Gostei muito do tema de hoje. Sou um escritor que escreve a partir do Pará. Meus romances tocam em temas que fazem parte de minha realidade. Sinto a pressão de substituir expressões locais por outras palavras porque leitores de outras regiões podem não entendê-las. Creio que seja papel do leitor buscar tais significados e seus próprios contextos.
A obra "regionalista" de Jorge Amado é um claro exemplo de como essa literatura que retrata o interior do país, consegue, sim, ultrapassar as fronteiras do Brasil e adquirir carácter universal. Parabéns, outro excelente vídeo, !!
Sempre gostei da literatura do Nordeste e Norte Tiago de Mello, Marcio Souza, Manoel de Barros, e outros autores nacionais. Sou apaixonado pela literatura brasileira. Que bom que você fez o Paulistas e Cariocas saberem que existem outras cabeças fora do eixo. Parabéns muito boa sua reflexão sobre Literatura Brasileira.
gosto muito de sues comentários, vc tem um jeito cativante!!, Parabéns. Aprecio tb o cenário de onde vc grata seus vídeos, sempre ao redor de uma casa, coisa rara morar em casa/residência em São Paulo, considere-se privilegiada.
Que ótima análise e explicação. Poderia falar sobre a literatura indígena, de autores indígenas? Daniel Munduruku, por exemplo, Ailton Krenak, entre outros. Obrigado!
Maior expoente da cultura nordestina Luis da Câmara Cascudo. Sozinho daria uma série de vídeos desse. Recomendo pesquisar mais sobre o tema. Câmara Cascudo. Anote esse nome. Autor do dicionário do folclore brasileiro.
Nunca entendi o termo "regionalista" como preconceito. Aliás, enxergo o termo aplicado à literatura como elogio, exatamente porque, para mim, é o melhor da literatura brasileira. E o termo "regionalista" não pode e não deve ser enxergado somente em relação ao Nordeste. Cito Érico Veríssimo, que produziu literatura regionalista no Rio Grande do Sul.
Excelente vídeo. Entendo regionalismo quando o texto literário apresenta o falar e peculiaridades próprias de uma região, mas isso não impede a abordagem de temas universais.
@paradaliteraria607 concordo contigo! Quando escuto o termo regionalismo, me vem logo em mente toda a riqueza do Rio Grande do Sul! Não só da literatura, mas também da música regionalista. Quantas músicas gauchescas são como poemas? Com tantas expressões locais que poucos de fora entenderiam? Também vejo esse termo como um elogio 😻 Cada região tem sua própria riqueza. Pra quem quiser ver....
O preconceito se dá pq nessa classificação fica implícita a ideia de q São Paulo e Rio de Janeiro são o "normal" e os outros estados são os excêntricos, os fantásticos, os bizarros. Por isso q os escritores rejeitam essa divisão, mesmo sabendo e amando as riquezas especificas de cada região, eles não acham justo esse olhar de condescendência que o sudeste (centro do poder economico e politico do país) faz com os outros estados, msm qdo estão enaltecendo e glorificando as demais regiôes, no fundo ainda se reconhecem como superiores (brasil de verdade). uma vibe srta. Morelo elogiando o Chris
acredito que haja um pequeno equívoco aos 7:55 , talvez pela digitação: O Primeiro Congresso Regionalista e o Manifesto de Gilberto Freyre são de fevereiro de 1926, e não de 62 como informado no vídeo e na imagem.
As próprias "grandes" editoras são preconceituosas, se vc é do Sul e manda e-mail para Cia das letras, Record , DarkSide etc., eles nem respondem. Mas se é do do Rio ou SP, eles aceitam publicar até mensagem de whatsapp
Um Dicionário de sentido único Naquela manhã nevada, ainda gélida; ela veio à vida. Seus olhos cinza contrastavam a grimpa que a envolvia, Os longos cabelos vermelhos da mãe lhe serviam como vestes; Sob o pinheiro ela estava; A observar o sol pálido que a buscava sem sucesso. Uma moça humilde, em preposições bem postas, olhos puxados e sorriso doce; sussurra as boas-vindas. Em meios aos escombros da choupana que sucumbira à neve. Sara viera ao mundo em um Brasil esquecido, cuja identidade é arrancada e anulada; substituída e escondida. Um Brasil construído por gerações daqueles que até hoje são tidos como forasteiros. O Brasil da quinta linha de acepções do dicionário; à qual ninguém mais chega.
Talvez porque retratem a REALIDADE da IMENSA maioria de pessoas negras no Brasil né? Alô escritores negros! Vamos parar de retratar a REALIDADE e escrever mais sobre FICÇÃO. Mania desse pessoal falar de algo que nao existe né? Deviam fazer como MACHADO DE ASSIS; ops! MACHADO ERA "BRANCO"....conforme preferiam alguns né? Ah a falta que faz um LIMA BARRETO, meu vizinho....não, péra, Lima era NEGRO E FALAVA DE PRECONCEITOS tambem né? Bora ler "xaiquespir".....😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Rio-São Paulo é puro monopólio. E as editoras pagam pau pra esses nichos, excluindo e apagando escritores de outros Estados, tirando suas oportunidades.
Sempre vi o chamado "regionalismo" como algo positivo e relevante. Parece que alguns escritores não gostam de ser referidos assim. De qualquer forma, para dar conta de um país deste porte, talvez seja melhor ir de região por região.
Machado de Assis escreve uma obra sobre a sociedade carioca = universal. Graciliano Ramos fala sobre o Nordeste = Regionalista. Ou seja, o dito "normal" é apenas a visão do eixo rj-sp. Nada mais. Portanto, taxar alguém de regionalista é preconceito e xenofobia.
Engraçado que foram os próprios nordestinos, em crítica ao eixo sul-sudeste (Gilberto Freyre, Jorge Amado, José Lins, e cia ltda) que arbitrariamente nomearam o movimento de "regionalista". Porque consideravam que os sudestinos, mesmo com um discursso nacionalista, ainda estavam à reboque da estética exterior ao brasil.
Não vejo regionalismo como preconceito mas como virtude. O Brasil é um país feito de vários países unidos pela língua, ao contrário da américa espanhola. Regionalismo é um conceito que só valoriza uma das coisas boas que temos no Brasil que é a diversidade. Nesse aspecto São Paulo é diferenciada por ter mente aberta, expansionista e aglutinadora ao mesmo tempo. Na cidade celebra-se o regionalismo de outros estados e regiões não para dividir mas para fortalecer a unidade do país. Parênteses: talvez por conta dessa excessiva valorização da universalidade a FUVEST vai buscar escritores lá na África lusófona mas nunca se lembra de incluir UM autor paulista entre os livros obrigatórios para o vestibular. Como resultado desse desprezo, os jovens calouros de faculdade não sabem citar sequer um autor paulista. Com alguma dificuldade eles vão citar Mário de Andrade e só Concluindo e provocando, diria que o contrário do que pregam certos autores nortistas, o termo 'regionalismo' não foi criado com conotação pejorativa ou antagônica na eterna arenga entre nordeste e sudeste, especialmente contra São Paulo
Oi, Davi! O nosso site (antofagica.com.br) está com 50% de desconto até o dia 12 por conta da Festa do Livro da USP! Mas Black Friday no final do mês não vai ter não :(
Acho importante notar que a identidade nacional nasce do choque entre as identidades regionais. Só se fortalece a ideia de Brasil enquanto nação unificada após a Revolução de 30, que contou com uma cerimônia bem interessante na qual as bandeiras estaduais eram descidas e substituídas pela Bandeira do Brasil. Ironicamente, é na disputa entre as identidades regionais que se cria uma síntese da identidade nacional.
A sexualidade conta a história, quem narra isto é o universo, as vidas só assistem a destruição e o caos por causa disto. Literatura é roupagem e a realidade é nua.
E quanto à Literatura Marginal? LITERATURA MARGINAL A literatura considerada por muitos como marginal vem conquistando cada vez mais seu espaço entre aqueles hoje considerados acadêmicos. E a prova disso é o crescente número de escritores e poetas periféricos que surgem dia-a-dia em nossos subúrbios ocupando um espaço antes vago e esquecido pelas autoridades pseudoculturais. E o mais importante de tudo isso é que a arte produzida na forma escrita não deixa nada a desejar. Talvez a grande diferença entre um escritor periférico e um já renomado no meio literocultural seja a vivência dos fatos. Parece que o escritor periférico vive ou viveu o que escreve. Muitas vezes sua narração leva o leitor a relembrar fatos vividos por ele quando criança ou ainda mesmo quando adulto, pois parece que a periferia não estipula diferença entre os que nela habitam. O simples fato de sentir grandes necessidades sociais, cujo desprezo se faz presente a qualquer momento, faz com que o artista despeje uma quantidade esmagadora de verdades cruas em seus versos ou em suas prosas. Está bem claro que não somente a literatura vem conquistando seu espaço no meio artístico, pois temos também o teatro com sua ironia e deboche causadores de grandes conquistas devidos a uma imensa coragem despertada nos corações de um povo intitulado suburbano. Temos também, como se fossem facadas na arrogância política, as pinceladas marcantes dos artistas plásticos sendo que muitos para se tornarem o que são hoje tiveram que, até por opção, abandonar o hábito da pichação. Muitos escritores periféricos sabendo ser uma ilusão sobreviver da arte seja ela representada, escrita ou pintada tem como ofício um trabalho formal ou informal, sendo que para poderem editar suas obras muitos deles recorrem ao mais simples e conceituado meio de exibição escrita, o famosíssimo FANZINE, onde se é possível publicar um grande número de texto por um preço quase simbólico e até mesmo de uma forma gratuita participando apenas como colunista ou um simples colaborador. Parece que a literatura marginal recusa-se a deixar tal alcunha. Até porque muitos leitores se recusam a entrar mar adentro com suspeitas de não apreciarem muito o que poderão encontrar. (Paulinho Dhi Andrade)
Os escritores do Rio de Janeiro e São Paulo não são lidos como regionalistas, a gente nunca ouviu falar em "literatura sudestina", qdo vem desses lugares é só "literartura brasileira" msm , fica implicita a ídeia de que esses dois estados representassem o Brasil puro, e as outras regiões são só variações excêntricas, uns brasils meio bizarros diferentes do "normal", esse msm fenômeno existe nas novelas/filmes, e só mostra como o poder politico/econômico influencia a reprodução cultural e as vezes gente nem percebe.
Excelente crítica, Lívia ❤ Adorei o tema e a sua abordagem.
Recife-PE.
Gostei muito do tema de hoje. Sou um escritor que escreve a partir do Pará. Meus romances tocam em temas que fazem parte de minha realidade. Sinto a pressão de substituir expressões locais por outras palavras porque leitores de outras regiões podem não entendê-las. Creio que seja papel do leitor buscar tais significados e seus próprios contextos.
Balela, mano, tu não tem que mudar. Você está certo, você tem que falar o que você sabe
Ah, eu acho que você deveria manter as expressões!
Se não for possível entender pelo contexto, talvez incluir uma nota de rodapé 😺
A obra "regionalista" de Jorge Amado é um claro exemplo de como essa literatura que retrata o interior do país, consegue, sim, ultrapassar as fronteiras do Brasil e adquirir carácter universal. Parabéns, outro excelente vídeo, !!
"Cada pessoa é uma região" - Jarid falou e disse!
Hoje eu citei a importância da mulher nos momentos finais de ivan ilitch na minha redação. Essa obra eu li a versão da antofagica e fiquei apaixonado.
Adoro os seus vídeos. Sou da Região Sudeste. Mas sou um escritor "regionalista".
Gostei do detalhe do gancho de rede na canto da parede ao fundo. Rede é quase um equipamento necessário para a leitura.
;)
Meu sonho ser um escritor goiano conhecido nacionalmente 🎉. Ótimo vídeo
Vocês deveriam publicar mais autores nacionais 😅
Que vídeo delicinha de assistir! Será que Vidas Secas vem aí?👀
Ou quem sabe "Grande Sertão: Veredas" 🙃
Obrigado, Lívia e Antofágica..!!
Sempre gostei da literatura do Nordeste e Norte Tiago de Mello, Marcio Souza, Manoel de Barros, e outros autores nacionais. Sou apaixonado pela literatura brasileira. Que bom que você fez o Paulistas e Cariocas saberem que existem outras cabeças fora do eixo. Parabéns muito boa sua reflexão sobre Literatura Brasileira.
Parabéns!!!! Disse muito!!!!
Análise perfeita parabéns
Nossa amei esse vídeo! Fico com a caneta só anotando os Autores pra ler depois ainda mais quando são brasileiros!❤
gosto muito de sues comentários, vc tem um jeito cativante!!, Parabéns. Aprecio tb o cenário de onde vc grata seus vídeos, sempre ao redor de uma casa, coisa rara morar em casa/residência em São Paulo, considere-se privilegiada.
Jarid Arraes é, na realidade, cearense de Juazeiro do Norte
Maravilha!
Que ótima análise e explicação. Poderia falar sobre a literatura indígena, de autores indígenas? Daniel Munduruku, por exemplo, Ailton Krenak, entre outros. Obrigado!
Maior expoente da cultura nordestina Luis da Câmara Cascudo. Sozinho daria uma série de vídeos desse. Recomendo pesquisar mais sobre o tema. Câmara Cascudo. Anote esse nome. Autor do dicionário do folclore brasileiro.
Nunca entendi o termo "regionalista" como preconceito. Aliás, enxergo o termo aplicado à literatura como elogio, exatamente porque, para mim, é o melhor da literatura brasileira. E o termo "regionalista" não pode e não deve ser enxergado somente em relação ao Nordeste. Cito Érico Veríssimo, que produziu literatura regionalista no Rio Grande do Sul.
Excelente vídeo. Entendo regionalismo quando o texto literário apresenta o falar e peculiaridades próprias de uma região, mas isso não impede a abordagem de temas universais.
@paradaliteraria607 concordo contigo!
Quando escuto o termo regionalismo, me vem logo em mente toda a riqueza do Rio Grande do Sul! Não só da literatura, mas também da música regionalista. Quantas músicas gauchescas são como poemas? Com tantas expressões locais que poucos de fora entenderiam?
Também vejo esse termo como um elogio 😻
Cada região tem sua própria riqueza. Pra quem quiser ver....
O preconceito se dá pq nessa classificação fica implícita a ideia de q São Paulo e Rio de Janeiro são o "normal" e os outros estados são os excêntricos, os fantásticos, os bizarros. Por isso q os escritores rejeitam essa divisão, mesmo sabendo e amando as riquezas especificas de cada região, eles não acham justo esse olhar de condescendência que o sudeste (centro do poder economico e politico do país) faz com os outros estados, msm qdo estão enaltecendo e glorificando as demais regiôes, no fundo ainda se reconhecem como superiores (brasil de verdade). uma vibe srta. Morelo elogiando o Chris
Sim!
Para mim o melhor romance regionalista é "Chapadão do Bugre", do mineiro Mario Palmerio
Gostaria que você fizesse um vídeo falando de suas livrarias e editoras preferidas
Vídeo extremamente necessário
Muito bom o vídeo, adoro o canal, mas preciso dizer que o AMAZÔNIA na lista de estados no começo do vídeo me causou dor física.
Sou mineiro ,amo a literatura do Nordeste, com seus tipos.
Sou cearense, e me pergunto como se pode enquadrar os versos do paraibano AUGUSTO DOS ANJOS na moldura "regionalista"...
acredito que haja um pequeno equívoco aos 7:55 , talvez pela digitação: O Primeiro Congresso Regionalista e o Manifesto de Gilberto Freyre são de fevereiro de 1926, e não de 62 como informado no vídeo e na imagem.
Goiânia não é estado.
Amazônia e Amazonas são coisas diferentes.
E quando vai lançar Fausto de Goethe?
Boa tarde 🙂
As próprias "grandes" editoras são preconceituosas, se vc é do Sul e manda e-mail para Cia das letras, Record , DarkSide etc., eles nem respondem. Mas se é do do Rio ou SP, eles aceitam publicar até mensagem de whatsapp
Um Dicionário de sentido único
Naquela manhã nevada, ainda gélida; ela veio à vida.
Seus olhos cinza contrastavam a grimpa que a envolvia,
Os longos cabelos vermelhos da mãe lhe serviam como vestes;
Sob o pinheiro ela estava;
A observar o sol pálido que a buscava sem sucesso.
Uma moça humilde, em preposições bem postas, olhos puxados e sorriso doce; sussurra as boas-vindas.
Em meios aos escombros da choupana que sucumbira à neve.
Sara viera ao mundo em um Brasil esquecido, cuja identidade é arrancada e anulada; substituída e escondida.
Um Brasil construído por gerações daqueles que até hoje são tidos como forasteiros.
O Brasil da quinta linha de acepções do dicionário; à qual ninguém mais chega.
Isso me lembra muito literatura feita por pessoas negras, só pode falar sobre pobreza, periferia, criminalidade e racismo..
Talvez porque retratem a REALIDADE da IMENSA maioria de pessoas negras no Brasil né?
Alô escritores negros! Vamos parar de retratar a REALIDADE e escrever mais sobre FICÇÃO.
Mania desse pessoal falar de algo que nao existe né?
Deviam fazer como MACHADO DE ASSIS; ops! MACHADO ERA "BRANCO"....conforme preferiam alguns né?
Ah a falta que faz um LIMA BARRETO, meu vizinho....não, péra, Lima era NEGRO E FALAVA DE PRECONCEITOS tambem né?
Bora ler "xaiquespir".....😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Rio-São Paulo é puro monopólio. E as editoras pagam pau pra esses nichos, excluindo e apagando escritores de outros Estados, tirando suas oportunidades.
Aliás, uma publicação de um autor ou autora da Amazônia seria muito legal, hein ;)
Leiam tudo de todos os lugares para serem únicos.
Voltei a editar Mrs. Dalloway, por favor.
Sempre vi o chamado "regionalismo" como algo positivo e relevante. Parece que alguns escritores não gostam de ser referidos assim. De qualquer forma, para dar conta de um país deste porte, talvez seja melhor ir de região por região.
Machado de Assis escreve uma obra sobre a sociedade carioca = universal. Graciliano Ramos fala sobre o Nordeste = Regionalista. Ou seja, o dito "normal" é apenas a visão do eixo rj-sp. Nada mais. Portanto, taxar alguém de regionalista é preconceito e xenofobia.
Engraçado que foram os próprios nordestinos, em crítica ao eixo sul-sudeste (Gilberto Freyre, Jorge Amado, José Lins, e cia ltda) que arbitrariamente nomearam o movimento de "regionalista". Porque consideravam que os sudestinos, mesmo com um discursso nacionalista, ainda estavam à reboque da estética exterior ao brasil.
Não vejo regionalismo como preconceito mas como virtude. O Brasil é um país feito de vários países unidos pela língua, ao contrário da américa espanhola.
Regionalismo é um conceito que só valoriza uma das coisas boas que temos no Brasil que é a diversidade. Nesse aspecto São Paulo é diferenciada por ter mente aberta, expansionista e aglutinadora ao mesmo tempo. Na cidade celebra-se o regionalismo de outros estados e regiões não para dividir mas para fortalecer a unidade do país.
Parênteses: talvez por conta dessa excessiva valorização da universalidade a FUVEST vai buscar escritores lá na África lusófona mas nunca se lembra de incluir UM autor paulista entre os livros obrigatórios para o vestibular. Como resultado desse desprezo, os jovens calouros de faculdade não sabem citar sequer um autor paulista. Com alguma dificuldade eles vão citar Mário de Andrade e só
Concluindo e provocando, diria que o contrário do que pregam certos autores nortistas, o termo 'regionalismo' não foi criado com conotação pejorativa ou antagônica na eterna arenga entre nordeste e sudeste, especialmente contra São Paulo
Vai ter promoção nos livros nessa black friday?
Oi, Davi! O nosso site (antofagica.com.br) está com 50% de desconto até o dia 12 por conta da Festa do Livro da USP! Mas Black Friday no final do mês não vai ter não :(
Acho importante notar que a identidade nacional nasce do choque entre as identidades regionais. Só se fortalece a ideia de Brasil enquanto nação unificada após a Revolução de 30, que contou com uma cerimônia bem interessante na qual as bandeiras estaduais eram descidas e substituídas pela Bandeira do Brasil. Ironicamente, é na disputa entre as identidades regionais que se cria uma síntese da identidade nacional.
Jarid Arraes é natural de Juazeiro do Norte no Ceará.
A sexualidade conta a história, quem narra isto é o universo, as vidas só assistem a destruição e o caos por causa disto. Literatura é roupagem e a realidade é nua.
E quanto à Literatura Marginal?
LITERATURA MARGINAL
A literatura considerada por muitos como marginal vem conquistando cada vez mais seu espaço entre aqueles hoje considerados acadêmicos.
E a prova disso é o crescente número de escritores e poetas periféricos que surgem dia-a-dia em nossos subúrbios ocupando um espaço antes vago e esquecido pelas autoridades pseudoculturais. E o mais importante de tudo isso é que a arte produzida na forma escrita não deixa nada a desejar. Talvez a grande diferença entre um escritor periférico e um já renomado no meio literocultural seja a vivência dos fatos. Parece que o escritor periférico vive ou viveu o que escreve. Muitas vezes sua narração leva o leitor a relembrar fatos vividos por ele quando criança ou ainda mesmo quando adulto, pois parece que a periferia não estipula diferença entre os que nela habitam. O simples fato de sentir grandes necessidades sociais, cujo desprezo se faz presente a qualquer momento, faz com que o artista despeje uma quantidade esmagadora de verdades cruas em seus versos ou em suas prosas. Está bem claro que não somente a literatura vem conquistando seu espaço no meio artístico, pois temos também o teatro com sua ironia e deboche causadores de grandes conquistas devidos a uma imensa coragem despertada nos corações de um povo intitulado suburbano. Temos também, como se fossem facadas na arrogância política, as pinceladas marcantes dos artistas plásticos sendo que muitos para se tornarem o que são hoje tiveram que, até por opção, abandonar o hábito da pichação.
Muitos escritores periféricos sabendo ser uma ilusão sobreviver da arte seja ela representada, escrita ou pintada tem como ofício um trabalho formal ou informal, sendo que para poderem editar suas obras muitos deles recorrem ao mais simples e conceituado meio de exibição escrita, o famosíssimo FANZINE, onde se é possível publicar um grande número de texto por um preço quase simbólico e até mesmo de uma forma gratuita participando apenas como colunista ou um simples colaborador.
Parece que a literatura marginal recusa-se a deixar tal alcunha. Até porque muitos leitores se recusam a entrar mar adentro com suspeitas de não apreciarem muito o que poderão encontrar.
(Paulinho Dhi Andrade)
Faulkner é regionalista. Os preconceituosos não sabem nada.
Os escritores do Rio de Janeiro e São Paulo não são lidos como regionalistas, a gente nunca ouviu falar em "literatura sudestina", qdo vem desses lugares é só "literartura brasileira" msm , fica implicita a ídeia de que esses dois estados representassem o Brasil puro, e as outras regiões são só variações excêntricas, uns brasils meio bizarros diferentes do "normal", esse msm fenômeno existe nas novelas/filmes, e só mostra como o poder politico/econômico influencia a reprodução cultural e as vezes gente nem percebe.
Cite apenas um escritor destes que não seja um maledeto Esquerdista.