O que vem primeiro: o mundo ou a linguagem?
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- Опубліковано 7 лис 2022
- Afinal, o que vem primeiro: o mundo ou a linguagem? Essa questão, que tem aparência trivial, se revela como um dos grandes problemas da filosofia contemporânea da linguagem. Tendo como norte o pensamento de Wittgenstein e Heidegger, buscamos dar uma resposta filosófica ao problema, mostrando a importância da linguagem para a Filosofia Contemporânea.
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COSTA, C. Filosofia da Linguagem (Coleção Passo-a-Passo)
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tema muito interessante da filosofia. o que eu entendi é que a discussão não é sobre a matéria ou o mundo sensível/concreto em si, isso existe independente das ideias (mete a cabeça na parede pra ver se não "existe" haha). acho que a discussão é sobre a ideia de "mundo", bem como a ideia de "preto", a ideia de "existir", o significado que criamos sobre o mundo sensível. Ou seja, a linguagem molda o nosso "mundo", exceto quando se trata da matéria em si mesma, que "existe", tá aí, independente da linguagem.
Eu amo esse tema! Meu TCC tem uma pincelada de leve sobre isso... mas falo sobre Lacan e Camus. Obrigada pelo vídeo e pelas indicações, Filício! Ainda quero ler Wittgenstein, acho que vou gostar demais.
Um livro excelente sobre o tema é do sociólogo Peter Berger "A construção social da realidade". Somos seres culturais usuários de uma prática chamada linguagem e que vai dar sentido ao que chamamos de mundo. Um abraço.
Que pergunta e que resposta! 👏
baita video prof
Vídeo excelente. Estudo A Filosofia das Formas Símbolos de Ernst Cassirer que diálogo tanto com Wittgenstein, Heidegger e Benjamin.
Gosto de seus vídeos, sempre aprendo com eles. Mas às vezes você supera às expectativas. Hoje, por exemplo!..
Excelente explicação a uma pergunta realmente pertinente, tanto para filósofos quanto para linguistas. 👏👏
Só uma observação: Noah Chomsky na verdade é da corrente Gerativista dos estudos linguistas que foca mais na produção (ou geração) linguística enquanto fenômeno exclusivamente humano. O Estruturalismo, provavelmente a primeira grande corrente linguística e encabeçada por Ferdinand de Saussure, se detém mais aos sistemas que compõem a linguagem em seus vários níveis ou, como o nome já diz, considerando sua estrutura.
Corrigindo 9:36 Chomsky é gerativista e não estruturalista. Quem pertence ao estruturalismo é Ferdinand de Saussure!
Lembrou as aulas de semiótica que tive com textos de Umberto Eco.
esse canal e top demais
@A Filosofia Explica
Depende do que se entende por 'mundo'. Matéria? Pra matéria existir não se precisa de noção ou significado. Sempre vai estar aí, independente da noção ou significado dos seres.
A própria ideia de mundo como "matéria" só existe por conta da linguagem. Então, sem ela, é inconcebível entender o que é mundo
Discordo em parte. Sei da importância dessa relação mundo-linguagem, mas a meu ver há 2 conceitos em debate nessa questão, o primeiro refere-se a um mundo que só pode ser pensado dentro da linguagem (acredito seja este o argumento do professor-autor do vídeo), o segundo refere-se ao mundo como fato (que prescinde da linguagem, para a materialização de seus efeitos), que é o cerne do argumento (que também concordo), pejorativamente atrelado ao senso--comum (como se o senso-comum fosse a morada das ideias errôneas, o que nem sempre é verdade, tanto quanto nas Filosofias, Ciências, Artes estejam repletas de grandes equívocos). O fogo é um bom exemplo disso, pela linguagem faço poesias, filosofias e ciência acerca do mesmo, mas para que ele exerça seu efeito em uma criança curiosa (sempre gosto desse exemplo de David Hume), basta uma única experiência com a ponta do dedo na chama de uma vela, sem necessidade de passar pela linguagem, para ela queimar o inocente e este aprender com a experiência que não se deve brincar com fogo. A realidade pre-existe à linguagem. E a experiência (a primeira, aquela do silêncio dos curiosos, quando os conceitos ainda nem acordaram) é o gatilho para a Poesia, Ciência e Filosofia e muitas cautelas.
Obrigadíssimo pelo vídeo. Divulguei ao meu ex-aluno que me questionou acerca dessa reflexão.
Uma crítica minha; os conceitos são aquilo que nós captamos da realidade e damos um significado, uma explicação. As coisas existem, como elas são realmente não dá para sabermos, pois nunca teremos certeza de que o que sentimos é realmente aquilo que existe; nossos sentidos não são perfeitos.
Coisas existem, a realidade existe; há diferença entre o conceito de existência e a existência de fato. Eu só posso falar do conceito de existência se algo existe, se eu existo. Em relação aos conceitos que nós criamos, realmente a linguagem vem antes do mundo. Em relação à existência em si, ela vem antes da linguagem.
"Mas para tu falar que tu existe, há o conceito de existência", certamente que sim, mas lembremos; só há o conceito de existência, só crio o conceito de existência se a existência vier antes, se algo existir. E embora nunca saibamos se o que sentimos é realmente verdade, a existência não deixa de ser um fato.
Aceito críticas e correções :).
Também tenho uma compreensão parecida com essa que vc expôs. A meu ver há 2 conceitos em debate nessa questão, o primeiro refere-se a um mundo que só pode ser pensado dentro da linguagem ( acredito seja este o argumento do professor-autor do vídeo), o segundo refere-se ao mundo como fato (que prescinde da linguagem, para a materialização de seus efeitos), que é o cerne do seu argumento (que também concordo). O fogo é um bom exemplo disso, pela linguagem faço poesias, filosofias e ciência acerca do mesmo, mas para que ele exerça seu efeito em uma criança curiosa (sempre gosto desse exemplo de David Hume), basta uma única experiência com a ponta do dedo na chama de uma vela, sem necessidade de passar pela linguagem, para ela queimar o inocente e este aprender com a experiência que não se deve brincar com fogo. A realidade pre-existe à linguagem. E a experiência (a primeira, aquela do silêncio dos curiosos, quando os conceitos ainda nem acordaram) é o gatilho para a Poesia, Ciência e Filosofia E muitas cautelas.
E como a linguagem passa a existir?
Fala sobre o pronome neutro e a filosofia da linguagem?
Eu penso: Que se a linguagem é uma representação abstrata da realidade, a linguagem independe do mundo e o mundo independe da linguagem.
Um não é necessário para existência do outro.
Ex: Liberdade, amor e transcendência
Até uma afirmação falsa , ela enquanto afirmação existe na linguagem apesar de falsa😊
Eu sempre carrego uma pergunta paradoxal "se todos vivem a realidade, então seria a morte uma mentira?" além de outras tipo "se Deus criou tudo, quem criou Deus?" "o que acontece após a morte?" "como e por que nasci sem escolher tal lugar, etc"
Talvez eu possa dizer que existe sim mundo sem o ser humano, mas o conceito de mundo não existe sem o ser humano. Estaria certo assim?
Os dois coexistem. Simples
professor, você não se contradiz ao dizer que a linguagem precede o mundo depois de dizer que o mundo existe independentemente da linguagem mas que só pode ser descrito por ela?
Pelo que eu entendi (e por favor, me corrijam se eu estiver errada) o que existe independente da linguagem é o mundo material, palpável. O mundo precedido da linguagem é o próprio conceito por trás de mundo. Não seria possível a existência desse conceito sem o surgimento de uma linguagem que o defina. O que difere as palavras mundo, planeta, biosfera, ambiente natural, habitat, dentre outras, se não uma conceituação linguística? Em termos de composição material, praticamente nada muda. Os elementos que tornam possíveis a diferenciação destes termos é a linguagem, portanto, a linguagem precede o mundo.
eu n diria q ele se contradiz, até por que essa própria ideia de mundo e linguagem é meio paradoxal...
@@thalescantero6497 exatamente! foi isso que eu entendi também, mas parece que ele menciona que o mundo (sem distinção) é o objeto que está sendo precedido pela linguagem, não só o mundo tangível dos sentidos
Por favor, sabe dizer se a teoria de ensino do Paulo Freire se baseou em alguns desses teóricos citados? Heidegger ou Wittgenstein? E a frase deste “A vida é o Mundo são uma coisa só” de seu Tratado nunca consegui ligar o o que abordou. Do que ele fala nessa fase de sua produção literária?
Olá, Débora! Mil desculpas pela demora em notar seu comentário! Ainda posso responder de forma decente? Se for em tempo, posso fazer um vídeo para você sobre isso! :D
@@afilosofiaexplica naturalmente! Eu adoraria e penso que seria útil pra muita gente. Os limites da Linguagem sendo os limites do mundo de cada um de nós aparentemente coloca o Paulo Freire numa sinuca. Mas, se aumentar meu vocabulário de conceitos não me ajudar a viver. Ou melhor , a sobreviver - pra q , então? Penso que exista alguma lógica que precisa ser dissecada. Um vídeo seria ótimo. Mas vc tem q ser looongo.
Eu gostava do Pierce e do Wittgenstein. Tinha 16 anos e tive que ler um livro do Bertrand Russel. Eu era uma crente pudica e cheia de certezas. Foi demais pra mim e deixei o curso. Acho que só agora eu tenho maturidade e vocabulário conceitual pra fazer e o estou fazendo lendo e assistindo por aqui. É o que dá. Obrigada pela atenção