Peleja do Cego Aderaldo com José Pretinho na voz de Samuel Lopes

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  • Опубліковано 11 вер 2024
  • Nota. Este cordel de Firmino Teixeira do Amaral ganhou uma nova roupagem na reedição feita pela editora Luzeiro. Abaixo segue a apresentação da nova edição:
    A peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, escrita por volta do ano de 1916, está entre os clássicos do cordel brasileiro. Apesar do preconceito, presente em toda narrativa, a obra ultrapassou esse limite, porque nela as pessoas veem que a cor da pele e a cegueira não são obstáculos para nenhum ser humano chegar aonde deseja. Todavia é necessário entender as circunstâncias em que a peleja foi concebida.
    Não que justifique, mas na época, em que a obra foi escrita, o fim da escravidão ainda era recente na história do Brasil. Foram mais de três séculos de exploração servil, violência e assassinato. Várias gerações brancas oprimiram os negros, bem como milhões desses irmãos nasceram condenados a privação da liberdade. Daí porque, uma coisa entranhada por muitos séculos na cabeça das pessoas, aparece também na pena de Firmino.
    Aos cegos também faltou apenas o trabalho forçado, mas quem tinha esta deficiência sempre foi condenado a viver trancado, vítima duas vezes, da cegueira e da indiferença. A sociedade, historicamente hipócrita, sempre lhe dispensou agressões, desrespeito e humilhações.
    Por muito tempo atribuiu-se a autoria deste cordel ao próprio Cego Aderaldo, que nunca fez questão de desmenti-la. As duas personagens, tanto o Cego quanto o Zé Pretinho, são vítimas, dos mais nefastos preconceitos, um por conta da cegueira e o outro pelo fato de ser negro, respectivamente. Talvez o preconceito contido no texto fosse até inconsciente, porque enquanto o Cego não ganha a disputa, o negro é exaltado por todos os presentes na cantoria e Aderaldo, mesmo diz que para Zé Pretinho serviram um lauto jantar, a ele restou apenas um café e umas bolachinhas minguadas.
    No início da cantoria o Cego Aderaldo começa a elogiar Zé Pretinho mas, este, se achando superior, por supostamente pensar que o cego está distante da cultura, como se a cegueira prejudicasse os outros sentidos, lhe ofende chamando de coxo, bruto, etc...
    O guia de Aderaldo o alertou para que tomasse cuidado com o Zé Pretinho, talvez por isso, Firmino coloca na boca do Cego as seguintes palavras:
    Então eu disse: - Seu Zé,
    Sei que o senhor tem ciência -
    Me parece que é dotado
    Da Divina Providência!
    Vamos saudar esse povo,
    Com sua justa excelência!
    Mas essas palavras elogiosas darão lugar a outras muito agressivas. Por isso, pesquisas mostram que perto do fim da vida, o cantador que usara rabeca, instrumento incomum na cantoria, teria pedido desculpas a comunidade negra, pelo seu cantar ofensivo. Todavia, se o Zé Pretinho tivesse existido, certamente, por uma questão de consciência moral, haveria de se redimir com os cegos, pelo seu tratamento rude.
    O valor literário dessa obra é imensurável dada a sua capacidade de provocar reflexão em torno do preconceito. O professor pode usá-la na sala de aula no debate dessa chaga ainda presente em nossos dias. Avaliar a obra e não seu autor, é a prática coerente dos bons críticos, portanto se alguém disser que Firmino seja o que aparenta na peleja, pode cometer um erro. Questões a parte, este piauiense é considerado um dos grandes poetas do Brasil, a quem o cordel lhe rende homenagens.
    A segunda história contida nesta publicação é a Peleja do Cego Aderaldo com Jaca Mole, este primo do Zé Pretinho. Como toda boa peleja segue na linha do desafio e demonstração de conhecimento de ambas as partes. Mais uma vez o Cego sai vitorioso.
    Varneci Nascimento
    Poeta cordelista

КОМЕНТАРІ • 36

  • @gzao_1
    @gzao_1 3 роки тому +1

    Minha mae contava pra nois dormir..gosto muito mun faiz lenbra da infancia

  • @josearimarsousa6993
    @josearimarsousa6993 Рік тому +1

    gostei

  • @rosivaldocaje6617
    @rosivaldocaje6617 3 роки тому +1

    Bom é pouco, este intérprete é um gênia, sessacional

  • @samuellopesmultimidia63
    @samuellopesmultimidia63  3 роки тому +3

    Muito obrigado a todos. Um vídeo desse mote com quase 44 mil visualizações, podemos considerar como: sensacional.

  • @katylenhoepersmattos5386
    @katylenhoepersmattos5386 Рік тому +1

    Meu avô sabia mais de 50 cordeis...decorou todos... esse era seu favorito...

  • @AfonsoMachadoJornalista
    @AfonsoMachadoJornalista 4 роки тому +1

    olá grande Samuel Lopes locutor. narrador esportivo e também grande cantor. cantador de embolada e também compositor. narrador de cordel o poema que o matuto inventou e numa corda na feira livre um dependurou pra vender e comprar comida que sua fome matou...um dia Samuel Lopes foi campeão do ibope quando o globo apresentou...e com sua bela voz seus ouvintes encantou. viva Deus . nossa senhora é Jesus nosso senhor....Jesus Cristo o abençoe sempre Samuel Lopes....

  • @franciscamariacavalcante1446
    @franciscamariacavalcante1446 3 роки тому +2

    Sua voz é muito linda! Parabéns!

  • @pedreirovioleiro
    @pedreirovioleiro 4 роки тому +3

    parabens muito bom sucesso viva a cultura

  • @erialdopaz8185
    @erialdopaz8185 3 роки тому +1

    Não conhecí cego aderaldo mais meu pai falava muito dele ele era um gênio na poesia

  • @marciaantelolucas.2740
    @marciaantelolucas.2740 5 років тому +1

    Obrigado Samuel Lopes Deus te abençoe Sempre 🙌

  • @osmarpereira2772
    @osmarpereira2772 4 роки тому +1

    Muito bom perfeito

  • @perybury9901
    @perybury9901 7 років тому +15

    o meu avô cantor com o cego aderaldo. o nome do meu avô e chico buriti da carnaubinha milhã CE.

  • @exahsa
    @exahsa 4 роки тому +4

    Ficou muito bom mesmo ! Ótima idéia !

  • @igrejadaverdadeemjesuscris294
    @igrejadaverdadeemjesuscris294 3 роки тому +1

    Quando cego Aderaldo passava pelo interior do Ceará hospedava na casa do meu bisavô. Minha vó tinha decorado essa peleja sem faltar uma letra, ela era analfabeta.

  • @josafacarvalho1125
    @josafacarvalho1125 4 роки тому +2

    Cresci Ouvindo o Meu Pai entoar os versos dessa peleja

  • @noiadias8191
    @noiadias8191 3 роки тому +1

    O que foi de fato a parede entre os dois trovadores

  • @jonasgomes760
    @jonasgomes760 5 років тому +1

    Obrigado pela enterpretação!

  • @odaijosesoaresdesousa9518
    @odaijosesoaresdesousa9518 5 років тому +1

    Bom de mais

  • @TheSamuellopes
    @TheSamuellopes 8 років тому +4

    Meu pai (MJL) foi um bom contador de histórias. A Peleja do Cego Aderaldo com o Zé Pretinho do início do século passado, foi apenas uma, das que ouvi muito. Houve um tempo em que até sabia uma parte de cor. Agora, gravei em áudio e vídeo. O folclore brasileiro faz parte da vida de muitos de nós. Para quem não conhece a Literatura de Cordel, espero que com este vídeo possa haver interesse para a mesma. (Samuel Lopes)

    • @marcoserrasp
      @marcoserrasp Рік тому

      Também cresci, nos anos 60, ouvindo as 5 primeiras estrofes desta peleja, na voz feliz do meu querido pai, Manuel Lopes (quase o seu nome!), que decorou parte desta obra na sua juventude. Grato pelo vídeo.

  • @osmarpereira2772
    @osmarpereira2772 4 роки тому +1

    Vou fazer um pedido pro senhor narrar sidrao e Helena

  • @erdomsouza9033
    @erdomsouza9033 5 років тому +1

    Saudade do tempo de menino que meu avô contar sobre a peleja de Aderaldo contar Zé pretinho!...

  • @erdomsouza9033
    @erdomsouza9033 5 років тому +1

    Vamos manter a cultura!!!!!

  • @TheSamuellopes
    @TheSamuellopes 6 років тому

    Literatura de cordel recebe título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro
    Reconhecimento foi feito nesta quarta-feira (19), pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
    A literatura de cordel foi reconhecida, nesta quarta-feira (19), como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título foi concedido por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reunião ocorreu no Rio de Janeiro, com presença de representantes do Ministério da Cultura e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
    Em Pernambuco, o gênero ganha destaque em festivais e com o Museu do Cordel Olegário Fernandes, em Caruaru, reformado em 2013.
    No mesmo município, a literatura também é valorizada pela Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), criada em 2005 com o objetivo de valorizar os poetas do passado e incentivar os futuros cordelistas. As homenagens ao gênero são feitas sobretudo em novembro, mês em que é celebrado o Dia da Literatura de Cordel.
    De acordo com a pesquisadora e escritora Maria Alice Amorim, que estudou a literatura de cordel no mestrado e doutorado, o título é uma forma de reconhecer um gênero que já sofreu preconceitos.
    "Embora seja uma tradição reconhecida e admirada, ela também sofre uma série de preconceitos e, consequentemente, exclusões de alguns nichos literários devido ao caráter popular", explica.
    Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras - Foto: Oton Veiga/TV Globo Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras - Foto: Oton Veiga/TV Globo
    Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras
    Maria Alice, no entanto, acredita que a riqueza do gênero supera as discriminações já sofridas pelas produções e pelos escritores.
    "Por ter esse caráter de uma tradição popular, de livros que são feitos de uma forma mais artesanal, com materiais mais baratos, existe esse preconceito. Só que na verdade, enquanto discurso poético, o cordel é muito rico e refinado, porque necessita de uma técnica de métrica e rima", observa.
    Com o título, a pesquisadora acredita que a literatura de cordel ganha força para ser perpetuada. "Essa salvaguarda vai garantir que a tradição permaneça viva e que outras pessoas possam desenvolver o talento poético pra poesia de cordel", afirma.
    Estilo
    Em texto postado no site, o Iphan informa que a literatura de cordel teve início no Norte e no Nordeste e o estilo se espalhou por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração populacional.
    Hoje, de acordo com o Instituto, o gênero circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
    A expressão cultural retrata o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas a respeito de acontecimentos vividos ou imaginados.

  • @TheSamuellopes
    @TheSamuellopes 8 років тому +5

    Apreciem meus leitores
    Uma forte discussão
    que tive com Zé Pretinho
    Um cantador do sertão
    O qual no tanger do verso
    Vencia qualquer questão
    Um dia determinei
    A sair do Quixadá
    Uma das belas cidades
    Do estado do Ceará
    Fui até ao Piauí
    Ver os cantores de lá
    Hospedei-me em Pimenteira
    Depois em Alagoinha
    Cantei em Campo Maior
    No Angico e na Baixinha
    De lá tive um convite
    Pra cantar na Varzinha
    Quando cheguei na Varzinha
    Foi de manhã bem cedinho
    Então o dono da casa
    Me perguntou sem carinho:
    Cego, você não tem medo
    Da fama de Zé Pretinho?
    Eu lhe disse: Não senhor
    Mas da verdade eu não zombo
    Mande chamar esse preto
    Que eu quero dar-lhe um tombo
    Ele vindo um de nós dois
    Hoje há de arder o lombo
    O dono da casa disse:
    Zé Preto pelo comum
    Dá em dez ou vinte cegos
    Quanto mais sendo só um;
    Mandou ao Macumanzeiro
    Chamar José do Tucum
    Chamou um dos filhos e disse
    Meu filho, você vá já
    Dizer a José Pretinho
    Que desculpe eu não ir lá
    E ele como sem falta
    À noite venha por cá
    Em casa do tal Pretinho
    Foi chegando o portador
    Foi dizendo: Lá em casa
    Tem um cego cantador
    E meu pai manda dizer
    Que vá tirar-lhe o calor
    Zé Pretinho respondeu:
    - Bom amigo é quem avisa
    Menino, dizei ao cego
    Que vá tirando a camisa
    Mande benzer logo o lombo
    Que eu vou dar-lhe uma pisa
    Tudo zombava de mim
    Eu ainda não sabia
    Que o tal José Pretinho
    Vinha para a cantoria
    Às cinco horas da tarde
    Chegou a cavalaria
    O preto vinha na frente
    Todo vestido de branco
    Seu cavalo encapotado
    Com um passo muito franco
    Riscaram de uma só vez
    Todos no primeiro arranco
    Saudaram o dono da casa
    Todos com muita alegria
    O velho bem satisfeito
    Folgava alegre e sorria
    Vou dar o nome do povo
    Que veio pra cantoria
    Vieram o capitão Duda
    Tonheiro Pedro Galvão
    Augusto Antônio Feitosa
    Francisco Manuel Simão
    Senhor José Carpinteiro
    Francisco e Pedro Aragão
    O José da Cabeceira
    E seu Manuel Casado
    Chico Lopes, Pedro Rosa
    E Manuel Bronzeado
    Antônio Lopes de Aquino
    E um tal de Pé Furado
    José Antônio de
    Andrade
    Samuel e Jeremias
    Senhor Manuel Tomás
    Manduca João de Ananias
    E veio o vigário velhoCura de três freguesias
    Foi dona Meridiana
    Do grêmio das professoras
    Essa levou duas filhas
    Bonitas e encantadoras
    Essas eram da igreja
    As mais exímias cantoras
    Foi também Pedro Martins
    Alfredo e José Raimundo
    Senhor Francisco Palmeira
    João Sampaio Secundo
    E um grupo de rapazes
    Do batalhão vagabundo
    Levaram o negro pra sala
    E depois para a cozinha
    Lhe ofereceram um jantar
    De doce, queijo e galinha
    Para mim veio um café
    Com uma magra bolachinha
    Depois trouxeram o negro
    E colocaram no salão
    Assentado num sofá
    Com a viola na mão
    Junto a uma escarradeira
    Para não cuspir no chão
    Ele tirou a viola
    Dum saco novo de chita
    E cuja viola estava
    Toda enfeitada de fita
    Ouvi as moças dizendo:
    Grande viola bonita!
    Então para me sentar
    Botaram um pobre caixão
    Já velho desmantelado
    Desses que vem com sabão
    Eu sentei, ele envergou
    E me deu um beliscão
    Eu tirei a rabequinha
    Dum pobre saco de meia
    Um pouco desconfiado
    Por está em terra alheia
    Ouvi as moças dizendo:
    Meu Deus, que rabeca feia!
    Um disse a Zé Pretinho:
    A roupa do cego é suja
    Botem três guardas na porta
    Para que ele não fuja
    Cego feio assim de óculos
    Só parece uma coruja
    Dissera o capitão
    Duda
    Como homem mui sensato
    Vamos fazer uma bolsa
    Botem dinheiro no prato
    Que é mesmo que botar
    Manteiga em venta de gato
    Disse mais: eu quero ver
    Pretinho espalhar os pés
    E para os dois cantores
    Tirei setenta mil réis
    Mas vou inteirar oitenta
    Da minha parte dou dez
    Me disse o capitão Duda
    - Cego, você não estranha
    Este dinheiro do prato
    Eu vou lhe dizer quem ganha
    Pertence ao vencedor
    Nada leva quem apanha
    Nisto as moças disseram:
    Já tem oitenta mil réis
    Porque o capitão Duda
    Da parte dele deu dez
    Se encostaram a Zé Pretinho
    E botaram mais três anéis
    Então disse Zé Pretinho:
    De perder não tenho medo
    Este cego apanha logo
    Falo sem pedir segredo
    Tendo isto como certo
    Botou os anéis no dedo
    Afinemos os instrumentos
    Entremos em discussão
    O meu guia disse a mim:
    O negro parece o cão
    Tenha cuidado com ele
    Quando entrar em questão
    Eu lhe disse: seu José
    Sei que o senhor tem ciência
    Parece que és dotado
    Da Divina Providência
    Vamos saudar o povo
    Com a justa excelência
    FIM(Parte I)

  • @ivanildoalbuquerque864
    @ivanildoalbuquerque864 7 років тому +2

    A LETRA ESTA ERRADA. UMA DAS FRASES E, MANTEIGA EM VENTA DE GATO. E NÃO MANTENHA EM VENTA DE GATO.

  • @marcianomedeiros6684
    @marcianomedeiros6684 6 років тому +4

    Cadê as pausas entre um verso e outro? Uma excelente voz, mas leu versos desvirgulados, fica muito estranho.

  • @franciscocarlosoliveira16o64
    @franciscocarlosoliveira16o64 4 роки тому +1

    Pra ler cordel tem que ter ginga na dicção.

  • @semnocao8668
    @semnocao8668 6 років тому +1

    Minha mãe tinha um livro que tinha essa peleja e lia direto, mais um eu rasguei sem querer, resolvi pesquisar ate que achei .

  • @geraldosouza1865
    @geraldosouza1865 5 років тому +3

    Hojetudo é racismo!
    Naquela época não era!
    Zé pretinho!
    Se chamar alguém assim hoje tem processo!
    Às vezes a pessoa quer um dinheirinho fácil...
    Processa mesmo!

    • @vicenteoliveira4706
      @vicenteoliveira4706 4 роки тому

      Antigamente tambem tinha escravidao, a jornada de trabalho eram 12 horas, se sua irmã transasse no outro dia era puta e expulsa de casa se você fosse gay era melhor suicidar, a média de vida em 1950 era 40 anos, ainda quer ter antigamente como referência? Mane

    • @andreporto27
      @andreporto27 4 роки тому +1

      Racismo sempre foi racismo. Só que antes a lei permitia. Então o que o negro podia fazer era aguentar calado. Hj está mudando aos poucos.