Entrevista sobre o aumento expressivo de diagnóstico de crianças autistas com a psicanalista, psiquiatra e escritora, Inês Catão. Roteiro e Direção: João Barretto de Acioly Lins
Um desrespeito imensa a palavra pandemia vir atrelada à casos de autismo. Os profissionais da saúde deveriam pensar a respeito disso. Que se fala em aumento de diagnósticos, crescimento de diagnósticos... Mas não se utiliza uma palavra claramente associada com doença com outra que já passou e ainda passa por tantos estigmas, desinformação, preconceitos variados... O mais triste é a palavra pandemia vir principalmente dos analistas que sustentam uma leitura de que o autismo é um funciomento psíquico, um modo de estar no mundo. Vocês precisam se decidir se para a psicanálise de fato se trata disso, ou se não há por parte dos próprios psicanalistas algo mal elaborado para sair tanto nas entrevistas a palavra epidemia ou pandemia associada ao autismo, ou mesmo aos diagnósticos de autismo... Ao meu ver, não muda muita coisa. Ainda é uma péssima escolha de vocabulário para tratar desse tema. E o pior é que já está normalizado entre psicanalistas o uso desse termo - a cara nem treme, ninguém enxerga o quão errado é, e quando alertados tentam tirar argumentos da pqp pra justificar essa escolha que só reitera um lugar de rechaço vivenciado de inúmeras maneiras por pessoas autistas. Lamentável.
Inês Catão sempre dá aula. Bravo!
Um desrespeito imensa a palavra pandemia vir atrelada à casos de autismo. Os profissionais da saúde deveriam pensar a respeito disso. Que se fala em aumento de diagnósticos, crescimento de diagnósticos... Mas não se utiliza uma palavra claramente associada com doença com outra que já passou e ainda passa por tantos estigmas, desinformação, preconceitos variados... O mais triste é a palavra pandemia vir principalmente dos analistas que sustentam uma leitura de que o autismo é um funciomento psíquico, um modo de estar no mundo. Vocês precisam se decidir se para a psicanálise de fato se trata disso, ou se não há por parte dos próprios psicanalistas algo mal elaborado para sair tanto nas entrevistas a palavra epidemia ou pandemia associada ao autismo, ou mesmo aos diagnósticos de autismo... Ao meu ver, não muda muita coisa. Ainda é uma péssima escolha de vocabulário para tratar desse tema. E o pior é que já está normalizado entre psicanalistas o uso desse termo - a cara nem treme, ninguém enxerga o quão errado é, e quando alertados tentam tirar argumentos da pqp pra justificar essa escolha que só reitera um lugar de rechaço vivenciado de inúmeras maneiras por pessoas autistas. Lamentável.