Desde a década de 50 tenho me valido do enorme Lobo de Mesquita para me locupletar com suas obras fantásticas. Minha São João del Rei me proporcionava este extremo prazer !
A primeira ópera que vi foi no Teatro Central em Juíz de fora sendo a La Traviata. No papel principal a Lia Salgado esposa do ministro da educação Clóvis Salgado. A Regência foi de Sérgio Magnani.
pouco se sabe sobre o organista. Teria nascido no atual Serro/MG e morrido no Rio. Fato é que viveu numa época e lugar efervescentes, ávidos por liberdade. Ouvindo suas músicas, as poucas que restaram, dá para imaginar Joaquim José Xavier, Tomáz Gonzaga, Cláudio Manuel e outros inconfidentes indo ao teatro assistir audições como esta e depois se encontrando nalguma taberna de Vila Rica para...conspirarem contra a Coroa. Comentarem sobre a independência das colônias do norte, os ideais dos iluministas franceses, a vontade de fazer uma sociedade menos opressiva, a esperança de uma utopia. E os poetas que liam e declamavam!... Dá para imaginar nas ladeiras da vila... quase vemos os escravos subindo e descendo as vielas, atendendo seus senhores, donos de seus corpos e almas; aqui e ali algum comércio e alguns freqüentadores a comentarem dos vizinhos...acolá um e outro funcionário público... Fiquemos com a música... (agradecemos a quem postou tal preciosadade. Um detalhe, as minas se comunicavam, via Estrada Real, com os portos do Rio/Paraty.)
..verdade, bela e sugestiva evocação histórica,social e estética de uma época sobre todas trágica e extraordinária,absolutamente crucial no desdobrar-se da constituição e definição socio-antropologicas deste nosso país, no ultimar-se-lhe sobretudo o agoniado e convulso processo de plasmaçao étnica e cultural de q lhe houvera de resultar a grande massa do povo brasileiro, mercê da fusão,refusao e transfiguração de incontáveis povos,linguas,deuses e tradições -verdadeira genesis de um mundo novo a surdir e renascer de tantos pedaços,restos e sedimentos, de q foram e são expressões maiores e mais consumadas, deste imenso e desvairado tumulto humano e genésico a derivar e estuar vida e morte nas entranhas das minas, - este mesmo emerico lobo de mesquita,. o imortal aleijadinho,em cujas mãos de" gangrena e lepra"houvera de renascer o barroco congenial e doloroso, nas contorçoes e delírios próprios da força, estesia e sublimação barrocas,.os árcades mineiros e fluminenses, em cujos versos e demais obras e monumentos de arte e pensamento se fazem ouvir os vagidos comemorativos da literatura e consciência nacional,a constituir-se e repontar sobre o anfiteatro das gerais regurgitantes de ouro e pedrarias,no alvorar mesmo da nacionalidade brasileira.....de resto, momento não menos decisivo e assinalado nos fastos e domínios da própria história do mundo, no transcorrer deste século 18 ,século das luzes,das grandes revoluções liberais,do nascer do capitalismo industrial e financeiro,daquilo em suma q nalguns compêndios didáticos é costume chamar-se, não por acaso, "idade contemporanea", cujo marco infletido e principal foi,como se não ignora,o rebentar e consumar-se da revolução francesa de 1789,
Música clássica brasileira de altíssimo nível.
Desde a década de 50 tenho me valido do enorme Lobo de Mesquita para me locupletar com suas obras fantásticas.
Minha São João del Rei me proporcionava este extremo prazer !
Excelente compositor , super talentoso.
A primeira ópera que vi foi no Teatro Central em Juíz de fora sendo a La Traviata. No papel principal a Lia Salgado esposa do ministro da educação Clóvis Salgado. A Regência foi de Sérgio Magnani.
Foi um grande expoente da música clássica barroca no Brasil
é um prazer ouvir-te Lobo Mesquita.
Linda música.
Linda música
Wonderful music !
Thank you for posting.
Muito bom !
Excelente !
maravilha .
Lindo
Mto bom
pouco se sabe sobre o organista. Teria nascido no atual
Serro/MG e morrido no Rio.
Fato é que viveu numa época e lugar efervescentes, ávidos por liberdade. Ouvindo suas músicas, as poucas que restaram, dá para imaginar Joaquim José Xavier, Tomáz Gonzaga, Cláudio Manuel e outros inconfidentes indo ao teatro assistir audições como esta e depois se encontrando nalguma taberna de Vila Rica para...conspirarem contra a Coroa. Comentarem sobre a independência das colônias do norte, os ideais dos iluministas franceses, a vontade de fazer uma sociedade menos opressiva, a esperança de uma utopia. E os poetas que liam e declamavam!...
Dá para imaginar nas ladeiras da vila... quase vemos os escravos subindo e descendo as vielas, atendendo seus senhores, donos de seus corpos e almas; aqui e ali algum comércio e alguns freqüentadores a comentarem dos vizinhos...acolá um e outro funcionário público...
Fiquemos com a música...
(agradecemos a quem postou tal preciosadade. Um detalhe, as minas se comunicavam, via Estrada Real, com os portos do Rio/Paraty.)
..verdade, bela e sugestiva evocação histórica,social e estética de uma época sobre todas trágica e extraordinária,absolutamente crucial no desdobrar-se da constituição e definição socio-antropologicas deste nosso país, no ultimar-se-lhe sobretudo o agoniado e convulso processo de plasmaçao étnica e cultural de q lhe houvera de resultar a grande massa do povo brasileiro, mercê da fusão,refusao e transfiguração de incontáveis povos,linguas,deuses e tradições -verdadeira genesis de um mundo novo a surdir e renascer de tantos pedaços,restos e sedimentos, de q foram e são expressões maiores e mais consumadas, deste imenso e desvairado tumulto humano e genésico a derivar e estuar vida e morte nas entranhas das minas, - este mesmo emerico lobo de mesquita,. o imortal aleijadinho,em cujas mãos de" gangrena e lepra"houvera de renascer o barroco congenial e doloroso, nas contorçoes e delírios próprios da força, estesia e sublimação barrocas,.os árcades mineiros e fluminenses, em cujos versos e demais obras e monumentos de arte e pensamento se fazem ouvir os vagidos comemorativos da literatura e consciência nacional,a constituir-se e repontar sobre o anfiteatro das gerais regurgitantes de ouro e pedrarias,no alvorar mesmo da nacionalidade brasileira.....de resto, momento não menos decisivo e assinalado nos fastos e domínios da própria história do mundo, no transcorrer deste século 18 ,século das luzes,das grandes revoluções liberais,do nascer do capitalismo industrial e financeiro,daquilo em suma q nalguns compêndios didáticos é costume chamar-se, não por acaso, "idade contemporanea", cujo marco infletido e principal foi,como se não ignora,o rebentar e consumar-se da revolução francesa de 1789,
Belas e doutas palavras,bela e forte evocação e sintese da nossa história,escritas numa linguagem erudita e poética,parabéns seu Leonardo.
@@mariajoselima9515 ,obg à senhora,
Linda música