Ótimo Webinar. Sou enfermeiro em um Hospital do Grande Porto e faço desde já uma espécie de declaração de interesses: Não gosto da profissão de enfermagem mas conheço muito bem a área da saúde porque percorri quase toda a sua abrangência, desde a hospitalar,, à comunitária e até à privada (pouco) e, portanto, creio ter uma visão abrangente da saúde. Gostaria de colocar dois temas para análise à jornalista Soraia Ramos se ela puder ler este comentário e apenas ela: 1) Como é que um jornalista vê as recentes negociações do Ministério da Saúde com a Ordem dos Médicos, que se tornaram mais importantes do que as negociações com os sindicatos do setor. Será porque, A) A Ordem dos Médicos frequentemente exorbita as suas funções e que, na prática, é Ela que dirige os sindicatos médicos; B) Porque é que o Ministério da Saúde concordou , alinhando passivamente, com a situação até porque está à vista de todos que a principal reivindicação da classe é a salarial e tudo o resto é acessório; C) Porque é que os jornalistas nunca colocam as questões importantes da saúde, dando a ideia de uma ignarância "propositada e estudada" por medo de levantarem "ondas" e colocarem o seu emprego em risco: Exemplifico com a seguinte situação de conflito recorrente: Fecho das urgências e de outros serviços , sobretudo durante o verão: Alguém já verificou, ou sequer se importou, como são programadas as férias, legítimas e obrigatórias, dos médicos nas instituições em que trabalham.Todas as outras classes são obrigadas a manterem os serviços a funcionarem regularmente; será que o mesmo acontece com os médicos? Alguém já se perguntou ou seuqer interessou pela exorbitante e inadequada, porque excessiva,preponderância no setor que depois tem como resultado o fecho de urgências e ouros serviços, etc,...etc,. Alguém já se perguntou ou sequer pensou porque é que, desde o surgimento do Serviço Nacional de Saúde nunca houve nenhum minisro da saúde de outra profissão desta área, que não médico: Será que somos todos burros e deficientes intelectuais, só pode ser isto; D)Porque é que a sociedade civil condenou outras profissões da área, aquando de outras lutas, chamando-lhes inclusivamente nomes muito feios e agora, quando fecham urgências e serviços, parece que nada se passa e que o único culpado é o governo?; E) Finalmente porque é que o jornalismo se faz de tão ignorante e não investiga realmente o tema? Concluo: Não odeio a classe médica, até porque na minha família direta tenho alguns. Joaquim Nunes
Exmo Senhor Agradecemos o contacto e o interesse que demonstra no tema do webinar. No entanto, e como compreenderá, nem o tema poderia ser respondido pela moderadora, nem pode o INA ser responsável por esta intermediação, podendo dirigir-se às entidades participantes e identificadas na divulgação do evento. Com os melhores cumprimentos, Departamento de comunicação e relações públicas
Ótimo Webinar. Sou enfermeiro em um Hospital do Grande Porto e faço desde já uma espécie de declaração de interesses: Não gosto da profissão de enfermagem mas conheço muito bem a área da saúde porque percorri quase toda a sua abrangência, desde a hospitalar,, à comunitária e até à privada (pouco) e, portanto, creio ter uma visão abrangente da saúde. Gostaria de colocar dois temas para análise à jornalista Soraia Ramos se ela puder ler este comentário e apenas ela:
1) Como é que um jornalista vê as recentes negociações do Ministério da Saúde com a Ordem dos Médicos, que se tornaram mais importantes do que as negociações com os sindicatos do setor. Será porque, A) A Ordem dos Médicos frequentemente exorbita as suas funções e que, na prática, é Ela que dirige os sindicatos médicos; B) Porque é que o Ministério da Saúde concordou , alinhando passivamente, com a situação até porque está à vista de todos que a principal reivindicação da classe é a salarial e tudo o resto é acessório; C) Porque é que os jornalistas nunca colocam as questões importantes da saúde, dando a ideia de uma ignarância "propositada e estudada" por medo de levantarem "ondas" e colocarem o seu emprego em risco: Exemplifico com a seguinte situação de conflito recorrente: Fecho das urgências e de outros serviços , sobretudo durante o verão: Alguém já verificou, ou sequer se importou, como são programadas as férias, legítimas e obrigatórias, dos médicos nas instituições em que trabalham.Todas as outras classes são obrigadas a manterem os serviços a funcionarem regularmente; será que o mesmo acontece com os médicos? Alguém já se perguntou ou seuqer interessou pela exorbitante e inadequada, porque excessiva,preponderância no setor que depois tem como resultado o fecho de urgências e ouros serviços, etc,...etc,. Alguém já se perguntou ou sequer pensou porque é que, desde o surgimento do Serviço Nacional de Saúde nunca houve nenhum minisro da saúde de outra profissão desta área, que não médico: Será que somos todos burros e deficientes intelectuais, só pode ser isto; D)Porque é que a sociedade civil condenou outras profissões da área, aquando de outras lutas, chamando-lhes inclusivamente nomes muito feios e agora, quando fecham urgências e serviços, parece que nada se passa e que o único culpado é o governo?; E) Finalmente porque é que o jornalismo se faz de tão ignorante e não investiga realmente o tema?
Concluo: Não odeio a classe médica, até porque na minha família direta tenho alguns.
Joaquim Nunes
Exmo Senhor
Agradecemos o contacto e o interesse que demonstra no tema do webinar.
No entanto, e como compreenderá, nem o tema poderia ser respondido pela moderadora, nem pode o INA ser responsável por esta intermediação, podendo dirigir-se às entidades participantes e identificadas na divulgação do evento.
Com os melhores cumprimentos,
Departamento de comunicação e relações públicas