‘𝓝𝓸 𝓶𝓮𝓾 𝓽𝓮𝓶𝓹𝓸…’

Esta é uma daquelas histórias perfeitas para os avós lerem aos netos e depois, abraçados, conversarem sobre os tempos antigos e os tempos de agora. Temos tanto a aprender com os mais velhos e eles ganham tanto quando os mais novos escutam as suas histórias e lhes fazem companhia!
Uma criança e o seu avô - bem que poderá ser interpretado como “uma criança e um senhor de respeitosa idade”, - partilham um banco de jardim. O menino segura um objeto com botões e um pequeno ecrã; o velho senhor, dá milho/migalhas de pão aos pombos. Quem diria que as coisas que os entretêm dariam início a uma viagem no tempo e à partilha de boas lembranças das brincadeiras de infância do avô. 👦🏻💖👴🏼
O livro está ilustrado maioritariamente em tons de cinza, o que reflete muito bem a nostalgia do velho senhor em relação a um passado em que as crianças brincavam sozinhas ou umas com as outras, sem que existisse o “mundo tecnológico” tão presente nos dias de hoje, e onde os mais novos viam o único brinquedo que tinham como algo especial de que deveriam cuidar para manter.
Na minha opinião, é uma ótima história para refletir sobre o consumismo exagerado que transmitimos aos miúdos de hoje quando resolvemos comprar (apenas) mais um brinquedo, quando os que existem não parecem ser suficientes… 🙄 É ótima também para refletir que quando vimos um velho a “dar milho aos pombos” pode significar mais do que velhice e “nada para fazer”… Pode ser o resultado do tempo que não pára, de uma solidão que se apodera da vida, de uma espera por alguém mais jovem - filho, neto ou alguém desconhecido - que se sente no mesmo banco e, quem sabe, escute as histórias de outros tempos que começam sempre por “no meu tempo…”.
✍️ e 🎨: Desirée Acevedo
📚: Adelaide Books
🌟Ótima escolha para ser partilhado entre avós e netos;
🌟Boa opção para falar com os mais novos sobre as diferenças entre o antigamente e o presente: como “era” e como “é” ser criança;
🌟Adequado a partir dos 4 anos
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