Essa parte que você comentou sobre gênero pra mim lembra a discussão sobre o que é Capitalismo, que foca no significante e esvazia o conteúdo. Alguns liberais dirão que não existe Capitalismo mas sim Corporativismo, mas quando é conveniente afirmam que o que há de melhor no mundo é fruto do Capitalismo. Então quando perguntamos o que seria isso eles dizem ser trocas voluntárias. O ponto é que esse é o conceito do que entendemos como "mercado" (e eu tenho as minhas dúvidas se uma voluntariedade pura, por assim dizer, existe) e não do que geralmente esta sendo discutido. Quando eu, e muitos outros, falamos Capitalismo, nos referimos a tecnologia de ponta que serve para criar produtos de alto valor agregado, de controle de matéria bruta e prima, de insumos, mão de obra, maquinário, instalações, enfim, tudo que nós chamamos de fatores de produção e que, como conjunto, Marx definia como forças produtivas ou forças de produção. Parece que essas pessoas querem retirar o foco do debate, que está no conteúdo, e direcioná-lo para a forma, o significante, discutindo definições. Eu não quero saber disso, quero debater a realidade, o que realmente ocorre e as consequências das ações dos seres humanos.
8 років тому
eu concordo, é mais ou menos isso que quis dizer. Fica uma discussão idiota pois é exatamente na definição da palavra gênero que ocorre divergência. Então, quando discuto com conservador eu deixo a pessoa usar gênero onde quer, ai eu invento outra palavra para designar o que eu quero dizer, assim o sujeito não tem como fugir, dizer que "gênero" não é o que eu to dizendo. Sobre as tais trocas voluntárias, não creio em livre arbítrio, logo, creio que meu posicionamento sobre esse conceito é evidente kkkk
BiroFísica Também não creio em livre arbítrio e consequentemente não vejo as nossas ações como voluntárias. Pra mim tudo é a matéria em movimento. Os nossos corpos são apenas uma das incontáveis formas, por meio do processo biológico evolução, que a matéria poderia assumir. Pra mim, filosoficamente falando, o nosso cérebro é uma ferramenta desenvolvida por esse processo da evolução justamente para que nós, de uma maneira peculiar, lidássemos com o meio que nos cerca. É como os músculos de um gorila ou as garras de um tigre e até mesmo o abdomem de uma formiga, no sentido de se adaptar, exatamente como o nosso andar bípede. Se não desse certo, simplesmente morreríamos e a natureza continuaria o seu curso. Inclusive comprei um livro de neurociência hoje mesmo para compreender melhor o nosso cérebro. Eu já tinha lido alguns pdfs sobre o funcionamento do cérebro humano e agora quis entrar um pouco na área cognitiva. O livro chama "Neurociência e Educação, como o cérebro aprende". Tem um outro de introdução mas ainda não chegou. Pra entender a nossa espécie eu considero fundamental ter algum conhecimento sobre Teoria da Evolução e Neurociência. O que você acha?
8 років тому+1
Eu sou adepto da ciência, então é lógico que levarei muito em conta o que diz a evolução e a neurociência. So não gostei muito de uma parte do que você escreveu: "Pra mim, filosoficamente falando, o nosso cérebro é uma ferramenta desenvolvida por esse processo da evolução justamente para que nós, de uma maneira peculiar, lidássemos com o meio que nos cerca." Eu não acho que ele foi feito "para" alguma coisa, isso da a entender algo teleológico e eu abomino esse tipo de pensamento, acho egocêntrico e infantil achar que tudo tem uma finalidade. Sou mais adepto do caos, da incerteza e da falta de objetivo. As coisas acontecem por resultado da matéria em movimento interagindo com outra matéria (como você disse), ocorre desse jeito pois o big bang colocou a matéria do universo em movimento e interação. Isso não tem finalidade, ocorre de forma randômica ou, as vezes, condicionada, mas não creio na existência de algo essencial, acredito em características acidentais resultado da matéria. Creio que a ausência de evidencias da existência de coisas imateriais é uma ótima razão para supor que elas não existem, pelo menos por enquanto. Não acho que a evolução tem algum tipo de finalidade, ela é acidental, no sentido de que não vem de características essenciais do ser (alma). Assim, o fato de termos um cérebro desenvolvido é apenas resultado de mutações e seleções naturais.
BiroFísica eu acho que me expressei mal. Eu não quis dizer que a evolução tem algum tipo de finalidade mas sim que o cérebro humano, assim como nosso polegar, andar bípede, e coisas do gênero, são apenas uma das incontáveis formas que um organismo vivo poderia assumir para se adaptar ao meio. Poderia ter sido de qualquer outra maneira mas foi dessa, por isso eu digitei "peculiar". Eu não acho que tenha uma finalidade mas sim que foi uma forma de se adaptar ao meio. Penso que poderia ter sido outra maneira mas, por assim dizer, a natureza "achou" melhor que nós tinhamos que ser como somos. Foi nesse sentido que eu falei
Perdi a vontade de assistir. Começou bem dizendo que ideologia de gênero não é um termo técnico e como pode estar num projeto de Lei. Mas "puta que pariu" também não é um termo técnico que se usa pra explicar qualquer coisa. Então a contradição total do faça o que eu falo mas não o que eu faço. Não dá mesmo.
Finalmente entendi a bagaça. kkk
Algumas ideologias nos mostram apenas um dos lados da história.
Aí complica na hora de formatar nossas opiniões.
ótimo
Essa parte que você comentou sobre gênero pra mim lembra a discussão sobre o que é Capitalismo, que foca no significante e esvazia o conteúdo. Alguns liberais dirão que não existe Capitalismo mas sim Corporativismo, mas quando é conveniente afirmam que o que há de melhor no mundo é fruto do Capitalismo. Então quando perguntamos o que seria isso eles dizem ser trocas voluntárias. O ponto é que esse é o conceito do que entendemos como "mercado" (e eu tenho as minhas dúvidas se uma voluntariedade pura, por assim dizer, existe) e não do que geralmente esta sendo discutido. Quando eu, e muitos outros, falamos Capitalismo, nos referimos a tecnologia de ponta que serve para criar produtos de alto valor agregado, de controle de matéria bruta e prima, de insumos, mão de obra, maquinário, instalações, enfim, tudo que nós chamamos de fatores de produção e que, como conjunto, Marx definia como forças produtivas ou forças de produção. Parece que essas pessoas querem retirar o foco do debate, que está no conteúdo, e direcioná-lo para a forma, o significante, discutindo definições. Eu não quero saber disso, quero debater a realidade, o que realmente ocorre e as consequências das ações dos seres humanos.
eu concordo, é mais ou menos isso que quis dizer. Fica uma discussão idiota pois é exatamente na definição da palavra gênero que ocorre divergência. Então, quando discuto com conservador eu deixo a pessoa usar gênero onde quer, ai eu invento outra palavra para designar o que eu quero dizer, assim o sujeito não tem como fugir, dizer que "gênero" não é o que eu to dizendo.
Sobre as tais trocas voluntárias, não creio em livre arbítrio, logo, creio que meu posicionamento sobre esse conceito é evidente kkkk
BiroFísica Também não creio em livre arbítrio e consequentemente não vejo as nossas ações como voluntárias. Pra mim tudo é a matéria em movimento. Os nossos corpos são apenas uma das incontáveis formas, por meio do processo biológico evolução, que a matéria poderia assumir. Pra mim, filosoficamente falando, o nosso cérebro é uma ferramenta desenvolvida por esse processo da evolução justamente para que nós, de uma maneira peculiar, lidássemos com o meio que nos cerca. É como os músculos de um gorila ou as garras de um tigre e até mesmo o abdomem de uma formiga, no sentido de se adaptar, exatamente como o nosso andar bípede. Se não desse certo, simplesmente morreríamos e a natureza continuaria o seu curso. Inclusive comprei um livro de neurociência hoje mesmo para compreender melhor o nosso cérebro. Eu já tinha lido alguns pdfs sobre o funcionamento do cérebro humano e agora quis entrar um pouco na área cognitiva. O livro chama "Neurociência e Educação, como o cérebro aprende". Tem um outro de introdução mas ainda não chegou. Pra entender a nossa espécie eu considero fundamental ter algum conhecimento sobre Teoria da Evolução e Neurociência. O que você acha?
Eu sou adepto da ciência, então é lógico que levarei muito em conta o que diz a evolução e a neurociência. So não gostei muito de uma parte do que você escreveu:
"Pra mim, filosoficamente falando, o nosso cérebro é uma ferramenta desenvolvida por esse processo da evolução justamente para que nós, de uma maneira peculiar, lidássemos com o meio que nos cerca."
Eu não acho que ele foi feito "para" alguma coisa, isso da a entender algo teleológico e eu abomino esse tipo de pensamento, acho egocêntrico e infantil achar que tudo tem uma finalidade. Sou mais adepto do caos, da incerteza e da falta de objetivo. As coisas acontecem por resultado da matéria em movimento interagindo com outra matéria (como você disse), ocorre desse jeito pois o big bang colocou a matéria do universo em movimento e interação. Isso não tem finalidade, ocorre de forma randômica ou, as vezes, condicionada, mas não creio na existência de algo essencial, acredito em características acidentais resultado da matéria. Creio que a ausência de evidencias da existência de coisas imateriais é uma ótima razão para supor que elas não existem, pelo menos por enquanto.
Não acho que a evolução tem algum tipo de finalidade, ela é acidental, no sentido de que não vem de características essenciais do ser (alma). Assim, o fato de termos um cérebro desenvolvido é apenas resultado de mutações e seleções naturais.
BiroFísica eu acho que me expressei mal. Eu não quis dizer que a evolução tem algum tipo de finalidade mas sim que o cérebro humano, assim como nosso polegar, andar bípede, e coisas do gênero, são apenas uma das incontáveis formas que um organismo vivo poderia assumir para se adaptar ao meio. Poderia ter sido de qualquer outra maneira mas foi dessa, por isso eu digitei "peculiar". Eu não acho que tenha uma finalidade mas sim que foi uma forma de se adaptar ao meio. Penso que poderia ter sido outra maneira mas, por assim dizer, a natureza "achou" melhor que nós tinhamos que ser como somos. Foi nesse sentido que eu falei
Gordinho e rosa, és tu patrick?
nossa, que argumento fudido. Já pensou em escreve-lo em uma tese de doutorado?
Perdi a vontade de assistir. Começou bem dizendo que ideologia de gênero não é um termo técnico e como pode estar num projeto de Lei. Mas "puta que pariu" também não é um termo técnico que se usa pra explicar qualquer coisa. Então a contradição total do faça o que eu falo mas não o que eu faço. Não dá mesmo.