Há pessoas cuja presença fez-me lembrar que Deus nos criou da terra e pela terra. O meu avô Ricardo de Alvito no Alentejo é uma das tais criações de Deus. Eis, ele está sentado silenciosamente à mesa na minha frente, com as suas mãos postas em cima da mesa, como que não soubesse o que fazer com elas e com a sua boina inevitável que parece como a parte de si mesmo. Ainda consigo sentir a força do seu abraço, quando nós cumprimentamos, e o toque da sua mão no meu rosto, que foi robusto e afiado como a superfície das pedras dos muros secos em torno do seu vinhedo. O avô está a inspecionar- me com os seus olhos sorridentes, como que estime a valor do seu melhor carneiro. Eu também não falo nada, olhando para as suas mãos, à espera das suas perguntas sobre a minha Elvira e os nossos filhos. As suas mãos bronzeadas e nodosas perecem-se como as raízes das oliveiras antigas atrás da sua casa. Também consigo ver um pouco de nossa terra vermelha sob as unhas dele. Às vezes penso em que ele não cultiva, mas acaricia a terra da sua quinta. Como se tivesse uma conexão inexplicável com os nossos antepassados que nasceram, casaram, deram a luz as suas crianças e morreram aqui, sob este mesmo telhado. Como que estivesse a parte de nossa casa e da nossa terra. “A colheita vai ser abundante” disse o avô Ricardo. “ Plantei um pouco de cevada e as uvas serão cheio de açúcar. E como estão a Elvira e as crianças? O Pedro já terminou a escola primária? Vais levá-los aqui durante o verão? Seria bom para eles comerem um pouco da comida saudável”. Consegui novamente sentir o cheiro de terra e o leite recém-ordenhado.
Uma adição oportuna !
Há pessoas cuja presença fez-me lembrar que Deus nos criou da terra e pela terra. O meu avô Ricardo de Alvito no Alentejo é uma das tais criações de Deus. Eis, ele está sentado silenciosamente à mesa na minha frente, com as suas mãos postas em cima da mesa, como que não soubesse o que fazer com elas e com a sua boina inevitável que parece como a parte de si mesmo. Ainda consigo sentir a força do seu abraço, quando nós cumprimentamos, e o toque da sua mão no meu rosto, que foi robusto e afiado como a superfície das pedras dos muros secos em torno do seu vinhedo.
O avô está a inspecionar- me com os seus olhos sorridentes, como que estime a valor do seu melhor carneiro. Eu também não falo nada, olhando para as suas mãos, à espera das suas perguntas sobre a minha Elvira e os nossos filhos. As suas mãos bronzeadas e nodosas perecem-se como as raízes das oliveiras antigas atrás da sua casa. Também consigo ver um pouco de nossa terra vermelha sob as unhas dele. Às vezes penso em que ele não cultiva, mas acaricia a terra da sua quinta. Como se tivesse uma conexão inexplicável com os nossos antepassados que nasceram, casaram, deram a luz as suas crianças e morreram aqui, sob este mesmo telhado. Como que estivesse a parte de nossa casa e da nossa terra.
“A colheita vai ser abundante” disse o avô Ricardo. “ Plantei um pouco de cevada e as uvas serão cheio de açúcar. E como estão a Elvira e as crianças? O Pedro já terminou a escola primária? Vais levá-los aqui durante o verão? Seria bom para eles comerem um pouco da comida saudável”. Consegui novamente sentir o cheiro de terra e o leite recém-ordenhado.