παιδιά, σας αγαπω, αυτό που κάνετε είναι πραγματικά σημαντικό. Καθε στοιχείο είναι τόσο σωστό τοποθετημένο, τόσο σοφά φτιαγμένο. Συνεχίστε ακριβώς έτσι ❤️
Παιδιά η ηχογράφηση έχει θέμα.. Ακούω παρεμβολές από τα προεκλογικά τρυπάνια για την εγκατάσταση σωλήνων (!!!) και οπτικών ινών! Όσο για το κομμάτι, ε, Έρωτας... 💜
I find it only in Brasilian Portuguese. : Os Três Mal-Amados João Cabral de Melo Neto O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
"Τι έρωτας, τι θάνατος, δεν έχεις να διαλέξεις" Δ. Σολωμός... Υπέροχη Δουλειά Θάνο, Νίκο και Λιλη... Απολαυστικό...!!
Ο παλιόερωτας...μας δημιουργεί..
Υπεροχο! Με συνεπήρε! Έντονο! Μπραβο!
παιδιά, σας αγαπω, αυτό που κάνετε είναι πραγματικά σημαντικό. Καθε στοιχείο είναι τόσο σωστό τοποθετημένο, τόσο σοφά φτιαγμένο. Συνεχίστε ακριβώς έτσι ❤️
Χίθλια καλά να δείς !!!
Μπράβο παιδια!
Ωραια λόγια ..βαριά μα αληθινά..!
Παιδιά η ηχογράφηση έχει θέμα.. Ακούω παρεμβολές από τα προεκλογικά τρυπάνια για την εγκατάσταση σωλήνων (!!!) και οπτικών ινών! Όσο για το κομμάτι, ε, Έρωτας... 💜
:) :) :)
Υπέροχοι, όπως πάντα
εξαιρετικό
μπράβο αγαπημένοι...
Epicness \m/ namaste.
Σας αγαπώ ρε!
Άριστο!
Το ταξίδι όμως....άξιζε
π,αντα
Στο 4:40 ο ήχος απο το εκσκαφτικό ήταν μια τρωμερή πρόσθεση, στην αρχή νόμιζα ότι ήταν ήχοι από ζούγκλα.
◾
❤️
Δεν τα έφαγε. Απλώς τα πήρε κ τα χάρισε σε άλλους
Cannn someone translate their lyrics ? I truly wanna understand them ... thank you so much
I find it only in Brasilian Portuguese. : Os Três Mal-Amados
João Cabral de Melo Neto
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
βάλσαμο....
Να κ μια συνεργασία με ουσία
Ο ερωτας δεν ακούγεται και ο πιο οικονομικός συγκάτοικος.
Κάνει μεγάλη κατανάλωση.
:) :) :)