Minha maior dificuldade é fazer e manter amizades. Festas e eventos com muitas pessoas me deixam estressada, tenho dificuldade em iniciar conversas de forma adequada, não consigo perceber as emoções dos outros
Eu não sabia o que era autismo. Na minha cabeça sempre vinham imagens de crianças quando se falava em autismo. Havia uma piada interna na minha família porque na minha infância dois professores se uniram para conversar com meus pais porque achavam que eu era autista, porque era uma criança atípica, isolada e não tinha interesse em me relacionar com meus pares; Mas nunca foram atrás de nada relacionado a isso, eu conversava normal, conseguia realizar as atividades de forma eficiente e tinha aprendido a ler extremamente cedo. Eles diziam que eu só era esquisitinha. Quando passei pelo ensino fundamental, sofri um bullying por ser mais "exótica" mas nada fora do "normal". Passei a andar com as meninas, conversar como elas, fazer coisas ditas normais e consegui levar isso até a fase do início da adolescência. A partir daí, eu já não sabia quem eu era. Tudo que eu gostava, tudo que eu fazia, o jeito que eu falava, como eu me portava.. Eu não me sentia confortável com nada disso. Eu sentia que imitava tudo das outras, e aquela pessoa que eu fingia ser simplesmente não era eu. Isso gerou um sofrimento imenso na minha cabeça; "Quem eu sou? Por que visto roupas que não gosto? Por que faço coisas que não gosto? Escuto músicas que não gosto, vejo coisas que não gosto..." eu me sentia uma impostora. E foi ai que começaram os problemas com depressão e ansiedade e um pouco de isolamento. Todas as relações que eu tinha eram muito rasas e superficiais e eu não as conseguia manter por muito tempo, então não fiz realmente amigas nessa época. No ensino médio eu já comecei a aceitar que talvez eu fosse antisocial então parei de tentar me enturmar. Só tirei a máscara de garota normal que usava o tempo inteiro e comecei a agir com mais naturalidade. Resultado: Não fiz nenhum amigo, em nenhum dos anos no ensino médio. E a tag de "esquisita" me acompanhava. Garota estranha, esquisita, antipática... Enfim, eu até tentei sair de casa, me divertir, ir em festas.. Mas eu não sabia o que havia de errado comigo. Quando eu passava muito tempo fora de casa, começava a ficar tonta, com ansia de vomito, nervosa. Era como se estivesse acumulando tensão em todo o meu corpo. Fui em vários médicos na época, e todos disseram a mesma coisa: "Ansiedade". (Alguns cogitaram labirintite) Mas eu não entendia como ansiedade podia me causar tanta tontura (ao ser exposta a luzes, barulhos e cheiros diferentes ao mesmo tempo). Então parei de sair de casa. Só saia de casa com fones de ouvido e sabendo exatamente o que fazer, como fazer, onde fazer e todos os detalhes referentes para não ficar sobrecarregada. Eu já havia aceitado que era uma garota esquisita, chata e muito fresca com muita coisa. Entrei na faculdade e a necessidade de usar uma máscara voltou. Muito menos do que antes, mas ainda sim, uma parte de mim tinha que não ser tão esquisita pros outros não me acharem antipática ou metida. Nessa época consegui meu primeiro emprego, em uma firma. Era meu primeiro contato com o mundo corporativo e já comecei do pior jeito. Meu chefe me questionva por que eu não cumprimentava todos ao chegar no escritório. Eu disse que não sabia. Passei a fazer. Ele começou a questionar por que eu não me despedia. Comecei a fazer. Ele dizia pra eu não usar garrafinha e mochila rosa pra ir trabalhar porque passava um ar de "infantilidade" e isso não passava confiança pros gerentes. Comecei a usar cores mais escuras. Depois ele questionava por que eu não olhava nos olhos dele quando ele falava comigo, que isso era falta de educação. Aprendi a me condicionar a olhar nos ohos das pessoas quando elas falam, mas quando faço isso, não consigo escutar absolutamente nada do que ela diz. Ao falar com pessoas de outros setores da empresa, eu precisava escrever um roteiro num papel. Quem via de fora achava muito patético, mas eu realmente tinha dificuldade pra saber o que falar de forma espontânea. Comecei a montar roteiros pra qualquer diálogo que acontecesse no meu dia. "A pessoa me disse 'bom dia'. Ok. Vou responder 'Bom dia'... Mas se ela disser 'Tudo bem?' Ah, eu digo 'Estou bem, e você?' E se me perguntarem do meu final de semana?" ... E assim por diante. Eu tentava deixar respostas prontas pra qualquer diálogo que possivelmente poderia ocorrer no meu dia. Mesmo assim, com tudo isso, eu entrei em burnout imenso. Ia no banheiro da empresa pra chorar pelo menos 3x por dia. No final, fui demitida. Meus pais me mandaram pra passar umas "férias" em Santa Catarina. Esfriar um pouco a cabeça. Eu até gostei, era uma cidade pequenininha e era tranquilo andar por ela com meus fones de ouvido. Num dia, indo a uma farmácia, eu perguntei pro farmaceutico se ele tinha "Pomada. Pele Acne". Ele pegou uma epiduo e me falou: "Moça, posso te fazer uma pergunta?" E eu "Claro.." E ele: "Você é autista? Eu tenho um filho autista e ele é igualzinho a você." Eu disse que não, comprei a pomada e fui embora. Embora não tenha ficado ofendida, aquilo me deixou muito curiosa. Então, em casa, comecei a pesquisar sobre "Autismo". Disso fui pra "Autismo em adultos", o que já me deixou de queixo caído ao ler os sintomas. Entrei mais a fundo e quando li sobre os sintomas em mulheres autistas adultas, desabei a chorar. Chorei muito mesmo. E quanto mais eu pesquisava, mais eu chorava. Porque eu sabia que era. Eu sempre soube que era diferente, sempre soube que havia alguma coisa virada no meu cérebro. E saber que aquilo tinha um nome e que mais pessoas eram como eu, foi muito libertador. Todos os rótulos que já haviam colocado em mim já não me feriam mais, na verdade eu até abracei alguns. Quando voltei pra casa dos meus pais, eu contei a minha mãe. Ela me apoiou em tudo. Fui atrás de uma especialista, uma neuropsicóloga especializada em autismo em adultos. Foram 3 consultas para realização de todos os testes. Entrevistaram meus pais e algumas semanas depois o laudo saiu. Positivo pra TEA de nível 1, um grau elevado de depressão e ansiedade, sem TDAH. Mas, pra falar a verdade, isso nem me chocou muito, porque eu já sabia desde o momento que fiquei obcecada com o tema e pesquisei tudo que podia. Após isso, fui a um psiquiatra também especializado nesses casos e tive muito apoio. Com os laudos em mãos, e as respostas que eu precisava, consegui transformar minha vida completamente. Hoje me aceito completamente e reconheço minhas limitações. Não tento ser igual as outras garotas da minha idade e faço o que é confortável pra mim. Trabalho num emprego home office, tenho minhas paixões, meus hobbys, e consigo viver uma vida totalmente normal.
Tive uma história de vida muito parecida com a sua e é um fato: o diagnóstico é libertador. É como se você desse um reset na sua vida e a partir do diagnóstico tudo começa a fazer sentido. Sinto que nasci de novo e finalmente consegui descobrir "quem sou eu" de verdade.
Seu relato começou como se estivesse descrevendo a minha história em 100% dos fatos, passou a ser diferente no ensino médio, pois eu parei de estudar e só voltei anos mais tarde 😮
Mulher autista aprendeu certas contingências sociais para parecerem mais tipicas. Sim, eu aprendi a fingir muito, sinto que estou atuando. Eu lia muita revista capricho pra saber como ter amigos, como ter namorado, etc. Sei que isso nao necessariamente significa autismo mas, é algo que nunca entendi pq nunca me encaixei 100%.
Não consigo forçar parece que estou me denegrindo aos poucos quando me sinto assim caio fora e vou pesquisar sobre psicologia e comportamento pra entender os outros e me entender. Tempo é vida vai buscar fazer aquilo que vc gosta
Eu também lia muito revista capricho da filha do meu padastro 😂😂 o problema é que as revistas eram bem antigas, porque ela era adulta já e eu tinha uns 12-13 anos 😂😂
Fui diagnosticada aos 53. De certa forma foi um alívio pq explica muita coisa. Mas ouço de algumas pessoas "Hoje todo mundo é diagnosticado com autismo ". Só quem tem entende o q passa.
exatamente, eu tenho receio de falar sobre meu processo de investigação de neurodivergências justamente porque quem não passa por isso não tem disponibilidade pra entender. Parece que você está querendo se vitimizar ou justificar suas ´´falhas``
O pior mesmo pra mim e a tal da rotina Pelo amor de Deus não mexa na minha rotina eu faco tudo igual sempre Chego do trabalho arrumo minha roupa do dia seguinte tudo na ordem que vou vestir a primeira peça até a última No trabalho começo sempre pela mesma tarefa e se for mudada eu fico muito estressada e acabo deixando coisas sem fazer ou pela metade porque fico perdida minha cabeça vira uma bagunça Agora tô aqui na minha casa no sofá sofrendo porque eu não queria ir pra casa dos meus pais hoje mas tenho que ir se não minha mãe fica chateada Eu amo ficar sozinha Tenho uma filha que mora comigo ainda mais ela me entende e eu entendo ela Ela agora tá no quarto dela e eu aqui no sofá e nós somos feliz assim ❤
A coisa do "pertencimento" me parece ter mais haver com a sensação de não pertencimento a nada a vida toda! De não conseguir se encaixar em nada e finalmente (após um diagnóstico tardio) entender e ter um lugar onde as coisas passam a se encaixar e fazer sentido.
Também não me encaixo em nada! Eo pior é que essa coisa do apego à rotinha porque eu detesto, eu não lembro se sempre detestei, mas ficou uma coisa cansativa pra mim, to com estafa de tudo e tenho estafa de tudo e me canso fácil xD mas gosto de repetir coisas como ouvir por horas a mesma musica sem cansar,ou repetir series e filmes. E na verdade pra aprender ou absorver alguma coisa tem que repetir milhares de vezes praquilo entrar na minha cabeça xD Mas acho que também a minha familia sempre criticou tanto cada comportamento estranho que eu apresentava que eu fui me adaptando e mesclando tudo ao ponto de nao saber mais o que é de mim ou que eu adaptei pra mim, ja ficou automatico, mas aqui e ali nao consigo mesclar e ai a minha estranheza fica evidente 😆😆
Foi a mesma sensação que eu tive. Antes do diagnóstico, eu tinha sensação de que não pertencia a lugar algum e depois do diagnóstico, eu pude conhecer mais sobre o TEA e também sobre mim e assim, a sensação de não pertencimento diminuiu muito.
@@renatacosta3344 você é linda. Tenha fé e vai dar tudo certo.
6 місяців тому+383
Eu lutei contra o diagnostico 10 anos, tenho dois filhos dentro do espectro, e desde pequena apresentei vários sinais, mas meu pai não permitia que minha mãe levasse ao medico mesmo com indicação da escola, pq dizia que não ia ter filho com "probleminha", esse ano eu já não aguentava mais estou em um trabalho que exige algumas coisas de mim que me fizeram entender que eu precisava buscar ajuda, mesmo que os médicos dos meus filhos sempre tenham pedido que eu buscasse o diagnostico, foi um processo de 6 meses passando em dois psiquiatras, neuro e psicóloga, e o diagnostico veio aos meus 38 anos e eu senti uma dor, pq mesmo tendo minhas limitações corri atras do diagnostico dos meus filhos pra ajudar eles porque que não vou viver para sempre, senti por ter sido negligenciada e estou com medo que alguém me julgue incapaz de cuidar dos meus filhos, não falarei para todas as pessoas, principalmente parentes que passaram aminha vida toda me chamando de lenta ou de lesada, agora vou atrás de ajuda pq minha missão e ser uma boa mãe para os meus filhos e eu sei que sou.
. Vc faria o diagnostico...tenho 66 anos e dificudades de juventude parecem estar mais acentuadas amor na velhice
6 місяців тому
@@renatadebarrospelliniguima3912 Renata, eu imagino o quão dificil tenha sido para você, para ser analisada e receber um diagnostico adequado é necessário buscar ajuda profissional de preferencia de um psiquiatra ou Neuro que tenha experiencia em TEA, terapia ajuda demais também foi minha psicóloga que me convenceu a buscar ajuda e segue me dando suporte, muitas coisas não poderemos mais mudar, mas ter o acompanhamento com a psicóloga ajudará a lidar com as questões e diminuir o sofrimento , que as crises podem causar e a lidar com o sentimento de inadequação, busque ajuda e fique bem e saudável ❤ desejo o melhor para você!
6 місяців тому+8
@@nathalianeves7214 Obrigado Nathalia, não é facil mas tenho muito orgulho de ver a evolução dos meus pequenos, me da uma alegria imensa ver eles bem e criando independência ❤
Infelizmente sim. Para conseguir um diagnóstico ou se tem dinheiro para gastar com um bom especialista. Ou vai no publico e não terá diagnóstico. A fila de espera é gigantesca.
@@wanessagoncalves8842 baseado em que? Mulheres tem uma imagem decadente na sociedade, tem pouca representatividade devido ao preconceito a consequência é que se sintam fracas mesmo, não importa o quão decadente está a vida de um homem ele sempre encontrará forças na sociedade, pode se inspirar em quem ele quiser grandes nomes conhecido mundialmente é masculino, vc não tem noção de quanta força ele ganha com isso, enquanto a mulher todo o seu valor está apoiado encima da sua aparência se não for socialmente bonita, é descartada. a mulher não tem o direito de ser feia. Pode parece pessimismo mas é apenas a realidade.
Sou nível 1(leve). O pior é escutar de pessoas próximas que somos mimados,frescos e que "colocamos essa coisa de autismo na nossa cabeça". A incompreensão das pessoas próximas é o que mais dói. Não sabem o quanto é difícil pra gente o desconforto, especialmente na parte social. Fazemos masking,mas é exaustivo.
Quem tem autismo leve sente seus sentimentos validados quando o diagnóstico é positivo, pq duvidamos até de nós mesmos em relação a isso, chegando até a negar muitas vezes.
Nao é fácil encontrar ajuda. Mulher adulra, mãe e esposa que trabalha esta sempre tão ocupada que mal consegue buscar ajuda médica. Eu sou taxada de esquisita, sou rígida, sou cheia de manias. As vezes eu finjo sentir raiva ou ciúmes, mas na verdade nao me importo com essas coisas.
Eu lembro de ficar treinando olhar nos olhos pq ouvi dizer que quem ñ olha nos olhos ñ é confiável. Fiquei com essa neura achando qye eu ñ era confiável por causa disso. Tinha dificuldade de olhar meu rosto no espero e olhava nos meu olhos mas ñ conseguia me ver como sou. É um pouco estranho ainda. Com 42 anos comecei a desconfiar.
Nossa! Eu me reconheci nesse comentário. Lembrei da cobrança que tinha do meu pai: “olha no meu olho! Não dá pra confiar em quem não olha no olho!” Sempre me senti agredida e ofendida com isso. Muitas vezes me forçava a estabelecer esse contato visual e isso gerava uma sensação horrível. Cresci assim, acreditando que eu não era confiável e que mesmo estabelecendo esse contato visual forçado em alguns momentos, as pessoas não acreditariam em mim. Criei meios de defesa e evitava e ainda evito estabelecer um diálogo desnecessário. Seu comentário fez com que eu recordasse todo o sentimento de inadequação e o quanto isso permeia minha vida e minhas relações. Seguimos!
Eu tb passei a fazer isso depois q ouvi dizer q quem nn olha nos olhos nn é confiável, e pq eu queria parecer confiante, mas me sinto meio estranha se eu tentar olhar por muito tempo nos olhos de alguém q estou conversando, principalmente desconhecidos, é meio desconfortável
Apego à rotina e ansiedade extrema toda vez que vou enfrentar o desconhecido sempre fizeram parte da minha vida ! Tenho 63 anos e ainda não fui diagnosticada com autismo
@@Kleciareiss Vdd. Mas ñ podemos julgar por ela ter falado apenas alguns sinais. Pois as vezes, ela pode ter pesquisado mt e se identificado com a maioria dos/todos os sinais, q ñ daria p citar tudo em um simples comentário, e as vzs tem algumas coisas q nem lembramos. Enfim, ñ tô "defendendo" ninguém, só estou compartilhando uma coisa que acontece comigo e sempre tenho medo de alguém duvidar de mim só pq ñ citei TODOS os sinais de autismo e ñ especifiquei q me identifico com TODOS os sinais. Enfim, tenha um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite 😊🥰
Inês, espero que consiga em breve fazer uma avaliação e ter seu diagnóstico, afinal autoconhecimento é importante e ter esse respaldo nos faz entender diversas passagens da nossa vida e principalmente auxilia no autoperdão, muitas vezes nos cobramos através da ótica do mundo neurotípico.
@@Bruna_desenhoeluar, o caminho mais "rápido" e direcionado é através da avaliação neuropsicológica. são em média cinco a sete sessões e os valores totais podem variar entre R$ 1.500 a R$ 2.500 (infelizmente, é bem carinho mesmo). no meu caso, paguei R$ 1.800 e minha primeira sessão foi 18/05. agora já estou na quinta.
@@dandawa Minha filha também começou agora ,serão 6 sessões só com ela e a neuropsicologa,já fizemos uma sessão ,ela e os pais ,e tem a última para a devolutiva,receber o resultado, daí precisa passar com o neurologista para ele validar o laudo, só com a neuropsicologa foram 2,250,é caro mesmo , mas realmente é necessário, no caso da minha filha, no total serão 8 sessões!
@@Bruna_desenhoeluar a Sulamérica e o Bradesco Saúde (devem ter mais) cobrem estes custos (ao menos em SP). Procure um neuro dentro de suas opções e ele lhe encaminhará pra a avaliação pelo convênio. Lembrando que a avaliação fonoaudiológica e a avaliação da terapia ocupacional também podem fazer parte. E eu pessoalmente, acho a fono muito importante nesse caminho.
@@dandawa Pois é, aqui o meu irmão está nessa fase do diagnóstico final, são 6 sessões por 2 mil reais, e só permitem parcelar em 2 vezes. Não somos ricos, mas esse valor a gente precisou se desdobrar pra conseguir porque o convênio simplesmente NÃO TEM PROFISSIONAL pra isso. Como ainda é inacessível...
eu gosto de pessoas e me entristece saber que elas acham que eu não gosto delas só porque eu não gosto de conversar. pra mim não é prazeroso manter um diálogo, sinto que estou respondendo no automático, ainda mais se for questões cotidianas que não vão me acrescentar em nada. eu prefiro assuntos específicos que tenham a ver com coisas que eu gosto, mas nem sempre as pessoas falam disso, a maioria curte conversas cotidianas mesmo e isso pra mim é muito entediante, tanto quanto assistir jornal, futebol e programa de receita.
Nossa, me descreveu. As pessoas vem contar sobre o cotidiano delas, a vida, os problemas e eu finjo prestar atenção. Acho um tédio, tipo, não sinto o menor interesse.
Tenho amigos, mas detesto a sair de casa, socializar, ter que me arrumar para sair. Conversar com gente nova que nunca vi ( nunca fui mal educada ) mas não me sinto bem. Amo ficar sozinha em casa, no meu sofá,com meu cachorrinhos, até 4 anos não falava nada, só sentava em W( minhas irmãs mais velhas falaram), se eu olhar pra alguém e não gostar dela, não faço questão de ter amizade. Não vou na casa de ninguém e ninguém vem na minha casa, detesto barulho, som alto. Estudo muito, aprendi desenhar sozinha, faço qualquer desenho, tenho 3 faculdades,4 pós graduação e estou em um mestrado agora. Me divorciei e não consigo me envolver com ninguém, me sinto bem com minha solitude e não tenho filhos. Nunca fui criança,minha mãe diz q sempre fui muito séria e só falava com quem me sentia bem. Não desvio o olhar para falar com as pessoas, gosto de falar olhando nos olhos, quero ver verdades. A pior parte para mim é socializar mesmo, não minto, falo a verdade não sei se é grosseria ou não, mas falo, são muitos fatores que eu me sinto sim diferente em relação aos outros
Nossa fiz quase tudo e ainda faço essas mesmas coisas que você descreveu no seu depoimento! Gosto muito de aprender e fazer coisas, mas não gosto de estar com pessoas! Nunca tentei ir atrás de saber se sou autista, mas acho que sou! Não tenho interesse em ter um marido, gosto mais de estar com animais! E amo ficar sozinha vendo vídeos e experimentando novas receitas e artes. Aprendi muitas coisas lendo e assistindo! Desde pequena sempre me disseram que sou esquisita, estranha, sem educação e ignorante porque quando não gosto de algo sou sincera e falo o que penso!
Lucelmo, como está? Quando eu era pequena, me isolava das brincadeiras coletivas, podia brincar um dia inteiro com minhas bonecas. Algumas vezes brincava com meus irmãos e primos, mas brincadeiras co.o pega-pega e esconde-esconde me irritavam. Eu falava bem, aprendi a ler e a escrever rapidamente, mas tinha uma grande dificuldade em matemática. Até a oitava série uma única amiga. No Ensino Médio socializei um pouco mais pois algumas meninas aproximaram de mim. Eu ficava deslocada nos grupos e fazia o possível para aproximas mas com dificuldade de formar vínculo. Hoje sou solitária, cada vez mais isolada. Sou muito carinhosa com os que estabeleço vínculo. Poucos. Eu não minto e isso é muito comicado pois as pessoas acham que é um tipo. Já me dei mal por causa da ingenuidade. Eu não sei o que sou. Me sinto de um peixe fora da água.
Me identifiquei com boa parte do que você descreveu. Nunca procurei um especialista para ter algum diagnóstico, até porque comecei a desconfiar recentemente quando fui pesquisar para saber se as características e comportamento da minha vizinha de 5 anos era compatível com o Autismo. Acabei descobrindo que muitos dos meus próprios comportamentos da infância e até hoje na vida adulta são sintomas do Autismo. Sou muito tímida, ao extremo mesmo. Se eu sair e precisar interagir ou me comunicar com alguém que não conheço, eu suo frio, fico tremendo, gagueijo muito. Não consigo manter amizades e também não consigo me importar quando as pessoas se distanciam, as vezes eu até gosto muito da pessoa e quero mante-la na minha vida, mas sempre acabo me afastando mais cedo ou mais tarde, e no fim do dia é um alivio quando não preciso mais me esforçar tanto para socializar e manter aquela amizade. Sempre fui a criança esquisita que brinca sozinha e não tinha amigos. Odiava compartilhar minhas coisas com outras crianças ou quando mexiam nas minhas coisas sem me pedir, ainda hoje odeio emprestar meus pertences. Sou extremamente organizada com minhas coisas, mas não ligo para a bagunça alheia. Ensino médio foi a época mais infernal da minha vida. Todos colegas da escola falando de namoro, saindo para se divertir, eram festas, cinemas, encontros e eu totalmente estagnada. Quando me convidavam, eu recusava, quando se interessavam em mim, eu os afastava, e assim hoje não tenho amigos ou qualquer experiência com relacionamentos. Não que eu ache ruim, eu amo estar sozinha, amo o silêncio, amo não ter que sair da minha zona de conforto, porém tenho constantemente o sentimento de que estou atrasada ou que fiquei para trás e todos os conhecidos na minha idade conquistaram carreiras, casamentos, amigos e família, e eu aqui sem progresso.
Bruna, é complicado. Eu gosto de falar com as pessoas mas não é com qualquer pessoa que consigo uma conexão. Eu fixo em algumas pessoas, mãe, uma amiga, sufoquei meus namorados que amava. Mas como falo pra caramba as pessoas não percebem o meu isolamento. Não tenho amigos e uma rede de apoio. Busco em Deus esta fortaleza. Que você fique bem. Precisando conversar deixa um sinal.
Quando as pessoas entenderem que no autista, a maneira de perceber, sentir e interagir com o mundo é diferente e que não pensa como os típicos, talvez o diagnóstico ficasse mais fácil, tendo pressuposto o "sentir" e dificuldades do autista. É tudo muito intenso e o mundo parece não fazer sentido cheio de regras ou expressões que precisam ser decifradas e muitas não fazem sentido, nem tem lógica. Viver em um mundo "fantasia", com atores é bem difícil acertar o papel que devemos representar para atender as expectativas, quando ainda não tivemos uma experiência para saber o que fazer ou dizer. Já que o lado "instintivo" para socializar parece congelado quando falta repertório.
Sim, porque é difícil entender e aceitar. E reconhecer tb. E a falta de informação muitos nem sabem o que é autismo como vão se perceber como tal?. É não é bom ser não, com certeza.
Fui diagnosticada com autismo grau 1 aos 59 anos de idade e seus vídeos me ajudaram muito a procurar uma avaliação.Hoje tenho um laudo e um diagnóstico de 2 médicos.
Boa tarde Rutinha tenho 53 anos e uma vida atormentada e de grandes prejuízos na vida. Tomo medicamentos para os sintomas do TEA e TDAH porém só tenho a avaliação Neuropsicologico ñ tenho acesso a um profissional especialista no assunto pra uma segunda opinião entende? Você pode nos da o contato do seu médico?
Sou Elizabete, sempre fui chamada doida ,surda .odeio barulho ,nao gosto de estar em lugar de muita gente .ñ gosto que me toque .me acho distraída também. Tenho muitas dificuldades a mais que enfrento .tenho56 anos e quando o meu neto de 4 anos recebeu o diagnóstico eu me identifiquei com o altismo.
O mundo é uma grande peça de teatro, oa tipicos sabem as falas, os autistas não, a gente entra no improviso, tentando se adequar... E passa a vida toda sem o roteiro, tentando emular o que deveríamos fazer. O meu diagnóstico veio justamente de terapia comum, não imaginava autismo, mas com base em algumas falas minhas da motivação de algumas atitudes, a ideia foi nascendo nela, que tbm era neuropsicóloga. Pediu pra eu fazer os testes e o diagnóstico veio. Não acreditei, procurei um especialista famoso em SP. Em pouco tempo ele confirmou.
Sou paraplégica desde bebê, mas não de nascença, fui estudante cadeirante dos anos 90 e comecinho dos anos 2000 época em que nem as escolas eram inclusivas e não tinha nem banheiro para uma cadeira de rodas entrar então era azar do aluno não poder fazer seu procedimento especial e demorado para esvaziar a bexiga que nem sente e nem controla, era azar do aluno e do cuidador ter de a mãe subir o filho grande no colo 2 lances de escada, etc. Tenho síndrome do estresse pós-traumático pois são os 6 primeiros anos de vida que definem que adulto seremos e nossas experiências ruins ficam gravadas no inconsciente e na célula então não sei se fui uma aluna totalmente muda, assustada, sem amigos, etc por ser autista ou por outros transtornos e ninguém pára pra pensar que pessoas com deficiência severa possuem autismo leve. Atualmente, todo mundo com quem já falei, a partir de uns 20 e poucos anos comecei a falar, tem um parente autista ou é autista e um médico disse que tem gente que ameaça, ou xinga, ou agride os médicos quando não recebem tal diagnóstico. Eu até hoje estou na fila para fazer o teste de tanta gente que quer fazê-lo. Minha irmã foi diagnosticada com autismo leve, minha mãe tem todas essas características menos 2 delas e dependemos que minha irmã autista, casada e com vida normal, nos leve para passear pois para mim e minha mãe é muito difícil e a gente jamais toma a iniciativa de ir passear
Quando recebi o diagnóstico de TDAH E TAG aos 40anos minha psicóloga perguntou se eu já imaginava isso e eu respondi q já havia pensado q era autista. Cresci c meus irmãos zombando de mim, eu me incomodo muitoooo c barulhos, nunca gostei de baladas por causa do barulho e luzes,tenho inúmeras manias ou rituais de rotina,gosto de coisas crocantes, sou enjoada p comer ,sempre como os mesmos pratos na rua… 😩
Meu filho de 2 anos foi diagnosticado a pouco tempo. E a psicopedagoga dele me deixou com a pulga atrás da orelha dizendo q eu tenho características tbm. E na verdade, esse vídeo veio no exato momento q estou precisando. Sempre me senti estranha, não entendendo piadas, meu marido sempre dizia q eu era "inocente" de mais por n entender as ironias e maldades dos outros, tenho muitos indícios de TOC e tenho muita hiperatividade. Agora faz todo sentido! Obrigada pelo seu vídeo, continue falando siiiiimmmm, isso ajuda muito!
No Toc, a compulsão advém dos comportamentos obsessivos, como os pensamentos intrusivos que você possui a criticidade sobre a existencia deles. Observa se você possui comportamentos compulsivos mas se eles são secundários aos comportamentos obsessivos, caso não sejam, dificilmente é TOC. Mas se há compulsão, pode fazer parte de outro diagnóstico, como o próprio TEA.
Oq vc chama de TOC, pode estar relacionado à rigidez cognitiva, bem comum no TEA. Se puder, investigue sim, mtas vezes o diagnóstico é libertador! Boa sorte 🖤
Fui atrás para entender melhor e recebi de dois profissionais diferentes que não sou autista mas que tenho "personalidade autística " que seria, ter sim muitos sinais autista mas que não chega a causar um transtorno. Esse vídeo me abriu a mente!
@@nalvapinheiro5213 sim... inventar palavras também pode ser sintomas de autismo. Na minha família tem autista de grau mais elevado, e eles quando criança, dava nome as coisas que achavam interessante para eles.
Minha maior dificuldade é como cozinheira no mercado de trabalho com barulho, sons altos, desrespeito e falta de empatia por parte dos colegas que de fato mal sabem oq é o autismo, oq dificulta a interação também. Infelizmente me parece longe um futuro com inclusões para o ambiente de trabalho.
Obrigada pelo vídeo. Faço terapia há muitos anos por conta da ansiedade e depressão e em 2019 recebi diagnóstico de Distimia. Minha filha recebeu alguns diagnósticos e um deles foi do TEA. . Ao contar para a minha psicóloga, na mesma hora ela me perguntou se eu já parei pra pensar de onde vem e, com todo cuidado, me perguntou se eu animava fazer a SRS-2. Fizemos e, junto com todas as avaliações que já haviamos feito, o diagnóstico veio. Nunca na minha vida eu pensei nisso. Tinha um estereótipo do autista. E estou aprendendo muito sobre o assunto. Minha infância foi complicada. Eu nao falava com ninguém, nao gostava de pessoas... eu tinha nojo de tocar onde as pessoas tocavam. Meus parentes sempre falavam de mim como uma criança extremamente tímida. Na adolescência eu fui muito rebelde, não me encaixava em lugar nenhum, sempre mudando de relacionamentos, tanto amigos, como namorados... Além de ter tudo muito bem organizado, horário pra tudo... se eu saio da rotina, fico mal, triste, ansiosa... então acabo não encontrando a família, etc. O diagnóstico foi uma luz pra mim. Estou olhando tudo com outros olhos, me compreendendo melhor e me respeitando. E compreendendo melhor a minha filha, também. Obrigada por compartilhar seu conhecimento.
Me identifico com o “já pensou de onde vem?”. No meu caso, acho que vem da minha mãe, mas duvido que ela queira ir atrás de saber pra ter certeza. Ela já passou dos 70 então acho que já se acostumou a ser como é. 🤷🏻♀️
Tudo que fala do autismo eu passei, e aprendi a fingir que entendia as piadas, não saber se gostavam de mim, não olhar nos olhos(deboche dos amigos da escola).....
Sobre isso de ler bem as pessoas eu conseguia muito saber na escola quem falava mal de mim ou quem debochava de mim com os olhos. Tenho todos os sintomas de tdah, mas autismo eu to bem em dúvida porque consigo interagir, só não consigo manter direito as amizades.
@@dianalemes4858 quanto ao TEA dificuldades de interação social, TAB mudança repentina de humor, TOC compulsão por coisas como compras e etc., Tdah desatenção em todas as atividades. Impossível se concentrar. Um ser humano com esses transtornos sofre muito.
Excelente vídeo, sempre tive dificuldade em relações sociais, não sei manter amizades, tenho ansiedade, problemas de depressão, aprendo rápido mas tenho preguiça de interagir socialmente, tenho hipersensibilidade e outros sinais, mas não sei se é TDAH ou TEA (ou ambos), embora em grau moderado, sempre me senti diferente. O problema é que a avaliação neuropsicológica é muito cara e os planos de saúde não costumam abranger essa avaliação em adultos.
Meu plano de saúde deu, porém a neuropsicóloga que me atendeu não deu a mínima. Ela nem conversou comigo direito e ainda comentou ironicamente “então acho que eu também devo ser autista”.
@@moniquehovacker5698 Exatamente, os tais "neurotípicos" são muito cínicos e regem o teatro social como eles querem, ditando regras autoritárias e jogando tudo contra nós com malícia e ironia. Muitos médicos nem olham na nossa cara, cobram uma fortuna de consulta e ainda dizem que "querem ajudar". Haja paciência. A área da saúde mental é um labirinto que tende a ser exaustivo.
Cara cliquei no seu vídeo pq eu tenho uma leve desconfiança que posso está dentro do espectro. Sinceramente antes de clicar pensei que era mais um falando besteira mais quando vc falou, explicou que está em artigo, explicou o artigo fiquei muito feliz e posso ver que o conteúdo é de qualidade❤😊
Eu tenho visto alguns vídeos seus e só agora com 51 anos tô conseguindo me entender toda minha vida sofri muito com a questão de não ser compreendida quando eu era criança era mais fácil pra mim acho que pela inocência mas lembro bem de eu tá sempre com uma interrogação pois parecia que tudo que eu fazia tava errado tudo era anormal Lembro que eu era muito agitada odiava brincar de boneca pois não conseguia ficar para por muito tempo por isso preferia brincar de outras formas como dançar,brincar de correr tomar banho no rio e etc eu brincava até ficar exausta😂 Tinha muita dificuldade na escola mais era muito dedicada as matérias que gostava essa eu me dedicava muito já matemática e outras eu sofria e até chora porque não conseguia aprender de tanto sofrer desistir de ir a escola na sétima sere .
Sou um desses casos. Fiz o meu percurso académico em mais de uma licenciatura e em dois mestrados com sucesso, no entanto a minha interpretação linear das coisas foi sempre um factor de constrangimento. A expressão emocional tem sido outro aspecto de tensão. A integração social é de facto uma dificuldade. Agradeço a amabilidade da sua partilha. Cordiais saudações 🌸
Eu tbm estou percebendo várias características em comum com o autismo, 1 dos meus filhos foi diagnósticado com autismo, e eu tenho várias coisas em comum com ele e ontem me senti confiante e comentei com minha tia q trabalha na are da saúde q iria ir no médico tirar minhas dúvidas. Elea me disse pra eu parar de ser besta q autismo era a doença da moda, aí me senti frustrada e super envergonhada de ter comentado isso com alguém 😢.
Eu costumava ler elas bastante mas era por causa da moda. Até um pouco tempo, já adulta, é que fui ler livros de auto-ajuda de como lidar com relacionamento
Na verdade, já me sinto um pouco aliviada só por finalmente saber o que tenho. É muito angustiante não se encaixar de certa forma, porque vc vê nitidamente que as pessoas ao seu redor não te entendem e te acha estranha. Sei que nunca terei o meu diagnóstico. Mas já tenho um certo conforto. Só não sei como vou resolver minhas dificuldades. Aqui em Aracaju é difícil. Marquei no SUS um psiquiatra para acompanhar meu tratamento e a espera é de 1 ano! Imagina...
Se você já foi diagnosticada, não pode esperar tanto tempo. Não moro no Brasil, então não sei direito como funciona, mas li várias pessoas falando que ter o diagnóstico ajuda bastante nesse sentido de marcar médicos. Procura saber como os seus direitos como autista podem te ajudar a ter um tratamento mais frequente e sem essa espera ridícula de um ano.
O problema é justamente encontrar um profissional com esta expertise! Terias alguma indicação de alguém que atenda online? A Luna Aba não presta este tipo de serviço? Amo teus vídeos e explicações!
Eu nem sabia o que realmente era autismo até o começo do ano. Fui pesquisar e me identifiquei com quase tudo o que eu lia a respeito. Falei para a minha psicóloga, ela fez um teste e disse que realmente é e me encaminhou para um neurologista. Ele não fez avaliação nenhuma então decidi ir em uma psiquiatra e parecia que ela não acreditou no que eu relatei, não deixou nem eu dar exemplos de situações e disse que não é autismo pq eu falo e me diagnosticou com outra coisa. Isso me deixou bem chateada por não me ouvirem, não sei mais se quero ir atrás e saber. Eu realmente tinha ficado animada com a possibilidade de descobrir mesmo que adulta o motivo por eu ser considerada estranha e diferente. Mas como vc falou, eu me identifiquei muito e talvez o não diagnóstico me deixe confusa por não saber realmente o que eu tenho.
E sabia confunde mesmo com outros transtornos? O profissional precisa ser bem experiente pra acertar o diagnóstico. Talvez precise ir em outro pra confirmar.
Acho que é importante você ir em outros especialistas, de preferência um que já trabalhe com o TEA. Mas também é bom você trabalhar o “não diagnóstico” dentro de você, pois às vezes buscamos no diagnóstico do autismo a resposta do porquê não nos sentirmos pertencentes, por nos sentirmos diferentes …e nem sempre há realmente autismo envolvido. Existem pessoas introspectivas, existem pessoas tímidas, existem pessoas que não se encaixam e nem sempre isso é um transtorno ou uma condição, às vezes é só a personalidade mesmo. Nem sempre o motivo de se sentir diferente é dado por um diagnóstico
Vá em um profissional que trabalhe com isso. Meu filho foi diagnosticado e resolvi fazer a minha investigação, passei por um neuro ridículo que disse que se tive autismo já estava curada por ter crescido. Enfim, não desisti e procurei outro que passou o encaminhamento para fazer a avaliação com a neuropsicológica. Saiu o meu diagnóstico. Não desista!
Foi exatamente o que aconteceu comigo eu nasci com problemas neurológicos, tenho toc, sofro de depressão desde criança, ânsiedade, e um stress que tem causado vários problemas de saúde, por estar sempre tentando conviver num ambiente social. Tenho um psiquiatra já há anos, que me disse quando fui diagnosticada com autismo, " it explains everything!"
Gosto muito dessa abordagem de usar um artigo top como base da discussao. Isso aumenta a acessibilidade cientifica para o publico e traz consistencia a discussao.
Eu tenho muita dificuldade em fazer amizade em iniciar conversa, mas sei senti as emoções e expressões de movimento do outro, mas mesmo sem eu dizer nada as pessoas chegam em mim contando suas vidas e querendo conselhos Eu gosto de ler, rotinas, silêncio ,escrever e rezar 🙏♥️
Já faz 5 anos que recebi o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar e na última consulta meu laudo foi aberto para TDAH E TEA. Não estou bem desde então. Obrigada pelos esclarecimentos.
Sou tdah e tenho pesquisado bastante desde que meu psi começou a investigar. É MT comum a comodidade com ansiedade, depressão e tab. Se ainda n teve oportunidade leia o livro do dr. BARKLEY chamado "vencendo o Tdah adulto". Agora minha mãe está investigando, e meu primo acabou de fechar o diagnóstico. Isso é bastante comum.
Desde criança, o não pertencimento a nada me fazia ficar trancada no banheiro, na hora do recreio pq minha única amiga tinha começado a namorar. Ela era popular na escola, eu não! Se eu estava com ela, ninguém mexia comigo. Sempre fui "a estranha" em todos os ambientes, inclusive em casa. Cresci, fui trabalhar e continuei me sentindo deslocada e com uma personalidade diferente dos demais. Hoje aos 58, sem família, sem amigos. Aprendi a dizer não, não vou, não quero é fui me afastando de todos Não vejo razões pras pessoas fingirem sentimentos, cumprirem apenas protocolos. Eles me acham estranha e eu os acho mais estranhos ainda. Não vou me incluir num grupinho, só pra mostrar aos outros que sou normal, igual... Não faço questão. Adoro ficar sozinha sem ter de explicar nada, sem ter que representar o tempo todo. Não gosto que me toquem, tenho dificuldade em olhar nos olhos e qdo há algo muito errado, sinto um cheiro ruim na pessoa. Pois é... O mundo parece um palco barulhento, cheio de gente fazendo coisas estranhas e não tenho paciência... Rsrs. Não fui buscar diagnóstico, ainda...
Muito obrigada por esse vídeo, Lucelmo! Sou exatamente o perfil que você descreveu - mulher adulta verbal com cognição preservada - e estou para entrar num processo diagnóstico de autismo e TDAH. Por mais que um diagnóstico me ajudaria a obter direitos e um suporte especializado, sei que pode não ser o caso, e de qualquer maneira vai ser uma experiência de autoconhecimento. Atualmente estou "hiperfocada" (não sei se posso dizer isso) em estudar sobre autismo, sou graduanda de pedagogia e já era um interesse de anos trabalhar com esse público. Foi justamente o interesse no tema que me fez identificar traços autistas que considerava normais ou de minha própria personalidade, porém que causavam/causam muito sofrimento. Quando criança, fui numa neuro justamente por traços que meus familiares reconheceram, mas por se tratar de uma época diferente, onde as características neurodiversas de meninas e mulheres ainda eram desconhecidas, ela concluiu que eram apenas questões emocionais que deveriam ser tratadas por terapia. E cá estou eu, fazendo terapia há 10 anos, repetindo os mesmos comportamentos que tive desde a 1ª infância, lutando para ser reavaliada por um profissional que entenda do autismo em mulheres.
Meu caso é igual ao seu, eu também considerava os traços autistas que tenho como normais ou parte da minha personalidade. A diferença é que, recentemente, eu recebi meu diagnóstico de Autismo, TDAH, e TAG.
Estou cansada de não me sentir bem, nem normal. De sentir vergonha por me sentir diferente e fingir normalidade. Tenho 66 anos, passei por inúmeros psiquiatras, até que aos 26/27 anos, tive o diagnóstico de depressão. Tremo desde criança e disseram que é "tremor essencial". Sou ansiosa ao extremo, de uns tempos pra cá, sinto até dor no peito e no braço esquerdo em crises de ansiedade. Há anos, encontrei um médico que parecia ser muito interessado no meu caso, mas esbarramos no obstáculo $$$. Médicos de planos de saúde, mal olham na cara da gente, se a consulta durar 15 minutos, é porque eles demoraram metade do tempo olhando a ficha para prescrever os mesmos remédios. Mais ou menos assim: se você foi à 1ª consulta, pensando em se matar e ele te receitou um antidepressivo, você não se matou, então deu certo: vai continuar tomando aquele medicamento para o resto da vida... vc tem dificuldades para dormir desde bebê, ele receita um medicamento, daí pra frente é para sempre... sem questionamentos! Não fico bem, não sei meu diagnóstico REAL, não espero mais nada... Infelizmente na maioria das vezes é melhor nem questionar, pois se resolvem receitar outro medicamento, na maior parte das vezes, são perigosos (me recuso a tomar Zolpidem). Sinto-me desassistida, desamparada e desrespeitada!
Estou passando por avaliação com a minha psicóloga q está se especializando e foi a primeira psicologa que aumentos quis avaliar o meu questionamento sobre autismo. Fiquei fiquei apenas por ela me ouvir, afinal isso não é uma coisa q me deixa feliz mas que resolve os meus problemas e independente do que seu ou não foi libertador só dela ouvir a minha hipótese. É uma sensação de alivio apenas ser ouvida, cada paciente ao menos deveria ser investigado e é o q está me acontecendo e eu venho me sentido bem. Independente do resultado eu saiu livre das sensações e deixo q ela me avalie. É um respeito com cada dor interior, afinal cada sabe onde doi detro da gente. Resultado pode ser medico, porem ouvir a dor do paciente é fundamental p q ele se encontre. O diagnostico de sim ou não isso não importa, o q importa é onde aquilo te levara. Sair um pouco mais leve já valeu apenas por ser ouvida e eu digo q isso é bom. Eu não tive ainda um diagnóstico e compartilho a minha sensação de bem estar apenas por alguém q sentou e avaliou qualquer possibilidade sem distinção. Era só o que eu procurava num profissional
Muito esclarecer em vários pontos, este vídeo. Principalmente no autodiagnóstico e autorretatos. É uma avaliação muito demorada e criteriosa sim, o profissional deve ter muito cuidado e bagagem necessária para fechar um diagnóstico. Levar em consideração o relato do informante é um divisor de águas. Obrigada pelo conteúdo 🙏🏻
O povo quer uma lista pra tudo na vida. Como se fosse ver aquilo e resolver os problemas. Eu amo gente que explica.. quero ver de onde vem e como ocorre. Lista só serve pra gente se confundir e ter uma falsa sensação de solução. Obrigada pelo vídeo.
Quando criança estudei da segunda à quarta série com a mesma turma e a mesma professora, foram três anos com a mesma galerinha, porém eu só tinha amizade com uma coleguinha e, na hora do recreio esta amiguinha ia para à casa da avó que morava perto da escola. Enfim, eu passava o recreio todo sozinha, olhando as crianças brincarem pois tinha dificuldade de me relacionar. Tenho dificuldade de explanar minhas ideias, principalmente se as pessoas estiverem prestando atenção em mim, acabo perdendo o foco. Fico triste porque, as vezes, uma ideia pode ser relevante mas se estou num grupo, prefiro ouvir. Triste. Não tenho muitos amigos, porém quando faço amizades, estas são sinceras e duradouras. Na faculdade Já me chamaram de dislexa e por aí vai. Neste período consegui dominar o medo e apresentar os trabalhos com muita dificuldade. Não desanimo, com fé em Jesus, a cada dia, vou vencendo as barreiras.
Tenho certeza q sou autista E tive um filho autista de nível 3 Nunca fui atras de diagnostico tenho algumas dificuldades mas vou levando ate pq hj minha prioridade e meu filho, obrigada por ter feito esse video.
Eu sou super social mas tenho muitas outras dificuldades, sempre me senti diferente pra ser extremamente inteligente, comecei a falar e escrever cedo. Nunca me senti encaixada em lugar nenhum e precisei me podar muito pra não ser estranha aos olhos alheios.
3:50 eu sou mulher, autista com diagnóstico tardio e com uma filha que está em avaliação de autismo ou de outro transtorno do neurodesenvolvimento. Seus vídeos, mesmo antes de eu receber meu diagnóstico dois anos atrás, me foram muito úteis.
Eu também...quase ninguém percebe. Eu fui diagnóstica com depressão e ansiedade. Mas, também borderline e TEA. Eu vivo pisando em ovos para ninguém nunca perceber.
Minha vó sempre diz que eu tenho espírito de velho, porque sempre converso com os mais velhos, não tenho paciência para os novos isso desde quando eu era criança. Sempre gostei de conversar com meus professores de matemática e arte e filosofia, na escola só tinha 2 amigas, na verdade eu só possuo 7 amigas e tenho 38 anos esse ano. Não gosto de barulho , tenho o ouvido sensível, tenho dificuldade em entender os outros quando me contam seus problemas e eu já vejo a solução, e não entendo o desespero deles. Vou dar um exemplo, minha prima perdeu o filho de 3 anos em um acidente em casa . Quando cheguei ao local e vi as pessoas chorando senti indignação e quis da uns socos nela. Minha amiga percebeu a situação e me tirou do local. Então eu perguntei a ela o porque. Ela disse que mesmo sabendo que a culpa era dela pelo acidente eu não precisava dizer nada. Pq ia só piorar o desespero. Foi difícil parar entender. Então eu guardei para mim mesma a indignação e fui embora. Hoje depois de uns anos entendi que deve ser muito difícil para uma mãe perde um filho. Mas ainda sim, penso que as pessoas "normais" que são os mais deficientes... hoje em dia ser honesto, sincero e verdadeiro virou insultos, frieza, ser insensível. Tá complicado até mesmo ser um camaleão
Nossa. Mas isso é traço de psicopatas ou narcisistas. Autistas tem empatia até demais. So nâo sabe demostrar. Sente e nâo sabe expressar. No meu diagnóstico depois de adulta esta escrito: Dupla empatia No primeiro nâo pq alem dos diagnósticos não serem detalhados naquela época, criança é um pouco mais reservada.
Foram 2 meses e meio com encontros semanais na neuropsicológa p ser diagnosticada de Tea 1. Não conhecia o tea 1 e 2 só o severo. E nunca imaginei ter. Sempre me senti diferente.
Oi!!! Quantos mais o menos você pagou pelas consultas? Quero ir atrás também e tirar essa dúvida se sou o não, mas queria saber o valor das consultas para me programar.
Prefiro ouvir todo conteúdo aprendi muito esses anos acompanhando canal , sou mãe de um autista de 16 anos diagnosticado aos 11. E tenho muitas suspeitas sobre mim😂 os conteúdos me ajudam até um dia poder buscar algum diagnóstico.
Muito obrigada pelo seu trabalho, por essa plataforma. Recebi meu diagnóstico tardio aos 47 anos, depois de uma longa busca para entender de onde veio o autismo e ADHD dos meus filhos. Ainda estou assustada mas é como se acendesse uma luz forte na minha escuridão. Deus abençoe você! Muito obrigada!
Eu acho q tenho defeito de não calar a boca 😂 minha nossa como amo conversar. Mas vejo q as pessoas não gosta mais dr falar como uns anos atrás 😢 e isto tem me enfiado a choros
Fui diagnosticada há 1 mês e ainda estou no processo de reconhecimento disso. Sempre me senti diferente, mas até o ano passado era a ansiedade com crises periódicas (relacionadas algum tipo de violência verbal) e minha autointerpretação de "Pessoa Altamente Sensível" que me marcavam. Nesse ano troquei de psico e começamos a levantar a hipótese do tdah por causa do meu hiperfoco. Eu estava com isso na cabeça até receber o resultado da avaliação da neuropsicóloga. É um caminho grande pela frente e o mais interessante, como comentei com ela: minhas poucas amigas tem algum tipo de laudo.
Muito bom Lucelmo! Você é uma das poucas pessoas que confio nesse tema autismo, já que ainda não tenho diagnóstico nem condições de fazer hoje. Quero assistir o resto das diretrizes no outro vídeo! A dra Lygia Pereira toca bastante na dificuldade de diagnóstico de autismo adulto principalmente em mulheres. Me identifiquei plenamente quando o tema começou a aparecer por aqui, e foi libertador naquele momento! Pra minha própria aceitação e desenvolvimento do meu próprio respeito! Não pra justificar, ao contrário! Meu sonho hoje é ter um diagnóstico, e aprender a lidar com limitações que aos 56 chega né!? Mas não tenho o menor receio de um diagnóstico negativo pra autismo. Jamais vou ficar com raiva tá?! 🥰 Só vou continuar a busca! 😘 😘 😘
Continue com seu trabalho de esclarecimentos. Sou TDAH, mãe de autista e desconfiando do meu autismo. Mas é muito difícil separar o autismo do TDAH para mim.
Tenho um tio autista e um sobrinho autista tenho muitas características iguais a deles sou diagnosticada com ansiedade e depressão e na minha ultima seção de terapia minha psiquiatra falou que desconfia que eu posso ser autista e minha mae fala que acha que eu sou mas para saber se realmente sou ou nao é difícil pois é muito caro e pelo sus demora muito fiz um teste de um video seu sobre 10 características de autismo em adulto e gabaritei pois meu resultado foi muito parecido com o que foi mostrado no final do video mas nao sei bem como devo prosseguir para saber se sou ou não
Minha avaliação neuropsicológica deu negativo pra autismo, mas deu TDAH e como diagnóstico diferencial pras minhas dificuldades sociais, transtorno de personalidade esquiva evitativo. Isso se soma ao meu diagnóstico de distimia, TAG e fobia social. Mesmo assim, não me parece responder tudo. Não sei se a avaliação foi mto bem feita, só respondi questionários e testes, depois ela não me perguntou nada sobre as minhas respostas. Em relação ao autismo, só fiz o AQ e EQ, os dois deram bem fora da média de uma pessoa típica mas não pontuou suficiente por muito pouco pra ser considerado autismo. Pretendo fazer a avaliação novamente com outro profissional mais experiente em diagnóstico de mulheres em algum momento, quando eu tiver recursos.. por enquanto sigo sofrendo muito pelas minhas desabilidades sociais
eu tenho muita dúvida se posso ser autista ou não. Eu acho que não, mas as vezes me pego sentindo/vivenciando coisas que batem com o autismo. E eu por anos e anos eu passei pela experiência de contar algo para pessoas que diziam ´´eu também passo por isso`` ´´é só fazer assim que passa`` e coisas desse tipo, então durante mais de 1 década eu achava tudo normal e que eu não me esforçava pra mudar.
Quando eu resolvi ir atrás de um possível diagnóstico de autismo, eu conscientemente evitei ler sobre a condição, eu não estudei nada, justamente por receio de acabar adquirindo algum viés. As únicas coisas sobre autismo que eu sabia foram coisas que eu vi em reportagens anos atrás e eram coisas bem vagas. Como, eu sabia que pessoas autistas tinham percepção sensorial diferente e que algumas pessoas autistas não olhavam nos olhos dois outros e só. Eu também deixei claro para a profissional que eu tive tendência de ser meio hipocondríaco no passado, para ela levar isso em consideração. Bem, ela acabou me diagnosticando com autismo e aí depois do diagnóstico que eu fui atrás de recursos para estudar e entender melhor.
Nossa, Dr. Tenho 32 anos com TAG e depressão, tenho dificuldade de me socializar, não tenho amigos, não gosto de sair de casa, dificuldade para dormir... quando tenho que fazer algo na rua me gera uma ansiedade muito maior, fico sem dormir... passo com psiquiatra e psicanalista e tenho uma questão de não saber quem sou...
Me identifico, é triste. E ninguém entende! Sou chamada de estranha, maluca e chata. Eu queria ser diferente, mas quanto mais o tempo passa, me isolo mais.
Eh q a ansiedade de alguns é tanto que ficam querendo ir logo pra listas ...eles nao entendem q é uma divulgacao de uma pesquisa explicando a base em como vc chegou esse assunto.Parabens.❤
Obrigada por explicar! Tenho 57 anos e estou ainda em processo de diagnóstico, só fiz a avaliação neuropsicológica. Vídeos como esse tem me ajudado muito
@@serenaclairetalks fiz, mas não procurei médico pra realização do laudo. Ainda estou pensando se vai ser uma boa ideia no lugar onde trabalho, pois pode me trazer mais problemas do que acolhida. Também penso que se eu tiver o laudo médico e não apresentar e descobrirem depois pode ser um problema também, então, estou ainda avaliando como proceder
Estava pensando sobre o autismo! Estudando um pouco porque faz parte da minha história. Espero poder me aprofundar mas nesse assunto tão gratificante e significativo para todos
Lucelmo, indica pra nós profissionais no Brasil de fazem essa avaliação de adultos mulheres que sejam com estas características que vc sinalizou.... estou nesta busca, mas com muita dificuldade de encontrar. Já escutei cada barbaridade de profissionais, uma delas dizer que ADos era obsoleto.... 😢 Obrigada
Eu tenho diagnóstico de Deprecao e Ansiedade (e durante a pandemia desenvolvi fobia social). Já fui em psicólogos diversos, já fui em psiquiatra e durante a pandemia fiz um tratamento que estava acompanho de medicação e consultas com o psicólogo e psiquiatra. No momento, devido a pesquisa que estou fazendo para um trabalho da universidade sobre o altismo, estou meio que suspeitando que TALVEZ eu tenha altismo, claro em um nível leve. Eu sei que preciso recorrer a um diagnóstico clínico, embora eu esteja com um pouco de medo do resultado, mas é que tem tanta coisa que antes não fazia sentido e agora faz, que acabo por me sentir um pouco mais em paz comigo mesma. Eu sempre fui muito de superar as coisas através do momento que eu entendo o que é e como funciona o problema. Por ex, quando em estava no ensino médio, meus colegas começaram a fazer Bullying comogo. Durante muito tempo o meu sofrimento foi o fato de não saber o que estava acontecendo e pq meus colegas passaram a agir de forma diferente comigo. Mas a partir do momento que eu descobri e passei a pesquisar (algo que fiz por 4 anos seguidos) sobre o que é o Bullying e como ele se dá, finalmente consegui ter paz e não me deixar abater pelo comportamento dos meus colegas que faziam Bullying comigo. Por isso, se tiver outras pessoas que se encontram em situações parecidas me deixem saber, pois eu ainda estou nesse possesso de auto descoberta (e ele é extremamente difícil, tantos anos tentando me descobrir e ainda nada).
Não tenho amizades,não sinto a menor falta ,não gosto de multidão,nem de barulho
Eu sou assim
Eu tanbem, as pessoas acham que fico triste sozinha em casa.
Mas eu amo ficar só,e sem amizades
Eu tbm sou assim.
Amo ficar só 😂😂
Mais uma no seu grupo ...eu
Minha maior dificuldade é fazer e manter amizades. Festas e eventos com muitas pessoas me deixam estressada, tenho dificuldade em iniciar conversas de forma adequada, não consigo perceber as emoções dos outros
Me identifico 😢
Me identifiquei totalmente.
Assim mesmo
Eu tmb desde criança não consigo manter amizades. Hoje aos 23 anos eu sou sozinha.
Tbm tenho muitos problemas em manter amizades e de fazer novas.
Eu não sabia o que era autismo. Na minha cabeça sempre vinham imagens de crianças quando se falava em autismo. Havia uma piada interna na minha família porque na minha infância dois professores se uniram para conversar com meus pais porque achavam que eu era autista, porque era uma criança atípica, isolada e não tinha interesse em me relacionar com meus pares;
Mas nunca foram atrás de nada relacionado a isso, eu conversava normal, conseguia realizar as atividades de forma eficiente e tinha aprendido a ler extremamente cedo. Eles diziam que eu só era esquisitinha.
Quando passei pelo ensino fundamental, sofri um bullying por ser mais "exótica" mas nada fora do "normal". Passei a andar com as meninas, conversar como elas, fazer coisas ditas normais e consegui levar isso até a fase do início da adolescência. A partir daí, eu já não sabia quem eu era. Tudo que eu gostava, tudo que eu fazia, o jeito que eu falava, como eu me portava.. Eu não me sentia confortável com nada disso. Eu sentia que imitava tudo das outras, e aquela pessoa que eu fingia ser simplesmente não era eu. Isso gerou um sofrimento imenso na minha cabeça;
"Quem eu sou? Por que visto roupas que não gosto? Por que faço coisas que não gosto? Escuto músicas que não gosto, vejo coisas que não gosto..." eu me sentia uma impostora.
E foi ai que começaram os problemas com depressão e ansiedade e um pouco de isolamento. Todas as relações que eu tinha eram muito rasas e superficiais e eu não as conseguia manter por muito tempo, então não fiz realmente amigas nessa época.
No ensino médio eu já comecei a aceitar que talvez eu fosse antisocial então parei de tentar me enturmar. Só tirei a máscara de garota normal que usava o tempo inteiro e comecei a agir com mais naturalidade. Resultado: Não fiz nenhum amigo, em nenhum dos anos no ensino médio. E a tag de "esquisita" me acompanhava. Garota estranha, esquisita, antipática... Enfim, eu até tentei sair de casa, me divertir, ir em festas.. Mas eu não sabia o que havia de errado comigo. Quando eu passava muito tempo fora de casa, começava a ficar tonta, com ansia de vomito, nervosa. Era como se estivesse acumulando tensão em todo o meu corpo. Fui em vários médicos na época, e todos disseram a mesma coisa: "Ansiedade". (Alguns cogitaram labirintite)
Mas eu não entendia como ansiedade podia me causar tanta tontura (ao ser exposta a luzes, barulhos e cheiros diferentes ao mesmo tempo).
Então parei de sair de casa.
Só saia de casa com fones de ouvido e sabendo exatamente o que fazer, como fazer, onde fazer e todos os detalhes referentes para não ficar sobrecarregada. Eu já havia aceitado que era uma garota esquisita, chata e muito fresca com muita coisa.
Entrei na faculdade e a necessidade de usar uma máscara voltou. Muito menos do que antes, mas ainda sim, uma parte de mim tinha que não ser tão esquisita pros outros não me acharem antipática ou metida. Nessa época consegui meu primeiro emprego, em uma firma. Era meu primeiro contato com o mundo corporativo e já comecei do pior jeito.
Meu chefe me questionva por que eu não cumprimentava todos ao chegar no escritório. Eu disse que não sabia. Passei a fazer.
Ele começou a questionar por que eu não me despedia. Comecei a fazer.
Ele dizia pra eu não usar garrafinha e mochila rosa pra ir trabalhar porque passava um ar de "infantilidade" e isso não passava confiança pros gerentes. Comecei a usar cores mais escuras.
Depois ele questionava por que eu não olhava nos olhos dele quando ele falava comigo, que isso era falta de educação. Aprendi a me condicionar a olhar nos ohos das pessoas quando elas falam, mas quando faço isso, não consigo escutar absolutamente nada do que ela diz.
Ao falar com pessoas de outros setores da empresa, eu precisava escrever um roteiro num papel. Quem via de fora achava muito patético, mas eu realmente tinha dificuldade pra saber o que falar de forma espontânea.
Comecei a montar roteiros pra qualquer diálogo que acontecesse no meu dia. "A pessoa me disse 'bom dia'. Ok. Vou responder 'Bom dia'... Mas se ela disser 'Tudo bem?' Ah, eu digo 'Estou bem, e você?' E se me perguntarem do meu final de semana?" ... E assim por diante. Eu tentava deixar respostas prontas pra qualquer diálogo que possivelmente poderia ocorrer no meu dia.
Mesmo assim, com tudo isso, eu entrei em burnout imenso. Ia no banheiro da empresa pra chorar pelo menos 3x por dia. No final, fui demitida.
Meus pais me mandaram pra passar umas "férias" em Santa Catarina. Esfriar um pouco a cabeça. Eu até gostei, era uma cidade pequenininha e era tranquilo andar por ela com meus fones de ouvido.
Num dia, indo a uma farmácia, eu perguntei pro farmaceutico se ele tinha "Pomada. Pele Acne". Ele pegou uma epiduo e me falou: "Moça, posso te fazer uma pergunta?" E eu "Claro.."
E ele: "Você é autista? Eu tenho um filho autista e ele é igualzinho a você."
Eu disse que não, comprei a pomada e fui embora.
Embora não tenha ficado ofendida, aquilo me deixou muito curiosa. Então, em casa, comecei a pesquisar sobre "Autismo". Disso fui pra "Autismo em adultos", o que já me deixou de queixo caído ao ler os sintomas.
Entrei mais a fundo e quando li sobre os sintomas em mulheres autistas adultas, desabei a chorar. Chorei muito mesmo. E quanto mais eu pesquisava, mais eu chorava. Porque eu sabia que era. Eu sempre soube que era diferente, sempre soube que havia alguma coisa virada no meu cérebro. E saber que aquilo tinha um nome e que mais pessoas eram como eu, foi muito libertador. Todos os rótulos que já haviam colocado em mim já não me feriam mais, na verdade eu até abracei alguns.
Quando voltei pra casa dos meus pais, eu contei a minha mãe. Ela me apoiou em tudo.
Fui atrás de uma especialista, uma neuropsicóloga especializada em autismo em adultos. Foram 3 consultas para realização de todos os testes. Entrevistaram meus pais e algumas semanas depois o laudo saiu. Positivo pra TEA de nível 1, um grau elevado de depressão e ansiedade, sem TDAH. Mas, pra falar a verdade, isso nem me chocou muito, porque eu já sabia desde o momento que fiquei obcecada com o tema e pesquisei tudo que podia.
Após isso, fui a um psiquiatra também especializado nesses casos e tive muito apoio. Com os laudos em mãos, e as respostas que eu precisava, consegui transformar minha vida completamente.
Hoje me aceito completamente e reconheço minhas limitações. Não tento ser igual as outras garotas da minha idade e faço o que é confortável pra mim. Trabalho num emprego home office, tenho minhas paixões, meus hobbys, e consigo viver uma vida totalmente normal.
Tive uma história de vida muito parecida com a sua e é um fato: o diagnóstico é libertador. É como se você desse um reset na sua vida e a partir do diagnóstico tudo começa a fazer sentido. Sinto que nasci de novo e finalmente consegui descobrir "quem sou eu" de verdade.
🎉❤
Adorei ler seu comentário. Se fosse um livro, eu leria com muito gosto. E fico feliz por você. 🫰🏻
nossa me identifiquei com 80% do seu relato. que bom que deu tudo certo pra você!
Seu relato começou como se estivesse descrevendo a minha história em 100% dos fatos, passou a ser diferente no ensino médio, pois eu parei de estudar e só voltei anos mais tarde 😮
Mulher autista aprendeu certas contingências sociais para parecerem mais tipicas.
Sim, eu aprendi a fingir muito, sinto que estou atuando. Eu lia muita revista capricho pra saber como ter amigos, como ter namorado, etc.
Sei que isso nao necessariamente significa autismo mas, é algo que nunca entendi pq nunca me encaixei 100%.
Minha filha e assim
Eu aprendi a forjar sorrisos, até hoje não sei em qual momento eu devo parar de sorrir em uma conversa...
Eu pesquiso sobre tudo na vida. Tudo mesmo. Me identifico com seu comentário.
Não consigo forçar parece que estou me denegrindo aos poucos quando me sinto assim caio fora e vou pesquisar sobre psicologia e comportamento pra entender os outros e me entender. Tempo é vida vai buscar fazer aquilo que vc gosta
Eu também lia muito revista capricho da filha do meu padastro 😂😂 o problema é que as revistas eram bem antigas, porque ela era adulta já e eu tinha uns 12-13 anos 😂😂
Fui diagnosticada aos 53. De certa forma foi um alívio pq explica muita coisa. Mas ouço de algumas pessoas "Hoje todo mundo é diagnosticado com autismo ". Só quem tem entende o q passa.
Nada bom, acredito. O alívio é só pra se entender. Penso que ninguém quer ser assim.
exatamente, eu tenho receio de falar sobre meu processo de investigação de neurodivergências justamente porque quem não passa por isso não tem disponibilidade pra entender. Parece que você está querendo se vitimizar ou justificar suas ´´falhas``
Você é do RJ? Quero fazer a avaliação.
@@miraa2600Vc conseguiu fazer com ele? Ele é do RJ? Pô, assistindo esse vídeo me identifiquei.
Eu creio que sou também, vou procurar médicos pra descobrir
O pior mesmo pra mim e a tal da rotina
Pelo amor de Deus não mexa na minha rotina eu faco tudo igual sempre
Chego do trabalho arrumo minha roupa do dia seguinte tudo na ordem que vou vestir a primeira peça até a última
No trabalho começo sempre pela mesma tarefa e se for mudada eu fico muito estressada e acabo deixando coisas sem fazer ou pela metade porque fico perdida minha cabeça vira uma bagunça
Agora tô aqui na minha casa no sofá sofrendo porque eu não queria ir pra casa dos meus pais hoje mas tenho que ir se não minha mãe fica chateada
Eu amo ficar sozinha
Tenho uma filha que mora comigo ainda mais ela me entende e eu entendo ela
Ela agora tá no quarto dela e eu aqui no sofá e nós somos feliz assim ❤
Com quantos anos tua filha começou a te entender?
@@otarotdaestrela
Minha filha sempre respeitou o meu jeito
Acho que ela sempre me entendeu 😊
A coisa do "pertencimento" me parece ter mais haver com a sensação de não pertencimento a nada a vida toda! De não conseguir se encaixar em nada e finalmente (após um diagnóstico tardio) entender e ter um lugar onde as coisas passam a se encaixar e fazer sentido.
Também não me encaixo em nada! Eo pior é que essa coisa do apego à rotinha porque eu detesto, eu não lembro se sempre detestei, mas ficou uma coisa cansativa pra mim, to com estafa de tudo e tenho estafa de tudo e me canso fácil xD mas gosto de repetir coisas como ouvir por horas a mesma musica sem cansar,ou repetir series e filmes. E na verdade pra aprender ou absorver alguma coisa tem que repetir milhares de vezes praquilo entrar na minha cabeça xD Mas acho que também a minha familia sempre criticou tanto cada comportamento estranho que eu apresentava que eu fui me adaptando e mesclando tudo ao ponto de nao saber mais o que é de mim ou que eu adaptei pra mim, ja ficou automatico, mas aqui e ali nao consigo mesclar e ai a minha estranheza fica evidente 😆😆
Também vi dessa forma. É o alívio
Foi a mesma sensação que eu tive. Antes do diagnóstico, eu tinha sensação de que não pertencia a lugar algum e depois do diagnóstico, eu pude conhecer mais sobre o TEA e também sobre mim e assim, a sensação de não pertencimento diminuiu muito.
Não pertencimento a nada a vida toda, foi zica. Mas é assim mesmo. Pra mim é assim...
@@renatacosta3344 você é linda. Tenha fé e vai dar tudo certo.
Eu lutei contra o diagnostico 10 anos, tenho dois filhos dentro do espectro, e desde pequena apresentei vários sinais, mas meu pai não permitia que minha mãe levasse ao medico mesmo com indicação da escola, pq dizia que não ia ter filho com "probleminha", esse ano eu já não aguentava mais estou em um trabalho que exige algumas coisas de mim que me fizeram entender que eu precisava buscar ajuda, mesmo que os médicos dos meus filhos sempre tenham pedido que eu buscasse o diagnostico, foi um processo de 6 meses passando em dois psiquiatras, neuro e psicóloga, e o diagnostico veio aos meus 38 anos e eu senti uma dor, pq mesmo tendo minhas limitações corri atras do diagnostico dos meus filhos pra ajudar eles porque que não vou viver para sempre, senti por ter sido negligenciada e estou com medo que alguém me julgue incapaz de cuidar dos meus filhos, não falarei para todas as pessoas, principalmente parentes que passaram aminha vida toda me chamando de lenta ou de lesada, agora vou atrás de ajuda pq minha missão e ser uma boa mãe para os meus filhos e eu sei que sou.
Te admiro! Vc é ser humano sensível, responsável e empático. Que força! Parabéns!
. Vc faria o diagnostico...tenho 66 anos e dificudades de juventude parecem estar mais acentuadas amor na velhice
@@renatadebarrospelliniguima3912 Renata, eu imagino o quão dificil tenha sido para você, para ser analisada e receber um diagnostico adequado é necessário buscar ajuda profissional de preferencia de um psiquiatra ou Neuro que tenha experiencia em TEA, terapia ajuda demais também foi minha psicóloga que me convenceu a buscar ajuda e segue me dando suporte, muitas coisas não poderemos mais mudar, mas ter o acompanhamento com a psicóloga ajudará a lidar com as questões e diminuir o sofrimento , que as crises podem causar e a lidar com o sentimento de inadequação, busque ajuda e fique bem e saudável ❤ desejo o melhor para você!
@@nathalianeves7214 Obrigado Nathalia, não é facil mas tenho muito orgulho de ver a evolução dos meus pequenos, me da uma alegria imensa ver eles bem e criando independência ❤
Vc é muito capaz, força
Em resumo: continuaremos a ser MILHÕES sem diagnóstico mergulhados em sofrimentos tentando nos "encontrar" nesse mundo.
Estude física quântica e pare de falar assim. Comece a dizer eu posso eu sou...sou rica sou linda sou inteligente e da muito certo viu
Infelizmente sim. Para conseguir um diagnóstico ou se tem dinheiro para gastar com um bom especialista. Ou vai no publico e não terá diagnóstico. A fila de espera é gigantesca.
É verdade isso acontece comigo😢😢😢😢😢😢😢
@@wanessagoncalves8842 baseado em que? Mulheres tem uma imagem decadente na sociedade, tem pouca representatividade devido ao preconceito a consequência é que se sintam fracas mesmo, não importa o quão decadente está a vida de um homem ele sempre encontrará forças na sociedade, pode se inspirar em quem ele quiser grandes nomes conhecido mundialmente é masculino, vc não tem noção de quanta força ele ganha com isso, enquanto a mulher todo o seu valor está apoiado encima da sua aparência se não for socialmente bonita, é descartada. a mulher não tem o direito de ser feia. Pode parece pessimismo mas é apenas a realidade.
Infelizmente positivismo não tira a maior parte das pessoas do fundo do poço. Quanto mais os anos passam a inadequação se intensifica ainda mais.
Sou nível 1(leve). O pior é escutar de pessoas próximas que somos mimados,frescos e que "colocamos essa coisa de autismo na nossa cabeça". A incompreensão das pessoas próximas é o que mais dói. Não sabem o quanto é difícil pra gente o desconforto, especialmente na parte social. Fazemos masking,mas é exaustivo.
😢
Disfarçar, mascarar não é assim?
Na minha família, sou tachada de doida e esquisita kkkk
Você não está sozinha nessa situação. Vivo isso também.
Exatamente oq meu pai falava quando recebi o diagnóstico com 25 anos. Hj ele ja entende, 1 ano depois
Quem tem autismo leve sente seus sentimentos validados quando o diagnóstico é positivo, pq duvidamos até de nós mesmos em relação a isso, chegando até a negar muitas vezes.
E bem isso mesmo
Ninguém quer ser. Acredito que não. Diagnosticar só pra saber mesmo. Dúvida de toda uma vida.
Mais bem visto?? O TEA??
Eu não aceitei meu diagnóstico facilmente que inclusive foi uma surpresa, achava que só tinha tdah
Ótima as tuas explicações
Nao é fácil encontrar ajuda. Mulher adulra, mãe e esposa que trabalha esta sempre tão ocupada que mal consegue buscar ajuda médica. Eu sou taxada de esquisita, sou rígida, sou cheia de manias. As vezes eu finjo sentir raiva ou ciúmes, mas na verdade nao me importo com essas coisas.
Me descreveu
Eu lembro de ficar treinando olhar nos olhos pq ouvi dizer que quem ñ olha nos olhos ñ é confiável. Fiquei com essa neura achando qye eu ñ era confiável por causa disso. Tinha dificuldade de olhar meu rosto no espero e olhava nos meu olhos mas ñ conseguia me ver como sou. É um pouco estranho ainda. Com 42 anos comecei a desconfiar.
Nossa! Eu me reconheci nesse comentário. Lembrei da cobrança que tinha do meu pai: “olha no meu olho! Não dá pra confiar em quem não olha no olho!”
Sempre me senti agredida e ofendida com isso. Muitas vezes me forçava a estabelecer esse contato visual e isso gerava uma sensação horrível. Cresci assim, acreditando que eu não era confiável e que mesmo estabelecendo esse contato visual forçado em alguns momentos, as pessoas não acreditariam em mim. Criei meios de defesa e evitava e ainda evito estabelecer um diálogo desnecessário. Seu comentário fez com que eu recordasse todo o sentimento de inadequação e o quanto isso permeia minha vida e minhas relações. Seguimos!
Eu tb passei a fazer isso depois q ouvi dizer q quem nn olha nos olhos nn é confiável, e pq eu queria parecer confiante, mas me sinto meio estranha se eu tentar olhar por muito tempo nos olhos de alguém q estou conversando, principalmente desconhecidos, é meio desconfortável
😢 nunca pensei que alguém iria dizer o mesmo que eu sinto... exatamente isso.
Sobre olhar nos olhos eu aprimorei isso no início da vida adulta quando precisei começar a trabalhar.
Eu também fiz isso,treinei😅
Apego à rotina e ansiedade extrema toda vez que vou enfrentar o desconhecido sempre fizeram parte da minha vida ! Tenho 63 anos e ainda não fui diagnosticada com autismo
Transtorno se ansiedade, não ?
Nem tudo é autismo.
@@Kleciareiss Vdd. Mas ñ podemos julgar por ela ter falado apenas alguns sinais. Pois as vezes, ela pode ter pesquisado mt e se identificado com a maioria dos/todos os sinais, q ñ daria p citar tudo em um simples comentário, e as vzs tem algumas coisas q nem lembramos. Enfim, ñ tô "defendendo" ninguém, só estou compartilhando uma coisa que acontece comigo e sempre tenho medo de alguém duvidar de mim só pq ñ citei TODOS os sinais de autismo e ñ especifiquei q me identifico com TODOS os sinais. Enfim, tenha um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite 😊🥰
@@JhenJhennnn Tá na moda ter TDHA e autismo. .
Muito diagnósticos de " Google"
Mas você já correu atrás de ter algum diagnóstico?
Eu só desconfiava que tinha autismo, saí com três diagnósticos.
Inês, espero que consiga em breve fazer uma avaliação e ter seu diagnóstico, afinal autoconhecimento é importante e ter esse respaldo nos faz entender diversas passagens da nossa vida e principalmente auxilia no autoperdão, muitas vezes nos cobramos através da ótica do mundo neurotípico.
Fui diagnosticada aos 33 anos. Foi uma jornada longa até conseguir o laudo, passei por psicopedagoga, neupsicóloga e psiquiatra
Quantos mais ou menos você gastou em cada consulta? E quanto tempo até chegar em um diagnóstico?
@@Bruna_desenhoeluar, o caminho mais "rápido" e direcionado é através da avaliação neuropsicológica. são em média cinco a sete sessões e os valores totais podem variar entre R$ 1.500 a R$ 2.500 (infelizmente, é bem carinho mesmo). no meu caso, paguei R$ 1.800 e minha primeira sessão foi 18/05. agora já estou na quinta.
@@dandawa Minha filha também começou agora ,serão 6 sessões só com ela e a neuropsicologa,já fizemos uma sessão ,ela e os pais ,e tem a última para a devolutiva,receber o resultado, daí precisa passar com o neurologista para ele validar o laudo, só com a neuropsicologa foram 2,250,é caro mesmo , mas realmente é necessário, no caso da minha filha, no total serão 8 sessões!
@@Bruna_desenhoeluar a Sulamérica e o Bradesco Saúde (devem ter mais) cobrem estes custos (ao menos em SP). Procure um neuro dentro de suas opções e ele lhe encaminhará pra a avaliação pelo convênio. Lembrando que a avaliação fonoaudiológica e a avaliação da terapia ocupacional também podem fazer parte. E eu pessoalmente, acho a fono muito importante nesse caminho.
@@dandawa Pois é, aqui o meu irmão está nessa fase do diagnóstico final, são 6 sessões por 2 mil reais, e só permitem parcelar em 2 vezes. Não somos ricos, mas esse valor a gente precisou se desdobrar pra conseguir porque o convênio simplesmente NÃO TEM PROFISSIONAL pra isso. Como ainda é inacessível...
Minha maior dificuldade é entender brincadeira, ironia, entender as intenções das pessoas.
Eu também sou assim
Eu também
eu gosto de pessoas e me entristece saber que elas acham que eu não gosto delas só porque eu não gosto de conversar. pra mim não é prazeroso manter um diálogo, sinto que estou respondendo no automático, ainda mais se for questões cotidianas que não vão me acrescentar em nada. eu prefiro assuntos específicos que tenham a ver com coisas que eu gosto, mas nem sempre as pessoas falam disso, a maioria curte conversas cotidianas mesmo e isso pra mim é muito entediante, tanto quanto assistir jornal, futebol e programa de receita.
Nossa, me descreveu. As pessoas vem contar sobre o cotidiano delas, a vida, os problemas e eu finjo prestar atenção. Acho um tédio, tipo, não sinto o menor interesse.
Tenho amigos, mas detesto a sair de casa, socializar, ter que me arrumar para sair. Conversar com gente nova que nunca vi ( nunca fui mal educada ) mas não me sinto bem. Amo ficar sozinha em casa, no meu sofá,com meu cachorrinhos, até 4 anos não falava nada, só sentava em W( minhas irmãs mais velhas falaram), se eu olhar pra alguém e não gostar dela, não faço questão de ter amizade. Não vou na casa de ninguém e ninguém vem na minha casa, detesto barulho, som alto. Estudo muito, aprendi desenhar sozinha, faço qualquer desenho, tenho 3 faculdades,4 pós graduação e estou em um mestrado agora. Me divorciei e não consigo me envolver com ninguém, me sinto bem com minha solitude e não tenho filhos. Nunca fui criança,minha mãe diz q sempre fui muito séria e só falava com quem me sentia bem. Não desvio o olhar para falar com as pessoas, gosto de falar olhando nos olhos, quero ver verdades. A pior parte para mim é socializar mesmo, não minto, falo a verdade não sei se é grosseria ou não, mas falo, são muitos fatores que eu me sinto sim diferente em relação aos outros
Nossa fiz quase tudo e ainda faço essas mesmas coisas que você descreveu no seu depoimento! Gosto muito de aprender e fazer coisas, mas não gosto de estar com pessoas! Nunca tentei ir atrás de saber se sou autista, mas acho que sou! Não tenho interesse em ter um marido, gosto mais de estar com animais! E amo ficar sozinha vendo vídeos e experimentando novas receitas e artes. Aprendi muitas coisas lendo e assistindo! Desde pequena sempre me disseram que sou esquisita, estranha, sem educação e ignorante porque quando não gosto de algo sou sincera e falo o que penso!
Me identifiquei muito com tudo que você falou ! Parece "irmã gêmea" no jeito de ser😅
Lucelmo, como está?
Quando eu era pequena, me isolava das brincadeiras coletivas, podia brincar um dia inteiro com minhas bonecas. Algumas vezes brincava com meus irmãos e primos, mas brincadeiras co.o pega-pega e esconde-esconde me irritavam. Eu falava bem, aprendi a ler e a escrever rapidamente, mas tinha uma grande dificuldade em matemática. Até a oitava série uma única amiga. No Ensino Médio socializei um pouco mais pois algumas meninas aproximaram de mim. Eu ficava deslocada nos grupos e fazia o possível para aproximas mas com dificuldade de formar vínculo. Hoje sou solitária, cada vez mais isolada. Sou muito carinhosa com os que estabeleço vínculo. Poucos. Eu não minto e isso é muito comicado pois as pessoas acham que é um tipo. Já me dei mal por causa da ingenuidade. Eu não sei o que sou. Me sinto de um peixe fora da água.
Me identifiquei com boa parte do que você descreveu. Nunca procurei um especialista para ter algum diagnóstico, até porque comecei a desconfiar recentemente quando fui pesquisar para saber se as características e comportamento da minha vizinha de 5 anos era compatível com o Autismo. Acabei descobrindo que muitos dos meus próprios comportamentos da infância e até hoje na vida adulta são sintomas do Autismo. Sou muito tímida, ao extremo mesmo. Se eu sair e precisar interagir ou me comunicar com alguém que não conheço, eu suo frio, fico tremendo, gagueijo muito. Não consigo manter amizades e também não consigo me importar quando as pessoas se distanciam, as vezes eu até gosto muito da pessoa e quero mante-la na minha vida, mas sempre acabo me afastando mais cedo ou mais tarde, e no fim do dia é um alivio quando não preciso mais me esforçar tanto para socializar e manter aquela amizade. Sempre fui a criança esquisita que brinca sozinha e não tinha amigos. Odiava compartilhar minhas coisas com outras crianças ou quando mexiam nas minhas coisas sem me pedir, ainda hoje odeio emprestar meus pertences. Sou extremamente organizada com minhas coisas, mas não ligo para a bagunça alheia. Ensino médio foi a época mais infernal da minha vida. Todos colegas da escola falando de namoro, saindo para se divertir, eram festas, cinemas, encontros e eu totalmente estagnada. Quando me convidavam, eu recusava, quando se interessavam em mim, eu os afastava, e assim hoje não tenho amigos ou qualquer experiência com relacionamentos. Não que eu ache ruim, eu amo estar sozinha, amo o silêncio, amo não ter que sair da minha zona de conforto, porém tenho constantemente o sentimento de que estou atrasada ou que fiquei para trás e todos os conhecidos na minha idade conquistaram carreiras, casamentos, amigos e família, e eu aqui sem progresso.
Bruna, é complicado. Eu gosto de falar com as pessoas mas não é com qualquer pessoa que consigo uma conexão. Eu fixo em algumas pessoas, mãe, uma amiga, sufoquei meus namorados que amava. Mas como falo pra caramba as pessoas não percebem o meu isolamento. Não tenho amigos e uma rede de apoio. Busco em Deus esta fortaleza. Que você fique bem. Precisando conversar deixa um sinal.
Nossa vc descreveu minha filha, ela tem vinte e cinco anos,fico muito triste com a situação dela 😢
Teve algum diagnóstico sobre ou descobriu que vc é apenas assim mesmo?
Quando as pessoas entenderem que no autista, a maneira de perceber, sentir e interagir com o mundo é diferente e que não pensa como os típicos, talvez o diagnóstico ficasse mais fácil, tendo pressuposto o "sentir" e dificuldades do autista. É tudo muito intenso e o mundo parece não fazer sentido cheio de regras ou expressões que precisam ser decifradas e muitas não fazem sentido, nem tem lógica. Viver em um mundo "fantasia", com atores é bem difícil acertar o papel que devemos representar para atender as expectativas, quando ainda não tivemos uma experiência para saber o que fazer ou dizer. Já que o lado "instintivo" para socializar parece congelado quando falta repertório.
Sim, porque é difícil entender e aceitar. E reconhecer tb. E a falta de informação muitos nem sabem o que é autismo como vão se perceber como tal?. É não é bom ser não, com certeza.
Fui diagnosticada com autismo grau 1 aos 59 anos de idade e seus vídeos me ajudaram muito a procurar uma avaliação.Hoje tenho um laudo e um diagnóstico de 2 médicos.
Ola! Quantos mais ou menos você pagou em cada consulta, e quanto meses para chegar no diagnóstico?
Boa tarde
Rutinha tenho 53 anos e uma vida atormentada e de grandes prejuízos na vida.
Tomo medicamentos para os sintomas do TEA e TDAH porém só tenho a avaliação Neuropsicologico ñ tenho acesso a um profissional especialista no assunto pra uma segunda opinião entende?
Você pode nos da o contato do seu médico?
Sou Elizabete, sempre fui chamada doida ,surda .odeio barulho ,nao gosto de estar em lugar de muita gente .ñ gosto que me toque .me acho distraída também. Tenho muitas dificuldades a mais que enfrento .tenho56 anos e quando o meu neto de 4 anos recebeu o diagnóstico eu me identifiquei com o altismo.
Toda vida, eu não consigo dormir, e aprender, quando um familiares falece , eu não tenho emoções, nem pelos meus pais e irmã .
Pensei que fosse só eu, não consigo ter reação nenhuma de expressar sentimentos 😢
Fale, fale, e fale cada vez mais professor pois tenho aprendido de forma que não sou capaz de mensurar
O mundo é uma grande peça de teatro, oa tipicos sabem as falas, os autistas não, a gente entra no improviso, tentando se adequar... E passa a vida toda sem o roteiro, tentando emular o que deveríamos fazer. O meu diagnóstico veio justamente de terapia comum, não imaginava autismo, mas com base em algumas falas minhas da motivação de algumas atitudes, a ideia foi nascendo nela, que tbm era neuropsicóloga. Pediu pra eu fazer os testes e o diagnóstico veio. Não acreditei, procurei um especialista famoso em SP. Em pouco tempo ele confirmou.
Vejo que esse vídeo me deixou mais perdida que já tava.
Sou paraplégica desde bebê, mas não de nascença, fui estudante cadeirante dos anos 90 e comecinho dos anos 2000 época em que nem as escolas eram inclusivas e não tinha nem banheiro para uma cadeira de rodas entrar então era azar do aluno não poder fazer seu procedimento especial e demorado para esvaziar a bexiga que nem sente e nem controla, era azar do aluno e do cuidador ter de a mãe subir o filho grande no colo 2 lances de escada, etc. Tenho síndrome do estresse pós-traumático pois são os 6 primeiros anos de vida que definem que adulto seremos e nossas experiências ruins ficam gravadas no inconsciente e na célula então não sei se fui uma aluna totalmente muda, assustada, sem amigos, etc por ser autista ou por outros transtornos e ninguém pára pra pensar que pessoas com deficiência severa possuem autismo leve. Atualmente, todo mundo com quem já falei, a partir de uns 20 e poucos anos comecei a falar, tem um parente autista ou é autista e um médico disse que tem gente que ameaça, ou xinga, ou agride os médicos quando não recebem tal diagnóstico. Eu até hoje estou na fila para fazer o teste de tanta gente que quer fazê-lo. Minha irmã foi diagnosticada com autismo leve, minha mãe tem todas essas características menos 2 delas e dependemos que minha irmã autista, casada e com vida normal, nos leve para passear pois para mim e minha mãe é muito difícil e a gente jamais toma a iniciativa de ir passear
Quando recebi o diagnóstico de TDAH E TAG aos 40anos minha psicóloga perguntou se eu já imaginava isso e eu respondi q já havia pensado q era autista. Cresci c meus irmãos zombando de mim, eu me incomodo muitoooo c barulhos, nunca gostei de baladas por causa do barulho e luzes,tenho inúmeras manias ou rituais de rotina,gosto de coisas crocantes, sou enjoada p comer ,sempre como os mesmos pratos na rua… 😩
Meu filho de 2 anos foi diagnosticado a pouco tempo. E a psicopedagoga dele me deixou com a pulga atrás da orelha dizendo q eu tenho características tbm. E na verdade, esse vídeo veio no exato momento q estou precisando. Sempre me senti estranha, não entendendo piadas, meu marido sempre dizia q eu era "inocente" de mais por n entender as ironias e maldades dos outros, tenho muitos indícios de TOC e tenho muita hiperatividade. Agora faz todo sentido! Obrigada pelo seu vídeo, continue falando siiiiimmmm, isso ajuda muito!
No Toc, a compulsão advém dos comportamentos obsessivos, como os pensamentos intrusivos que você possui a criticidade sobre a existencia deles. Observa se você possui comportamentos compulsivos mas se eles são secundários aos comportamentos obsessivos, caso não sejam, dificilmente é TOC. Mas se há compulsão, pode fazer parte de outro diagnóstico, como o próprio TEA.
Sendo que esse compulsão, na verdade, são as esteroitipias que possuem a função de autorregulação, diferente da compulsão do TOC
De qualquer forma, é importante investigar, principalmente, por considerar a intensidade, frequência e sofrimento desses sintomas
Oq vc chama de TOC, pode estar relacionado à rigidez cognitiva, bem comum no TEA. Se puder, investigue sim, mtas vezes o diagnóstico é libertador! Boa sorte 🖤
Fui atrás para entender melhor e recebi de dois profissionais diferentes que não sou autista mas que tenho "personalidade autística " que seria, ter sim muitos sinais autista mas que não chega a causar um transtorno.
Esse vídeo me abriu a mente!
Lucelmo, "vc só fala"! Só fala coisa boa, seu danado! Amoooooo essa sua "falazada" 😂! Não deixe de falar, falar, falar... Aprendo muito!
Falazada kkkkk. Ei inventar palavras tb é uma característica? Ninguém respondeu 😔
@@nalvapinheiro5213 siim
@@nalvapinheiro5213 sim... inventar palavras também pode ser sintomas de autismo. Na minha família tem autista de grau mais elevado, e eles quando criança, dava nome as coisas que achavam interessante para eles.
Minha maior dificuldade é como cozinheira no mercado de trabalho com barulho, sons altos, desrespeito e falta de empatia por parte dos colegas que de fato mal sabem oq é o autismo, oq dificulta a interação também. Infelizmente me parece longe um futuro com inclusões para o ambiente de trabalho.
❤
Obrigada pelo vídeo. Faço terapia há muitos anos por conta da ansiedade e depressão e em 2019 recebi diagnóstico de Distimia. Minha filha recebeu alguns diagnósticos e um deles foi do TEA. . Ao contar para a minha psicóloga, na mesma hora ela me perguntou se eu já parei pra pensar de onde vem e, com todo cuidado, me perguntou se eu animava fazer a SRS-2. Fizemos e, junto com todas as avaliações que já haviamos feito, o diagnóstico veio. Nunca na minha vida eu pensei nisso. Tinha um estereótipo do autista. E estou aprendendo muito sobre o assunto.
Minha infância foi complicada. Eu nao falava com ninguém, nao gostava de pessoas... eu tinha nojo de tocar onde as pessoas tocavam. Meus parentes sempre falavam de mim como uma criança extremamente tímida. Na adolescência eu fui muito rebelde, não me encaixava em lugar nenhum, sempre mudando de relacionamentos, tanto amigos, como namorados... Além de ter tudo muito bem organizado, horário pra tudo... se eu saio da rotina, fico mal, triste, ansiosa... então acabo não encontrando a família, etc.
O diagnóstico foi uma luz pra mim. Estou olhando tudo com outros olhos, me compreendendo melhor e me respeitando. E compreendendo melhor a minha filha, também. Obrigada por compartilhar seu conhecimento.
Me identifico
Tem resultado terapia há anos?quando terá alta? Um dia o profissional vai te dizer que não precisa mais.?
Me identifico com o “já pensou de onde vem?”.
No meu caso, acho que vem da minha mãe, mas duvido que ela queira ir atrás de saber pra ter certeza. Ela já passou dos 70 então acho que já se acostumou a ser como é. 🤷🏻♀️
Sofri a vida inteira Estou com 48 e até hoje eu não tive um
Acompanhamento e nem
Diagnóstico.
Tudo que fala do autismo eu passei, e aprendi a fingir que entendia as piadas, não saber se gostavam de mim, não olhar nos olhos(deboche dos amigos da escola).....
Sobre isso de ler bem as pessoas eu conseguia muito saber na escola quem falava mal de mim ou quem debochava de mim com os olhos. Tenho todos os sintomas de tdah, mas autismo eu to bem em dúvida porque consigo interagir, só não consigo manter direito as amizades.
@@lua-usertalvez assim como eu tenha introversão
Aos 38 anos descobri que sou TEA 1, TAB 1, e TDAH combinado. Sofri a vida inteira, preciso de suporte parcial. ❤ SOU VERBAL
Estou também na luta a traz do diagnóstico mais sta difícil por eu não está no Brasil.
Poderia contar um pouquinho sobre seu TAB? Qual dos transtornos se sobressai mais?
@@dianalemes4858 quanto ao TEA dificuldades de interação social, TAB mudança repentina de humor, TOC compulsão por coisas como compras e etc., Tdah desatenção em todas as atividades. Impossível se concentrar. Um ser humano com esses transtornos sofre muito.
Excelente vídeo, sempre tive dificuldade em relações sociais, não sei manter amizades, tenho ansiedade, problemas de depressão, aprendo rápido mas tenho preguiça de interagir socialmente, tenho hipersensibilidade e outros sinais, mas não sei se é TDAH ou TEA (ou ambos), embora em grau moderado, sempre me senti diferente. O problema é que a avaliação neuropsicológica é muito cara e os planos de saúde não costumam abranger essa avaliação em adultos.
Meu plano de saúde deu, porém a neuropsicóloga que me atendeu não deu a mínima. Ela nem conversou comigo direito e ainda comentou ironicamente “então acho que eu também devo ser autista”.
@@moniquehovacker5698 Exatamente, os tais "neurotípicos" são muito cínicos e regem o teatro social como eles querem, ditando regras autoritárias e jogando tudo contra nós com malícia e ironia. Muitos médicos nem olham na nossa cara, cobram uma fortuna de consulta e ainda dizem que "querem ajudar". Haja paciência. A área da saúde mental é um labirinto que tende a ser exaustivo.
@@moniquehovacker5698 creeedo ☹
O meu plano fez a avaliação pros dois pra mim
Cara cliquei no seu vídeo pq eu tenho uma leve desconfiança que posso está dentro do espectro. Sinceramente antes de clicar pensei que era mais um falando besteira mais quando vc falou, explicou que está em artigo, explicou o artigo fiquei muito feliz e posso ver que o conteúdo é de qualidade❤😊
Eu tenho visto alguns vídeos seus
e só agora com 51 anos tô conseguindo me entender
toda minha vida sofri muito com a questão de não ser compreendida
quando eu era criança era mais fácil pra mim acho que pela inocência
mas lembro bem de eu tá sempre com uma interrogação pois parecia que tudo que eu fazia tava errado tudo era anormal
Lembro que eu era muito agitada odiava brincar de boneca pois não conseguia ficar para por muito tempo por isso preferia brincar de outras formas como dançar,brincar de correr tomar banho no rio e etc eu brincava até ficar exausta😂
Tinha muita dificuldade na escola mais era muito dedicada as matérias que gostava essa eu me dedicava muito já matemática e outras eu sofria e até chora porque não conseguia aprender
de tanto sofrer desistir de ir a escola na sétima sere .
Eu tambem era assim aprendir a ler nover anos sempre tover doficuldader.
Sou um desses casos. Fiz o meu percurso académico em mais de uma licenciatura e em dois mestrados com sucesso, no entanto a minha interpretação linear das coisas foi sempre um factor de constrangimento. A expressão emocional tem sido outro aspecto de tensão. A integração social é de facto uma dificuldade. Agradeço a amabilidade da sua partilha. Cordiais saudações 🌸
Cordiais saudações de Portugal?
@@s.o.7174 exactamente
Eu tbm estou percebendo várias características em comum com o autismo, 1 dos meus filhos foi diagnósticado com autismo, e eu tenho várias coisas em comum com ele e ontem me senti confiante e comentei com minha tia q trabalha na are da saúde q iria ir no médico tirar minhas dúvidas. Elea me disse pra eu parar de ser besta q autismo era a doença da moda, aí me senti frustrada e super envergonhada de ter comentado isso com alguém 😢.
Quem lia revista capricho e seguia as milhões de dicas pra lidar com meninos, amigas, até com os pais: Funcionava?? Não muito.. hehehe
Eu criei um hiperfoco por psicologia e neurociência numa tentativa de justificar de forma lógica o pq das pessoas agirem da forma que elas agem…
Eu costumava ler elas bastante mas era por causa da moda. Até um pouco tempo, já adulta, é que fui ler livros de auto-ajuda de como lidar com relacionamento
Todas as pessoas são importantes. O difícil é manter a organização, a prosperidade e harmonia entre si.
Na verdade, já me sinto um pouco aliviada só por finalmente saber o que tenho. É muito angustiante não se encaixar de certa forma, porque vc vê nitidamente que as pessoas ao seu redor não te entendem e te acha estranha. Sei que nunca terei o meu diagnóstico. Mas já tenho um certo conforto. Só não sei como vou resolver minhas dificuldades. Aqui em Aracaju é difícil. Marquei no SUS um psiquiatra para acompanhar meu tratamento e a espera é de 1 ano! Imagina...
Se você já foi diagnosticada, não pode esperar tanto tempo. Não moro no Brasil, então não sei direito como funciona, mas li várias pessoas falando que ter o diagnóstico ajuda bastante nesse sentido de marcar médicos. Procura saber como os seus direitos como autista podem te ajudar a ter um tratamento mais frequente e sem essa espera ridícula de um ano.
Muito empático... Sou TPB, diagnosticada a pouco tempo.
Reclamar q vc explica demais, é o fim heim... agradeço a Deus pela sua vontade de nos ajudar... gratidão sempre ❤
O problema é justamente encontrar um profissional com esta expertise! Terias alguma indicação de alguém que atenda online? A Luna Aba não presta este tipo de serviço? Amo teus vídeos e explicações!
Minha sugestão é a Dra. Raquel del Monde.
@@lunaaba Obrigada!
Estou com preguiça de escrever meu sintomas. Por favor você indica algum profissional no ES?
Eu nem sabia o que realmente era autismo até o começo do ano. Fui pesquisar e me identifiquei com quase tudo o que eu lia a respeito. Falei para a minha psicóloga, ela fez um teste e disse que realmente é e me encaminhou para um neurologista. Ele não fez avaliação nenhuma então decidi ir em uma psiquiatra e parecia que ela não acreditou no que eu relatei, não deixou nem eu dar exemplos de situações e disse que não é autismo pq eu falo e me diagnosticou com outra coisa. Isso me deixou bem chateada por não me ouvirem, não sei mais se quero ir atrás e saber. Eu realmente tinha ficado animada com a possibilidade de descobrir mesmo que adulta o motivo por eu ser considerada estranha e diferente. Mas como vc falou, eu me identifiquei muito e talvez o não diagnóstico me deixe confusa por não saber realmente o que eu tenho.
Procure outro neuro.
Tem médico que nem olha no rosto do paciente e nem quer ouvir.
Parece que esse tipo de profissional trabalha com mal vontade.
E sabia confunde mesmo com outros transtornos? O profissional precisa ser bem experiente pra acertar o diagnóstico. Talvez precise ir em outro pra confirmar.
Acho que é importante você ir em outros especialistas, de preferência um que já trabalhe com o TEA. Mas também é bom você trabalhar o “não diagnóstico” dentro de você, pois às vezes buscamos no diagnóstico do autismo a resposta do porquê não nos sentirmos pertencentes, por nos sentirmos diferentes …e nem sempre há realmente autismo envolvido. Existem pessoas introspectivas, existem pessoas tímidas, existem pessoas que não se encaixam e nem sempre isso é um transtorno ou uma condição, às vezes é só a personalidade mesmo. Nem sempre o motivo de se sentir diferente é dado por um diagnóstico
@@nataliasouza1010 é uma chatice mesmo
Vá em um profissional que trabalhe com isso. Meu filho foi diagnosticado e resolvi fazer a minha investigação, passei por um neuro ridículo que disse que se tive autismo já estava curada por ter crescido. Enfim, não desisti e procurei outro que passou o encaminhamento para fazer a avaliação com a neuropsicológica. Saiu o meu diagnóstico. Não desista!
Foi exatamente o que aconteceu comigo eu nasci com problemas neurológicos, tenho toc, sofro de depressão desde criança, ânsiedade, e um stress que tem causado vários problemas de saúde, por estar sempre tentando conviver num ambiente social.
Tenho um psiquiatra já há anos, que me disse quando fui diagnosticada com autismo, " it explains everything!"
Fui diagnósticada o ano passado com 40 anos. Tenho filha com autismo. É tbm vejo casos na família do meu pai nascendo atualmente.
Interessante isso
Poxa um trabalho tão bonito, e recebe criticas tão banais...
Gosto muito dessa abordagem de usar um artigo top como base da discussao. Isso aumenta a acessibilidade cientifica para o publico e traz consistencia a discussao.
Eu tenho muita dificuldade em fazer amizade em iniciar conversa, mas sei senti as emoções e expressões de movimento do outro, mas mesmo sem eu dizer nada as pessoas chegam em mim contando suas vidas e querendo conselhos
Eu gosto de ler, rotinas, silêncio ,escrever e rezar 🙏♥️
Já faz 5 anos que recebi o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar e na última consulta meu laudo foi aberto para TDAH E TEA. Não estou bem desde então. Obrigada pelos esclarecimentos.
O meu está sendo aberto com TEA e Transtorno bipolar....
Sou tdah e tenho pesquisado bastante desde que meu psi começou a investigar. É MT comum a comodidade com ansiedade, depressão e tab. Se ainda n teve oportunidade leia o livro do dr. BARKLEY chamado "vencendo o Tdah adulto". Agora minha mãe está investigando, e meu primo acabou de fechar o diagnóstico. Isso é bastante comum.
Desde criança, o não pertencimento a nada me fazia ficar trancada no banheiro, na hora do recreio pq minha única amiga tinha começado a namorar. Ela era popular na escola, eu não! Se eu estava com ela, ninguém mexia comigo. Sempre fui "a estranha" em todos os ambientes, inclusive em casa. Cresci, fui trabalhar e continuei me sentindo deslocada e com uma personalidade diferente dos demais. Hoje aos 58, sem família, sem amigos. Aprendi a dizer não, não vou, não quero é fui me afastando de todos Não vejo razões pras pessoas fingirem sentimentos, cumprirem apenas protocolos. Eles me acham estranha e eu os acho mais estranhos ainda. Não vou me incluir num grupinho, só pra mostrar aos outros que sou normal, igual... Não faço questão. Adoro ficar sozinha sem ter de explicar nada, sem ter que representar o tempo todo. Não gosto que me toquem, tenho dificuldade em olhar nos olhos e qdo há algo muito errado, sinto um cheiro ruim na pessoa. Pois é... O mundo parece um palco barulhento, cheio de gente fazendo coisas estranhas e não tenho paciência... Rsrs. Não fui buscar diagnóstico, ainda...
Muito obrigada por esse vídeo, Lucelmo! Sou exatamente o perfil que você descreveu - mulher adulta verbal com cognição preservada - e estou para entrar num processo diagnóstico de autismo e TDAH. Por mais que um diagnóstico me ajudaria a obter direitos e um suporte especializado, sei que pode não ser o caso, e de qualquer maneira vai ser uma experiência de autoconhecimento. Atualmente estou "hiperfocada" (não sei se posso dizer isso) em estudar sobre autismo, sou graduanda de pedagogia e já era um interesse de anos trabalhar com esse público. Foi justamente o interesse no tema que me fez identificar traços autistas que considerava normais ou de minha própria personalidade, porém que causavam/causam muito sofrimento. Quando criança, fui numa neuro justamente por traços que meus familiares reconheceram, mas por se tratar de uma época diferente, onde as características neurodiversas de meninas e mulheres ainda eram desconhecidas, ela concluiu que eram apenas questões emocionais que deveriam ser tratadas por terapia. E cá estou eu, fazendo terapia há 10 anos, repetindo os mesmos comportamentos que tive desde a 1ª infância, lutando para ser reavaliada por um profissional que entenda do autismo em mulheres.
Meu caso é igual ao seu, eu também considerava os traços autistas que tenho como normais ou parte da minha personalidade.
A diferença é que, recentemente, eu recebi meu diagnóstico de Autismo, TDAH, e TAG.
Estou cansada de não me sentir bem, nem normal. De sentir vergonha por me sentir diferente e fingir normalidade. Tenho 66 anos, passei por inúmeros psiquiatras, até que aos 26/27 anos, tive o diagnóstico de depressão. Tremo desde criança e disseram que é "tremor essencial". Sou ansiosa ao extremo, de uns tempos pra cá, sinto até dor no peito e no braço esquerdo em crises de ansiedade. Há anos, encontrei um médico que parecia ser muito interessado no meu caso, mas esbarramos no obstáculo $$$. Médicos de planos de saúde, mal olham na cara da gente, se a consulta durar 15 minutos, é porque eles demoraram metade do tempo olhando a ficha para prescrever os mesmos remédios. Mais ou menos assim: se você foi à 1ª consulta, pensando em se matar e ele te receitou um antidepressivo, você não se matou, então deu certo: vai continuar tomando aquele medicamento para o resto da vida... vc tem dificuldades para dormir desde bebê, ele receita um medicamento, daí pra frente é para sempre... sem questionamentos! Não fico bem, não sei meu diagnóstico REAL, não espero mais nada... Infelizmente na maioria das vezes é melhor nem questionar, pois se resolvem receitar outro medicamento, na maior parte das vezes, são perigosos (me recuso a tomar Zolpidem). Sinto-me desassistida, desamparada e desrespeitada!
Como é fazer terapia? O que é falado de vc??deve ser difícil no começo.
@@serenaclairetalks não deve se nada confortável o que sente.
@@nalvapinheiro5213 não, não é. Mas antes eu considerava normal, hoje eu sei que não é e posso ir atrás de terapias.
Estou passando por avaliação com a minha psicóloga q está se especializando e foi a primeira psicologa que aumentos quis avaliar o meu questionamento sobre autismo. Fiquei fiquei apenas por ela me ouvir, afinal isso não é uma coisa q me deixa feliz mas que resolve os meus problemas e independente do que seu ou não foi libertador só dela ouvir a minha hipótese. É uma sensação de alivio apenas ser ouvida, cada paciente ao menos deveria ser investigado e é o q está me acontecendo e eu venho me sentido bem. Independente do resultado eu saiu livre das sensações e deixo q ela me avalie. É um respeito com cada dor interior, afinal cada sabe onde doi detro da gente. Resultado pode ser medico, porem ouvir a dor do paciente é fundamental p q ele se encontre. O diagnostico de sim ou não isso não importa, o q importa é onde aquilo te levara. Sair um pouco mais leve já valeu apenas por ser ouvida e eu digo q isso é bom. Eu não tive ainda um diagnóstico e compartilho a minha sensação de bem estar apenas por alguém q sentou e avaliou qualquer possibilidade sem distinção. Era só o que eu procurava num profissional
Muito esclarecer em vários pontos, este vídeo. Principalmente no autodiagnóstico e autorretatos. É uma avaliação muito demorada e criteriosa sim, o profissional deve ter muito cuidado e bagagem necessária para fechar um diagnóstico. Levar em consideração o relato do informante é um divisor de águas. Obrigada pelo conteúdo 🙏🏻
O povo quer uma lista pra tudo na vida. Como se fosse ver aquilo e resolver os problemas. Eu amo gente que explica.. quero ver de onde vem e como ocorre. Lista só serve pra gente se confundir e ter uma falsa sensação de solução. Obrigada pelo vídeo.
Muito obrigada mais uma vez! Eu fui diagnosticada com 44 anos.
Quando criança estudei da segunda à quarta série com a mesma turma e a mesma professora, foram três anos com a mesma galerinha, porém eu só tinha amizade com uma coleguinha e, na hora do recreio esta amiguinha ia para à casa da avó que morava perto da escola. Enfim, eu passava o recreio todo sozinha, olhando as crianças brincarem pois tinha dificuldade de me relacionar. Tenho dificuldade de explanar minhas ideias, principalmente se as pessoas estiverem prestando atenção em mim, acabo perdendo o foco. Fico triste porque, as vezes, uma ideia pode ser relevante mas se estou num grupo, prefiro ouvir. Triste. Não tenho muitos amigos, porém quando faço amizades, estas são sinceras e duradouras. Na faculdade Já me chamaram de dislexa e por aí vai. Neste período consegui dominar o medo e apresentar os trabalhos com muita dificuldade. Não desanimo, com fé em Jesus, a cada dia, vou vencendo as barreiras.
Pessoal reclama de tudo Dr, sua explicação é muito boa! Obrigada por compartilhar seu conhecimento.
Tenho certeza q sou autista
E tive um filho autista de nível 3
Nunca fui atras de diagnostico tenho algumas dificuldades mas vou levando ate pq hj minha prioridade e meu filho, obrigada por ter feito esse video.
Olá, faz um vídeo sobre o sono do autista quando devemos nos preocupar, sobre os remédios para esse problema
Eu sou super social mas tenho muitas outras dificuldades, sempre me senti diferente pra ser extremamente inteligente, comecei a falar e escrever cedo. Nunca me senti encaixada em lugar nenhum e precisei me podar muito pra não ser estranha aos olhos alheios.
Você é um querido! Explica muito bem e tem muita empatia!
3:50 eu sou mulher, autista com diagnóstico tardio e com uma filha que está em avaliação de autismo ou de outro transtorno do neurodesenvolvimento.
Seus vídeos, mesmo antes de eu receber meu diagnóstico dois anos atrás, me foram muito úteis.
Tenho esse problema, e não é fácil! Muitos não entendem🙄 infelizmente!
Lucelmo,foi meu professor no fundamental II. Assisti vários vídeos tentando recolher.
Bem-vinda!
Meu diagnóstico foi complicado porque eu era bem mascaradinha, mas hoje estou aos poucos deixando o peso das máscaras e sendo eu mesmo
Eu também...quase ninguém percebe. Eu fui diagnóstica com depressão e ansiedade. Mas, também borderline e TEA. Eu vivo pisando em ovos para ninguém nunca perceber.
Que gostoso ver alguém que é tão profissional falando e parece amar oq faz❤
Sofro com isso...amo explicar e esmíussar o assunto e isso me atrai tambem❤
Fui diagnosticada aos 29 anos. Qdo fui diagnosticada nem imaginava que apresentava grau de autismo. Nem a minha mãe sabe. Tb tenho de ciclotimia.
Por favor, onde fez seu diagnóstico ?
Minha vó sempre diz que eu tenho espírito de velho, porque sempre converso com os mais velhos, não tenho paciência para os novos isso desde quando eu era criança. Sempre gostei de conversar com meus professores de matemática e arte e filosofia, na escola só tinha 2 amigas, na verdade eu só possuo 7 amigas e tenho 38 anos esse ano. Não gosto de barulho , tenho o ouvido sensível, tenho dificuldade em entender os outros quando me contam seus problemas e eu já vejo a solução, e não entendo o desespero deles. Vou dar um exemplo, minha prima perdeu o filho de 3 anos em um acidente em casa . Quando cheguei ao local e vi as pessoas chorando senti indignação e quis da uns socos nela. Minha amiga percebeu a situação e me tirou do local. Então eu perguntei a ela o porque. Ela disse que mesmo sabendo que a culpa era dela pelo acidente eu não precisava dizer nada. Pq ia só piorar o desespero. Foi difícil parar entender. Então eu guardei para mim mesma a indignação e fui embora. Hoje depois de uns anos entendi que deve ser muito difícil para uma mãe perde um filho. Mas ainda sim, penso que as pessoas "normais" que são os mais deficientes... hoje em dia ser honesto, sincero e verdadeiro virou insultos, frieza, ser insensível. Tá complicado até mesmo ser um camaleão
Nossa. Mas isso é traço de psicopatas ou narcisistas. Autistas tem empatia até demais. So nâo sabe demostrar. Sente e nâo sabe expressar. No meu diagnóstico depois de adulta esta escrito: Dupla empatia No primeiro nâo pq alem dos diagnósticos não serem detalhados naquela época, criança é um pouco mais reservada.
Vejo minha filha de 41 anos em vc.
ÓBVIO, DR !!!
FALAR DE/SOBRE E PARA MULHERES SEMPRE É MTO COMPLICADO, DR !
Foram 2 meses e meio com encontros semanais na neuropsicológa p ser diagnosticada de Tea 1. Não conhecia o tea 1 e 2 só o severo. E nunca imaginei ter. Sempre me senti diferente.
Oi!!! Quantos mais o menos você pagou pelas consultas? Quero ir atrás também e tirar essa dúvida se sou o não, mas queria saber o valor das consultas para me programar.
@@Bruna_desenhoeluar Oi... Rs 3.500 a Rs 4.000 mais ou menos.
Gostei doutor ... Explicar com humildade para quem é leigo.👏👏👏👏👏. Obrigada!!! E
Prefiro ouvir todo conteúdo aprendi muito esses anos acompanhando canal , sou mãe de um autista de 16 anos diagnosticado aos 11. E tenho muitas suspeitas sobre mim😂 os conteúdos me ajudam até um dia poder buscar algum diagnóstico.
Que artigo útil! Sou psicóloga e autista nível 1. Esse vídeo e o artigo serão ferramentas muito preciosas no meu fazer profissional.
Muito obrigada pelo seu trabalho, por essa plataforma. Recebi meu diagnóstico tardio aos 47 anos, depois de uma longa busca para entender de onde veio o autismo e ADHD dos meus filhos. Ainda estou assustada mas é como se acendesse uma luz forte na minha escuridão.
Deus abençoe você!
Muito obrigada!
Seu vídeo foi muito elucidativo, meus parabéns. Deu uma resumida geral nos problemas atuais nos diagnósticos.
Que bom que ajudou
O que mais gosto do seu canal é exatamente a sua explanação do assunto, só assim entendo 😊
Vc é bom para explicar tem clareza e transparência
Eu acho q tenho defeito de não calar a boca 😂 minha nossa como amo conversar. Mas vejo q as pessoas não gosta mais dr falar como uns anos atrás 😢 e isto tem me enfiado a choros
Eu tbem gosto de conversar e sinto muito falta de pessoas que queiram
Conversa 😂
@@ferreirabritoadv kkkkkk eu amo
Fui diagnosticada há 1 mês e ainda estou no processo de reconhecimento disso. Sempre me senti diferente, mas até o ano passado era a ansiedade com crises periódicas (relacionadas algum tipo de violência verbal) e minha autointerpretação de "Pessoa Altamente Sensível" que me marcavam. Nesse ano troquei de psico e começamos a levantar a hipótese do tdah por causa do meu hiperfoco. Eu estava com isso na cabeça até receber o resultado da avaliação da neuropsicóloga. É um caminho grande pela frente e o mais interessante, como comentei com ela: minhas poucas amigas tem algum tipo de laudo.
Muito bom Lucelmo! Você é uma das poucas pessoas que confio nesse tema autismo, já que ainda não tenho diagnóstico nem condições de fazer hoje. Quero assistir o resto das diretrizes no outro vídeo!
A dra Lygia Pereira toca bastante na dificuldade de diagnóstico de autismo adulto principalmente em mulheres.
Me identifiquei plenamente quando o tema começou a aparecer por aqui, e foi libertador naquele momento! Pra minha própria aceitação e desenvolvimento do meu próprio respeito! Não pra justificar, ao contrário! Meu sonho hoje é ter um diagnóstico, e aprender a lidar com limitações que aos 56 chega né!?
Mas não tenho o menor receio de um diagnóstico negativo pra autismo. Jamais vou ficar com raiva tá?! 🥰 Só vou continuar a busca! 😘 😘 😘
Continue com seu trabalho de esclarecimentos. Sou TDAH, mãe de autista e desconfiando do meu autismo. Mas é muito difícil separar o autismo do TDAH para mim.
Muito legal essa diferenciação entre o comportamento e o que/como a pessoa se sente.
Recentemente eu passei pelo processo da avaliação neuropsicológica e estou no aguardo do laudo psicológico.
Tenho um tio autista e um sobrinho autista tenho muitas características iguais a deles sou diagnosticada com ansiedade e depressão e na minha ultima seção de terapia minha psiquiatra falou que desconfia que eu posso ser autista e minha mae fala que acha que eu sou mas para saber se realmente sou ou nao é difícil pois é muito caro e pelo sus demora muito fiz um teste de um video seu sobre 10 características de autismo em adulto e gabaritei pois meu resultado foi muito parecido com o que foi mostrado no final do video mas nao sei bem como devo prosseguir para saber se sou ou não
Atualização: passei com uma neuropsicóloga e recebi meu diagnóstico de autismo
Minha avaliação neuropsicológica deu negativo pra autismo, mas deu TDAH e como diagnóstico diferencial pras minhas dificuldades sociais, transtorno de personalidade esquiva evitativo. Isso se soma ao meu diagnóstico de distimia, TAG e fobia social. Mesmo assim, não me parece responder tudo. Não sei se a avaliação foi mto bem feita, só respondi questionários e testes, depois ela não me perguntou nada sobre as minhas respostas. Em relação ao autismo, só fiz o AQ e EQ, os dois deram bem fora da média de uma pessoa típica mas não pontuou suficiente por muito pouco pra ser considerado autismo. Pretendo fazer a avaliação novamente com outro profissional mais experiente em diagnóstico de mulheres em algum momento, quando eu tiver recursos.. por enquanto sigo sofrendo muito pelas minhas desabilidades sociais
eu tenho muita dúvida se posso ser autista ou não. Eu acho que não, mas as vezes me pego sentindo/vivenciando coisas que batem com o autismo. E eu por anos e anos eu passei pela experiência de contar algo para pessoas que diziam ´´eu também passo por isso`` ´´é só fazer assim que passa`` e coisas desse tipo, então durante mais de 1 década eu achava tudo normal e que eu não me esforçava pra mudar.
Quando eu resolvi ir atrás de um possível diagnóstico de autismo, eu conscientemente evitei ler sobre a condição, eu não estudei nada, justamente por receio de acabar adquirindo algum viés. As únicas coisas sobre autismo que eu sabia foram coisas que eu vi em reportagens anos atrás e eram coisas bem vagas. Como, eu sabia que pessoas autistas tinham percepção sensorial diferente e que algumas pessoas autistas não olhavam nos olhos dois outros e só.
Eu também deixei claro para a profissional que eu tive tendência de ser meio hipocondríaco no passado, para ela levar isso em consideração.
Bem, ela acabou me diagnosticando com autismo e aí depois do diagnóstico que eu fui atrás de recursos para estudar e entender melhor.
Amo sua explicações, perfeito ,desde que comecei assistir seu vídeos aprendi coisas que médicos jamais falam
Fundamental essa informação pesquiso muito sobre o assunto tive Pacientes com essa demanda.
Nossa, Dr. Tenho 32 anos com TAG e depressão, tenho dificuldade de me socializar, não tenho amigos, não gosto de sair de casa, dificuldade para dormir... quando tenho que fazer algo na rua me gera uma ansiedade muito maior, fico sem dormir... passo com psiquiatra e psicanalista e tenho uma questão de não saber quem sou...
Me identifico, é triste. E ninguém entende! Sou chamada de estranha, maluca e chata. Eu queria ser diferente, mas quanto mais o tempo passa, me isolo mais.
😊,Eu até hj não sei quem sou,pois sou múltiplas em 1 só 😂😂
Eh q a ansiedade de alguns é tanto que ficam querendo ir logo pra listas ...eles nao entendem q é uma divulgacao de uma pesquisa explicando a base em como vc chegou esse assunto.Parabens.❤
Obrigada por explicar!
Tenho 57 anos e estou ainda em processo de diagnóstico, só fiz a avaliação neuropsicológica. Vídeos como esse tem me ajudado muito
Ué, eu fiz essa avaliação (que incluiu vários testes) e no final recebi meu diagnóstico.
Você não fez testes nessa avaliação?
@@serenaclairetalks fiz, mas não procurei médico pra realização do laudo. Ainda estou pensando se vai ser uma boa ideia no lugar onde trabalho, pois pode me trazer mais problemas do que acolhida. Também penso que se eu tiver o laudo médico e não apresentar e descobrirem depois pode ser um problema também, então, estou ainda avaliando como proceder
Estava pensando sobre o autismo! Estudando um pouco porque faz parte da minha história. Espero poder me aprofundar mas nesse assunto tão gratificante e significativo para todos
Lucelmo, indica pra nós profissionais no Brasil de fazem essa avaliação de adultos mulheres que sejam com estas características que vc sinalizou.... estou nesta busca, mas com muita dificuldade de encontrar. Já escutei cada barbaridade de profissionais, uma delas dizer que ADos era obsoleto.... 😢 Obrigada
Minha sugestão é a Dra. Raquel del Monde.
@@lunaaba RJ?
Eu tenho diagnóstico de Deprecao e Ansiedade (e durante a pandemia desenvolvi fobia social). Já fui em psicólogos diversos, já fui em psiquiatra e durante a pandemia fiz um tratamento que estava acompanho de medicação e consultas com o psicólogo e psiquiatra.
No momento, devido a pesquisa que estou fazendo para um trabalho da universidade sobre o altismo, estou meio que suspeitando que TALVEZ eu tenha altismo, claro em um nível leve. Eu sei que preciso recorrer a um diagnóstico clínico, embora eu esteja com um pouco de medo do resultado, mas é que tem tanta coisa que antes não fazia sentido e agora faz, que acabo por me sentir um pouco mais em paz comigo mesma.
Eu sempre fui muito de superar as coisas através do momento que eu entendo o que é e como funciona o problema.
Por ex, quando em estava no ensino médio, meus colegas começaram a fazer Bullying comogo. Durante muito tempo o meu sofrimento foi o fato de não saber o que estava acontecendo e pq meus colegas passaram a agir de forma diferente comigo. Mas a partir do momento que eu descobri e passei a pesquisar (algo que fiz por 4 anos seguidos) sobre o que é o Bullying e como ele se dá, finalmente consegui ter paz e não me deixar abater pelo comportamento dos meus colegas que faziam Bullying comigo.
Por isso, se tiver outras pessoas que se encontram em situações parecidas me deixem saber, pois eu ainda estou nesse possesso de auto descoberta (e ele é extremamente difícil, tantos anos tentando me descobrir e ainda nada).