Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho de Humberto de Campos - Capítulo 05 - Os escravos

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  • Опубліковано 6 лют 2025
  • Estudo do quinto Capítulo - Os escravos - do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
    Ismael não trazia no coração o sinal da alegria. Seus traços fisionômicos deixavam mesmo transparecer angelical amargura.
    - “Senhor, - exclama ele, - sinto dificuldades para fazer prevaleçam os vossos desígnios nos territórios onde pairam as vossas bênçãos dulcificantes… A civilização, que ali se inicia sob os imperativos da vossa vontade compassiva e misericordiosa, acaba de ser contaminada por lamentáveis acontecimentos. Os donatários dos imensos latifúndios de Santa Cruz fizeram-se à vela, escravizando os negros indefesos da Luanda, da Guiné e de Angola. Infelizmente, os pobres cativos, miseráveis e desditosos, chegam à pátria do vosso Evangelho como se fossem animais bravios e selvagens sem coração e sem consciência…”
    - “Ismael, serena o teu mundo íntimo no cumprimento dos sagrados deveres que te foram confiados. Bem sabes que os homens têm a sua responsabilidade pessoal, nos feitos que realizam em suas existências isoladas e coletivas. Mas, se não podemos tolher aí sua liberdade, também não podemos esquecer que existe o instituto imortal da justiça divina, onde cada qual receberá de conformidade com os seus atos. Eu havia determinado que a Terra do Cruzeiro se povoasse de raças humildes do planeta, buscando-se a colaboração dos povos sofredores das regiões africanas; mas, para que essa cooperação fosse efetivada sem o atrito das armas, aproximei Portugal daquelas raças sofredoras, sem violências de qualquer natureza. A colaboração africana deveria se verificar sem abalos perniciosos, em minhas amorosas determinações. Porém, o homem branco da Europa está prejudicado de uma educação espiritual condenável e deficiente. Desejando entregar-se ao prazer fictício dos sentidos, procura eximir-se aos trabalhos pesados da agricultura, alegando o pretexto dos climas considerados impiedosos… Eles terão liberdade para humilhar os seus irmãos, considerando-se a grande lei do arbítrio independente, embora limitado, instituído por Deus para reger a vida de todas as criaturas, dentro dos sagrados imperativos da responsabilidade individual; mas, os que praticarem o nefando comércio também sofrerão o mesmo martírio, nos dias do futuro, quando forem também vendidos e flagelados em identidade de circunstâncias. Na sua sede nociva de gozo, os homens brancos ainda não perceberam que a evolução pertence à prática do bem, e que todo o determinismo de Nosso Pai deve ser assinalado pelo “amai ao próximo como a vós mesmos”, ignorando voluntariamente que o mal gera outros males, com um largo cortejo de sofrimentos… Mas, através dessas linhas tortuosas, impostas pela vontade livre das criaturas humanas, operarei com a minha misericórdia… Colocarei a minha luz sobre essas sombras, amenizando tão dolorosas crueldades. Prossegue com as tuas renúncias em favor do Evangelho e confia na vitória da Providência Divina…”

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