Trabalhei em TV popular que tinha uns programas "mundo cão". Sempre havia bandas de forró como atrações. Os jabás eram pagos com entradas p/ os shows, boca livre, open bar, groupies e às vezes, dançarinas das bandas.
A artista e pesquisadora Dani Gurgel tem uma tese de doutorado muito interessante que aborda a teoria dos "gatekeepers" dentro das plataformas de streaming de música. Vale muito a pena conferir esse trabalho dela pq dá uma dimensão ainda maior de como as plataformas operam e de como os algoritmos se tornaram uma ferramenta do caos. No mais, excelente vídeo, parabéns!
André eu trabalhei nos anos 80 em uma das grandes emissoras de radio am, lembrando que na epoca tinhamos a globo, record, capital, america e tupi, enfim os grandes apresentadores circulavam em temporadas nessas emissoras, eli correa, paulo barbosa, ze bettio, nelson rubens, quando um desses nomes chegavam em uma dessas radios elas iam para primeiro lugar na audiencia, os produtores desses programas assinavam como compositores de alguns lancamentos, a propria gravadora ja anunciava que algum artista iria lançar disco em breve entao os produtores assinavam a parceria na musica de trabalho, e pronto disco lançado a musica bombava na radio, porem como os ouvintes começam a ligar e pedir musica acabava que todas as outras radios acabavam tocando a musica, o produtor ganhava de todos os lados, mas tem um negocio nisso, os produtores se esforçavam muito para os programas e locutores chegassem a liderança na audiencia para que eles fossem os escolhidos das gravadoras, logo os programas ganhavam na criatividade, criacao de quadros, entrevistas e atracoes especiais, no fundo da pra dizer que todos ganhavam, desculpe o tamanho do texto kkk tem a parte 2 desta historia quando os diretores das radios resolveram que este dinheiro tinha que ficar na mao deles kkk abraços sucesso sempre!
Olá, eu fui leitor assíduo da Bizz entre 85 e 90, aproximadamente. Toda vez que algum jornalista rasgava elogios a alguma banda que me parecia medíocre muita gente como eu pensava se tratar de jabá, hahaha. Hoje o jabá ideológico me parece bem frequente na indústria cultural.
Grande Barcinski, esse vídeo fez relembrar, aquele livro do John Kenneth Toole, " Uma Confraria De Tolos", que você indicou no seu site, e que justamente começa numa loja de partituras, talvez mereça até um vídeo em seu canal. Grande abraço!
Valeu Barcinski esckarece essa imoralidade de algumas rádio do Brasil, só você mesmo para esclarecer, me parece que o Rithie foi vítima dessa falcatrua, rádios ganhavam da gravadora CBS para não executar as músicas do cantor inglês radicado no Brasil.
Ele me contou essa história no livro "Pavões Misteriosos"...
3 місяці тому+5
Quem já teve a experiência de ouvir o spotify com propagandas, vai ver que a maioria dos anúncios não tem a ver com o que você ouve. Não importa se você ouve basicamente rock, mpb, samba, blues, jazz, etc, o anúncio em geral será de sertanejo, porque isso é bancado pelas empresas dos próprios artistas (financiados pelo agro). Sobre o jabá do cinema que não foi falado, muito se fala lá nos eua dos "agrados" que grandes estúdios dão para críticos de cinema "chave" (a crítica musical e cinematográfica sempre sofreu efeito de manada, onde você tem seis ou dez figuras chave que todos os outros críticos em geral seguem nas opiniões). O que os estúdios buscam assim é inflar as notas dos agremiadores de crítica (como rotten tomatoes) para que o filme pareça bom (e é por isso que muito filme ruim tem nota tão alta nessas plataformas).
Ótimo vídeo, exatamente como um ótimo jornalista cultural deve fazer. Assunto interessante e históricamente relevante, apresentado de forma inteligente e informativa. Muito bom. Esse, com certeza, o seu xará de revista bizz não falaria mal gratuitamente e sem nenhum fundamento, como costumava fazer. Parabéns. Aguardamos outros desse nível.
André, perto do que os streamings fazem hoje em dia, o jabá do Chacrinha, Bolinha, Barros de Alencar, Gugu Liberato, entre outros, são brincadeiras de coroinhas na primeira comunhão...
Achava que "jabá" significava que o artista, diante do contrato com a gravadora, fazia contra partida tocando em rádios e apresentava-se em programas de TV, incluíndo participações em novelas. kkkkk
Boa noite, André!! Eu vi em uma reportagem que o Ozzy Osbourne não compõem nada e o seu nome aparece nas composições por imposição da Sharon, procede isso? Um bom fim de semana para você e o Nathan.
@@antoniofreitas7006 Certo, obrigado pela resposta!! Eu pensava q eles apenas pagavam por música tocada e todo mundo diz que é quase nada, por isso q fiquei na dúvida!
@@BarulhoAndreBarcinski mas as rádios são concessões públicas. Já existem os blocos comercias para veicularem propaganda e faturarem. Teoricamente, a programação musical não deveria ser cobrada, não?
Trabalhei em TV popular que tinha uns programas "mundo cão". Sempre havia bandas de forró como atrações. Os jabás eram pagos com entradas p/ os shows, boca livre, open bar, groupies e às vezes, dançarinas das bandas.
A artista e pesquisadora Dani Gurgel tem uma tese de doutorado muito interessante que aborda a teoria dos "gatekeepers" dentro das plataformas de streaming de música. Vale muito a pena conferir esse trabalho dela pq dá uma dimensão ainda maior de como as plataformas operam e de como os algoritmos se tornaram uma ferramenta do caos. No mais, excelente vídeo, parabéns!
Obrigado pela dica, vou procurar.
André eu trabalhei nos anos 80 em uma das grandes emissoras de radio am, lembrando que na epoca tinhamos a globo, record, capital, america e tupi, enfim os grandes apresentadores circulavam em temporadas nessas emissoras, eli correa, paulo barbosa, ze bettio, nelson rubens, quando um desses nomes chegavam em uma dessas radios elas iam para primeiro lugar na audiencia, os produtores desses programas assinavam como compositores de alguns lancamentos, a propria gravadora ja anunciava que algum artista iria lançar disco em breve entao os produtores assinavam a parceria na musica de trabalho, e pronto disco lançado a musica bombava na radio, porem como os ouvintes começam a ligar e pedir musica acabava que todas as outras radios acabavam tocando a musica, o produtor ganhava de todos os lados, mas tem um negocio nisso, os produtores se esforçavam muito para os programas e locutores chegassem a liderança na audiencia para que eles fossem os escolhidos das gravadoras, logo os programas ganhavam na criatividade, criacao de quadros, entrevistas e atracoes especiais, no fundo da pra dizer que todos ganhavam, desculpe o tamanho do texto kkk tem a parte 2 desta historia quando os diretores das radios resolveram que este dinheiro tinha que ficar na mao deles kkk abraços sucesso sempre!
Olá, eu fui leitor assíduo da Bizz entre 85 e 90, aproximadamente. Toda vez que algum jornalista rasgava elogios a alguma banda que me parecia medíocre muita gente como eu pensava se tratar de jabá, hahaha. Hoje o jabá ideológico me parece bem frequente na indústria cultural.
Esse livro Pavão Misterioso é incrível, li 3 vezes, muito bom André!
Grande Barcinski, esse vídeo fez relembrar, aquele livro do John Kenneth Toole, " Uma Confraria De Tolos", que você indicou no seu site, e que justamente começa numa loja de partituras, talvez mereça até um vídeo em seu canal. Grande abraço!
Valeu Barcinski esckarece essa imoralidade de algumas rádio do Brasil, só você mesmo para esclarecer, me parece que o Rithie foi vítima dessa falcatrua, rádios ganhavam da gravadora CBS para não executar as músicas do cantor inglês radicado no Brasil.
Ele me contou essa história no livro "Pavões Misteriosos"...
Quem já teve a experiência de ouvir o spotify com propagandas, vai ver que a maioria dos anúncios não tem a ver com o que você ouve. Não importa se você ouve basicamente rock, mpb, samba, blues, jazz, etc, o anúncio em geral será de sertanejo, porque isso é bancado pelas empresas dos próprios artistas (financiados pelo agro). Sobre o jabá do cinema que não foi falado, muito se fala lá nos eua dos "agrados" que grandes estúdios dão para críticos de cinema "chave" (a crítica musical e cinematográfica sempre sofreu efeito de manada, onde você tem seis ou dez figuras chave que todos os outros críticos em geral seguem nas opiniões). O que os estúdios buscam assim é inflar as notas dos agremiadores de crítica (como rotten tomatoes) para que o filme pareça bom (e é por isso que muito filme ruim tem nota tão alta nessas plataformas).
É um termo muito antigo na arte, quero ler esse livro, pavoes misteriosos
Tem no meu site: andrebarcinski.com.br
O jabá e assunto para muito debate contra e a favor, legal demais! É realmente um tema bem interessante.
Ótimo vídeo, exatamente como um ótimo jornalista cultural deve fazer. Assunto interessante e históricamente relevante, apresentado de forma inteligente e informativa. Muito bom. Esse, com certeza, o seu xará de revista bizz não falaria mal gratuitamente e sem nenhum fundamento, como costumava fazer. Parabéns. Aguardamos outros desse nível.
Muito legal que gostou, fico contente.
Tem a paródia de "My Sharona" do Dead Kennedys que virou "My Payola".
Ótima explicação , parabéns.
André, perto do que os streamings fazem hoje em dia, o jabá do Chacrinha, Bolinha, Barros de Alencar, Gugu Liberato, entre outros, são brincadeiras de coroinhas na primeira comunhão...
Verdade.
Vida de compositor não é fácil rs 😅
Mudou e talvez até pra pior né. .. Já que agora os algoritmos trabalham. rs
Abs. Barcinski.
Fora os impulsionamentos. Obviamente, quem tem mais grana, domina
Achava que "jabá" significava que o artista, diante do contrato com a gravadora, fazia contra partida tocando em rádios e apresentava-se em programas de TV, incluíndo participações em novelas. kkkkk
André, vc não deve ter percebido, mas na edição o nome de Elvis apareceu como Elves.
Obrigado, passou batido.
Boa noite, André!!
Eu vi em uma reportagem que o Ozzy Osbourne não compõem nada e o seu nome aparece nas composições por imposição da Sharon, procede isso?
Um bom fim de semana para você e o Nathan.
Desculpe, nunca ouvi falar nisso. Até porque a Sharon só casou com o Ozzy nos anos 80, e ele já compunha antes.
@@BarulhoAndreBarcinski muito obrigado, André!
@@BarulhoAndreBarcinski Olha a Sharon te pagando um jabá 😂 Impossível vc não saber das histórias do Jake E. Lee no Bark at the Moon.
O termo "Jabá" é exclusivo aqui do Brasil, certo? Como esse "facilitador" é denominado na gringa?
Payola.
Não entendi a lógica do jabá dos streamings!
Os artistas trabalham para as próprias plataformas, que não precisam pagar gravadoras
@@BarulhoAndreBarcinski Sim, eu só nao entendi o que as plataformas de streaming ganham criando artistas fake!!
@@antoniofreitas7006 Certo, obrigado pela resposta!! Eu pensava q eles apenas pagavam por música tocada e todo mundo diz que é quase nada, por isso q fiquei na dúvida!
O Jabá é uma espécie de corrupção no Setor Privado (cultural) ?
Cada caso é um caso. Pode ser visto também como um acordo comercial: um paga e outro toca determinada música.
@@BarulhoAndreBarcinski blz.
@@BarulhoAndreBarcinski mas as rádios são concessões públicas. Já existem os blocos comercias para veicularem propaganda e faturarem. Teoricamente, a programação musical não deveria ser cobrada, não?
André, é mito ou fake que Chico Buarque teria comprado algumas músicas de outros compositores?
Nunca ouvi falar disso.