pudesse apontar, baseado no conteúdo de minhas observações sobre o tema ao longo da fala, onde foi que eu transmiti alguma insegurança. Ou quais "erros" eu teria cometido.

    • @samircalaca9338
      @samircalaca9338 5 років тому +4

      Caro Ruy,
      Inicialmente agradeço por eu - mísero estudante de História de uma instituição “Uni-qualquer coisa” - ter sido notado por um dos que considero maiores sociólogos do país. Ainda mais, vivo nos rincões do Nordeste. O meu lugar de fala me deixa bastante fragilizado. Grande parte do meu acesso a conteúdo de qualidade se dá pela via da internet, ou pelos poucos livros que consigo adquirir (e ler, haja vista eu estar em princípio da minha formação técnico-teórica).
      Assim, uma pessoa insignificante ter merecido um comentário, quer dizer, uma resposta, pelo próprio palestrante faz-me sentir privilegiado, bem como me vejo plenamente exposto em minhas limitações acerca do tema.
      O Canal da Boitempo, como alguns outros do UA-cam, me dá acesso a palestras de excelente qualidade. Num dos vídeos que vi a respeito do Leonardo Padura, fiquei sabendo do livro best seller, O homem que amava os cachorros. Esse volume me despertou rapidamente o interesse em Liev Trotski (creio que isso por si só denuncia a minha limitação acerca dos assuntos sobre o marxismo, o leninismo e o trotskismo). Assim, busquei ler o livro do Padura. Fiquei fascinado, não com o político Trotski, mas com a pessoa, isto é, a personalidade do Liev Bronstein.
      O meu interesse no marxismo é meio difuso, mas está mais relacionado às contribuições de Karl Marx para a área de História (e de Sociologia também). Assim, torna-se muito evidente que quase qualquer estudioso do pensamento marxista e suas nuances em outros pensadores, como Lenin, Trotski e Gramsci, saberá muito mais do que eu acerca desses assuntos.
      Após tudo isso, faço minha mea culpa, o objetivo do comentário por mim tecido originalmente era de apenas apresentar uma impressão pessoal diante do que me foi transmitido. Acho que a (o) Mirtes (que comentou anteriormente) foi muito feliz em dizer ser “leigo” no assunto, e eu o sou também, talvez até mais do que ela(e). Assim, peço desculpas por talvez haver dado um comentário infeliz. De todo modo, falo em insegurança em termos de percepção diante do que por mim foi recebido enquanto conteúdo.
      Assim, quando menciono “erro”, quero dizer que a Boitempo poderia ter chamado alguém que fora realmente especialista em Trotski. Acho que as suas ponderações a respeito do precariado são muito pertinentes. Mas para tratar do pensamento trotskista, acho (ou seja, eu senti diante do vídeo) que houve um pouco de insegurança por parte do palestrante.
      Nesse âmbito, enfatizo que eu não julgo ter propriamente erros no conteúdo em si apresentado. O que me trouxe a sensação de insegurança foi o seguinte: a menção de não ser especialista no assunto, de não ter um pensamento autônomo, também o de haver recebido com surpresa o convite da Editora e de ter quase declinado do convite.
      Voltando ao ponto de eu falar sobre percepção. Como não podemos confiar plenamente em nossos sentidos e percepções (eu mesmo, em especial), as impressões pessoais podem ou não condizer com a realidade.
      Novamente peço desculpas pelo comentário. Confesso que não sabia que o senhor já estuda o assunto há cerca de 25 anos (Isso é quase o tempo que tenho de vida). O meu intento não era desmerecer essa contribuição intelectual, em especial porque eu sou um mero aprendiz que, acidentalmente, acabou provocando o seu mestre e se viu exposto ao ridículo.
      Cordialmente,
      Samir Calaça

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +5

      @@samircalaca9338 Caro Samir Calaça. Não há a menor necessidade de pedir desculpas. E não quis expô-lo ao ridículo. Em hipótese alguma. Gosto que me apontem as falhas. Apenas imaginei que você tivesse alguma observação crítica sobre o conteúdo. Sem problema algum no comentário. É absolutamente normal o debate entre companheiros. Abraços e toda sorte do mundo.

    • @EngenheiroMaestri
      @EngenheiroMaestri 5 років тому +2

      @@ruygomesbraganeto1776 A palestra pode ter alguns pequenos desvios na análise, mas não compromete em nada para o tempo disponível. De não perdesse tanto tempo se justificando porque não é um especialista no assunto, que poderia ser resolvido rapidamente por uma intervenção inicial do tipo: - Não sou um especialista do assunto, mas passarei a minha análise. Iria muito melhor.
      Só não gostei da comparação do pensamento de Tróstki como se fosse um projeto de pesquisa, pois na realidade todo o bem marxista não deve ser dogmático no que não é essencial, o que poderia falar é que Trótski considerava assessório no Marxismo, aí construiria um verdadeiro debate.

    • @carlg.friedman5602
      @carlg.friedman5602 5 років тому +2

      @@ruygomesbraganeto1776, parabéns pela palestra.

  • @mariamirtescohen
    @mariamirtescohen 5 років тому +18

    Vou falar por um leigo que entrou aqui para aprender o que rege Trotsky. O preâmbulo foi tão grande que desisti, ele levou trinta minutos e só queria saber os três pilares meramente citados. Quando começou a explicar não foi claro e inverteu a explicação de tal forma que quando disse o que era revolução permanente a explicação já tinha fugido da ideia, por o leigo não ter conteúdo suficiente para acompanhar o pensamento de quem explica. Aí o interesse desfaz. Custava muito dizer: os três pilares de Trotsky são este, este é este. O primeiro é isso, isso e isso, o segundo... etc. Então ele pode contextualizar. Senão, um leigo não entende. Fica apenas para os entendidos, e o povo, que tem que trabalhar e não pode perder tempo sai da platéia e as palavras caem no vazio para ele. Dá para ser objetivo? Parei de ver o vídeo por absoluta falta de interesse.

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +11

      Cara Mirtes Cohen. Muito obrigado pela observação. Gostaria apenas de dizer que as três contribuições originais do pensamento de Trotsky foram apresentadas logo no 11o. minuto da palestra. O restante da fala, foi uma tentativa de interpretar essa originalidade acompanhando a lógica do pensamento de Leon Trotsky. Sinto muito se não foi uma palestra atraente para você. Atenciosamente.

    • @mario.guerreiro
      @mario.guerreiro 5 років тому +3

      @@ruygomesbraganeto1776 Obrigado professor Rui Braga pela excelente exposição que permitiu um panorâma considerável sobre as bases teóricas revolucionárias de Trotski. Estou iniciando o trabalho de leitura de sua obra, neste momento. Obrigado pela contribuição para difusão dos elementos teóricos que, em tese, permitem a emancipação humana diante do capitalismo.

    • @EngenheiroMaestri
      @EngenheiroMaestri 5 років тому

      @@ruygomesbraganeto1776 O mais interessante é que analisando historicamente conforme a interpretação do professor. Stalin foi um seguidor de Trótski e exatamente quando ele morre que começa a decadência do estado proletário.
      Vamos aos motivos: Se Trótski aceitava a burocracia como um simples aparato de Estado (a burocracia não foi criada por Stalin, ele simplesmente a aperfeiçoou), se ele via na expansão dos países operários em torno da União Soviética como a forma de conseguir garantir a URSS, que foi exatamente o que Stálin o fez, pois a derrota da expansão do estado socialista que parou na no tratado de paz com a Alemanha na Primeira Guerra e guerra contra a Polônia e tem responsabilidade a ser dividida entre Lenin, Trótski e por último Stálin.
      É totalmente bizarra a explicação, mas explica a sobrevivência do Estado proletário durante o tempo de Stálin. :) :) :)

    • @mariamirtescohen
      @mariamirtescohen 5 років тому +1

      @@ruygomesbraganeto1776 Neste minuto, voltei a gravação, houve um emaranhado de palavras pouco claras, sem ênfase ou respeito a quem nada sabe.

    • @fillipeportilho5449
      @fillipeportilho5449 2 роки тому +2

      Exatamente. Blablabla descompromissado com a comunicação e a didática. Compreensível: malabarismos da oratória sonolenta são a única forma de render uma palestra sobre Trotsky

  •  5 років тому +5

    *A esquerda brasileira precisa esquecer os soviéticos, que nada têm a ver com a nossa realidade ocidental, e focar em Gramsci. Estou abrindo grupos de estudos de Gramsci para quem quiser, entrem em contato!*

  • @euroalbum3458
    @euroalbum3458 3 роки тому

    40:51 nao houve insurreiçã, foi planeja pelos letrados e bugueses com ajuda do espiao japones, e assim por diante pois o que esta nos arquivos a verdade passaria muito tempo explicando o passo a passo.

  • @alexandradealvimpinto5105
    @alexandradealvimpinto5105 5 років тому

    PARTE I
    A QUESTÃO DE GÊNERO NA LUTA DE CLASSES -
    UM AVÔ GENERAL DE BRIGADA E OUTRO PREFEITO-ESCRIVÃO DE CARTÓRIO.
    EDITADO para melhor compreensão textual de partes narrativas que, de fato, após releitura/distanciada, reconheci falhas (não intencionais, mas que permitiam dubiedade - equívocos - no entendimento textual ou significado proposto).
    De antemão peço desculpas aos familiares que por ventura venham a discordar deste registro/memória - que de forma alguma se pretende "verdade absoluta"; pelo contrário, considerem seu caráter de parcialidade - uma versão da história!
    LADISLAU PEREIRA PINTO 1905 - 1990? (avô paterno) "De uma época (segundo ele) em que um homem levantava-se no bondinho para uma mulher se sentar" e que "não via mais tal gentileza em minha geração" - na ocasião, Salvador/BA, eu com 13 anos de idade perguntara a ele se havia "participado da DITADURA MILITAR" e não da "REVOLUÇÃO DE 1964". Nesta idade estamos começando a entender que somos parte de um todo conhecido-conhecendo... .
    Lembro-me da expressão de "susto" em sua fisionomia facial. Ainda assim acrescentou: "...em 1964 entrei para a reserva....não concordei com a forma como ocorrera o governo posto pela 'Revolução de 1964' ..."!? (Demarcou aqui a diferença entre nossos posicionamentos políticos). Mas para ele..."não importava se um governo era civil ou militar e sim a 'gentileza' na relação entre as pessoas - daí a história do bondinho. Em certa medida ele tinha razão.
    Gostei de sua resposta. Me "senti aliviada" ao saber que entrara para reserva e não participara - no poder que a farda lhe concedia - de algo que me parecia não muito claro ou não muito bom como regime político de governo.
    De qualquer forma, não sei se lhe cogitava saber qual era o poder de escolha das mulheres, naquele tempo, no tempo do bondinho, onde e quando juridicamente as mulheres eram consideradas "incapazes"?!
    Daí decorria como ato de "normalidade", os pais escolherem o casamento das filhas (como fora o caso das minhas avós); a concepção de "dote"; o preconceito da "mulher desquitada", a não possibilidade da mulher ter educação formal para fins de atuação profissional e autonomia financeira no mercado de trabalho; bem como não ser eleitora ou participar da vida pública/política, mesmo quando já conquistado o direito ao "sufrágio universal" (masculino) - pensando na luta de classes em perspectiva histórica.
    Mesmo submetida ao contexto histórico que pouco lhe permitira poder de escolhas, de um jeito ou de outro, minha avó paterna - vivendo em capitais do país com seis filhos - "se impôs" de tal maneira que digamos assim: o dinheiro da remuneração em carreira militar do meu avô era repassado boa parte à ela, mensalmente, para todas as despesas da casa e com os filhos. Como boa administradora, "economizava" para comprar coisas boas, de qualidade e durabilidade para ela e sua família, sendo, pois, mulher "requintada" no gosto e aquisição dos móveis, utensílios domésticos e qualidade medicinal dos alimentos.
    Embora tivesse o "conforto"" da empregada doméstica, posso afirmar ...sem medo de errar que... FRANCISCA ELZA MACHADO PINTO... fora, talvez, mais "generala" (como autoridade altruísta) na educação dos filhos e na organização do cotidiano doméstico, do que meu avô fora em toda sua carreira militar! kkkkkkkkkk... .
    Para uma geração de mulheres sem acesso a educação/profissional, a capacidade na organização familiar/privada com requinte administrativo na projeção de um saber importante para a qualidade de vida "dos seus" - é de grande valia e merece reconhecimento. Francisca Elza Machado Pinto projetou "aos seus" aquilo que sua ascendência familiar (composta por militares de alta patente e médicos fundadores do Hospital de Clínicas do Recife/PE) havia lhe legado.
    O ESTEIO DA CASA ERA SEM DÚVIDA FRANCISCA ELZA MACHADO PINTO!
    Por outro lado, de ascendência menos abastada, pois que de origem nativa-indígena do nordeste brasileiro, cuja mãe morara em casa de "Pau a Pique", posso afirmar que Ladislau Pereira Pinto galgou carreira militar com denodo e competência curricular, peculiar a um povo capaz de triunfar na miscigenação e consequente articulação de saberes multifacetados..
    Pode parecer paradoxal - para alguém detentor da patente de general - mas avô Ladislau tinha bom humor, era brincalhão, contava piadas, via filmes de faroeste (segundo ele homem contra homem, luta justa, sem bomba caindo na cabeça de todos!), conversava pelo rádio amador com os faróis de Salvador BA, nos fins de tarde e.... cantarolava músicas e contava "anedotas" de sua ascendência indígena e formação militar ...
    Repetidas vezes, assim dizia:
    "_Era uma vez dois polacos e um francês, um dos polacos puxou a espada, o francês se arrepiou....! O que aconteceu...?
    - O quê vô? O quê..?
    "- Presta atenção que vou lhe contar a história outra vez....!? kkkkkkkkkk.... Após algumas repetições sem fim, podíamos perceber que ele trocava a correlação de forças ... "Era uma vez, dois franceses e um polaco...." kkkkkkkkkk.....Até hoje quero saber o final....
    Alexandra De Alvim Pinto

  • @robsonpaiva4971
    @robsonpaiva4971 3 роки тому +2

    Karl Marx foi o cristão que tentou fazer o milagre da multiplicação dos pães.💥

  • @ElaineSantos
    @ElaineSantos 5 років тому +6

    Extremamente cansativo o Ruy.

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +9

      Meus alunos acham o mesmo... Mas, sobrevivemos...

    • @ElaineSantos
      @ElaineSantos 5 років тому +1

      @@ruygomesbraganeto1776 é que nos resta no sistema atual.

    • @DaraAVPinto
      @DaraAVPinto 5 років тому +4

      @@ruygomesbraganeto1776 fui sua aluna ano passado e discordo disso. Sua aula sempre foi muito dinâmica e envolvente. (Falo isso não só baseado em minha experiência, mas também na dos meus colegas.)

    • @ruygomesbraganeto1776
      @ruygomesbraganeto1776 5 років тому +1

      @@DaraAVPinto Valeu pela força, Dara! Abraço.

  • @solhando9054
    @solhando9054 5 років тому +6

    esse Rui Braga não entende nada de Trotsky... por que vocês não convidaram o Coggiola?

  • @asimonini227
    @asimonini227 3 роки тому +2

    O maior problema de Trotski é de ordem sobrenatural! É que Deus o fez contemporâneo de um gênio, que foi Lênin. Aí não tem jeito mesmo! Foi-Deus !!! Kkk

  • @jonasdeoliveira965
    @jonasdeoliveira965 4 роки тому +3

    A conversa fiada mas destrutiva de toda história da humanidade

    • @Sefernandescriba
      @Sefernandescriba 2 роки тому

      Mais do que o fanatismo das igrejas?

    • @jonasdeoliveira965
      @jonasdeoliveira965 2 роки тому +1

      @@Sefernandescriba se as igrejas pregasse violência contra opositores pregasse a busca do poder intitucional a qualquer custo ainda assim seria melhor que uma ditadura comunista

  • @paulooisiovici786
    @paulooisiovici786 4 роки тому

    É deprimente o nível de formação científica do professor Ruy Braga. Sua palestra neste vídeo revela a péssima qualidade dos cursos de Ciências Humanas e Sociais ministrados pela USP.

    • @ticianelnat3911
      @ticianelnat3911 3 роки тому +4

      Seu comentário foi sarcástico? Pq podem discordar de Trotsky, mas a forma como Ruy Braga o apresentou foi incrível, de forma bastante fundamentada e com claro conhecimento da trajetória política e intelectual do revolucionário.

  • @Mr300930093009
    @Mr300930093009 5 років тому +1

    Ainda tem gente que acredita nestas teoria nefastas

  • @jeanbaptistedebret
    @jeanbaptistedebret 4 роки тому

    Corrupção é tabu nesse papo aí né

  • @jecunab
    @jecunab 4 роки тому

    Quanta merda.