Olá Gustavo, tudo bem? Excelente vídeo novamente, parabéns! Mudando de assunto, eu tenho uma dúvida sobre a vacinação da Sputnik V e gostaria de saber a sua opnião: Eu tomei a primeira dose da vacina Sputnik V e a segunda está marcada para esta quinta-feria. No entanto, a ANVISA recusou a importanção dessa vacina para o Brasil, alegando que a mesma possui adenovírus que podem ser replicar e causar danos a saúde. Assim, estou apreensivo em finalizar a minha vacinação. O que você pensa sobre isso? Muito obrigado e um forte abraço!
3 роки тому+1
Olá, Marcos! Muito obrigado pelo comentário e questionamento. Infelizmente, não temos dados o suficiente para dar uma resposta definitiva sobre o assunto. Porém, vamos colocar alguns pontos para ajudar a entender melhor o que está ocorrendo (talvez iremos fazer um vídeo sobre isso na próxima semana). 1) Olhamos o documento que a ANVISA apresentou como "comunicado da empresa confirmando que há adenovírus replicante na vacina". No entanto, o conteúdo desse comunicado parece descrever uma Metodologia, e não um Resultado. Ou seja, quem escreveu o documento alertou que um método de controle de qualidade deve ser conduzido porque há a possibilidade do vírus voltar a ser replicante. Não foi mencionado que ele realmente estava se replicando. Porém, devemos ressaltar que não temos acesso a qualquer documento completo utilizado para a análise da ANVISA. É possível que esse problema tenha realmente ocorrido, mas não temos acesso aos dados. 2) Do ponto de vista científico, o Instituto Gamaleya possui uma certa tradição em utilizar os Adenovírus (principalmente, o Adenovírus 5) em vacinas humanas. No passado, as principais experiências foram contra o Ebola em 2017, e contra o MERS-CoV em 2019, mesmo que nenhuma delas tenham sido aprovadas em agências de controle renomadas. Em relação à vacina contra COVID-19, a vacina parece, de fato, bastante funcional e com poucos eventos adversos. Assim, é muito estranho que o Instituto não domine a tecnologia de forma correta. Mas o ponto abaixo traz um outro aspecto que deve ser considerado. 3) Do ponto de vista técnico (e é isso que a ANVISA avalia, principalmente), experiências anteriores não garantem que erros ocorram no processo de produção da vacina. No caso, esses erros nada tem a ver com a tecnologia da vacina (seja ela de RNA, Adenovírus, ou vírus inativado), mas sim com as condições de produção e controle de qualidade. Isso nos leva ao próximo ponto. 4) A ANVISA, de fato, é uma agência respeitada internacionalmente. Dificilmente ela atuará de forma política (por mais que o Brasil seja polarizado nesse aspecto), uma vez que todas as análises estão seguindo normas internacionais das principais agências de controle. Vimos toda a análise da ANVISA sobre a Sputnik V e a questão da replicação não foi o único a ser mencionado. Existem DIVERSOS OUTROS PROBLEMAS em relação às informações da vacina, que aparentemente, não foram comunicados da maneira devida. Mesmo que a vacina seja segura e funcional, é necessário MOSTRAR os dados básicos da produção dela. Todos os problemas apontados pela ANVISA não são novos. Normalmente, quando uma vacina é fabricada do modo devido, todos os testes requisitados são feitos como parte normal da produção. No caso, ou o instituto russo não os fez da forma correta (menos provável), ou não mostrou os dados para que a vacina fosse aprovada (mais provável). Em resumo, essa questão ainda não está bem definida. Considerando do ponto de vista técnico, essa vacina não deveria ser usada no momento. Porém, como você não mora no Brasil, seria interessante saber qual a garantia que o governo do país onde você reside dá contra possíveis complicações que essa vacina possa causar (já que a decisão da agência reguladora foi diferente da brasileira). Desculpe por não conseguir fornecer uma resposta definitiva. Mas esperamos ter dado mais informações para que você possa tomar uma decisão. Se puder, pergunte sobre isso aos profissionais de saúde que irão aplicar a vacina. Gostaríamos de saber qual é a observação deles. Muito orbigado pela participação, forte abraço!
@ Olá, Gustavo! Muito obrigado pelo seu tempo e esclarecimento sobre o assunto. Tenho outros amigos brasileiro na mesma situação, sendo assim, compartilhei o seu canal para que eles possam obter um maior conhecimento no tema. Após a leitura do que você escreveu e outros artigos para entender melhor sobre "quem" e "o que" é o adenovirus (26 e 5), eu optei por tomar a segunda dose. Na verdade, acabei de voltar do postinho de vacinação. Conversei com húngaros e com a administradora do posto de saúde. Ela me disse que a vacina foi aprovada pelo orgão de saúde do país e os resultados vem sendo bem positivos. Segundo ela, como a Hungria tem 6 vacinas em utilização, é possível verificar a eficiência prática delas. E a da Sputnik, segundo os orgãos do governo, é a que mais eficaz, ou seja, a que causa menor registro de infecção por COVID após o seu uso. Também foi dito que não há registros de replicação do adenovírus na população e consequências negativas dessa vacina. Muito obrigado novamente e parabéns pelo seu canal. Acho muito pertinente todos terem acesso à ciência! Você presta um exelente serviço público. Abraços,
Ppr que não fez um vídeo sobre os riscos da vacina Astrazeneca?
3 роки тому
Olá, Alex! Muito obrigado pelo comentário. O presente vídeo traz uma informação relevante para a genética, descoberta no mês de abril. Como estamos dando uma atenção especial para a pandemia em praticamente todos os vídeos, decidimos intercalar com outras áreas da pesquisa. Porém, já fizemos outros vídeos sobre a vacina da AstraZeneca, inclusive o último vídeo desse final de semana (links abaixo). Forte abraço! ua-cam.com/video/hSXVLtyXNd8/v-deo.html (AstraZeneca e trombose) ua-cam.com/video/l4ulHK4vXVc/v-deo.html (Efetividade AstraZeneca) ua-cam.com/video/LbGNS50iAHo/v-deo.html (Efeitos colaterais) ua-cam.com/video/a7eT2bCew4A/v-deo.html (tecnologia de Oxford) ua-cam.com/video/cd4FnwOL1SU/v-deo.html (Paralisação estudos de Oxford)
Olá Gustavo, tudo bem?
Excelente vídeo novamente, parabéns!
Mudando de assunto, eu tenho uma dúvida sobre a vacinação da Sputnik V e gostaria de saber a sua opnião:
Eu tomei a primeira dose da vacina Sputnik V e a segunda está marcada para esta quinta-feria. No entanto, a ANVISA recusou a importanção dessa vacina para o Brasil, alegando que a mesma possui adenovírus que podem ser replicar e causar danos a saúde. Assim, estou apreensivo em finalizar a minha vacinação. O que você pensa sobre isso?
Muito obrigado e um forte abraço!
Olá, Marcos! Muito obrigado pelo comentário e questionamento. Infelizmente, não temos dados o suficiente para dar uma resposta definitiva sobre o assunto. Porém, vamos colocar alguns pontos para ajudar a entender melhor o que está ocorrendo (talvez iremos fazer um vídeo sobre isso na próxima semana).
1) Olhamos o documento que a ANVISA apresentou como "comunicado da empresa confirmando que há adenovírus replicante na vacina". No entanto, o conteúdo desse comunicado parece descrever uma Metodologia, e não um Resultado. Ou seja, quem escreveu o documento alertou que um método de controle de qualidade deve ser conduzido porque há a possibilidade do vírus voltar a ser replicante. Não foi mencionado que ele realmente estava se replicando. Porém, devemos ressaltar que não temos acesso a qualquer documento completo utilizado para a análise da ANVISA. É possível que esse problema tenha realmente ocorrido, mas não temos acesso aos dados.
2) Do ponto de vista científico, o Instituto Gamaleya possui uma certa tradição em utilizar os Adenovírus (principalmente, o Adenovírus 5) em vacinas humanas. No passado, as principais experiências foram contra o Ebola em 2017, e contra o MERS-CoV em 2019, mesmo que nenhuma delas tenham sido aprovadas em agências de controle renomadas. Em relação à vacina contra COVID-19, a vacina parece, de fato, bastante funcional e com poucos eventos adversos. Assim, é muito estranho que o Instituto não domine a tecnologia de forma correta. Mas o ponto abaixo traz um outro aspecto que deve ser considerado.
3) Do ponto de vista técnico (e é isso que a ANVISA avalia, principalmente), experiências anteriores não garantem que erros ocorram no processo de produção da vacina. No caso, esses erros nada tem a ver com a tecnologia da vacina (seja ela de RNA, Adenovírus, ou vírus inativado), mas sim com as condições de produção e controle de qualidade. Isso nos leva ao próximo ponto.
4) A ANVISA, de fato, é uma agência respeitada internacionalmente. Dificilmente ela atuará de forma política (por mais que o Brasil seja polarizado nesse aspecto), uma vez que todas as análises estão seguindo normas internacionais das principais agências de controle. Vimos toda a análise da ANVISA sobre a Sputnik V e a questão da replicação não foi o único a ser mencionado. Existem DIVERSOS OUTROS PROBLEMAS em relação às informações da vacina, que aparentemente, não foram comunicados da maneira devida. Mesmo que a vacina seja segura e funcional, é necessário MOSTRAR os dados básicos da produção dela. Todos os problemas apontados pela ANVISA não são novos. Normalmente, quando uma vacina é fabricada do modo devido, todos os testes requisitados são feitos como parte normal da produção. No caso, ou o instituto russo não os fez da forma correta (menos provável), ou não mostrou os dados para que a vacina fosse aprovada (mais provável).
Em resumo, essa questão ainda não está bem definida. Considerando do ponto de vista técnico, essa vacina não deveria ser usada no momento. Porém, como você não mora no Brasil, seria interessante saber qual a garantia que o governo do país onde você reside dá contra possíveis complicações que essa vacina possa causar (já que a decisão da agência reguladora foi diferente da brasileira).
Desculpe por não conseguir fornecer uma resposta definitiva. Mas esperamos ter dado mais informações para que você possa tomar uma decisão. Se puder, pergunte sobre isso aos profissionais de saúde que irão aplicar a vacina. Gostaríamos de saber qual é a observação deles.
Muito orbigado pela participação, forte abraço!
@ Olá, Gustavo!
Muito obrigado pelo seu tempo e esclarecimento sobre o assunto. Tenho outros amigos brasileiro na mesma situação, sendo assim, compartilhei o seu canal para que eles possam obter um maior conhecimento no tema.
Após a leitura do que você escreveu e outros artigos para entender melhor sobre "quem" e "o que" é o adenovirus (26 e 5), eu optei por tomar a segunda dose. Na verdade, acabei de voltar do postinho de vacinação.
Conversei com húngaros e com a administradora do posto de saúde. Ela me disse que a vacina foi aprovada pelo orgão de saúde do país e os resultados vem sendo bem positivos. Segundo ela, como a Hungria tem 6 vacinas em utilização, é possível verificar a eficiência prática delas. E a da Sputnik, segundo os orgãos do governo, é a que mais eficaz, ou seja, a que causa menor registro de infecção por COVID após o seu uso. Também foi dito que não há registros de replicação do adenovírus na população e consequências negativas dessa vacina.
Muito obrigado novamente e parabéns pelo seu canal. Acho muito pertinente todos terem acesso à ciência! Você presta um exelente serviço público.
Abraços,
Interessante Dr. Gustavo Moreira!
Att
Escritora Lady Sônia 🇧🇷
Muito obrigado! 😄
ESTOU AQUI TORCENDO PARA O SEU SUCESSO MEU IRMÃO 💪👊💛💚🤩
Oi! Muito obrigado pelo apoio! :D
Boaaaaaaaaaa
Valeeeu! :D
✌🏼✌🏼✌🏼✌🏼✌🏼
:D
Ppr que não fez um vídeo sobre os riscos da vacina Astrazeneca?
Olá, Alex! Muito obrigado pelo comentário. O presente vídeo traz uma informação relevante para a genética, descoberta no mês de abril. Como estamos dando uma atenção especial para a pandemia em praticamente todos os vídeos, decidimos intercalar com outras áreas da pesquisa. Porém, já fizemos outros vídeos sobre a vacina da AstraZeneca, inclusive o último vídeo desse final de semana (links abaixo). Forte abraço!
ua-cam.com/video/hSXVLtyXNd8/v-deo.html (AstraZeneca e trombose)
ua-cam.com/video/l4ulHK4vXVc/v-deo.html (Efetividade AstraZeneca)
ua-cam.com/video/LbGNS50iAHo/v-deo.html (Efeitos colaterais)
ua-cam.com/video/a7eT2bCew4A/v-deo.html (tecnologia de Oxford)
ua-cam.com/video/cd4FnwOL1SU/v-deo.html (Paralisação estudos de Oxford)