Assistir ao seu vídeo me motivo a continuar a leitura desse livro que parei tempos atrás. Sou fotografo amador, adoro fotografar nas ruas das cidades e sempre fico na duvida de devo fotografar, também, as mazelas da cidades. Com certeza a leitura do livro vai aumentar a minha reflexão sobre o assunto. Obrigado.
Virginia Woolf tem um ensaio muito interessante chamado "Sobre estar doente", publicado no livro "O sol e o peixe", que conversa um pouco com alguns textos da Susan. O ensaio leva a refletir sobre o sentimento de isolamento que a doença proporciona e sobre a a solidariedade ou falta de em relação ao doente. "Há, confessemos (a doença é um grande confessionário), uma franqueza infantil na doença; dizemos coisas e deixamos escapar verdades que a cautelosa respeitabilidade da saúde esconde." Veja só: vc pede indicação de textos da Susan, é eu acabo falando em Virginia. 😏 Indico fortemente O sol e o peixe.
O que mais me impactou nessa leitura foi justamente a questão de como as imagens fotográficas deflagram um jogo sociopolítico complexo. Como nossa sensibilidade é afetada por elas. Até que ponto uma imagem pode narrar a guerra a ponto de nos fazer reagir contra os conflitos armados e a promoção de redefinir as relações internacionais. Acredito que esse livro seja muito atual diante da produção midiática sobre a violência que na maioria dos casos promove uma anestesia na população, naturalizando-a.
Eu tenho esse livro da Virgínia (não foi traduzido para o português até onde eu sei). Ela recebe uma carta com a pergunta "O que nós podemos fazer para evitar guerras?". Ela vai argumentando (cada foco argumentativo é um guinéu) que, por exemplo, não existe "nós" nessa frase, pois as guerras sempre foram um domínio masculino, que as mulheres sempre receberam menos educação - e portanto, tem menor poder e influência- para participar desse tipo de debate, que as mulheres devem ter boas profissões para poderem se sustentar (ela reconhece que é privilegiada), enfim, são vários argumentos para mostrar que a pergunta não é justa pois não há essa igualdade (no "nós") e que antes é preciso que o papel da mulher seja valorizado o suficiente para que ela seja reconhecidamente igualada em poder para decidir esse tipo de coisa.
A banalização da violência e sua exploração mercadológica é fato costumeiro em nossa civilização ao longo da história. A máquina fotográfica e os cinemas apenas baratearam os custos de divulgação. A questão ética dessa abordagem, segundo me parece, é o ponto central dessa obra de S. Sontag.
Que delícia ver Susan por aqui! Eu li esse livro no começo do ano e gostei bastante (ainda mais quando cita Virginia). Ele me pegou em cheio, ainda mais que sou jornalista. Eu acredito que esse livro está em domínio público, todo mundo deveria ler. Continue com vídeos, por favor, tô adorando!
Olá Aline, eu tô muito atrás desse livro, porque sou encantado com a Susan. Descobri ela através do "Contra a Interpretação" que também é sobre arte, mas se eu pudesse indicar um livro, que seria a minha "bíblia" e que transformou a minha vida, seria a reflexão da Susan sobre o "estar doente"e sobre as "metáforas construídas em torno das doenças". São 2 livros que hoje estão reunidos em um, chamado "Doença como Metáfora", na primeira metade ela reflete a partir da experiência do câncer que ela viveu, e na segunda metade ela continua refletindo sobre a aids. É maravilhoso, e embora ironicamente muita gente só deixe pra ler quando se vê diante de uma experiência de "doença" eu gosto de acreditar que a vida (de doentes e saudáveis) seria muito mais leve e interessante se desde sempre fossemos encaminhados para reflexões como essa que a Susan propõe. ;) Agora pela mesma razão, estou muito interessado enquanto artista na reflexão dela sobre "a dor dos outros". Obrigado pela resenha e fica a dica de outro livro dela. ;)
Oi Aline. A Gisele Eberspächer tem alguns vídeos falando sobre as obras da Susan Sontag, inclusive um específico falando somente sobre ela. Fica a dica ;)
Oi Aline! Muito interessante a reflexão que a Susan propõe. O livro parece muito relevante diante do sensacionalismo que nos rodeia tanto de imagens, quanto de notícias. Quanto disso é relevante, o quanto é oportunismo, o quanto nos toca e se isso faz alguma diferença? Tenho esse livro aqui e pretendo encaixar nas minhas leituras futuras. Adorei o vídeo. Beijos Fran Borges
Gostei do seu vídeo e descobri essa autora agora com outros booktubers! Parece-me bastante crítica e antenada às lutas de seu tempo! Quero ler tudo dela e assistir tudo sobre ela e suas obras!
Maravilha de resenha. Uma delícia me lembrar do livro e do que senti e pensei quando li, muito legal. Inclusive fiquei pensando, sobre o que Susan Sontag diria, sobre essa "moda" de divulgar fotos de corpos que sofreram todo tipo acidentes que rola no WhatsApp hoje em dia. Tem um vídeo legal do Porta dos Fundos sobre isso. Ahhh, e fiquei super interessada nessa carte de Graça pra Portinari. Onde será que consigo?
Assistir ao seu vídeo me motivo a continuar a leitura desse livro que parei tempos atrás. Sou fotografo amador, adoro fotografar nas ruas das cidades e sempre fico na duvida de devo fotografar, também, as mazelas da cidades. Com certeza a leitura do livro vai aumentar a minha reflexão sobre o assunto. Obrigado.
Suas resenhas são muito elucidativas. Fico encantada com o seu modo de explicar, muito singular!! Obrigada por compartilhar suas impressões. ;*
Virginia Woolf tem um ensaio muito interessante chamado "Sobre estar doente", publicado no livro "O sol e o peixe", que conversa um pouco com alguns textos da Susan. O ensaio leva a refletir sobre o sentimento de isolamento que a doença proporciona e sobre a a solidariedade ou falta de em relação ao doente. "Há, confessemos (a doença é um grande confessionário), uma franqueza infantil na doença; dizemos coisas e deixamos escapar verdades que a cautelosa respeitabilidade da saúde esconde." Veja só: vc pede indicação de textos da Susan, é eu acabo falando em Virginia. 😏 Indico fortemente O sol e o peixe.
Eu li!!! Tenha resenha dele aqui no canal! É ótimo mesmo! 💛
Aline Aimee Que legal! Vou procurar. 😘
Amei sua resenha! Parabéns!
Obrigada!
Muito interessante essas questões sobre a fotografia, estética e a exposição do horror e da miséria humana. Faz pensar!
O que mais me impactou nessa leitura foi justamente a questão de como as imagens fotográficas deflagram um jogo sociopolítico complexo. Como nossa sensibilidade é afetada por elas. Até que ponto uma imagem pode narrar a guerra a ponto de nos fazer reagir contra os conflitos armados e a promoção de redefinir as relações internacionais. Acredito que esse livro seja muito atual diante da produção midiática sobre a violência que na maioria dos casos promove uma anestesia na população, naturalizando-a.
Interessante sua reflexão! Obg!
Eu tenho esse livro da Virgínia (não foi traduzido para o português até onde eu sei). Ela recebe uma carta com a pergunta "O que nós podemos fazer para evitar guerras?". Ela vai argumentando (cada foco argumentativo é um guinéu) que, por exemplo, não existe "nós" nessa frase, pois as guerras sempre foram um domínio masculino, que as mulheres sempre receberam menos educação - e portanto, tem menor poder e influência- para participar desse tipo de debate, que as mulheres devem ter boas profissões para poderem se sustentar (ela reconhece que é privilegiada), enfim, são vários argumentos para mostrar que a pergunta não é justa pois não há essa igualdade (no "nós") e que antes é preciso que o papel da mulher seja valorizado o suficiente para que ela seja reconhecidamente igualada em poder para decidir esse tipo de coisa.
A banalização da violência e sua exploração mercadológica é fato costumeiro em nossa civilização ao longo da história. A máquina fotográfica e os cinemas apenas baratearam os custos de divulgação. A questão ética dessa abordagem, segundo me parece, é o ponto central dessa obra de S. Sontag.
Que delícia ver Susan por aqui! Eu li esse livro no começo do ano e gostei bastante (ainda mais quando cita Virginia). Ele me pegou em cheio, ainda mais que sou jornalista. Eu acredito que esse livro está em domínio público, todo mundo deveria ler. Continue com vídeos, por favor, tô adorando!
Infelizmente é difícil de conseguir. Uma cópia na estante virtual, por exemplo, ta custando uns R$ 100
quando tiver oportunidade, leia também a ficção da S. Sontag. Acho que você vai gostar de "Na América". ;)
Olá Aline, eu tô muito atrás desse livro, porque sou encantado com a Susan. Descobri ela através do "Contra a Interpretação" que também é sobre arte, mas se eu pudesse indicar um livro, que seria a minha "bíblia" e que transformou a minha vida, seria a reflexão da Susan sobre o "estar doente"e sobre as "metáforas construídas em torno das doenças". São 2 livros que hoje estão reunidos em um, chamado "Doença como Metáfora", na primeira metade ela reflete a partir da experiência do câncer que ela viveu, e na segunda metade ela continua refletindo sobre a aids. É maravilhoso, e embora ironicamente muita gente só deixe pra ler quando se vê diante de uma experiência de "doença" eu gosto de acreditar que a vida (de doentes e saudáveis) seria muito mais leve e interessante se desde sempre fossemos encaminhados para reflexões como essa que a Susan propõe. ;)
Agora pela mesma razão, estou muito interessado enquanto artista na reflexão dela sobre "a dor dos outros".
Obrigado pela resenha e fica a dica de outro livro dela. ;)
Oi Aline. A Gisele Eberspächer tem alguns vídeos falando sobre as obras da Susan Sontag, inclusive um específico falando somente sobre ela. Fica a dica ;)
É verdade! Assisti a esse vídeo! ;)
Oi Aline! Muito interessante a reflexão que a Susan propõe. O livro parece muito relevante diante do sensacionalismo que nos rodeia tanto de imagens, quanto de notícias. Quanto disso é relevante, o quanto é oportunismo, o quanto nos toca e se isso faz alguma diferença? Tenho esse livro aqui e pretendo encaixar nas minhas leituras futuras. Adorei o vídeo. Beijos Fran Borges
Gostei do seu vídeo e descobri essa autora agora com outros booktubers! Parece-me bastante crítica e antenada às lutas de seu tempo! Quero ler tudo dela e assistir tudo sobre ela e suas obras!
Maravilha de resenha. Uma delícia me lembrar do livro e do que senti e pensei quando li, muito legal. Inclusive fiquei pensando, sobre o que Susan Sontag diria, sobre essa "moda" de divulgar fotos de corpos que sofreram todo tipo acidentes que rola no WhatsApp hoje em dia. Tem um vídeo legal do Porta dos Fundos sobre isso. Ahhh, e fiquei super interessada nessa carte de Graça pra Portinari. Onde será que consigo?
Com certeza deve ter na internet. É muito famosa! 😊
Amei este livro!!
adorei!!!!