Oi Henry, adoro seus vídeos, pois nos fazem repensar sobre tudo. Minha TV hoje é o UA-cam definitivamente. Tudo tem dois lados, pois é preciso MUITO "FILTRO" . O que me preocupa bastante atualmente: o jovem, o adolescente consumindo porcaria. Por outro lado, assistimos o que queremos e não o quê nos é despejado. De qualquer forma, é uma evolução se bem filtrada. Parabéns pelo vídeo.
Esse modelo de criação de cultura castra sistematicamente o que é inovador, um belo exemplo disso é o mercado cinematográfico trabalhando em remakers cada vez mais... Ou aderindo a clichês que deram certo...
Eu gosto muito do UA-cam aqui conheci vários cantores com milhares de views e que não dependem da Rede Globo para serem famosos, tem conteúdo para todos os gostos, seu canal por exemplo é excelente faz refletir e pensar sobre diversos assuntos se essa industria não tivesse mudado será que teríamos seus videos para debatermos? Conheci o canal de vocês através do canal do Rômulo e da Mirela, gosto do canal da Dani Noce, da Flávia Calina, obvio que em todo lugar tem coisa que presta e coisa que não presta. É engraçado ver alguns canais com milhões de seguidores os meninos milionários e as vezes o conteúdo é vazio cheio de tags idiotas e ganham milhões de views vai entender.
É esta preocupação que tenho. As escolhas erradas dos adolescentes.
5 років тому
Sabe, quando eu era criança eu comecei a ler quando tive acesso a biblioteca da escola, e engolia livros principalmente de literatura, mas lembro que tinha de ficar extremamente isolada, precisava de muita concentração. Bem, e praticamente parei de ler, não conseguindo me concentrar, e quando tento sempre tem alguma distração, preocupação, e me perco e acabo demorando muito pra ler um único livro. Tenho muita vontade de saber, entender as coisas que acontecem a todo momento em nossas vidas. Um meio que encontrei de me informar foi o you tube, consumindo cultura nunca oferecida antes em casa, na escola ou no trabalho, mas oferece também mais ilusões e mentirar. Noto que quanto mais aprendo sobre como o mundo funciona, mais sinto tristeza, e o pior é ter um sentimento de impotência diante da realidade, de sentir-se amarrada a todo esse sistema e com vários nós cegos e que minha filha também esta presa a isso, e meus futuros netos também estarão. E como sou e fui iludida, e como ando desiludida também, e ainda assim, sinto-me melhor sendo desiludida do que sendo enganada.
Henry, estou lendo pela primeira vez o ensaio "A Industria Cultural" e me senti muito mal com a leitura, porque, realmente, fica difícil pensar em uma saída para o que se produz, ainda mais com o grande poder da internet. Vejo a cultura de massa como um grande muro de alicerce tão profundo e bem feito que é quase impossível de se encontrar rachaduras ou brechas nele de forma que possamos enxergar pra além dele. Me sinto dentro da caverna de Platão, porém sem nenhum reflexo do outro lado refletido nesse muro, para que pudéssemos pensar em outras possibilidades de cultura para além do que já esta naturalizado na cultura de massa. Penso que tudo o que é inovador na cultura, uma hora é engolido pela cultura de massas, por mais impressionante e maravilhoso que seja. Mas também não perco a esperança de que o melhor caminho é a resistência e a busca por novos horizontes, apesar de sermos bombardeados com muito do mesmo. Obrigada pelos videos e estou acompanhando seu canal.
As plataformas são revolucionárias, mas as próprias mídias sociais utilizam a publicidade, uma dos meios mais tradicionais de fazer alguém sentir a necessidade de consumir algo. A publicidade não pega uma necessidade do público para vender, ela cria essa necessidade usando o perfil do público que ela quer atingir com estratégias que tocam o lado emotivo, a sofisticação, faz uma pessoa acreditar que ela é chique se usar o perfume com nome francês, mas que foi fabricado na China. Tanto que a mesma propaganda da Coca-cola não funciona no Brasil e no Japão, apesar da necessidade de matar a sede existir no dois países. É mais difícil envolver uma pessoa mais crítica, mas a gente sabe que a maioria só que ser feliz na vida. Isso é bem evidente no número de seguidores dos irmãos Neto.
Tem um documentário excelente do Adam Curtis, chamado The Century of the Self, no qual ele mostra justamente isto, como a publicidade passou a criar estas falsas necessidades no começo do século XX, com estratégias bastante inspiradas nas teorias psicanalíticas freudianas.
Excelente vídeo! O ruim é que pessoas comuns que eram inventivas na Internet e são arrebanhadas pela mídia tradicional, são inseridas nas mesmices e moldes impostos.
Maravilhosa sua explicação. Tem um livro onde fala sobre essa questão dos influenciadores digitais ou sobre a internet que vc mencionou " a massa produzindo cultura de massa " ? Grato , abraço
Boa tarde, Henry. No mundo das Artes a beleza está sendo deixada de lado. Depare-se com a Arquitetura e o desenho das casas contemporâneas. O que importa agora é o mercado, o produto útil e prático. Enquanto o público continuar ignorando as Artes, vai continuar sendo massa de manobra da "Indústria cultural" (o nome é péssimo). Este, que já carrega o pressuposto de industria, portanto de arrecadação, de produção, de uma linha que delimita. Vem-me lembranças do passado... Enfim, é a industria cultural que determina o que o público quer consumir, de fato; mas é o público que escolhe que tipo de "produto" é produzido pela "industria". Mas se for isso a evolução, o caminho da cultura, serei um infeliz de hábitos felizes.
Dizer que o mercado alimenta as necessidades dos seres humanos é partir do princípio de que as necessidades nascem do NADA. do NADA eu tenho necessidade de um iPhone. Não é necessário dizer o quão inocente é essa tese mercadológica.
A meu ver, a industria cultural continua a "mesma" (ressalvo com várias aspas). O que eu quero dizer, é que a dita industria cultural sempre se dividiu dessa forma: 1 - Para as massas (seja qual for o seu raio de alcance); 2 - Para um punhado de pessoas mais eruditas. A proporção dos meios culturais banais em relação aos de elite é a mesma, o que acontece é que a visibilidade é muito maior em um desses meios. Não interessa que se a Industria é banalizada, porque essa contra-industria há-de continuar a existir e, existindo podemos escolher de qual das duas beber.
A internet e as novas midias democratizaram..Mas o seu grande desafio ainda é produzir e definir parametros que permitam se diferenciar a qualidade de informacao e conteudos que sao disponibilizados. E TB ,para quem se ve bombardeado de Todos os lados com conteudos diversos, o desafio é de estar capacitado a discernir e dar valorizacao a Esses conteudos...VC podia fazer un video sobre isto.. Como podemos pensar un espaco de liberdade, mas TB com etica e qualidade e interacao positiva...analisar a questao da bolhas Google e o caso do processo facebok..Por exemplo..Como podemos pensar algoritimos q Nao nos aliene e engane?? Que promova o progresso e avancos comunicacionais? Sabe se existe algo de estudos nestes sentido?.
Será que "Dark side on the mon" seria produzido nos dias de hj?? Sempre pensei que tinha lugar pra todos mas olhando por este prisma " reprodução de modelos " fiquei broxada
Penso que é, de fato uma via de mão dupla. Mas a internet (junte aí UA-cam, Netflix, Facebook e Instagram) vieram pra dar luz à individualidade e à autonomia. Passaram a ser canais de produção cultural. E aí, se produz e se divulga de tudo. Claro, a qualidade é discutível. Mas penso, acima de tudo, que esses meios de massificação tem fornecido ao indivíduo a noção de necessidade, ou seja, ninguém vive mais sem internet ou rede social. Aí, há um perigo: tudo de vem de lá, tende a ser aceito como correto e necessário. Criou-se a dependência pra coisa.
Essa é a lógica do sistema, o “tem espaço para tudo e todos” alimentando esse grande mercado de comprar, de consumir tudo....e todos. Acho esse discurso perverso e hipócrita. Abraços 🤗
Acredito que a mudança foi positiva sim! Hoje as pessoas tem mais oportunidade de se expressar e mesmo que a maioria dos trabalhos não seja inovadora só estar produzindo já é um ganho, tanto para as pessoas que produzem como para a sociedade. Acredito que sempre será assim: muitos produzindo e poucos se destacando. Não há muitas pessoas geniais e isso não invalida a produção mediana. Ela tem sua utilidade, seus consumidores. Nâo é todo dia que você quer ler Guimarães Rosa, tem dias em que basta alguém que nos conte uma história.
Oi Henry, adoro seus vídeos, pois nos fazem repensar sobre tudo. Minha TV hoje é o UA-cam definitivamente. Tudo tem dois lados, pois é preciso MUITO "FILTRO" . O que me preocupa bastante atualmente: o jovem, o adolescente consumindo porcaria. Por outro lado, assistimos o que queremos e não o quê nos é despejado. De qualquer forma, é uma evolução se bem filtrada. Parabéns pelo vídeo.
Força, Henry!
Maratonando em seu canal...
Esse modelo de criação de cultura castra sistematicamente o que é inovador, um belo exemplo disso é o mercado cinematográfico trabalhando em remakers cada vez mais... Ou aderindo a clichês que deram certo...
gostei muito bom, ajudou bastante!!
Eu gosto muito do UA-cam aqui conheci vários cantores com milhares de views e que não dependem da Rede Globo para serem famosos, tem conteúdo para todos os gostos, seu canal por exemplo é excelente faz refletir e pensar sobre diversos assuntos se essa industria não tivesse mudado será que teríamos seus videos para debatermos? Conheci o canal de vocês através do canal do Rômulo e da Mirela, gosto do canal da Dani Noce, da Flávia Calina, obvio que em todo lugar tem coisa que presta e coisa que não presta. É engraçado ver alguns canais com milhões de seguidores os meninos milionários e as vezes o conteúdo é vazio cheio de tags idiotas e ganham milhões de views vai entender.
É esta preocupação que tenho. As escolhas erradas dos adolescentes.
Sabe, quando eu era criança eu comecei a ler quando tive acesso a biblioteca da escola, e engolia livros principalmente de literatura, mas lembro que tinha de ficar extremamente isolada, precisava de muita concentração. Bem, e praticamente parei de ler, não conseguindo me concentrar, e quando tento sempre tem alguma distração, preocupação, e me perco e acabo demorando muito pra ler um único livro. Tenho muita vontade de saber, entender as coisas que acontecem a todo momento em nossas vidas. Um meio que encontrei de me informar foi o you tube, consumindo cultura nunca oferecida antes em casa, na escola ou no trabalho, mas oferece também mais ilusões e mentirar. Noto que quanto mais aprendo sobre como o mundo funciona, mais sinto tristeza, e o pior é ter um sentimento de impotência diante da realidade, de sentir-se amarrada a todo esse sistema e com vários nós cegos e que minha filha também esta presa a isso, e meus futuros netos também estarão. E como sou e fui iludida, e como ando desiludida também, e ainda assim, sinto-me melhor sendo desiludida do que sendo enganada.
Henry, estou lendo pela primeira vez o ensaio "A Industria Cultural" e me senti muito mal com a leitura, porque, realmente, fica difícil pensar em uma saída para o que se produz, ainda mais com o grande poder da internet. Vejo a cultura de massa como um grande muro de alicerce tão profundo e bem feito que é quase impossível de se encontrar rachaduras ou brechas nele de forma que possamos enxergar pra além dele. Me sinto dentro da caverna de Platão, porém sem nenhum reflexo do outro lado refletido nesse muro, para que pudéssemos pensar em outras possibilidades de cultura para além do que já esta naturalizado na cultura de massa. Penso que tudo o que é inovador na cultura, uma hora é engolido pela cultura de massas, por mais impressionante e maravilhoso que seja. Mas também não perco a esperança de que o melhor caminho é a resistência e a busca por novos horizontes, apesar de sermos bombardeados com muito do mesmo. Obrigada pelos videos e estou acompanhando seu canal.
Muito bom!
Verdade verdadeira
As plataformas são revolucionárias, mas as próprias mídias sociais utilizam a publicidade, uma dos meios mais tradicionais de fazer alguém sentir a necessidade de consumir algo. A publicidade não pega uma necessidade do público para vender, ela cria essa necessidade usando o perfil do público que ela quer atingir com estratégias que tocam o lado emotivo, a sofisticação, faz uma pessoa acreditar que ela é chique se usar o perfume com nome francês, mas que foi fabricado na China. Tanto que a mesma propaganda da Coca-cola não funciona no Brasil e no Japão, apesar da necessidade de matar a sede existir no dois países. É mais difícil envolver uma pessoa mais crítica, mas a gente sabe que a maioria só que ser feliz na vida. Isso é bem evidente no número de seguidores dos irmãos Neto.
Tem um documentário excelente do Adam Curtis, chamado The Century of the Self, no qual ele mostra justamente isto, como a publicidade passou a criar estas falsas necessidades no começo do século XX, com estratégias bastante inspiradas nas teorias psicanalíticas freudianas.
Vou procurar o documentário, mas se não tiver na internet, acho que só vou achar quando passar pela "civilização" novamente.
Cara! Você é foda! Falou tudo. Inscrito.
Excelente vídeo! O ruim é que pessoas comuns que eram inventivas na Internet e são arrebanhadas pela mídia tradicional, são inseridas nas mesmices e moldes impostos.
Maravilhosa sua explicação. Tem um livro onde fala sobre essa questão dos influenciadores digitais ou sobre a internet que vc mencionou " a massa produzindo cultura de massa " ? Grato , abraço
Boa tarde, Henry.
No mundo das Artes a beleza está sendo deixada de lado. Depare-se com a Arquitetura e o desenho das casas contemporâneas. O que importa agora é o mercado, o produto útil e prático. Enquanto o público continuar ignorando as Artes, vai continuar sendo massa de manobra da "Indústria cultural" (o nome é péssimo). Este, que já carrega o pressuposto de industria, portanto de arrecadação, de produção, de uma linha que delimita. Vem-me lembranças do passado...
Enfim, é a industria cultural que determina o que o público quer consumir, de fato; mas é o público que escolhe que tipo de "produto" é produzido pela "industria". Mas se for isso a evolução, o caminho da cultura, serei um infeliz de hábitos felizes.
Dizer que o mercado alimenta as necessidades dos seres humanos é partir do princípio de que as necessidades nascem do NADA. do NADA eu tenho necessidade de um iPhone.
Não é necessário dizer o quão inocente é essa tese mercadológica.
+Colunas Tortas pois é. O capitalismo é magnífico quando se trata de criar a necessidade para coisas que não precisamos.
A meu ver, a industria cultural continua a "mesma" (ressalvo com várias aspas). O que eu quero dizer, é que a dita industria cultural sempre se dividiu dessa forma: 1 - Para as massas (seja qual for o seu raio de alcance); 2 - Para um punhado de pessoas mais eruditas.
A proporção dos meios culturais banais em relação aos de elite é a mesma, o que acontece é que a visibilidade é muito maior em um desses meios. Não interessa que se a Industria é banalizada, porque essa contra-industria há-de continuar a existir e, existindo podemos escolher de qual das duas beber.
A internet e as novas midias democratizaram..Mas o seu grande desafio ainda é produzir e definir parametros que permitam se diferenciar a qualidade de informacao e conteudos que sao disponibilizados. E TB ,para quem se ve bombardeado de Todos os lados com conteudos diversos, o desafio é de estar capacitado a discernir e dar valorizacao a Esses conteudos...VC podia fazer un video sobre isto.. Como podemos pensar un espaco de liberdade, mas TB com etica e qualidade e interacao positiva...analisar a questao da bolhas Google e o caso do processo facebok..Por exemplo..Como podemos pensar algoritimos q Nao nos aliene e engane?? Que promova o progresso e avancos comunicacionais? Sabe se existe algo de estudos nestes sentido?.
Será que "Dark side on the mon" seria produzido nos dias de hj?? Sempre pensei que tinha lugar pra todos mas olhando por este prisma " reprodução de modelos " fiquei broxada
Penso que é, de fato uma via de mão dupla. Mas a internet (junte aí UA-cam, Netflix, Facebook e Instagram) vieram pra dar luz à individualidade e à autonomia. Passaram a ser canais de produção cultural. E aí, se produz e se divulga de tudo. Claro, a qualidade é discutível. Mas penso, acima de tudo, que esses meios de massificação tem fornecido ao indivíduo a noção de necessidade, ou seja, ninguém vive mais sem internet ou rede social. Aí, há um perigo: tudo de vem de lá, tende a ser aceito como correto e necessário. Criou-se a dependência pra coisa.
E todos mundo virou especialista.... perigoso.
Individualidade capitalista?
Essa é a lógica do sistema, o “tem espaço para tudo e todos” alimentando esse grande mercado de comprar, de consumir tudo....e todos. Acho esse discurso perverso e hipócrita. Abraços 🤗
Acredito que a mudança foi positiva sim! Hoje as pessoas tem mais oportunidade de se expressar e mesmo que a maioria dos trabalhos não seja inovadora só estar produzindo já é um ganho, tanto para as pessoas que produzem como para a sociedade. Acredito que sempre será assim: muitos produzindo e poucos se destacando. Não há muitas pessoas geniais e isso não invalida a produção mediana. Ela tem sua utilidade, seus consumidores. Nâo é todo dia que você quer ler Guimarães Rosa, tem dias em que basta alguém que nos conte uma história.
h