Boa tarde, O valor do EMA nestas condições que você bem apresenta nem sempre podem ser seguidas de acordo com a sua apresentação. As vezes tanto o padrão disponível como o mensurando possuem a mesma resolução, e fica difícil até para se conseguir um EME
Além do mais é difícil estabelecer uma tolerância de processo para as atividades do corpo humano. Trabalha-se sempre com faixas de valores, seja na frequência cardíaca, seja num resultado de exame de sangue. Então, o mais razoável é tomar as tolerâncias do equipamento (seja o padrão, seja o mensurando) para tomá-lo como um valor limite para aceitação. Se tudo fosse paquímetro, seria mais fácil.
Professor.. uma outra dúvida se possível: Quando falamos do critério, ele tem de ser calculado considerando a tolerancia ou o intervalo dela? Ex.. 10± 0,1... eu calculo com 0,1/3 ou 9,9 a 10,1 vai dar um range de 0,2.. aí 0,2/3? Uma outra coisa que vi, é que tem a tal distribuição que já vi em certicados.. em tem as letras N ou R.. Significa algo? Abraço
Bom dia prezados! Parabéns pelo vídeo! Por favor, pode me tirar umas dúvidas? É obrigatório informar erros sistemáticos no certificado? Vejo muito a tendência e vejo também que chamam tendência de erro sistemático. O critério de aceitação todos falam em 1/3 da tolerância, mas isto não tem em nenhuma norma, ou tinha mas na versão antiga da NBR 10012. Existe regra para isso? E por fim, existe norma ou regras para definir uma periodicidade de calibração? Muito obrigado!
Olá, tudo bem? Obrigado pelas suas perguntas. Seguem breves respostas: 1. É obrigatório informar erros sistemáticos no certificado? Vejo muito a tendência e vejo também que chamam tendência de erro sistemático. Resposta: Não é obrigatório informar a tendência nos certificados. Quando a tendência não for informada, o laboratório que realizou a calibração do equipamento de medição deverá reportar a médias das indicações do equipamento calibrado e as correspondes indicações do equipamento padrão, para cada ponto de calibração, para possibilitar o cliente a determinar os valores das tendências (lembrando que a tendência é definida pela diferença entre a média das indicações no equipamento calibrado - a indicação média no padrão). O termo erro sistemático deve ser evitado, pois para chegarmos nele teríamos que realizar infinitas medições. A tendência é o termo mais adequado e é na prática o estimador do erro sistemático. Veja a definição de tendência no vocabulário internacional de metrologia. 2. O critério de aceitação todos falam em 1/3 da tolerância, mas isto não tem em nenhuma norma, ou tinha mas na versão antiga da NBR 10012. Existe regra para isso? Dividir a tolerância da grandeza a medir por um fator, por exemplo, 3, tem o objetivo de reduzir a influência do equipamento de medição ao se relatar uma declaração de conformidade, ou seja, reduzir a influência do erro e da incerteza de medição sobre a declaração de conformidade (aprovado, reprovado, entre outras possibilidades). Quando o divisor é 3, essa influência é de cerca de 33 %, o que é muito elevada e por isso recomendamos um fator entre 5 e 10, preferencialmente 10. Com o fator 10 a influência do equipamento sobre a declaração de conformidade caia para 10%, o que é razoável. Se o equipamento de medição fosse perfeito, não haveria a necessidade de utilizarmos este divisor. 3. E por fim, existe norma ou regras para definir uma periodicidade de calibração? O fator mais importante para a definição da periodicidade de calibração é a estabilidade do equipamento de medição com o tempo. Para definir essa estabilidade você precisar acompanhar o comportamento do equipamento de medição com o tempo. Uma forma de fazer isso é através do uso do Controle Estatístico de Processo - CEP. A alternativa mais razoável é definir o intervalo de calibração em tempos curtos e ir reajustando os mesmos a medida que você for percebendo que o equipamento pode ter o intervalo de calibração ampliado, ou reduzido, porque os certificados de calibração assim demonstram. Recomendo você se inscrever em nosso curso gratuito Metrologia, Como Assegurar Resultados Confiáveis pelo link sites.google.com/view/metrologia-como-assegurar-qual/home Grande abraço; Gilberto - CECT
Boa tarde, O valor do EMA nestas condições que você bem apresenta nem sempre podem ser seguidas de acordo com a sua apresentação. As vezes tanto o padrão disponível como o mensurando possuem a mesma resolução, e fica difícil até para se conseguir um EME
Além do mais é difícil estabelecer uma tolerância de processo para as atividades do corpo humano. Trabalha-se sempre com faixas de valores, seja na frequência cardíaca, seja num resultado de exame de sangue. Então, o mais razoável é tomar as tolerâncias do equipamento (seja o padrão, seja o mensurando) para tomá-lo como um valor limite para aceitação. Se tudo fosse paquímetro, seria mais fácil.
Professor.. uma outra dúvida se possível: Quando falamos do critério, ele tem de ser calculado considerando a tolerancia ou o intervalo dela? Ex.. 10± 0,1... eu calculo com 0,1/3 ou 9,9 a 10,1 vai dar um range de 0,2.. aí 0,2/3?
Uma outra coisa que vi, é que tem a tal distribuição que já vi em certicados.. em tem as letras N ou R.. Significa algo? Abraço
Bom dia prezados! Parabéns pelo vídeo!
Por favor, pode me tirar umas dúvidas?
É obrigatório informar erros sistemáticos no certificado? Vejo muito a tendência e vejo também que chamam tendência de erro sistemático.
O critério de aceitação todos falam em 1/3 da tolerância, mas isto não tem em nenhuma norma, ou tinha mas na versão antiga da NBR 10012. Existe regra para isso?
E por fim, existe norma ou regras para definir uma periodicidade de calibração?
Muito obrigado!
Olá, tudo bem?
Obrigado pelas suas perguntas. Seguem breves respostas:
1. É obrigatório informar erros sistemáticos no certificado? Vejo muito a tendência e vejo também que chamam tendência de erro sistemático.
Resposta: Não é obrigatório informar a tendência nos certificados. Quando a tendência não for informada, o laboratório que realizou a calibração do equipamento de medição deverá reportar a médias das indicações do equipamento calibrado e as correspondes indicações do equipamento padrão, para cada ponto de calibração, para possibilitar o cliente a determinar os valores das tendências (lembrando que a tendência é definida pela diferença entre a média das indicações no equipamento calibrado - a indicação média no padrão).
O termo erro sistemático deve ser evitado, pois para chegarmos nele teríamos que realizar infinitas medições. A tendência é o termo mais adequado e é na prática o estimador do erro sistemático. Veja a definição de tendência no vocabulário internacional de metrologia.
2. O critério de aceitação todos falam em 1/3 da tolerância, mas isto não tem em nenhuma norma, ou tinha mas na versão antiga da NBR 10012. Existe regra para isso?
Dividir a tolerância da grandeza a medir por um fator, por exemplo, 3, tem o objetivo de reduzir a influência do equipamento de medição ao se relatar uma declaração de conformidade, ou seja, reduzir a influência do erro e da incerteza de medição sobre a declaração de conformidade (aprovado, reprovado, entre outras possibilidades). Quando o divisor é 3, essa influência é de cerca de 33 %, o que é muito elevada e por isso recomendamos um fator entre 5 e 10, preferencialmente 10. Com o fator 10 a influência do equipamento sobre a declaração de conformidade caia para 10%, o que é razoável. Se o
equipamento de medição fosse perfeito, não haveria a necessidade de utilizarmos
este divisor.
3. E por fim, existe norma ou regras para definir uma periodicidade de calibração?
O fator mais importante para a definição da periodicidade de calibração é a estabilidade do equipamento de medição com o tempo. Para definir essa estabilidade você precisar acompanhar o comportamento do equipamento de medição com o tempo. Uma forma de fazer isso é através do uso do Controle Estatístico de Processo - CEP.
A alternativa mais razoável é definir o intervalo de calibração em tempos
curtos e ir reajustando os mesmos a medida que você for percebendo que o
equipamento pode ter o intervalo de calibração ampliado, ou reduzido, porque os certificados de calibração assim demonstram.
Recomendo você se inscrever em nosso curso gratuito Metrologia, Como Assegurar Resultados Confiáveis pelo link sites.google.com/view/metrologia-como-assegurar-qual/home
Grande abraço; Gilberto - CECT
Excelentes explicações! Com certeza farei o curso sim. Muito obrigado!