Olá professora Andrea Faggion. Sou pesquisador sobre Schopenhauer e tenho alguma experiência em ética kantiana, serei seu aluno na UEL a partir de sábado. Acabo de assistir ao video; o consequencialismo, da qual até então eu não conhecia, pareceu-me muito interessante. Ansioso pelas aulas. Abraço.
Outro vídeo muito bom! Sobre a parte final, do dinheiro e a moral, o Sandel tem um livro que penso que será do seu agrado, professora: “o que o dinheiro não compra; o controle moral dos mercados”!
@@AndreaFaggion desculpe professora, a ansiedade me fez perguntar antes do final do vídeo, quando você menciona e faz a promessa de um dia explicar a diferença 😂😂
Muito bom o vídeo, professora! Vi que a senhora vai participar de um minicurso sobre o Hart. Bem que esse autor poderia virar uma série de vídeos aqui no seu canal, assim como fez com o Joseph Raz.
A primeira vez que ouvi falar de consequencialismo foi durante o programa "É da Coisa", apresentado pelo jornalista Reinaldo Azevedo. Ele discutiu essa filosofia em um contexto em que o ex-presidente Bolsonaro contraiu Covid-19. Um jornalista causou polêmica ao sugerir que, se a doença resultasse na morte do presidente, poderia ser um benefício maior para o Brasil, considerando o negacionismo do presidente e sua promoção contra as vacinas.
Os filósofos gostam de complicar as coisas, comvenhamos. O exemplo do menino contratado para cortar a grama blablabla : Os 50 reais é um recurso escasso, gastá-lo com isso é não gastá-lo com aquilo. O que é mais importante? Isso ou aquilo ? Seja como for, a partir do momento que ele contrata o infeliz do garoto para cortar a grama pelos 50 contos, então ele, de fato e de direito, já decidiu aquestão "o que fazer com esses 50 reais". Os 50 reais , na medida que o menino prestou o serviço, não é mais do nobre senhor e sim do garoto. Não pagá-lo é roubá-lo e roubo é uma atitude eticamente insustentável em "qualquer sistema ético" que eu saiba. Nenhuma teoria ética séria vai por em questão o cumprimento ou não de um compromisso trabalhista.
Tudo bem, mas aí que tá, é só corrigir o exemplo que a discussão se mantém de pé. É só supor que você prometeu os 50 reais de presente para o menino conseguir pagar a conta de luz
Bom dia, estou trabalhando em um projeto de pesquisa a respeito dos limites da razão. Gostei muito de assistir aos seus vídeos (Raz e este), no entanto, surgiu-me a seguinte dúvida: no interior dessa ética consequencialista, na sua opinião, a razão teria limites? Ou seja, poderíamos pensar de outra maneira para resolver tais problemas, de modo a “fugir” das resoluções filosóficas tradicionais? Não conheço as obras de Raz, mas sendo seu trabalho sobre a razão, por acaso ele dá algum tratamento em relação aos seus limites? Obrigado por dispor de seu tempo com os vídeos e desculpe-me a longa pergunta.
Olá! Obrigada pela comentário. Depende do que você entende por limites da razão. O Raz não tem uma teoria sobre os limites da faculdade da razão como a de Kant, por exemplo. Mas ele vê limites para a inteligibilidade dos valores. Nem sempre a razão pode justificar uma escolha como sendo melhor do que outra quando nos vemos diante de cursos de ação conflitantes. Já utilitaristas como Sidgwick acreditam que, em princípio, sempre há uma escolha racional, mesmo que nem sempre tenhamos informações suficientes para determinarmos qual é essa escolha. Não sei se isso ajuda com seus anseios. Um abraço!
No caso do trem , eu não me atrevo a dizer o que é melhor. A pessoa amarrou alguém aos trilhos ? A pessoa é dona da compania ou funcionário? Se ea pessoa não fizer nada, ela simplesmente não poderá ser acusada de nada, pois o algoz das 5 vitimas terá sido quem as amarrou nos trilhos. De outro modo, se ela puxar a alavanca, então ela terá escolhido matar uma pessoa X por considerá-la menos importante que outras cinco pessoas quaisquer. A proposição "cinco pessoas importam mais que uma única pessoa" não é verdadeira, na verdade nem é ao menos uma proposição, mas apenas um juízo de valor arbitrário. Nós não somos gado, onde cinco cabeças valem mais que uma única cabeça ( pode-se supor que todo bovino é mais ou menos de mesmo valor para seu dono que outro bovino qualquer); como a senhora bem exemplificou, se a única pessoa for um ente querido já mudaria tudo. Se as cinco pessoas forem soldados nazistas e a única pessoa for um judeu fugido de um campo de concentração mudaria tudo. Não existe isso de que "genericamente, cinco vidas são mais importantes que uma outra qualquer".
Excelentes reflexões. Grato, professora, por compartilhar conhecimento.
Isso visando um bem estar coletivo,uma vida,interesses pessoais não estão inclusos
ótimo vídeo, em textos achei o tema complicado mas nesse vídeo consegui entender
Olá professora Andrea Faggion. Sou pesquisador sobre Schopenhauer e tenho alguma experiência em ética kantiana, serei seu aluno na UEL a partir de sábado.
Acabo de assistir ao video; o consequencialismo, da qual até então eu não conhecia, pareceu-me muito interessante. Ansioso pelas aulas.
Abraço.
Será muito bem-vindo no sábado. Muito obrigada!
Vídeo excelente, com reflexões próprias e profundas!
Aula muito boa. Excelente didática.
Outro vídeo muito bom! Sobre a parte final, do dinheiro e a moral, o Sandel tem um livro que penso que será do seu agrado, professora: “o que o dinheiro não compra; o controle moral dos mercados”!
Muito obrigada, João. Sim, o utilitarismo é uma espécie do gênero consequencialista.
@@AndreaFaggion desculpe professora, a ansiedade me fez perguntar antes do final do vídeo, quando você menciona e faz a promessa de um dia explicar a diferença 😂😂
Muito bom o vídeo, professora! Vi que a senhora vai participar de um minicurso sobre o Hart. Bem que esse autor poderia virar uma série de vídeos aqui no seu canal, assim como fez com o Joseph Raz.
É que a série precisa coincidir com o programa de alguma disciplina minha hehe Muito obrigada por seu comentário. Um abraço.
A primeira vez que ouvi falar de consequencialismo foi durante o programa "É da Coisa", apresentado pelo jornalista Reinaldo Azevedo. Ele discutiu essa filosofia em um contexto em que o ex-presidente Bolsonaro contraiu Covid-19. Um jornalista causou polêmica ao sugerir que, se a doença resultasse na morte do presidente, poderia ser um benefício maior para o Brasil, considerando o negacionismo do presidente e sua promoção contra as vacinas.
Excelente aula!
Excelente vídeo
Os filósofos gostam de complicar as coisas, comvenhamos. O exemplo do menino contratado para cortar a grama blablabla : Os 50 reais é um recurso escasso, gastá-lo com isso é não gastá-lo com aquilo. O que é mais importante? Isso ou aquilo ? Seja como for, a partir do momento que ele contrata o infeliz do garoto para cortar a grama pelos 50 contos, então ele, de fato e de direito, já decidiu aquestão "o que fazer com esses 50 reais". Os 50 reais , na medida que o menino prestou o serviço, não é mais do nobre senhor e sim do garoto. Não pagá-lo é roubá-lo e roubo é uma atitude eticamente insustentável em "qualquer sistema ético" que eu saiba. Nenhuma teoria ética séria vai por em questão o cumprimento ou não de um compromisso trabalhista.
Tudo bem, mas aí que tá, é só corrigir o exemplo que a discussão se mantém de pé. É só supor que você prometeu os 50 reais de presente para o menino conseguir pagar a conta de luz
Eh pensando bem as meninas do marketing da pág da faculdade, estão intensamente envolvidas
Bom dia, estou trabalhando em um projeto de pesquisa a respeito dos limites da razão. Gostei muito de assistir aos seus vídeos (Raz e este), no entanto, surgiu-me a seguinte dúvida: no interior dessa ética consequencialista, na sua opinião, a razão teria limites? Ou seja, poderíamos pensar de outra maneira para resolver tais problemas, de modo a “fugir” das resoluções filosóficas tradicionais? Não conheço as obras de Raz, mas sendo seu trabalho sobre a razão, por acaso ele dá algum tratamento em relação aos seus limites? Obrigado por dispor de seu tempo com os vídeos e desculpe-me a longa pergunta.
Olá! Obrigada pela comentário. Depende do que você entende por limites da razão. O Raz não tem uma teoria sobre os limites da faculdade da razão como a de Kant, por exemplo. Mas ele vê limites para a inteligibilidade dos valores. Nem sempre a razão pode justificar uma escolha como sendo melhor do que outra quando nos vemos diante de cursos de ação conflitantes. Já utilitaristas como Sidgwick acreditam que, em princípio, sempre há uma escolha racional, mesmo que nem sempre tenhamos informações suficientes para determinarmos qual é essa escolha. Não sei se isso ajuda com seus anseios. Um abraço!
@@AndreaFaggion Obrigado, ajudou bastante. Vou pesquisar sobre Sidgwick. Grato e bom final de semana.
@@vladitav O tratado de ética dele se chama Os Métodos da Ética. Tenho uma série de vídeos sobre esta obra aqui. Bom fim de semana! Um abraço
@@AndreaFaggion Muito obrigado e desculpe-me o incômodo.
@@vladitav imagina!
No caso do trem , eu não me atrevo a dizer o que é melhor. A pessoa amarrou alguém aos trilhos ? A pessoa é dona da compania ou funcionário? Se ea pessoa não fizer nada, ela simplesmente não poderá ser acusada de nada, pois o algoz das 5 vitimas terá sido quem as amarrou nos trilhos. De outro modo, se ela puxar a alavanca, então ela terá escolhido matar uma pessoa X por considerá-la menos importante que outras cinco pessoas quaisquer. A proposição "cinco pessoas importam mais que uma única pessoa" não é verdadeira, na verdade nem é ao menos uma proposição, mas apenas um juízo de valor arbitrário. Nós não somos gado, onde cinco cabeças valem mais que uma única cabeça ( pode-se supor que todo bovino é mais ou menos de mesmo valor para seu dono que outro bovino qualquer); como a senhora bem exemplificou, se a única pessoa for um ente querido já mudaria tudo. Se as cinco pessoas forem soldados nazistas e a única pessoa for um judeu fugido de um campo de concentração mudaria tudo. Não existe isso de que "genericamente, cinco vidas são mais importantes que uma outra qualquer".