Eu não entendi como vc e outros comentaristas (uso essa palavra na falta de melhor definição, peço desculpas se errei) chegaram à conclusão de que ele suicidou. Eu sinceramente cheguei ao final meio q sabendo as repostas mas sem querendo acreditar pq eu realmente não as vi. Essa coisa de deixar implícito me gera meio que um bloqueio e eu penso logo na melhor saída, mesmo com um aperto no peito. Eu sei lá, vi no cinema e achei ótimo, mas triste. Mesmo sem saber exatamente oq aconteceu, agora assisto resenhas querendo achar respostas que não quero aceitar 😵💫🫠😅 Obrigado pelo vídeo!
@@felipealvim7689 Oi Felipe! Seu questionamento é super válido. O filme não diz diretamente que isso aconteceu, então precisamos trabalhar com as pistas que ele deixa. Temos algumas: o plano dele subindo no parapeito da varanda (que sugere esse desejo), a forma triste como a Sophie adulta olha pras imagens na câmera… mas principalmente a cena dele entrando no mar. Claro que não há confirmação, mas parece ser o que a diretora quer dizer com a história. É triste mesmo, mas a graça é justamente como ela conseguiu trabalhar um sentimento triste através de um retrato muito leve e bonito dessa relação. :)
Eu achei muito bonito esse diálogo aqui: Sophie: ''Acho legal compartilharmos o mesmo céu.'' Calum: ''O que você quer dizer?'' Sophie: ''Bem, tipo... Às vezes, na hora do recreio, eu olho para o céu e se consigo ver o Sol então... Acho que o fato de nós dois podermos ver o Sol, mesmo que não estejamos realmente no mesmo lugar e não estamos realmente juntos... nós meio que estamos de certa forma, sabe? Como se estivéssemos os dois sob o mesmo céu, então... meio que juntos.'' Assim como você comentou no vídeo o poder das gravações de eternizarem esses momentos tão singelos e simples em memórias marcantes e profundas, pra mim soa como uma ''conexão'' o fato de ambos terem gravações dessas férias, onde os dois contemplam algo que os conectam igual o sol! Gravações de uma câmera antiga que por mais que os dois estejam distantes, estão conectados por essas lembranças.
@@BernardoBequer bem lembrado! Esse diálogo do céu é muito interessante mesmo… estamos todos conectados, quer a gente perceba ou não. Uma das coisas mais legais nesse ritmo contemplativo do filme é que ele permite essas divagações que são essenciais pra ideia de lembranças que a diretora quer explorar. :)
A cena mais pesada para mim é quando a filha descreve que sente sintomas depressivos, melancólicos e o pai percebe que ela puxou esses traços depressivos dele. Não tem nada que possa ser feito sobre isso. Então ele fica puto e cospe na sua própria imagem. É o ápice do quanto ele se odeia por não poder poupar a própria filha dessa "herança maldita" que é a depressão.
Boa observação! É bem por aí mesmo... imagina saber que tudo aquilo de ruim que você sente, sua filha também sentirá. Tenso demais. Valeu por trazer esse aspecto aqui!
Tive de ver o filme duas vezes pra me convencer do suicídio do pai. Mas faz todo o sentido. A Sophie adulta só lembra do pai jovem. Não há lembrança dele em outra fase da vida. A canção Under Pressure fala justamente em "última dança" ( last dance). A cena da balada é simbólica. Há um momento em que parece que o pai está se afogando e a Sophie o agarra e tenta salva-lo, o que remete evidentemente 'a cena em que ele entre no mar 'a noite e desaparece na escuridão. Nossas lembranças não ocorrem em ordem cronológica e, como o filme é uma recordação da Sophie adulta, é plausível que o suicídio do pai tenha sido mostrado no meio da narrativa. Por fim, encontrei num site uma entrevista com a diretora e ela disse que Aftersun é, de certa forma, a continuação de um curta-metragem que ela fez sobre o sentimento de luto. Pra mim, Aftersun se tornou um filme muito melhor depois que o vi pela segunda vez. É até difícil de acreditar que seja o primeiro longa dessa jovem diretora. Merece todos os prêmios que está recebendo.
Excelente análise do filme, Luís! Realmente, temos todas essas pistas do que aconteceu, e a segunda assistida confirma demais esse desfecho. Gosto demais quando um filme consegue ganhar mais camadas cada vez que o revisitamos. Vale muito acompanhar o que a Charlotte Wells faz em seguida!
Não interpretei assim a questão do suicídio, tem a cena deles de despedindo no aeroporto, então não faz sentido que ele tenha se matado durante a viagem (talvez a cena do mar seja só uma metáfora)
@@mateusramos609 Fala, Mateus! Acho que o suicídio (interpretado, claro), aconteceria depois da despedida, quando ele ficou sozinho na Turquia. Mas essa cena do mar pode ser sim metafórica, o filme deixa bem aberto mesmo.
@@gustavogirotto agora faz sentido kkk talvez não tenha sido cronológico mesmo, é que da forma que foi mostrado me deu a sensação de que aquele mergulho tinha acontecido na noite que ela ficou do lado de fora do quarto (ao mesmo tempo pensando agora ele podia tá dormindo mesmo porque quando ela consegue entrar ele tava lá) enfim, muitas interpretações que tornam o filme maior a medida que pensamos sobre ele.
@@mateusramos609 Sim, a diretora brinca um pouco com nossas expecativas nesse momento que ela encontra ele na cama...hehe. Mas legal, é bem bacana discutir esses detalhes de interpretação do filme!
Vish moça minha lerdeza é maior que a minha depressão kkkkk :') mas realmente, msm eu não entendo tudo de cara, dava pra sentir que algo não tava certo alí
Eu passei o filme inteiro com a sensação de estar segurando a respiração, torcendo pra que o Calum não quebrasse. Só consegui "soltar o ar" quando os créditos começaram a subir. E as lágrimas, a descer.
Acabei de assistir. Não tinha lido nenhuma sinopse. Não sabia o que vinha na sequência das cenas entre pai e filha, por um tempo fiquei aguardando algo surpreendente na história. Daí percebi que o surpreendente era mesmo a atuação dos dois. É tão melancólico e bonito. É tão solitária a dor do pai...
Muito bem observado, Andrea! Uma dor bem solitária mesmo, a do pai. O que traz essa melancolia que a filha ainda não compreende totalmente. É um filme bem agridoce.
Os momentos finais do filme, quando vc vai aos poucos compreendendo tudo, destruiu meu coração em tantos pedaços que só de lembrar a cena dos dois dançando, meus olhos lacrimejam. Eu não sei exatamente o motivo, talvez porque eu me identifique com o Calum (quem tem ou já teve depressão sabe que o filme representou isso muito bem, visto da perspectiva de uma criança), mas também a saudade da infância e da presença dos meus pais. A cena da Sophie dormindo e o Calum retirando os tênis dela; ou dele passando protetor solar, enfim, tantas memórias que esse filme resgatou e eu que acreditei estarem perdidas. Sem dúvidas, na minha opinião é um dos melhores filmes de 2022, mas também é um dos melhores que já assisti na vida.
Que belo e contundente relato, Fernando! Esse filme realmente ativa essas memórias muito pessoais que temos dos nossos pais, e acho que ele serve como um jeito de a diretora reorganizar esse misto de sentimentos num formato doloroso mas também terapêutico. Acho que a arte consegue fazer isso de um jeito muito tocante.
@@christianefreitas2326 Essa mistura de sentimentos conflitantes é um dos maiores acertos do filme, né Christiane. E aproxima demais o filme da realidade, que também traz todas essas emoções juntas. Obrigado pelo comentário!
Eu interpretei a cena da boate caótica como a “depressao”, pra mim aquilo foi uma metáfora. Quando ele se despede da Sophie e vai a caminho daquele fundo da boate caótica confirma tudo o que eu pensava. E a Sophie adulta aparecendo nessa mesma boate com o pai significa que ela tá passando pela mesma situação por causa da ausência e da perda do pai.
Boa interpretação! Acho que é por aí sim... a depressão (que tá ligada, claro a esse turbilhão de memórias também... afinal os pensamentos ficam saltando de evento em evento da vida, tentando encontrar algo para se segurar). ;)
Exatamente, a Sophie adulta agora está passando pela mesma depressão do pai. Tanto é que o filme deixa pistas de que ela também é uma menina com tendências depressivas. Na cena em que ela se pergunta porque sente esse vazio dentro dela e o Calum até cospe na própria imagem, isso pode ter sido remetido ao fato de ele odiar a si próprio principalmente porque percebeu que a sua filha herdou dele os genes da depressão. A tal da herança maldita.
Achei o filme sensacional. A diretora conseguiu falar de um assunto tão pesado de maneira tão poética. E você consegue se relacionar com a história de tantas maneiras, não apenas para quem teve contato com a depressão, mas é possível lembrar da nossa infância e de como não conseguíamos enxergar as necessidades de nossos pais. Fiquei pensando muito nisso. A cena do último jantar onde a Sophie diz: "Queria que durasse para sempre" ao mesmo tempo que a fotografia da máquina polaroid vai se revelando é muito linda. Como se, pelo menos na foto fosse eterno o momento.
cara, excelente observação, Leonardo! O plano da Polaroid revelando realmente passou essa sensação. O filme tem muita sensibilidade mesmo. Obrigado por comentar aqui!
Gostei muito da sua análise sobre o filme. Mas acredito que o quadro depressivo do Calum não se deve só pelas frustrações nos negócios e na vida adulta. Ele numa das cenas mais fortes do filme, relata para filha questões sobre a infância dele e da relação dele com a família. O que ele descreve como vivencia familiar contribui diretamente para a depressão. O fato da familia não lembrar do aniversário dele e de quando ele os lembra ainda leva um puxão de orelha, revela muito sobre a dinâmica familiar. Depressão se constrói com todas as disposições genéticas e principalmente desencadeada pelas ambientais. Um filme muito forte mesmo.
Oi Tiago! Ah sim, também acho que a depressão vem de muitos outros fatores. Os problemas financeiros e adultos são, na verdade, consequências de como ele se sente... acho que eu poderia ter sido mais claro sobre isso no vídeo. É bem como você comentou aqui. Grande abraço!
"pelas disposições genéticas" e a filha dele também já tinha pré-disposição a depressão, herdando os genes do pai. O que deixa a parada ainda mais pesada porque certamente a vida dela foi arrasada por esse acontecimento
Acho que a trilha fala muito do filme, qdo Sofie canta Loosing my Religion, vem uma reflexão imediata acerca da depressao. Um filme repleto de nuances.
No começo achei q ele escondia algo da filha , no começo achei que ele ia morrer estava morrendo e estava sofrendo sozinho , de pois achei que ele não estava com mãe dela e vivia sofrendo por ser homossexual e estava escondendo , de pois achei que ele fosse dependente químico e não queria mostrar a verdade para filha ,kkkkk eu achei muitas e muitas coisas menos depressão, mas e muito Loko tudo isso tentar dispensar as causas e o por que de tudo que estava acontecendo com ele até chegar na verdade foi diferente mas um pouco triste e difícil de acreditar o fim que ele teve😢
Sim, tanto que num determinado momento do filme, ela parece não estar conseguindo dormir e fala pra parceira ‘vou buscar ele’ e no fim vemos que ela foi rever os videos da viagem. Que filme maravilhoso, especial e sensível e a trilha sonora entao…a musica Tender do Blur, Losing my Religion do REM e óbvio..Under Preassure do Queen ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ nota 1️⃣0️⃣
Aquela menina já tinha tendências depressivas, herdou os genes do pai. E com uma relação tão amorosa quanto a deles, certamente a tragédia do Calum fez um estrago monstruoso nela.
@@fernandacarvalho9732acredito que seja o bebê da Sophie e da namorada/esposa dela. É um menino, acho que o "vou buscar ele" tem esse sentido ambíguo (primeiro, o pai, depois do pesadelo que ela teve, e o bebê).
Um dos filmes mais sensíveis que já vi! Também achei a cena da dança uma das mais lindas e tristes do cinema. Pensei no simbolismo da filha estar fazendo aniversário e alcançando a mesma idade que o pai tinha quando se suicidou. É como se eles se encontrassem no tempo. No começo do filme ela pergunta ao pai como ele se imaginava com 31 anos. Agora ela faz 31, também tem uma filha. Talvez, nessa busca pelo sentido do suicídio do pai, ela tenha percebido que não tinha culpa pelo que aconteceu. Tampouco o pai, que sofria de grave depressão. O abraço entre ambos poderia representar esse ato de perdoar ao pai e perdoar a si mesma, por não ter tido culpa pelo que aconteceu.
Excelente observação, Luciana. Acho bem interessante essa reflexão que surge quando atingimos a mesma idade de algum momento marcante da vida de nossos pais. Parece que fica mais fácil entendermos eles, nos colocarmos no seu lugar. O filme representa isso bem demais, né.
Quando tocou Under Pressure no final foi muito emocionante, parecia um momento que eu não queria que acabasse, a última dança, que se eu soubesse que seria a última teria ficado mais tempo lá…
Acabei de assistir esse filme por indicação do cinepop. Não vi nenhum trailer e nem li a sinopse. A todo momento achei que aconteceria algo com a garota, que ela seria raptada ou violen*ada. Mas entendi o filme como uma lembrança boa da jovem tinha do seu pai.
Pra mim o filne é uma anatomia da depressão. Mesmo cheio de cenas coloridas, sol, céu e mar radiantes eu so consegui sentir um pesar no peito, uma tristeza sufocante. O trabalho é tão bem feito que nos conecta direto com a dor. Dois dias depois de ter assistido e eu ainda estou sentindo.
A cena final me destruiu, o olhar de despedida me levou imediatamente ao aspecto melancólico e depressivo dele, foi inevitável não pensar em suicídio. Um filme belíssimo, que nos toca profundamente.
Realmente, é uma despedida completamente avassaladora. Aliás, talvez a pior despedida é aquela que não sabemos que será a última. Pesado mas tocante demais, né.
Eu achei que a cena na boate era também o caos na cabeça desse pai, que, frequentemente visitava esse lugar, mas uma vez sem a filha, ele sai do aeroporto diretamente para esse desespero continuo novamente, levando ao fim trágico do suicídio...
Esse filme me pegou legal, a nostalgia, as cores, a trilha, a identificação com a depressão do personagem. A crise dos 30... O filme comigo cumpriu um papel educativo ao me lembrar que essa doença não pode ser subestimada ou maqueada com práticas terapêuticas superficiais. É preciso cuidar sa saúde física, mental, amigos, alimentação, sono, trabalho equilibrado e muita fé em Deus...
Fico feliz que o filme te trouxe essa consciência, Jaahlim. Esse é um dos papéis da arte, né... causar uma reflexão e nos levar a transformações também. Obrigado por seu comentário! ;)
Nossa, fiquei bastante emocionada com o filme. Meu pai tbm tem depressão, e assim como Shopie, eu tive muita cumplicidade dele na minha infância. Guardo hoje ótimas memórias juntos. E desde que eu tive o entendimento da doença, percebi que muitos desses momentos “bons” ele não estava bem. Só tenho gratidão por tanto amor, e hoje eu tento colecionar ainda mais bons momentos com ele, assim como sempre foi.
Assisti esse filme no sábado, todo mundo tava falando tanto sobre ele que eu precisei conferir por conta própria, e até agora não tinha encontrado nenhum vídeo que explicasse o significado dele com tantos detalhes e tão bem, obrigada, eu sempre tenho dificuldade em juntar as peças e entender o que esses tipos de histórias querem dizer e o que realmente aconteceu, muitas teorias rondam a minha cabeça, mas eu nunca quero acreditar na pior. De início, eu preferi acreditar que a Sophie e o Calum tinham perdido contato ou algo do tipo, tem uma cena em que ele fala pra ela que ela sempre podia contar tudo para ele, quando começasse a ir pra festas ou a usar drogas, então eu imaginei que ele queria estar presente nesses momentos, mas então ele também diz pra um cara que não consegue se imaginar com 40 anos (acho que é essa a idade) e tudo fica muito claro, mesmo que implicitamente. Durante todas as cenas do filme, mesmo nas felizes, tinha sempre essa melancolia pairando sobre o ar, e mesmo que eu não tenho chorado, eu sabia que era algo triste, acho que se a história tivesse sido mais direta e contado tudo que aconteceu, não teria sido tão bom. Enfim, obrigada e parabéns pelo vídeo, ficou ótimo ♡
Muito obrigado, Laiane! Você também descreveu o filme perfeitamente. Essa melancolia que rola nos momentos levinhos e felizes, é bem isso mesmo. Gosto demais do jeito elegante que a diretora encontrou pra tratar um tema tão sério. Enfim, obrigado por assistir e compartilhar sua visão aqui! :)
Nunca chorei tanto assistindo um filme, me identifiquei muito a Sophie. Esse filme tirou de mim sentimentos extremamente íntimos e fortes. Me senti conectada, emocionada e representada, e nunca pensei que um filme fosse me trazer sentimentos tão fortes assim. Um dos melhores filmes que já assisti na vida, quero rever novamente.
No começo eu achei esse filme meio sem sentido, parecia tudo muito trivial demais. Só depois quando notei a depressão do pai e, principalmente no final do filme, que eu percebi a sensibilidade desse filme ao retratar memórias, mesmo que banais, de uma filha que não tem mais o pai. Esse filme é lindo, arte pura.
Para mim ficou claro que um dos motivos do suicidio do Calum diz respeito a secualidade dele, diversos elementos ao longo do filme evidenciam que ele é gay/bi, a exemplo: Ele na sauna com um rapaz deitado na frente dele; ele observando os jogadores de polo, ele conversando com o mergulhador, ele na balada com homens se aproximando dele, o fato dele morar com o colega de trabalho, a Sophie chegando no quarto em que ele nao está e depois ela vendo dois homens se beijando e mostrando novamente o Calum andando na rua com o mergulhador ao fundo e por fim, a cena deles dançando under pressure.
Muito bem observado, Ethan. Realmente fica a sugestão de uma sexualidade não assumida, lembrando ainda que o filme se passa no começo dos anos 2000 e, por mais que não faça tanto tempo, era uma época ainda mais difícil de assumir qualquer orientação sexual fora do padrão heterosexual
Eu tendo um pai dependente químico, esse foi um filme que mexeu demais comigo, uma das cenas que mais me marcaram foi a que eles estão conversando em cima da boia e ele diz que ela pode contar pra ele tudo oque ela fizer, inclusive as drogas que ela for experimentar e ela diz “eu nunca vou fazer isso”. Eu nunca experimentei nenhuma droga, nem mesmo álcool com medo de ter uma predisposição a me viciar como o meu pai. A outra cena foi a da dança claro, no meio daquelas luzes quando ela tenta de alguma forma “segurar” o pai dela eu enxerguei como uma metáfora de que ela tentou salvar, tirar o pai da depressão, eu me vi naquela cena tentando “salvar ou tirar” o meu pai das drogas, assim como a Sophie, eu não tive sucesso na minha tentativa.
assisti ao filme às cegas, sabendo nada além dos elogios de alguns conhecidos, e acredito que é o melhor jeito de assisti-lo. a quebra de expectativa (expectativa essa que foi criada somente ao longo do filme) agregou muito à minha experiência. gosto muito de filmes que dizem tudo ao nada dizer, que a gente sente mais do que entende, e esse é meu novo favorito desses. filmes que os atores sentem junto aos personagens, e nós sentimos junto à eles. que linda, linda atuação do paul mescal e da frankie corio. me preparei para algumas cenas bonitas e diálogos que rendem bons quotes para as páginas de cinema do instagram. acabei sendo pega de surpresa pela sensibilidade que existe em cada aspecto do filme (desde a fotografia e trilha sonora, até a direção e montagem). no meio do filme passei a esperar uma certeza, qualquer coisa que surpreendesse, mudasse o tom do filme ou concretizasse tudo o que havia sido construído até então. mas é justamente aí que mora a magia. há sempre algo sobre os filmes da a24 que você terá que ler nas entrelinhas, pensar e repensar. e aftersun, enquanto filme de estreia, além de dizer muito da produtora, diz ainda mais da diretora. aftersun está para a charlotte wells, assim como get out está para jordan peele e hereditary está para ari aster. mal posso esperar pelo que ainda vamos ver, tanto dela, quanto dos outros dois diretores. pra finalizar, quero falar sobre uma cena que não foi mencionada nos comentários até então, mas que foi a primeira que me encheu os olhos e acredito que diz muito da conexão e, ao mesmo tempo, da distância entre a sophie e o calum. a sophie cantando losing my religion sozinha no karaokê. era para ser cantada com ele, e acabou sendo cantada para ele. a letra, pra mim, representa como a sophie não entendia, mas sentia o que acontecia com o pai, mesmo em meio as tentativas dele de camuflar e evitar abrir-se com ela: losing my religion trying to keep up with you and i don’t know if i can do it oh, no, i’ve said too much i haven’t said enough além disso, a espera da sophie pelo pai se esvaindo ao decorrer da música, a conversa deles quando ela volta a se sentar ao lado dele. que soco no estômago. já estou ansiosa pra assistir de novo. p.s: que grata surpresa foi achar esse vídeo, excelente análise e excelente produção. já passeei por alguns outros vídeos e me inscrevi no canal, parabéns pelo trabalho! :)
Evelyn, adorei ler sua análise no filme! Realmente, os filmes da A24 trazem esse lance das entrelinhas, e Aftersun é muito mais mais sobre perguntas, sensações e e divagações do que sobre respostas. Eu até questiono o valor de fazer um vídeo “explicando” o filme, porque ele realmente é feito mais para ser sentido. Mas fico feliz que você gostou da análise! Muito obrigado pelo comentário e pela inscrição. :)
Eu gostei muito do filme. E gostei muito do seu vídeo. Confesso que tive que ler várias coisas depois de assistir o filme para poder fechar as lacunas. E tem duas interpretações que eu não vi ninguém comentando em nenhum site ou vídeo. 1 - Na cena que o Calum entra na praia de noite, ele se matou, e isso provavelmente aconteceu após o final do filme. E o que a gente assiste é justamente a Sophie revendo os vídeos do passado, tentando entender o motivo do pai tão legal e amável ter cometido suicídio. 2 - Na cena que a Sophie adulta acorda ao lado de outra garota e uma criança começa a chorar, o semblante da Sophie lembra muito o semblante do Calum, quando ele estava sozinho, mostrando que ela apresenta a mesma depressão que ele, inclusive na mesma idade. E provavelmente ela vá seguir o mesmo fim, o suicídio. Por isso que estamos vendo ela, nessa idade, revendo as fitas tentando entender o pai. Será que só eu interpretei essas duas situações assim?
Essa cena eu chorei muito. Ela sozinha no palco, cantando pra ele. Ele "nao estar no clima pra cantar com ela" e deixa ela ir sozinha e depois a critica. E' tudo muito dolorido...e a letra da musica, meu Deus. Acho que pra ela so' restava tentar ataca-lo de volta, pra ver se ele reagia.
Acabei lendo alguns comentários sobre o vídeo, e algumas pessoas relatam que tiveram que assistir ao filme mais de uma vez. Eu pessoalmente assisti uma vez (há 10 minutos atrás) e a princípio, nos primeiros momentos também achei que era apenas uma coletânea de memórias da Sophie com um pai em um verão, e mais nada, achei que era apenas aqueles filmes levinhos que a gente assiste no domingo a tarde. Depois da metade do filme pude entender a profundidade do que estava acontecendo, de que o pai era sua melhor versão apenas para a filha e concordo com a narrativa do vídeo em relação as lacunas que podem ser preenchidas com as próprias "bagagens" do telespectador, pois para mim, mesmo sem se aprofundar na vida de Calum me identifiquei em muitas características do personagem e que por parte de Calum, ele devia estar passando por uma dor e melancolia intensa, mas tambem pude me colocar no lugar da Sophie, que na época não entendia aos sinais, mas que desde nova já compartilhava o mesmo sentimento depressivo do pai.
Aftersun doeu na alma. Que filme espetacular dá Charlotte Wells. A trilha sonora no final de Oliver Coates nos créditos é de desabar qualquer um. Paul Mescal entregou muito no papel de um pai depressivo indo direção à morte, a cena do mar onde ele some na escuridão foi tão forte que suspirei forte com a esperança de acreditar que ele voltaria, mas ele já tinha tirado a vida. Frankie Corio está ótima também, que entrega tudo em uma criança que sonha em ser adulta e sequer faz ideia do abismo que seu pai carrega dentro de sí. Um filme reflexivo sobre memórias, perdas, solidão e claro, o perigo da depressão que afeta muitas pessoas nos dias de hoje.
Da primeira vez que vi esse filme ele me pegou mas de um jeito diferente, assisti num momento que estava cansado e com sono e por mais que tenha gostado e no final ter ficado com aquele sentimento de querer ver mais desses personagens, se resumiu a apenas um filme legal, mas dá segunda vez, essa história me pegou demais, o vazio que eu senti no fim desse filme é inexplicável que filme que história bem contada é um simples que funciona muito.
Cara, muito bem explicado Victor! A segunda assistida adiciona muito pro contexto emocional, né? E mesmo na primeira vez, é aquela simples gostoso de ver. Às vezes só precisamos passar um tempo com personagens, não precisa ter uma trama toda mirabolante. :)
Рік тому+8
É um filme leve e pesado ao mesmo tempo. Parece bobo, mas a gente sente o sofrimento do pai o tempo todo. A insuficiência dele é constante e frustrante o tempo. A gente sente isso.
Verdade, Elias. Sentimos mesmo… isso é uma das coisas mais interessantes nesse filme: sensações construídas não por palavras, mas pelo clima das cenas, pelo estilo de direção e montagem, etc…
Quem diz que entendeu o filme é pq sabia a história ou do que se tratava antes. Quem assiste sem saber a história não entende o final, pois não tem um final de fato.
Me identifiquei um pouco com esse filme, sou separado tbm, estou prestes dos 30 e minha filha ira fazer 8 esse ano, e percebi e me senti no papel dele em alguns momentos, por não ter tido um pai tão bom e querer criar o máximo de memórias boas pra minha filha, e já ter pensado diversas vezes pensado no 'ato', esse filme abriu meus olhos pra tentar ser um pai cada dia melhor pra minha filha e tbm tentar evitar esse fim, ótimo filme
Oi Douglas! Fico feliz que o filme conversou com você. Acho que a arte consegue trazer reflexões muito importantes pra ajudar a gente a evitar esses desfechos. Desejo que você continue se encontrando e sendo um ótimo pai pra sua filha! :)
Douglas, esse filme também me pegou por motivos bem parecidos. Sou separado e minhas filhas com 9 e 16 anos estão morando no exterior com a mãe. Viver longe delas é uma barra, principalmente por causa do cotidiano. Sempre que posso as encontro e esses momentos de férias são especiais. E justamente agora estamos nos preparando para uma viagem só nós três juntos. Caramba! Eu sempre penso em ser o melhor pai possível, e que as nossas férias juntos sejam também as melhores possíveis.
@@cesarmatossilva Imagino Cesar, espero que as férias tenham ocorrido bem e que seja o melhor pai possível pra elas, com certeza elas merecem, e aproveite bastante !!!
Eu, como mãe, não consegui me conectar ou ter empatia com o pai, porque fiquei julgando ele como inconsequente de levar a filha pra viajar estando nessas condições emocionais em frangalhos… por exemplo quando ele surta, ela fica ali exposta. Coisas de mãe preocupada por demais 😅
Uma frase me confundiu. Quando Shopie já adulta, está com outra mulher na cama e ela fala"Vou buscar ele". Achei que era o pai com alguma sequela de acidente algo assim, uma tentativa de suicidio, mas não aparece mais nada. Isso me fez tentar decifarr o filme, mais do que interpretar.
Oi Anderson! Não estou com o filme aqui na frente no momento, mas pelo que lembro ela diz que iria buscar o ele se referindo ao bebê que estava chorando. Vê se faz sentido. :)
Pois é, quando percebemos o que acontece o filme ganha uma dimensão ainda mais impactante né. E os atores tão incríveis mesmo. Obrigado pelo comentário, Vanina!
Cara passou muito despercebido pra mim que ele tinha depressão, eu nem reparei nos sinais que o filme da, pra mim os momentos de tristeza que ele tem era só momentos de dúvida que todo adulto tem, principalmente jovem. Fiquei chocado quando no twitter todo mundo estava falando sobre a depressão dele pq pra mim o filme foi sobre momentos felizes de uma férias na Turquia e nada além disso. Vou reassitir agr
Acho que vendo de novo com isso em mente, esses sinais vão ficar mais claros pra você, Gabriel. Ainda assim, não tem nada de errado em assistir o filme e sair dele só com os momentos bons. A diretora deixa essa escolha pra gente. :)
*só fui entender o filme depois que vim pesquisar, até entao eu achava que o Pai alimentava um amor pela filha que ia além do paternal, a garotinha muito curiosa com tudo com cenas meio estranha de sexo e o pai completamente nú na cama, leva qualquer um a crê que o pai abusava da filha!*
Belo filme....é surpreendente que é o primeiro longa da diretora e me pareceu muito madura.....o ator Paul Mescal que eu não conhecia é um ótimo ator....merece reconhecimento em alguma premiação...talvez no Bafta...
Um filme de estreia maravilhoso mesmo, Nelson. O Paul Mescal também tá começando a despontar, então vai ser bem legal acompanhar a carreira dele e da diretora.
Seus comentários ajudaram a encaixar as últimas peças do quebra cabeça, assisti ontem à noite no mubi, foi muito forte pra mim, porque meu irmão se suicidou aos 24 anos, percebi que ainda faltava olhar para algumas coisas que ele deve ter vivido
Maravilhoso! A montagem do filme se assemelha muito com a imagem que temos sobre nossas memórias. Sobre a cena final dele. É puramente a memória dela sobre ele. Eu tenho algumas memórias parecidas, nós lembramos do lugar, e o que acontece, mas em nossa mente este lugar está totalmente modificado, enfatizando o que nos mais marcou, bem como onde ela termina (que no caso da Sophie, ela termina voltando para a escuridão onde o pai dela ficou).
É bem assim mesmo, né Caio. Nossa mente embaralha tudo… mas a sensação permanece. Poucos filmes conseguiram capturar isso tão bem. Aftersun é maravilhoso mesmo.
aparentemente é um filme sobre a mudança do mundo infantil para o adulto. esse amadurecimento "forçado" que toda criança é submetida. mas a diretora vai dando apenas pinceladas sutis como em um quadro surrealista. a depressão do pai, com 30 anos, que não se vê chegar aos 37, sem motivo aparente. mas aí vem: o rápido mas caloroso e interessado encontro com o instrutor de mergulho. ele observando o cara na mesa como se tivesse com dor de cotovelo não apenas por estar junto da família. ele querendo jogar polo aquático dps que vê o rapaz colocando a rede. ele não querendo "passar vergonha" cantando no karaoke e novamente a diretora nos apresenta um rapaz bonito conduzindo o microfone. o relacionamento frustrado com outra namorada. o ótimo relacionamento que ele mantém com a mãe de sophie. o yoga. a sensibilidade. a dança. e o choro. o choro angustiante, nu. tudo isso parece que a diretora tenta nos narrar sua descoberta formando esse quebra-cabeças de que o pai possivelmente estava travando uma luta interna, com a pressão de não se encaixar em lugar nenhum (a fala sobre a cidade dele confirma isso). um sentimento desesperador, de alguém que, possivelmente, pela época, lutava contra uma homossexualidade latente, e se sentia perdido demais para continuar. é um belo filme, sensível, e aberto a diversas interpretações.
Boa, Matheus! Gostei do “pinceladas sutis como num quadro surrealista”. Ótima definição. Também acho que existe um subtexto de repressão homossexual ali, as pistas estão lá mesmo… grande abraço!
Acabei de assistir sem saber nada sobre o filme, o sentimento de luto por ter perdido meu avô a 2 meses me fez chorar como um bebê, que filme lindo (cheio de lacunas mesmo), me deixou devastado, porém leve depois de chorar litros…
Sinto muito por seu avô, João! Realmente, às vezes precisamos desabar de vez pra depois se recompor mais leves. Aftersun provoca isso com bastante sensibilidade mesmo. Um abraço!
Posterguei assistir esse filme por mais de um ano, até que não resisti ao hype (ainda maior) da chegada dele na Netflix. Que obra prima, que sensibilidade com um assunto tão delicado e acima de tudo que interpretação magistral desses dois. Como me aquece o peito poder contemplar trabalhos tão fabulosos quanto esse em tempos tão rasos. Confesso que há tempos uma obra não me impactava da forma que Aftersun mexeu comigo. Já havia lido resenhas muito superficiais sobre ele porém sempre com a opinião de que era um ótimo filme (na verdade não quis me aprofundar através de terceiros, se é que pode dizer assim) e confesso que boa parte do filme o sentimento foi de confusão e isso foi mudando na parte final quando comecei entender o que se passava, quando a questão da solidão do pai fica mais evidente. Ao término do filme isso explodiu minha cabeça, que daí fui ligando as coisas e vendo o tamanho de cada cena desconexa daquelas tinha. Precisei ver outras vezes e a cada vez que assistia uma nova opinião era formada sobre. Que obra de arte!
O filme conseguiu ser tão leve se tratando de um assunto tão triste, por um certo momento no começo do filme eu achei q não iria curtir, mas no decorrer eu tava torcendo pra demorar muito pro final chegar, só pra eu ficar envolvido na história mais ainda, me coloquei no lugar do Calum em algumas situações, o coração acelerava, a gnt sai do filme com tantas perguntas e uma certa cobrança, aftersun é lindo, poético, Paul Mescal já havia me impressionado muito com a atuação em normal people (deu até vontade de ver novamente) agora eu fiquei querendo muito ver a história sob a visao dele, imagina ter um aftersun 2.0 🤍
Will, demorei pra ver que não tinha respondido seu comentário… mas adorei o que você escreveu. Essa sensação de querer permanecer ali, no filme, como a própria personagem deve querer ficar na felicidade das suas memórias. Esse filme é tocante demais. Grande abraço!
Primeiro, parabéns pelo conteúdo, análise, canal, tudo. Sensacional! Bom, tenho ouvido muitos comentários sobre como o filme é monótono, parado e chatão, mas acho que ele realmente não é para todo mundo, assim como nenhum é. Creio que aqui, só os mais mais sensíveis, empáticos ou os que vivem as questões do filme conseguem se entregar a ele e isso não é uma crítica a quem não o fez. É só que é mais fácil para quem vive com depressão / ansiedade e já tentou "blindar" alguém querido disso, entender. Creio que o filme é metade memória dela e metade o que realmente acontecia com ele, mas, apesar de não parecer, os dois estão bastante conectados e é isso o que deixa tudo coeso. Não acredito que tenham cenas do futuro dele. A questão dele ter comprado o tapete em uma fase futura, por exemplo, não pode ter acontecido, pois ele deu o tapete a ela. Ela pisa neste mesmo tapete quando acorda já adulta. A balada, pra mim, representa a cabeça de alguém com ansiedade/depressão. Você fica assim o tempo todo, em todo lugar. O lugar barulhento, cheio de agitação é como funciona a mente. Sempre em estado de alerta, sempre em um escuro cheio de flashes. No filme, por melhor que possa parecer o mundo lá fora, o pai está sempre lá. E no fim, depois de se despedir dela e desligar a câmera, ele abre uma porta e é para lá que ele volta, como se agora fosse dominado de vez. Quando as pessoas falam sobre o filme ser parado, sem grandes acontecimentos, eu penso que é também uma maneira de expressar essa mente doente. Tudo e absolutamente tudo ali induz à felicidade. As cores, os momentos, o lugar, piscina, pai e filha, tai chi, enfim, é como se as imagens mostrassem plenitude, mas, para alguém assim, nada adianta muito. A música "Under Pressure" por exemplo, é sempre cantada com felicidade, possui ritmo e batida empolgante, mas se atente à letra e verá o seu sentido real. É tudo morno, apático, vazio. É como se o filme não fizesse sentido, pois a vida dele não faz. Ele tenta blindar a filha, tenta criar uma persona feliz e isso é extremamente angustiante. Você não tem forças para ser assim o tempo todo, mas o amor é tanto que você tenta. E falha. Isso é retratado pela forma como ela descreve a melancolia mesmo após um dia feliz. Apesar de muitos acharem que há uma desconexão entre pai e filha, essa desconexão é apelas externa. Internamente os dois são iguais. E essa conexão permanece até a fase adulta dela, mesmo sem ele. O que ele não percebe, ou não gostaria de perceber, é que ela, apesar da pouca idade, já está lá com ele, dançando junto, na mesma balada. Desculpem o textão.
Fala, Thiago! Eu adoro textões por aqui...haha. Gostei demais da sua análise do filme, vou comentar alguns pontos que me chamaram a atenção. Sobre ser um filme paradão, já cansei de ouvir esse tipo de coisa (e não só nesse, mas em vários outros filmes que gosto). Acho que vai muito do perfil da pessoa enquanto especatadora. Muita gente procura cinema ou TV só pra ver algo de boa, se entreter e ponto final. E tudo bem, não existe mal nenhum nisso, como você disse. Aftersun realmente exige essa sensibilidade, essa vontade de encontrar o filme na metade do caminho e daí, junto com o filme, caminhar pelas reflexões. Nada é mastigado. Acho que por isso ele é tão legal pra quem se abre a isso... é uma experiência conjunta. Acho que o ponto que eu discordo um pouco é sobre o tapete. Pra mim, ele queria comprar, não comprou quando a Sophie tava lá... daí ela vai embora e ele fica (tem até uma conversa deles que sugere que ele pode ficar mais tempo)... compra o tapete, escreve o cartão e se vai... o que faz com que esses pertences sejam entregues pra sua filha depois. Mas sei que é algo bem aberto isso, não dá pra bater o martelo. :) Ah, sobre a conexão entre eles... também concordo! Os dois se amam muito e tem uma afinidade muito bonita. Acho que a desconexão que eu menciono é mais sobre o que tá passando na cabeça de cada um, e não no relacionamento entre eles... que era sim muito sólido. Valeu por comentar aqui e pelo papo!
Textão, Thiago? Você foi claríssimo, didático, solar. Finalmente, entendi. A diretora exibe um enredo em que o deprimido somos nós. A monotonia, a alegria forçada, a vontade de trancar-se e chorar. Só não entendi o suicídio. Em que momento fica clara a cena do suicídio?
@@teresacardoso8505 Oi Teresa! O suicídio nunca fica explicitamente claro. O que temos é uma coleção de sugestões bem fortes que costumamos associar com isso: a imagem do Callum de pé no parapeito da varanda, ou ele entrando no mar e não saindo. O choro forte e a cena do cartão postal onde ele diz pra Sophie sempre se lembrar que ele a ama, os breves relances da vida adulta da Sophie e a sua atitude muito machucada ao observar as imagens do vídeo... e o plano final, com o pai entrando de volta no ambiente da balada escura. São peças que a diretora espalha e deixa pra gente juntar na ordem que preferirmos. Quase sempre elas vão indicar esse suicídio, mas podem também significar outra coisa que ela deixa em aberto (algumas pessoas sugeriram que ele só saiu da vida dela e não voltou mais.... embora eu ache que isso contradiz o personagem que o filme nos apresenta). Enfim, é um filme interpretativo mesmo. :)
Vi ontem, dei uma pesquisada rápida e vi que era de drama, em alguns momentos percebi cenas que pudesse ser o início de depressão, mas preferir seguir e não me atentar tanto, eram momentos lindos de pai e filha. Postaram falando do filme e vim entender. 😳🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺 Pesquiso muito o filme antes de assistir, mas esse como estava tarde não liguei de me aprofundar. Agora faz todo o sentido🥺🥺🥺 fique tão agoniada ao vê-lo entrar no mar a noite e não voltar, e do nada ele estava deitado na cama, imaginei que fosse algo que já tivesse acontecido. 🙁🙁🙁 Nunca imaginei que esse pudesse ser o enredo
Estava esperando lançar meu vídeo sobre o filme para vim ver o seu comentário! E concordo com tudo em sua análise... principalmente em relação aos momentos em que vemos Calum sozinho serem, possivelmente, a Sophie tentando imaginar o que estava acontecendo com seu pai... inclusive, em uns 3 momentos diferentes, o filme coloca ele quase "em perigo" (ele quase é atropelado por um ônibus; a cena do seu mergulho no mar), como se ela estivesse imaginando / simbolizando o que ele sentia. Enfim, dolorosamente belo... ainda está marcado em mim! E , ah, adorei a trilha sonora e como ela reflete sentimentos dos personagens!
O filme foi um dos melhores que eu assisti. As imagens foram uma tentativa da Sofie em organizar o caos das lembranças. As férias com o pai na Turquia,tinha um tom iniciático para ela que não percebia o turbilhão escuro das emoções do pai. Os diálogos fortes, roteiro muito bem escrito e a química entre os atores culminou em um filme incrível. Uma pena não ter sido indicado a prêmios. Vi a lista dos pré indicados ao bafta e globo de ouro e nada. Bem está na minha lista de melhores do ano de 2022.
Vamos ver se não se sai melhor na lista do Oscar. Mas estranho não ter aparecido no Bafta mesmo. Filmaço né? Achei super sensível, uma estreia excelente pra diretora. :)
Não imaginei que ele tivesse depressão. E sim uma doença terminal. Sempre via ele super sonolento e sempre dormindo nos lugares. Imaginava que era efeito dos remédios que ele tomava contra a doença terminal
Muito obrigado, Orlando! Eu adoro interagir aqui, essa parte da discussão saudável é uma das coisas mais legais que o canal traz. E temos construído uma galera bem legal por aqui, que sempre conversa com educação, independente das opiniões. Valeu pelo comentário e um grande abraço!
Fazia tempo que eu não assistia um filme que tinha me tocado tanto, é lindo e melancólico 💔 eles dançando no final 💔💔 (meus olhos enchem de lágrimas só de lembrar). A direção e roteiro estão maravilhosos. Recomendo a todos.
Oi Raphael! Sim, é um filme que impacta bastante. Às vezes ficamos meio mal mesmo. Espero que você se sinta melhor! E lembre que sempre dá pra procurar ajuda, caso o sentimento não passe.
as cenas com a música under pressure mostram a partida do pai. Ele está ali com a mesma camisa da despedida do aeroporto, que foi a última vez que eles se viram. Outra cena importante na dança é que ela adulta acaba conseguindo abraçar o pai, mas logo ele se solta e cai pra trás, aí transiciona pra imagem dela criança no flash. Tem a dança completa no youtube, fica mais fácil para rever, no minuto 2:40 lá.
Análise incrível do filme e muitos comentários maravilhosos que me fizeram refletir ainda mais sobre o filme!!! Como a cena que ele “cospe no espelho” e alguém compartilhou aqui!!!! E por analisar o filme como um fragmento n linear!!! Pq agora faz sentido a ida dele ao mar que n volta…
Assisti ao filme ontem e ainda tô pensando muito nele. Concerteza vai ficar comigo por um bom tempo e vou reassistir mais vezes, toda sensibilidade da diretora em falar sobre depressão e suicídio de forma leve me encantou, que lindo filme e arrisco a dizer um dos mais tocantes que assisti em toda minha vida!
Também acho, Leonardo. É incrível como ela conseguiu tratar dessa assunto com tanto tato. Um filme memorável mesmo, e acho que ele cresce muito a cada assistida! Obrigado pelo comentário aqui. ;)
Eu vi agora..bem atrasado o Aftersun e é uma melancolia impactante, já preciso rever para ter um novo olhar da obra.. ao longo do filme conseguimos ver um sofrimento calado que chega ser angustiante de que algo está por vir e como por um olhar de uma criança conseguimos ver tudo de forma mais doce e graça na mais cotidiana atividade. Gostei muito do filme! Parabéns pela análise
Acho que não tive tanta sensibilidade ao assistir esse filme. Tive o privilégio de vê-lo no cinema e confesso que fui achando tudo muito monótono, me incomodava assistir aquela viagem onde nada acontecia.. todo tempo eu aguardava um romper pra acontecer e nada.. só pro final eu fui entender oq o pai tinha.. depois daquela cena em que ele vai pro mar a noite, no cinema onde eu tava o filme parou exatamente nessa parte e as luzes se acenderam.. eu pensei: acaba assim? Não é possível meu deus! Depois de 5min o filme voltou.. aí eu fui entendendo que alguma coisa de errado não estava certo rs, mas mesmo depois que acabou ainda sai do cinema meio vazia, não sei explicar. Talvez essa era a ideia da direção do filme.
Caramba, Priscilla… é bem ruim quando interrompem o filme no meio do cinema. Já aconteceu comigo e você perde totalmente o clima do que tá vendo. Bom, sobre o filme… entendo total seu sentimento! Por isso comentei de a segunda vez que você assiste trazer umas camadas a mais. Daí a primeira vez requer aquela paciência de filme europeu, onde ver a vida acontecendo naturalmente é a trama do filme. Eu curto bastante esse tipo de narrativa, mas entendo quem prefere acontecimentos mais enfáticos na história. Obrigado por comentar! :)
Gustavo ! Que canal legal o seu. Adoro Cinema e ainda não o conhecia. Sua Crítica foi super bem construída, observando detalhes importantes do filme e com muita sensibilidade. Sem falar do carinho seu com todos que passam por aqui. Parabéns ! Quanto ao Filme, para mim, com certeza um dos melhores de 2022. Difícil acreditar que seja o primeiro longa da Diretora. Filme maduro e belíssimo, daqueles que fica na sua cabeça um tempão. A química entre os dois protagonistas parece real. Na hora da Under Pressure , eu desabei !!! Parece que o File todo foi feito pensando naquele momento, a letra encaixa com uma precisão cirúrgica.
Oi Marco! Primeiro, muito obrigado pelo seu comentário atencioso... é sempre legal encontrar pessoas que compartilham dessa paixão pelo cinema aqui, e principalmente quando a interação é agradável assim! Concordo demais com você sobre Aftersun, é um dos melhores do ano mesmo e acho um pecado que o filme não esteja indicado a Melhor Filme ou Melhor Direção no Oscar, por exemplo. Pelo menos rolou uma indicação pro Paul Mescal, que está impecável. Eu me debrucei no roteiro do vídeo porque o filme realmente me moveu, e fico feliz que tenha conseguido transmitir esse mesmo afeto a vocês que assistiram e gostaram também. Grande abraço!
Esse filme alcança uma poesia tão profunda e melancólica (que tema difícil), ao mesmo tempo em que é abordada de maneira suave e madura... me lembra muito a poética que encontrei nos livros da Aline Bei (super recomendo!)
Olá Gustavo, boa tarde. Eu acabei vendo o filme muito por conta da sua análise e comentários. Ambos impecáveis. Você foi na mosca. Delicado, generoso, com um roteiro muito bom e bem escrito para tratar de um tema de fundo tão doloroso como é essa doença. O pai legou a filha momentos de ternura inesquecíveis. A sensibilidade da diretora extrapola. O filme afaga apesar da dureza do seu final. Belo filme. É sempre bom ouvir você. Um abraço
Oi Gabriel! Bom te ver por aqui de novo. Realmente, é um dos filmes mais sensíveis que tivemos nos últimos tempos. É belíssimo, triste, contagiante e singelo ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra de arte. Gostei de saber que você curtiu! Grande abraço!
Muito obrigado, Carlos! Agradeço demais por compartilhar! Eu sou publicitário e editor de video, mas sou musicista também desde criança. Fazer algo relacionado à música nas horas vagas é muito bom, ne? Grande abraço!
Acabei de ver o filme e n vi ngm falando sobre o "pulso quebrado" ser uma mentira para esconder da filha, pois o pulso estava cheio de cortes pelas tentativas de suicídio.
Gustavo, que ótimo analista, que ótimo crítico você é, menino! Acabo de encontrar seu canal e estou assistindo os vídeos um atrás do outro. Aguardarei suas impressões da Andrea Riseborough, maravilhosa em minha opinião. Parabéns pelo seu trabalho.
Muito obrigado, Andrea! Adorei saber que você tá curtindo! Ainda vou assistir To Leslie, estou super ansioso pra conferir. Vi que a Kate Winslet chamou a atuação da Andrea Riseborough de a melhor que ela já viu. Não é pouca coisa. :)
Que canal perfeito, obrigada pela explicação, acabei de conhecer e já ganhou mais uma inscrita (deveria ter muito mais)!! Acabei de terminar o filme e agora estou chorosa hahahah
Eba, muito obrigado! hehe. Acho que esse ano vamos crescer mais aqui, o canal é recente e o algoritmo do UA-cam é implacável. Mas, devagar, vai subindo! Ah, e o filme toca fundo no coração mesmo... você fica pensando um tempão, depois de ver. Grande abraço! ;)
O grande erro do filme foi não ter dado um motivo para sabermos o q se queria dizer, uma vez q só sabemos quem está vendo no final. O filme já introduz na viagem e deixa tudo vago, sem motivo, não consegui imergir nem me apegar com os personagens, e aquelas cenas de balada no escuro mais atrapalham do q ajudam.
Entendo esse sentimento, Ale... mas acho que o filme perderia grande parte do seu charme, caso investisse numa narrativa mais tradicional. Sendo vago, ele consegue fazer a gente pensar não só nas memórias dos personagens, mas nas nossas também. É um tipo de cinema não tão convencional, claro. E entendo se você não curtiu a pegada. ;)
Qual sua interpretação de Aftersun? Comenta aqui!
Eu não entendi como vc e outros comentaristas (uso essa palavra na falta de melhor definição, peço desculpas se errei) chegaram à conclusão de que ele suicidou. Eu sinceramente cheguei ao final meio q sabendo as repostas mas sem querendo acreditar pq eu realmente não as vi. Essa coisa de deixar implícito me gera meio que um bloqueio e eu penso logo na melhor saída, mesmo com um aperto no peito. Eu sei lá, vi no cinema e achei ótimo, mas triste. Mesmo sem saber exatamente oq aconteceu, agora assisto resenhas querendo achar respostas que não quero aceitar 😵💫🫠😅
Obrigado pelo vídeo!
@@felipealvim7689 Oi Felipe! Seu questionamento é super válido. O filme não diz diretamente que isso aconteceu, então precisamos trabalhar com as pistas que ele deixa. Temos algumas: o plano dele subindo no parapeito da varanda (que sugere esse desejo), a forma triste como a Sophie adulta olha pras imagens na câmera… mas principalmente a cena dele entrando no mar. Claro que não há confirmação, mas parece ser o que a diretora quer dizer com a história. É triste mesmo, mas a graça é justamente como ela conseguiu trabalhar um sentimento triste através de um retrato muito leve e bonito dessa relação. :)
Eu achei muito bonito esse diálogo aqui:
Sophie: ''Acho legal compartilharmos o mesmo céu.''
Calum: ''O que você quer dizer?''
Sophie: ''Bem, tipo... Às vezes, na hora do recreio, eu olho para o céu e se consigo ver o Sol então... Acho que o fato de nós dois podermos ver o Sol, mesmo que não estejamos realmente no mesmo lugar e não estamos realmente juntos... nós meio que estamos de certa forma, sabe? Como se estivéssemos os dois sob o mesmo céu, então... meio que juntos.''
Assim como você comentou no vídeo o poder das gravações de eternizarem esses momentos tão singelos e simples em memórias marcantes e profundas, pra mim soa como uma ''conexão'' o fato de ambos terem gravações dessas férias, onde os dois contemplam algo que os conectam igual o sol! Gravações de uma câmera antiga que por mais que os dois estejam distantes, estão conectados por essas lembranças.
@@BernardoBequer bem lembrado! Esse diálogo do céu é muito interessante mesmo… estamos todos conectados, quer a gente perceba ou não. Uma das coisas mais legais nesse ritmo contemplativo do filme é que ele permite essas divagações que são essenciais pra ideia de lembranças que a diretora quer explorar. :)
um dos melhores filmes sobre a Depressão.
A cena mais pesada para mim é quando a filha descreve que sente sintomas depressivos, melancólicos e o pai percebe que ela puxou esses traços depressivos dele. Não tem nada que possa ser feito sobre isso. Então ele fica puto e cospe na sua própria imagem. É o ápice do quanto ele se odeia por não poder poupar a própria filha dessa "herança maldita" que é a depressão.
Boa observação! É bem por aí mesmo... imagina saber que tudo aquilo de ruim que você sente, sua filha também sentirá. Tenso demais. Valeu por trazer esse aspecto aqui!
Ahhhhhhhhh agora eu entendi o porquê ele se cuspiu
meu Deus. Que observação sagaz. Você enriqueceu o filme mais ainda agora.
🥺🥺🥺 eu não tinha observado isso mDs 😢
Achei sim que ele morreu, mas não imaginei suicidio
Tive de ver o filme duas vezes pra me convencer do suicídio do pai. Mas faz todo o sentido. A Sophie adulta só lembra do pai jovem. Não há lembrança dele em outra fase da vida. A canção Under Pressure fala justamente em "última dança" ( last dance). A cena da balada é simbólica. Há um momento em que parece que o pai está se afogando e a Sophie o agarra e tenta salva-lo, o que remete evidentemente 'a cena em que ele entre no mar 'a noite e desaparece na escuridão. Nossas lembranças não ocorrem em ordem cronológica e, como o filme é uma recordação da Sophie adulta, é plausível que o suicídio do pai tenha sido mostrado no meio da narrativa. Por fim, encontrei num site uma entrevista com a diretora e ela disse que Aftersun é, de certa forma, a continuação de um curta-metragem que ela fez sobre o sentimento de luto. Pra mim, Aftersun se tornou um filme muito melhor depois que o vi pela segunda vez. É até difícil de acreditar que seja o primeiro longa dessa jovem diretora. Merece todos os prêmios que está recebendo.
Excelente análise do filme, Luís! Realmente, temos todas essas pistas do que aconteceu, e a segunda assistida confirma demais esse desfecho. Gosto demais quando um filme consegue ganhar mais camadas cada vez que o revisitamos. Vale muito acompanhar o que a Charlotte Wells faz em seguida!
Não interpretei assim a questão do suicídio, tem a cena deles de despedindo no aeroporto, então não faz sentido que ele tenha se matado durante a viagem (talvez a cena do mar seja só uma metáfora)
@@mateusramos609 Fala, Mateus! Acho que o suicídio (interpretado, claro), aconteceria depois da despedida, quando ele ficou sozinho na Turquia. Mas essa cena do mar pode ser sim metafórica, o filme deixa bem aberto mesmo.
@@gustavogirotto agora faz sentido kkk talvez não tenha sido cronológico mesmo, é que da forma que foi mostrado me deu a sensação de que aquele mergulho tinha acontecido na noite que ela ficou do lado de fora do quarto (ao mesmo tempo pensando agora ele podia tá dormindo mesmo porque quando ela consegue entrar ele tava lá) enfim, muitas interpretações que tornam o filme maior a medida que pensamos sobre ele.
@@mateusramos609 Sim, a diretora brinca um pouco com nossas expecativas nesse momento que ela encontra ele na cama...hehe. Mas legal, é bem bacana discutir esses detalhes de interpretação do filme!
Todo depressivo vai conseguir entender o que calum sentia, grande atuação.
Sim, a identificação é imediata, né.
Nem tanto. Pode vir só como uma angústia.
Vish moça minha lerdeza é maior que a minha depressão kkkkk :') mas realmente, msm eu não entendo tudo de cara, dava pra sentir que algo não tava certo alí
Verdade! Posso dizer isso porque eu passo por isso e de imediato percebi isso no calum. Grandíssimo filme e atuação.
Eu passei o filme inteiro com a sensação de estar segurando a respiração, torcendo pra que o Calum não quebrasse. Só consegui "soltar o ar" quando os créditos começaram a subir. E as lágrimas, a descer.
Não tem como resumir melhor a experiência desse filme. É isso mesmo, Jonatas. 😅
Tive essa mesma sensação de me sufocar ao torcer para que o Calum não quebrasse
Senti a mesma coisa
Acabei de assistir. Não tinha lido nenhuma sinopse. Não sabia o que vinha na sequência das cenas entre pai e filha, por um tempo fiquei aguardando algo surpreendente na história. Daí percebi que o surpreendente era mesmo a atuação dos dois. É tão melancólico e bonito. É tão solitária a dor do pai...
Muito bem observado, Andrea! Uma dor bem solitária mesmo, a do pai. O que traz essa melancolia que a filha ainda não compreende totalmente. É um filme bem agridoce.
Sim, eu acabei de assistir e também não tinha lido a sinopse. Acho que por conta disso, o baque do final foi ainda maior
Os momentos finais do filme, quando vc vai aos poucos compreendendo tudo, destruiu meu coração em tantos pedaços que só de lembrar a cena dos dois dançando, meus olhos lacrimejam. Eu não sei exatamente o motivo, talvez porque eu me identifique com o Calum (quem tem ou já teve depressão sabe que o filme representou isso muito bem, visto da perspectiva de uma criança), mas também a saudade da infância e da presença dos meus pais. A cena da Sophie dormindo e o Calum retirando os tênis dela; ou dele passando protetor solar, enfim, tantas memórias que esse filme resgatou e eu que acreditei estarem perdidas. Sem dúvidas, na minha opinião é um dos melhores filmes de 2022, mas também é um dos melhores que já assisti na vida.
Que belo e contundente relato, Fernando! Esse filme realmente ativa essas memórias muito pessoais que temos dos nossos pais, e acho que ele serve como um jeito de a diretora reorganizar esse misto de sentimentos num formato doloroso mas também terapêutico. Acho que a arte consegue fazer isso de um jeito muito tocante.
Achei belíssimo e tocante, em muitos momentos me causou uma tristeza profunda, em outros me trouxe uma sensação de ternura comovente. Adorei!
@@christianefreitas2326 Essa mistura de sentimentos conflitantes é um dos maiores acertos do filme, né Christiane. E aproxima demais o filme da realidade, que também traz todas essas emoções juntas. Obrigado pelo comentário!
Eu interpretei a cena da boate caótica como a “depressao”, pra mim aquilo foi uma metáfora. Quando ele se despede da Sophie e vai a caminho daquele fundo da boate caótica confirma tudo o que eu pensava. E a Sophie adulta aparecendo nessa mesma boate com o pai significa que ela tá passando pela mesma situação por causa da ausência e da perda do pai.
Boa interpretação! Acho que é por aí sim... a depressão (que tá ligada, claro a esse turbilhão de memórias também... afinal os pensamentos ficam saltando de evento em evento da vida, tentando encontrar algo para se segurar). ;)
Exatamente, a Sophie adulta agora está passando pela mesma depressão do pai. Tanto é que o filme deixa pistas de que ela também é uma menina com tendências depressivas. Na cena em que ela se pergunta porque sente esse vazio dentro dela e o Calum até cospe na própria imagem, isso pode ter sido remetido ao fato de ele odiar a si próprio principalmente porque percebeu que a sua filha herdou dele os genes da depressão. A tal da herança maldita.
Achei o filme sensacional. A diretora conseguiu falar de um assunto tão pesado de maneira tão poética. E você consegue se relacionar com a história de tantas maneiras, não apenas para quem teve contato com a depressão, mas é possível lembrar da nossa infância e de como não conseguíamos enxergar as necessidades de nossos pais. Fiquei pensando muito nisso. A cena do último jantar onde a Sophie diz: "Queria que durasse para sempre" ao mesmo tempo que a fotografia da máquina polaroid vai se revelando é muito linda. Como se, pelo menos na foto fosse eterno o momento.
cara, excelente observação, Leonardo! O plano da Polaroid revelando realmente passou essa sensação. O filme tem muita sensibilidade mesmo. Obrigado por comentar aqui!
eu acho aquela cena do aeroporto foi a última vez que ela o viu.ficou guardada na memória eternamente.depois daquela viagem ele se matou
Gostei muito da sua análise sobre o filme. Mas acredito que o quadro depressivo do Calum não se deve só pelas frustrações nos negócios e na vida adulta. Ele numa das cenas mais fortes do filme, relata para filha questões sobre a infância dele e da relação dele com a família. O que ele descreve como vivencia familiar contribui diretamente para a depressão. O fato da familia não lembrar do aniversário dele e de quando ele os lembra ainda leva um puxão de orelha, revela muito sobre a dinâmica familiar. Depressão se constrói com todas as disposições genéticas e principalmente desencadeada pelas ambientais. Um filme muito forte mesmo.
Oi Tiago! Ah sim, também acho que a depressão vem de muitos outros fatores. Os problemas financeiros e adultos são, na verdade, consequências de como ele se sente... acho que eu poderia ter sido mais claro sobre isso no vídeo. É bem como você comentou aqui. Grande abraço!
"pelas disposições genéticas" e a filha dele também já tinha pré-disposição a depressão, herdando os genes do pai. O que deixa a parada ainda mais pesada porque certamente a vida dela foi arrasada por esse acontecimento
A cena da dança, conduzida por Under Pressure, é uma das coisas mais lindas e tristes do cinema.
Verdade, Emerson! Nunca uma letra e melodia foi tão ressignificada em cena.
Acho que a trilha fala muito do filme, qdo Sofie canta Loosing my Religion, vem uma reflexão imediata acerca da depressao. Um filme repleto de nuances.
No começo achei q ele escondia algo da filha , no começo achei que ele ia morrer estava morrendo e estava sofrendo sozinho , de pois achei que ele não estava com mãe dela e vivia sofrendo por ser homossexual e estava escondendo , de pois achei que ele fosse dependente químico e não queria mostrar a verdade para filha ,kkkkk eu achei muitas e muitas coisas menos depressão, mas e muito Loko tudo isso tentar dispensar as causas e o por que de tudo que estava acontecendo com ele até chegar na verdade foi diferente mas um pouco triste e difícil de acreditar o fim que ele teve😢
Só consigo imaginar o quão destruída e despedaçada ficou a vida da Sophie depois desse acontecimento. Muito triste.
é verdade, é algo que ela passa a vida toda tentando entender.
Sim, tanto que num determinado momento do filme, ela parece não estar conseguindo dormir e fala pra parceira ‘vou buscar ele’ e no fim vemos que ela foi rever os videos da viagem. Que filme maravilhoso, especial e sensível e a trilha sonora entao…a musica Tender do Blur, Losing my Religion do REM e óbvio..Under Preassure do Queen ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ nota 1️⃣0️⃣
@@nayaratambosi4509o que seria o choro no fundo então?
Aquela menina já tinha tendências depressivas, herdou os genes do pai. E com uma relação tão amorosa quanto a deles, certamente a tragédia do Calum fez um estrago monstruoso nela.
@@fernandacarvalho9732acredito que seja o bebê da Sophie e da namorada/esposa dela. É um menino, acho que o "vou buscar ele" tem esse sentido ambíguo (primeiro, o pai, depois do pesadelo que ela teve, e o bebê).
Um dos filmes mais sensíveis que já vi! Também achei a cena da dança uma das mais lindas e tristes do cinema. Pensei no simbolismo da filha estar fazendo aniversário e alcançando a mesma idade que o pai tinha quando se suicidou. É como se eles se encontrassem no tempo.
No começo do filme ela pergunta ao pai como ele se imaginava com 31 anos. Agora ela faz 31, também tem uma filha.
Talvez, nessa busca pelo sentido do suicídio do pai, ela tenha percebido que não tinha culpa pelo que aconteceu. Tampouco o pai, que sofria de grave depressão. O abraço entre ambos poderia representar esse ato de perdoar ao pai e perdoar a si mesma, por não ter tido culpa pelo que aconteceu.
Excelente observação, Luciana. Acho bem interessante essa reflexão que surge quando atingimos a mesma idade de algum momento marcante da vida de nossos pais. Parece que fica mais fácil entendermos eles, nos colocarmos no seu lugar. O filme representa isso bem demais, né.
A cena do under pressure me quebrou completamente chorei, que filme bonito e cheio de detalhes
Quando tocou Under Pressure no final foi muito emocionante, parecia um momento que eu não queria que acabasse, a última dança, que se eu soubesse que seria a última teria ficado mais tempo lá…
Concordo demais! Realmente dava vontade de capturar aquele momento e não deixar ele ir embora.
Acabei de assistir esse filme por indicação do cinepop. Não vi nenhum trailer e nem li a sinopse. A todo momento achei que aconteceria algo com a garota, que ela seria raptada ou violen*ada. Mas entendi o filme como uma lembrança boa da jovem tinha do seu pai.
Pra mim o filne é uma anatomia da depressão. Mesmo cheio de cenas coloridas, sol, céu e mar radiantes eu so consegui sentir um pesar no peito, uma tristeza sufocante.
O trabalho é tão bem feito que nos conecta direto com a dor.
Dois dias depois de ter assistido e eu ainda estou sentindo.
A cena final me destruiu, o olhar de despedida me levou imediatamente ao aspecto melancólico e depressivo dele, foi inevitável não pensar em suicídio. Um filme belíssimo, que nos toca profundamente.
Realmente, é uma despedida completamente avassaladora. Aliás, talvez a pior despedida é aquela que não sabemos que será a última. Pesado mas tocante demais, né.
Eu achei que a cena na boate era também o caos na cabeça desse pai, que, frequentemente visitava esse lugar, mas uma vez sem a filha, ele sai do aeroporto diretamente para esse desespero continuo novamente, levando ao fim trágico do suicídio...
É uma boa interpretação, Lu! ;)
Esse filme me pegou legal, a nostalgia, as cores, a trilha, a identificação com a depressão do personagem. A crise dos 30...
O filme comigo cumpriu um papel educativo ao me lembrar que essa doença não pode ser subestimada ou maqueada com práticas terapêuticas superficiais. É preciso cuidar sa saúde física, mental, amigos, alimentação, sono, trabalho equilibrado e muita fé em Deus...
Fico feliz que o filme te trouxe essa consciência, Jaahlim. Esse é um dos papéis da arte, né... causar uma reflexão e nos levar a transformações também. Obrigado por seu comentário! ;)
Nossa, fiquei bastante emocionada com o filme. Meu pai tbm tem depressão, e assim como Shopie, eu tive muita cumplicidade dele na minha infância. Guardo hoje ótimas memórias juntos. E desde que eu tive o entendimento da doença, percebi que muitos desses momentos “bons” ele não estava bem. Só tenho gratidão por tanto amor, e hoje eu tento colecionar ainda mais bons momentos com ele, assim como sempre foi.
Assisti esse filme no sábado, todo mundo tava falando tanto sobre ele que eu precisei conferir por conta própria, e até agora não tinha encontrado nenhum vídeo que explicasse o significado dele com tantos detalhes e tão bem, obrigada, eu sempre tenho dificuldade em juntar as peças e entender o que esses tipos de histórias querem dizer e o que realmente aconteceu, muitas teorias rondam a minha cabeça, mas eu nunca quero acreditar na pior.
De início, eu preferi acreditar que a Sophie e o Calum tinham perdido contato ou algo do tipo, tem uma cena em que ele fala pra ela que ela sempre podia contar tudo para ele, quando começasse a ir pra festas ou a usar drogas, então eu imaginei que ele queria estar presente nesses momentos, mas então ele também diz pra um cara que não consegue se imaginar com 40 anos (acho que é essa a idade) e tudo fica muito claro, mesmo que implicitamente. Durante todas as cenas do filme, mesmo nas felizes, tinha sempre essa melancolia pairando sobre o ar, e mesmo que eu não tenho chorado, eu sabia que era algo triste, acho que se a história tivesse sido mais direta e contado tudo que aconteceu, não teria sido tão bom.
Enfim, obrigada e parabéns pelo vídeo, ficou ótimo ♡
Muito obrigado, Laiane! Você também descreveu o filme perfeitamente. Essa melancolia que rola nos momentos levinhos e felizes, é bem isso mesmo. Gosto demais do jeito elegante que a diretora encontrou pra tratar um tema tão sério. Enfim, obrigado por assistir e compartilhar sua visão aqui! :)
Nunca chorei tanto assistindo um filme, me identifiquei muito a Sophie. Esse filme tirou de mim sentimentos extremamente íntimos e fortes. Me senti conectada, emocionada e representada, e nunca pensei que um filme fosse me trazer sentimentos tão fortes assim. Um dos melhores filmes que já assisti na vida, quero rever novamente.
No começo eu achei esse filme meio sem sentido, parecia tudo muito trivial demais. Só depois quando notei a depressão do pai e, principalmente no final do filme, que eu percebi a sensibilidade desse filme ao retratar memórias, mesmo que banais, de uma filha que não tem mais o pai. Esse filme é lindo, arte pura.
É muito bacana como o final ressignifica o filme todo né. Realmente, é arte mesmo.
Para mim ficou claro que um dos motivos do suicidio do Calum diz respeito a secualidade dele, diversos elementos ao longo do filme evidenciam que ele é gay/bi, a exemplo:
Ele na sauna com um rapaz deitado na frente dele; ele observando os jogadores de polo, ele conversando com o mergulhador, ele na balada com homens se aproximando dele, o fato dele morar com o colega de trabalho, a Sophie chegando no quarto em que ele nao está e depois ela vendo dois homens se beijando e mostrando novamente o Calum andando na rua com o mergulhador ao fundo e por fim, a cena deles dançando under pressure.
Muito bem observado, Ethan. Realmente fica a sugestão de uma sexualidade não assumida, lembrando ainda que o filme se passa no começo dos anos 2000 e, por mais que não faça tanto tempo, era uma época ainda mais difícil de assumir qualquer orientação sexual fora do padrão heterosexual
Acredito que foi a criação, pelo que ele fala da mãe , não teve o afeto del
Pensei nisso também
os ultimos minutos desse filme foi só lágrimas pra mim, sério kk
Te entendo, Mayara! :)
Eu tendo um pai dependente químico, esse foi um filme que mexeu demais comigo, uma das cenas que mais me marcaram foi a que eles estão conversando em cima da boia e ele diz que ela pode contar pra ele tudo oque ela fizer, inclusive as drogas que ela for experimentar e ela diz “eu nunca vou fazer isso”. Eu nunca experimentei nenhuma droga, nem mesmo álcool com medo de ter uma predisposição a me viciar como o meu pai. A outra cena foi a da dança claro, no meio daquelas luzes quando ela tenta de alguma forma “segurar” o pai dela eu enxerguei como uma metáfora de que ela tentou salvar, tirar o pai da depressão, eu me vi naquela cena tentando “salvar ou tirar” o meu pai das drogas, assim como a Sophie, eu não tive sucesso na minha tentativa.
assisti ao filme às cegas, sabendo nada além dos elogios de alguns conhecidos, e acredito que é o melhor jeito de assisti-lo. a quebra de expectativa (expectativa essa que foi criada somente ao longo do filme) agregou muito à minha experiência.
gosto muito de filmes que dizem tudo ao nada dizer, que a gente sente mais do que entende, e esse é meu novo favorito desses. filmes que os atores sentem junto aos personagens, e nós sentimos junto à eles. que linda, linda atuação do paul mescal e da frankie corio.
me preparei para algumas cenas bonitas e diálogos que rendem bons quotes para as páginas de cinema do instagram. acabei sendo pega de surpresa pela sensibilidade que existe em cada aspecto do filme (desde a fotografia e trilha sonora, até a direção e montagem).
no meio do filme passei a esperar uma certeza, qualquer coisa que surpreendesse, mudasse o tom do filme ou concretizasse tudo o que havia sido construído até então. mas é justamente aí que mora a magia. há sempre algo sobre os filmes da a24 que você terá que ler nas entrelinhas, pensar e repensar. e aftersun, enquanto filme de estreia, além de dizer muito da produtora, diz ainda mais da diretora.
aftersun está para a charlotte wells, assim como get out está para jordan peele e hereditary está para ari aster. mal posso esperar pelo que ainda vamos ver, tanto dela, quanto dos outros dois diretores.
pra finalizar, quero falar sobre uma cena que não foi mencionada nos comentários até então, mas que foi a primeira que me encheu os olhos e acredito que diz muito da conexão e, ao mesmo tempo, da distância entre a sophie e o calum. a sophie cantando losing my religion sozinha no karaokê. era para ser cantada com ele, e acabou sendo cantada para ele. a letra, pra mim, representa como a sophie não entendia, mas sentia o que acontecia com o pai, mesmo em meio as tentativas dele de camuflar e evitar abrir-se com ela:
losing my religion
trying to keep up with you
and i don’t know if i can do it
oh, no, i’ve said too much
i haven’t said enough
além disso, a espera da sophie pelo pai se esvaindo ao decorrer da música, a conversa deles quando ela volta a se sentar ao lado dele. que soco no estômago. já estou ansiosa pra assistir de novo.
p.s: que grata surpresa foi achar esse vídeo, excelente análise e excelente produção. já passeei por alguns outros vídeos e me inscrevi no canal, parabéns pelo trabalho! :)
Evelyn, adorei ler sua análise no filme! Realmente, os filmes da A24 trazem esse lance das entrelinhas, e Aftersun é muito mais mais sobre perguntas, sensações e e divagações do que sobre respostas. Eu até questiono o valor de fazer um vídeo “explicando” o filme, porque ele realmente é feito mais para ser sentido. Mas fico feliz que você gostou da análise! Muito obrigado pelo comentário e pela inscrição. :)
Chorei quando assisti essa explicação, o filme fez sentido e me desabou
Pior que é assim mesmo, Henry... a gente fica na dúvida se era melhor não saber...haha. Um abraço!
Eu gostei muito do filme. E gostei muito do seu vídeo. Confesso que tive que ler várias coisas depois de assistir o filme para poder fechar as lacunas. E tem duas interpretações que eu não vi ninguém comentando em nenhum site ou vídeo.
1 - Na cena que o Calum entra na praia de noite, ele se matou, e isso provavelmente aconteceu após o final do filme. E o que a gente assiste é justamente a Sophie revendo os vídeos do passado, tentando entender o motivo do pai tão legal e amável ter cometido suicídio.
2 - Na cena que a Sophie adulta acorda ao lado de outra garota e uma criança começa a chorar, o semblante da Sophie lembra muito o semblante do Calum, quando ele estava sozinho, mostrando que ela apresenta a mesma depressão que ele, inclusive na mesma idade. E provavelmente ela vá seguir o mesmo fim, o suicídio. Por isso que estamos vendo ela, nessa idade, revendo as fitas tentando entender o pai.
Será que só eu interpretei essas duas situações assim?
Quando ela fala na cena do karaokê, para ele não prometer a aula de canto, se ele não pode pagar! Nossa, que dor! 🥺
Tenso demais né. :/
Essa cena eu chorei muito. Ela sozinha no palco, cantando pra ele. Ele "nao estar no clima pra cantar com ela" e deixa ela ir sozinha e depois a critica. E' tudo muito dolorido...e a letra da musica, meu Deus. Acho que pra ela so' restava tentar ataca-lo de volta, pra ver se ele reagia.
Acabei lendo alguns comentários sobre o vídeo, e algumas pessoas relatam que tiveram que assistir ao filme mais de uma vez. Eu pessoalmente assisti uma vez (há 10 minutos atrás) e a princípio, nos primeiros momentos também achei que era apenas uma coletânea de memórias da Sophie com um pai em um verão, e mais nada, achei que era apenas aqueles filmes levinhos que a gente assiste no domingo a tarde. Depois da metade do filme pude entender a profundidade do que estava acontecendo, de que o pai era sua melhor versão apenas para a filha e concordo com a narrativa do vídeo em relação as lacunas que podem ser preenchidas com as próprias "bagagens" do telespectador, pois para mim, mesmo sem se aprofundar na vida de Calum me identifiquei em muitas características do personagem e que por parte de Calum, ele devia estar passando por uma dor e melancolia intensa, mas tambem pude me colocar no lugar da Sophie, que na época não entendia aos sinais, mas que desde nova já compartilhava o mesmo sentimento depressivo do pai.
Aftersun doeu na alma. Que filme espetacular dá Charlotte Wells. A trilha sonora no final de Oliver Coates nos créditos é de desabar qualquer um. Paul Mescal entregou muito no papel de um pai depressivo indo direção à morte, a cena do mar onde ele some na escuridão foi tão forte que suspirei forte com a esperança de acreditar que ele voltaria, mas ele já tinha tirado a vida. Frankie Corio está ótima também, que entrega tudo em uma criança que sonha em ser adulta e sequer faz ideia do abismo que seu pai carrega dentro de sí. Um filme reflexivo sobre memórias, perdas, solidão e claro, o perigo da depressão que afeta muitas pessoas nos dias de hoje.
Excelente resumo do que o filme é capaz de nos fazer sentir, Jackson! Obrigado pelo comentário. :)
Esclarecedora explicação q sózinha não conseguiria interpretar
A cena em que Calum diz que não se sente pertencente ao lugar onde cresceu ... e que por isso, não tem vontade de voltar
Verdade. Coisa horrível, essa falta de pertencimento. Quantas vezes não nos identificamos com isso, né.
Da primeira vez que vi esse filme ele me pegou mas de um jeito diferente, assisti num momento que estava cansado e com sono e por mais que tenha gostado e no final ter ficado com aquele sentimento de querer ver mais desses personagens, se resumiu a apenas um filme legal, mas dá segunda vez, essa história me pegou demais, o vazio que eu senti no fim desse filme é inexplicável que filme que história bem contada é um simples que funciona muito.
Cara, muito bem explicado Victor! A segunda assistida adiciona muito pro contexto emocional, né? E mesmo na primeira vez, é aquela simples gostoso de ver. Às vezes só precisamos passar um tempo com personagens, não precisa ter uma trama toda mirabolante. :)
É um filme leve e pesado ao mesmo tempo. Parece bobo, mas a gente sente o sofrimento do pai o tempo todo. A insuficiência dele é constante e frustrante o tempo. A gente sente isso.
Verdade, Elias. Sentimos mesmo… isso é uma das coisas mais interessantes nesse filme: sensações construídas não por palavras, mas pelo clima das cenas, pelo estilo de direção e montagem, etc…
Quem diz que entendeu o filme é pq sabia a história ou do que se tratava antes. Quem assiste sem saber a história não entende o final, pois não tem um final de fato.
Me identifiquei um pouco com esse filme, sou separado tbm, estou prestes dos 30 e minha filha ira fazer 8 esse ano, e percebi e me senti no papel dele em alguns momentos, por não ter tido um pai tão bom e querer criar o máximo de memórias boas pra minha filha, e já ter pensado diversas vezes pensado no 'ato', esse filme abriu meus olhos pra tentar ser um pai cada dia melhor pra minha filha e tbm tentar evitar esse fim, ótimo filme
Oi Douglas! Fico feliz que o filme conversou com você. Acho que a arte consegue trazer reflexões muito importantes pra ajudar a gente a evitar esses desfechos. Desejo que você continue se encontrando e sendo um ótimo pai pra sua filha! :)
@@gustavogirotto Obrigado pelo apoio, vou me esforçar pra isso !!
Douglas, esse filme também me pegou por motivos bem parecidos. Sou separado e minhas filhas com 9 e 16 anos estão morando no exterior com a mãe. Viver longe delas é uma barra, principalmente por causa do cotidiano. Sempre que posso as encontro e esses momentos de férias são especiais. E justamente agora estamos nos preparando para uma viagem só nós três juntos. Caramba! Eu sempre penso em ser o melhor pai possível, e que as nossas férias juntos sejam também as melhores possíveis.
@@cesarmatossilva desejo ótimas férias pra você e suas filhas César! Aproveitem bastante! Esses momentos realmente são valiosos. :)
@@cesarmatossilva Imagino Cesar, espero que as férias tenham ocorrido bem e que seja o melhor pai possível pra elas, com certeza elas merecem, e aproveite bastante !!!
Eu, como mãe, não consegui me conectar ou ter empatia com o pai, porque fiquei julgando ele como inconsequente de levar a filha pra viajar estando nessas condições emocionais em frangalhos… por exemplo quando ele surta, ela fica ali exposta. Coisas de mãe preocupada por demais 😅
Uma frase me confundiu. Quando Shopie já adulta, está com outra mulher na cama e ela fala"Vou buscar ele". Achei que era o pai com alguma sequela de acidente algo assim, uma tentativa de suicidio, mas não aparece mais nada. Isso me fez tentar decifarr o filme, mais do que interpretar.
Oi Anderson! Não estou com o filme aqui na frente no momento, mas pelo que lembro ela diz que iria buscar o ele se referindo ao bebê que estava chorando. Vê se faz sentido. :)
@@gustavogirotto Ah ok. Não consegui escutar choro de criança, mas se vc diz, então faz sentido. Valeu.
Eu assisti o filme e fiquei meio perdida no final. Fui finalmente ler a sinopse e não parei de chorar até agora. Os atores são fantásticos!
Pois é, quando percebemos o que acontece o filme ganha uma dimensão ainda mais impactante né. E os atores tão incríveis mesmo. Obrigado pelo comentário, Vanina!
Cara passou muito despercebido pra mim que ele tinha depressão, eu nem reparei nos sinais que o filme da, pra mim os momentos de tristeza que ele tem era só momentos de dúvida que todo adulto tem, principalmente jovem. Fiquei chocado quando no twitter todo mundo estava falando sobre a depressão dele pq pra mim o filme foi sobre momentos felizes de uma férias na Turquia e nada além disso. Vou reassitir agr
Acho que vendo de novo com isso em mente, esses sinais vão ficar mais claros pra você, Gabriel. Ainda assim, não tem nada de errado em assistir o filme e sair dele só com os momentos bons. A diretora deixa essa escolha pra gente. :)
*só fui entender o filme depois que vim pesquisar, até entao eu achava que o Pai alimentava um amor pela filha que ia além do paternal, a garotinha muito curiosa com tudo com cenas meio estranha de sexo e o pai completamente nú na cama, leva qualquer um a crê que o pai abusava da filha!*
Belo filme....é surpreendente que é o primeiro longa da diretora e me pareceu muito madura.....o ator Paul Mescal que eu não conhecia é um ótimo ator....merece reconhecimento em alguma premiação...talvez no Bafta...
Um filme de estreia maravilhoso mesmo, Nelson. O Paul Mescal também tá começando a despontar, então vai ser bem legal acompanhar a carreira dele e da diretora.
Seus comentários ajudaram a encaixar as últimas peças do quebra cabeça, assisti ontem à noite no mubi, foi muito forte pra mim, porque meu irmão se suicidou aos 24 anos, percebi que ainda faltava olhar para algumas coisas que ele deve ter vivido
Maravilhoso! A montagem do filme se assemelha muito com a imagem que temos sobre nossas memórias.
Sobre a cena final dele. É puramente a memória dela sobre ele. Eu tenho algumas memórias parecidas, nós lembramos do lugar, e o que acontece, mas em nossa mente este lugar está totalmente modificado, enfatizando o que nos mais marcou, bem como onde ela termina (que no caso da Sophie, ela termina voltando para a escuridão onde o pai dela ficou).
É bem assim mesmo, né Caio. Nossa mente embaralha tudo… mas a sensação permanece. Poucos filmes conseguiram capturar isso tão bem. Aftersun é maravilhoso mesmo.
Geralmente não gosto das análises que vejo aqui no UA-cam mas a sua é muito boa, me surpreendeu! Parabéns!
Muito obrigado, Julia. :)
aparentemente é um filme sobre a mudança do mundo infantil para o adulto. esse amadurecimento "forçado" que toda criança é submetida. mas a diretora vai dando apenas pinceladas sutis como em um quadro surrealista. a depressão do pai, com 30 anos, que não se vê chegar aos 37, sem motivo aparente. mas aí vem: o rápido mas caloroso e interessado encontro com o instrutor de mergulho. ele observando o cara na mesa como se tivesse com dor de cotovelo não apenas por estar junto da família. ele querendo jogar polo aquático dps que vê o rapaz colocando a rede. ele não querendo "passar vergonha" cantando no karaoke e novamente a diretora nos apresenta um rapaz bonito conduzindo o microfone. o relacionamento frustrado com outra namorada. o ótimo relacionamento que ele mantém com a mãe de sophie. o yoga. a sensibilidade. a dança. e o choro. o choro angustiante, nu. tudo isso parece que a diretora tenta nos narrar sua descoberta formando esse quebra-cabeças de que o pai possivelmente estava travando uma luta interna, com a pressão de não se encaixar em lugar nenhum (a fala sobre a cidade dele confirma isso). um sentimento desesperador, de alguém que, possivelmente, pela época, lutava contra uma homossexualidade latente, e se sentia perdido demais para continuar. é um belo filme, sensível, e aberto a diversas interpretações.
Boa, Matheus! Gostei do “pinceladas sutis como num quadro surrealista”. Ótima definição. Também acho que existe um subtexto de repressão homossexual ali, as pistas estão lá mesmo… grande abraço!
Acabei de assistir sem saber nada sobre o filme, o sentimento de luto por ter perdido meu avô a 2 meses me fez chorar como um bebê, que filme lindo (cheio de lacunas mesmo), me deixou devastado, porém leve depois de chorar litros…
Sinto muito por seu avô, João! Realmente, às vezes precisamos desabar de vez pra depois se recompor mais leves. Aftersun provoca isso com bastante sensibilidade mesmo. Um abraço!
Eu deixei passar várias coisas que o filme tava mostrando, obrigado por explicar.
Fico feliz em contribuir, José! 👍
Posterguei assistir esse filme por mais de um ano, até que não resisti ao hype (ainda maior) da chegada dele na Netflix.
Que obra prima, que sensibilidade com um assunto tão delicado e acima de tudo que interpretação magistral desses dois. Como me aquece o peito poder contemplar trabalhos tão fabulosos quanto esse em tempos tão rasos. Confesso que há tempos uma obra não me impactava da forma que Aftersun mexeu comigo.
Já havia lido resenhas muito superficiais sobre ele porém sempre com a opinião de que era um ótimo filme (na verdade não quis me aprofundar através de terceiros, se é que pode dizer assim) e confesso que boa parte do filme o sentimento foi de confusão e isso foi mudando na parte final quando comecei entender o que se passava, quando a questão da solidão do pai fica mais evidente. Ao término do filme isso explodiu minha cabeça, que daí fui ligando as coisas e vendo o tamanho de cada cena desconexa daquelas tinha. Precisei ver outras vezes e a cada vez que assistia uma nova opinião era formada sobre. Que obra de arte!
O filme conseguiu ser tão leve se tratando de um assunto tão triste, por um certo momento no começo do filme eu achei q não iria curtir, mas no decorrer eu tava torcendo pra demorar muito pro final chegar, só pra eu ficar envolvido na história mais ainda, me coloquei no lugar do Calum em algumas situações, o coração acelerava, a gnt sai do filme com tantas perguntas e uma certa cobrança, aftersun é lindo, poético, Paul Mescal já havia me impressionado muito com a atuação em normal people (deu até vontade de ver novamente) agora eu fiquei querendo muito ver a história sob a visao dele, imagina ter um aftersun 2.0 🤍
Will, demorei pra ver que não tinha respondido seu comentário… mas adorei o que você escreveu. Essa sensação de querer permanecer ali, no filme, como a própria personagem deve querer ficar na felicidade das suas memórias. Esse filme é tocante demais. Grande abraço!
Primeiro, parabéns pelo conteúdo, análise, canal, tudo. Sensacional!
Bom, tenho ouvido muitos comentários sobre como o filme é monótono, parado e chatão, mas acho que ele realmente não é para todo mundo, assim como nenhum é.
Creio que aqui, só os mais mais sensíveis, empáticos ou os que vivem as questões do filme conseguem se entregar a ele e isso não é uma crítica a quem não o fez. É só que é mais fácil para quem vive com depressão / ansiedade e já tentou "blindar" alguém querido disso, entender.
Creio que o filme é metade memória dela e metade o que realmente acontecia com ele, mas, apesar de não parecer, os dois estão bastante conectados e é isso o que deixa tudo coeso. Não acredito que tenham cenas do futuro dele. A questão dele ter comprado o tapete em uma fase futura, por exemplo, não pode ter acontecido, pois ele deu o tapete a ela. Ela pisa neste mesmo tapete quando acorda já adulta.
A balada, pra mim, representa a cabeça de alguém com ansiedade/depressão. Você fica assim o tempo todo, em todo lugar. O lugar barulhento, cheio de agitação é como funciona a mente. Sempre em estado de alerta, sempre em um escuro cheio de flashes. No filme, por melhor que possa parecer o mundo lá fora, o pai está sempre lá. E no fim, depois de se despedir dela e desligar a câmera, ele abre uma porta e é para lá que ele volta, como se agora fosse dominado de vez.
Quando as pessoas falam sobre o filme ser parado, sem grandes acontecimentos, eu penso que é também uma maneira de expressar essa mente doente. Tudo e absolutamente tudo ali induz à felicidade. As cores, os momentos, o lugar, piscina, pai e filha, tai chi, enfim, é como se as imagens mostrassem plenitude, mas, para alguém assim, nada adianta muito. A música "Under Pressure" por exemplo, é sempre cantada com felicidade, possui ritmo e batida empolgante, mas se atente à letra e verá o seu sentido real.
É tudo morno, apático, vazio. É como se o filme não fizesse sentido, pois a vida dele não faz.
Ele tenta blindar a filha, tenta criar uma persona feliz e isso é extremamente angustiante. Você não tem forças para ser assim o tempo todo, mas o amor é tanto que você tenta. E falha.
Isso é retratado pela forma como ela descreve a melancolia mesmo após um dia feliz.
Apesar de muitos acharem que há uma desconexão entre pai e filha, essa desconexão é apelas externa. Internamente os dois são iguais. E essa conexão permanece até a fase adulta dela, mesmo sem ele.
O que ele não percebe, ou não gostaria de perceber, é que ela, apesar da pouca idade, já está lá com ele, dançando junto, na mesma balada.
Desculpem o textão.
Fala, Thiago! Eu adoro textões por aqui...haha. Gostei demais da sua análise do filme, vou comentar alguns pontos que me chamaram a atenção.
Sobre ser um filme paradão, já cansei de ouvir esse tipo de coisa (e não só nesse, mas em vários outros filmes que gosto). Acho que vai muito do perfil da pessoa enquanto especatadora. Muita gente procura cinema ou TV só pra ver algo de boa, se entreter e ponto final. E tudo bem, não existe mal nenhum nisso, como você disse.
Aftersun realmente exige essa sensibilidade, essa vontade de encontrar o filme na metade do caminho e daí, junto com o filme, caminhar pelas reflexões. Nada é mastigado. Acho que por isso ele é tão legal pra quem se abre a isso... é uma experiência conjunta.
Acho que o ponto que eu discordo um pouco é sobre o tapete. Pra mim, ele queria comprar, não comprou quando a Sophie tava lá... daí ela vai embora e ele fica (tem até uma conversa deles que sugere que ele pode ficar mais tempo)... compra o tapete, escreve o cartão e se vai... o que faz com que esses pertences sejam entregues pra sua filha depois.
Mas sei que é algo bem aberto isso, não dá pra bater o martelo. :)
Ah, sobre a conexão entre eles... também concordo! Os dois se amam muito e tem uma afinidade muito bonita. Acho que a desconexão que eu menciono é mais sobre o que tá passando na cabeça de cada um, e não no relacionamento entre eles... que era sim muito sólido.
Valeu por comentar aqui e pelo papo!
Textão, Thiago? Você foi claríssimo, didático, solar. Finalmente, entendi. A diretora exibe um enredo em que o deprimido somos nós. A monotonia, a alegria forçada, a vontade de trancar-se e chorar. Só não entendi o suicídio. Em que momento fica clara a cena do suicídio?
@@teresacardoso8505 Oi Teresa! O suicídio nunca fica explicitamente claro. O que temos é uma coleção de sugestões bem fortes que costumamos associar com isso: a imagem do Callum de pé no parapeito da varanda, ou ele entrando no mar e não saindo. O choro forte e a cena do cartão postal onde ele diz pra Sophie sempre se lembrar que ele a ama, os breves relances da vida adulta da Sophie e a sua atitude muito machucada ao observar as imagens do vídeo... e o plano final, com o pai entrando de volta no ambiente da balada escura. São peças que a diretora espalha e deixa pra gente juntar na ordem que preferirmos. Quase sempre elas vão indicar esse suicídio, mas podem também significar outra coisa que ela deixa em aberto (algumas pessoas sugeriram que ele só saiu da vida dela e não voltou mais.... embora eu ache que isso contradiz o personagem que o filme nos apresenta). Enfim, é um filme interpretativo mesmo. :)
Obrigada por adicionar essas explicações, Gustavo.
@@teresacardoso8505 De nada! Valeu por participar aqui! ;)
Esse filme me tocou bastante.
E sua análise agregou muito mais à minha experiência.
Muito obrigado, Cid! Fico feliz em contribuir, esse filme merece demais. É uma baita obra mesmo.
Digo o mesmo, esse vídeo ta genial e muito bem produzido, parabéns! ❤️❤️❤️
@@BernardoBequer muito obrigado! :)
Confesso que fiquei confusa mas tua explicação caiu como uma luva... perfeito!
Fico feliz por isso, Lara! ;)
Perdi meu pai faz 2 meses, resolvi ver este filme ontem. Belíssimo, mas não foi em boa hora. Não parei mais de chorar desde então.
Sinto muito por seu pai! Realmente, não é fácil assistir algo como Aftersun assim, tão próximo de ter vivenciado isso na vida real. Meus sentimentos!
@@gustavogirotto obrigada
Vi ontem, dei uma pesquisada rápida e vi que era de drama, em alguns momentos percebi cenas que pudesse ser o início de depressão, mas preferir seguir e não me atentar tanto, eram momentos lindos de pai e filha. Postaram falando do filme e vim entender. 😳🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺 Pesquiso muito o filme antes de assistir, mas esse como estava tarde não liguei de me aprofundar. Agora faz todo o sentido🥺🥺🥺 fique tão agoniada ao vê-lo entrar no mar a noite e não voltar, e do nada ele estava deitado na cama, imaginei que fosse algo que já tivesse acontecido. 🙁🙁🙁 Nunca imaginei que esse pudesse ser o enredo
Vc é muito generoso o filme é super chato. Não acaba nunca além de muito simbólico.
Estava esperando lançar meu vídeo sobre o filme para vim ver o seu comentário! E concordo com tudo em sua análise... principalmente em relação aos momentos em que vemos Calum sozinho serem, possivelmente, a Sophie tentando imaginar o que estava acontecendo com seu pai... inclusive, em uns 3 momentos diferentes, o filme coloca ele quase "em perigo" (ele quase é atropelado por um ônibus; a cena do seu mergulho no mar), como se ela estivesse imaginando / simbolizando o que ele sentia. Enfim, dolorosamente belo... ainda está marcado em mim! E , ah, adorei a trilha sonora e como ela reflete sentimentos dos personagens!
Bem observado, o lance das cenas de perigo! Esses toques que dão um excelente tempero a mais pro filme, né... várias camadas! :)
O filme foi um dos melhores que eu assisti.
As imagens foram uma tentativa da Sofie em organizar o caos das lembranças. As férias com o pai na Turquia,tinha um tom iniciático para ela que não percebia o turbilhão escuro das emoções do pai. Os diálogos fortes, roteiro muito bem escrito e a química entre os atores culminou em um filme incrível. Uma pena não ter sido indicado a prêmios. Vi a lista dos pré indicados ao bafta e globo de ouro e nada. Bem está na minha lista de melhores do ano de 2022.
Vamos ver se não se sai melhor na lista do Oscar. Mas estranho não ter aparecido no Bafta mesmo. Filmaço né? Achei super sensível, uma estreia excelente pra diretora. :)
Não imaginei que ele tivesse depressão. E sim uma doença terminal. Sempre via ele super sonolento e sempre dormindo nos lugares. Imaginava que era efeito dos remédios que ele tomava contra a doença terminal
Acho que dá pra interpretar assim também, o filme deixa bem aberto pra isso também. ;)
amei o filme, amei seus comentários.......e principalmente amei voce responder a todos. Que gesto carinhoso. Abçs.
Muito obrigado, Orlando! Eu adoro interagir aqui, essa parte da discussão saudável é uma das coisas mais legais que o canal traz. E temos construído uma galera bem legal por aqui, que sempre conversa com educação, independente das opiniões. Valeu pelo comentário e um grande abraço!
Fazia tempo que eu não assistia um filme que tinha me tocado tanto, é lindo e melancólico 💔 eles dançando no final 💔💔 (meus olhos enchem de lágrimas só de lembrar).
A direção e roteiro estão maravilhosos. Recomendo a todos.
Aquela dança é de cortar o coração mesmo, Isabella. Filme lindo e super emocionante. Obrigado por comentar aqui! ;)
Eu chorei assistindo o filme e chorei de novo assistindo seu vídeo
Muito boa explicação!
Ele é emocionante demais né. Muito obrigado por compartilhar sua experiência aqui!
Eu também!
Esse filme me quebrou porque me identifiquei muito. Espero que esse sentimento ruim passe logo 🤧🙏
Oi Raphael! Sim, é um filme que impacta bastante. Às vezes ficamos meio mal mesmo. Espero que você se sinta melhor! E lembre que sempre dá pra procurar ajuda, caso o sentimento não passe.
Tenho 30 anos e depressao desde os 12, eu entendo bem como o calun se sente...
as cenas com a música under pressure mostram a partida do pai. Ele está ali com a mesma camisa da despedida do aeroporto, que foi a última vez que eles se viram. Outra cena importante na dança é que ela adulta acaba conseguindo abraçar o pai, mas logo ele se solta e cai pra trás, aí transiciona pra imagem dela criança no flash. Tem a dança completa no youtube, fica mais fácil para rever, no minuto 2:40 lá.
Análise incrível do filme e muitos comentários maravilhosos que me fizeram refletir ainda mais sobre o filme!!! Como a cena que ele “cospe no espelho” e alguém compartilhou aqui!!!! E por analisar o filme como um fragmento n linear!!! Pq agora faz sentido a ida dele ao mar que n volta…
É isso aí, Rachel! Aqui vamos sempre complementando a análise do filme nos comentários… tem ideias e visões muito legais mesmo por aqui. :)
Assisti ao filme ontem e ainda tô pensando muito nele. Concerteza vai ficar comigo por um bom tempo e vou reassistir mais vezes, toda sensibilidade da diretora em falar sobre depressão e suicídio de forma leve me encantou, que lindo filme e arrisco a dizer um dos mais tocantes que assisti em toda minha vida!
Também acho, Leonardo. É incrível como ela conseguiu tratar dessa assunto com tanto tato. Um filme memorável mesmo, e acho que ele cresce muito a cada assistida! Obrigado pelo comentário aqui. ;)
Eu assisti ao filme e gostei, mas não achei tão incrível como acho agora que você me explicou.
Fico feliz…hehe. Acho que o filme melhora sim quando a gente percebe essas camadas. :)
Oi , acabei de assistir ao filme , obrigada pela sua explicacao , fou como assiatir o filme novamente ,so. Que certo dessa vez rssss, perfeito
Eu vi agora..bem atrasado o Aftersun e é uma melancolia impactante, já preciso rever para ter um novo olhar da obra.. ao longo do filme conseguimos ver um sofrimento calado que chega ser angustiante de que algo está por vir e como por um olhar de uma criança conseguimos ver tudo de forma mais doce e graça na mais cotidiana atividade.
Gostei muito do filme!
Parabéns pela análise
Acabei de assistir. Maravilhoso! No começo achei lento mas foi me conquistando de uma forma..chorei no final
Que legal! É com quando deixamos o filme fluir no ritmo dele, e a recompensa vem no final. :)
Acho que não tive tanta sensibilidade ao assistir esse filme. Tive o privilégio de vê-lo no cinema e confesso que fui achando tudo muito monótono, me incomodava assistir aquela viagem onde nada acontecia.. todo tempo eu aguardava um romper pra acontecer e nada.. só pro final eu fui entender oq o pai tinha.. depois daquela cena em que ele vai pro mar a noite, no cinema onde eu tava o filme parou exatamente nessa parte e as luzes se acenderam.. eu pensei: acaba assim? Não é possível meu deus! Depois de 5min o filme voltou.. aí eu fui entendendo que alguma coisa de errado não estava certo rs, mas mesmo depois que acabou ainda sai do cinema meio vazia, não sei explicar. Talvez essa era a ideia da direção do filme.
Caramba, Priscilla… é bem ruim quando interrompem o filme no meio do cinema. Já aconteceu comigo e você perde totalmente o clima do que tá vendo. Bom, sobre o filme… entendo total seu sentimento! Por isso comentei de a segunda vez que você assiste trazer umas camadas a mais. Daí a primeira vez requer aquela paciência de filme europeu, onde ver a vida acontecendo naturalmente é a trama do filme. Eu curto bastante esse tipo de narrativa, mas entendo quem prefere acontecimentos mais enfáticos na história. Obrigado por comentar! :)
Chorei as 3 vezes que assisti. Quando mais assisto, mais coisas são percebidas. Dói.
Verdade, é um filme que só cresce a cada assistida.
Esse filme me tocou demais, lindo e sensível. Seu vídeo, igualmente excelente! Obrigado pelo conteúdo!
Muito obrigado, Giovanni! Fico feliz em contribuir com um filme tão maravilhoso, como você mencionou. :)
Nossa, me emocionei com a análise e descrição. Nem assisti mas é sem dúvida um ótimo filme!
Haha aí sim! Vale à pena demais, Samara!
Gustavo ! Que canal legal o seu. Adoro Cinema e ainda não o conhecia. Sua Crítica foi super bem construída, observando detalhes importantes do filme e com muita sensibilidade. Sem falar do carinho seu com todos que passam por aqui. Parabéns !
Quanto ao Filme, para mim, com certeza um dos melhores de 2022. Difícil acreditar que seja o primeiro longa da Diretora. Filme maduro e belíssimo, daqueles que fica na sua cabeça um tempão. A química entre os dois protagonistas parece real. Na hora da Under Pressure , eu desabei !!! Parece que o File todo foi feito pensando naquele momento, a letra encaixa com uma precisão cirúrgica.
Oi Marco! Primeiro, muito obrigado pelo seu comentário atencioso... é sempre legal encontrar pessoas que compartilham dessa paixão pelo cinema aqui, e principalmente quando a interação é agradável assim! Concordo demais com você sobre Aftersun, é um dos melhores do ano mesmo e acho um pecado que o filme não esteja indicado a Melhor Filme ou Melhor Direção no Oscar, por exemplo. Pelo menos rolou uma indicação pro Paul Mescal, que está impecável. Eu me debrucei no roteiro do vídeo porque o filme realmente me moveu, e fico feliz que tenha conseguido transmitir esse mesmo afeto a vocês que assistiram e gostaram também. Grande abraço!
Água é ligada a emoções na astrologia
Esse filme alcança uma poesia tão profunda e melancólica (que tema difícil), ao mesmo tempo em que é abordada de maneira suave e madura... me lembra muito a poética que encontrei nos livros da Aline Bei (super recomendo!)
Valeu pela recomendação, vou procurar aqui. Concordo demais com sua visão do filme! :)
Emocionante. Chorei na cena da dança do Queen
Foi uma cena bem marcante mesmo, Priscila!
Parabéns pelo comentário!
Melhor de todos que assisti!!!
Muito obrigado, Ana Lucia! ;)
Cara vc é bom. Eu entendo tudo que vc fala!!!
Valeu! haha ;)
Olá Gustavo, boa tarde. Eu acabei vendo o filme muito por conta da sua análise e comentários. Ambos impecáveis. Você foi na mosca. Delicado, generoso, com um roteiro muito bom e bem escrito para tratar de um tema de fundo tão doloroso como é essa doença. O pai legou a filha momentos de ternura inesquecíveis. A sensibilidade da diretora extrapola. O filme afaga apesar da dureza do seu final. Belo filme. É sempre bom ouvir você. Um abraço
Oi Gabriel! Bom te ver por aqui de novo. Realmente, é um dos filmes mais sensíveis que tivemos nos últimos tempos. É belíssimo, triste, contagiante e singelo ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra de arte. Gostei de saber que você curtiu! Grande abraço!
Fim aqui só pra ver este video, mas depois deste video, preciso muito me inscrever neste Canal, Parabéns Gustavo!
Opa, muito obrigado! haha. Grande abraço!
Maravilhosa análise, querido. Sou cantor e analista em formação. Compartilhei nos grupos !
Muito obrigado, Carlos! Agradeço demais por compartilhar! Eu sou publicitário e editor de video, mas sou musicista também desde criança. Fazer algo relacionado à música nas horas vagas é muito bom, ne? Grande abraço!
Ele escondeu tão bem a depressão que eu só descobri agora 😂
Adorei sua explicação, foi praticamente tudo o que senti vendo o filme. Obrigada!
Que bom, Marina! Fico feliz demais em saber disso! :)
Cara, muito obrigado pelo seu trabalho. Elevou muito minha experiência com o filme!
Eu que agradeço, Alef! Fico feliz que tenha contribuído com esse filme maravilhoso. :)
Acabei de ver o filme e n vi ngm falando sobre o "pulso quebrado" ser uma mentira para esconder da filha, pois o pulso estava cheio de cortes pelas tentativas de suicídio.
como assim era mentira??? socorro
@@bialemoz1462 Então o filme deixou bem subjetivo isso, mas se vc reparar bem n me parece q ele tava tão mal e ele se recuperou mt rapido na viagem.
Gustavo, que ótimo analista, que ótimo crítico você é, menino! Acabo de encontrar seu canal e estou assistindo os vídeos um atrás do outro. Aguardarei suas impressões da Andrea Riseborough, maravilhosa em minha opinião.
Parabéns pelo seu trabalho.
Muito obrigado, Andrea! Adorei saber que você tá curtindo! Ainda vou assistir To Leslie, estou super ansioso pra conferir. Vi que a Kate Winslet chamou a atuação da Andrea Riseborough de a melhor que ela já viu. Não é pouca coisa. :)
Melhor análise sobre esse filme que eu vi. Ganhou um inscrito.
Valeu, Sergio! 😎👍
É realmente assim que a depressão funciona
Vou ter q assistir de novo
Que canal perfeito, obrigada pela explicação, acabei de conhecer e já ganhou mais uma inscrita (deveria ter muito mais)!!
Acabei de terminar o filme e agora estou chorosa hahahah
Eba, muito obrigado! hehe. Acho que esse ano vamos crescer mais aqui, o canal é recente e o algoritmo do UA-cam é implacável. Mas, devagar, vai subindo!
Ah, e o filme toca fundo no coração mesmo... você fica pensando um tempão, depois de ver. Grande abraço! ;)
O grande erro do filme foi não ter dado um motivo para sabermos o q se queria dizer, uma vez q só sabemos quem está vendo no final.
O filme já introduz na viagem e deixa tudo vago, sem motivo, não consegui imergir nem me apegar com os personagens, e aquelas cenas de balada no escuro mais atrapalham do q ajudam.
Entendo esse sentimento, Ale... mas acho que o filme perderia grande parte do seu charme, caso investisse numa narrativa mais tradicional. Sendo vago, ele consegue fazer a gente pensar não só nas memórias dos personagens, mas nas nossas também. É um tipo de cinema não tão convencional, claro. E entendo se você não curtiu a pegada. ;)
Acabei de assistir. Me emocionei de verdade.
Que bom! Eu também me emocionei bastante com ele, Vania!