É a primeira vez que vi alguém relacionando, em uma crítica a este filme, com o experimento de Milgram, sobre obediência... o filme me lembrou mto ele, no sentido de ficar chocada ao assistir e causar uma sensação até auto repulsiva ao imaginar como somos frágeis a cometer atrocidades, propícios a ser obedientes a uma situação social... Parabéns, excelente crítica!!
O que mais me choca é o fato de que Rudolf não era um ser de outra galáxia fazendo atrocidades, mas sim um homem, como qualquer outro, com os mesmos anseios e necessidades que qualquer um, que gostava de animais e crianças. Percebe-se que a família Hoss está mais viva do que nunca atualmente, pois as pessoas têm agido de forma cruel e fria, sem nenhuma empatia pelo próximo. Eles sempre viverão enquanto isso imperar. Outras percepções que eu tive acerca do filme: 1) Rudolf e Hedwig dormiam em camas separadas e não mantinham relações sexuais (exceto para procriação), pois ambos mantinham relações sexuais com funcionários judeus. Haja vista a cena em que Hoss está ao telefone e uma empregada judia entra em seu escritório e começa a despir-se. Depois ele lava o pênis. Em outra cena, Hedwig está fumando na estufa quando aparece um funcionário judeu e ela oferece a ele um cigarro. Isso denota intimidade. 2) Percebe-se que o casal Hoss veio de origem pobre, haja vista a cena em que Hedwig confisca um casaco de pele ( provavelmente de uma mulher judia rica) e deslumbra-se com ele. Por fim, a minha percepção sobre a última cena, em que Rudolf começa a descer as escadarias e vomita, denota que ele está ansioso para começar a nova função na qual foi incumbido e não porque arrependeu-se das atrocidades que fez pois, para ele, era apenas um trabalho que ele estava executando. Ele via os judeus como objetos e orientou os filhos a os verem dessa maneira também.
Só acho que os funcionários não eram judeus (tem uma fala da Hedwig que ela disse à mãe que não havia judeus na casa), mas eu acho que eram pessoas humildes do local onde a família morava.
Se vc ainda não leu, eu recomendo o livro O Holocausto, vc vai entender o filme em detalhes. É de leitura fácil mas com muita informação sobre a política e o apoio da população alemã ao partido nazi.
O mesmo processo de desumanização acontece hj na Palestina, qdo os meios de comunicação, esquecendo o preceito básico do jornalismo de mostrar diferentes ângulos e dar o contexto, privilegia apenas o sofrimento do lado judeu, apesar do número de inocentes civis mortos ser 10x maior do outro lado do muro. Também lembrei da Palestina pq vive sob um regime de apartheid ainda mais duro do que na África do Sul desde 2007, cercado por todos os lados e sendo despejados sistematicamente de seus lares para dar lugar a colonos judeus
Assisti ontem, 27/02, ao filme. Uma das muitas reflexões que o filme me suscitou foi como, no meu trabalho - sou escrevente judiciário na área criminal -, a gente corre o risco de perder a sensibilidade perante tantos dramas humanos, e encarar o trabalho como se fosse um outro qualquer, quando não é... o homicídio, ainda que no papel, faz parte do meu dia a dia há 15 anos, e me tornou um tanto frio, ainda que eu sinta assim como uma espécie de autodefesa. Enfim, além dos méritos técnicos inegáveis, o filme de Jonathan Glazer traz motivos para muitas discussões.
Em diversos trechos do filme eu voltava pra ver se era aquilo que eu tinha ouvido. Ficava chocada por alguns instantes. A última conversa do Rudolf com a Hedwige me deixou de boca aberta. Isso me fez pensar: cara, isso aconteceu, essa história não é ficção.
Pois é, ele só pensava em matar todo mundo, fiquei imaginando como ele se empenhava nesse trabalho e como ele dava importância. Quero dizer, eu às vezes eu me questiono sobre a importância de meu trabalho para a sociedade. Já ele é um workaholic, que até na festa, só pensava na logística de como matar todo mundo. Entende?
Ouvindo sobre Arendt, a banalidade do mal e o experimento de Milgram, me veio imediatamente a imagem do Sincerão do BBB, onde os participantes são obrigados a falar mal dos colegas de confinamento, usando adjetivos como: desprezivel. Recebendo punições como baldes de tinta na cabeça ou tinha cartas e fotografias de seus parentes próximos rasgadas.
Análise incrível, estava anos esperando esse filme e achei ele o filme da década, assim como "A Fita Branca" do diretor Michael Haneke foi o filme da década passada para mim, Seria sensacional você analisar ele também, pois tanto o diretor Jonathan Glazer e o ator Christian Friedel já admitiram que ambos os filmes estão relacionados e adivinha? Christian Friedel também é o ator principal do filme, que aliás foi o primeiro filme da sua carreira como ator, abraço!
Olá, Ricardo. Assisti ao “Zona de interesse” ontem à noite, aqui no Recife/PE. Saí desterritorializado da sala de exibição. É impressionante como o terror pode ser invisibilizado, deixando-o ainda mais devastador… Parabéns pela crítica sempre cuidadosa, didática e potente! Abração.
Assistindo ao filme eu pensei logo neste termo cunhado pela Hanna Arendt da "banalização do mal" e sobre a desumanização promovida pelos nazistas. Lembrei de ter lido sobre comparações de judeus à ratos nos jornais da época. Tudo muito triste, chocante e assustadoramente familiar com os dias atuais.
Fui assistir ao filme semana passada, mas desde então, me pego pensando nele e buscando informações à respeito. Seu vídeo esclareceu muitas dúvidas que eu tinha. Parabéns pela análise precisa. A propósito, saí do cinema chocada com tanto sofrimento banalizado. Dentre tantas banalidades, uma das mais chocantes foi ver a "fraulein" ameaçando mandar sua empregada para a câmara de gás, caso ela não fizesse seu trabalho de acordo. Cruel!!!
Hanna Arendt, uma grande mulher. Cabcelada pelo que ela conclui em relacao ao julgamento, impingindo ao réu como um burocrata. Logo foi cancelada pelos judeus por não ter qualificado o réu como um monstro. A maior perseguição velada, muito triste. Mulher de fibra.
Cancelada mesmo. Em outro canal, até excluíram meu comentário sobre o verdadeiro conceito de banalidade do mal de Arendt. Então tá, todos eram monstros, não qualquer cidadão comum.
Olá, Ricardo. Recentemente, vi "Zona de Interesse". No entanto, o impacto emocional foi menor do que eu esperava. Com exceção de algumas cenas e alguns simbolismo - como é o caso da menina que distribui maçãs- achei o filme morno, no que se refere a sua dramaticidade. Até mesmo os atores não têm uma grande participação na produção. Sandra Huller que também está em "Anatomia de uma queda" tem uma cena dramática, mas logo depois tudo volta a rotina. Estou lendo o livro e ao compara-lo com o filme, acho que o texto de Martin Amis tem mais camadas até mesmo no campo psicológico. Sendo assim, achei o filme interessante, embora para mim ele não tenha sido marcante. Neste aspecto, "A Lista de Schidller" e "O Pianista" são filmes bem mais intensos em suas propostas de mostrar a guerra de maneira nua e crua. Um abraço.
Certamente vou atrás do livro, Alessandro! Eu gostei muito do filme, mas A Lista de Schindller é de fato imbatível. Aliás, tempos atrás assisti a um vídeo seu de recomendações literárias e peguei a dica dos livros da Flannery O'Connor. Ainda não me aventurei em nenhum livro dela, tem algum que você recomenda começar? Valeu!!
@@MinutosdeSanidade Olá, Ricardo. Eu sugiro que entre os livros da Fannery O' Connor você comece pela coletânea de contos "Um homem bom é difícil de encontrar". Realmente, ela é uma escritora com uma escrita muito peculiar que se enquadra no chamado gótico sulista. Suas obras - a maioria contos, ela tem somente dois romances- tem elementos grotescos e até mesmo tragicômicos. Ela também tem um olhar muito crítico a respeito da sociedade americana, principalmente, o racismo e o fanatismo religioso. Acho que alguns contos delas tem aspectos que podem ser analisados dentro do viés psicanalítico, no que se refere a caracterização de personagens. Um abraço.
Acabei de assistir....o efeito negativo do filme a da menina com as maçãs cheguei a pensar que minha tv estava com problema 😅..... Todos filmes sobre guerra são assustadoramente terríveis... poderíamos ter aprendido com isso e da um basta a guerra mais a ganância e ignorância do homem sobressai.
Filme bom demais. Uma mulher radiante e feliz vivendo com sua família perfeita no lar de seus sonhos, vivendo em um jardim belíssimo cuidado e adubado com cinzas dos crematórios e totalmente indiferente aos gritos, sons de tiros, e à fumaça que saia dos fornos. E a naturalidade com que faziam planos para aumentar a eficácia dos fornos? Banalização total.
Filme indigesto, mas necessário, principalmente no nosso tempo, em que atrocidades são exibidas em alta definição e em tempo real. mas pouca comoção causa à humanidade.
Excelente análise, a melhor daqui do UA-cam, sem dúvida. Foi muito além das muitas outras que assisti, bem mais aprofundado e embasado, ainda com a metade do tempo desses outros vídeos.
Sempre tive muita pena dos judeus em razão dos vários filmes financiados pelos próprios que rwsgataram essa história, mas o Nentanyahu (e seus apoiadores) tirou de mim tal empatia. Depois que percebi que quem conta a história são os endinheirados, percebi que só choramos por quem soube vender melhor a própria história. Ninguém ou poucos choraram pelos massacres afticanos, indígenas, afegãos, palestinos e etc.
Sem querer ser chato, mas seria legal pronunciar os nomes mais próximos do original para entender de quem se trata, ninguém lê Einstein, nem Freud pelo que seria no português, mas vai pra pronuncia mais próxima do original. Eichmann se pronuncia Aichman, sendo que o "ch" não tem som de "x", mas algo como um "r" gutural, é fácil achar a pronuncia.
eu sempre fico desconfiada com quem é fã de jogos mortais, um filme insuportavel pra mim visualmente...(e ele nem é real) acho que têm niveis de sensibilidade, o da avô das crianças que foi embora por causa dos gritos e cheiro , era mais sensível que do que as crianças porque ja eram acostumadas, pelo visto...
Zona de interesse - Filme dirigido pelo cineasta Jonathan Glazer e um dos indicados ao Oscar de 2024. ------------- Para além da banalização do mal - o quanto, eu e todos nós podemos sem malévolos com uma "naturalidade" espantosa! No cotidiano de uma vida construída no mais absoluto cinismo. Não há imagens da carnificina e mortes em escala industrial como foi o Holocausto na 2GM e, sim, a atmosfera sufocante. Os participantes, sejam pessoas ou empresas financiadoras, estão lá! A trilha sonora que "denuncia" o horror. O não se importar, o alienar-se em proveito próprio. O restante, é sabido.
Pra assistir este filme tem que se propor a fazer uma análise histórica sócio filosófica da época e reportamos para o dia atual, senão este filme para muito é puro xaropismo
Boa análise . Apenas um porém . O nome conhecido dele é mesmo o segundo , Adolf , e não "Oto" ( primeiro prenome ) , como dito. É como é historicamente conhecido . E se pronuncia " AICHIMAN" , e não " Eichiman" .
Obrigado por responder sobre a cena da menina e as maçãs, estava procurando a explicação segura sobre. Parabéns pelo canal.
Eu também tava procurando a explicação!
É a primeira vez que vi alguém relacionando, em uma crítica a este filme, com o experimento de Milgram, sobre obediência... o filme me lembrou mto ele, no sentido de ficar chocada ao assistir e causar uma sensação até auto repulsiva ao imaginar como somos frágeis a cometer atrocidades, propícios a ser obedientes a uma situação social... Parabéns, excelente crítica!!
Obrigado!
O que mais me choca é o fato de que Rudolf não era um ser de outra galáxia fazendo atrocidades, mas sim um homem, como qualquer outro, com os mesmos anseios e necessidades que qualquer um, que gostava de animais e crianças. Percebe-se que a família Hoss está mais viva do que nunca atualmente, pois as pessoas têm agido de forma cruel e fria, sem nenhuma empatia pelo próximo. Eles sempre viverão enquanto isso imperar. Outras percepções que eu tive acerca do filme: 1) Rudolf e Hedwig dormiam em camas separadas e não mantinham relações sexuais (exceto para procriação), pois ambos mantinham relações sexuais com funcionários judeus. Haja vista a cena em que Hoss está ao telefone e uma empregada judia entra em seu escritório e começa a despir-se. Depois ele lava o pênis. Em outra cena, Hedwig está fumando na estufa quando aparece um funcionário judeu e ela oferece a ele um cigarro. Isso denota intimidade. 2) Percebe-se que o casal Hoss veio de origem pobre, haja vista a cena em que Hedwig confisca um casaco de pele ( provavelmente de uma mulher judia rica) e deslumbra-se com ele. Por fim, a minha percepção sobre a última cena, em que Rudolf começa a descer as escadarias e vomita, denota que ele está ansioso para começar a nova função na qual foi incumbido e não porque arrependeu-se das atrocidades que fez pois, para ele, era apenas um trabalho que ele estava executando. Ele via os judeus como objetos e orientou os filhos a os verem dessa maneira também.
Incrível seu ponto de vista, obrigada por compartilhar
Só acho que os funcionários não eram judeus (tem uma fala da Hedwig que ela disse à mãe que não havia judeus na casa), mas eu acho que eram pessoas humildes do local onde a família morava.
Acredito que eram poloneses que subiram aos alemães e denunciavam judeus. Era uma forma de conseguirem um certo "prestígio". @@crajirucunha
Se vc ainda não leu, eu recomendo o livro O Holocausto, vc vai entender o filme em detalhes. É de leitura fácil mas com muita informação sobre a política e o apoio da população alemã ao partido nazi.
O Rudolf morreu de câncer de estômago por isso ele teve o acesso de vômito, apesar do filme transparecer outra coisa como vc pontuou.
O mesmo processo de desumanização acontece hj na Palestina, qdo os meios de comunicação, esquecendo o preceito básico do jornalismo de mostrar diferentes ângulos e dar o contexto, privilegia apenas o sofrimento do lado judeu, apesar do número de inocentes civis mortos ser 10x maior do outro lado do muro. Também lembrei da Palestina pq vive sob um regime de apartheid ainda mais duro do que na África do Sul desde 2007, cercado por todos os lados e sendo despejados sistematicamente de seus lares para dar lugar a colonos judeus
Não coloque os judeus como culpados. Muitos não concordam com esse sofrimento que o povo de gaza vem sofrendo.
Falei mais sobre este tema na análise de "esquadrão do extermínio", episódio de love, death + robots.
Me lembra também quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Quantas vidas perdidas.
@@josecarldickhard3808 Longe disso, o problema não é o povo judeu, o problema é o sionismo que é uma ideologia nefasta.
Exatamente o que acontece com cada brasileiro ao conviver naturalmente com cidadãos dormindo pelas calçadas.
Assisti ontem, 27/02, ao filme. Uma das muitas reflexões que o filme me suscitou foi como, no meu trabalho - sou escrevente judiciário na área criminal -, a gente corre o risco de perder a sensibilidade perante tantos dramas humanos, e encarar o trabalho como se fosse um outro qualquer, quando não é... o homicídio, ainda que no papel, faz parte do meu dia a dia há 15 anos, e me tornou um tanto frio, ainda que eu sinta assim como uma espécie de autodefesa. Enfim, além dos méritos técnicos inegáveis, o filme de Jonathan Glazer traz motivos para muitas discussões.
Em diversos trechos do filme eu voltava pra ver se era aquilo que eu tinha ouvido. Ficava chocada por alguns instantes. A última conversa do Rudolf com a Hedwige me deixou de boca aberta. Isso me fez pensar: cara, isso aconteceu, essa história não é ficção.
Pois é, ele só pensava em matar todo mundo, fiquei imaginando como ele se empenhava nesse trabalho e como ele dava importância. Quero dizer, eu às vezes eu me questiono sobre a importância de meu trabalho para a sociedade. Já ele é um workaholic, que até na festa, só pensava na logística de como matar todo mundo. Entende?
Ouvindo sobre Arendt, a banalidade do mal e o experimento de Milgram, me veio imediatamente a imagem do Sincerão do BBB, onde os participantes são obrigados a falar mal dos colegas de confinamento, usando adjetivos como: desprezivel. Recebendo punições como baldes de tinta na cabeça ou tinha cartas e fotografias de seus parentes próximos rasgadas.
Análise incrível, estava anos esperando esse filme e achei ele o filme da década, assim como "A Fita Branca" do diretor Michael Haneke foi o filme da década passada para mim,
Seria sensacional você analisar ele também, pois tanto o diretor Jonathan Glazer e o ator Christian Friedel já admitiram que ambos os filmes estão relacionados e adivinha? Christian Friedel também é o ator principal do filme, que aliás foi o primeiro filme da sua carreira como ator, abraço!
Olá, Ricardo. Assisti ao “Zona de interesse” ontem à noite, aqui no Recife/PE. Saí desterritorializado da sala de exibição. É impressionante como o terror pode ser invisibilizado, deixando-o ainda mais devastador… Parabéns pela crítica sempre cuidadosa, didática e potente! Abração.
Eita! Sou de Recife também e assisti um dia desses... saí mto impactada 😲
Obrigado Clarck, grande abraço!
Fiquei chocada com esse filme. Que análise rica! Obrigada
Assistindo ao filme eu pensei logo neste termo cunhado pela Hanna Arendt da "banalização do mal" e sobre a desumanização promovida pelos nazistas. Lembrei de ter lido sobre comparações de judeus à ratos nos jornais da época. Tudo muito triste, chocante e assustadoramente familiar com os dias atuais.
Fui assistir ao filme semana passada, mas desde então, me pego pensando nele e buscando informações à respeito. Seu vídeo esclareceu muitas dúvidas que eu tinha. Parabéns pela análise precisa. A propósito, saí do cinema chocada com tanto sofrimento banalizado. Dentre tantas banalidades, uma das mais chocantes foi ver a "fraulein" ameaçando mandar sua empregada para a câmara de gás, caso ela não fizesse seu trabalho de acordo. Cruel!!!
Hanna Arendt, uma grande mulher. Cabcelada pelo que ela conclui em relacao ao julgamento, impingindo ao réu como um burocrata. Logo foi cancelada pelos judeus por não ter qualificado o réu como um monstro. A maior perseguição velada, muito triste. Mulher de fibra.
Cancelada mesmo.
Em outro canal, até excluíram meu comentário sobre o verdadeiro conceito de banalidade do mal de Arendt.
Então tá, todos eram monstros, não qualquer cidadão comum.
Olá, Ricardo. Recentemente, vi "Zona de Interesse". No entanto, o impacto emocional foi menor do que eu esperava. Com exceção de algumas cenas e alguns simbolismo - como é o caso da menina que distribui maçãs- achei o filme morno, no que se refere a sua dramaticidade. Até mesmo os atores não têm uma grande participação na produção. Sandra Huller que também está em "Anatomia de uma queda" tem uma cena dramática, mas logo depois tudo volta a rotina. Estou lendo o livro e ao compara-lo com o filme, acho que o texto de Martin Amis tem mais camadas até mesmo no campo psicológico. Sendo assim, achei o filme interessante, embora para mim ele não tenha sido marcante. Neste aspecto, "A Lista de Schidller" e "O Pianista" são filmes bem mais intensos em suas propostas de mostrar a guerra de maneira nua e crua. Um abraço.
Certamente vou atrás do livro, Alessandro! Eu gostei muito do filme, mas A Lista de Schindller é de fato imbatível. Aliás, tempos atrás assisti a um vídeo seu de recomendações literárias e peguei a dica dos livros da Flannery O'Connor. Ainda não me aventurei em nenhum livro dela, tem algum que você recomenda começar? Valeu!!
@@MinutosdeSanidade Olá, Ricardo. Eu sugiro que entre os livros da Fannery O' Connor você comece pela coletânea de contos "Um homem bom é difícil de encontrar". Realmente, ela é uma escritora com uma escrita muito peculiar que se enquadra no chamado gótico sulista. Suas obras - a maioria contos, ela tem somente dois romances- tem elementos grotescos e até mesmo tragicômicos. Ela também tem um olhar muito crítico a respeito da sociedade americana, principalmente, o racismo e o fanatismo religioso. Acho que alguns contos delas tem aspectos que podem ser analisados dentro do viés psicanalítico, no que se refere a caracterização de personagens. Um abraço.
Acabei de assistir....o efeito negativo do filme a da menina com as maçãs cheguei a pensar que minha tv estava com problema 😅.....
Todos filmes sobre guerra são assustadoramente terríveis... poderíamos ter aprendido com isso e da um basta a guerra mais a ganância e ignorância do homem sobressai.
Filme bom demais. Uma mulher radiante e feliz vivendo com sua família perfeita no lar de seus sonhos, vivendo em um jardim belíssimo cuidado e adubado com cinzas dos crematórios e totalmente indiferente aos gritos, sons de tiros, e à fumaça que saia dos fornos. E a naturalidade com que faziam planos para aumentar a eficácia dos fornos? Banalização total.
Filme indigesto, mas necessário, principalmente no nosso tempo, em que atrocidades são exibidas em alta definição e em tempo real. mas pouca comoção causa à humanidade.
Até pouco tempo atrás, Putin também não chamava o q acontece na Ucrânia, de guerra.
Video muito interessante, deixou o filme ainda melhor
Oi Ricardo!
Amei! O meu preferido do Oscar❤
Excelente análise, a melhor daqui do UA-cam, sem dúvida. Foi muito além das muitas outras que assisti, bem mais aprofundado e embasado, ainda com a metade do tempo desses outros vídeos.
Obrigado!
@@MinutosdeSanidade Eu que tenho que agradecer! 🙏
excelente abordagem do filme, parabéns!
Muito obrigado 😃
Filme Sem pé SME cabeça
Sempre tive muita pena dos judeus em razão dos vários filmes financiados pelos próprios que rwsgataram essa história, mas o Nentanyahu (e seus apoiadores) tirou de mim tal empatia. Depois que percebi que quem conta a história são os endinheirados, percebi que só choramos por quem soube vender melhor a própria história. Ninguém ou poucos choraram pelos massacres afticanos, indígenas, afegãos, palestinos e etc.
O fato do mundo dar mais atenção ao extermínio judeu que o extermínio armênio, africano não me faz ter menos pena dos judeus.
Sem querer ser chato, mas seria legal pronunciar os nomes mais próximos do original para entender de quem se trata, ninguém lê Einstein, nem Freud pelo que seria no português, mas vai pra pronuncia mais próxima do original.
Eichmann se pronuncia Aichman, sendo que o "ch" não tem som de "x", mas algo como um "r" gutural, é fácil achar a pronuncia.
eu sempre fico desconfiada com quem é fã de jogos mortais, um filme insuportavel pra mim visualmente...(e ele nem é real)
acho que têm niveis de sensibilidade, o da avô das crianças que foi embora por causa dos gritos e cheiro , era mais sensível que do que as crianças porque ja eram acostumadas, pelo visto...
Adoro o primeiro filme da franquia Jogos Mortais
Zona de interesse - Filme dirigido pelo cineasta Jonathan Glazer e um dos indicados ao Oscar de 2024.
-------------
Para além da banalização do mal - o quanto, eu e todos nós podemos sem malévolos com uma "naturalidade" espantosa! No cotidiano de uma vida construída no mais absoluto cinismo.
Não há imagens da carnificina e mortes em escala industrial como foi o Holocausto na 2GM e, sim, a atmosfera sufocante. Os participantes, sejam pessoas ou empresas financiadoras, estão lá! A trilha sonora que "denuncia" o horror.
O não se importar, o alienar-se em proveito próprio.
O restante, é sabido.
👍
acabei de ver o filme, parece ate que adivinhou 😅
Opa, espero que curta 😁
zone of interest já virou um dos filmes mais subestimados do mundo
Torcendo para que leve o oscar de melhor filme!
E é mesmo viu! Nas resenhas do Google muita gente dizendo que o filme é chato, monótono, que não tem roteiro.
O engraçado foi a propaganda do Brasil que deu certo. Num vídeo que trata exatamente sobre o pensamento fascista.
D:
Pra assistir este filme tem que se propor a fazer uma análise histórica sócio filosófica da época e reportamos para o dia atual, senão este filme para muito é puro xaropismo
Boa análise . Apenas um porém . O nome conhecido dele é mesmo o segundo , Adolf , e não "Oto" ( primeiro prenome ) , como dito. É como é historicamente conhecido . E se pronuncia " AICHIMAN" , e não " Eichiman" .
Erent? Ichman? Hahahaha
Primeira