Fui aluno de escola militar e nelas o Professor é "General". Além disso, onde eu estudei os alunos sempre revezavam na função de chefe de turma, ficando com a responsabilidade de fazer a chamada e manter a sala limpa e organizada. Isso faz uma grande diferença tanto na vida do discente e quanto na do docente.
@@anaitakfds pois é não importa qual tipo de teoria educacional ela DEVE, TEM A OBRIGAÇÃO de ser cara para funcionar. Afinal de contas esse é o melhor investimento que podemos fazer pelo Brasil. Caro pra mim é pagar o salario do ministro e de qualquer outro politico. Enquanto tivermos politicos que acham que educação é caro, vamos nos manter em um pais de pensamento e valores eticos e morais rasos.
Professor, esses pontos evidenciam que a escola deixou de ser um templo do saber e foi transformada em "depósito de crianças", o aprendizado deixou de ser o objetivo final e passou a ser apenas um pretexto para o desenvolvimento de outras atividades destinadas a resolver questões sociais sem nenhuma relação com a educação, em outras palavras, é um completo desvio de finalidade que resulta em um sistema em que os maiores prejudicados são aqueles que realmente desejam estudar e têm potencial para isso.
Escola hoje em dia virou boca de fumo, motel e lugar pra delinquente juvenil fazer social. Culpa dessa legislação (CF 88, LDB e ECA) que só privilegia os vagabundos maconheiros.
O objetivo era e sempre foi destruir gerações inteiras. A tal "social-democracia" produziu ao longo de 02 gerações completas pessoas sem preparo para enfrentar os desafios diários. Tudo foi feito de caso pensado. O Brasil caiu numa armadilha e sair dela não será nada fácil.
Excelente análise. Dada a insuficiência técnica dos professores em sua maioria muito mal formados, passa -se a abordar temas não relacionados com o ensino de maneira a tornar sua incapacidade inofensiva. Dá-se a crianças o poder de discernir, em uma fase de vida na qual não há qualquer condição para isso. Muito boa percepção.
@@Daniel-rd3fl A generalização deveria ser crime. Minha escola não é assim. Lutamos todos os dias para que nossos estudantes tenham um bom futuro. Não temos maconheiros nem prostitutos em nossa escola.
Quanto à questão da inclusão de crianças com alguma deficiência, novamente o politicamente correto impede uma avaliação objetiva de políticas que não promovem nenhum avanço e de políticas que funcionam. O problema virou um tabu, "uma vaca sagrada", que não pode ser debatido em maior profundidade. Ótimo vídeo!
Sou professor e uma vez fui perguntar aos alunos quantos viviam com os dois pais ; no décimo parei de contar de vergonha. O aluno realmente pode quase tudo, é um problema,mas e se deixar do lado de fora? Novo problema. Vivemos tempos difíceis. Muito obrigado por não repetir a baboseira de que ficamos ensinando socialismo e por isto os números são negativos na educação. Com uma realidade desta nada é absorvido. És muito capacitado e conhecedor dos reais problemas,continue levando as mídias como tem feito.
Professor Paulo, eu te conheci hoje e foi uma honra. Tenho 61 anos e estudei até o colegial, não fiz faculdade. Concordo em tudo o que o senhor falou, tenho uma irmã que tb é professora, hj aposentada, ela chegou a ser secretaria de educação em uma cidade pequena na região de Marília, estive com ela em uma reunião de ex-alunos dela é agora amigos, todos os 6 são professores atualmente e a principal queixa de todos era justamente a falta de estrutura para lugar com alunos problemas e com as crianças portadoras de necessidades especiais. Infelizmente nosso país não dá a mínima para o ensino fundamental, e vem colocando nas faculdades pessoas totalmente despreparadas. É uma situação muito triste, eu acredito que a educação é o mais importante, com ela se resolve muitos problemas de saúde e de segurança, outras 2 áreas problemáticas no Brasil. Mas eu sou uma pessoa que acredita que tudo pode melhorar e se Deus quizer vai melhorar.
Que analise ajustada.... perfeito. Professores proguessistas e conservadores, à esquerda e também à direita aplaudem!!!!! Só não entendo que perfil de gente entra num video deste para dar deslike... vá entender.... um abraço e obrigado pela analise, me senti representado.
Concordo plenamente com o senhor professor! Estou no 3°ano do Ensino Médio e vejo o dia a dia desses problemas, e também eu acrescento mais um além destes citados pelo senhor, que são alguns professores despreparados e os conteúdos de algumas matérias desatualizados com a atualidade, como por exemplo, em História eu deixei de ver muita coisa importante da história do Brasil enquanto via coisas sem relevância, em Inglês fui ter um professor que ensina a língua de verdade sem enrolação só agora no 3°, Química tem muita coisa que vejo em vestibulares (tipo Etec, Fatec e Senai) que nunca foi passado, e Artes então nem se fala......
O ensino público é tão precário que quando algum aluno se destaca, vira notícia na TV. Ele foi criado apenas para os alunos decorarem fórmulas e regras e sem nenhuma relevância para o mundo cada vez mais robotizado.
Deveria de dar graças a Deus de ter algum professor que aceita dar aula no ensino médio. O salário de prof. de ensino médio é horroroso! Houve época em que alunos de destaque do 2º ano do ensino médio já davam aula, agora ficam feito bebês pedindo professor? Vcs estão na era virtual. Há profs. na internet aos montes. Há livros de graça em muitas bibliotecas. Seja autodidata!
Tenho a maior estima e apreço por você professor Paulo Cruz, é um homem sábio,se expressa muito bem, porém,age como todos os intelectuais desse país,fala de escolarização, dizendo que está falando de educação. Gostaria que falasse de educação no verdadeiro sentido da palavra e não só em uma pequena parte, chamada escolarização,forte abraço,pense nisso!
Professor, sou Professor na Secretaria de Educação do Distrito Federal e estou fazendo o caminho oposto ao seu. Migrando para a área de TI. Fico admirado com sua perseverança.
Completamente de acordo, tenho filho com espectro de autismo e passei muitas preocupações, desde monitor despreparado, até ausência de monitor, professora sobrecarregada com 5 deficientes numa sala junto com outros alunos , professor picareta que abandonava a sala com a monitora exclusiva do meu filho e finalmente bullying. Ufa! Já chorei muito e briguei também. Pior que é lutar pelo direito e dignidade e ser tachada de mãe encrequeira.
Quando vejo o discurso referente a educação atual eu me contorço toda querendo entender e digo a mim mesma: estou fora dessa realidade.Hoje tenho a certeza que após ouvi_lo.Parabéns!!!!!
Sou professora também e concordo com vc. Acrescento também a formação de professores, hj infelizmente encontro colegas totalmente despreparados em relação ao conteúdo. A literatura, foi praticamente retirada do conteúdo, hj ela é uma mescla de gramática e textos. O aluno não tem visão da importância dela dentro de um contexto histórico, tanto é que depois da década de 50 não houve mais nenhum autor que de fato cobrasse a nossa história em prosa ou verso. O clássico não existe mais, aqueles que dão noção de ética, valores morais. Professores hj não sabem nem o que é. Acredito que , enquanto a educação for tratada como moeda de troca de votos, estaremos nos a deriva, é preciso cobrar uma política de Estado, onde poderá passar qqr governo, e ela permanecerá.
Durante apenas 5 anos lecionei numa escola técnica de informática em Arapongas-PR. Ela mesclava ensino médio e "processamento de dados" (1996-2000). Na parte da manhã a moçada assistia aulas do currículo tradicional (matemática, português, química ...) e na parte da noite retornava para o LIED (Laboratório de Informática Educacional). Na época eu atuava ao longo do dia como programador numa empresa e a noite estava lá no LIED. Os alunos "amavam" as aulas no LIED, que ensinavam lógica de programação, linguagem C, circuitos eletrônicos, ferramentas administrativas (Excel, Word ...). Durante esses poucos anos presenciei o nascimento de alunos talentosos. Após esses quase 20 anos que se passaram são dirigentes em grandes empresas da cidade onde moro e de outras próximas. Por que essa narrativa ? Toda "estória" contada tem ligação direta com o tópico citado (2) - ou seja - os alunos queriam de fato aprender e não bagunçavam o LIED, além deles próprios fiscalizarem os desinteressados". Bons tempos, que ficaram no passado e deixaram boas recordações. Por que ? Porque os "entendidos" dos andares acima resolveram desmontar o LIED e me dispensaram - afinal - era um contratado para ensinar e passado um tempo encerraram o LIED.
Realmente alguém que falou sobre que de fato acontece em sala de aula ,pobres verídicos com conhecimento de causa.Parabéns pelo vídeo muito bom mesmo ,tem mais um problema muito sério também o tráfico dentro das escola hoje é um pobre sério demais .Semrpe acompanhou seu trabalho .
Não acho que pedir um ar-condicionado em sala de aula séria algo demais, vocês professores merecem uma qualidade em seu ambiente de trabalho. Isso apenas uma utopia! Se investisimo em educação seríamos um ótimo país. Parabéns pelos vídeos!!!
Dentro de uma cultura Judaico Cristã, entendo que Educação e Ensino se complementam, sendo que Educação são valores e princípios morais e éticos, que são transmitidos de geração à geração. Ensino são os conhecimentos científicos, transmitidos pelos professores e mestres, num ambiente escolar/acadêmico, doméstico, ou outro adaptado, para esse fim, Muito boa explanação professor. Deus salve o Brasil!
O canal do Felipe Neto e outros canais com características semelhante são milhões de inscritos,me fala que esses tem a acrescentar as nossas crianças, adolescentes e jovem?
Minha noiva é neuropsicopedagoga, trabalha em duas matrículas, 1 atuando em sala de recursos, outra em EJA e por incrível que pareça ela define como sendo mais tranquilo e participativo que sala de alunos "regulares". Realmente a falta de estrutura ainda é um gargalo e parâmetros de avaliação e permanência de alunos e professores cria um nivelamento por baixo dificultando impulsionar por meritocracia vários indivíduos. A questão salarial é sim um problema pois embora melhor que outras epocas a quantidade de horas/formação na construção de um educador é semelhante ao mesmo tempo para formação de advogados, engenheiros..., criando assim uma fuga de talentos no setor. Profissionais com melhor graduação raramente recebem maiores benefícios se não migrarem para o seguimento federal, talvez a federalização da educação seja resposta, ou até mesmo a privatização (com voucher educacional estatal pelo menos até o ensino médio). A educação é um dos gargalos econômicos das famílias, criar filhos deveria receber estímulos e não desestímulos. A manutenção da população brasileira já vive a necessidade de debater esse tema, gostaria muito que o Professor Paulo Cruz conduzisse uma mesa redonda sobre o assunto.
Parabéns professor! Eu sou professor do ensino fundamental e confirmo tudo que o Sr. Expõe. Na verdade, somos menosprezados e nossa atividades também. O ensino no país está uma bagunça! O socioconstrutivismo foi aplicado sem critérios e uniformidade, fazendo as crianças, na maioria das vezes, como cobaias. Estamos pedindo socorro ao Sr. ministro da educação para que institua a ordem, o respeito ao docente e um novo sistema de ensino estruturado em série e não em rede.
Comecei a ser professor esse ano na cidade de São matheus, como muitos professores iniciei como professor eventual e eu tenho o sétimo problema além dos citados, "professores sem vocação".Muitos tem uma frequência de faltas exageradas e quando estão em sala de aula simplesmente não passam nada e acaba sobrecarregando os eventuais. Parabéns pelo vídeo, Paulo Cruz é um orgulho da profissão.
A educação dos pais tbm é fundamental para com respeito ao professor.. Cansei de ver no ensino médio aluno botar moral em cima de professor.. Os pais acham que o respeito quem ensina é o professor, quando na verdade tem que vir de casa..
Professor, o Sr está certíssimo nos comentários, estamos reféns dessas leis perniciosas que tanto nos prejudica no quesito educação, mas os que se dizem representantes do povo não tem interesse em aprimorar as leis desse país, além de nossa classe ser desunida parece acatar a decisão das diretrizes educacionais a Eca, sempre que possível tento alertar a população de minha cidade, mas recebo represália por parte de politiqueiros, mas enfim, estou fazendo meu papel de educador. Outra coisa Mestre, a família de hoje delegou à escola que além de transmitir conhecimento tem que educá-los, os pais permitem tudo a essa nova geração e quando você impõe limites, eles se incastelam nas leis. Tenho asco dessa politicagem de ideologias partidárias.
1. No caso eu sou um aluno (do Primeiro ano do Ensino Médio), e acabo vendo que em muitas vezes quando a sala está sem certos alunos quais, nesse caso não fazem nada - e apenas atrapalham - acaba havendo uma diminuição no estresse em um geral, pois em minha escola já houve alguns casos de professores ficando doentes (e uma desmaiando) por conta do estresse causado pelos alunos! 2. Há alunos com problemas especiais, porém em minha escola acabaram adaptando algumas coisas, porém em certos casos, como em problemas mentais, digo isso por experiência própria cria um ambiente horrível - qual no meu caso me deixou extremamente mal me fazendo ter que ir á um psicólogo, pois o aluno em questão me estressava e além disso apenas por ter tais problemas tinha “carta branca” para fazer tudo, mostrando uma irresponsabilidade creio eu da escola que era particular ainda por cima -, porém também em outros casos aumenta a nossa empatia com o próximo! Logo depende muito da escola e do aluno em questão. 3. Em meu caso temos uma sala de informática qual não é usada por não existir um prof. de tal matéria deixando por grande parte do ano inativa (a sala). Mas temos uma biblioteca qual nós usamos para assistir e estudar; tendo em vista que existe uma grande quantia de livros, porém quais não são atrativos a grande parte dos alunos por não terem uma tendência a leitura; tornando-os apenas enfeites, porém creio eu que por conta de agora haver livros mais chamativos e mangás (doados por um professor) a biblioteca se tornou um pouco mais viva - tendo em vista que apenas 1 a 3 alunos iam nela durante a semana, sendo mais eu e minha amiga; em meu caso eu gostava de ler e ainda gosto de ler livros de psicologia quais tem lá, são bem interessantes. 4. Voltando aos alunos, há também uma quantia que é afetada pela destruição de propriedade, mas algo que se tornou nulo pela nova coordenação, mas me lembro de que existem algumas escolas quais os alunos intimidam os professores, pois não tem limites - tendo ocorrido em algumas escolas agora a presença da policia que foi o caso de uma das escolas quais eu estudei.
Professor parabéns pela análise, eu sempre estudei em escola pública e tenho orgulho em dizer que meus mestres fizeram o possível e o impossível para formar cidadãos descentes. Hoje infelizmente a educação está um caos, mas tenho fé que vai mudar, pois nosso ministro está tentando recuperar a educação deste país.
Satisfação em falar com um professor de sala.de aula de Escola Pública. Está é minha experiência também. Acrescentaria outros itens a.tua lista: a) Ausência da família ou responsável; b) gestores (direção) despreparados para a função; c) falta de dinheiro para as mínimas necessidades da escola; d) formação precária de muitos professores; e) falta de professores efetivos (muitos afastados).
Pontos muito objetivos que deveriam servir de base para um programa de educação que se perdeu na " universalização " sem se preocupar com o fundamental que é o qualitativo. E tudo isto dito por quem vive o dia a dia da educação.
Olá professor, muito interessante este vídeo. Hoje estou com 63 anos de idade, sempre estudei em escola pública, onde éramos cobrados pelos professores e tínhamos que estudar. Ninguém era aprovado tão facilmente. O mercado de trabalho seleciona os melhores.. Porque nesta escola de hoje se discute a diminuição do número de alunos por sala de aula, sem que se pense em ensinar as obrigações dos alunos. Chega de quem não quer estudar, impedir os que querem. Um país sério não se faz com educação medíocre, onde não se cobre do aluno que ele tem que estudar. Muito mimimi e pouca prática. Com isto temos grande dificuldade dos alunos públicos entrarem nas faculdades públicas. Minha geração não tinha todo este mimimi e muitos amigos estudaram em Universidades Públicas.
Fala professor, tenho 26 anos, sempre estudei em escola pública, e não nego nenhum dos pontos comentados no vídeo. Apesar que acho que o maior de todos os problemas na educação está fora da escola. O problema está dentro de casa. Me recordo que na escola que eu estudava tinha vários casos de alunos desinteressados no estudo, e super interessados em avacalhar a aula. Isso desmotiva o professor, desmotiva a classe, fomenta mais e mais comportamentos assim. Entendo que a falta de recursos é um problema sério, o salário ruim também, mas se a classe está engajada esses problemas são superados, nem que seja por 50 minutos. Abs
Sou docente a quase uma decada e veja o caminho que estamos indo, sem rumo, pois se existisse uma trajetória não seriamos o pior pais na EDUCAÇÃO. Em 2000 estávamos na 42 posição, em 2012 caímos para 53 posição no ranking, uma diferença de 11 posições. Já em 2018 o Brasil teve um resultado ainda mais assustador, dados do PISA mostra que ocupamos a 70 posição, na frente de Colômbia, Peru e Costa Rica. Analisando tudo isso vemos que nos últimos 18 anos nossa educação é uma das piores do mundo. É notório a falta de interesse e investimentos governamentais na educação e na mão de obra profissional, isso tudo é muito preocupante. A educação básica tem chegado a muitos alunos, porem a falta de valorização na área tornou-se a menos investida.
Caro Professor. Agradeço, como brasileiro, por pessoas como o senhor existirem.Precisamos repensar o Brasil. Como é possível conhecer e até ajudar a alavancar o Instituto? Moro em Brasília e gostaria de saber se há alguma representação aqui para procurá-la.
Lembro que quando eu estudava tinha muito professor desanimado, depressivo, despreparado e entre outros problemas. ACREDITO QUE TEMOS QUE CUIDAR MAIS DOS PROFESSORES, NÃO APENAS EM SALARIO MAS COMO VOCÊ DISSE NO PRIMEIRO TÓPICO.
No meu tempo de criança se eu chegasse atrasado eu não entrava, perdia o dia de aula, ficava com falta e tinha que voltar pra casa. Isso me fez com que eu nunca atrasasse na chegada à escola, pois isso iria me deixar com problemas em casa, eu ia levar uma surra.
Parabéns! Suas conclusões coincidem com as percepções da maioria dos professores (com a diferença de que eles não falam tão abertamente, por causa da falta de liberdade que existe diante da postura dita "acadêmica", mais ou menos uma repetição da escolástica medieval, quando esta foi literalmente atropelada pelo Humanismo). Mas é interessante observar que você identificou a questão salarial como o menor dos problemas e o mais fácil de ser resolvido (o que não quer dizer que será o primeiro a ser solucionado...). Então, vamos aos problemas difíceis: 1. Se eu entendi aqui, você abordou um problema que é de natureza disciplinar, resolvido muitas vezes com a decisão (por parte da direção de muitas escolas) de voltar o aluno à sala de aula, com base em uma leitura do ECA, particularmente em seu artigo 54, parágrafo 2, que diz "o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente". Bom... aí entra uma questão entre matrícula e frequência. Ao estabelecer uma punição disciplinar provisória (uma suspensão, por exemplo, ou mesmo a retirada do aluno da sala por um tempo mais curto, depois de alguma infração naquele ambiente), alguns podem entender que a escola não está privando o aluno de ter acesso à educação, especialmente quando, por algum motivo (causado pelo próprio aluno) essa função educacional não está sendo efetivada. Outros, porém, acham que, a longo prazo, essas interrupções invalidam o direito integral ao ensino. Nesses casos, a solução meio-termo tem sido manter o aluno fora da sala apenas durante a permanência daquele professor. Em alguns casos, funciona; em outros, não. Porém, fazer retornar o aluno durante a própria aula em que teve que ser retirado é uma verdadeiro tiro-no-pé que muitas vezes é cometido. Toda vez que uma situação disciplinar é mal resolvida, ela tende a voltar com mais intensidade. Porém, quando a punição é dura no primeiro momento, ela tende a não se repetir, ou então ter menos alunos envolvidos - o que permite ao professor desempenhar melhor a sua atividade. Por isso, há "escolas e escolas". Vai ser sempre assim... Mas quando o caso envolve repetidas suspensões, a situação fica mais séria porque cria de fato uma ausência provocada, e aí vira prato-cheio para advogados e pais de família (iguais ao Jaílson) que não conseguem estabelecer limites. Limites disciplinares são necessários, e não podemos nunca misturar questões de disciplina com diretrizes pedagógicas. Aliás, essa linha divisória deve ser tão decisivamente separada que até os agentes do estado responsáveis por elas não devem ser as mesmas. Radical, não? 2. E o que fazer com alunos que não querem estudar? Sim, esse é o maior problema. O aluno que não quer estudar simplesmente impede os outros de estudarem. Está aí a causa essencial da diferença maior entre a redes pública e particular. Houve precipitação em tornar o ensino universalizado em 1997? De maneira alguma: houve até atraso. A combinação da mudança de paradigmas de autoridade com a "matrículação" geral nos últimos 30 anos provocou uma queda enorme na qualidade de ensino. (que imagino ser ainda superior à medida pelas avaliações externas) E como resolver? Abrir mão, por algum tempo, da escolarização universal para prosseguir em um ritmo mais lento? Desistir definitivamente da universalização do ensino e deixar a escola somente para quem queira estudar nela? Nenhuma dessas alternativas é mais possível no atual estágio. (poderia até ser feita antes, mas não dá mais) Estamos já em um estágio em que está ocorrendo um aumento da evasão escolar voluntária (desses próprios alunos sem interesse), apesar das restrições legais às famílias que permitem essa evasão. Ou seja, a queda na qualidade de ensino acabou justamente com essa meta de universalização pretendida, e estamos um clara regressão aos índices anteriores. E o governo não está respondendo de maneira efetiva a esse problema. (até porque, convenhamos, essa evasão pelo menos interrompe a piora na qualidade do ensino) A raiz desse problema está em que, toda vez que surge um problema novo em qualquer área, os especialistas dentro do governo recorrem a experiências bem sucedidas dos países desenvolvidos. Mas lá não houve esse problema, porque a universalização do ensino aconteceu ainda no século XIX, quando havia ainda um estado de controles sociais mais rígidos. Na medida em que uma geração era matriculada obrigatoriamente (o que não implica em aprendizado geral), a geração seguinte tinha menor resistência à escolarização, e assim por diante. No Brasil, aconteceu o contrário. (não porque tenhamos péssimos educadores, ou um perigoso método Paulo Freire, mas simplesmente porque o momento não era adequado, por problemas históricos. Hoje, o modismo é busca do "senso de comunidade" - dá certo na Dinamarca - ou, então, o "protagonismo juvenil". Vamos ver no que vai dar) Ao meu ver, esses alunos não-interessados (não confundir com alunos indisciplinados) podem ser plenamente incentivados a aprenderem com um trabalho mais direcionado, não tão intensivo, utilizando (ou não) tecnologias digitais. O problema é que, no estágio de credibilidade do sistema educacional seu pacto com a sociedade, esse trabalho é totalmente inviável dentro da escola. Além de ser mais caro. (mas é AQUI que se deve começar) 3. A educação especial é outra situação em que se estabeleceu a precedência da "socialização" sobre o aprendizado em si. É claro que as duas coisas não são contraditórias; pelo contrário, até absolutamente desejáveis. Porém, isso cria a impressão que a escola abriu mão de sua atividade essencial para uma atividade não tão central. Não há como estabelecer uma relação de ensino inclusivo no ambiente escolar atual. Repito: é impossível uma educação efetivamente inclusiva. Ou ela é socialização não-educacional, ou é educação não-socializada. De fato, o estado agiu de forma muito incompleta nessa área, e acabou causando (na maioria das vezes) mais prejuízo do que ganhos a esses alunos. Isso não quer dizer que devamos abrir mão dessa combinação. Apenas não é possível do modo como atualmente vem acontecendo. 4. Temos também o problema dos recursos educacionais. Eu entendo quando os governos evitem, com variados artifícios, investir em equipamentos ou reparos (que, é claro, serão danificados também), no atual estágio de degradação física da escola. Portanto, não é um problema da administração do estado apenas. Sem dúvida, investir fisicamente na escola acaba sendo praticamente um crime de responsabilidade fiscal, temos que reconhecer. Portanto, primeiro devemos resolver os problemas 2 e 3, e depois investir no local físico onde as escolas se encontram atualmente. Os gastos devem ser aplicados em outras unidades auxiliares, externas à escola. Não vejo outra solução inicial. 5. Sim, o sistema de avaliações foi moldado a se tornar artificial para a maioria dos alunos. Percebemos essa situação quando os alunos do EF conseguem ainda manter um ritmo de aprendizado razoável (não todos, é claro, mas uma parcela que cai com o passar dos anos) e chegam ao EM percebendo que tanto faz estudar ou não. (vão mudar de ideia depois, mas já depois da escola) Porém, a meu ver, esse problema é parcialmente solucionado com as avaliações externas, que fornecem a "real" para os alunos, em contraposição às notas que os professores são, digamos, coagidos a estabelecer. Por outro lado, essa solução reduziu ainda mais a credibilidade do professor nesse processo. Há algum problema com a sociedade atual? Talvez. Temos uma formação cultural em que os jovens ficam na dependência dos pais por mais tempo que em algumas sociedades. Mas isso é típico dos países latinos (da própria Europa), e não acredito que seja a educação seja um problema insolucionável por causa disso. O problema é que aumentou essa dependência (que não é só financeira, mas emocional). Muitos alunos indisciplinados na escola são filhos considerados responsáveis em casa (e quem sou eu para dizer que não?) e essa histeria contra a doutrinação ideológica aumentou ainda essa crise, criando uma brecha que hoje é muito difícil de contornar entre a escola e as famílias. Essa bobagem de "escolas militares" evidencia, mais uma vez, a falta de rumos na educação pública. Mas, se o governo atual quer também se tornar culpado por essa decadência, então que siga em frente.
O problema da educação no Brasil é muito sério. Eu fico observando que a maioria dos que saem das universidades, entraram como analfabetos funcionais, e saem com um analfabetismo funcional mais acentuado. O índice de aprendizado é paupérrimo, não é por acaso que o Brasil ocupada uma das piores posições em educação.
Assistindo o vídeo em setembro 2022. Só falou verdades. Sou também professor e esses problemas do vídeo são os grandes vilões da educação escolar brasileira
Sou professor da rede federal e sinto na pele muitos dos problemas enumerados pelo caro Prof. Paulo Cruz. Entretanto, ressalto que o próprio modelo de educação vigente está em xeque e se faz necessário uma reformulação de todo o sistema de ensino - no qual o próprio discente passe a ser agente do seu aprendizado e o docente passe a ser uma espécie de orientador/tutor (à la mestre dos magos, rs...). Brincadeiras a parte, ouso complementar o opinião do nobre colega, acrescentado dois obstáculos monstruosos, não só ao nosso sistema de educação como também aos demais sistemas que dão suporte a sociedade: a pobreza extrema e, consequentemente, a fome avassaladora que assolam grande parte da população brasileira. Não há como equacionar, completamente, o problema da educação, sem envolver estas outras variáveis...
Parabéns! Gostei da análise. Os pontos apresentados são realmente importantes para o debate sobre a educação. Entretanto, acho que dois outros pontos são fundamentais nesta mesma discussão, quais sejam: o professor (seu papel, postura e comprometimento com a educação) e a escola (seu papel, postura e comprometimento com a educação). Digo isso, pois, identifico que há grande discrepância entre o que hoje são esses dois elementos vitais da educação e o que deveriam ser. Mais uma vez, parabéns pelo trabalho, e obrigado pela colaboração na nossa evolução.
Paulo Freire é estudado nos países mais desenvolvidos, é libertador para a mente, ensina a pensar. Dizer que não gosta de Paulo Freire porque ele é feio, diz sobre a feiúra de quem fala, no caso o ministro da educação (infelizmente) e da sua pobreza de espírito, parece menino da quinta série fazendo bullying com os coleguinhas. Na alemanha, Estados Unidos, França, Holanda, e em muitas universidades espalhadas pelo mundo se estuda Paulo Freire, mas poucas pessoas no atual governo tiveram a oportunidade de estudá-lo, o que é muito triste.
EXCELENTE vídeo, Prof. Paulo! Esses são pontos que só quem está inserido no ambiente da Educação enxerga sem a neblina ideológica. Abraham Weintraub parece ignorar, absolutamente, essas e outras questões. Quando eu for presidente irei convidá-lo para meu ministro! Rsrs... Brincadeiras à parte, era o que eu gostaria de ver pautado pelo MEC. Um Forte Abraço!
O problema não é o ministro da educação, mas sim o que está enraizado nos governos e escolas de hoje em dia. Sou professora no estado do ES e aqui o governo tem a ideologia esquerdista, tudo que o ministro da educação fala, como por exemplo: escola cívico militar, o governador do ES não aceita e inventa um monte de desculpas e isso está em vários estados do Brasil, mas ainda bem que as coisas mudaram e estão mudando aos poucos, mas é um trabalho de formiguinha pq o Brasil está infestado com a idéia que o aluno é o protagonista e pode tudo. Não culpe um ministério que só tem 1 ano.
Oi, Paulo. Estou vendo esse vídeo só em 2020. Não sei se vc vai chegar a ler meu comentário, mas vamos lá... Eu sou professora da rede pública de SP há 16 anos e basicamente tudo o que vc comentou no vídeo, de fato, faz parte da problemática da educação. Apenas queria comentar outros problemas (um deles vêm ocorrendo com frequência nos últimos 7, 8 anos e os outros dois ocorrem desde que eu comecei a lecionar): 1. Vejo muito professor tentando ser absurdamente amigo do aluno, e não, de fato, um professor. Vários profes, por não conseguirem (ou não quererem) segurar a galera, estabelecem uma espécie de negociação com alunos em que a benevolência do profe vira uma moeda de troca. E "benevolência" pode ser traduzida, só para ficar num único exemplo: "vou dar uma prova com consulta, assim eles ficam mais quietos, tiram a nota que precisam e tá tudo resolvido". Ah, outro exemplo: tem professor que deixa os alunos ficarem jogando UNO ou truco durante váaaaaarias aulas! (Sim, isso acontece!!). Enfim, professor não tem que se preocupar se ele vai ser amado pelos alunos ou se ele vai ter um pouco mais de sossego: ele tem que se preocupar com a aprendizagem! 2. Tomando um dos exemplos acima, acredito que a postura do professor é, portanto, outro problema da educação. No ensino público (e acredito que vc saiba disso), muitos professores faltam! E faltam demaaaaais! E há muitos picaretas (e não são poucos) que conseguem atestados médicos para conseguirem suas licenças (isso quando o atestado médico não é falso!!! porque, sim, há casos de profes que falsificam atestados!!). Dar aula realmente não é fácil, a gente ganha pouco, não temos recurso, porém, infelizmente, há muita falta de ética entre os profissionais! 3. Há brechas no serviço público, como a estabilidade, que permitem justamente a falta de ética por parte de muitos professores. Os problemas levantados por você e mais esses três que eu mencionei podem explicar o fracasso que tem sido nosso sistema público escolar. E, para os professores e diretores que trabalham direito, essa conjuntura é ainda mais penosa!! Abraços e desculpa o textão!! rsrs...
Muito bom Paulo!! Só acho que o senhor poderia ter citado, a falta de vocação de professores que tem no Brasil, que infelizmente são muitas pessoas que estudam áreas docentes, apenas para viverem funcionários públicos e ter uma "renda vitalícia"!!
Minha maior felicidade no tempo de escola era os feriados quando o ônibus atolava é eu ñ ia p escola. Odiei escola do primeiro ao último dia q frequentei. Tive poucas brigas na escola mas porque tinha medo da taca dos meus país.
Acrescento que nossa Educação, com suas infinitas oportunidades de recuperação e chances para o aluno ser aprovado, tira a responsabilidade de aluno e passa para o professor, que se torna provedor de notas para passar o aluno adiante. Mais adiante, no mundo real, não terão "oportunidades contínuas" nem passarão a mão pela cabeça. Em resumo, a escola nao está preparando o aluno pra vida.
Concordo, um absurdo os meus colegas se empenham e ficam extremamente fadigados/extressados e outros picaretas fazem nada, tiram atestado médico além de aprovar até aluno falecido. Isto é sério, não é piada não pois virou briga em conselho de classe. E ambos ganham iguais.
Professor Paulo Cruz, hoje temos um dos governos mais acessíveis da história do país. Leva suas ideias para nossos governantes. Quem sabe suas ideias vire algum projeto de lei. 👍
A escola chegou a um ponto tal de degradação que eu me pergunto: será que tem jeito de reverter isso? Acredito que somente os professores, com reflexões e ações, poderão mudar essa situação.
Professor com reflexões/ ações, onde o aluno pode tudo? Tem o direito de ser aprovado sem conhecimento mínino,? Se não conseguir ser aprovado durante o ano, faz um trabalho no fin do ano para adquirir pontuação suficiente. Isto é vergonhoso para um professor. O aluno sabe que não se esforçou, sabe que brincou, e depois será aprovado, pois tem este direito.
Ao pessoal que reclama que o MEC devia se concentrar nesses aspectos concretos e deixar de lado a disputa ideológica, eu gostaria de observar que pelo menos os itens 1, 2 e 5 são efeito de uma mentalidade ideológica específica, e não há como eliminar o efeito sem eliminar a causa. Por exemplo, como seria possível voltar a ter notas e reprovação nas escolas se os responsáveis pelo sistema de avaliação continuarem sendo aqueles que acreditam que reprovar o aluno é uma violência? Mas se o ministro aparece e diz: "vamos tirar todo mundo que pensa assim e substituir por outros que pensam diferente", vem a gritaria: "Ai, que absurdo! Ele só pensa em ideologia!"
wilsonconvictor ISSO É APLICAÇÃO DIRETA DO MARXISMO CULTURAL DA ESQUERDA !!! Se não combatermos está ideologia COMUNISTA que destrói nossa sociedade NÃO VAI TER CONSERTO NUNCA !!!
Fui aluno de escola militar e nelas o Professor é "General". Além disso, onde eu estudei os alunos sempre revezavam na função de chefe de turma, ficando com a responsabilidade de fazer a chamada e manter a sala limpa e organizada. Isso faz uma grande diferença tanto na vida do discente e quanto na do docente.
Deveria ser no Brasil inteiro
Delegar responsabilidades!
O ministro da educação falou que não é viável. Escolas militares são muito caras de manter. Ele disse que seria o ideal.
ua-cam.com/video/VQnoMO35vhk/v-deo.html Ele fala sobre a escola militar.
@@anaitakfds pois é não importa qual tipo de teoria educacional ela DEVE, TEM A OBRIGAÇÃO de ser cara para funcionar. Afinal de contas esse é o melhor investimento que podemos fazer pelo Brasil. Caro pra mim é pagar o salario do ministro e de qualquer outro politico. Enquanto tivermos politicos que acham que educação é caro, vamos nos manter em um pais de pensamento e valores eticos e morais rasos.
Se o foco na melhoria da educacao fosse nesses aspectos concretos, em vez da ideologia pura, teriamos mais chances de sucesso.
"Gotcha"
Professor, esses pontos evidenciam que a escola deixou de ser um templo do saber e foi transformada em "depósito de crianças", o aprendizado deixou de ser o objetivo final e passou a ser apenas um pretexto para o desenvolvimento de outras atividades destinadas a resolver questões sociais sem nenhuma relação com a educação, em outras palavras, é um completo desvio de finalidade que resulta em um sistema em que os maiores prejudicados são aqueles que realmente desejam estudar e têm potencial para isso.
Escola hoje em dia virou boca de fumo, motel e lugar pra delinquente juvenil fazer social. Culpa dessa legislação (CF 88, LDB e ECA) que só privilegia os vagabundos maconheiros.
O objetivo era e sempre foi destruir gerações inteiras. A tal "social-democracia" produziu ao longo de 02 gerações completas pessoas sem preparo para enfrentar os desafios diários. Tudo foi feito de caso pensado. O Brasil caiu numa armadilha e sair dela não será nada fácil.
Excelente análise. Dada a insuficiência técnica dos professores em sua maioria muito mal formados, passa -se a abordar temas não relacionados com o ensino de maneira a tornar sua incapacidade inofensiva. Dá-se a crianças o poder de discernir, em uma fase de vida na qual não há qualquer condição para isso. Muito boa percepção.
Resumiu muito bem. Parabéns
@@Daniel-rd3fl A generalização deveria ser crime. Minha escola não é assim. Lutamos todos os dias para que nossos estudantes tenham um bom futuro. Não temos maconheiros nem prostitutos em nossa escola.
Quanto à questão da inclusão de crianças com alguma deficiência, novamente o politicamente correto impede uma avaliação objetiva de políticas que não promovem nenhum avanço e de políticas que funcionam. O problema virou um tabu, "uma vaca sagrada", que não pode ser debatido em maior profundidade. Ótimo vídeo!
Sou professor e uma vez fui perguntar aos alunos quantos viviam com os dois pais ; no décimo parei de contar de vergonha. O aluno realmente pode quase tudo, é um problema,mas e se deixar do lado de fora? Novo problema. Vivemos tempos difíceis. Muito obrigado por não repetir a baboseira de que ficamos ensinando socialismo e por isto os números são negativos na educação. Com uma realidade desta nada é absorvido. És muito capacitado e conhecedor dos reais problemas,continue levando as mídias como tem feito.
Professor Paulo, eu te conheci hoje e foi uma honra. Tenho 61 anos e estudei até o colegial, não fiz faculdade. Concordo em tudo o que o senhor falou, tenho uma irmã que tb é professora, hj aposentada, ela chegou a ser secretaria de educação em uma cidade pequena na região de Marília, estive com ela em uma reunião de ex-alunos dela é agora amigos, todos os 6 são professores atualmente e a principal queixa de todos era justamente a falta de estrutura para lugar com alunos problemas e com as crianças portadoras de necessidades especiais. Infelizmente nosso país não dá a mínima para o ensino fundamental, e vem colocando nas faculdades pessoas totalmente despreparadas. É uma situação muito triste, eu acredito que a educação é o mais importante, com ela se resolve muitos problemas de saúde e de segurança, outras 2 áreas problemáticas no Brasil. Mas eu sou uma pessoa que acredita que tudo pode melhorar e se Deus quizer vai melhorar.
Que analise ajustada.... perfeito. Professores proguessistas e conservadores, à esquerda e também à direita aplaudem!!!!! Só não entendo que perfil de gente entra num video deste para dar deslike... vá entender.... um abraço e obrigado pela analise, me senti representado.
Concordo plenamente com o senhor professor! Estou no 3°ano do Ensino Médio e vejo o dia a dia desses problemas, e também eu acrescento mais um além destes citados pelo senhor, que são alguns professores despreparados e os conteúdos de algumas matérias desatualizados com a atualidade, como por exemplo, em História eu deixei de ver muita coisa importante da história do Brasil enquanto via coisas sem relevância, em Inglês fui ter um professor que ensina a língua de verdade sem enrolação só agora no 3°, Química tem muita coisa que vejo em vestibulares (tipo Etec, Fatec e Senai) que nunca foi passado, e Artes então nem se fala......
Aconteceu comigo justamente o que você descreveu, muitos professores despreparados.
O ensino público é tão precário que quando algum aluno se destaca, vira notícia na TV. Ele foi criado apenas para os alunos decorarem fórmulas e regras e sem nenhuma relevância para o mundo cada vez mais robotizado.
Deveria de dar graças a Deus de ter algum professor que aceita dar aula no ensino médio. O salário de prof. de ensino médio é horroroso! Houve época em que alunos de destaque do 2º ano do ensino médio já davam aula, agora ficam feito bebês pedindo professor? Vcs estão na era virtual. Há profs. na internet aos montes. Há livros de graça em muitas bibliotecas. Seja autodidata!
Concordo plenamente com você.
Tentar fazer esse vídeo chegar através da Ouvidoria do Ministério da Educação.
Tenho a maior estima e apreço por você professor Paulo Cruz, é um homem sábio,se expressa muito bem, porém,age como todos os intelectuais desse país,fala de escolarização, dizendo que está falando de educação. Gostaria que falasse de educação no verdadeiro sentido da palavra e não só em uma pequena parte, chamada escolarização,forte abraço,pense nisso!
Professor, sou Professor na Secretaria de Educação do Distrito Federal e estou fazendo o caminho oposto ao seu. Migrando para a área de TI. Fico admirado com sua perseverança.
Completamente de acordo, tenho filho com espectro de autismo e passei muitas preocupações, desde monitor despreparado, até ausência de monitor, professora sobrecarregada com 5 deficientes numa sala junto com outros alunos , professor picareta que abandonava a sala com a monitora exclusiva do meu filho e finalmente bullying. Ufa! Já chorei muito e briguei também. Pior que é lutar pelo direito e dignidade e ser tachada de mãe encrequeira.
10 anos na Educação como Inspetor de Alunos, VC só falou verdades.
Sou inspetor de alunos e posso dizer sem medo de errar: escola hoje em dia virou boca de fumo, motel e lugar do jovem fazer social.
Não existe como controlar alunos ,Hoje, gostaria que o professor pudesse se impor ,mas a represália e Grande,te apoio.
Quando vejo o discurso referente a educação atual eu me contorço toda querendo entender e digo a mim mesma: estou fora dessa realidade.Hoje tenho a certeza que após ouvi_lo.Parabéns!!!!!
Sou professora também e concordo com vc. Acrescento também a formação de professores, hj infelizmente encontro colegas totalmente despreparados em relação ao conteúdo. A literatura, foi praticamente retirada do conteúdo, hj ela é uma mescla de gramática e textos. O aluno não tem visão da importância dela dentro de um contexto histórico, tanto é que depois da década de 50 não houve mais nenhum autor que de fato cobrasse a nossa história em prosa ou verso. O clássico não existe mais, aqueles que dão noção de ética, valores morais. Professores hj não sabem nem o que é. Acredito que , enquanto a educação for tratada como moeda de troca de votos, estaremos nos a deriva, é preciso cobrar uma política de Estado, onde poderá passar qqr governo, e ela permanecerá.
Escola de ensino médio, Universidade, deveria ser um espaço, para quem tem interesse por estudar e conhecer.
Durante apenas 5 anos lecionei numa escola técnica de informática em Arapongas-PR. Ela mesclava ensino médio e "processamento de dados" (1996-2000). Na parte da manhã a moçada assistia aulas do currículo tradicional (matemática, português, química ...) e na parte da noite retornava para o LIED (Laboratório de Informática Educacional). Na época eu atuava ao longo do dia como programador numa empresa e a noite estava lá no LIED. Os alunos "amavam" as aulas no LIED, que ensinavam lógica de programação, linguagem C, circuitos eletrônicos, ferramentas administrativas (Excel, Word ...). Durante esses poucos anos presenciei o nascimento de alunos talentosos. Após esses quase 20 anos que se passaram são dirigentes em grandes empresas da cidade onde moro e de outras próximas. Por que essa narrativa ? Toda "estória" contada tem ligação direta com o tópico citado (2) - ou seja - os alunos queriam de fato aprender e não bagunçavam o LIED, além deles próprios fiscalizarem os desinteressados". Bons tempos, que ficaram no passado e deixaram boas recordações. Por que ? Porque os "entendidos" dos andares acima resolveram desmontar o LIED e me dispensaram - afinal - era um contratado para ensinar e passado um tempo encerraram o LIED.
Esse e o raio X do povo que está gritando Lula livre. Geração sem limites , papagaio doutrinado. Parabéns professor .
Realmente alguém que falou sobre que de fato acontece em sala de aula ,pobres verídicos com conhecimento de causa.Parabéns pelo vídeo muito bom mesmo ,tem mais um problema muito sério também o tráfico dentro das escola hoje é um pobre sério demais .Semrpe acompanhou seu trabalho .
Não acho que pedir um ar-condicionado em sala de aula séria algo demais, vocês professores merecem uma qualidade em seu ambiente de trabalho. Isso apenas uma utopia! Se investisimo em educação seríamos um ótimo país. Parabéns pelos vídeos!!!
Dentro de uma cultura Judaico Cristã, entendo que Educação e Ensino se complementam, sendo que Educação são valores e princípios morais e éticos, que são transmitidos de geração à geração. Ensino são os conhecimentos científicos, transmitidos pelos professores e mestres, num ambiente escolar/acadêmico, doméstico, ou outro adaptado, para esse fim, Muito boa explanação professor. Deus salve o Brasil!
Já estava na hora do seu canal ser lançado hein prof. Paulo Cruz, parabéns.
Me entristece ver um canal como este com tão poucos inscritos e pouca visualização...Parabéns! e obrigada professor!
O canal do Felipe Neto e outros canais com características semelhante são milhões de inscritos,me fala que esses tem a acrescentar as nossas crianças, adolescentes e jovem?
Triste saber que na escola pública um dos maiores inimigo é o próprio aluno.
Mais uma vez professor Paulo Cruz esclarecidicimo falando sobre a realidade como ela é!
Conheci o canal agora, e to encantada! Parabens pela forma clara com que expõe os temas!
Fato é: As pessoas querem mudança, mas não querem mudar!
Resumindo de novo : FUDERAM COM O ENSINO NO BRASIL
Excelente vídeo, professor Paulo Cruz! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏 Concordo totalmente com tudo o que foi dito
Parabéns por ainda acreditar e lutar. Você faz a diferença.
Muito bom conhecer os problemas sob o prisma de quem está na linha de frente
Minha noiva é neuropsicopedagoga, trabalha em duas matrículas, 1 atuando em sala de recursos, outra em EJA e por incrível que pareça ela define como sendo mais tranquilo e participativo que sala de alunos "regulares". Realmente a falta de estrutura ainda é um gargalo e parâmetros de avaliação e permanência de alunos e professores cria um nivelamento por baixo dificultando impulsionar por meritocracia vários indivíduos. A questão salarial é sim um problema pois embora melhor que outras epocas a quantidade de horas/formação na construção de um educador é semelhante ao mesmo tempo para formação de advogados, engenheiros..., criando assim uma fuga de talentos no setor. Profissionais com melhor graduação raramente recebem maiores benefícios se não migrarem para o seguimento federal, talvez a federalização da educação seja resposta, ou até mesmo a privatização (com voucher educacional estatal pelo menos até o ensino médio). A educação é um dos gargalos econômicos das famílias, criar filhos deveria receber estímulos e não desestímulos. A manutenção da população brasileira já vive a necessidade de debater esse tema, gostaria muito que o Professor Paulo Cruz conduzisse uma mesa redonda sobre o assunto.
Sou professora na rede pública de ensino,e você desenhou perfeitamente, O cenário. 👏👏👏👏👏👏👏
Professor Paulo. Até parece que você é professor da minha escola. Tudo que você disse acontece na escola em que trabalho.
Conheci agora seu canal, você é 10 cara, espelho pra nação, imenso abraço!
Parabéns professor! Eu sou professor do ensino fundamental e confirmo tudo que o Sr. Expõe. Na verdade, somos menosprezados e nossa
atividades também. O ensino no país está uma bagunça! O socioconstrutivismo foi aplicado sem critérios e uniformidade, fazendo as crianças, na maioria das vezes, como cobaias. Estamos pedindo socorro ao Sr. ministro da educação para que institua a ordem, o respeito ao docente e um novo sistema de ensino estruturado em série e não em rede.
Comecei a ser professor esse ano na cidade de São matheus, como muitos professores iniciei como professor eventual e eu tenho o sétimo problema além dos citados, "professores sem vocação".Muitos tem uma frequência de faltas exageradas e quando estão em sala de aula simplesmente não passam nada e acaba sobrecarregando os eventuais.
Parabéns pelo vídeo, Paulo Cruz é um orgulho da profissão.
Assistindo em 2020. Muito bom. Ganhou uma inscrição.
A educação dos pais tbm é fundamental para com respeito ao professor.. Cansei de ver no ensino médio aluno botar moral em cima de professor.. Os pais acham que o respeito quem ensina é o professor, quando na verdade tem que vir de casa..
Professor, o Sr está certíssimo nos comentários, estamos reféns dessas leis perniciosas que tanto nos prejudica no quesito educação, mas os que se dizem representantes do povo não tem interesse em aprimorar as leis desse país, além de nossa classe ser desunida parece acatar a decisão das diretrizes educacionais a Eca, sempre que possível tento alertar a população de minha cidade, mas recebo represália por parte de politiqueiros, mas enfim, estou fazendo meu papel de educador.
Outra coisa Mestre, a família de hoje delegou à escola que além de transmitir conhecimento tem que educá-los, os pais permitem tudo a essa nova geração e quando você impõe limites, eles se incastelam nas leis.
Tenho asco dessa politicagem de ideologias partidárias.
1. No caso eu sou um aluno (do Primeiro ano do Ensino Médio), e acabo vendo que em muitas vezes quando a sala está sem certos alunos quais, nesse caso não fazem nada - e apenas atrapalham - acaba havendo uma diminuição no estresse em um geral, pois em minha escola já houve alguns casos de professores ficando doentes (e uma desmaiando) por conta do estresse causado pelos alunos!
2. Há alunos com problemas especiais, porém em minha escola acabaram adaptando algumas coisas, porém em certos casos, como em problemas mentais, digo isso por experiência própria cria um ambiente horrível - qual no meu caso me deixou extremamente mal me fazendo ter que ir á um psicólogo, pois o aluno em questão me estressava e além disso apenas por ter tais problemas tinha “carta branca” para fazer tudo, mostrando uma irresponsabilidade creio eu da escola que era particular ainda por cima -, porém também em outros casos aumenta a nossa empatia com o próximo! Logo depende muito da escola e do aluno em questão.
3. Em meu caso temos uma sala de informática qual não é usada por não existir um prof. de tal matéria deixando por grande parte do ano inativa (a sala). Mas temos uma biblioteca qual nós usamos para assistir e estudar; tendo em vista que existe uma grande quantia de livros, porém quais não são atrativos a grande parte dos alunos por não terem uma tendência a leitura; tornando-os apenas enfeites, porém creio eu que por conta de agora haver livros mais chamativos e mangás (doados por um professor) a biblioteca se tornou um pouco mais viva - tendo em vista que apenas 1 a 3 alunos iam nela durante a semana, sendo mais eu e minha amiga; em meu caso eu gostava de ler e ainda gosto de ler livros de psicologia quais tem lá, são bem interessantes.
4. Voltando aos alunos, há também uma quantia que é afetada pela destruição de propriedade, mas algo que se tornou nulo pela nova coordenação, mas me lembro de que existem algumas escolas quais os alunos intimidam os professores, pois não tem limites - tendo ocorrido em algumas escolas agora a presença da policia que foi o caso de uma das escolas quais eu estudei.
Professor parabéns pela análise, eu sempre estudei em escola pública e tenho orgulho em dizer que meus mestres fizeram o possível e o impossível para formar cidadãos descentes. Hoje infelizmente a educação está um caos, mas tenho fé que vai mudar, pois nosso ministro está tentando recuperar a educação deste país.
Amo o ministro da educação o cara está tentando um milagre nessa questão. E já está conseguindo. Amém .
O que ele já fez?
@@joaomob.Sabe o You tube? Então procure que vc vai saber. Fora Paulo Freire.lixo.
@@joaomob. Cala boca
@@joaomob. ai vc buga os caras
Sou professor de História no meu município em uma cidade aqui no RJ e concordo com todos os pontos estabelecidos nesse vídeo.
Colégio virou esbórnia, um verdadeiro depósito de gente.
Sou professora e é isso mesmo. Hoje o professor não pode focar em seu papel, impossível dar uma aula excelente. Muito triste.
Eu admiro o senhor. Q bom q o senhor está no youtube.
Satisfação em falar com um professor de sala.de aula de Escola Pública. Está é minha experiência também. Acrescentaria outros itens a.tua lista: a) Ausência da família ou responsável; b) gestores (direção) despreparados para a função; c) falta de dinheiro para as mínimas necessidades da escola; d) formação precária de muitos professores; e) falta de professores efetivos (muitos afastados).
Sou professor e concordo com o vídeo.... Esses pontos foram os principais, existem outros, mas é o caminho...
Pontos muito objetivos que deveriam servir de base para um programa de educação que se perdeu na " universalização " sem se preocupar com o fundamental que é o qualitativo. E tudo isto dito por quem vive o dia a dia da educação.
Parabéns Paulo! Excelente vídeo!!
Olá professor, muito interessante este vídeo.
Hoje estou com 63 anos de idade, sempre estudei em escola pública, onde éramos cobrados pelos professores e tínhamos que estudar. Ninguém era aprovado tão facilmente.
O mercado de trabalho seleciona os melhores.. Porque nesta escola de hoje se discute a diminuição do número de alunos por sala de aula, sem que se pense em ensinar as obrigações dos alunos.
Chega de quem não quer estudar, impedir os que querem.
Um país sério não se faz com educação medíocre, onde não se cobre do aluno que ele tem que estudar.
Muito mimimi e pouca prática.
Com isto temos grande dificuldade dos alunos públicos entrarem nas faculdades públicas.
Minha geração não tinha todo este mimimi e muitos amigos estudaram em Universidades Públicas.
Fala professor, tenho 26 anos, sempre estudei em escola pública, e não nego nenhum dos pontos comentados no vídeo. Apesar que acho que o maior de todos os problemas na educação está fora da escola. O problema está dentro de casa. Me recordo que na escola que eu estudava tinha vários casos de alunos desinteressados no estudo, e super interessados em avacalhar a aula. Isso desmotiva o professor, desmotiva a classe, fomenta mais e mais comportamentos assim. Entendo que a falta de recursos é um problema sério, o salário ruim também, mas se a classe está engajada esses problemas são superados, nem que seja por 50 minutos. Abs
Sou docente a quase uma decada e veja o caminho que estamos indo, sem rumo, pois se existisse uma trajetória não seriamos o pior pais na EDUCAÇÃO. Em 2000 estávamos na 42 posição, em 2012 caímos para 53 posição no ranking, uma diferença de 11 posições. Já em 2018 o Brasil teve um resultado ainda mais assustador, dados do PISA mostra que ocupamos a 70 posição, na frente de Colômbia, Peru e Costa Rica. Analisando tudo isso vemos que nos últimos 18 anos nossa educação é uma das piores do mundo. É notório a falta de interesse e investimentos governamentais na educação e na mão de obra profissional, isso tudo é muito preocupante. A educação básica tem chegado a muitos alunos, porem a falta de valorização na área tornou-se a menos investida.
Caro Professor.
Agradeço, como brasileiro, por pessoas como o senhor existirem.Precisamos repensar o Brasil.
Como é possível conhecer e até ajudar a alavancar o Instituto? Moro em Brasília e gostaria de saber se há alguma representação aqui para procurá-la.
Parabéns professor muito boa a sua colocação a respeito da educação pública.
Tenho muito orgulho de suas falas conscientes e claras ! Parabéns Professor Paulo .
Isso. PAULO CRUZ!!
Lembro que quando eu estudava tinha muito professor desanimado, depressivo, despreparado e entre outros problemas. ACREDITO QUE TEMOS QUE CUIDAR MAIS DOS PROFESSORES, NÃO APENAS EM SALARIO MAS COMO VOCÊ DISSE NO PRIMEIRO TÓPICO.
No meu tempo de criança se eu chegasse atrasado eu não entrava, perdia o dia de aula, ficava com falta e tinha que voltar pra casa. Isso me fez com que eu nunca atrasasse na chegada à escola, pois isso iria me deixar com problemas em casa, eu ia levar uma surra.
Parabéns!
Suas conclusões coincidem com as percepções da maioria dos professores (com a diferença de que eles não falam tão abertamente, por causa da falta de liberdade que existe diante da postura dita "acadêmica", mais ou menos uma repetição da escolástica medieval, quando esta foi literalmente atropelada pelo Humanismo).
Mas é interessante observar que você identificou a questão salarial como o menor dos problemas e o mais fácil de ser resolvido (o que não quer dizer que será o primeiro a ser solucionado...).
Então, vamos aos problemas difíceis:
1. Se eu entendi aqui, você abordou um problema que é de natureza disciplinar, resolvido muitas vezes com a decisão (por parte da direção de muitas escolas) de voltar o aluno à sala de aula, com base em uma leitura do ECA, particularmente em seu artigo 54, parágrafo 2, que diz "o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente".
Bom... aí entra uma questão entre matrícula e frequência.
Ao estabelecer uma punição disciplinar provisória (uma suspensão, por exemplo, ou mesmo a retirada do aluno da sala por um tempo mais curto, depois de alguma infração naquele ambiente), alguns podem entender que a escola não está privando o aluno de ter acesso à educação, especialmente quando, por algum motivo (causado pelo próprio aluno) essa função educacional não está sendo efetivada. Outros, porém, acham que, a longo prazo, essas interrupções invalidam o direito integral ao ensino.
Nesses casos, a solução meio-termo tem sido manter o aluno fora da sala apenas durante a permanência daquele professor. Em alguns casos, funciona; em outros, não. Porém, fazer retornar o aluno durante a própria aula em que teve que ser retirado é uma verdadeiro tiro-no-pé que muitas vezes é cometido. Toda vez que uma situação disciplinar é mal resolvida, ela tende a voltar com mais intensidade. Porém, quando a punição é dura no primeiro momento, ela tende a não se repetir, ou então ter menos alunos envolvidos - o que permite ao professor desempenhar melhor a sua atividade.
Por isso, há "escolas e escolas". Vai ser sempre assim...
Mas quando o caso envolve repetidas suspensões, a situação fica mais séria porque cria de fato uma ausência provocada, e aí vira prato-cheio para advogados e pais de família (iguais ao Jaílson) que não conseguem estabelecer limites. Limites disciplinares são necessários, e não podemos nunca misturar questões de disciplina com diretrizes pedagógicas.
Aliás, essa linha divisória deve ser tão decisivamente separada que até os agentes do estado responsáveis por elas não devem ser as mesmas.
Radical, não?
2. E o que fazer com alunos que não querem estudar?
Sim, esse é o maior problema.
O aluno que não quer estudar simplesmente impede os outros de estudarem. Está aí a causa essencial da diferença maior entre a redes pública e particular.
Houve precipitação em tornar o ensino universalizado em 1997?
De maneira alguma: houve até atraso. A combinação da mudança de paradigmas de autoridade com a "matrículação" geral nos últimos 30 anos provocou uma queda enorme na qualidade de ensino.
(que imagino ser ainda superior à medida pelas avaliações externas)
E como resolver?
Abrir mão, por algum tempo, da escolarização universal para prosseguir em um ritmo mais lento?
Desistir definitivamente da universalização do ensino e deixar a escola somente para quem queira estudar nela?
Nenhuma dessas alternativas é mais possível no atual estágio.
(poderia até ser feita antes, mas não dá mais)
Estamos já em um estágio em que está ocorrendo um aumento da evasão escolar voluntária (desses próprios alunos sem interesse), apesar das restrições legais às famílias que permitem essa evasão. Ou seja, a queda na qualidade de ensino acabou justamente com essa meta de universalização pretendida, e estamos um clara regressão aos índices anteriores.
E o governo não está respondendo de maneira efetiva a esse problema.
(até porque, convenhamos, essa evasão pelo menos interrompe a piora na qualidade do ensino)
A raiz desse problema está em que, toda vez que surge um problema novo em qualquer área, os especialistas dentro do governo recorrem a experiências bem sucedidas dos países desenvolvidos. Mas lá não houve esse problema, porque a universalização do ensino aconteceu ainda no século XIX, quando havia ainda um estado de controles sociais mais rígidos. Na medida em que uma geração era matriculada obrigatoriamente (o que não implica em aprendizado geral), a geração seguinte tinha menor resistência à escolarização, e assim por diante.
No Brasil, aconteceu o contrário.
(não porque tenhamos péssimos educadores, ou um perigoso método Paulo Freire, mas simplesmente porque o momento não era adequado, por problemas históricos. Hoje, o modismo é busca do "senso de comunidade" - dá certo na Dinamarca - ou, então, o "protagonismo juvenil". Vamos ver no que vai dar)
Ao meu ver, esses alunos não-interessados (não confundir com alunos indisciplinados) podem ser plenamente incentivados a aprenderem com um trabalho mais direcionado, não tão intensivo, utilizando (ou não) tecnologias digitais. O problema é que, no estágio de credibilidade do sistema educacional seu pacto com a sociedade, esse trabalho é totalmente inviável dentro da escola. Além de ser mais caro.
(mas é AQUI que se deve começar)
3. A educação especial é outra situação em que se estabeleceu a precedência da "socialização" sobre o aprendizado em si.
É claro que as duas coisas não são contraditórias; pelo contrário, até absolutamente desejáveis.
Porém, isso cria a impressão que a escola abriu mão de sua atividade essencial para uma atividade não tão central. Não há como estabelecer uma relação de ensino inclusivo no ambiente escolar atual. Repito: é impossível uma educação efetivamente inclusiva. Ou ela é socialização não-educacional, ou é educação não-socializada.
De fato, o estado agiu de forma muito incompleta nessa área, e acabou causando (na maioria das vezes) mais prejuízo do que ganhos a esses alunos.
Isso não quer dizer que devamos abrir mão dessa combinação.
Apenas não é possível do modo como atualmente vem acontecendo.
4. Temos também o problema dos recursos educacionais.
Eu entendo quando os governos evitem, com variados artifícios, investir em equipamentos ou reparos (que, é claro, serão danificados também), no atual estágio de degradação física da escola. Portanto, não é um problema da administração do estado apenas. Sem dúvida, investir fisicamente na escola acaba sendo praticamente um crime de responsabilidade fiscal, temos que reconhecer.
Portanto, primeiro devemos resolver os problemas 2 e 3, e depois investir no local físico onde as escolas se encontram atualmente.
Os gastos devem ser aplicados em outras unidades auxiliares, externas à escola. Não vejo outra solução inicial.
5. Sim, o sistema de avaliações foi moldado a se tornar artificial para a maioria dos alunos.
Percebemos essa situação quando os alunos do EF conseguem ainda manter um ritmo de aprendizado razoável (não todos, é claro, mas uma parcela que cai com o passar dos anos) e chegam ao EM percebendo que tanto faz estudar ou não.
(vão mudar de ideia depois, mas já depois da escola)
Porém, a meu ver, esse problema é parcialmente solucionado com as avaliações externas, que fornecem a "real" para os alunos, em contraposição às notas que os professores são, digamos, coagidos a estabelecer. Por outro lado, essa solução reduziu ainda mais a credibilidade do professor nesse processo.
Há algum problema com a sociedade atual?
Talvez.
Temos uma formação cultural em que os jovens ficam na dependência dos pais por mais tempo que em algumas sociedades.
Mas isso é típico dos países latinos (da própria Europa), e não acredito que seja a educação seja um problema insolucionável por causa disso.
O problema é que aumentou essa dependência (que não é só financeira, mas emocional).
Muitos alunos indisciplinados na escola são filhos considerados responsáveis em casa (e quem sou eu para dizer que não?) e essa histeria contra a doutrinação ideológica aumentou ainda essa crise, criando uma brecha que hoje é muito difícil de contornar entre a escola e as famílias.
Essa bobagem de "escolas militares" evidencia, mais uma vez, a falta de rumos na educação pública.
Mas, se o governo atual quer também se tornar culpado por essa decadência, então que siga em frente.
O problema da educação no Brasil é muito sério. Eu fico observando que a maioria dos que saem das universidades, entraram como analfabetos funcionais, e saem com um analfabetismo funcional mais acentuado. O índice de aprendizado é paupérrimo, não é por acaso que o Brasil ocupada uma das piores posições em educação.
Assistindo o vídeo em setembro 2022. Só falou verdades. Sou também professor e esses problemas do vídeo são os grandes vilões da educação escolar brasileira
Sou professor da rede federal e sinto na pele muitos dos problemas enumerados pelo caro Prof. Paulo Cruz. Entretanto, ressalto que o próprio modelo de educação vigente está em xeque e se faz necessário uma reformulação de todo o sistema de ensino - no qual o próprio discente passe a ser agente do seu aprendizado e o docente passe a ser uma espécie de orientador/tutor (à la mestre dos magos, rs...). Brincadeiras a parte, ouso complementar o opinião do nobre colega, acrescentado dois obstáculos monstruosos, não só ao nosso sistema de educação como também aos demais sistemas que dão suporte a sociedade: a pobreza extrema e, consequentemente, a fome avassaladora que assolam grande parte da população brasileira. Não há como equacionar, completamente, o problema da educação, sem envolver estas outras variáveis...
Prof. O senhor e F..... Pois tudo que vc falou e a mais pura vdd.
Parabéns! Gostei da análise. Os pontos apresentados são realmente importantes para o debate sobre a educação. Entretanto, acho que dois outros pontos são fundamentais nesta mesma discussão, quais sejam: o professor (seu papel, postura e comprometimento com a educação) e a escola (seu papel, postura e comprometimento com a educação). Digo isso, pois, identifico que há grande discrepância entre o que hoje são esses dois elementos vitais da educação e o que deveriam ser.
Mais uma vez, parabéns pelo trabalho, e obrigado pela colaboração na nossa evolução.
Paulo Freire é estudado nos países mais desenvolvidos, é libertador para a mente, ensina a pensar. Dizer que não gosta de Paulo Freire porque ele é feio, diz sobre a feiúra de quem fala, no caso o ministro da educação (infelizmente) e da sua pobreza de espírito, parece menino da quinta série fazendo bullying com os coleguinhas. Na alemanha, Estados Unidos, França, Holanda, e em muitas universidades espalhadas pelo mundo se estuda Paulo Freire, mas poucas pessoas no atual governo tiveram a oportunidade de estudá-lo, o que é muito triste.
Outro ponto, na minha opinião os professores deveriam ganhar bem, pelo que faz, vocês são heróis. Realmente o salário ajuda muito.
EXCELENTE vídeo, Prof. Paulo!
Esses são pontos que só quem está inserido no ambiente da Educação enxerga sem a neblina ideológica.
Abraham Weintraub parece ignorar, absolutamente, essas e outras questões.
Quando eu for presidente irei convidá-lo para meu ministro! Rsrs...
Brincadeiras à parte, era o que eu gostaria de ver pautado pelo MEC.
Um Forte Abraço!
O problema não é o ministro da educação, mas sim o que está enraizado nos governos e escolas de hoje em dia. Sou professora no estado do ES e aqui o governo tem a ideologia esquerdista, tudo que o ministro da educação fala, como por exemplo: escola cívico militar, o governador do ES não aceita e inventa um monte de desculpas e isso está em vários estados do Brasil, mas ainda bem que as coisas mudaram e estão mudando aos poucos, mas é um trabalho de formiguinha pq o Brasil está infestado com a idéia que o aluno é o protagonista e pode tudo. Não culpe um ministério que só tem 1 ano.
Professor, Sr. disse muitas verdade...
Deixo aqui meus sinceros respeitos e parabéns pelas colocações.
Parabéns Professor Paulo pelas suas críticas muito verdadeiras! Sou sua admiradora!
Oi, Paulo. Estou vendo esse vídeo só em 2020. Não sei se vc vai chegar a ler meu comentário, mas vamos lá... Eu sou professora da rede pública de SP há 16 anos e basicamente tudo o que vc comentou no vídeo, de fato, faz parte da problemática da educação. Apenas queria comentar outros problemas (um deles vêm ocorrendo com frequência nos últimos 7, 8 anos e os outros dois ocorrem desde que eu comecei a lecionar):
1. Vejo muito professor tentando ser absurdamente amigo do aluno, e não, de fato, um professor. Vários profes, por não conseguirem (ou não quererem) segurar a galera, estabelecem uma espécie de negociação com alunos em que a benevolência do profe vira uma moeda de troca. E "benevolência" pode ser traduzida, só para ficar num único exemplo: "vou dar uma prova com consulta, assim eles ficam mais quietos, tiram a nota que precisam e tá tudo resolvido". Ah, outro exemplo: tem professor que deixa os alunos ficarem jogando UNO ou truco durante váaaaaarias aulas! (Sim, isso acontece!!). Enfim, professor não tem que se preocupar se ele vai ser amado pelos alunos ou se ele vai ter um pouco mais de sossego: ele tem que se preocupar com a aprendizagem!
2. Tomando um dos exemplos acima, acredito que a postura do professor é, portanto, outro problema da educação. No ensino público (e acredito que vc saiba disso), muitos professores faltam! E faltam demaaaaais! E há muitos picaretas (e não são poucos) que conseguem atestados médicos para conseguirem suas licenças (isso quando o atestado médico não é falso!!! porque, sim, há casos de profes que falsificam atestados!!). Dar aula realmente não é fácil, a gente ganha pouco, não temos recurso, porém, infelizmente, há muita falta de ética entre os profissionais!
3. Há brechas no serviço público, como a estabilidade, que permitem justamente a falta de ética por parte de muitos professores.
Os problemas levantados por você e mais esses três que eu mencionei podem explicar o fracasso que tem sido nosso sistema público escolar. E, para os professores e diretores que trabalham direito, essa conjuntura é ainda mais penosa!!
Abraços e desculpa o textão!! rsrs...
cara minha esposa,que era professora de matemática e física pra segundo grau,sofreu isso na pele.
Parabéns professor, poucos tem A capacidade de explanar sobre a realidade do nosso sistema educacional.
Muito bom Paulo!! Só acho que o senhor poderia ter citado, a falta de vocação de professores que tem no Brasil, que infelizmente são muitas pessoas que estudam áreas docentes, apenas para viverem funcionários públicos e ter uma "renda vitalícia"!!
Minha maior felicidade no tempo de escola era os feriados quando o ônibus atolava é eu ñ ia p escola. Odiei escola do primeiro ao último dia q frequentei. Tive poucas brigas na escola mas porque tinha medo da taca dos meus país.
Acrescento que nossa Educação, com suas infinitas oportunidades de recuperação e chances para o aluno ser aprovado, tira a responsabilidade de aluno e passa para o professor, que se torna provedor de notas para passar o aluno adiante. Mais adiante, no mundo real, não terão "oportunidades contínuas" nem passarão a mão pela cabeça. Em resumo, a escola nao está preparando o aluno pra vida.
Vivi tudo isso ao ensinar no Ensino médio, e o pior, em escola particular. Muito difícil e triste. Tenho fé que as coisas vão melhorar.
Muito bom. Deus o abençõe professor.
Eu acho que um professor deveria ter salário de engenheiro, mas eu sou totalmente contra a estabidade no emprego e a equiparação salarial
Concordo, um absurdo os meus colegas se empenham e ficam extremamente fadigados/extressados e outros picaretas fazem nada, tiram atestado médico além de aprovar até aluno falecido. Isto é sério, não é piada não pois virou briga em conselho de classe. E ambos ganham iguais.
Vamos agradecer ao "genio" Paulo Freire
Parabéns professor belo comentário, sem partidarismo !!
impecável !!!!
Muito bom👏👏👏
Concordo com você amigo professor.
Parabéns!!!
Você está correto em sua avaliação!
Professor Paulo Cruz, hoje temos um dos governos mais acessíveis da história do país. Leva suas ideias para nossos governantes. Quem sabe suas ideias vire algum projeto de lei. 👍
A questão da formação dos professores tb é muito importante.
Todos esses pontos se convergem em um único ponto: A CENTRALIZAÇÃO ESTATAL
A escola chegou a um ponto tal de degradação que eu me pergunto: será que tem jeito de reverter isso? Acredito que somente os professores, com reflexões e ações, poderão mudar essa situação.
Estou estudando pedagogia e já está me dando dor de cabeça.
Professor com reflexões/ ações, onde o aluno pode tudo?
Tem o direito de ser aprovado sem conhecimento mínino,?
Se não conseguir ser aprovado durante o ano, faz um trabalho no fin do ano para adquirir pontuação suficiente.
Isto é vergonhoso para um professor.
O aluno sabe que não se esforçou, sabe que brincou, e depois será aprovado, pois tem este direito.
Impecável!
Sou professora aqui em Minas Gerais, e os problemas que você relatou são os mesmos que temos aqui.
Excelente análise! Concordo 100%
Eu sou Professor também, os problemas são esses mesmos, e com uma melhor educação vinda de casa, o respeito conosco seria maior
Ao pessoal que reclama que o MEC devia se concentrar nesses aspectos concretos e deixar de lado a disputa ideológica, eu gostaria de observar que pelo menos os itens 1, 2 e 5 são efeito de uma mentalidade ideológica específica, e não há como eliminar o efeito sem eliminar a causa.
Por exemplo, como seria possível voltar a ter notas e reprovação nas escolas se os responsáveis pelo sistema de avaliação continuarem sendo aqueles que acreditam que reprovar o aluno é uma violência?
Mas se o ministro aparece e diz: "vamos tirar todo mundo que pensa assim e substituir por outros que pensam diferente", vem a gritaria: "Ai, que absurdo! Ele só pensa em ideologia!"
wilsonconvictor ISSO É APLICAÇÃO DIRETA DO MARXISMO CULTURAL DA ESQUERDA !!! Se não combatermos está ideologia COMUNISTA que destrói nossa sociedade NÃO VAI TER CONSERTO NUNCA !!!
Sempre ótimos conteúdos. Show!
VI 2 VÍDEOS E JÁ VIREI INSCRITO!!!!! VC É O CARA!!!
Paulo Cruz é uma das melhores pessoas que conheci na vida!!!🇧🇷
Em vez de um Paulo Cruz como minístro da Educação, temos que lidar com o Abraham Weintraub.