Música e Trabalho: Matança ( Xangai )

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  • Опубліковано 2 лип 2024
  • Em 1984 Augusto Jatobá já alertava sobre os problemas da devastação ao meio ambiente. A música, interpretada por Xangai, fala com tristeza sobre sanha insaciável do ser humano em se apropriar da natureza.
    Naquele ano esse tema estava em ascensão, com a realização de conferências ambientais, que tiveram na Eco-92 um marco histórico.
    O tema estava em ascensão porque os problemas decorrentes do desequilíbrio natural provocado pela ação humana davam sinais alarmantes, com a poluição das cidades, a contaminação dos rios e dos solos e o desmatamento.
    Hoje, ainda que a questão ambiental tenha ganhado destaque no debate político e social, apresentando, inclusive, um viés neocolonial entre as diversas abordagens do tema, a devastação atinge recordes vitimando principalmente a população mais pobre, além de, é claro, os animais.
    Matança
    (Composição: Augusto Jatoba/1984)
    Intérprete: Xangai
    Cipó caboclo tá subindo na virola
    Chegou a hora do pinheiro balançar
    Sentir o cheiro do mato, da imburana
    Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda
    De nada vale tanto esforço do meu canto
    Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
    Tal mata atlântica e a próxima amazônica
    Arvoredos seculares impossível replantar
    Que triste sina teve cedro, nosso primo
    Desde menino que eu nem gosto de falar
    Depois de tanto sofrimento seu destino
    Virou tamborete, mesa, cadeira, balcão de bar
    Quem por acaso ouviu falar da Sucupira
    Parece até mentira que o jacarandá
    Antes de virar poltrona, porta, armário
    Mora no dicionário, vida eterna, milenar
    Quem hoje é vivo corre perigo
    E os inimigos do verde dá sombra ao ar
    Que se respira e a clorofila
    Das matas virgens destruídas vão lembrar
    Que quando chegar a hora
    É certo que não demora
    Não chame Nossa Senhora
    Só quem pode nos salvar
    É caviúna, cerejeira, baraúna
    Imbuia, pau-d'arco, solva
    Juazeiro e jatobá
    Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
    Louro, ipê, paracaúba
    Peroba, massaranduba
    Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
    Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
    Pau-ferro, angico, amargoso, gameleira
    Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá
    Cipó caboclo tá subindo na virola
    Chegou a hora do pinheiro balançar
    Sentir o cheiro do mato, da imburana
    Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda
    De nada vale tanto esforço do meu canto
    Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
    Tal mata tlântica e a próxima amazônica
    Arvoredos seculares impossível replantar
    Quem hoje é vivo corre perigo
    E os inimigos do verde dá sombra ao ar
    Que se respira e a clorofila
    Das matas virgens destruídas vão lembrar
    Que quando chegar a hora
    É certo que não demora
    Não chame Nossa Senhora
    Só quem pode nos salvar
    É caviúna, cerejeira, baraúna
    Imbuia, pau-d'arco, solva
    Juazeiro e jatobá
    Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
    Louro, ipê, paracaúba
    Peroba, massaranduba
    Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
    Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
    Pau-ferro, angico, amargoso, gameleira
    Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá
    Quem hoje é vivo corre perigo

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