Os nossos solos são no geral muito pobres. Não vou dizer que os eucaliptos ocupam actualmente apenas os terrenos mais pobres, mas a verdade é que há locais onde plantar eucaliptos é a única coisa que consegue tirar algum rendimento. Em muitos locais, a alternativa a ter eucaliptos é ter matos abandonados. Quando está limpo e bem gerido (e os eucaliptais geridos pelas grandes empresas costumam estar limpos) não tem mato para arder. Um incêndio não começa num tronco. O problema é a acumulação de combustível ao nível do solo. Claro que quando um eucaliptal leva com um incêndio já com grande intensidade e que já subiu para as copas, também arde, e sim, sendo resinosa, arde mais, mas o incêndio vem de fora, dos matos abandonados. Há inúmeras razões para termos matos abandonados, desde os cadastros florestais, à falta de produtividade dos terrenos, sobretudo quando se dilui em múltiplos herdeiros em que tradicionalmente um deles tem o trabalho... e as críticas, pelas migalhas distribuídas a todos e ao fim de algumas gerações já ninguém se presta a isso. Depois há os excessos burocráticos e os labirintos legislativos que até técnicos das associações florestais têm dificuldade de navegar, e que levam a tremendos custos de contexto. Junte-se impostos. Taram! Terrenos abandonados com matos a crescer. E não a solução não é pensar que o Estado saberá ou terá capacidade de fazer a gestão desses terrenos (para quem esteja a cair na tentação de achar que expropriar é a solução) porque o Estado não é o melhor exemplo na gestão dos terrenos florestais que já detém. De forma geral, quase todos os problemas se tornam menos graves quando as pessoas têm mais dinheiro no bolso e capacidade (e estímulo) para investir ou cuidar daquilo que é seu. É só preciso deixá-las. É precido também termos jornalistas mais isentos e informados que abandonem a veia doutrinária e abracem a verdadeira informação.
BS. A desigualdade em si não é nada se houver oportunidades e elevador social a funcionar, e claro, se o nível mais baixo de miséria não for desumano. Mas caramba, se os mais pobres não vivessem mal e pudessem melhorar a sua vida a desigualdade deixava de poder ser usada politicamente. O problema é a falta de oportunidades e continuarmos a empobrecer o país com políticas socialistas que dão migalhas mas não resolvem o problema (nem querem, dizia o Lula), e não devolvem esperança a ninguém, mas que são muito bem sucedidas a alargar a base eleitoral de dependentes e ignorantes. O ciclo vicioso da +pobreza -> +socialismo -> +pobreza é desesperante e é uma das razões para as pessoas estarem zangadas. Uma outra creio ser a sensação que não devemos dizer o que pensamos independentemente de quão disconexa a realidade se está a tornar, e nos sentirmos impotentes perante a constatação que caminhamos para uma versão moderna de escravatura, desta vez a escala mundial sem saber se haverá algum lugar para onde escapar.
É normal as pessoas estarem zangadas quando são obrigadas a viver numa realidade paralela. Há uns anos foram denunciados os Sokal Papers ou Sokal hoax. Ninguém ligou e o disparate continuou e aprimorou. ua-cam.com/video/nRMDtkj1eQk/v-deo.htmlsi=6m9_jOM0XvUy-zPp Neste caso não é cá em Portugal mas a percepção desta realidade acaba por se generalizar e nem sei por cá o que haverá de semelhante.
Caí aqui por mero acaso... Que belíssimo trabalho este! 👍👍👍❤❤
Os nossos solos são no geral muito pobres. Não vou dizer que os eucaliptos ocupam actualmente apenas os terrenos mais pobres, mas a verdade é que há locais onde plantar eucaliptos é a única coisa que consegue tirar algum rendimento.
Em muitos locais, a alternativa a ter eucaliptos é ter matos abandonados.
Quando está limpo e bem gerido (e os eucaliptais geridos pelas grandes empresas costumam estar limpos) não tem mato para arder.
Um incêndio não começa num tronco.
O problema é a acumulação de combustível ao nível do solo. Claro que quando um eucaliptal leva com um incêndio já com grande intensidade e que já subiu para as copas, também arde, e sim, sendo resinosa, arde mais, mas o incêndio vem de fora, dos matos abandonados.
Há inúmeras razões para termos matos abandonados, desde os cadastros florestais, à falta de produtividade dos terrenos, sobretudo quando se dilui em múltiplos herdeiros em que tradicionalmente um deles tem o trabalho... e as críticas, pelas migalhas distribuídas a todos e ao fim de algumas gerações já ninguém se presta a isso.
Depois há os excessos burocráticos e os labirintos legislativos que até técnicos das associações florestais têm dificuldade de navegar, e que levam a tremendos custos de contexto.
Junte-se impostos. Taram!
Terrenos abandonados com matos a crescer.
E não a solução não é pensar que o Estado saberá ou terá capacidade de fazer a gestão desses terrenos (para quem esteja a cair na tentação de achar que expropriar é a solução) porque o Estado não é o melhor exemplo na gestão dos terrenos florestais que já detém.
De forma geral, quase todos os problemas se tornam menos graves quando as pessoas têm mais dinheiro no bolso e capacidade (e estímulo) para investir ou cuidar daquilo que é seu. É só preciso deixá-las.
É precido também termos jornalistas mais isentos e informados que abandonem a veia doutrinária e abracem a verdadeira informação.
BS. A desigualdade em si não é nada se houver oportunidades e elevador social a funcionar, e claro, se o nível mais baixo de miséria não for desumano. Mas caramba, se os mais pobres não vivessem mal e pudessem melhorar a sua vida a desigualdade deixava de poder ser usada politicamente. O problema é a falta de oportunidades e continuarmos a empobrecer o país com políticas socialistas que dão migalhas mas não resolvem o problema (nem querem, dizia o Lula), e não devolvem esperança a ninguém, mas que são muito bem sucedidas a alargar a base eleitoral de dependentes e ignorantes. O ciclo vicioso da +pobreza -> +socialismo -> +pobreza é desesperante e é uma das razões para as pessoas estarem zangadas. Uma outra creio ser a sensação que não devemos dizer o que pensamos independentemente de quão disconexa a realidade se está a tornar, e nos sentirmos impotentes perante a constatação que caminhamos para uma versão moderna de escravatura, desta vez a escala mundial sem saber se haverá algum lugar para onde escapar.
É normal as pessoas estarem zangadas quando são obrigadas a viver numa realidade paralela. Há uns anos foram denunciados os Sokal Papers ou Sokal hoax. Ninguém ligou e o disparate continuou e aprimorou. ua-cam.com/video/nRMDtkj1eQk/v-deo.htmlsi=6m9_jOM0XvUy-zPp
Neste caso não é cá em Portugal mas a percepção desta realidade acaba por se generalizar e nem sei por cá o que haverá de semelhante.