@@conhecimentoSocial consequência da elevação da inveja à virtude e quando se está cego pela inveja, torna-se necessário ridicularizar ou menosprezar o que se inveja, colocando-lhe rótulos pejorativos, para que se pareça superior. A Idade Média precisa parecer inferior e pior quer para alimentar o desprezo pela Igreja, quer para justificar os excessos cometidos contra ela, quer para fazer parecer que o Iluminismo trouxe alguma luz à humanidade, quando de facto obscureceu as ciências e abriu as portas para o triunfo da ignorância.
E vou adicionar até uma observação, Deus não é somente o Ser onde nada maior pode ser pensado, ele também é portador de todas as perfeições! E uma das perfeições é também a EXISTÊNCIA, se Deus é portador de todas perfeições necessariamente precisa existir
Aí e que tá, deus não precisa da existência para existir como se a existência fosse algo fora dele, ele é a própria existência eterna que possibilita toda a necessidade da realidade.
@@guilherme81027Seria mais algo como: Deus existe porque é da sua natureza existir e a existência precisa dele pra ser real. Sendo assim, Deus não "existe", Ele é oq causa a própria existência
A questão de Deus "não existir" não é sobre ele existir na mente ou realidade, na verdade é o conceito de que Deus ele É em vez de existir, Deus não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e existência. Portanto, argüir acerca da existência de Deus é o mesmo que negá-Lo. Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo. Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido. Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência. Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus. Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é. Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido. Deus É, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e anima vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador. Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus Maior. Assim, quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso, quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu - exceto na mente de seus criadores. Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal Deus que existe. A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem - não para Deus -; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores. Deus não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem OU não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a Ele, nada é relação. Defender a existência de Deus é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” - é não só estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser. O que “existe”, pertence à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É. Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É. “E quem direi que me enviou?” - perguntou Moisés. “Dize-lhes: Eu sou me enviou a vós outros!” - disse Ele. Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria -, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem - mas sem poder dizer Eu Sou! Jesus também falou da sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó. Portanto, Ele é Deus de vivos, e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo. A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus. Assim, para viver eternamente eu tenho que entrar na dissolvência da existência, a fim de poder mergulhar naquilo que está pra além do que existe; posto que É. A morte pertence à existência. A vida, porém, se vincula ao que não existe, pois, de fato É. O que existe carrega vida, mas não é vida. A vida, paradoxalmente, não pertence ao que é existente, mas sim ao que É. Quando falo de vida, refiro-me não às cadeias de natureza biológica que constituem a vida dentro da existência. Mas, ao contrario, ao falar em vida, refiro-me ao que é para além da existência constatável. Portanto, Paul Tillich tem razão quando diz: “God does not exist. He is being itself beyond essence and existence. Therefore to argue that God exists is to deny him”. Ora, usando uma gíria de hoje, eu diria: Tillich tem razão quando diz: “Deus não existe!” - pois é isto que hoje se diz quando algo está pra além da existência: “Meu Deus! Esse cara não existe!”. Assim é com Deus: Não existe! Pois é de-mais! Um beijo pra você! Ame-o, e nunca o deixe! Nele, que não existe, pois É,
Eu pessoalmente prefiro o argumento ontológico, quando bem compreendido e com mais algumas premissas extras, ele é bem explicativo. As 5 vias no geral exigem conceitos que as pessoas não usam mais com tanta frequência, termos que se perderam. Os argumentos ontológicos pelo contrário foram no geral muito bem traduzidos para a mentalidade moderna.
Excelente video. Importante lembrar que Anselmo viveu entre 1033 e 1100. É um baita pensador. Basta ver a importância dos pensadores que se ocuparam dos seus trabalhos.
Queria começar agradecendo ao youtube por ter me recomendado esse canal íncrivel! Melhor do que muitos canais de "filosofia" que vemos aqui no Brasil. Eu sou iniciante na filosofia, estudo ela faz pouco tempo, mas mesmo assim eu já posso enxergar o quão bom é esse argumento. Eu concordo com ele, mas eu já tenho um viés religioso então não estou sendo imparcial. Sendo sincero o que mais me facina nesse argumento, é que até hoje ele não foi refutado, isso só mostra o quão bom ele é. Também queria que você fizesse vídeos sobre outros argumentos a favor de Deus (Tipo os de São Tomás e São Agostinho)
Baita vídeo Não consigo deixar de pensar que tem um problema na afirmação de que algo na realidade é maior do que algo na mente, o que é levado como axioma do argumento, mas que não tem nada que sustente essa afirmação. Quando vc usa o exemplo do dinheiro, recorre a um senso comum que não explica nada. Basicamente, não tem nada que diz que algo existir na realidade faz desse algo maior do que existir na mente, objetivamente.
Também percebi isso. Na mente o ser humano cria naves espaciais e cruza o universo, na realidade ele não passou da lua. O fato é que não é possível comparar tamanhos de coisas reais com coisas imaginárias, é uma comparação absurda. Certas comparações são absurdas. O que é maior, a cor verde ou o frio? Se você recorrer a Platão, verá que o mundo das ideias é ''maior'' que o mundo manifesto, portanto Deus pode ser o maior dos seres e existir exclusivamente no mundo das ideias, pode haver corruptela dele aqui no mundo físico ou mesmo não haver nada.
Obrigado! Ótima sugestão! Já tinha pensado nisso; em breve, aos poucos, elaborarei uma playlist de vídeos dedicada exclusivamente aos debates instigantes sobre esse argumento.
@@leviandrade6008 sim, mas antes de explorar a crítica de Tomás de Aquino, optarei por analisar o debate entre Anselmo e Gaunilo. Observo que alguns comentários repetem os equívocos de Gaunilo e criam caricaturas/espantalhos do argumento de Anselmo.
O melhor vídeo em língua portuguesa sobre o argumento de Anselmo que já vi. A explicação seria mais fácil de entender com o uso de gráficos, fluxogramas, etc. Parabéns pelo canal e que Deus sempre esteja te acompanhando 🙏
Agradeço pelo elogio! Concordo com vc, a inclusão dos elementos visuais que você mencionou certamente facilitaria a compreensão do argumento e sua estrutura lógica. Estou planejando integrar essas melhorias visuais nos próximos vídeos! 👍
Se Deus é algo que não se pode pensar nada maior E Deus existindo na realidade é maior do que no pensamento Logo o *pensamento* de que Deus existe na realidade é o maior possível. Porque Deus é algo que não se pode *pensar* nada maior
Eu gostei do argumento, mas ele basicamente não depende de definir Deus de uma maneira x para se consolidar? E essa ideia poderia muito bem ser usada pelos pagãos para provar seus deuses ou o maior deus de suas religiões politeístas como existente. Por que eles muitas bem trocariam Deus por Odin, e diriam que Odin sendo a maior ideia, e maior na realidade do que na ideia... Assim prossegue. A primeira vista para mim, apesar de parecer um argumento bom, ele só se sustenta partindo de suas próprias definições. (Por favor, não me responda nenhum estúpido metido a agressivo que vai zombar e ironizar se sentindo o sábio. Poupe o teclado dos seus dedos).
@@alejandrocuevas7831o argumento não visa provar O Deus Cristão. É igual criticar um pedreiro colocando os primeiros tijolos da casa pq a casa não tá rebocada. A defesa dO Deus Cristão É em outros argumentos.
Parabéns, aposto que o roteiro desse vídeo para ser didático dessa maneira sendo um tema tão complexo assim, vc passou longas horas para fazê-lo, excelente simplesmente
Nunca li um livro de filosofia, apesar de gostar bastante do tema. Então minha contribuição realmente é de 2 centavos (de alguém que acredita em Deus). 1- Em "a prova a priori" É perigoso tentar provar a existência de Deus por esse argumento, da mesma forma que o silogismo não consegue fazer boas inferência com base em um conjunto limitado de premissas 2 - A lógica da parte "Deus existe na consciência" também poderia ser válida para dragões, fada do dente, etc. Então esses seriam contraexemplos da tese apresentada. 3 - Em "existir na realidade vale mais que na mente" - Dependendo do que for entendido o termo "valer mais", um milhão de reais na mente pode valer mais pela ambição do que 1 milhão de reais não valorizado pela ganância de conseguir o dobro disso. 4 - A formulação do absurdum é bem interessante! A única forma que vi como refutar seria se a própria definição de Deus é que não seja maior do que tudo. Peço desculpas se não ficou claro ou se não faz sentido! No mais, parabéns pelo excelente vídeo. Já estou inscrito
Bons pontos Sobre o 2, o fato de fora da mente também existe na mente. Eu sei que a lua é redonda, esse é um fato que está na realidade e que está na minha mente. Dragões, fadas e etc. existem - apenas - na mente e não existe no mundo. A lua existe no mundo e também na minha mente - e o mesmo se expandiria para "Deus existe na consciência" no 3 você adicionou um outro elemento que é a subjetividade, como por exemplo "ambição de ter 1M" e isso é diferente do que foi proposto pois de fato ter 1M vale mais do que pensar 1M. Com o 1M na mente eu não consigo comprar nada, com o 1M na realidade consigo.
@@felipemessias9602 A fada e o dragão mais perfeitos imagináveis existem no mundo. Logo fadas e dragões existem no mundo. Se você pensou numa fada e num dragão que existem apenas na mente, é pq não pensou na fada e no dragão mais perfeitos imagináveis. Tá vendo pq o argumento não funciona? Simplesmente pensar em algo não faz com que aquilo exista. No mínimo, não consegue provar que exista.
É fácil refutar: Deus não é o ser no qual não se pode pensar outro maior, ele é uma imagética humana assim com o saci ou a mula sem cabeça. Como dizia belchior: qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa. Qualquer imagem, criação da mente humana ou sonho, é menor do que a realidade, e, portanto, Deus é menor do que tudo aquilo que realmente existe
KKKKKKKKKKKKKK, acha que você não entendeu o argumento. Existem críticas de outros doutores da igreja bem melhores do que esse paralogismo enviesado seu
KKKKKKKKKKKKKK, acha que você não entendeu o argumento. Existem críticas de outros doutores da igreja bem melhores do que esse paralogismo enviesado seu
A ideia de que Deus é "menor do que tudo aquilo que realmente existe" pressupõe que a mente humana pode compreender completamente a realidade, oque não é um fato, você somente poderia dizer isso caso conhecesse a realidade de forma absoluta, praticamente impossível, pois a mente humana é finita. @@minutyyy
A partir do momento em que eu discordo da definição de Anselmo sobre o que seria o ser mais perfeito, e discordo da afirmação de que se algo é perfeito na mente, ele deve existir na vida real para poder ser perfeito, esse argumento pra mim cai por terra, não passa de um gigantesco sofisma e um salto lógico. Até as 5 vias de Santo Tomás de Aquino me são mais plausíveis, apesar de também não me convencerem da existência de um deus.
Excelente vídeo. Eu não concordo com a premissa 'Existir na realidade é maior do que existir na mente', pois esta basicamente assume a existência como um atributo, enquanto na verdade é uma condição necessária para atributos existirem. Não faz sentido comparar os atributos de duas coisas sendo que uma delas não existe para começar.
Deus está além do conceito de existência ou de qualquer conceito. Ele não existe, Ele é. Talvez seja impossível compreender isso plenamente por que ele está além da nossa compreensão. Ele se torna compreensivo para podemos entender um pouquinho de sua natureza. Deus se fez homem(Jesus) para podemos entender um pouquinho de sua natureza incompressível
A perfeição é atributo da existência, assim se vc imagina um ser perfeito, sem existir, Ele não é perfeito. A concepção da perfeição de Deus, na mente, indica a presença de Deus perfeito nela e fora dela.
Temos 3 problemas: 1 - É sequer lógico dizer que algo é "perfeito"? 2 - É possível conceber algo perfeito? 3 - Dizer que algo perfeito existe por ser perfeito é apenas uma afirmação. Precisamos provar ela na prática.
Errado! o universo não depende da mente para existir! ele sempre estará existindo na realidade, ainda que os seres humanos não o conceda em suas próprias mentes. Tanto é que no começo deste mundo, ninguém conhecia o universo ou tinha concepção do mesmo!
@@BM2025o universo e um conceito que nos criamos, o universo em si não se chama de universo, e se formos pra diferentes raças o conceito muda, o espaço, a concepção muda conceitos. Muitas religiões mudam o conceito de Deus proposto por Anselmo com passagens que demonstra injustiças imorais e sentimento humanos em Deus, ou seja o conceito de Deus foi alterado por base no conhecimento, então Anselmo so prova que Deus existe caso Deus siga os princípios proposto a ele(moralmente perfeito, moral e humana, justiça, tudo isso e base da nossa concepção de raça a concepção de Deus e toda construída na base da percepção humana)
O argumento é realmente muito bom, é um verdadeiro xeque-mate. O problema é que posso fazer qualquer coisa existir na realidade desde que eu defima essa coisa como a algo sobre o qual nada maior pode ser pensado. Então se eu digo que o papi noel é algo maior do que qualquer coisa que se pode pensar, ela passa existir ma realidade também. O ponto chave aí é aceitar como verdadeira a premissa de que a coisa a quee refiro é maior do que tudo que pode ser pensado.
Não. Pois a definição de papai Noel implica limitações, o Noel é uma pessoa por definição e pessoas não são seres máximos, logo papai Noel não tem que existir na realidade. Isso é explicado melhor em um vídeo desse mesmo canal sobre "o argumento da ilha perfeita", procure no canal e você vai achar.
Mas você não pode pegar qualquer coisa e defini-la como Deus, isto mostra que você não entendeu o conceito de Deus. Você naturalmente sabe que nada pode ser Deus se não Ele mesmo.
@@kaiokalebe4255 A definição de qualquer coisa implica limitações. Por isso o argumento usa um "deus indefinido". Qualquer tentativa de defini-lo vai, pela lógica do próprio argumento, refutá-lo.
@@DrinkWater713 ok, mas por exemplo, se você pensa em uma pizza que é que infinita, atemporal, onipotente, perfeita, consciente e soberana você não está mais pensando em uma pizza, está pensando em Deus. Se eu dissesse a você que vou começar a falar de fogo e começo a falar de um líquido composto por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, é encontrado na praia e compõe 70% do nosso corpo, evidentemente, eu não estou falando de fogo, estou falando de água não importa o quanto eu insisto em chamar de fogo. Se você ainda está na dúvida, então procure o vídeo desse mesmo canal sobre "o argumento da ilha perfeita" onde ele explica isso muito melhor que eu.
@@kaiokalebe4255 a pizza perfeita não é consciente, onipotente nem atemporal. Como vou comer a pizza se ela tiver essas características? A pizza perfeita tem que ser uma pizza comestível.
Por mais que eu seja cristão, o argumento não faz sentido. O problema está na conclusão quando, partindo da diferença de existir na mente e na realidade, ele afirma que é contraditório um ser que existe ser maior que um ser imaginário apenas porque uma das características do ser imaginário é não haver nada maior que ele. Logo a contradição está na mistura entre “existências”. O argumento inteiro também foi fundamentado na possibilidade de onipotência ou onisciência, o que não é garantido. O fato de algo existir no plano material já o faria ser maior e mais valioso que qualquer ideia, não necessariamente paralela. Assim, a real conclusão do ateu seria: “É possível EXISTIR um ser maior do que o PENSAMENTO do ser do qual não se pode pensar outro maior (DEUS).
Ótimo vídeo! Sou Ateu mas seria desonesto se negasse a beleza do argumento ontológico. Ainda assim podemos aplicar o principio da explosão a ele, não? Ou seja, de uma contradição podemos concluir qualquer coisa tanto para um lado quanto para o outro. Sei tambem que há um argumento contra ontológico mas não o conheço com profundidade. Independente disso eu ainda vejo o argumento sobre o problema do mal um excelente argumento para o ateismo.
Amei esse argumento de Anselmo, ultimamente eu refletia sobre a existência de Deus e sua grandeza,isso como um cristão,eu não negava sua existência mas queria prova-la,e esse argumento é fantástico! O único problema é que,depedendo da pessoa,ela simplesmente pode negar o argumento por pura ignorância afirmando que é apenas um fruto da imaginação do ser humano,por mais que o argumento ontológico possa impacta-lo. Um ateu em debate pode simplesmente falar que não tem como existir um ser tão grande como Deus ou simplesmente afirmar que Deus não é um ser tão grande,logo o argumento não é útil já que para ser útil a pessoa deve concordar com o conceito de Deus de Anselmo. Por isso alguns ateus usam o paradoxo de Epicuro afim de tentar negar a existência de Deus. É daí vem minha conclusão que eu tinha tirado por mim mesmo no momentos de reflexões sobre a grandeza de Deus que eu tinha citado antes. Por mais provas que tenha sobre a existência de Deus,no final tudo depende de uma questão de fé,se você acredita ou não no que Deus é para você,por isso o argumento ontológico somente funciona quando a pessoa concorda com seu conceito de Deus.
Preocupar-se em provar a existência de algo não implica necessariamente falta de convicção na existência desse algo. Se fosse o caso, todo cientista ou filósofo que se dedicasse a demonstrar algo não acreditaria naquilo que busca que demonstrar.
Nem sou ateu porém suas afirmações de contradição julgadas como verdades absolutas criam o próprio caminho sem saída para "mostrar a contradição dos ateus". No fim, utiliza-se de argumentos pífios para sustentar a existência de um Deus cristão, o que não o faz. Ao menos fosse uma divindade qualquer.
Ele justifica um ser maior. Aristóteles falava de primeiro motor e ele estava mais de 300 anos longe do cristianismo. Para justificar o Deus cristão há outras premissas. Como a de explicar como um ser superior deve ser único, simples e perfeito porém o Deus cristão é uma trindade. Há argumentos oncológicos para esse problema específico.
Ora, o ateu pode sim afirmar que deus existe apenas em seu pensamento e ao mesmo tempo afirmar que algo superior possa existir tanto em sua mente quanto na realidade.. por exemplo super-novas, algo do qual nenhum ser humano seria capaz de admirar com vida😅 utilizando a mesma lógica, um cavalo seria superior a ideia de uma fênix, pois uma fênix não existe, já o cavalo sim. Então obviamente a ideia de um deus real seria superior a ideia de um deus imaginário.. caso deus existisse na realidade.
Você só corrobora o argumento. O cavalo é maior que a fênix porque ele existe. Ninguém disse que fênix é maior que o cavalo e super novas não são os maiores seres que existem. Há outras coisas mais perfeitas inclusive o próprio homem que, moralmente e intelectualmente e superior a qualquer força do universo.
@@jorgearistimunhajr434 vc e eu somos dois ínfimos átomos insignificantes diante do universo, e vc vem dizer que o homem é superior ao universo? A necessidade do cristão de se sentir especial é assustadora.
@@rudsongoncalves5072 Para começar um átomo não é insignificante. Mudar um único átomo pode mudar toda a estrutura de uma molécula e toda a estrutura da existência. As forças universais são atômicas exceto a gravidade e se elas não fossem como são não haveria Universo. O Universo tem forças devastadoras maiores do que nós porém o universo é um ser inteligente e não um aglomerado de átomos sem consciência. E porque o Universo é um ser inteligente e consciente? Porque nós somos e nossa consciência é parte do universo. Podem existir outros seres assim? Pode ser,ainda é a inteligência e consciência destes seres que torna o universo algo maior que um aglomerado acéfalo de átomos sem se autocontemplar. Mas se não houver mais nenhuma raça inteligente em todo o universo ainda assim ele é essa máquina consciente de si mesmo apenas porque nós existimos. Claro que esse papo de universo consciente, da importância da contemplação da existência por si mesma é uma grande besteira para quem se atém a visão cartesiana do res extensa onde a existência material é a única realidade possível, e supernovas são mais complexas que a consciência humana, mesmo a própria física trazendo hipóteses de multidimensionalidade. O que realmente achamos que existe é o que podemos ver e provar. Por isso parece certo que Deus não existe, que primeiro motor é uma tese Aristotélica ultrapassada, que a ontologia medieval sobre o Ser e a Existencia é uma baboseira revestida de lógica (e o Existencialismo parece ser o ápice da Filosofia), que nossa consciência e inteligência são meros acasos do universo assim como toda a existência. Mas acho que é muito mais fácil vc manipular um átomo, construir um invólucro de metal e guardar nele uma energia atômica capaz de destruir uma cidade inteira (para isso foi preciso uma inteligência) do que criar uma estrela capaz de realizar milhares de reações nucleares, presas sob a força da gravidade, criando energia por trilhões de anos, sendo combustível para a vida em um planeta (mas isso foi por acaso). Enfim, não digo que o homem é superior ao Universo, somos apenas parte dele. O que penso diferente é achar que o Universo é superior em relação a um Universo sem inteligência ou consciência. A diferença entre nós, e respeito sua opinião, é que dou à consciência uma importância maior dentro da existência. Penso que o Ser precede a existência.
@@mateusikusaba2501 Na mecânica quântica um fenômeno pode mudar conforme a observação dele. Isso deu nó até na cabeça de Einstein que questionava que a lua só seria a lua porque eu a vejo. Isso soava absurdo para ele. Eu te pergunto o universo seria o mesmo se nós não o víssemos como ele é? A pergunta soa idiota e a resposta parece bastante óbvia não é mesmo? Mas sinceramente, não sei se ela é. Não sou físico nem filósofo só acho que não existem respostas óbvias para fenômenos tão grandiosos. Fico na minha insignificância humana onde eu só tenho certeza de que tenho contas para pagar, que preciso comer e alimentar quem depende de mim e que preciso ir trabalhar todos os dias, o resto é mera curiosidade e incerteza para mim. Mas minha humilde opinião ainda é que a consciência humana é uma parte extremamente complexa e grandiosa neste universo, mas respeito quem a menospreze como apenas algo ocasional e sem importância na mecânica universal. Talvez quem pense assim tenha razão, que o Universo seria o mesmo sem uma consciência, mas se não existissem seres inteligentes o universo também não o seria. Ele não passaria de uma massa gigantesca realizando fenômenos que não poderiam ser adjetivados de grandiosos, espetaculares ou lindos. Um universo onde o espanto, a admiração, a curiosidade não existiriam. Um universo cheio de explosões silenciosas e luzes que jamais causariam nenhuma reação. Um espetáculo que não se contemplaria de nenhuma forma. Mas isso realmente talvez não tenha nenhuma importância ou relevância.
Acho que o principal problema desse argumento é que, mesmo que ele seja válido, ele apenas prova que existe um deus. Mas que deus é esse? Quais suas características pessoais? O que ele quer? Como ele age? Como NÓS devemos agir em relação a ele? O argumento não gera nenhuma conclusão útil do ponto de vista prático.
@@DrinkWater713 Cara, eu vejo as coisas um pouco diferente. É verdade que o argumento ontológico não oferece uma descrição completa de Deus (e nenhum argumento, sozinho, faz isso), mas ele é um ótimo ponto de partida para entendermos quem Deus é. Se seguirmos a lógica do argumento, se Deus existe, ele deve existir como um ser necessário, não contingente. E, para ser o maior ser possível, ele precisaria ser onipotente, onisciente e moralmente perfeito, porque, se não fosse assim, não poderia ser considerado o maior ser possível, certo? Para mim, a definição de Deus que Anselmo propõe não é vazia; é, na verdade, uma das melhores que temos!
O Senhor Jesus Cristo é a expressa imagem da pessoa de Deus. 1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; (Hebreus 1:1-3)
Muito bom o argumento dele, mas eu tenho algumas dúvidas, para afirmar que um pensamento é maior que outro é necessário que defina-se previamente uma relação de ordem no conjunto de todos os pensamentos possíveis? Caso a afirmação anterior seja verdade, a definição de Deus dada por Anselmo pressupõe que o conjunto de todos os pensamentos seja um conjunto limitado? Visto que caso contrário não iria existir um representante para Deus, ou seja ele não estaria bem definido.
1 - Se Deus existe, ele é onisciente e tem conhecimento de todas as coisas que existem 2 - Se Deus existe, ele é onipotente e pode realizar tudo o que deseja 3 - Se Deus existe , ele é moralmente perfeito e não pode praticar o mal, pois o mal é algo moralmente imperfeito 4 - Permitir que o mal exista, sabendo que ele existe e podendo impedi-lo, é moralmente imperfeito 5 - Se Deus existe, pode saber se o mal existe. 6 - Se Deus existe, pode impedir o mal de existir 7 - Se Deus é moralmente perfeito, deve impedir que o mal de exista 8 - Ou o mal não existe existe, ou Deus não existe. Ligue a TV em qualquer noticiário e verifique se o mal existe... *Esse argumento é de David Hume..
O argumento de Hume, que ele atribui a Epicuro, é DIGNO de um vídeo exclusivo, junto com uma abordagem das teodiceias que buscam enfrentar o problema do mal!
Dizer "acabar com o mal" é algo absurdo! É como se eu estivesse em um quarto todo escuro e dizer: "eu vou acabar com a escuridão!", outros podem perguntar: "ué, você vai acender um fósforo, lampião ou algo assim para iluminar?", e respondo: "não! Eu vou acabar com o escuro...". Assim como o escuro é a privação da luminação, o mal é a privação de bem. Se continuarmos pensando, nós podemos até chegar em uma conclusão que; se o "mal existe", Deus existe...
@@Matheusoaress Entendo que não são citados. Porém, se você remover a palavra DEUS e incertar SHIVA. A existência de Shiva automaticamente será irrefutável.
Não cabe a religiões politeistas, pois Deus por definição é um ser perfeito. Quando você diz "existem vários deuses", você já esta pressupondo que existem diferenças ou "gráus de qualidade" em cada "Deus", por isso, não podem ser chamados de "Deus", pois não são perfeitos. Tal argumento só cabe a religiões monoteistas, mas saber qual religião é a verdadeira é outra discussão...
Na verdade não. No caso dos deuses gregos (e qualquer outra divindade que a essência está ligada unicamente a fenômenos naturais) implicaria limitações e não seriam maximamente perfeitos. Espero ter te ajudado
Tenho uma observação em relação a afirmação feita. Sabe-se que 2+1=3 primeiro de maneira concreta, para só depois conseguir executar cálculos puramente de maneira mental. Temos uma maneira de pensar naturalmente concreta, pictórica para depois abstrata. Por isso ainda considero a natureza como força de expressão da grandeza de D'us, incluindo nossa própria capacidade de pensar
Logo: O Sasquatch, Fadas, Dragões voadores cuspidores de fogo, Aliens que possuem naves capazes de viajar acima da velocidade da luz, e até mesmo Batman e Superman! São sim, reais!?
Por que seriam reais? Eles existem apenas na mente, não no mundo externo. Isso significa que são meramente objetos de pensamento, sem qualquer existência independente fora da mente. Não há nada nesses objetos que sugira que eles tenham uma realidade além do pensamento.
@@vida_intelectual_ Como você sabe que eles não existem fora da mente? Você está apenas partindo da mesma desonestidade que os teólogos partem afirmando pressupostos absolutos para provar o Ser Necessário.
Cara hj em dia tem argumentos melhores, o simples fato que não é cientificamente possivel o universo ser criado a partir do nada e um ser eterno e onipotente é a única explicação científica plausível para o início do universo é um argumento bem melhor
Certamente, existem argumentos mais robustos em favor da existência de Deus do que o de Anselmo. Contudo, o propósito do vídeo é estritamente expositivo: apresentar o argumento ontológico de Anselmo. Em outros vídeos, pretendo explorar o debate dele com Gaunilo (que apresentou o argumento da ilha perfeita), analisar outras versões e destacar como surgem problemas filosóficos fundamentais - é por isso que o argumento ontológico é tão fascinante. Quem sabe há alguma versão do argumento ontológico que se destaque ainda mais?! Agradeço por assistir!
"Única explicação cientifica plausível". Pq então menos de 2% dos físicos, que são os cientistas que estudam justamente essa área do conhecimento, são religiosos?
Mas a preposição que afirma. "Então, um ser que existe na mente e na realidade é maior que o ser do qual não se pode pensar outro maior" não é um argumento de eficácia válido. Pq ele já pressupõe como verdadeiro, sendo que não necessariamente existirá um ser na mente e na realidade. Por isso não faz sentido.
manoo, eu tava de bobeira aqui assistindo, cai no teu canal e achei muito foda cara. Além disso eu não entendi nada kkkkkkkkk, mas achei muito inteligente, vou ver mais umas 5 vezes. +1 inscrito
O argumento de Anselmo prova duas coisas, com certeza. A primeira é que toda filosofia teológica parte de pressupostos que comprometem a honestidade do pensamento ou ao menos, comprometem a qualidade do pensamento. A segunda é que quando a filosofia anterior ao Decartes não tem forças e legitimidade para inferir sobre o mundo a ponto de competir com a ciência. A noção de método por si só, já consegue derrubar uma série de pressupostos necessário para o raciocínio de Anselmo se sustentar.
A humanidade inventou a ideia de Deus para dar um sentido aquilo que não compreende...pois é do ser humano personificar o desconhecido para se adaptar; é como olhar para uma nuvem e achar formas de rosto ou animais nelas...é por isso que inventamos uma ideia de um deus pessoal, que tem nossas características pessoais como amor e ódio, alegria e tristeza...
A pessoa que faz o calculo 2+2 recorre sim a experiência sensível, não nascemos sabendo somar, aprendemos a contar nos dedos, palitos, pedrinhas e etc, e então depois de extensivos casos semelhantes se forma um ideia geral de quantidade na cabeça de uma criança, uma representação abstrataida, que é extraída de todos os casos isolados que ela experiênciou. O que vale para quantidade também vale para soma, junta-se dois dedos a mais dois e obtém-se a quantidade quatro, um mais dois e obtém-se três, e denovo desses casos isolados aprendemos uma ideia geral, abstrata de somas quaisquer. Essa ideia vale, porém, para somas menores, a partir de uma certa quantidade, que creio eu não chegue nem a 20, não conseguimos comportar a imagem clara em nossas mentes, então recorremos a substuição dessas quantidades por números, e passamos a operar com as ideias de número e as quantidades em si. Por exemplo quem soma 1000+1000 não realiza a imaginação mil unidades a mais outras mil, mas sim opera as regras que aprendeu e deriva o número 2000.
Deus não é material em prática,ele é o que ele é,ele criou,ele não se gerou teoricamente,ele sempre existiu. Deus estava lá quando nada existia,e ao mesmo tempo,se Deus é um ser inigualável tbm é errôneo afirmar que Deus é o universo. Isso somente depende de você acredita se Deus é ou não um ser inigualável.
O Ancelmo encontrou uma explicação que o atendeu. Isso é exclusivamente dele, por mais que outros concordem ou discordem. O argumento dele é relativo. Não precisa entrar na discussão se Deus existe ou não, ou o que é Deus. Qualquer tentativa de objetificação Dele afasta da sua verdadeira natureza (que é incognoscível). Um bom ponto de partida é a tentativa de compreensão do Absoluto.
O argumento é bom, mas sei lá. Fico com a impressão de que ele é um pouco reducionista, pois sou obrigado a concordar de maneira rigorosa de que Deus é o ser do qual não há outro maior. Isso coloca, ao meu ver (e me perdoe se eu estiver palpitando) a axiologia como apenas algo relativo a maior ou menor (e estou falando axiologia, pois ser maior ou menor são valores, pois tem a características ontológica dos valores - bipolares, não causais e etc). Se o universo for a maior coisa do qual não há outra maior, o universo não poderia ser deus? Mas o universo não é vivo e nem possui consciência (uma característica de seres viventes), pois várias pesquisas mostram que a vida no universo é um evento extremamente raro Confesso humildemente de que esse argumento me deixou com mais dúvidas do que respostas e parece ser um dilema lógico clássico (que ainda são argumentos lógicos tradicionalmente válidos) Talvez a lógica clássica não seja a melhor abordagem para se investigar a natureza de Deus. Não sei, mas de qualquer forma, parabéns pelo vídeo Ficou muito bom 👏
Sobre o argumento ontológico: Um ser onisciente conhece o futuro, por tanto, o futuro já está determinado. Isso significa que ele conhece o próprio futuro, e nada poderia fazer para mudar, pois a própria tentativa de mudança faz parte do futuro do qual ele está ciente. Sendo assim, esse ser não é livre, pois não pode realmente escolher o que fazer com seu poder, isso já está previamente determinado no futuro que ele mesmo tem ciência. Isso não apenas elimina o livre arbítrio de humanos criados por ser onisciente, mas tira o livre arbítrio desse próprio ser onisciente. Onisciência é uma idéia essencialmente irracional. A existência de deus na mente humana não permite que ele seja um ser onipotente, mas sim, um ser limitado a capacidade da imaginação, e tão mortal quanto o portador desse pensamento, isto é, morrerá com a mente que o imagina. Além disso, como as mentes são diferentes entre si, não existe um único deus, mas tantos deuses quanto mentes que os imaginam das mais variadas formas. A imaginação é virtualmente infinita, é possível imaginar a não existência de deus, e isso certamente era comum entre os primeiros humanos, que ainda não haviam inventado deuses. Afirmar que um deus é o maior ser possível não é uma definição, é apenas uma afirmação não embasada na realidade. O argumento é circular. Ele começa definindo Deus como um ser perfeito e, em seguida, argumenta que a existência é um atributo de perfeição. No entanto, essa definição de Deus já pressupõe sua existência. Também é possível afirmar que deus é uma imaginação utilizada para lidar com a imaturidade em aceitar a finitude da vida, e que após ela virá o absoluto e eterno nada. O argumento ontológico não é tão fascinante assim, não resolve a existência de um deus.
Boa colocação. Inclusive o conceito de 'maior' é indefinido, depende de um parâmetro. Bom, eu fiz meu próprio argumento, vou postar aqui caso queria ver ua-cam.com/video/ofS8nyz3OOA/v-deo.htmlsi=AxtNsyiQXEwFrgM4
Eu não acompanhei muita lógica nessa lógica. Creio que talvez seja incapacidade minha de inferir a ideia, mas me parece que esse argumento também serve para o Pé Grande e o Bicho da Fortaleza, não acha? A partir do _ad absurdum_ nada inexistiria, logo a inexistência em si seria posta em cheque, não?🤔
São colocadas apenas duas hipóteses, mas e aquilo que existe e pontualmente não pode ser imaginado em dado tempo da cognição humana? Isso seria Deus, por ser maior que aquilo que não pode ser imaginado? E quando, devido aos avanços do pensamento humano, isso se tornasse inteligível? Provado que seria palpável, mas não aceito como Deus, deixaria de ser Deus? Sendo assim, algo perfeito poderia ser mutável?
Sim. De fato vc está certo. O argumento não tem como objetivo provar a veracidade do cristianismo. Ele visa provar a existência de um Deus com "d" maiúsculo. Acontece que tem muito diferença em Deus e deus. Tanto é que muitos filósofos na antiguidade chegaram a descartar a ideia de vários deuses mas concluíam que devia haver um Deus. Em alguns livros de filosofia moderna vc pode encontrar essa ideia expressa como o "Deus dos filósofos".
@@Magnussem777Sim, mas normalmente o que se encontra por aí como " O Deus de Espinoza" é um espantalho, atribuí-lo um panteísmo é errôneo, já que para Espinoza, Deus contempla toda a existência metafísica como afecção de tal "substância" (para Espinoza, só Deus É, e todo o resto só existe por participação em seu ser). Quero dizer, é melhor pegar o primeiro capitulo do "Ética", leitura fascinante.
cara, n entendi mto o final (na vdd eu simplesmente n entendi kkkk) mas eu acho q a pintura é maior na mente do artista e ele acaba representando ela na realidade um pouco do que ele conseguiu sentir entende?
Esse argumento é terrível, Santo Tomás de Aquino já o combateu diversas vezes. Actualmente, o Prof. Carlos Nougué ministra aulas contra este argumento; porque é o marco inicial da Idade Moderna contra a Idade Média.
@@leonardomartinez7983dá uma olhada ontologia e cosmologia do mario ferreira dos santos,lá ela expõe esse argumento melhor e dá maior sustentação a ele
Os problemas do argumento ontológico: 1. O argumento ontológico, considera a existência como uma qualidade analítica que pode ser atribuída à um objeto, mas a existência não deve ser atribuída, porque a existência de um objeto, apenas pode ser testada empiricamente e não racionalmente, logo, não podemos atribuir a existência a um objeto e não podemos testar a existência de um objeto a priori. 2. O argumento ontológico, comete o erro de afirmar que um ser que existe no imaginário é ontologicamente menor que um ser que existe na "realidade", mas os órgãos do sistema nervoso e os pulsos eletromagnéticos são transmitidos por esses órgão que formam esses seres imaginários, são igualmente físicos a quaisquer outros seres físicos que existem na "realidade", logo, eles são ontologicamente iguais. 3. O argumento ontológico, é um exemplo da falácia da petição ao princípio, porque ele tenta provar a existência de Deus, provando que ele é ontologicamente necessário, mas para uma pessoa provar que um ser é ontologicamente necessário, é também necessário (se a pessoa que deseja provar que esse ser é necessário, também deseja desenvolver um argumento válido), que essa pessoa tem provado que ele existe, mas a pessoa que usa o argumento ontológico, provavelmente não provou a existência de Deus, antes de usar o argumento ontológico, porque ela está usando o argumento ontológico para provar a existência de Deus; logo, o argumento ontológico realmente é um exemplo da falácia: petição ao princípio. 4. O argumento ontológico, comete o erro de afirmar que um ser que não existe, é menos perfeito que um ser que existe, porque um objeto "imaginário" (ele é físico, mas eu vou chamar ele de Imaginário), pode e deve continuar sendo considero perfeito, porque ele segue alguns critérios de perfeição e de otimização e é irrelevante que ele não existe. 5. O argumento ontológico, não especifica quais são os critérios de perfeição e de otimização que tornam um ser o mais perfeito possível isso é uma lacuna que deve ser preenchida pelos novos defensores desse argumento, para tentar e conseguir fortalecê-lo. 6. O argumento ontológico, é um exemplo da falácia da suplência, mas não vai ser eu que irá provar isso atualmente (depois de entender as regras da suplência e a falácia da suplência, eu irei provar que o argumento ontológico é um exemplo da falácia da suplência), porque eu ainda não entendo das regras da suplência e da falácia da suplência, mais antigo dois vídeos do canal: @Victorelius, para entender o porquê o argumento ontológico é um exemplo da falácia da suplência.
Explicação e correção: no meu comentário quando eu está escrito: "O argumento ontológico… afirma", isso não significa que ele afirma, mas significa que aparentemente para a pessoa que utiliza do argumento ontológico aquilo é uma aparente verdade ou que para a pessoa que utiliza do argumento ontológico, aquilo é um pressuposto.
O erro.de Anselmo foi limitar o pensamento, por exemplo, eu sou ateu, mas Deus para mim não o ser maior possível, logo, Deus para mim é uma invenção do imaginario de um povo, a saber, o Deus judaico-cristão. É como se eu ensinasse a uma aldeia de índios que o nome do deus-sol fosse "A", a partir daí o único Deus para aqueles índios seria "A", porém um índio ateu, não acreditaria em "A"
quero ver ele ou qualquer pessoa q defende esse argumento provar "a priori" (como o argumento supostamente é) q existir na realidade é, de alguma forma, ser "melhor" doq só existir na mente
Você não consegue intuir racionalmente que existir é maior (ontologicamente) do não existir? Ou melhor, nos termos de Anselmo, que existir na realidade é maior do que existir apenas no intelecto?
@@vida_intelectual_ eu entendo q isso soe autoevidente, mas a realidade é q não é. E não existe nenhuma forma de vc me provar logicamente o contrário. Se existir eu gostaria de saber, já q essa é uma das principais críticas levantadas contra esse argumento.
Porém eu posso sim pensar em algo que nao exista nada maior na minha mente, e ao mesmo tempo aceitar que isso nao existe na realidade, pois na realidade não há algo maior do que qualquer outro ser nas proporções de Deus, sendo apenas no maximo o universo, ou se precisar de inteligencia o verdadeiro deus seria um ser muito menor que na minha mente, sendo um elefante ou um ser humano se precisar de raciocínio. Enquanto na minha mente seria um Deus incompreensível que esta em tudo e fora de tudo e etc etc etc. Assim como posso aceitar as duas realidades e admitir que não sei a resposta, pois posso apenas ESPERAR ou ACREDITAR que exista ou não, mas não posso afirmar, apenas na hipótese de dentro da minha mente posso afirmar.
Claro, não afirmando que DEUS seria um ser não tão grande, mas sim o seu raciocínio de ser o maior ser que se pode pensar, pensar de fato eu posso, mas transmutar pra realidade é diferente pois eu teria de PENSAR no que EXISTE pois seria o maior que posso pensar e que ao mesmo tempo existe. Sendo assim Deus um concerto que posso afirmar na minha mente porém não na realidade
O argumento é muito bom. Mas peca na terceira parte, quando diz que algo que existe na realidade é maior e melhor do que existe somente na mente. Sócrates, na República de Platão, traz um argumento contrário a este também para explicar Deus. Segundo ele, e eu acho perfeito o raciocínio, o perfeito só existe um. Que toda a realidade nada mais é do que uma imitação do perfeito e do belo. Ou seja, a mesa, por exemplo, só existe uma. Aquela que foi pensada, todas as outras são cópias. A imagem de uma mesa é uma cópia da cópia. O reflexo da imagem de uma mesa na água, é igualmente cópia. Pode se pensar numa mesa de 3, 4, 5, .... pés, mas a mesa - a primeira- só existe uma. E assim é com tudo que o homem cria. Ou seja, só Deus pode criar as coisas. O homem, quando o faz muito, apenas está imitando. Não sei se ficou claro, mas recomendo a leitura do livro. Pra mim, melhor que a própria Bíblia.
Acho eu que os filosofos religiosos do passado do presente e do futuro fizeram fazem e farão um puta esforço inutil para provar o que não pode ser provado. Simples assim... Deus, é uma criação obvia produzida pela miserável condição humana.
A concepção de um deus pessoal que advem da babilonia e chega até nós a partir da mitologia bíblica se encaixa no que vc esta falando. O que o rapaz do video está falando é a uma concepção ontológia de um ser necessário e causa da existencia
@@corretorabeatriz6723 A pizza mais perfeita imaginável deve existir. Pois a pizza perfeita que existe no mundo real é mais perfeita que a que existe apenas em pensamento. Agora que eu falei isso, a pizza perfeita passou a existir? Claro que não. Ou o dragão perfeito? Ou o unicornio perfeito? Só pq você pensa que algo deve existir, isso não tem o poder de fazer com que exista.
o nome disso é racionalização. faz sentido, mas não significa que seja verdade. como no xadrez, as regras fazem sentido, são racionais. Mas o xadrez é apenas um jogo, que só existe ao se aceitarem as regras por livre vontade.
Diferentemente das normas convencionais do xadrez, as regras da lógica são objetivas. Para julgar a validade do argumento de Anselmo, é necessário ter conhecimento em lógica; sem esse entendimento, torna-se desafiador fornecer uma resposta adequada sobre a correção do argumento.
@@DrinkWater713 Você só chega a uma conclusão falsa sobre a realidade usando as regras da lógica se ignorar a verdade das premissas. Se um argumento é logicamente válido e suas premissas são verdadeiras, a conclusão vai ser verdadeira também. Mas se o argumento é válido, mas as premissas não são verdadeiras, aí não dá pra garantir que a conclusão vai ser verdadeira.
@@vida_intelectual_ Sim. Mas o problema é que a maioria das premissas desses argumentos religiosos são simplesmente impossíveis de determinar se são verdadeiras ou não.
Esse argumento é um tanto fraco, tanto que os próprios escolásticos não gostavam dele por parecer um mero sofisma e preferiram o bom senso de Averróis. O principal problema é que o ateísmo de fato não se contradiz, os ateus ativamente afirmam que Deus não é...bem, o ser perfeito que deveria ser, mostrando sua falta de onipotência, benevolência e onisciência, ou demonstrando que esses atributos logicamente se contradizem e, portanto, tal ser é impossível, se o ateísmo prova que Deus é um ser imperfeito, então Deus não é mais o maior ser concebível. Claro, eu não rejeito totalmente o argumento porque eu creio no Deus de Spinoza, um ser substancial e necessário, e basicamente o argumento ontológico implica que, se tal ser perfeito precisa ter todos os atributos maximizados e ser o maior ente concebível, então esse ser seria a substância última, da qual tudo depende para existir e nada pode ser concebido além disso (incluindo deuses, que sendo racionais, emotivos e intervendores, se provam seres finitos e facilmente concebíveis pela mente humana). Resumindo, eu estou alucinando internamente ás 3 da manhã :
@@MauricioNeto-il5xo Mas é como eu exemplifiquei, eles partem dos atributos clássicos de Deus para apontar contradições, eles não afirmam que Deus é imperfeito, mas que Ele é impossível.
Considerado façanha do "intelecto" humano? Como pode o humano argumentar a respeito de Deus? Toda perfeição e verdade só pode ser inspirada por aquele que é perfeito e verdadeiro. Se não fala segundo as palavras de Deus, não subsistirá!
Só de precisar que existam pensadores se matando pra tentar justificar a existência de algo invisível , nada mais necessita ser justificado sobre sua inexistência .
Duas possiveis criticas podem ser feitas: o conceito de deus utilizado nao e derivado da razao, mas da experiencia (afinal, em outras culturas houve conceitos de deus muito diferentes, que nao implicavam por exemplo na perfeicao); por outro lado, A nao pode ser causa de A, isto e, ha uma circularidade ou autorreferencia (o ceu e azul porque e azul ou deus e o maior ser possivel porque e deus). No primeiro caso o raciocinio deixa de ter forca dedutiva, e torna-se meramente plausivel, sem forca apodidica. No segundo caso, a circularidade impede a validade da conclusao. Ela seria falsa ou, no melhor dos casos, plausivel por mero dogma ou crenca.
(1) Isso não precisa ser levado em conta, já que 'Deus' é sempre considerado o ser mais perfeito, mesmo os orientais não possuem nada mais venerável ou maior do que um deus (como um Buda, que transcende a existência). A única questão seria o que é mais perfeito. Anselmo diria que as qualidades intrínsecas são justiça, poder e saber, se elas existem em tudo o que existe, então deve haver um limite máximo pra essas qualidades, que seria...Deus. (2) Essa objeção é puramente semântica, tal como a anterior, Deus é o maior ser possível porque a definição de Deus é essa, não porque isso é um atributo de 'Deus' (como no exemplo do céu, 'céu' não é em essência azul, explicar porque o céu é azul difere de explicar porque o céu existe).
@@estouracu9347 seu ponto 2 e muito bom. Nao tinha parado para pensar por esse lado, embora justica, onisciencia ou omnipotencia me parecam atributos, tais como a cor "azul" o e em relacao ao ceu. No ponto 1 eu divirjo; mesmo entre ocodentais houve em religioes hierarquia de deuses, alguns mais, outros menos poderosos ou com alguma imperfeicao. Neste sentido, o conceito de Deus, pelo menos para mim, nao parece ser como uma figura geometrica ou um numero, isto e, um ideal a priori racional, demonstravel, cujos atributos sao dedutiveis ou explicaveis por teoremas e irrefutaveis. A estrutura logica do argumento e excelente, mas as premissas nao implicam nesta conclusao (segundo penso). Deus, e neste caso em especifico o deus cristao, para mim e um conceito empirico e argumentacao seria neste caso indutiva.
Esse conceito é bem estranho, pq se Deus é aquilo q não se pode pensar algo maior, então ele precisaria ser os 2 extremos ao menos tempo, pq por exemplo, eu posso falar q eu tenho menos força q Deus ou que eu sou mais fraco q ele, so q isso não signifca que eu sou maior q Deus em 1 aspecto? Se eu sou maior q Deus em um aspecto então ele não é o maior ser q eu possa pensar, logo Deus tbm teria q ser o ser mais fraco de existe, e isso serve para qualquer qualidade dele, se ele é o mais justo ele precisa ser o mais injusto tbm e assim por diante . E no final cabe a reflexão sobre se as coisas na mente são menores q as coisas na realidade, em q aspecto a existencia material é melhor q a metafísica por exemplo? Como q se conclui isso atravéz da lógica? Alias a lógica so existe na mente tbm logo ela é menos importante q a lógica do mundo real, pq se for isso o melhor argumento pra provar Deus não esta na logica da mente, mas das experiências do mundo real, logo todas a preposições são inferiorea ao q de fato acontece, é um argunento contra si mesmo
Conhecimento a posteriori = quando você sabe de algo através dos sentidos, como saber que o céu é azul ou que 2+2=4, você só sabe disso porque você vê isso. Conhecimento a priori = quando você sabe de algo através da pura lógica, como saber que 400+400 é 800, dúvido muito que você tenha somado esses números exatos, nós só fazemos a inferência "4+4=8" e "0 não tem valor na soma", então a soma de 400+400 é 800, ou saber que a água pode te dar hipotermia, só precisa fazer a inferência de que "calor vai do corpo quente ao mais frio" e que "a água é mais fria que o corpo", logo seu corpo vai ficar muito frio. Espero ter ajudado.
Santo Anselmo
Santo Tomaz de Aquino
Santo Agostinho
🇻🇦 Tres grandes filósofos
Os três doutores da igreja.
+1
Anastasio ortodoxo
Outro: Santo Alberto Magno
Incrível Santo Anselmo. A capacidade lógica e intelectual dos medievais era insana.
e ainda há quem diga que foi a era das trevas
@@conhecimentoSocial consequência da elevação da inveja à virtude e quando se está cego pela inveja, torna-se necessário ridicularizar ou menosprezar o que se inveja, colocando-lhe rótulos pejorativos, para que se pareça superior. A Idade Média precisa parecer inferior e pior quer para alimentar o desprezo pela Igreja, quer para justificar os excessos cometidos contra ela, quer para fazer parecer que o Iluminismo trouxe alguma luz à humanidade, quando de facto obscureceu as ciências e abriu as portas para o triunfo da ignorância.
Esse vídeo é só mitada do início ao fim
Excelente vídeo. Explicou muito melhor do que vários professores de filosofia que tive (isso que eu estudei em escolas caras e "referências").
Agradeço pelo feedback positivo!
Eu formulei meus argumentos
ua-cam.com/video/ofS8nyz3OOA/v-deo.htmlsi=AxtNsyiQXEwFrgM4
Gratidão Universo!
Gratidão!
Incrível o cara ter conseguido explicar algo tão complexo em tão pouco tempo!
E vou adicionar até uma observação, Deus não é somente o Ser onde nada maior pode ser pensado, ele também é portador de todas as perfeições! E uma das perfeições é também a EXISTÊNCIA, se Deus é portador de todas perfeições necessariamente precisa existir
Aí e que tá, deus não precisa da existência para existir como se a existência fosse algo fora dele, ele é a própria existência eterna que possibilita toda a necessidade da realidade.
teu argumento: deus existe pq deus existe
@@guilherme81027Seria mais algo como: Deus existe porque é da sua natureza existir e a existência precisa dele pra ser real. Sendo assim, Deus não "existe", Ele é oq causa a própria existência
A questão de Deus "não existir" não é sobre ele existir na mente ou realidade, na verdade é o conceito de que Deus ele É em vez de existir, Deus não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e existência. Portanto, argüir acerca da existência de Deus é o mesmo que negá-Lo.
Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo.
Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.
Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência.
Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus.
Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é.
Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido.
Deus É, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e anima vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.
Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus Maior.
Assim, quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso, quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu - exceto na mente de seus criadores.
Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal Deus que existe.
A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem - não para Deus -; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores.
Deus não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem OU não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a Ele, nada é relação.
Defender a existência de Deus é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” - é não só estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser.
O que “existe”, pertence à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É.
Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.
“E quem direi que me enviou?” - perguntou Moisés. “Dize-lhes: Eu sou me enviou a vós outros!” - disse Ele.
Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria -, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem - mas sem poder dizer Eu Sou!
Jesus também falou da sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó. Portanto, Ele é Deus de vivos, e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo. A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus.
Assim, para viver eternamente eu tenho que entrar na dissolvência da existência, a fim de poder mergulhar naquilo que está pra além do que existe; posto que É.
A morte pertence à existência. A vida, porém, se vincula ao que não existe, pois, de fato É.
O que existe carrega vida, mas não é vida. A vida, paradoxalmente, não pertence ao que é existente, mas sim ao que É.
Quando falo de vida, refiro-me não às cadeias de natureza biológica que constituem a vida dentro da existência. Mas, ao contrario, ao falar em vida, refiro-me ao que é para além da existência constatável.
Portanto, Paul Tillich tem razão quando diz: “God does not exist. He is being itself beyond essence and existence. Therefore to argue that God exists is to deny him”.
Ora, usando uma gíria de hoje, eu diria: Tillich tem razão quando diz: “Deus não existe!” - pois é isto que hoje se diz quando algo está pra além da existência: “Meu Deus! Esse cara não existe!”. Assim é com Deus: Não existe! Pois é de-mais!
Um beijo pra você!
Ame-o, e nunca o deixe!
Nele, que não existe, pois É,
@@leonardodelyrarodrigues3752 CARACA IRMÃO KAKAKAKAAKAKKA
Gratidão! Adorei!
Os melhores argumentos de fato, são definitivamente os da 5 vias na Suma Teológica, que poucos compreendem por desconhecerem metafísica.
Sem a base Aristotélica não dá pra entender Aquino, pra beber da fonte cristã tem que passar pelos gregos.
@@vinicius52209 E tem gente que tem a pachorra de dizer que já "leu" São Tomás
Eu pessoalmente prefiro o argumento ontológico, quando bem compreendido e com mais algumas premissas extras, ele é bem explicativo. As 5 vias no geral exigem conceitos que as pessoas não usam mais com tanta frequência, termos que se perderam. Os argumentos ontológicos pelo contrário foram no geral muito bem traduzidos para a mentalidade moderna.
Pior é quando tentam refutar as 5 vias usando como premissa o movimento apenas físico KKKKKK o cara não lê Aristóteles.
@@amaralbernardo34Fala, meu bom. Quer entrar pra um grupo com foco em questões de conhecimento (como filosofia e ciência)?
Que vídeo bem feito! Parabéns!!! 👏🏻👏🏻👏🏻
Excelente video. Importante lembrar que Anselmo viveu entre 1033 e 1100. É um baita pensador. Basta ver a importância dos pensadores que se ocuparam dos seus trabalhos.
Bem lembrado.
Parabéns pelo conteúdo
Muito Bom ...e muito bem editado e narrado
Vídeo muito bem feito, e conteúdo de excelente qualidade. Continue fazendo esse ótimo trabalho irmão! Deus te abençoe!
Queria começar agradecendo ao youtube por ter me recomendado esse canal íncrivel! Melhor do que muitos canais de "filosofia" que vemos aqui no Brasil.
Eu sou iniciante na filosofia, estudo ela faz pouco tempo, mas mesmo assim eu já posso enxergar o quão bom é esse argumento. Eu concordo com ele, mas eu já tenho um viés religioso então não estou sendo imparcial.
Sendo sincero o que mais me facina nesse argumento, é que até hoje ele não foi refutado, isso só mostra o quão bom ele é. Também queria que você fizesse vídeos sobre outros argumentos a favor de Deus (Tipo os de São Tomás e São Agostinho)
Baita vídeo
Não consigo deixar de pensar que tem um problema na afirmação de que algo na realidade é maior do que algo na mente, o que é levado como axioma do argumento, mas que não tem nada que sustente essa afirmação. Quando vc usa o exemplo do dinheiro, recorre a um senso comum que não explica nada.
Basicamente, não tem nada que diz que algo existir na realidade faz desse algo maior do que existir na mente, objetivamente.
Eu formulei meu argumento, vou postar aqui
ua-cam.com/video/ofS8nyz3OOA/v-deo.htmlsi=AxtNsyiQXEwFrgM4
Também percebi isso. Na mente o ser humano cria naves espaciais e cruza o universo, na realidade ele não passou da lua. O fato é que não é possível comparar tamanhos de coisas reais com coisas imaginárias, é uma comparação absurda. Certas comparações são absurdas. O que é maior, a cor verde ou o frio? Se você recorrer a Platão, verá que o mundo das ideias é ''maior'' que o mundo manifesto, portanto Deus pode ser o maior dos seres e existir exclusivamente no mundo das ideias, pode haver corruptela dele aqui no mundo físico ou mesmo não haver nada.
Que incrível, mano
O artista expressa sua criação através dela mesma. Logo a criação tem o artista como essência, transmitindo assim o desejo do artista.
Que vídeo bem explicativo! Parabéns ao dono do canal, ganhou mais 1 inscrito
Agradeço! ☺
canal maravilhoso, conheci por esse video e so tende a crescer
SANTO Anselmo 🙏🏻
SANTO SÓ TEM 1 JESUS CRISTO.
Que quiser entrar no meu servidor no discord para debater sobre o argumento ontológico só comentar aqui
Ôpa, deixa aí
@@vida_intelectual_ .offmeta
@@vida_intelectual_ tem discord seu canal?
Seu conteúdo é incrivelmente bom
Simplesmente maravilhoso
Bom vídeo. Seria legal, fazer um das críticas desse argumento. Parabéns pelo canal.
Obrigado! Ótima sugestão! Já tinha pensado nisso; em breve, aos poucos, elaborarei uma playlist de vídeos dedicada exclusivamente aos debates instigantes sobre esse argumento.
Seria bom começar por Sato Tomás de Aquino, pq ele rebateu este argumento! @@vida_intelectual_
@@leviandrade6008 sim, mas antes de explorar a crítica de Tomás de Aquino, optarei por analisar o debate entre Anselmo e Gaunilo. Observo que alguns comentários repetem os equívocos de Gaunilo e criam caricaturas/espantalhos do argumento de Anselmo.
Um dos melhores vídeos que eu já vi
Vídeo ótimo! Me inscrevi no canal e gostei muito. Continue com o excelente trabalho!
Obrigado pelo apoio! 😉
Muito incrível 🙏🏻
Show totalmente diferente
muito interessante
Muito bom
Conheci seu canal agora mais ja gostei muito que video incrível sugestão: faz um video sobre a cidade de deus de santo Agostinho
O melhor vídeo em língua portuguesa sobre o argumento de Anselmo que já vi.
A explicação seria mais fácil de entender com o uso de gráficos, fluxogramas, etc.
Parabéns pelo canal e que Deus sempre esteja te acompanhando 🙏
Agradeço pelo elogio! Concordo com vc, a inclusão dos elementos visuais que você mencionou certamente facilitaria a compreensão do argumento e sua estrutura lógica. Estou planejando integrar essas melhorias visuais nos próximos vídeos! 👍
Se Deus é algo que não se pode pensar nada maior
E Deus existindo na realidade é maior do que no pensamento
Logo o *pensamento* de que Deus existe na realidade é o maior possível.
Porque Deus é algo que não se pode *pensar* nada maior
Ou seja, consegue ser maior que a sua mãe esse pensamento
@@canyouhearmehellocanyouhearme nossa mãe
Se eu pensar num ser maligno e todo poderoso maior que qualquer pensamento, isso prova que ele existe também?
Eu gostei do argumento, mas ele basicamente não depende de definir Deus de uma maneira x para se consolidar?
E essa ideia poderia muito bem ser usada pelos pagãos para provar seus deuses ou o maior deus de suas religiões politeístas como existente.
Por que eles muitas bem trocariam Deus por Odin, e diriam que Odin sendo a maior ideia, e maior na realidade do que na ideia... Assim prossegue.
A primeira vista para mim, apesar de parecer um argumento bom, ele só se sustenta partindo de suas próprias definições.
(Por favor, não me responda nenhum estúpido metido a agressivo que vai zombar e ironizar se sentindo o sábio. Poupe o teclado dos seus dedos).
@@alejandrocuevas7831o argumento não visa provar O Deus Cristão. É igual criticar um pedreiro colocando os primeiros tijolos da casa pq a casa não tá rebocada. A defesa dO Deus Cristão É em outros argumentos.
Parabéns, aposto que o roteiro desse vídeo para ser didático dessa maneira sendo um tema tão complexo assim, vc passou longas horas para fazê-lo, excelente simplesmente
Sim, embora eu não tenha estudado especificamente para o vídeo, o produzi porque já havia pesquisado sobre o tema.
Nunca li um livro de filosofia, apesar de gostar bastante do tema.
Então minha contribuição realmente é de 2 centavos (de alguém que acredita em Deus).
1- Em "a prova a priori" É perigoso tentar provar a existência de Deus por esse argumento, da mesma forma que o silogismo não consegue fazer boas inferência com base em um conjunto limitado de premissas
2 - A lógica da parte "Deus existe na consciência" também poderia ser válida para dragões, fada do dente, etc. Então esses seriam contraexemplos da tese apresentada.
3 - Em "existir na realidade vale mais que na mente" - Dependendo do que for entendido o termo "valer mais", um milhão de reais na mente pode valer mais pela ambição do que 1 milhão de reais não valorizado pela ganância de conseguir o dobro disso.
4 - A formulação do absurdum é bem interessante! A única forma que vi como refutar seria se a própria definição de Deus é que não seja maior do que tudo.
Peço desculpas se não ficou claro ou se não faz sentido!
No mais, parabéns pelo excelente vídeo. Já estou inscrito
Bons pontos
Sobre o 2, o fato de fora da mente também existe na mente. Eu sei que a lua é redonda, esse é um fato que está na realidade e que está na minha mente.
Dragões, fadas e etc. existem - apenas - na mente e não existe no mundo. A lua existe no mundo e também na minha mente - e o mesmo se expandiria para "Deus existe na consciência"
no 3 você adicionou um outro elemento que é a subjetividade, como por exemplo "ambição de ter 1M" e isso é diferente do que foi proposto pois de fato ter 1M vale mais do que pensar 1M. Com o 1M na mente eu não consigo comprar nada, com o 1M na realidade consigo.
@@felipemessias9602 A fada e o dragão mais perfeitos imagináveis existem no mundo. Logo fadas e dragões existem no mundo. Se você pensou numa fada e num dragão que existem apenas na mente, é pq não pensou na fada e no dragão mais perfeitos imagináveis. Tá vendo pq o argumento não funciona? Simplesmente pensar em algo não faz com que aquilo exista. No mínimo, não consegue provar que exista.
Gostei muito dessa publicação, obrigado.
Ontem li um hq do Superman. E nela dizia que o Superman existia.
Esse argumento é muito bom, o pessoal que fala que já foi refutado e etc, são pessoas enviesadas e com dor de cotovelo.
É fácil refutar: Deus não é o ser no qual não se pode pensar outro maior, ele é uma imagética humana assim com o saci ou a mula sem cabeça. Como dizia belchior: qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa. Qualquer imagem, criação da mente humana ou sonho, é menor do que a realidade, e, portanto, Deus é menor do que tudo aquilo que realmente existe
KKKKKKKKKKKKKK, acha que você não entendeu o argumento. Existem críticas de outros doutores da igreja bem melhores do que esse paralogismo enviesado seu
KKKKKKKKKKKKKK, acha que você não entendeu o argumento. Existem críticas de outros doutores da igreja bem melhores do que esse paralogismo enviesado seu
@@Ludvikanarone3737 explica então
A ideia de que Deus é "menor do que tudo aquilo que realmente existe" pressupõe que a mente humana pode compreender completamente a realidade, oque não é um fato, você somente poderia dizer isso caso conhecesse a realidade de forma absoluta, praticamente impossível, pois a mente humana é finita. @@minutyyy
A partir do momento em que eu discordo da definição de Anselmo sobre o que seria o ser mais perfeito, e discordo da afirmação de que se algo é perfeito na mente, ele deve existir na vida real para poder ser perfeito, esse argumento pra mim cai por terra, não passa de um gigantesco sofisma e um salto lógico.
Até as 5 vias de Santo Tomás de Aquino me são mais plausíveis, apesar de também não me convencerem da existência de um deus.
Esse é muito bom
Vlw! 👌
Excelente vídeo. Eu não concordo com a premissa 'Existir na realidade é maior do que existir na mente', pois esta basicamente assume a existência como um atributo, enquanto na verdade é uma condição necessária para atributos existirem.
Não faz sentido comparar os atributos de duas coisas sendo que uma delas não existe para começar.
Deus está além do conceito de existência ou de qualquer conceito. Ele não existe, Ele é. Talvez seja impossível compreender isso plenamente por que ele está além da nossa compreensão. Ele se torna compreensivo para podemos entender um pouquinho de sua natureza. Deus se fez homem(Jesus) para podemos entender um pouquinho de sua natureza incompressível
A existência é um fato, o pensamento é um fato, os dois existem, dentro da existência tem atributos que tem um peso maior do que pensamentos
@@thallytaluz8175 O "Motor Primordial" tem que ser algo, obrigatoriamente, fora do conceito de existência, se não a própria existência não faz sentido
Também sou adepto do fideísmo. Não creio ser possível provar Deus a priori.
@@shrimpmmv Motor Primordial, Deus escrito no DNA, o ministério da existência da consciência, a perfeição do universo etc...
Cristo ressuscitou. Aleluia
A perfeição é atributo da existência, assim se vc imagina um ser perfeito, sem existir, Ele não é perfeito. A concepção da perfeição de Deus, na mente, indica a presença de Deus perfeito nela e fora dela.
Perfeito.
Temos 3 problemas: 1 - É sequer lógico dizer que algo é "perfeito"? 2 - É possível conceber algo perfeito? 3 - Dizer que algo perfeito existe por ser perfeito é apenas uma afirmação. Precisamos provar ela na prática.
@@DrinkWater713 A palavra 'perfeito' existe para expressar algo.
um video incrivel,foi tao bom que o video acabou muito rapido pra minha precpicao
A mente é maior que a “realidade”, pois contém o experimentar dela. O universo é mental. Sem a mente não há Universo.
Preceito de Hermes?
Sem a mente o universo continuará existindo. Provavelmente, daqui a 5 bilhões de anos, o sol engolirá a Terra e o universo permanecerá intacto.
seu celebro é físico e externo a mente, se não existe ele fisicamente, não existe o mundo das ideias.
Errado! o universo não depende da mente para existir! ele sempre estará existindo na realidade, ainda que os seres humanos não o conceda em suas próprias mentes. Tanto é que no começo deste mundo, ninguém conhecia o universo ou tinha concepção do mesmo!
@@BM2025o universo e um conceito que nos criamos, o universo em si não se chama de universo, e se formos pra diferentes raças o conceito muda, o espaço, a concepção muda conceitos. Muitas religiões mudam o conceito de Deus proposto por Anselmo com passagens que demonstra injustiças imorais e sentimento humanos em Deus, ou seja o conceito de Deus foi alterado por base no conhecimento, então Anselmo so prova que Deus existe caso Deus siga os princípios proposto a ele(moralmente perfeito, moral e humana, justiça, tudo isso e base da nossa concepção de raça a concepção de Deus e toda construída na base da percepção humana)
O argumento é realmente muito bom, é um verdadeiro xeque-mate. O problema é que posso fazer qualquer coisa existir na realidade desde que eu defima essa coisa como a algo sobre o qual nada maior pode ser pensado. Então se eu digo que o papi noel é algo maior do que qualquer coisa que se pode pensar, ela passa existir ma realidade também. O ponto chave aí é aceitar como verdadeira a premissa de que a coisa a quee refiro é maior do que tudo que pode ser pensado.
Não. Pois a definição de papai Noel implica limitações, o Noel é uma pessoa por definição e pessoas não são seres máximos, logo papai Noel não tem que existir na realidade.
Isso é explicado melhor em um vídeo desse mesmo canal sobre "o argumento da ilha perfeita", procure no canal e você vai achar.
Mas você não pode pegar qualquer coisa e defini-la como Deus, isto mostra que você não entendeu o conceito de Deus. Você naturalmente sabe que nada pode ser Deus se não Ele mesmo.
@@kaiokalebe4255 A definição de qualquer coisa implica limitações. Por isso o argumento usa um "deus indefinido". Qualquer tentativa de defini-lo vai, pela lógica do próprio argumento, refutá-lo.
@@DrinkWater713 ok, mas por exemplo, se você pensa em uma pizza que é que infinita, atemporal, onipotente, perfeita, consciente e soberana você não está mais pensando em uma pizza, está pensando em Deus. Se eu dissesse a você que vou começar a falar de fogo e começo a falar de um líquido composto por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, é encontrado na praia e compõe 70% do nosso corpo, evidentemente, eu não estou falando de fogo, estou falando de água não importa o quanto eu insisto em chamar de fogo.
Se você ainda está na dúvida, então procure o vídeo desse mesmo canal sobre "o argumento da ilha perfeita" onde ele explica isso muito melhor que eu.
@@kaiokalebe4255 a pizza perfeita não é consciente, onipotente nem atemporal. Como vou comer a pizza se ela tiver essas características? A pizza perfeita tem que ser uma pizza comestível.
Por mais que eu seja cristão, o argumento não faz sentido. O problema está na conclusão quando, partindo da diferença de existir na mente e na realidade, ele afirma que é contraditório um ser que existe ser maior que um ser imaginário apenas porque uma das características do ser imaginário é não haver nada maior que ele. Logo a contradição está na mistura entre “existências”.
O argumento inteiro também foi fundamentado na possibilidade de onipotência ou onisciência, o que não é garantido.
O fato de algo existir no plano material já o faria ser maior e mais valioso que qualquer ideia, não necessariamente paralela. Assim, a real conclusão do ateu seria: “É possível EXISTIR um ser maior do que o PENSAMENTO do ser do qual não se pode pensar outro maior (DEUS).
Ótimo vídeo! Sou Ateu mas seria desonesto se negasse a beleza do argumento ontológico. Ainda assim podemos aplicar o principio da explosão a ele, não? Ou seja, de uma contradição podemos concluir qualquer coisa tanto para um lado quanto para o outro. Sei tambem que há um argumento contra ontológico mas não o conheço com profundidade.
Independente disso eu ainda vejo o argumento sobre o problema do mal um excelente argumento para o ateismo.
Qual deus?
Na vdd o argumento passa por diversos capciosismos que eu cheguei a conclusão de que é uma conclusão espúria.
Lendo pelas imagens do Chrome é fácil chegar a essa conclusão
espúria é esse teu comentário!
verdade. a metafísica é um verme cognitivo. estraga o raciocínio e ainda faz as pessoas se sentirem inteligentes.
Com seu ego! Reconhecer a existência de Deus é um puro ato de humildade!
Amei esse argumento de Anselmo, ultimamente eu refletia sobre a existência de Deus e sua grandeza,isso como um cristão,eu não negava sua existência mas queria prova-la,e esse argumento é fantástico!
O único problema é que,depedendo da pessoa,ela simplesmente pode negar o argumento por pura ignorância afirmando que é apenas um fruto da imaginação do ser humano,por mais que o argumento ontológico possa impacta-lo.
Um ateu em debate pode simplesmente falar que não tem como existir um ser tão grande como Deus ou simplesmente afirmar que Deus não é um ser tão grande,logo o argumento não é útil já que para ser útil a pessoa deve concordar com o conceito de Deus de Anselmo.
Por isso alguns ateus usam o paradoxo de Epicuro afim de tentar negar a existência de Deus.
É daí vem minha conclusão que eu tinha tirado por mim mesmo no momentos de reflexões sobre a grandeza de Deus que eu tinha citado antes.
Por mais provas que tenha sobre a existência de Deus,no final tudo depende de uma questão de fé,se você acredita ou não no que Deus é para você,por isso o argumento ontológico somente funciona quando a pessoa concorda com seu conceito de Deus.
Fala sobre as vias de Santo Tomás de Aquino
Se Anselmo está tão preocupado em provar a existência do Deus dele, é porque ele mesmo não está convicto.
Preocupar-se em provar a existência de algo não implica necessariamente falta de convicção na existência desse algo. Se fosse o caso, todo cientista ou filósofo que se dedicasse a demonstrar algo não acreditaria naquilo que busca que demonstrar.
errado!
tua voz parece com a do preci, salve, belo vídeo.
Nem sou ateu porém suas afirmações de contradição julgadas como verdades absolutas criam o próprio caminho sem saída para "mostrar a contradição dos ateus". No fim, utiliza-se de argumentos pífios para sustentar a existência de um Deus cristão, o que não o faz. Ao menos fosse uma divindade qualquer.
Ele justifica um ser maior. Aristóteles falava de primeiro motor e ele estava mais de 300 anos longe do cristianismo. Para justificar o Deus cristão há outras premissas. Como a de explicar como um ser superior deve ser único, simples e perfeito porém o Deus cristão é uma trindade. Há argumentos oncológicos para esse problema específico.
Ora, o ateu pode sim afirmar que deus existe apenas em seu pensamento e ao mesmo tempo afirmar que algo superior possa existir tanto em sua mente quanto na realidade.. por exemplo super-novas, algo do qual nenhum ser humano seria capaz de admirar com vida😅 utilizando a mesma lógica, um cavalo seria superior a ideia de uma fênix, pois uma fênix não existe, já o cavalo sim. Então obviamente a ideia de um deus real seria superior a ideia de um deus imaginário.. caso deus existisse na realidade.
Você só corrobora o argumento. O cavalo é maior que a fênix porque ele existe. Ninguém disse que fênix é maior que o cavalo e super novas não são os maiores seres que existem. Há outras coisas mais perfeitas inclusive o próprio homem que, moralmente e intelectualmente e superior a qualquer força do universo.
@@jorgearistimunhajr434 Q????? Kkkk
@@jorgearistimunhajr434 vc e eu somos dois ínfimos átomos insignificantes diante do universo, e vc vem dizer que o homem é superior ao universo? A necessidade do cristão de se sentir especial é assustadora.
@@rudsongoncalves5072 Para começar um átomo não é insignificante. Mudar um único átomo pode mudar toda a estrutura de uma molécula e toda a estrutura da existência. As forças universais são atômicas exceto a gravidade e se elas não fossem como são não haveria Universo. O Universo tem forças devastadoras maiores do que nós porém o universo é um ser inteligente e não um aglomerado de átomos sem consciência. E porque o Universo é um ser inteligente e consciente? Porque nós somos e nossa consciência é parte do universo. Podem existir outros seres assim? Pode ser,ainda é a inteligência e consciência destes seres que torna o universo algo maior que um aglomerado acéfalo de átomos sem se autocontemplar. Mas se não houver mais nenhuma raça inteligente em todo o universo ainda assim ele é essa máquina consciente de si mesmo apenas porque nós existimos. Claro que esse papo de universo consciente, da importância da contemplação da existência por si mesma é uma grande besteira para quem se atém a visão cartesiana do res extensa onde a existência material é a única realidade possível, e supernovas são mais complexas que a consciência humana, mesmo a própria física trazendo hipóteses de multidimensionalidade. O que realmente achamos que existe é o que podemos ver e provar. Por isso parece certo que Deus não existe, que primeiro motor é uma tese Aristotélica ultrapassada, que a ontologia medieval sobre o Ser e a Existencia é uma baboseira revestida de lógica (e o Existencialismo parece ser o ápice da Filosofia), que nossa consciência e inteligência são meros acasos do universo assim como toda a existência. Mas acho que é muito mais fácil vc manipular um átomo, construir um invólucro de metal e guardar nele uma energia atômica capaz de destruir uma cidade inteira (para isso foi preciso uma inteligência) do que criar uma estrela capaz de realizar milhares de reações nucleares, presas sob a força da gravidade, criando energia por trilhões de anos, sendo combustível para a vida em um planeta (mas isso foi por acaso). Enfim, não digo que o homem é superior ao Universo, somos apenas parte dele. O que penso diferente é achar que o Universo é superior em relação a um Universo sem inteligência ou consciência. A diferença entre nós, e respeito sua opinião, é que dou à consciência uma importância maior dentro da existência. Penso que o Ser precede a existência.
@@mateusikusaba2501 Na mecânica quântica um fenômeno pode mudar conforme a observação dele. Isso deu nó até na cabeça de Einstein que questionava que a lua só seria a lua porque eu a vejo. Isso soava absurdo para ele. Eu te pergunto o universo seria o mesmo se nós não o víssemos como ele é? A pergunta soa idiota e a resposta parece bastante óbvia não é mesmo? Mas sinceramente, não sei se ela é. Não sou físico nem filósofo só acho que não existem respostas óbvias para fenômenos tão grandiosos. Fico na minha insignificância humana onde eu só tenho certeza de que tenho contas para pagar, que preciso comer e alimentar quem depende de mim e que preciso ir trabalhar todos os dias, o resto é mera curiosidade e incerteza para mim. Mas minha humilde opinião ainda é que a consciência humana é uma parte extremamente complexa e grandiosa neste universo, mas respeito quem a menospreze como apenas algo ocasional e sem importância na mecânica universal. Talvez quem pense assim tenha razão, que o Universo seria o mesmo sem uma consciência, mas se não existissem seres inteligentes o universo também não o seria. Ele não passaria de uma massa gigantesca realizando fenômenos que não poderiam ser adjetivados de grandiosos, espetaculares ou lindos. Um universo onde o espanto, a admiração, a curiosidade não existiriam. Um universo cheio de explosões silenciosas e luzes que jamais causariam nenhuma reação. Um espetáculo que não se contemplaria de nenhuma forma. Mas isso realmente talvez não tenha nenhuma importância ou relevância.
Acho que o principal problema desse argumento é que, mesmo que ele seja válido, ele apenas prova que existe um deus. Mas que deus é esse? Quais suas características pessoais? O que ele quer? Como ele age? Como NÓS devemos agir em relação a ele?
O argumento não gera nenhuma conclusão útil do ponto de vista prático.
@@DrinkWater713 Cara, eu vejo as coisas um pouco diferente. É verdade que o argumento ontológico não oferece uma descrição completa de Deus (e nenhum argumento, sozinho, faz isso), mas ele é um ótimo ponto de partida para entendermos quem Deus é. Se seguirmos a lógica do argumento, se Deus existe, ele deve existir como um ser necessário, não contingente. E, para ser o maior ser possível, ele precisaria ser onipotente, onisciente e moralmente perfeito, porque, se não fosse assim, não poderia ser considerado o maior ser possível, certo? Para mim, a definição de Deus que Anselmo propõe não é vazia; é, na verdade, uma das melhores que temos!
O Senhor Jesus Cristo é a expressa imagem da pessoa de Deus.
1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; (Hebreus 1:1-3)
Muito bom o argumento dele, mas eu tenho algumas dúvidas, para afirmar que um pensamento é maior que outro é necessário que defina-se previamente uma relação de ordem no conjunto de todos os pensamentos possíveis? Caso a afirmação anterior seja verdade, a definição de Deus dada por Anselmo pressupõe que o conjunto de todos os pensamentos seja um conjunto limitado? Visto que caso contrário não iria existir um representante para Deus, ou seja ele não estaria bem definido.
1 - Se Deus existe, ele é onisciente e tem conhecimento de todas as coisas que existem
2 - Se Deus existe, ele é onipotente e pode realizar tudo o que deseja
3 - Se Deus existe , ele é moralmente perfeito e não pode praticar o mal, pois o mal é algo moralmente imperfeito
4 - Permitir que o mal exista, sabendo que ele existe e podendo impedi-lo, é moralmente imperfeito
5 - Se Deus existe, pode saber se o mal existe.
6 - Se Deus existe, pode impedir o mal de existir
7 - Se Deus é moralmente perfeito, deve impedir que o mal de exista
8 - Ou o mal não existe existe, ou Deus não existe.
Ligue a TV em qualquer noticiário e verifique se o mal existe...
*Esse argumento é de David Hume..
O argumento de Hume, que ele atribui a Epicuro, é DIGNO de um vídeo exclusivo, junto com uma abordagem das teodiceias que buscam enfrentar o problema do mal!
Dizer "acabar com o mal" é algo absurdo! É como se eu estivesse em um quarto todo escuro e dizer: "eu vou acabar com a escuridão!", outros podem perguntar: "ué, você vai acender um fósforo, lampião ou algo assim para iluminar?", e respondo: "não! Eu vou acabar com o escuro...". Assim como o escuro é a privação da luminação, o mal é a privação de bem. Se continuarmos pensando, nós podemos até chegar em uma conclusão que; se o "mal existe", Deus existe...
O mesmo argumento poderia servir para Zeus, Shiva, Ala, etc...
Não pois esses deuses que você cita não cabem no conceito de Anselmo sobre Deus.
No vídeo isso é claramente explicado.
@@Matheusoaress Entendo que não são citados. Porém, se você remover a palavra DEUS e incertar SHIVA. A existência de Shiva automaticamente será irrefutável.
@@Matheusoaress ent o argumento so serve na cabeça de Anselmo? Pois parte do pressuposto do conceito DELE sobre DEUS em especifico?
Não cabe a religiões politeistas, pois Deus por definição é um ser perfeito. Quando você diz "existem vários deuses", você já esta pressupondo que existem diferenças ou "gráus de qualidade" em cada "Deus", por isso, não podem ser chamados de "Deus", pois não são perfeitos. Tal argumento só cabe a religiões monoteistas, mas saber qual religião é a verdadeira é outra discussão...
Na verdade não. No caso dos deuses gregos (e qualquer outra divindade que a essência está ligada unicamente a fenômenos naturais) implicaria limitações e não seriam maximamente perfeitos. Espero ter te ajudado
Tenho uma observação em relação a afirmação feita. Sabe-se que 2+1=3 primeiro de maneira concreta, para só depois conseguir executar cálculos puramente de maneira mental. Temos uma maneira de pensar naturalmente concreta, pictórica para depois abstrata. Por isso ainda considero a natureza como força de expressão da grandeza de D'us, incluindo nossa própria capacidade de pensar
assisti 4x pra entender
Logo: O Sasquatch, Fadas, Dragões voadores cuspidores de fogo, Aliens que possuem naves capazes de viajar acima da velocidade da luz, e até mesmo Batman e Superman! São sim, reais!?
Por que seriam reais? Eles existem apenas na mente, não no mundo externo. Isso significa que são meramente objetos de pensamento, sem qualquer existência independente fora da mente. Não há nada nesses objetos que sugira que eles tenham uma realidade além do pensamento.
@@vida_intelectual_ Como você sabe que eles não existem fora da mente? Você está apenas partindo da mesma desonestidade que os teólogos partem afirmando pressupostos absolutos para provar o Ser Necessário.
Cara hj em dia tem argumentos melhores, o simples fato que não é cientificamente possivel o universo ser criado a partir do nada e um ser eterno e onipotente é a única explicação científica plausível para o início do universo é um argumento bem melhor
Certamente, existem argumentos mais robustos em favor da existência de Deus do que o de Anselmo. Contudo, o propósito do vídeo é estritamente expositivo: apresentar o argumento ontológico de Anselmo. Em outros vídeos, pretendo explorar o debate dele com Gaunilo (que apresentou o argumento da ilha perfeita), analisar outras versões e destacar como surgem problemas filosóficos fundamentais - é por isso que o argumento ontológico é tão fascinante. Quem sabe há alguma versão do argumento ontológico que se destaque ainda mais?! Agradeço por assistir!
@@vida_intelectual_É o famoso "0, mas 0 com estilo"
@@vida_intelectual_ q nada eu que agradeço por ter feito um video tao bom desse!
"Única explicação cientifica plausível". Pq então menos de 2% dos físicos, que são os cientistas que estudam justamente essa área do conhecimento, são religiosos?
Essa live é ao vivo?
Mas a preposição que afirma. "Então, um ser que existe na mente e na realidade é maior que o ser do qual não se pode pensar outro maior" não é um argumento de eficácia válido. Pq ele já pressupõe como verdadeiro, sendo que não necessariamente existirá um ser na mente e na realidade. Por isso não faz sentido.
manoo, eu tava de bobeira aqui assistindo, cai no teu canal e achei muito foda cara. Além disso eu não entendi nada kkkkkkkkk, mas achei muito inteligente, vou ver mais umas 5 vezes.
+1 inscrito
O argumento de Anselmo prova duas coisas, com certeza.
A primeira é que toda filosofia teológica parte de pressupostos que comprometem a honestidade do pensamento ou ao menos, comprometem a qualidade do pensamento.
A segunda é que quando a filosofia anterior ao Decartes não tem forças e legitimidade para inferir sobre o mundo a ponto de competir com a ciência. A noção de método por si só, já consegue derrubar uma série de pressupostos necessário para o raciocínio de Anselmo se sustentar.
errado!
@@BM2025 Que contra-argumento convincente o seu!
A humanidade inventou a ideia de Deus para dar um sentido aquilo que não compreende...pois é do ser humano personificar o desconhecido para se adaptar; é como olhar para uma nuvem e achar formas de rosto ou animais nelas...é por isso que inventamos uma ideia de um deus pessoal, que tem nossas características pessoais como amor e ódio, alegria e tristeza...
A pessoa que faz o calculo 2+2 recorre sim a experiência sensível, não nascemos sabendo somar, aprendemos a contar nos dedos, palitos, pedrinhas e etc, e então depois de extensivos casos semelhantes se forma um ideia geral de quantidade na cabeça de uma criança, uma representação abstrataida, que é extraída de todos os casos isolados que ela experiênciou. O que vale para quantidade também vale para soma, junta-se dois dedos a mais dois e obtém-se a quantidade quatro, um mais dois e obtém-se três, e denovo desses casos isolados aprendemos uma ideia geral, abstrata de somas quaisquer. Essa ideia vale, porém, para somas menores, a partir de uma certa quantidade, que creio eu não chegue nem a 20, não conseguimos comportar a imagem clara em nossas mentes, então recorremos a substuição dessas quantidades por números, e passamos a operar com as ideias de número e as quantidades em si. Por exemplo quem soma 1000+1000 não realiza a imaginação mil unidades a mais outras mil, mas sim opera as regras que aprendeu e deriva o número 2000.
Deus não existe na realidade
A menos que ele seja todo universo, ou conjunto de tudo que existe , e por isso nós estamos dentro dele!
Deus não é material em prática,ele é o que ele é,ele criou,ele não se gerou teoricamente,ele sempre existiu.
Deus estava lá quando nada existia,e ao mesmo tempo,se Deus é um ser inigualável tbm é errôneo afirmar que Deus é o universo.
Isso somente depende de você acredita se Deus é ou não um ser inigualável.
O Ancelmo encontrou uma explicação que o atendeu. Isso é exclusivamente dele, por mais que outros concordem ou discordem. O argumento dele é relativo.
Não precisa entrar na discussão se Deus existe ou não, ou o que é Deus. Qualquer tentativa de objetificação Dele afasta da sua verdadeira natureza (que é incognoscível).
Um bom ponto de partida é a tentativa de compreensão do Absoluto.
O argumento é bom, mas sei lá. Fico com a impressão de que ele é um pouco reducionista, pois sou obrigado a concordar de maneira rigorosa de que Deus é o ser do qual não há outro maior. Isso coloca, ao meu ver (e me perdoe se eu estiver palpitando) a axiologia como apenas algo relativo a maior ou menor (e estou falando axiologia, pois ser maior ou menor são valores, pois tem a características ontológica dos valores - bipolares, não causais e etc). Se o universo for a maior coisa do qual não há outra maior, o universo não poderia ser deus? Mas o universo não é vivo e nem possui consciência (uma característica de seres viventes), pois várias pesquisas mostram que a vida no universo é um evento extremamente raro
Confesso humildemente de que esse argumento me deixou com mais dúvidas do que respostas e parece ser um dilema lógico clássico (que ainda são argumentos lógicos tradicionalmente válidos)
Talvez a lógica clássica não seja a melhor abordagem para se investigar a natureza de Deus. Não sei, mas de qualquer forma, parabéns pelo vídeo
Ficou muito bom 👏
Sobre o argumento ontológico:
Um ser onisciente conhece o futuro, por tanto, o futuro já está determinado. Isso significa que ele conhece o próprio futuro, e nada poderia fazer para mudar, pois a própria tentativa de mudança faz parte do futuro do qual ele está ciente. Sendo assim, esse ser não é livre, pois não pode realmente escolher o que fazer com seu poder, isso já está previamente determinado no futuro que ele mesmo tem ciência. Isso não apenas elimina o livre arbítrio de humanos criados por ser onisciente, mas tira o livre arbítrio desse próprio ser onisciente. Onisciência é uma idéia essencialmente irracional.
A existência de deus na mente humana não permite que ele seja um ser onipotente, mas sim, um ser limitado a capacidade da imaginação, e tão mortal quanto o portador desse pensamento, isto é, morrerá com a mente que o imagina. Além disso, como as mentes são diferentes entre si, não existe um único deus, mas tantos deuses quanto mentes que os imaginam das mais variadas formas.
A imaginação é virtualmente infinita, é possível imaginar a não existência de deus, e isso certamente era comum entre os primeiros humanos, que ainda não haviam inventado deuses.
Afirmar que um deus é o maior ser possível não é uma definição, é apenas uma afirmação não embasada na realidade.
O argumento é circular. Ele começa definindo Deus como um ser perfeito e, em seguida, argumenta que a existência é um atributo de perfeição. No entanto, essa definição de Deus já pressupõe sua existência.
Também é possível afirmar que deus é uma imaginação utilizada para lidar com a imaturidade em aceitar a finitude da vida, e que após ela virá o absoluto e eterno nada.
O argumento ontológico não é tão fascinante assim, não resolve a existência de um deus.
deus poderia possuir o atributo do infinito como desenvolvimento?
Eu penso no lobisomem, acho que é um ser muito poderoso logo, ele existe. Me prove o contrário.
Não existe algo maior do que a própria realidade...
Boa colocação. Inclusive o conceito de 'maior' é indefinido, depende de um parâmetro. Bom, eu fiz meu próprio argumento, vou postar aqui caso queria ver
ua-cam.com/video/ofS8nyz3OOA/v-deo.htmlsi=AxtNsyiQXEwFrgM4
Eu não acompanhei muita lógica nessa lógica.
Creio que talvez seja incapacidade minha de inferir a ideia, mas me parece que esse argumento também serve para o Pé Grande e o Bicho da Fortaleza, não acha?
A partir do _ad absurdum_ nada inexistiria, logo a inexistência em si seria posta em cheque, não?🤔
São colocadas apenas duas hipóteses, mas e aquilo que existe e pontualmente não pode ser imaginado em dado tempo da cognição humana? Isso seria Deus, por ser maior que aquilo que não pode ser imaginado? E quando, devido aos avanços do pensamento humano, isso se tornasse inteligível? Provado que seria palpável, mas não aceito como Deus, deixaria de ser Deus? Sendo assim, algo perfeito poderia ser mutável?
Bom video. Na minha opinião esse argumento e valido para provar a existência de um Deus não sendo necessariamente o Deus cristão ou Hindu.
Poisé, o problema mais complexo é provar que sua religião está certa
O Deus de Spinoza é o mais aceitável pensar que a essência de Deus existe, até mesmo nas diversas crenças, é divino.
Sim. De fato vc está certo. O argumento não tem como objetivo provar a veracidade do cristianismo. Ele visa provar a existência de um Deus com "d" maiúsculo.
Acontece que tem muito diferença em Deus e deus. Tanto é que muitos filósofos na antiguidade chegaram a descartar a ideia de vários deuses mas concluíam que devia haver um Deus. Em alguns livros de filosofia moderna vc pode encontrar essa ideia expressa como o "Deus dos filósofos".
@@Magnussem777Sim, mas normalmente o que se encontra por aí como " O Deus de Espinoza" é um espantalho, atribuí-lo um panteísmo é errôneo, já que para Espinoza, Deus contempla toda a existência metafísica como afecção de tal "substância" (para Espinoza, só Deus É, e todo o resto só existe por participação em seu ser).
Quero dizer, é melhor pegar o primeiro capitulo do "Ética", leitura fascinante.
cara, n entendi mto o final (na vdd eu simplesmente n entendi kkkk) mas eu acho q a pintura é maior na mente do artista e ele acaba representando ela na realidade um pouco do que ele conseguiu sentir entende?
Esse argumento é terrível, Santo Tomás de Aquino já o combateu diversas vezes. Actualmente, o Prof. Carlos Nougué ministra aulas contra este argumento; porque é o marco inicial da Idade Moderna contra a Idade Média.
@@leonardomartinez7983dá uma olhada ontologia e cosmologia do mario ferreira dos santos,lá ela expõe esse argumento melhor e dá maior sustentação a ele
Nougué só errou quando foi falar da teoria da relatividade
@@AdeptusMechanicusBellator7WT51 Jesus, você está em todo lugarr
@@AdeptusMechanicusBellator7WT51 Pare de defender o Albertinho Einstenio
@@Senhor_Bolacha A teoria que ele critica é a relatividade de Galileu
Os problemas do argumento ontológico: 1. O argumento ontológico, considera a existência como uma qualidade analítica que pode ser atribuída à um objeto, mas a existência não deve ser atribuída, porque a existência de um objeto, apenas pode ser testada empiricamente e não racionalmente, logo, não podemos atribuir a existência a um objeto e não podemos testar a existência de um objeto a priori. 2. O argumento ontológico, comete o erro de afirmar que um ser que existe no imaginário é ontologicamente menor que um ser que existe na "realidade", mas os órgãos do sistema nervoso e os pulsos eletromagnéticos são transmitidos por esses órgão que formam esses seres imaginários, são igualmente físicos a quaisquer outros seres físicos que existem na "realidade", logo, eles são ontologicamente iguais. 3. O argumento ontológico, é um exemplo da falácia da petição ao princípio, porque ele tenta provar a existência de Deus, provando que ele é ontologicamente necessário, mas para uma pessoa provar que um ser é ontologicamente necessário, é também necessário (se a pessoa que deseja provar que esse ser é necessário, também deseja desenvolver um argumento válido), que essa pessoa tem provado que ele existe, mas a pessoa que usa o argumento ontológico, provavelmente não provou a existência de Deus, antes de usar o argumento ontológico, porque ela está usando o argumento ontológico para provar a existência de Deus; logo, o argumento ontológico realmente é um exemplo da falácia: petição ao princípio. 4. O argumento ontológico, comete o erro de afirmar que um ser que não existe, é menos perfeito que um ser que existe, porque um objeto "imaginário" (ele é físico, mas eu vou chamar ele de Imaginário), pode e deve continuar sendo considero perfeito, porque ele segue alguns critérios de perfeição e de otimização e é irrelevante que ele não existe. 5. O argumento ontológico, não especifica quais são os critérios de perfeição e de otimização que tornam um ser o mais perfeito possível isso é uma lacuna que deve ser preenchida pelos novos defensores desse argumento, para tentar e conseguir fortalecê-lo. 6. O argumento ontológico, é um exemplo da falácia da suplência, mas não vai ser eu que irá provar isso atualmente (depois de entender as regras da suplência e a falácia da suplência, eu irei provar que o argumento ontológico é um exemplo da falácia da suplência), porque eu ainda não entendo das regras da suplência e da falácia da suplência, mais antigo dois vídeos do canal: @Victorelius, para entender o porquê o argumento ontológico é um exemplo da falácia da suplência.
Explicação e correção: no meu comentário quando eu está escrito: "O argumento ontológico… afirma", isso não significa que ele afirma, mas significa que aparentemente para a pessoa que utiliza do argumento ontológico aquilo é uma aparente verdade ou que para a pessoa que utiliza do argumento ontológico, aquilo é um pressuposto.
Adição ao meu comentário: a existência é de juízo sintético e é um pressuposto.
O erro.de Anselmo foi limitar o pensamento, por exemplo, eu sou ateu, mas Deus para mim não o ser maior possível, logo, Deus para mim é uma invenção do imaginario de um povo, a saber, o Deus judaico-cristão. É como se eu ensinasse a uma aldeia de índios que o nome do deus-sol fosse "A", a partir daí o único Deus para aqueles índios seria "A", porém um índio ateu, não acreditaria em "A"
quero ver ele ou qualquer pessoa q defende esse argumento provar "a priori" (como o argumento supostamente é) q existir na realidade é, de alguma forma, ser "melhor" doq só existir na mente
Você não consegue intuir racionalmente que existir é maior (ontologicamente) do não existir? Ou melhor, nos termos de Anselmo, que existir na realidade é maior do que existir apenas no intelecto?
@@vida_intelectual_ eu entendo q isso soe autoevidente, mas a realidade é q não é. E não existe nenhuma forma de vc me provar logicamente o contrário. Se existir eu gostaria de saber, já q essa é uma das principais críticas levantadas contra esse argumento.
Porém eu posso sim pensar em algo que nao exista nada maior na minha mente, e ao mesmo tempo aceitar que isso nao existe na realidade, pois na realidade não há algo maior do que qualquer outro ser nas proporções de Deus, sendo apenas no maximo o universo, ou se precisar de inteligencia o verdadeiro deus seria um ser muito menor que na minha mente, sendo um elefante ou um ser humano se precisar de raciocínio. Enquanto na minha mente seria um Deus incompreensível que esta em tudo e fora de tudo e etc etc etc. Assim como posso aceitar as duas realidades e admitir que não sei a resposta, pois posso apenas ESPERAR ou ACREDITAR que exista ou não, mas não posso afirmar, apenas na hipótese de dentro da minha mente posso afirmar.
Claro, não afirmando que DEUS seria um ser não tão grande, mas sim o seu raciocínio de ser o maior ser que se pode pensar, pensar de fato eu posso, mas transmutar pra realidade é diferente pois eu teria de PENSAR no que EXISTE pois seria o maior que posso pensar e que ao mesmo tempo existe. Sendo assim Deus um concerto que posso afirmar na minha mente porém não na realidade
O problema desses argumentos é que já partem de viés de confirmação.
Qual Deus?
Qualquer candidato ao título de Deus que não seja o ser do qual não se pode pensar outro maior não é Deus; é algo menor do que Deus.
meio fácil, só falar algo tipo "sou ateu e nao concordo com essa definição de deus" que tudo acaba
O argumento é muito bom. Mas peca na terceira parte, quando diz que algo que existe na realidade é maior e melhor do que existe somente na mente. Sócrates, na República de Platão, traz um argumento contrário a este também para explicar Deus. Segundo ele, e eu acho perfeito o raciocínio, o perfeito só existe um. Que toda a realidade nada mais é do que uma imitação do perfeito e do belo. Ou seja, a mesa, por exemplo, só existe uma. Aquela que foi pensada, todas as outras são cópias. A imagem de uma mesa é uma cópia da cópia. O reflexo da imagem de uma mesa na água, é igualmente cópia. Pode se pensar numa mesa de 3, 4, 5, .... pés, mas a mesa - a primeira- só existe uma. E assim é com tudo que o homem cria. Ou seja, só Deus pode criar as coisas. O homem, quando o faz muito, apenas está imitando. Não sei se ficou claro, mas recomendo a leitura do livro. Pra mim, melhor que a própria Bíblia.
Acho eu que os filosofos religiosos do passado do presente e do futuro fizeram fazem e farão um puta esforço inutil para provar o que não pode ser provado. Simples assim... Deus, é uma criação obvia produzida pela miserável condição humana.
Refuta o argumento aí amigão, assim você prova seu ponto pelo menos, já que Deus não pode ser provado kkkkkkkkkk
A concepção de um deus pessoal que advem da babilonia e chega até nós a partir da mitologia bíblica se encaixa no que vc esta falando. O que o rapaz do video está falando é a uma concepção ontológia de um ser necessário e causa da existencia
@@corretorabeatriz6723 A pizza mais perfeita imaginável deve existir. Pois a pizza perfeita que existe no mundo real é mais perfeita que a que existe apenas em pensamento. Agora que eu falei isso, a pizza perfeita passou a existir? Claro que não. Ou o dragão perfeito? Ou o unicornio perfeito? Só pq você pensa que algo deve existir, isso não tem o poder de fazer com que exista.
o nome disso é racionalização. faz sentido, mas não significa que seja verdade. como no xadrez, as regras fazem sentido, são racionais. Mas o xadrez é apenas um jogo, que só existe ao se aceitarem as regras por livre vontade.
Diferentemente das normas convencionais do xadrez, as regras da lógica são objetivas. Para julgar a validade do argumento de Anselmo, é necessário ter conhecimento em lógica; sem esse entendimento, torna-se desafiador fornecer uma resposta adequada sobre a correção do argumento.
@@vida_intelectual_ Mas é inteiramente possível chegar a uma conclusão usando as regras da lógica que não corresponde àquilo observado na realidade.
@@DrinkWater713 Você só chega a uma conclusão falsa sobre a realidade usando as regras da lógica se ignorar a verdade das premissas. Se um argumento é logicamente válido e suas premissas são verdadeiras, a conclusão vai ser verdadeira também. Mas se o argumento é válido, mas as premissas não são verdadeiras, aí não dá pra garantir que a conclusão vai ser verdadeira.
@@vida_intelectual_ Sim. Mas o problema é que a maioria das premissas desses argumentos religiosos são simplesmente impossíveis de determinar se são verdadeiras ou não.
Esse argumento é um tanto fraco, tanto que os próprios escolásticos não gostavam dele por parecer um mero sofisma e preferiram o bom senso de Averróis.
O principal problema é que o ateísmo de fato não se contradiz, os ateus ativamente afirmam que Deus não é...bem, o ser perfeito que deveria ser, mostrando sua falta de onipotência, benevolência e onisciência, ou demonstrando que esses atributos logicamente se contradizem e, portanto, tal ser é impossível, se o ateísmo prova que Deus é um ser imperfeito, então Deus não é mais o maior ser concebível.
Claro, eu não rejeito totalmente o argumento porque eu creio no Deus de Spinoza, um ser substancial e necessário, e basicamente o argumento ontológico implica que, se tal ser perfeito precisa ter todos os atributos maximizados e ser o maior ente concebível, então esse ser seria a substância última, da qual tudo depende para existir e nada pode ser concebido além disso (incluindo deuses, que sendo racionais, emotivos e intervendores, se provam seres finitos e facilmente concebíveis pela mente humana).
Resumindo, eu estou alucinando internamente ás 3 da manhã :
Se os ateus afirmam que Deus possui imperfeição, estão atacando um espantalho D'Ele.
@@MauricioNeto-il5xo Mas é como eu exemplifiquei, eles partem dos atributos clássicos de Deus para apontar contradições, eles não afirmam que Deus é imperfeito, mas que Ele é impossível.
@@estouracu9347 a maioria é bobagem
Considerado façanha do "intelecto" humano?
Como pode o humano argumentar a respeito de Deus?
Toda perfeição e verdade só pode ser inspirada por aquele que é perfeito e verdadeiro.
Se não fala segundo as palavras de Deus, não subsistirá!
Só de precisar que existam pensadores se matando pra tentar justificar a existência de algo invisível , nada mais necessita ser justificado sobre sua inexistência .
Duas possiveis criticas podem ser feitas: o conceito de deus utilizado nao e derivado da razao, mas da experiencia (afinal, em outras culturas houve conceitos de deus muito diferentes, que nao implicavam por exemplo na perfeicao); por outro lado, A nao pode ser causa de A, isto e, ha uma circularidade ou autorreferencia (o ceu e azul porque e azul ou deus e o maior ser possivel porque e deus). No primeiro caso o raciocinio deixa de ter forca dedutiva, e torna-se meramente plausivel, sem forca apodidica. No segundo caso, a circularidade impede a validade da conclusao. Ela seria falsa ou, no melhor dos casos, plausivel por mero dogma ou crenca.
(1) Isso não precisa ser levado em conta, já que 'Deus' é sempre considerado o ser mais perfeito, mesmo os orientais não possuem nada mais venerável ou maior do que um deus (como um Buda, que transcende a existência). A única questão seria o que é mais perfeito.
Anselmo diria que as qualidades intrínsecas são justiça, poder e saber, se elas existem em tudo o que existe, então deve haver um limite máximo pra essas qualidades, que seria...Deus.
(2) Essa objeção é puramente semântica, tal como a anterior, Deus é o maior ser possível porque a definição de Deus é essa, não porque isso é um atributo de 'Deus' (como no exemplo do céu, 'céu' não é em essência azul, explicar porque o céu é azul difere de explicar porque o céu existe).
@@estouracu9347 seu ponto 2 e muito bom. Nao tinha parado para pensar por esse lado, embora justica, onisciencia ou omnipotencia me parecam atributos, tais como a cor "azul" o e em relacao ao ceu. No ponto 1 eu divirjo; mesmo entre ocodentais houve em religioes hierarquia de deuses, alguns mais, outros menos poderosos ou com alguma imperfeicao. Neste sentido, o conceito de Deus, pelo menos para mim, nao parece ser como uma figura geometrica ou um numero, isto e, um ideal a priori racional, demonstravel, cujos atributos sao dedutiveis ou explicaveis por teoremas e irrefutaveis. A estrutura logica do argumento e excelente, mas as premissas nao implicam nesta conclusao (segundo penso). Deus, e neste caso em especifico o deus cristao, para mim e um conceito empirico e argumentacao seria neste caso indutiva.
Sua objeção não faz sentido, recomendo refletir sobre
Esse conceito é bem estranho, pq se Deus é aquilo q não se pode pensar algo maior, então ele precisaria ser os 2 extremos ao menos tempo, pq por exemplo, eu posso falar q eu tenho menos força q Deus ou que eu sou mais fraco q ele, so q isso não signifca que eu sou maior q Deus em 1 aspecto? Se eu sou maior q Deus em um aspecto então ele não é o maior ser q eu possa pensar, logo Deus tbm teria q ser o ser mais fraco de existe, e isso serve para qualquer qualidade dele, se ele é o mais justo ele precisa ser o mais injusto tbm e assim por diante .
E no final cabe a reflexão sobre se as coisas na mente são menores q as coisas na realidade, em q aspecto a existencia material é melhor q a metafísica por exemplo? Como q se conclui isso atravéz da lógica? Alias a lógica so existe na mente tbm logo ela é menos importante q a lógica do mundo real, pq se for isso o melhor argumento pra provar Deus não esta na logica da mente, mas das experiências do mundo real, logo todas a preposições são inferiorea ao q de fato acontece, é um argunento contra si mesmo
Me parece um argumento válido, mas ninguém compreende Lógica atualmente então praticamente não dá pra ser usada, infelizmente
Eu já parei de entender na hora da explicação de “ a priori “ e “ a posteriori”. Não entendi bem.
Conhecimento a posteriori = quando você sabe de algo através dos sentidos, como saber que o céu é azul ou que 2+2=4, você só sabe disso porque você vê isso.
Conhecimento a priori = quando você sabe de algo através da pura lógica, como saber que 400+400 é 800, dúvido muito que você tenha somado esses números exatos, nós só fazemos a inferência "4+4=8" e "0 não tem valor na soma", então a soma de 400+400 é 800, ou saber que a água pode te dar hipotermia, só precisa fazer a inferência de que "calor vai do corpo quente ao mais frio" e que "a água é mais fria que o corpo", logo seu corpo vai ficar muito frio.
Espero ter ajudado.
@@estouracu9347 Ajudou sim. Acho que agora consegui entender. Muito obrigada.