Esse seu vídeo me fez lembrar muito da vida dos meus pais. Eles foram casados por 26 anos e não encontraram vínculo no casamento, e também acabaram não desenvolvendo muitos vínculos em outras áreas da vida. Depois que minha mãe pediu o divórcio, há uns 7 anos, os dois ficaram sem chão por uns 2 ou 3 anos. Mas, aos poucos, cada um foi se reconstruindo. Meu pai começou a fazer aula de canto há 4 anos e entrou pra um grupo de coral e começou a cantar na igreja. Ele se diverte com esses grupos e é muito bem quisto por todos. Ele também ama ler e montou um grupo de leitura que se reúne com frequência. Além disso, ele encontra muita solitude desse jeito aí que o Manu falou nos estudos dele, é apaixonado por antropologia e acorda todo dia às 4 da manhã pra estudar. Diz ele que está com um projeto de escrever um livro em breve. Também ele decidiu postergar a aposentadoria, porque o trabalho dele lhe traz muita satisfação e reconhecimento de seus pares. Quanto à minha mãe, ela começou a frequentar assiduamente as atividades do grupo de aposentados do banco em que ela trabalhou, participa do grupo de estudos bíblicos, se atirou nas aulas de academia e virou a garota propaganda lá da prof dela (pq ela tem 62 anos e tá com um corpão kkkk ela fica toda faceira com isso rsrs), faz aulas de inglês, viaja com as amigas, etc. Ela é uma das pessoas com mais amigos que eu conheço! E pensar q já teve uma (longa) época em que os dois eram pessoas super solitárias... Nenhum dos dois teve outra relação depois do divórcio e nem voltaram, mas eles acabaram virando super amigos. Eles se ajudam em várias coisas e estão bem presentes na vida um do outro. Meu pai é até inquilino da minha mãe haha Não é um vínculo de casamento e muito menos sexual (acho eu kkkk), mas é um vínculo bem forte. E os dois parecem estar muito mais felizes e realizados com as próprias vidas hoje do que na época do casamento. Olho com admiração pra forma como eles estão levando suas vidas. E tomo como referência, porque, nesse momento, eu voltei pra minha cidade natal depois de 9 anos morando longe, e, mesmo sendo daqui, estou precisando construir esses novos campos de vínculo.... e por enquanto ainda tá difícil e solitário. Mas, se eles que já estavam perto dos 60 anos conseguiram, acho q tem grandes chances de eu tb conseguir 😊
Cara você não faz idéia do quanto o seu trabalho é bom...do quanto vc nos aproxima e toca nossa humanidade. Se eu pudesse dizer uma palavra para expressar seu trabalho é acolhimento.
Você conseguiu expressar exatamente o que eu sinto em relação ao trabalho do Emanuel! Toda vez que assisto a um vídeo sinto reconhecimento e acolhimento muito grandes!
Pra mim, o melhor remédio pra solidão foi encontrar pessoas que me vêem e me aceitam. E passar menos tempo com os que não topam essa ideia. Ser visto e aceito é o contrário da solidão.
Este vídeo somado ao dos 7 afetos fundamentais, vale por anos de terapia em termos de autoconhecimento. Muito obrigada por criar conteúdo desse nível ❤
Gratidão pelo vídeo, Emanuel. Me fez questionar o quanto buscamos nas coisas materiais (carreira, sucesso, estabilidade) razões para sermos amados e queridos por nossos pais (eu ideal). Quando você passa grande parte da vida se ajustando a um desejo que não é seu e de repente se dá conta disso, uma grande transformação pode surgir. É preciso muita coragem para mudar mesmo, dar o próximo passo e reconhecer o desejo genuíno. Um processo que leva anos.
Emanuel, querido, obrigada por ceder ao impulso generoso de gravar esse conteúdo, e por se comprometer com esse canal, com seu conteúdo tão maravilhoso.
Só esta afirmação" A satisfação de uma necessidade não resolve a outra" já promove uma reflexão ultra! Parece óbvia esta frase, mas não... O auto engano tá presente com tanta frequência que não nos damos conta da verdade contida nesta " simples" colocação. Por isso, e tudo o mais, Video ímpar! ...Gratidão!
Excelente, ótimas reflexões, creio que quando somos mais introvertidos, nosso temperamento lida melhor com a solitude. A questão também é quando viemos de famílias pobres, sem muitos recursos, precisamos nos dedicar mais ao trabalho até para pagar despesas básicas, então pode ser mais difícil equilibrar os vários campos da vida. Cada pessoa tem suas necessidades específicas, alguns precisam de mais contato social, outros nem tanto.
Verdade, nem sempre é possível manter tudo em ordem, quando não se tem muitas condições até a possibilidade de criar vínculos se torna reduzida pois a dedicação ao trabalho é a limitação dos ambientes que possibilitam as novas conexões contribuem para isso.
Sim, eu posso afirmar e vindo de família pobre, hoje sou muito feliz com a minha própria companhia, não que eu não faça vínculos porém percebo que sozinho é onde eu realmente quero estar e não levado por vínculos que também faz parte, porém sozinho sou muito mais feliz e realizado.
O que mais assusta nessas concepções atuais de vínculos é como as relações medíocres são banalizadas. Estão abdicando da própria sensibilidade por companhias fúteis, e ser alguém que despreza e repugna isso te coloca alheio. Parece sim cada vez mais inevitável a solidão, uma real falta de esperança.
Vou dizer o que minha experiência terapêutica como terapeuta me mostra: a resposta curta da pergunta é “não”. A longa é que eu entendo COMPENSAÇÃO sendo diferente de ALTERNATIVAS. Compensação é uma forma exógenas de lidar com a necessidade basica de vínculo, a endógena é uma alternativa que encontramos para esses afetos. Quando falamos de solidão, 99,9% das pessoas buscam compensações para não lidar com os sentimentos, pensamentos e realidades interpretada como negativa. A necessidade de vínculo com tentativas frustradas, provoca um processo de transformação dessa necessidade em necessidades e objetivos exógenos. Que então, ressignificam nossa busca pelo afeto nesses objetos exteriores.
Cheguei num ponto, onde prefiro a solidão sim. Sem ninguém p encher o saco. Sempre fui assim, desde a adolescência. Tenho bons amigos, verdadeiros! Mas a minha paz, o meu canto, o meu silêncio.... minha nossa, é uma delícia
Muito bom Manu! Cheguei a esta conclusão recentemente, até mesmo por outros conteúdos que você compartilhou. Não tenho conseguido preencher essa necessidade de vínculo através do amor, mas fui acolhida maravilhosamente num curso de formação de yoga, e percebi como esse vínculo me preencheu.
Que legal Andreia! Sigo buscando esse acolhimento! Entro em inúmeros cursos, empresas, trabalhos diferentes e atualmente faço aula de Teatro. Eu sempre queria me convencer que eu ia entrar nisso ou aquilo e ia me incluir em um grupo e me via fazendo piadas sem graça pra ser aceita e sempre estava querendo agradar as pessoas e nada acontecia . Hoje percebo que está na minha leitura da vida e não do outro! Pois a casa dia que passa percebo que todos nós procuramos a mesma coisa. Aceitação e valorização!
@@Ve4241 leitura de vida significa, como nós entendemos a vida. Ou seja, se para um a vida é muito difícil e dura, para outro é mais simples e feliz. Depende de nós o entendimento e postura em relação a isso.
Grata por esta perspectiva! Ficou claro para mim! Sinto e sei que procuro vínculos, tentando manter-me conectada com o que amo fazer, fiel a mim mesma, sem viver para agradar os outros, que é algo que me apercebi já tarde, que foi parte da minha personalidade por "medo da perda" e viver relações de co-dependencia emocional. Agora me sinto mais ligada a mim mesma, persigo os meus sonhos de fazer a minha arte e trabalho que amo, mas foi preciso algum tempo totalmente isolada para "auto-cura" e consciência e reconectar-me. Sinto que está difícil de mostrar às pessoas que eu quero me conectar/vincular, mas tenho os meus limites, já não sou a mesma pessoa do passado. Alguns amigos se assustam com isso...faz sentido isto não faz?
Gostei das reflexões :) O que sinto em mim é que encontrei os vínculos na minha solitude, mas de alguma forma isso passou a ser um lugar de conforto, um refúgio para o meu medo de abertura, o medo de construir vínculos diretos com outras pessoas.
Entrei um grupo de pessoas gays da mesma religião que eu e percebi que criei certa expectativa de conseguir amizades logo e percebi que isso não aconteceu . Mas sei que nada é rápido .Acabei me sentindo como se tivesse "mendigando afeto " aí me afastei um pouco.To quase nem indo mais .Mas tenho refletido sobre o assunto . No meu trabalho como professor eu me sinto bastante reconhecido também pelo menos em alguns momentos rs
Aquele filme cujo personagem interpretado por Tom Hanks, O Náufrago, se encaixa bem nesse contexto. O personagem faz de uma bola um companheiro, estabelece um vínculo com esse amigo imaginário.
Amo esse filme,choro toda vez na cena que ele dorme/desmaia na jangadinha e o mar leva o "Wilson" embora e quando ele acorda e o "Wilson" não está ele fica desesperado gritando e chorando😭 .Más no final ele "compra" outro "Wilson".
E ficou mais claro os males que perturbam a geração com a qual convivo, 30 - 40 anos. Ansiosos, egoístas, narcisistas, hedonicos, melancólicos, depressivos e viciados.
Eu me sentia muito mal num grupo, e me identifiquei demais, embora ainda me culpe, achando que eu não fui sincera o suficiente, que deveria ter me afastado antes de me humilharem. É um alento perceber que pode haver acolhimento, embora nunca o tenha sentido plenamente. O caminho é imenso e dói muito quando dizem que "é só mudar", enquanto vc está dolorosamente buscando. Enfim, um acolhimento a gente vê aqui.
Tenho certeza que você irá buscar e achar novos grupos que vão de aceitar e te preencher. No início da pandemia wuando eu não podia ver ninguém direito (nenhum de nós podia, né..) eu descobri um grupo do whatsapp sobre rock e festas, entrei e hj em dia algumas pessoas lá eu considero amigos mesmo 🧡
Eu me dei conta q resolvi minha necessidade de vínculo c os pets desde criança. Eu busco manter e contactar c amigas e não estou tendo nenhum retorno. Simplesmente somem do zap sem nem dar tchau então os pets me confortam.
Exatamente. Não consigo entender por exemplo de quando me falam que a vida tá corrida; a minha vida também é corrida e sempre consigo tempo para enviar mensagem não que seja para saber se está tudo bem ou se precisa de algo. Daí o que acontece? Só eu procuro e fico num vaco imenso de resposta; só me procuram quando é conveniente ou só para simplesmente parecer que se importam. Infelizmente (ou felizmente), percebi esse comportamento e simplesmente parei de ir atrás. Parei mesmo. Quando quiserem, sabem onde me achar, porém parei de ir atrás por definitivo. Obs.:Não é para termos a atenção o tempo todo. O que chateia é que você vê enfim que não é recíproco e é a reciprocidade que vem faltando nas amizades também.
Manu, esse vídeo caiu feito uma luva pra mim! Estou em busca do sucesso musical, pois tenho talento como cantora, mas não tenho o reconhecimento remunerado que eu desejo. Faço terapia, e de certo modo sempre percebi que esse desejo é devido uma necessidade que eu compreendi não ser assistida pela minha mãe. Contudo, eu consigo reconhecer em mim um talento e potencial para o sucesso tão almejado. Mas, como toda busca traz suas angústias, estava tendo dificuldades de compreedê-la, e o seu vídeo me abriu os olhos, e a mente. Muito obrigada!
Ai, que video, minhas amigas e meus amigos... Tenho vivido na pele a ideia trazida por Manu: o encontro com o sucesso, estabilidade material e excesso de lazeres nao satisfará nem de longe a necessidade de ser amado, pois ela ocorre por uma real compreensão e acolhimento, não pelo "olha como sou f*da" para ser olhado por mãe /pai ou projeções deles . O desafio é encontrar vínculos em uma sociedade cada vez mais individualista/competitiva/consumista, mas sigo esperançosa , só de estar nesse canal, fazer parte da autoescrita e de ler os comentários tão necessários dos ouvintes. Falando nisso, se possível, Manu, gostaria, por gentileza, que falasse mais sobre o tema: ESPERANÇA... Sobre a percepção de que não é porque no passado os vínculos foram complicados /rompidos que no futuro tudo se repetirá. Podemos sempre testar novas hipóteses, não é mesmo? Obrigada🙏🙏
É difícil conhecer pessoas sem ter vida social. É difícil ter vida social sem grana. Pra socializar e criar oportunidades de estar em grupo e experimentar vários grupos, tem que ter grana. Pra ter grana, tem que ter sucesso. Eu enxergo alguns casos onde a dominância é usada para substituir o vínculo. Mas, não identifico a minha diligência para ter uma vida financeira melhor como remédio para a solidão per se, mas como criação de um facilitador de conexões.
Conheci seu canal através do Flor e Manu (vcs são ótimos juntos) e cara .. foi um mergulho de informações mto importantes, virando várias chaves de entendimento . Tô apaixonada kkkkkk gratidão
Manu, to sempre assistindo seus vídeos, faço parte do processo da autoescrita e hoje assisti esse vídeo que se encaixou perfeitamente aos questionamentos que estou tendo nessa fase da vida. Estava buscando sucesso ao invés de entender meu sistema de vínculo e lidar com a sabotagem de que eu não consigo me vincular a outras pessoas a não ser aquela x. Obrigada pelo conteúdo, do fundo do meu entendimento!
Manu, esse vídeo respondeu sobre a angústia que tem me descabelado nos últimos dias. Acho que você pode imaginar o drama que está sendo rs Estava aqui me convencendo que a melhor solução é a que fica martelando na minha mente mesmo (você deve saber qual rs), que não tinha jeito e eu estava aceitando que não consigo lidar comigo e com o mundo. Mas o que você disse me despertou alguma coisa. Ainda não sei por onde começar a procurar onde estão meus possíveis vínculos. Mas saber que a direção é essa já me fez reconsiderar aquela outra ideia, que confesso me assusta. Obrigada viu, foi perfeito.
Isso, Thais, existe mundo, existe gente no mundo. Então, há muitas possibilidades de vc se sentir acolhida , por mais desafiador e imprevisível que possa parecer... Tô por aqui, tb buscando novos vínculos, novos caminhos...abraços pra vc😊😊
Manu, seu vídeo dos 7 afetos fundamentais e esse de hoje mudaram muitas coisas dentro de mim. Não tenho palavras pra agradecer pelo seu trabalho! Não pare, você ilumina muitas sombras por aí! Você importa muito conhecimento pra dentro de muita gente!! Muito obrigada!!!!! 🌹🌹🌹
Concordo!! Até tentei após minha aposentadoria. Pois os colegas nem para um lanche dizem nunca ter tempo.Marcam na hora H desmarcam. Em atividades coletivas parece que todos já têm suas bolhas e não mostram interesse em adicionar ninguém mais. Dificil! Desisti! Vou seguir minha vida. Sempre me considerei uma boa companhia, se não querem aceitar, danem_Se! Só não vou me humilhar pra NINGUÉM!
Manu, vc poderia fazer um vídeo sobre como não perder a individualidade dentro de um relacionamento. No meu último relacionamento, fiquei perdida de mim, ultrapassei tanto meus limites, me anulei quase que totalmente.. e estou com muita dificuldade de me relacionar de novo com medo de me perder, mesmo que eu queira.
A sociedade está doente por comprar essa ideia de indivualismo e sucesso. Fantástica observação: quanto mais você se destaca, lá do alto, mais você se vê sozinho, inevitavelmente. É um paradoxo, busca preencher um vazio, uma necessidade afetiva com a realização de algo, mas na sociedade capitalista isso se da através da sobreposição do outro, daí volta a solidão. O sistema agradece o círculo vicioso e a gente se sente cada vez mais só porque não entende que a necessidade nem é tão robusta, cara e brilhante assim, ela é básica, ela é afeto. Vídeo incrível, um dos melhores deste canal! Genial, obrigada!
sensacional! aqui é um dos meus lugares de identificação e sou muitíssimo grata por isso. me sinto acolhida e pertencente. e ao contrário de algumas pessoas, entendo muito bem o conteúdo dito em sua natural velocidade. inclusive uma dica a quem sente diferente, aqui do lado tem uma opção de desacelerar e acelerar o vídeo, opção que possibilita nos adequarmos a quem está passando a informação. Manu, parabéns pelo canal, pela constância em seu ser e pela coragem.. tem salvado vidas! ❤ ps: acho a banda Scalene tão incrível quanto esse espaço aqui. talvez vc goste.
Emanuel, eu gostaria de perguntar se você poderia falar do transtorno de personalidade borderline sob essas perspectivas... Grata por esse trabalho, vc ajuda muitas pessoas
Olá Emanuel. Entendo o seu o ponto e concordo com ele. Só que se está cada vez mais difícil criar vínculos, como ficar bem dentro do possível enquanto você não consegue criar esse vínculo. Imagino que esse processo de alostasse pode ser meses, anos, como você manter disposição, motivação e esperança de conseguir resolver um afeto que não depende só de você ?
boa questão! estava pensando sobre isso. mas acho que talvez o caminho seja encontrar coisas em comum, como li em outros comentários. por exemplo, aula de yoga, onde pode ter um vínculo e ter acolhimento.
Isso que me questiono, será que está mais difícil, porque isso pressupõe que alguma vez existiu e não é o que vemos em outras gerações. Por outro lado, parece que, assim como nas relações amorosas, é mais fácil descartar, quando um amigo "dá problema" é só isolar ele do grupo (aconteceu comigo). Mas e aí, por que manter alguém assim? A amizade realmente é tão desinteressada, se precisamos de afinidades?
Emanuel, obrigada por tudo sobretudo esses últimos vídeos. Incrível como eles chegam justamente nas etapas correspondentes em que tenho tratado essas questões em terapia kkkkkk
Nossa genial Manu! Estou nas últimas semanas justamente refletindo sobre como aplacar a solidão pela quebra de alguns vínculos que nutriam algo dentro de mim, algo em que eu me sentia acolhida e reconhecida. Ao tentar aplaca-la, daí vícios retornaram etc, tudo piorou e agora tento buscar outras formas de preenchimento com coisas que gosto mas com muitas dúvidas sobre os tempos: o tempo que preciso pra aplacar minhas dores e o tempo que se leva para gerar vínculos e pelo que entendi na verdade que são vínculos com a gente mesmo, um se auto reconhecer e se auto preencher, seria isso?
Resumindo o que eu compreendi, é que o sentido da vida está no vínculo ,no reconhecimento com o outro , não do outro,logo , entretanto , vínculo tem caminho de mão dupla, acaba não sendo muito fácil, porque tem o outro que também está no seu caminho . Ou seja ,em algum momento você entra e desencontra porque as pessoas mudam , os reconhecimentos com o outro também podem mudar . A ideia talvez seja se manter atento as suas próprias necessidades pra que nos mesmos possamos reconhecer nossas necessidades sem projetar no outro , e pra isso haja disposição pra esse comprometimento consigo mesmo . Vira um espelho , se a gente melhorar a nossa relação com a gente mesmo , vai refletir na relação com o outro , e nisso que a terapia nos ajuda
Total, parabéns pela compreensão, gostei bastante e me ajudou também. Vínculo, afeto, gente, é tudo sobre isso. De fato o primeiro vínculo e afeto a ser cuidado e pleno é o de nós com nós mesmos, pra aí sim ter bom relacionamento com os outros.
"Re-conhece" a necessidade de vínculo... é sair do conhecido, sair da re-petiçao e buscar outras formas. Mas há um trabalho interno aí, porquê não dá para ser o mesmo e fazer as mesmas coisas esperando ter respostas diferentes.
Você é muito generoso! Nos entrega conteúdos interessantíssimos de forma bem didática.🙏🏾🙌🏾💖Sugiro apenas que vc desacelere um pouco, fiquei com a sensação de que vc quase não respira para poder ser também breve. Respira!😉 Gratidão.
Emanuel, somente agora estou começando a conhecer o seu trabalho, por recomendação de uma amiga! Ufa! Que bom entrar em contato com os teus vídeos/textos/terapia de auto observação e de auto transformação 😍🙏 Muito obrigada!
Maravilhoso, Manu! Tocou em todos os pontos específicos das reflexões que eu vinha tendo ultimamente acerca da solidão... Obrigada por tanto, como sempre!
Quando você disse no final que é possível não ser dependente, mas impossível ser independente de vínculos, qualquer que seja, retornei no raciocínio da solidão ser o pano de fundo de depressões, ansiedades e outros transtornos, como você disse no começo. A saúde psicológica, ou seja, o bem-estar social, emocional e até físico, depende de quantos/que tipo de vínculos?
Deixo aqui a sugestão de falar sobre o porque sentimos que estamos "mendigando afeto" tem várias pessoas aqui nos comentários que se sentem assim quando vão em busca de vínculos.
Emmanuel, eu aqui novamente, após ver o vídeo pela 4ª vez (agora com mais atenção). Acredito que um tema para um vídeo seria vínculos x redes sociais, ou algo nesse sentido… já vi vídeos seus falando sobre redes, mas não lembro se era direcionado a vínculos.. enfim! Caso tenha, se alguém souber, me passem o link! Obrigada ☺️
Uma lição aqui que já uso após esse vídeo é, não adianta. Você não vai conseguir suprir a necessidade do outro, ou ser quem vc pensa que o outro quer q vc seja, sempre vai faltar algo, então não pira! Foca na sua necessidade que é o mais importante, se preocupe em criar a sua história… um direcionamento de energia
Maravilhoso este vídeo Manu! Gostava de o ouvir sobre este mesmo tema, relacionado não com a busca duma vida mais independente, mas duma vida mais em comunidade, com vista a reduzir esse sentimento de solidão e de não pertença e, ao mesmo tempo, de criar vínculos e essa família que se sente que nunca se teve. Poderá esta ser uma resposta adequada a satisfazer essa necessidade? Ou pode ser mais uma forma de "fuga"? Muito obrigada pelo seu trabalho maravilhoso 🙏
Maravilhoso Emanuel! De onde vc me conhece?? Falou tão profundamente sobre mim. Para mim, a questão é que o vínculo fundamental da minha família da forma como me sentiria livre é feliz não acontece porque eles só aceitam o vínculo se eu for uma pessoa que supre as necessidades afetivas deles. E isto é muito pesado para mim pq meu núcleo familiar tem 4 adultos cheios de buracos na alma. Complexos e cada vez demandam mais e mais de mim. Eu correspondi até quando tive forças. Me moldes para atender as necessidades deles, equilibrando pratos para dar espaço as minhas necessidades. Mas hoje não consigo mais. E eles não aceitam. Isto tem gerado muitos conflitos.
Amei amei amei o vídeo mas me perdi um pouco na “saída”. Acho que preciso de um vídeo follow up só para satisfações de vínculo. 😅 So reconhecer isso foi importante mas não me basta para entender a (minha) saída. Obrigada por compartilhar!
Óle.... essa questão da [solitude] tem sido foco meu há algum tempo por motivo de [tempos modernos] 😁 e me preocupa sempre quando é visto como um "problema a ser resolvido", uma dificuldade a ser lidada, como alcançar, como matar essa charada. Entendo solitude como um estado de espírito. Seria como um sinônimo pra completude. Neste sentido (das suas falas) seria o alcançar satisfações de vínculo. Uma pessoa que está satisfeita não precisa de mais nada, está bem. Está em paz, se sente completa. Já diria o budismo também, até onde eu entendo. Aquela questão dos gregos de "metade da laranja", de "só vou ser feliz se../quando.." É quando se passa essa barreira da falta (busca de satisfações dessas necessidades fundamentais todas). A pessoa vai ao cinema e tá tudo bem, tá ali comendo "sozinha" no restaurante mas tá sentindo e interagindo com o ambiente, a comida, consigo mesma. Não é preciso mais a figura de "um outro" pra rebater energias, seria reconhecer a si próprio (ou o contexto todo) como esse "outro". Estar satisfeito por si só. Uma plenitude. Fluidez por onde for, por onde puder ser.
Essa questão de criar vínculo com uma obra concebida por outra subjetividade quando não existe uma relação ou identificação "sólida" por assim dizer com outros é interessante, é engraçado que por mais envolvido com o que quer que me faça bem e me muna de alguma forma, é realmente impossível não querer compartilhar com alguém, viver sem vínculos e relacionamentos é uma realidade feliz definitivamente utópica, infelizmente
Queria exemplos de campos de vinculação. Da maneira excessivamente individualista em que vivemos fica difícil imaginar algo fora da relação amorosa, fica parecendo comunidade hippie, não? Todos de mãos dadas, haha! Eu concordo muito, só acho difícil imaginar esses campos. E por isso também que a relação amorosa fica tão sobrecarregada. Parece que é a nossa última forma de vinculação com qualquer alteridade. O foucault fala em heterotopias... Mas não sei...
Acho que vc pode encontrar algo ligado a algum hobby, por exemplo. É realmente difícil criar vínculo assim do nada e passamos tanto tempo no ambiente de trabalho que as vezes só nos resta criar vínculos ali, mas não seria o melhor lugar. Hoje em dia, na internet a gente acha grupos de todo tipo de coisa. Se você gosta de ler pode entrar em um clube do livro, se você gosta de esporte, pode começara frequentar lugares e grupos e amem isso também, assim por diante. Normalmente é uma paixão em comum que vai trazer as melhores oportunidades de vínculo.
Não sei se é a solução, mas militância organizada foi o que funcionou pra mim. Independente de partido ou da ideologia que se siga, estar em trabalho militante me trouxe um senso de pertencimento, vínculo e coletividade que procurava há muito tempo, em lugares as vezes nocivos (como religiões, por exemplo). Ainda mais pelo fato da militância em que me organizei estar diretamente ligada ao combate total desse sistema individualizante que a gente vive. Hoje acredito realmente nos coletivos, movimentos sociais, sindicatos etc como meios saudáveis de produção de vínculo. Primeiro porque você se alinha com quem tem afinidade com o que você acredita para uma sociedade melhor. E segundo porque tudo que é feito nunca é feito somente pra vc, ou pra sua família, ou pra sua namorada - enfim, pros círculos individuais. As coisas são feitas pensando sempre no coletivo. Enfim, essa foi minha experiência pessoal. Acredito q amigos, grupos de estudo de qualquer tipo, até mesmo relações românticas também podem suprir essa necessidade de vínculo. Mas acho que essas relações em algum momento também se limitam porque como o Manu diz no vídeo, há todo um sistema que pesa sobre nós pra que a gente se sinta assim. E aí, nesse caso, acho que nossos vínculos da esfera individual dificilmente vão dar conta.
Ah Manuel . Tive muita dificuldade de prestar atenção por conta da música de fundo . Uma pena X desculpa a crítica . Ainda bem que era somente o começo .
Esse seu vídeo me fez lembrar muito da vida dos meus pais. Eles foram casados por 26 anos e não encontraram vínculo no casamento, e também acabaram não desenvolvendo muitos vínculos em outras áreas da vida. Depois que minha mãe pediu o divórcio, há uns 7 anos, os dois ficaram sem chão por uns 2 ou 3 anos. Mas, aos poucos, cada um foi se reconstruindo. Meu pai começou a fazer aula de canto há 4 anos e entrou pra um grupo de coral e começou a cantar na igreja. Ele se diverte com esses grupos e é muito bem quisto por todos. Ele também ama ler e montou um grupo de leitura que se reúne com frequência. Além disso, ele encontra muita solitude desse jeito aí que o Manu falou nos estudos dele, é apaixonado por antropologia e acorda todo dia às 4 da manhã pra estudar. Diz ele que está com um projeto de escrever um livro em breve. Também ele decidiu postergar a aposentadoria, porque o trabalho dele lhe traz muita satisfação e reconhecimento de seus pares. Quanto à minha mãe, ela começou a frequentar assiduamente as atividades do grupo de aposentados do banco em que ela trabalhou, participa do grupo de estudos bíblicos, se atirou nas aulas de academia e virou a garota propaganda lá da prof dela (pq ela tem 62 anos e tá com um corpão kkkk ela fica toda faceira com isso rsrs), faz aulas de inglês, viaja com as amigas, etc. Ela é uma das pessoas com mais amigos que eu conheço! E pensar q já teve uma (longa) época em que os dois eram pessoas super solitárias...
Nenhum dos dois teve outra relação depois do divórcio e nem voltaram, mas eles acabaram virando super amigos. Eles se ajudam em várias coisas e estão bem presentes na vida um do outro. Meu pai é até inquilino da minha mãe haha Não é um vínculo de casamento e muito menos sexual (acho eu kkkk), mas é um vínculo bem forte. E os dois parecem estar muito mais felizes e realizados com as próprias vidas hoje do que na época do casamento. Olho com admiração pra forma como eles estão levando suas vidas. E tomo como referência, porque, nesse momento, eu voltei pra minha cidade natal depois de 9 anos morando longe, e, mesmo sendo daqui, estou precisando construir esses novos campos de vínculo.... e por enquanto ainda tá difícil e solitário. Mas, se eles que já estavam perto dos 60 anos conseguiram, acho q tem grandes chances de eu tb conseguir 😊
Que história incrível! Dá um alento, de que podemos mudar nossa rota.
Que lindo isso!
Reconfortante saber!
❤
Achei lindo seu relato! E no seu caso: tens algo traçado, algum plano para criar seus vínculos?
Cara você não faz idéia do quanto o seu trabalho é bom...do quanto vc nos aproxima e toca nossa humanidade. Se eu pudesse dizer uma palavra para expressar seu trabalho é acolhimento.
Você conseguiu expressar exatamente o que eu sinto em relação ao trabalho do Emanuel! Toda vez que assisto a um vídeo sinto reconhecimento e acolhimento muito grandes!
Nossa, é exatamente o que sinto!
Exatamente!
Exatamente
👍💗
Pra mim, o melhor remédio pra solidão foi encontrar pessoas que me vêem e me aceitam. E passar menos tempo com os que não topam essa ideia. Ser visto e aceito é o contrário da solidão.
Este vídeo somado ao dos 7 afetos fundamentais, vale por anos de terapia em termos de autoconhecimento. Muito obrigada por criar conteúdo desse nível ❤
Gratidão pelo vídeo, Emanuel. Me fez questionar o quanto buscamos nas coisas materiais (carreira, sucesso, estabilidade) razões para sermos amados e queridos por nossos pais (eu ideal). Quando você passa grande parte da vida se ajustando a um desejo que não é seu e de repente se dá conta disso, uma grande transformação pode surgir. É preciso muita coragem para mudar mesmo, dar o próximo passo e reconhecer o desejo genuíno. Um processo que leva anos.
Caraca! Que vídeo bom
“A dominância não resolve a falta de vínculo”
Muito bom o conteúdo. Parabéns.
Pois é! É uma verdade inevitável, infelizmente
Emanuel, querido, obrigada por ceder ao impulso generoso de gravar esse conteúdo, e por se comprometer com esse canal, com seu conteúdo tão maravilhoso.
Só esta afirmação" A satisfação de uma necessidade não resolve a outra" já promove uma reflexão ultra! Parece óbvia esta frase, mas não... O auto engano tá presente com tanta frequência que não nos damos conta da verdade contida nesta " simples" colocação.
Por isso, e tudo o mais, Video ímpar! ...Gratidão!
"Eu consegui tudo o que eu quis mas confesso abestalhado que eu estou decepcionadooooo"
-raul seixas
Sem dúvida esse é o vídeo mais importante do canal! Praticamente um resumo da minha triste vida!
"Eu só satisfaço minha necessidade de vínculo com aquela pessoa. ISSO É FALSO!" Bom ouvir o óbvio
Quem veio assim que entrou o vídeo e antes de lavar a louça
🤣🤣🤣
@@JanineSOli 🤣🤣🤣
Excelente, ótimas reflexões, creio que quando somos mais introvertidos, nosso temperamento lida melhor com a solitude. A questão também é quando viemos de famílias pobres, sem muitos recursos, precisamos nos dedicar mais ao trabalho até para pagar despesas básicas, então pode ser mais difícil equilibrar os vários campos da vida. Cada pessoa tem suas necessidades específicas, alguns precisam de mais contato social, outros nem tanto.
Muito bem colocado!
Verdade, nem sempre é possível manter tudo em ordem, quando não se tem muitas condições até a possibilidade de criar vínculos se torna reduzida pois a dedicação ao trabalho é a limitação dos ambientes que possibilitam as novas conexões contribuem para isso.
Sim, eu posso afirmar e vindo de família pobre, hoje sou muito feliz com a minha própria companhia, não que eu não faça vínculos porém percebo que sozinho é onde eu realmente quero estar e não levado por vínculos que também faz parte, porém sozinho sou muito mais feliz e realizado.
Faz muito sentido... A parte difícil é pensar onde é possível criar campos de vínculo, quando você não consegue formar vínculo com nada.
Quero agradecer pela sua existência. Obrigada por compartilhar tanto conhecimento.
O que mais assusta nessas concepções atuais de vínculos é como as relações medíocres são banalizadas. Estão abdicando da própria sensibilidade por companhias fúteis, e ser alguém que despreza e repugna isso te coloca alheio. Parece sim cada vez mais inevitável a solidão, uma real falta de esperança.
Vou dizer o que minha experiência terapêutica como terapeuta me mostra: a resposta curta da pergunta é “não”. A longa é que eu entendo COMPENSAÇÃO sendo diferente de ALTERNATIVAS. Compensação é uma forma exógenas de lidar com a necessidade basica de vínculo, a endógena é uma alternativa que encontramos para esses afetos. Quando falamos de solidão, 99,9% das pessoas buscam compensações para não lidar com os sentimentos, pensamentos e realidades interpretada como negativa. A necessidade de vínculo com tentativas frustradas, provoca um processo de transformação dessa necessidade em necessidades e objetivos exógenos. Que então, ressignificam nossa busca pelo afeto nesses objetos exteriores.
Cheguei num ponto, onde prefiro a solidão sim. Sem ninguém p encher o saco. Sempre fui assim, desde a adolescência. Tenho bons amigos, verdadeiros! Mas a minha paz, o meu canto, o meu silêncio.... minha nossa, é uma delícia
Terapia on line, muito obrigada por compartilhar conhecimento.
Muito bom Manu! Cheguei a esta conclusão recentemente, até mesmo por outros conteúdos que você compartilhou. Não tenho conseguido preencher essa necessidade de vínculo através do amor, mas fui acolhida maravilhosamente num curso de formação de yoga, e percebi como esse vínculo me preencheu.
Que legal Andreia!
Sigo buscando esse acolhimento!
Entro em inúmeros cursos, empresas, trabalhos diferentes e atualmente faço aula de Teatro.
Eu sempre queria me convencer que eu ia entrar nisso ou aquilo e ia me incluir em um grupo e me via fazendo piadas sem graça pra ser aceita e sempre estava querendo agradar as pessoas e nada acontecia .
Hoje percebo que está na minha leitura da vida e não do outro!
Pois a casa dia que passa percebo que todos nós procuramos a mesma coisa. Aceitação e valorização!
@@lanezedezede5877 como assim sua leitura de vida?
@@Ve4241 leitura de vida significa, como nós entendemos a vida.
Ou seja, se para um a vida é muito difícil e dura, para outro é mais simples e feliz.
Depende de nós o entendimento e postura em relação a isso.
Grata por esta perspectiva! Ficou claro para mim! Sinto e sei que procuro vínculos, tentando manter-me conectada com o que amo fazer, fiel a mim mesma, sem viver para agradar os outros, que é algo que me apercebi já tarde, que foi parte da minha personalidade por "medo da perda" e viver relações de co-dependencia emocional. Agora me sinto mais ligada a mim mesma, persigo os meus sonhos de fazer a minha arte e trabalho que amo, mas foi preciso algum tempo totalmente isolada para "auto-cura" e consciência e reconectar-me. Sinto que está difícil de mostrar às pessoas que eu quero me conectar/vincular, mas tenho os meus limites, já não sou a mesma pessoa do passado. Alguns amigos se assustam com isso...faz sentido isto não faz?
Muito sentido
Muito obrigada, Manu. Literalmente salva-vidas. Parabéns pela sua gigante alma lúcida e altruísta. Você me traz uma fé enorme na humanidade.
Gostei das reflexões :) O que sinto em mim é que encontrei os vínculos na minha solitude, mas de alguma forma isso passou a ser um lugar de conforto, um refúgio para o meu medo de abertura, o medo de construir vínculos diretos com outras pessoas.
Entrei um grupo de pessoas gays da mesma religião que eu e percebi que criei certa expectativa de conseguir amizades logo e percebi que isso não aconteceu .
Mas sei que nada é rápido .Acabei me sentindo como se tivesse "mendigando afeto " aí me afastei um pouco.To quase nem indo mais .Mas tenho refletido sobre o assunto .
No meu trabalho como professor eu me sinto bastante reconhecido também pelo menos em alguns momentos rs
Aquele filme cujo personagem interpretado por Tom Hanks, O Náufrago, se encaixa bem nesse contexto. O personagem faz de uma bola um companheiro, estabelece um vínculo com esse amigo imaginário.
Amo esse filme,choro toda vez na cena que ele dorme/desmaia na jangadinha e o mar leva o "Wilson" embora e quando ele acorda e o "Wilson" não está ele fica desesperado gritando e chorando😭 .Más no final ele "compra" outro "Wilson".
Se tem algo bom das redes, são esses tipos de conteúdo. muito melhor que muita terapia por aí :)
E ficou mais claro os males que perturbam a geração com a qual convivo, 30 - 40 anos. Ansiosos, egoístas, narcisistas, hedonicos, melancólicos, depressivos e viciados.
Sinto que deveria ter visto este vídeo muito antes. Evitaria muita decisão errada.
Enfim, antes tarde do que nunca. 😅
Adoro suas explicações! Muito obrigada
Você é sensacional
Fantástico 👏🏼👏🏼👏🏼
Eu me sentia muito mal num grupo, e me identifiquei demais, embora ainda me culpe, achando que eu não fui sincera o suficiente, que deveria ter me afastado antes de me humilharem. É um alento perceber que pode haver acolhimento, embora nunca o tenha sentido plenamente. O caminho é imenso e dói muito quando dizem que "é só mudar", enquanto vc está dolorosamente buscando. Enfim, um acolhimento a gente vê aqui.
Tenho certeza que você irá buscar e achar novos grupos que vão de aceitar e te preencher. No início da pandemia wuando eu não podia ver ninguém direito (nenhum de nós podia, né..) eu descobri um grupo do whatsapp sobre rock e festas, entrei e hj em dia algumas pessoas lá eu considero amigos mesmo 🧡
Eu me dei conta q resolvi minha necessidade de vínculo c os pets desde criança. Eu busco manter e contactar c amigas e não estou tendo nenhum retorno. Simplesmente somem do zap sem nem dar tchau então os pets me confortam.
Exatamente. Não consigo entender por exemplo de quando me falam que a vida tá corrida; a minha vida também é corrida e sempre consigo tempo para enviar mensagem não que seja para saber se está tudo bem ou se precisa de algo. Daí o que acontece? Só eu procuro e fico num vaco imenso de resposta; só me procuram quando é conveniente ou só para simplesmente parecer que se importam. Infelizmente (ou felizmente), percebi esse comportamento e simplesmente parei de ir atrás. Parei mesmo. Quando quiserem, sabem onde me achar, porém parei de ir atrás por definitivo.
Obs.:Não é para termos a atenção o tempo todo. O que chateia é que você vê enfim que não é recíproco e é a reciprocidade que vem faltando nas amizades também.
@@charlenes27 eu sinto isso tb. Daí eu abraço e beijo muito meus pets. Sinto falta da troca de afeto.
Esse tempo todo eu só tava tentando fugir de algo que é inevitável e o pior, eu não sei como sair disso.
Para mim este video foi o melhoooor👏👏👏👏👏👏
Vídeo maravilhoso, nunca vi uma abordagem tão clara, concisa, profunda, e, pq não dizer, animadora sobre a solidão como essa! Gratíssima!!!!
Este canal teria que estar com a placa de diamante do youtube, só digo isso! Obrigado Manu!
Interessante sua colocação!
Maravilhoso.
Manu, esse vídeo caiu feito uma luva pra mim! Estou em busca do sucesso musical, pois tenho talento como cantora, mas não tenho o reconhecimento remunerado que eu desejo. Faço terapia, e de certo modo sempre percebi que esse desejo é devido uma necessidade que eu compreendi não ser assistida pela minha mãe. Contudo, eu consigo reconhecer em mim um talento e potencial para o sucesso tão almejado. Mas, como toda busca traz suas angústias, estava tendo dificuldades de compreedê-la, e o seu vídeo me abriu os olhos, e a mente. Muito obrigada!
Ai, que video, minhas amigas e meus amigos... Tenho vivido na pele a ideia trazida por Manu: o encontro com o sucesso, estabilidade material e excesso de lazeres nao satisfará nem de longe a necessidade de ser amado, pois ela ocorre por uma real compreensão e acolhimento, não pelo "olha como sou f*da" para ser olhado por mãe /pai ou projeções deles . O desafio é encontrar vínculos em uma sociedade cada vez mais individualista/competitiva/consumista, mas sigo esperançosa , só de estar nesse canal, fazer parte da autoescrita e de ler os comentários tão necessários dos ouvintes. Falando nisso, se possível, Manu, gostaria, por gentileza, que falasse mais sobre o tema: ESPERANÇA... Sobre a percepção de que não é porque no passado os vínculos foram complicados /rompidos que no futuro tudo se repetirá. Podemos sempre testar novas hipóteses, não é mesmo? Obrigada🙏🙏
Grata Emanuel seus Videos são excelentes sempre con os melhores conteúdos!!🥰😍❤👏👏👏
É difícil conhecer pessoas sem ter vida social. É difícil ter vida social sem grana. Pra socializar e criar oportunidades de estar em grupo e experimentar vários grupos, tem que ter grana. Pra ter grana, tem que ter sucesso. Eu enxergo alguns casos onde a dominância é usada para substituir o vínculo. Mas, não identifico a minha diligência para ter uma vida financeira melhor como remédio para a solidão per se, mas como criação de um facilitador de conexões.
Exato
Isso,me encontro em situação financeira complicada,por mais que me esforce não consigo uma vida social ativa.
@@artemanga431 exatamente! A pessoa precisa de um dinheiro extra até pra ir no churrasquinho da esquina..
@@ST-rm3bz sim mano,estou estudando pra um concurso, tentar mudar minha realidade.
Sim, sem dinheiro as opções se limitam muito
Conheci teu canal há dois dias e já tô viciada, muito bom teu conteúdo
Esse video chegou a mim agora, eu sinto um véu caindo sobre meu rosto kkk ja tinha trabalhado na terapia , e completou com o que você falou, gratidão.
Nossa... minha cabeça está mil....não sei se consegui compreender tudo,mas o que consegui fez muito sentido.gratidao...
Conheci seu canal através do Flor e Manu (vcs são ótimos juntos) e cara .. foi um mergulho de informações mto importantes, virando várias chaves de entendimento . Tô apaixonada kkkkkk gratidão
4's. Solidão, Solitude, Sentimentos, Sanidade.
Era o vídeo que eu precisava ver
Vivendo fora do Brasil por duas vezes e em dois países com culturas COMPLETAMENTE diferentes, esse vídeo faz muito sentido!❤
Manu, to sempre assistindo seus vídeos, faço parte do processo da autoescrita e hoje assisti esse vídeo que se encaixou perfeitamente aos questionamentos que estou tendo nessa fase da vida. Estava buscando sucesso ao invés de entender meu sistema de vínculo e lidar com a sabotagem de que eu não consigo me vincular a outras pessoas a não ser aquela x. Obrigada pelo conteúdo, do fundo do meu entendimento!
Manu, esse vídeo respondeu sobre a angústia que tem me descabelado nos últimos dias. Acho que você pode imaginar o drama que está sendo rs Estava aqui me convencendo que a melhor solução é a que fica martelando na minha mente mesmo (você deve saber qual rs), que não tinha jeito e eu estava aceitando que não consigo lidar comigo e com o mundo. Mas o que você disse me despertou alguma coisa. Ainda não sei por onde começar a procurar onde estão meus possíveis vínculos. Mas saber que a direção é essa já me fez reconsiderar aquela outra ideia, que confesso me assusta. Obrigada viu, foi perfeito.
Isso, Thais, existe mundo, existe gente no mundo. Então, há muitas possibilidades de vc se sentir acolhida , por mais desafiador e imprevisível que possa parecer... Tô por aqui, tb buscando novos vínculos, novos caminhos...abraços pra vc😊😊
Me reconheço em você! Te admiro muito!
Manu, seu vídeo dos 7 afetos fundamentais e esse de hoje mudaram muitas coisas dentro de mim. Não tenho palavras pra agradecer pelo seu trabalho! Não pare, você ilumina muitas sombras por aí! Você importa muito conhecimento pra dentro de muita gente!! Muito obrigada!!!!! 🌹🌹🌹
E como criar vínculos? Como desenvolvê-los? Parece que que ninguém mais quer conexão com ninguém... está todo mundo no modo "independente".
Concordo!!
Até tentei após minha aposentadoria. Pois os colegas nem para um lanche dizem nunca ter tempo.Marcam na hora H desmarcam. Em atividades coletivas parece que todos já têm suas bolhas e não mostram interesse em adicionar ninguém mais.
Dificil!
Desisti! Vou seguir minha vida. Sempre me considerei uma boa companhia, se não querem aceitar, danem_Se! Só não vou me humilhar pra NINGUÉM!
Manu, vc poderia fazer um vídeo sobre como não perder a individualidade dentro de um relacionamento. No meu último relacionamento, fiquei perdida de mim, ultrapassei tanto meus limites, me anulei quase que totalmente.. e estou com muita dificuldade de me relacionar de novo com medo de me perder, mesmo que eu queira.
Meu Deus, é pelo menos a 3ª vez que parece que vc escuta o que sinto
Feliz primeiro dia das mães pra Flor ❤
A sociedade está doente por comprar essa ideia de indivualismo e sucesso. Fantástica observação: quanto mais você se destaca, lá do alto, mais você se vê sozinho, inevitavelmente. É um paradoxo, busca preencher um vazio, uma necessidade afetiva com a realização de algo, mas na sociedade capitalista isso se da através da sobreposição do outro, daí volta a solidão. O sistema agradece o círculo vicioso e a gente se sente cada vez mais só porque não entende que a necessidade nem é tão robusta, cara e brilhante assim, ela é básica, ela é afeto. Vídeo incrível, um dos melhores deste canal! Genial, obrigada!
Como eu demorei assim.pra te encontrar...
....falamos a mesma linguagem
.
Perfeito!
sensacional! aqui é um dos meus lugares de identificação e sou muitíssimo grata por isso. me sinto acolhida e pertencente.
e ao contrário de algumas pessoas, entendo muito bem o conteúdo dito em sua natural velocidade. inclusive uma dica a quem sente diferente, aqui do lado tem uma opção de desacelerar e acelerar o vídeo, opção que possibilita nos adequarmos a quem está passando a informação.
Manu, parabéns pelo canal, pela constância em seu ser e pela coragem.. tem salvado vidas! ❤ ps: acho a banda Scalene tão incrível quanto esse espaço aqui. talvez vc goste.
Explicou a vida 🤩😂
Comecei a ver o vídeo exatamente no momento em que abria uma barra de Kitkat para suprir uma necessidade de afeto. 😩🤯
Esse era o video que faltava Emanuel! Sensacional! Que trabalho incrível o seu! Muito Obrigada!
Emanuel, eu gostaria de perguntar se você poderia falar do transtorno de personalidade borderline sob essas perspectivas... Grata por esse trabalho, vc ajuda muitas pessoas
Precisava ouvir isso hoje. Obrigada Manu ♥️
Adorei! Impressionante como esses vídeos me acalmam!
Ajudou,sim!
Adoro seu trabalho e a proposta ousada e bela de Flor e Manu.
Muita saúde,amor e harmonia pra vcs,Martin e Vicente!!!
Caramba. Agora tô entendendo algumas questões internas desta busca pelo "ser feliz sozinho"... 😱
Olá Emanuel. Entendo o seu o ponto e concordo com ele. Só que se está cada vez mais difícil criar vínculos, como ficar bem dentro do possível enquanto você não consegue criar esse vínculo. Imagino que esse processo de alostasse pode ser meses, anos, como você manter disposição, motivação e esperança de conseguir resolver um afeto que não depende só de você ?
boa questão! estava pensando sobre isso. mas acho que talvez o caminho seja encontrar coisas em comum, como li em outros comentários. por exemplo, aula de yoga, onde pode ter um vínculo e ter acolhimento.
Isso que me questiono, será que está mais difícil, porque isso pressupõe que alguma vez existiu e não é o que vemos em outras gerações. Por outro lado, parece que, assim como nas relações amorosas, é mais fácil descartar, quando um amigo "dá problema" é só isolar ele do grupo (aconteceu comigo). Mas e aí, por que manter alguém assim? A amizade realmente é tão desinteressada, se precisamos de afinidades?
Obrigado pelo índice =]
Emanuel, obrigada por tudo sobretudo esses últimos vídeos. Incrível como eles chegam justamente nas etapas correspondentes em que tenho tratado essas questões em terapia kkkkkk
Caramba Manu, que video!!!!! Tenho muito a ver como entender esse meu vínculo
Mal resolvido. Valeu. Maria.
Esse vídeo me remeteu a Ética a nicômaco de Aristóteles.
Anos e anos de terapia mas vc vai fundo nas faltas... e como ajuda!!! Obrigada!!!🙊
Nossa genial Manu! Estou nas últimas semanas justamente refletindo sobre como aplacar a solidão pela quebra de alguns vínculos que nutriam algo dentro de mim, algo em que eu me sentia acolhida e reconhecida. Ao tentar aplaca-la, daí vícios retornaram etc, tudo piorou e agora tento buscar outras formas de preenchimento com coisas que gosto mas com muitas dúvidas sobre os tempos: o tempo que preciso pra aplacar minhas dores e o tempo que se leva para gerar vínculos e pelo que entendi na verdade que são vínculos com a gente mesmo, um se auto reconhecer e se auto preencher, seria isso?
Adoro quando você cita transtorno alimentares, é minha maior questão na terapia e seus vídeos ajudam muito no processo junto com a autoescrita
Cara, que video bom.
Valeu, Manu!
Resumindo o que eu compreendi, é que o sentido da vida está no vínculo ,no reconhecimento com o outro , não do outro,logo , entretanto , vínculo tem caminho de mão dupla, acaba não sendo muito fácil, porque tem o outro que também está no seu caminho . Ou seja ,em algum momento você entra e desencontra porque as pessoas mudam , os reconhecimentos com o outro também podem mudar . A ideia talvez seja se manter atento as suas próprias necessidades pra que nos mesmos possamos reconhecer nossas necessidades sem projetar no outro , e pra isso haja disposição pra esse comprometimento consigo mesmo . Vira um espelho , se a gente melhorar a nossa relação com a gente mesmo , vai refletir na relação com o outro , e nisso que a terapia nos ajuda
Ai, que beleza de compreensão, obrigada por compartilhar!!
Total, parabéns pela compreensão, gostei bastante e me ajudou também. Vínculo, afeto, gente, é tudo sobre isso. De fato o primeiro vínculo e afeto a ser cuidado e pleno é o de nós com nós mesmos, pra aí sim ter bom relacionamento com os outros.
Esclarecedor👏👏👏.É isso que eu faço.E dá muito certo.Obrigada .
"Re-conhece" a necessidade de vínculo... é sair do conhecido, sair da re-petiçao e buscar outras formas. Mas há um trabalho interno aí, porquê não dá para ser o mesmo e fazer as mesmas coisas esperando ter respostas diferentes.
Você é muito generoso! Nos entrega conteúdos interessantíssimos de forma bem didática.🙏🏾🙌🏾💖Sugiro apenas que vc desacelere um pouco, fiquei com a sensação de que vc quase não respira para poder ser também breve. Respira!😉 Gratidão.
Que conteúdo maravilho e esclarecedor. Um ótimo trabalho!! Obrigada!
Emanuel, somente agora estou começando a conhecer o seu trabalho, por recomendação de uma amiga! Ufa! Que bom entrar em contato com os teus vídeos/textos/terapia de auto observação e de auto transformação 😍🙏
Muito obrigada!
Vai nessa que o ser humano não precisa do outro. Pra nascer você já precisa!
Maravilhoso, Manu! Tocou em todos os pontos específicos das reflexões que eu vinha tendo ultimamente acerca da solidão... Obrigada por tanto, como sempre!
Quando você disse no final que é possível não ser dependente, mas impossível ser independente de vínculos, qualquer que seja, retornei no raciocínio da solidão ser o pano de fundo de depressões, ansiedades e outros transtornos, como você disse no começo. A saúde psicológica, ou seja, o bem-estar social, emocional e até físico, depende de quantos/que tipo de vínculos?
Deixo aqui a sugestão de falar sobre o porque sentimos que estamos "mendigando afeto" tem várias pessoas aqui nos comentários que se sentem assim quando vão em busca de vínculos.
Emmanuel, eu aqui novamente, após ver o vídeo pela 4ª vez (agora com mais atenção). Acredito que um tema para um vídeo seria vínculos x redes sociais, ou algo nesse sentido… já vi vídeos seus falando sobre redes, mas não lembro se era direcionado a vínculos.. enfim! Caso tenha, se alguém souber, me passem o link! Obrigada ☺️
Uma lição aqui que já uso após esse vídeo é, não adianta. Você não vai conseguir suprir a necessidade do outro, ou ser quem vc pensa que o outro quer q vc seja, sempre vai faltar algo, então não pira! Foca na sua necessidade que é o mais importante, se preocupe em criar a sua história… um direcionamento de energia
Que vídeo incrível! Muito grata!
Maravilhoso este vídeo Manu!
Gostava de o ouvir sobre este mesmo tema, relacionado não com a busca duma vida mais independente, mas duma vida mais em comunidade, com vista a reduzir esse sentimento de solidão e de não pertença e, ao mesmo tempo, de criar vínculos e essa família que se sente que nunca se teve.
Poderá esta ser uma resposta adequada a satisfazer essa necessidade? Ou pode ser mais uma forma de "fuga"?
Muito obrigada pelo seu trabalho maravilhoso 🙏
Maravilhoso Emanuel! De onde vc me conhece?? Falou tão profundamente sobre mim. Para mim, a questão é que o vínculo fundamental da minha família da forma como me sentiria livre é feliz não acontece porque eles só aceitam o vínculo se eu for uma pessoa que supre as necessidades afetivas deles. E isto é muito pesado para mim pq meu núcleo familiar tem 4 adultos cheios de buracos na alma. Complexos e cada vez demandam mais e mais de mim. Eu correspondi até quando tive forças. Me moldes para atender as necessidades deles, equilibrando pratos para dar espaço as minhas necessidades. Mas hoje não consigo mais. E eles não aceitam. Isto tem gerado muitos conflitos.
Caraca que vídeo foda!
Amei amei amei o vídeo mas me perdi um pouco na “saída”. Acho que preciso de um vídeo follow up só para satisfações de vínculo. 😅 So reconhecer isso foi importante mas não me basta para entender a (minha) saída. Obrigada por compartilhar!
Óle.... essa questão da [solitude] tem sido foco meu há algum tempo por motivo de [tempos modernos] 😁 e me preocupa sempre quando é visto como um "problema a ser resolvido", uma dificuldade a ser lidada, como alcançar, como matar essa charada.
Entendo solitude como um estado de espírito. Seria como um sinônimo pra completude. Neste sentido (das suas falas) seria o alcançar satisfações de vínculo. Uma pessoa que está satisfeita não precisa de mais nada, está bem. Está em paz, se sente completa. Já diria o budismo também, até onde eu entendo.
Aquela questão dos gregos de "metade da laranja", de "só vou ser feliz se../quando.." É quando se passa essa barreira da falta (busca de satisfações dessas necessidades fundamentais todas).
A pessoa vai ao cinema e tá tudo bem, tá ali comendo "sozinha" no restaurante mas tá sentindo e interagindo com o ambiente, a comida, consigo mesma. Não é preciso mais a figura de "um outro" pra rebater energias, seria reconhecer a si próprio (ou o contexto todo) como esse "outro". Estar satisfeito por si só. Uma plenitude. Fluidez por onde for, por onde puder ser.
Essa questão de criar vínculo com uma obra concebida por outra subjetividade quando não existe uma relação ou identificação "sólida" por assim dizer com outros é interessante, é engraçado que por mais envolvido com o que quer que me faça bem e me muna de alguma forma, é realmente impossível não querer compartilhar com alguém, viver sem vínculos e relacionamentos é uma realidade feliz definitivamente utópica, infelizmente
Queria exemplos de campos de vinculação. Da maneira excessivamente individualista em que vivemos fica difícil imaginar algo fora da relação amorosa, fica parecendo comunidade hippie, não? Todos de mãos dadas, haha! Eu concordo muito, só acho difícil imaginar esses campos. E por isso também que a relação amorosa fica tão sobrecarregada. Parece que é a nossa última forma de vinculação com qualquer alteridade. O foucault fala em heterotopias... Mas não sei...
Também penso isso. Depois do início da juventude, o afeto da amizade perde muito espaço.
Acho que vc pode encontrar algo ligado a algum hobby, por exemplo. É realmente difícil criar vínculo assim do nada e passamos tanto tempo no ambiente de trabalho que as vezes só nos resta criar vínculos ali, mas não seria o melhor lugar. Hoje em dia, na internet a gente acha grupos de todo tipo de coisa. Se você gosta de ler pode entrar em um clube do livro, se você gosta de esporte, pode começara frequentar lugares e grupos e amem isso também, assim por diante. Normalmente é uma paixão em comum que vai trazer as melhores oportunidades de vínculo.
Não sei se é a solução, mas militância organizada foi o que funcionou pra mim. Independente de partido ou da ideologia que se siga, estar em trabalho militante me trouxe um senso de pertencimento, vínculo e coletividade que procurava há muito tempo, em lugares as vezes nocivos (como religiões, por exemplo). Ainda mais pelo fato da militância em que me organizei estar diretamente ligada ao combate total desse sistema individualizante que a gente vive. Hoje acredito realmente nos coletivos, movimentos sociais, sindicatos etc como meios saudáveis de produção de vínculo. Primeiro porque você se alinha com quem tem afinidade com o que você acredita para uma sociedade melhor. E segundo porque tudo que é feito nunca é feito somente pra vc, ou pra sua família, ou pra sua namorada - enfim, pros círculos individuais. As coisas são feitas pensando sempre no coletivo.
Enfim, essa foi minha experiência pessoal. Acredito q amigos, grupos de estudo de qualquer tipo, até mesmo relações românticas também podem suprir essa necessidade de vínculo. Mas acho que essas relações em algum momento também se limitam porque como o Manu diz no vídeo, há todo um sistema que pesa sobre nós pra que a gente se sinta assim. E aí, nesse caso, acho que nossos vínculos da esfera individual dificilmente vão dar conta.
Oi! Qual é mesmo o nome do autor que referustes? Não o Becker, o outro .. Baita trabalho; parabéns!
Gratidão! A importância da Solitude, do autoconhecimento e vínculos ❤️
Ah Manuel . Tive muita dificuldade de prestar atenção por conta da música de fundo .
Uma pena X desculpa a crítica .
Ainda bem que era somente o começo .