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Meu, que vídeo. Que história. Sou cadeirante, necessito muito de cuidados e minha mãe é a que mais carrega essa "pedra". Fiquei emocionado com essas reflexões. Já me senti/sinto varias vezes uma pedra, pensei até em escrever ou ilustrar esse sentimento, uma pedra bem cuidada, levada para lá e pra cá, alguns vem ver a pedra, mas quem a carrega que sofre e não desiste. No fim, cada dia com quem você ama ainda é a melhor coisa do mundo, mesmo com toda dificuldade.
Cara você deveria colocar isso pra fora! Se você já sentiu que poderia escrever ou ilustrar esse sentimento é porquê alguma voz dentro de si tá esperando pra ser ouvida.
@@iago2682u Concordo. A arte é a melhor forma de se expressar e desabafar. Isso vai fazer mto bem pra ele tbm, eu adoraria entender a história dele ilustrada ou escrita. Super apoiaria.
Eu sou educador social e desenvolvo trabalhos com pessoas deficientes a mais de 6 anos. Hoje em dia consigo dizer quando uma criança tem amor em casa só de olhar para ela. Infelizmente, a grande maioria dos responsáveis vêem seus filhos como fardos e atirariam nos próprios filhos assim como Cristo, é triste, mas é verdade.
Tenho um filho autista. E sei o quanto é duro viver nessa realidade. Mas me comovi demais com esse vídeo e me interessei pelo quadrinho. Entendo perfeitamente a mulher e entendo também Cristo. Já conhecia a filosofia do absurdismo de Kant ( meu filoso fo favorito) e o amor fato de Nietzsche. Tudo o que posso dizer é que eu aceito minha condição e minha luta diária. Não me importo se ao final do dia minha pedra cai de novo no pé da montanha... Continuarei a levanta-la pois assim como Sísifo pode ser imaginado como feliz eu também vejo beleza no levar da pedra ao topo da montanha.
Meio egocêntrico falares assim... pessoas egocêntricas não deviam ter filhos, sendo eu um egocêntrico por natureza nunca vou ter um é que sinceramente o teu comentário soa a um enorme choro enquanto dizes "o meu filho não saiu direitinho como eu queria buaaaa 😭". E btw, eu estava lá, eu era a pedra e era uma da calçada, e a subida era de 30%.
@@fernandogranado1165 Ela n disse isso. Querendo ou n, autismo é uma questão difícil de lidar. Vc n pode negar q é difícil. É até meio idiota pensar dessa maneira. Mas ela aceitou seu filho mesmo sabendo q cuidar dele n seria como cuidar de uma pessoa neuro típica, pq ela ama ele e se foi entregue essa pedra pra levantar ao topo da montanha todos os dias, ela vai levantar essa pedra. Ela n ficou lamentando nem nada, apenas tomou oq tinha pra fazer. Isso é amor.
@@Docinho.de.Cereja mau era o filho nem pedir para nascer e ainda não ser aceite... nunca há duas faces da incapacidade, há só o cuidador né? Pessoas com deficiência são só uma pedra afinal 🤷♂️
Eu sou uma pessoa com deficiência e o final realmente me impressionou, pelo rumo que as coisas estavam tomando não esperava isso. Achei incrível tudo que vc trouxe e sua análise. Mas acho que aqui há espaço para alguns questionamentos, não sobre a obra em si, mas a nossa sociedade. Sempre estamos focando em como o cuidador se sente, mas e nós pessoas com deficiência? Nesse caso, como Rosa se sentia tendo que ver tudo isso acontecendo e não podendo fazer nada? Como é a vida de Rosa tendo que lidar com todos a vendo como um fardo e como alguém que não tem noção nenhuma do que está acontecendo? Ter que viver uma vida com pessoas te tratando quase como um objeto e ignorando seus sentimentos, negando sua humanidade. Obviamente todos estavam sofrendo ali, vemos a dor do pai, da mãe e até da vaquinha, mas até a cena final Rosa é negligenciada. Como se porque ela estava naquele estado fisicamente isso também era verdade internamente, como se não fosse possível Rosa perceber tudo aquilo que ocorria ao redor dela. Indo um pouco mais a fundo e trazendo o conceito social de deficiência, vou trazer aqui um exemplo de que somos visto como “um fardo” pq a sociedade não se importa com nós na hora de se organizar: Se por algum motivo humanos tivessem evoluído de uma forma que não conseguissem ouvir, pessoas com deficiência auditiva não seriam deficientes, não pq todas as pessoas do mundo teriam a mesma condição, mas pq a sociedade teria se organizado de uma forma que a falta de audição não seria um problema. Trazendo isso pra realidade, tem um criador aqui na plataforma chamado Peet Montzingo que nasceu em uma família que todos tem nanismo, menos ele. Como toda a família tem nanismo eles moram em uma casa 100% acessível para eles, o Peet é o filho mais novo e conta como ele teve que se adaptar à algumas coisas na casa conforme ele foi crescendo e se tornando um adulto, pq tudo na casa era pequeno. Dessa forma, nessa situação ele que precisava lidar com uma casa que não tinha sido construída levando em consideração pessoas como ele. No caso do autismo por exemplo, autistas não verbais são vistos assim como a Rosa, pessoas “vazias” que não tem noção do que está acontecendo. Porém, hoje em dia com o avanço de estudos sobre comunicação alternativa muitas dessas pessoas estão conseguindo se comunicar por meio de aplicativos por exemplo. De novo, a obra é incrível e gostei muito da mensagem que ela trás consigo, queria apenas trazer alguns questionamentos em cima dela ❤
Acho que é bem por aí. Apesar da história em si ser interessante, essa objetificação da pessoa com deficiência me parece quase preguiçosa. Trazer a perspectiva de Rosa tornaria tudo mais moralmente pesado.
Agora tem que ler O Monstro Debaixo da Minha Cama do mesmo autor. Muito bom ver novos artistas brasileiros, com estilos próprios e fora desse nicho de super-herois.
O conceito de Amor Fati mudou minha vida antes mesmo de ler Nietzsche. Dos 14 a os 18 eu passei por uns maus bucados. Fiz umas paradas pesadas com os outros, mas principalmente comigo mesmo. Muita coisa que está marcada em mim, que me arrependo. Porém, com o passar do tempo, eu percebi que tudo o que fiz não mudou nada. Eu ainda estava perdido. Até que a fixa caiu: estar perdido na verdade é está diante das possibilidades da vida, e isso não me assusta mais. Obrigado por me fazer chorar, seu Nietzschiano rabugento!
Acompanho o canal há alguns meses e gosto muito, mas esse vídeo... Me tocou muito. Sou pai de um adolescente com deficiência e me encontro sozinho criando-o nesse momento. Obrigado por isso!
Cuidei do meu pai que ficou acamado por causa do câncer e sei que o cuidar demanda muita força física e mental e te desejo muita força, coragem e amor ao lidar com seu filho.
Vídeo fantástico, muito emocional e profundo filosoficamente. Sempre penso sobre "os mais fracos", hoje existe toda uma base "intelectual" que afirma que o egoismo, ou seja, pensar apenas em si mesmo, faria parte de uma suposta natureza humana e que a competição inclusive seria benéfica para a sociedade e para a espécie. Essas pessoas se esquecem que na verdade prosperamos desde pelo menos 200 mil anos atrás exatamente porque viviamos em grupos, pensando sempre no bem comum, procurando ajudar os "mais fracos" do bando. Ou seja, passamos a maior parte de nossa história no planeta Terra pensando no bem-estar do bando, no coletivo, do que em nós mesmos. A ideia do individualusmo excessivo é na verdade muito nova, criada ideologicamente e mascarada como algo natural, que beberia em uma suposta seleção natural, onde pensar nos mais fracos acabaria enfraquecendo a própria raça humana. Muitos usam isso para fechar os olhos frente ao sofrimento e morte de outros seres humanos. A questão é que "descartar" os mais fracos, velhos, pessoas com deficiência, doentes, etc. Simplesmente não é humano, nesse sentido não podemos nos comparar com outras espécies e achar que isso é natural, pois não é natural para a nossa espécie, nunca foi, e isso não é uma questão moral ou de caridade religiosa. Desde o inicio, se tivéssemos pensado de forma única e excusivamente individualista não estariamos aqui hoje.
Recomendo um leitura breve sobre Max Stirner, seja pela Wikipédia ou lendo os livros dele. Mas enfim, o que eu queria dizer é que não existe pessoas totalmente altruístas, se fôssemos, de fato, desse jeito, não existiriamos. É necessário nós sermos egoístas, pois precisamos cuidar de nós mesmos e dos nossos interesses, se apenas cuidássemos dos outros, a gente morreria por fome ou outros. Então toda ação supostamente altruísta é na verdade egoísta, por mais que não seja consciente.
É como disse a antropóloga que eu sempre esqueço o nome: civilização surge a partir do momento em que se encontra um fêmur recuperado de uma fratura, pois significa que alguém ficou pra trás para cuidar de outro completamente vulnerável
@@arthurgabriel2625 sim, eu acredito que devemos ajudar o próximo, mas na condição de não nos sacrificar nesse processo. Como: 「um homem no sinal precisa de dinheiro e você tá literalmente em um carro」 Você tem umas moedinhas pra dar. Mas se é apertado final do mês, o foco é minha estabilidade e não do outro.
@@arthurgabriel2625 Realmente não tenho capacidade aqui para tecer um comentário sobre Stirner ou sobre a crítica à ele feita por Marx em "A ideologia alemã", pois não sou em especialista, talvez você possa. Porém, posso dizer que ninguém é totalmente altruísta ou totalmente egoísta, esses são estereótipos apenas para facilitar a compreensão. Mas o mais importante é que a afirmação de que o egoismo seria parte da natureza humana está materialmente errado, seria antes uma ideologia, segundo Marx, uma falsa representação do real. Porém, essa visão de mundo acaba sendo a base de muitos que politicamente atacam as redes sociais de apoio aos mais fracos, assim pregam o fim das aposentadorias, cada um que de conta de si mesmo na velhice ou pregam o fim do SUS, cada um que consiga pagar por mérito próprio seu seguro saúde. No fundo, esses indivíduos pregam que se você não consegue, por qualquer motivo, se manter vivo, então merece não continuar vivo. Isso tudo mascarado de uma visão natural, supostamente científica. No fundo isso é desumano. Resta lembrar que a Eugênia também pregava coisa parecida e sabemos quem historicamente acabou se apropriando desses conceitos... Por último, também gostaria de indicar um documentário sobre o tema: "Homo Sapiens 1900" de Peter Cohen, o mesmo de "Arquitetura da destruição". Principalmente os minutos finais do documentário, onde o diretor retoma o caso de como a sociedade deveria agir frente aos "mais fracos", sendo racional e ao mesmo tempo muito tocante.
Assim que abri o vídeo lembrei da mulher que se “recusou” a cuidar dos irmãos de o túmulo dos vagalumes, justamente nessa lógica de que eles seriam um fardo
Trabalho com pessoas deficiêncientes dentro de escolas, essa história me comoveu tanto que quase escorreu uma lágrima, afinal de contas mesmo estando no trabalho o sofrimento das famílias é sempre maior, dos pais dessas crianças principalmente por serem pobres em sua maioria. E vejo que é um tema muito ignorado pelo antro político principalmente da esquerda, onde não existe um movimento social ou iniciativa pra comentar sobre os desafios de se cuidar ou ajudar essas crianças, Muito bom video obrigado.
Nenhum governo presta tanto estados com maioria de esquerda ou direita não fornecem o mínimo que o SUS precisa para ajudar a cuidar dessa população,quando se trabalha com isso tem que comprar quase tudo para atender e ainda assim não supre nem o básico que essas pessoas precisam 😢😢
Estagiei na Educação Especial durante um tempo. Eu acompanhava uma criança autista com grau grave e outra com TOD. Confesso que ficava com pena dos pais, sobretudo das mães, pois não via um pai presente nas reuniões ou indo levar o filho à escola. A vida delas era bem sofrida por conta da condição social também. Havia outras crianças PCDs na escola. Fiquei muito pensativa em querer ter filhos ou não na época, em meados de 2017/2018.
Talvez a mulher não tenha nome porque ela é todas as mães que ama e se sacrifica pelos filhos, não importa o que o filho ou filha seja ou se torna o amor e dedicação será sempre o mesmo e não importa o quanto seja pesado ela abdica de si mesma e não se sente viva sem os filhos. Um dia ouvi minha avó dizendo ( sobre meu tio que dava muito trabalho) Ele é meu filho amo ele mesmo ele dando tantas dores de cabeça. Mãe é amor incondicional ❤
Sou budista e tenho uma visão um pouco diferente mas numa coisa concordo com Nietzsche o simples hedonismo materialista aliado a um "pensamento positivo simplista" resumo do que agente vê hoje em dia ... não dá conta de lidar com o sofrimento humano ... Muito bom o vídeo 🖒
me emocionei novamente com mais um vídeo teu e dessa vez, de uma forma mais intensa. eu compreendo a dor da mãe de rosa, mesmo não tenho filhos ainda, tenho uma irmã deficiente e logo, tenho uma mãe que cuida de nós duas. quando era mais nova, não compreendia do pq a minha mãe nunca ter desistido de minha irmã, apesar de ter consciência, ela tinha/tem uma deficiência física oq consequentemente resulta em um certo atraso no seu desenvolvimento mental, emocional ou psicológico. hoje, com dezessete anos, compreendo o pq da minha mãe lutar tanto. mesmo que a minha irmã nunca consiga voltar a andar, nunca se desenvolva como um indivíduo comum, ela ainda assim é minha irmã, é filha de minha mãe. é sangue do meu sangue. e qualquer sacrifício pela mesma para que seja saudável no limite do possível é válido. é importante. choro muito só de pensar em perdê-la.
Link comenta sobre capacitismo TB. Sou pesquisador , acompanho teu canal e tenho uma filha com deficiência . Sempre esbarramos na perspectiva do capacitismo. Já estou ansioso por essa relação
Poxa, a história tem um "q" de metamorfose do Kafka TB né. E o assunto mexe comigo, pq minha filha tá no espectro autista, e no período mais difícil eu sempre me perguntava pq? Pq com a minha filha? Pq comigo? E pesquisava sobre o assunto e via o termo "luto"... e achava aquilo absurdo. Não me via de luto pela minha filha. O luto vinha da "mãe" que eu imaginava que seria, e da mãe que eu sou. Foi muito difícil...e é ainda. Seu vídeo me emocionou muito. São tantas as questões... Hj eu não sei bem se eu carrego uma "pedra" ou se minha filha a carrega ...eu sei que nós momentos mais difíceis...nos momentos em que estou em desespero...eu vou no quarto da minha filha e encosto o ouvido no peito dela, só pra ouvir o coração bater...e aquilo me acalma de um jeito... Obrigada pelo vídeo incrível.
Papo reto, já consigo visualizar o cena final apenas com as imagens, sem o som da chuva ou dos personagens. E aí o som volta a partir do disparo da espingarda
Só eu que pesquei a idea dessa HQ de ser uma homenagem ao gênero Auto? Muito comum para os nordestinos, mas também tem obras famosas nacionalmente como o Auto da compadecida.
Isso me lembra de um artigo que li, sobre uma ossada humana com mais de 4000 anos, encontrada em Man Bac. Ela pertencia a um jovem com vertebras fundidas e ossos fracos, paralisado da cintura pra baixo e com pouco ou nenhum movimento dos braços. Os pesquisadores sugerem que as pessoas do lugar viviam da caça, pesca e criação de porcos semi domesticados. Essas pessoas não tinham muito, mas dedicaram tempo e cuidado para atender as nescessidades dele. E esse não é um caso isolado, existem outros indícios de povos antigos que tratavam seus fracos e doentes com cuidado e respeito. Essas coisas fazem a gente enxergar os nossos antepassados e a natureza humana com outros olhos.
Análise excelente. E a verdade é que a história não precisava ser melhorada, mas a música, texto e sua entrega fizeram a história ficar ainda melhor. Vlw Linck.
Amei, chorei muito! Também sou pai de um filho autista e sou eu quem cuida dele, cuido atualmente de minha mãe com demência também. É muito difícil explicar para outros os prazeres e dores de viver assim, mas esse quadrinhos dá um síntese muito boa. Muito obrigado por isso...
Meu irmão mais novo tem paralisia cerebral. Ele não anda e não fala palavras concretas, mas conseguimos nos comunicar com ele. Ele emite sons e consegue fazer que sim e não com a cabeça. Esse video me tocou muito e fiquei com muita vontade de ler o quadrinho. Muito obrigado por isso.
Não costumo comentar em video antigo, mas, apesar de não ser "pai", me envolvo fortemente com uma pessoa que é mãe a algum tempo, e sempre tive vontade de ser pai, e, apenas essa análise me puxou muito esse lado, quase chorando na reta final. Claramente um incrível quadrinho, que faz eu querer muito ele na minha estante
pra mim, camus (pronúncia /kamü/, com aquele ü com biquinho - sorry pela frescura fonética - O Estrangeiro é muito foda) e sartre (Huis Clos - Entre quatro paredes, sem falar de "o inferno são os outros") são dois dos melhores escritores que a humanidade já produziu. estou com o gibi aqui pra ler faz algum tempo, e agora vou ler com os spoilers - thank you very much 😞. como sugestão, embora com outra temática, mas ainda dentro dos pcd, recomendo o mangá Real... acho que daria um bom vídeo... outra realidade, mas dilemas tecnicamente aproximados. sugiro mudar o nome do canal para QnSdN - Quadrinhos na Sarjeta de Nietzsche... vai ficar um canal mais demasiadamente canal... rsrsrs
Sensacional. O quadrinho e sua análise. Vou comprar, sim. Será que existem quadrinhos que falam sobre doenças mentais? Tentei puxar pela memória mas só me veio Coringa, coisas assim. Queria outras visões
Não sei se vc percebeu mas é o próprio Cristo na história que romantizava a deficiência da filha, o romântico é aquele que uma hora cansa do fardo e parte para o sacrifício do seu objeto do desejo
Um pedido Eu piraria caso o QNS falasse um pouco a respeito sobre a hisotira da franquia de jogos Bioschock, seria muito bom, quem mais ja pensou sobre ?
ótimo vídeo, fiquei com uma sensação ruim só de ver vc falando sobre a obra, n tenho coragem de ler essa obra apesar de parecer algo essencial para leitura
Tenho uma doença rara e sempre me pergunto se vale a pena ter filhos, correndo a possibilidade de herdarem a doença. Esse vídeo foi incrível, obrigada pela análise!
Claro que vale! Tenho 3 doenças raras e sou surda, amo viver e agradeço minhas doenças. Dar a oportunidade a outro ser a viver, mesmo que ele não entenda, e dar amor a esse ser. Isso é bom!
@@isabellateixeira6791 poisé, mas uma das coisas que a minha doença causa é muitas dores crônicas. Me pergunto se seria egoísmo optar por botar uma criança no mundo sabendo muito bem qual o sofrimento que ela também vai passar (e sem ter certeza de que eu vou poder ser uma mãe tão presente ou dedicada quanto as mães sem deficiência). Se ao menos tivéssemos uma sociedade que não colocasse toda a responsaabilidade na família e fornecesse alternativas como creches, terapias, etc, iria melhorar não só a minha qualidade de vida, mas de todas as famílias no geral. É inclusive um termo que descobri essa semana assistindo uma palestra sobre serviço social: "familismo". Quando o estado coloca sobre a família a obrigação de cuidar de um indivíduo enquanto o próprio estadoé quem deveria fornecer os serviços e condições para respaldar essa família e esses indivíduos. Queria saber se vc já passou por essa dúvida e como chegou a essa conclusão, se não for me intrometer demais kkkk porque é algo que me pergunto quase todo dia, ainda mais nas condições sócio-climáticas em que estamos vivendo :(
Uma coisa é vc ser feliz mesmo com suas adversidades, outra coisa é vc condenar outra pessoa a ter as mesmas dificuldades não sabendo se a mesma vai aguentar ou ser feliz, isso já é egoísmo.
@@joycefamilialoureiro9138 eu condenei mona? Eu só disse minha perspectiva? Viu obrigadando ou censurado a moça? Interpretação de texto 0. E para piorar pega as dores de uma pessoa que nem sequer comentou o meu comentário. Possivelmente nem na nossa situação está mas opina, e pior julga sem nem saber as intenções.
@@joycefamilialoureiro9138 pera lá. Parir alguém não é o mesmo que "condenar" a pessoa como você tá dizendo. Esse é um assunto bastante delicado em que se precisa ter cuidado com a forma como nos expressamos porque não há resposta certa ou errada pra esse questionamento que coloquei. Não é simplesmente preto e branco. Eu estava conversando com uma pessoa que provavelmente entende as coisas que passo e por isso gostaria de entender a opinião dela. Não há como culpabilizar os pais quando a sociedade é extremamente capacitista. Em um relato de uma moça com deficiência que li, ela diz que mais do que todas as dificuldades de ordem orgânica que ela possui, o que dói mais é a insensibilidade e inacessibilidade da sociedade. Talvez não haja resposta para "devo ter filhos" até porque a questão não é de dever e sim de poder, mas o problem principal que passa despercebido é a falta de políticas públicas e uma rede de apoio
Caramba, pouco antes de assistir eu estava meio triste, melancólico mesmo e pensei: é engraçado que as vezes estava triste e não percebi quando passou, e quando estava alegre e tbm passou, mesmo a tristeza faz parte da vida, negar ela é negar parte da vida, assim como a alegria. Então eu sorri, e agora assistindo esse vídeo percebo como faz e fez sentido de fato, a vida é tudo o que ela comporta, as coisas boas e ruins, que são pontos de vistas, pois tudo faz parte, o sentido dela é apenas ser
Que obra mais visceral! Adorei conhecê-la!! Meu pai é da cidade de Mossoró e a realidade lá é dura mesmo! Gostaria de sugerir a leitura da obra “O filho mau” da Carol Sakura e Walkir fernandes (ambos do Paraná) parabéns pelo trabalho!
Eu moro em Mossoró, que é que uma cidade meio que grande no Rio Grande do Norte, e por coincidência sou universitário, assim como a garota mossoroense na história
Essa premissa me recorda o filme nacional, Carvão (2022), de Carolina Markowicz. Tbm trata essas questões morais, se passa no interior e lida com essa crença dicotômica cristã, de fazer o certo ou errado, fica a recomendação!
Engraçado é que aquele culto do sonhador não fazia sentido biblicamente quando dizia que a mulher carrega uma cruz que não podia suportar, vemos na bíblia que em 1 Coríntios 10:13 está escrito "Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar." Logo um cristão está errado quando diz que "eu pequei porque a tentação era grande demais pra suportar" ou "eu fiz isso porque o fardo era grande demais pra mim". A mulher sem nome era quem mais tinha princípios cristãos ali, muito mais do que o homem que gostava de ser chamado de "Cristo".
Eu vim agradecer imensamente, eu usei esse quadrinho como repertório do enem esse ano graças a esse vídeo! Tive que segurar a comemoração quando vi o tema é lembrei exatamente desse vídeo, muito obrigado!
Acho que é bem pior. Ela tem nome e não gosta... teoricamente ela se chama Beatriz e não tem orgulho de ter o mesmo nome que a vaca (sendo que a mesma deve ter imaginado que Cristóvão faria a mesma coisa com ela)
Coincidentemente conversei sobre isso hj com um amigo, sofre coisas polêmicas como que é injusto um filho com paralisia cerebral nascer numa família pobre que já tem tantas dificuldades. Já se nascesse numa família rica seria dolorosos pros pais do mesmo jeito, mas se eles amarem o filho ainda podem não passar por tanto perrengue e podem pagar cuidadores enfermeiros etc..
Vi muitos comentários sobre a mãe não ter nome como um sinal da representação da "mãe idealizada" aquela que " vive em prol dos filhos". Penso diferente, ela não se definir é uma forma de garantir sua própria individualidade, de não se contentar com o que faz sentido apenas para os outros. Não dizer seu nome, preserva sua dignidade em não se sujeitar a realidade alheia.
Nossa vc lançou essa pedrada faz um ano e meio ignorei ele, estou só agora assistindo. Sendo que o Luckas é da minha cidade! Sobre a questão toda história, eu conheço uma mãe que lida uma filha com autismo altíssimo e olha a vida dela tão difícil quanto a mãe de Rosa. Geralmente eu nunca me deixei pensar sobre isso, tão profundamente mas é aquilo, seu fardo, sua responsabilidade, sua liberdade estão ameaçada.
Tem alguns meses que eu te acompanho. Este é o melhor vídeo seu que eu vi e também um dos melhores vídeos que pude assistir nesta plataforma. Obrigado, Linck
Nossa! Tão forte, tão necessário! Fico imaginando uma adaptação cinematográfica que respeite a estética minimalista da obra de origem. Um cineasta precisar ler esse quadrinho e assistir esse vídeo do Linck.
Por favor, comente mais!! Se esse quadrinho fosse ter uma adpatação acredito que o Walter Salles conseguiria trazer essa ideia, sendo a pegada dele bem realista... Agora se fosse para ser cruel com elementos lúdicos o diretor Yorgos, entregaria um excelente trabalho!
Cara... Eu acabei de vim do Enem e esse quadrinho era simplesmente perfeito pra redação, eu me lembrei dele e pensei "sabia que eu ia usar alguma coisa da sarjeta aqui!" Agora quem disse que eu lembrei o nome do quadrinho? Perdi essa oportunidade linda 💩
1:10 Que curioso... minha mãe, enfermeira, cuida de pessoas a beira da morte todos os dias. Vendo essa introdução, eu tive um diálogo com ela... Eu perguntei se ela gosta de cuidar de pessoas debilitadas. Ela me respondeu que não. É quase como ver a entidade da morte todos os dias. Fiz outra pergunta, sobre "essas pessoas realmente querem estar nessa situação de miséria?" E ela, de imediato, diz que essas pessoas não gostariam de estar vivas nessa situação. E por fim, eu perguntei do porque não discutimos a morte, para encerar a dor do outro. Minha mãe respondeu: "não temos essa discussão porque deus não deixa."
Mas seguindo em outro comentário, essa história me tocou porque falou comigo. Tenho epilepsia e suspeita de autismo(suspeita porque faço acompanhamento mas fechar o diagnóstico é super demorado), e não meço esforços pra impedir que pessoas de fora do meu círculo que sejam religiosas saibam disso sobre mim pois quando sabem a primeira coisa que falam é pra eu procurar deus, como se ele no alto do seu poder já não tivesse calculado que fazendo eu do jeito que sou me daria epilepsia, hipoteticamente falando pois não acredito em deus nenhum. Não há apoio verdadeiro de cristãos a não ser desejo vilanesco de me culpar pela minha própria condição que não escolhi ter, então levanto essa pedra todos os dias morro acima tentando dar o mínimo de trabalho possível pra quem convive comigo em silêncio.
Incrível obra nacional . 😢 N vou ver o final do vídeo até ler o quadrinho. Desde já obg pelo vídeo Me arrepiei antes do final . Daria uma obra cinematográfica incrível nas mãos certas
Alexandre, gosto do seu trabalho, mas sinto que seja necessário registrar um breve comentário: deficiente não é caracterizado pela situação de não poder cuidar de si ("aqueles que não podem cuidar de si" - 00:18). Aliás, é exatamente em razão dessa ideia que se justifica o emprego do termo "capacitismo", conforme o qual a ausência de capacidade se confundiria com a caracterização da deficiência. A deficiência se manifesta por impedimentos de longo prazo que, na interação com determinadas barreiras (arquitetônicas, sensoriais, atitudinais etc), restringem ou limitam a participação do indivíduo na vida social em condições de igualdade com as demais pessoas. Tome-se o caso das pessoas com TEA, por exemplo (transtorno do espectro autista), entre as quais me incluo. Quem me vê, não sabe os problemas que passo, as debilidades que sofro e o maior esforço que preciso exercer para me adaptar aos padrões socialmente esperados, considerando a escala de inteligência na qual me situo. Tais dificuldades, contudo, não me obstam o desempenho de atividade profissional e o exercício de uma vida autônoma, desde que atendidas certas recomendações. Por exemplo, sinto taquicardia, hiperventilação e fortes dores de cabeça quando permaneço exposto durante algumas horas à ação de diferentes estímulos sonoros, motivo pelo qual a concessão de teletrabalho é uma forma de assegurar que minha condição não interfira sobre a minha performance ocupacional e eu possa concorrer com meus colegas em condições de igualdade. Enfim, é verdade que meu comentário não foi tão breve, mas espero que tenha ficado claro... Quanto à história objeto do vídeo, em si, muito sensível e bonita...deve valer a pena, mesmo.
slc mano, eu vivo com minha vó debilitada, ela é um ser humano horrivel, nojenta, folgada e n faz nd p melhorar de condição, sequer sol ela pega, e slc, eu só odeio ela, Deus me perdoe, mas é um inferno, eu espero q todo esse sofrimento, tanto dela quanto o nosso termine logo
Deixar aqui meu agradecimento por esse vídeo, Alexandre. Eu tenho uma deficiência na perna e minha relação com isso sempre foi meio traumática e de negação. Sou de um interior bem pequeno da Bahia e as coisas nunca foram fáceis materialmente. Minha família materna sempre me colocava como um futuro adulto “inválido” e falavam de me aposentar. Sua análise, a hq e a relação com Sisífo me trouxeram outras perspectivas. Como a filha do casal da história, me senti a pedra que meus pais precisavam carregar. Mas sigo, como diz o Camus, imaginando Sisífo feliz. Obrigado!
Fui atrás do quadrinho por causa desse vídeo. Que história sensacional, que se torna melhor aínda pela forma como é contada. O fato de eu ser pai de uma criança com síndrome de down tornou a experiência ainda mais marcante. Obrigado pela indicação.
Dessa vez você me pegou,tenho mais de 50 e sou fã de quadrinhos mas de todos as resenhas para trás nada me deixava ver os vídeos por completos depois desse.
Toda vez que entro em seus vídeos sei que terei uma excelente aula parabéns vc me mostrou que quadrinhos é muito mais que entretenimento as vezes é uma imersão em filosofia.
Sou pai de autista e me identifiquei muito com a mãe sem nome, mas refleti fortemente sobre a invisibilizacao q as mães atípicas sofrem, confesso q arrepiei todo aqui com tua análise.
Muito bom vídeo, cada quadrinho que é uma pedrada na narrativa e visual, e o melhor que é produto do Brasil, só me faz ter certeza que aq tem potencial mas pouco reconhecimento, parabéns pelo canal e por trazer a divulgação destas obras
Passando pra agradecer, Linck, usei esse quadrinho em minha redação do Enem, 900, justamente falando o que o comentário da Marcela diz. Uma mulher sem nome, por ser "apenas a mãe"
Li. Quadrinho excepcional. Lindo mesmo. Não só pelo tema, mas todo ele - arte e roteiro. Sou deficiente. Eu, e muitos outros deficientes, somos, ao mesmo tempo Sísifo e a Pedra, ou seja, cientes de nós mesmos e de quem nos auxilia, somos o fardo e o carregador do fardo, por isso refletimos, pensamos a partir dos dois lugares - dos pais e da criança. Meu temor é ver no pai e no grupo religioso a representação de certa parte da nossa sociedade - sacrifício sagrado = eugenia. Ahhh... Belíssimo vídeo. Em tempo: deficiência pode ser adquirida ou congênita, ou seja, qualquer um a qualquer momento pode ser deficiente.
Puxa que vídeo que quadrinho ❤ me emocionou demais e amei essa relação com a pedra de Sifiso … sou mãe de um rapaz autista que precisa de muito suporte e passou por muitos problemas de saúde desde a pandemia… obrigada Linck por trazer esse conteúdo ❤
Alexandre, eu sou pessoa com deficiência e esse é o segundo vídeo sobre quadrinhos e PCD que eu vejo vc falando sobre, tá me dando vontade de consumir quadrinhos de novo, muito obrigado!
Eu pela primeira vez não só entendi, como tbm senti essa coisa de feliz pelo fardo que carrego. Esse vídeo me deu uma clareza muito boa, obrigado mais uma vez QnS por mostrar como quadrinhos são incríveis e principalmente por mostrar que não precisa ser gringo pra ser bom
Que vídeo, história poderosos! Isso me faz refletir sobre o paraíso, um lugar de paz e tranquilidade eternos: será que em um lugar onde não tenhamos uma pedra para empurrar até o topo da montanha não encontraremos, também, um tédio infinito? Um lugar onde só há coisas boas é um lugar bom, mesmo sem o mal como contraposto que nos inspire a valorizar o que é agradável?
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qual o nome do filme no começo do video???? obrigado
Meu, que vídeo. Que história. Sou cadeirante, necessito muito de cuidados e minha mãe é a que mais carrega essa "pedra". Fiquei emocionado com essas reflexões. Já me senti/sinto varias vezes uma pedra, pensei até em escrever ou ilustrar esse sentimento, uma pedra bem cuidada, levada para lá e pra cá, alguns vem ver a pedra, mas quem a carrega que sofre e não desiste. No fim, cada dia com quem você ama ainda é a melhor coisa do mundo, mesmo com toda dificuldade.
Cara você deveria colocar isso pra fora! Se você já sentiu que poderia escrever ou ilustrar esse sentimento é porquê alguma voz dentro de si tá esperando pra ser ouvida.
@@iago2682u Concordo. A arte é a melhor forma de se expressar e desabafar. Isso vai fazer mto bem pra ele tbm, eu adoraria entender a história dele ilustrada ou escrita. Super apoiaria.
Eu sou educador social e desenvolvo trabalhos com pessoas deficientes a mais de 6 anos. Hoje em dia consigo dizer quando uma criança tem amor em casa só de olhar para ela. Infelizmente, a grande maioria dos responsáveis vêem seus filhos como fardos e atirariam nos próprios filhos assim como Cristo, é triste, mas é verdade.
Tenho um filho autista. E sei o quanto é duro viver nessa realidade. Mas me comovi demais com esse vídeo e me interessei pelo quadrinho. Entendo perfeitamente a mulher e entendo também Cristo. Já conhecia a filosofia do absurdismo de Kant ( meu filoso fo favorito) e o amor fato de Nietzsche. Tudo o que posso dizer é que eu aceito minha condição e minha luta diária. Não me importo se ao final do dia minha pedra cai de novo no pé da montanha... Continuarei a levanta-la pois assim como Sísifo pode ser imaginado como feliz eu também vejo beleza no levar da pedra ao topo da montanha.
Todo mundo que tem filho(a) e leva num psicólogo/psiquiatra acaba tendo um filho autista.
Meio egocêntrico falares assim... pessoas egocêntricas não deviam ter filhos, sendo eu um egocêntrico por natureza nunca vou ter um é que sinceramente o teu comentário soa a um enorme choro enquanto dizes "o meu filho não saiu direitinho como eu queria buaaaa 😭".
E btw, eu estava lá, eu era a pedra e era uma da calçada, e a subida era de 30%.
@@fernandogranado1165 Ela n disse isso. Querendo ou n, autismo é uma questão difícil de lidar. Vc n pode negar q é difícil. É até meio idiota pensar dessa maneira. Mas ela aceitou seu filho mesmo sabendo q cuidar dele n seria como cuidar de uma pessoa neuro típica, pq ela ama ele e se foi entregue essa pedra pra levantar ao topo da montanha todos os dias, ela vai levantar essa pedra. Ela n ficou lamentando nem nada, apenas tomou oq tinha pra fazer. Isso é amor.
@@Docinho.de.Cereja mau era o filho nem pedir para nascer e ainda não ser aceite... nunca há duas faces da incapacidade, há só o cuidador né? Pessoas com deficiência são só uma pedra afinal 🤷♂️
@@fernandogranado1165 e não tem nada de errado nisso, afinal, alguns, alguns não, todos, são só poeira
Eu sou uma pessoa com deficiência e o final realmente me impressionou, pelo rumo que as coisas estavam tomando não esperava isso. Achei incrível tudo que vc trouxe e sua análise.
Mas acho que aqui há espaço para alguns questionamentos, não sobre a obra em si, mas a nossa sociedade.
Sempre estamos focando em como o cuidador se sente, mas e nós pessoas com deficiência? Nesse caso, como Rosa se sentia tendo que ver tudo isso acontecendo e não podendo fazer nada? Como é a vida de Rosa tendo que lidar com todos a vendo como um fardo e como alguém que não tem noção nenhuma do que está acontecendo? Ter que viver uma vida com pessoas te tratando quase como um objeto e ignorando seus sentimentos, negando sua humanidade.
Obviamente todos estavam sofrendo ali, vemos a dor do pai, da mãe e até da vaquinha, mas até a cena final Rosa é negligenciada. Como se porque ela estava naquele estado fisicamente isso também era verdade internamente, como se não fosse possível Rosa perceber tudo aquilo que ocorria ao redor dela.
Indo um pouco mais a fundo e trazendo o conceito social de deficiência, vou trazer aqui um exemplo de que somos visto como “um fardo” pq a sociedade não se importa com nós na hora de se organizar:
Se por algum motivo humanos tivessem evoluído de uma forma que não conseguissem ouvir, pessoas com deficiência auditiva não seriam deficientes, não pq todas as pessoas do mundo teriam a mesma condição, mas pq a sociedade teria se organizado de uma forma que a falta de audição não seria um problema.
Trazendo isso pra realidade, tem um criador aqui na plataforma chamado Peet Montzingo que nasceu em uma família que todos tem nanismo, menos ele.
Como toda a família tem nanismo eles moram em uma casa 100% acessível para eles, o Peet é o filho mais novo e conta como ele teve que se adaptar à algumas coisas na casa conforme ele foi crescendo e se tornando um adulto, pq tudo na casa era pequeno. Dessa forma, nessa situação ele que precisava lidar com uma casa que não tinha sido construída levando em consideração pessoas como ele.
No caso do autismo por exemplo, autistas não verbais são vistos assim como a Rosa, pessoas “vazias” que não tem noção do que está acontecendo. Porém, hoje em dia com o avanço de estudos sobre comunicação alternativa muitas dessas pessoas estão conseguindo se comunicar por meio de aplicativos por exemplo.
De novo, a obra é incrível e gostei muito da mensagem que ela trás consigo, queria apenas trazer alguns questionamentos em cima dela ❤
@@flowerpowerbombom fico feliz de poder ter “te tocado” com o meu comentário ❤️
Acho que é bem por aí. Apesar da história em si ser interessante, essa objetificação da pessoa com deficiência me parece quase preguiçosa. Trazer a perspectiva de Rosa tornaria tudo mais moralmente pesado.
Agora tem que ler O Monstro Debaixo da Minha Cama do mesmo autor. Muito bom ver novos artistas brasileiros, com estilos próprios e fora desse nicho de super-herois.
Esses eu já li. É maravilhoso e também muito forte.
O conceito de Amor Fati mudou minha vida antes mesmo de ler Nietzsche.
Dos 14 a os 18 eu passei por uns maus bucados. Fiz umas paradas pesadas com os outros, mas principalmente comigo mesmo. Muita coisa que está marcada em mim, que me arrependo. Porém, com o passar do tempo, eu percebi que tudo o que fiz não mudou nada. Eu ainda estava perdido. Até que a fixa caiu: estar perdido na verdade é está diante das possibilidades da vida, e isso não me assusta mais.
Obrigado por me fazer chorar, seu Nietzschiano rabugento!
inclusive Nietzsche terminou a vida como um alface
Muito interessante essa percepção de "estar perdido na verdade é está diante das possibilidades da vida"
Acompanho o canal há alguns meses e gosto muito, mas esse vídeo... Me tocou muito. Sou pai de um adolescente com deficiência e me encontro sozinho criando-o nesse momento. Obrigado por isso!
Cuidei do meu pai que ficou acamado por causa do câncer e sei que o cuidar demanda muita força física e mental e te desejo muita força, coragem e amor ao lidar com seu filho.
@@Tati_Rodrigues obrigado
Vídeo fantástico, muito emocional e profundo filosoficamente. Sempre penso sobre "os mais fracos", hoje existe toda uma base "intelectual" que afirma que o egoismo, ou seja, pensar apenas em si mesmo, faria parte de uma suposta natureza humana e que a competição inclusive seria benéfica para a sociedade e para a espécie. Essas pessoas se esquecem que na verdade prosperamos desde pelo menos 200 mil anos atrás exatamente porque viviamos em grupos, pensando sempre no bem comum, procurando ajudar os "mais fracos" do bando. Ou seja, passamos a maior parte de nossa história no planeta Terra pensando no bem-estar do bando, no coletivo, do que em nós mesmos. A ideia do individualusmo excessivo é na verdade muito nova, criada ideologicamente e mascarada como algo natural, que beberia em uma suposta seleção natural, onde pensar nos mais fracos acabaria enfraquecendo a própria raça humana. Muitos usam isso para fechar os olhos frente ao sofrimento e morte de outros seres humanos. A questão é que "descartar" os mais fracos, velhos, pessoas com deficiência, doentes, etc. Simplesmente não é humano, nesse sentido não podemos nos comparar com outras espécies e achar que isso é natural, pois não é natural para a nossa espécie, nunca foi, e isso não é uma questão moral ou de caridade religiosa. Desde o inicio, se tivéssemos pensado de forma única e excusivamente individualista não estariamos aqui hoje.
Recomendo um leitura breve sobre Max Stirner, seja pela Wikipédia ou lendo os livros dele. Mas enfim, o que eu queria dizer é que não existe pessoas totalmente altruístas, se fôssemos, de fato, desse jeito, não existiriamos. É necessário nós sermos egoístas, pois precisamos cuidar de nós mesmos e dos nossos interesses, se apenas cuidássemos dos outros, a gente morreria por fome ou outros. Então toda ação supostamente altruísta é na verdade egoísta, por mais que não seja consciente.
É como disse a antropóloga que eu sempre esqueço o nome: civilização surge a partir do momento em que se encontra um fêmur recuperado de uma fratura, pois significa que alguém ficou pra trás para cuidar de outro completamente vulnerável
@@arthurgabriel2625 sim, eu acredito que devemos ajudar o próximo, mas na condição de não nos sacrificar nesse processo. Como: 「um homem no sinal precisa de dinheiro e você tá literalmente em um carro」 Você tem umas moedinhas pra dar. Mas se é apertado final do mês, o foco é minha estabilidade e não do outro.
@@arthurgabriel2625 Realmente não tenho capacidade aqui para tecer um comentário sobre Stirner ou sobre a crítica à ele feita por Marx em "A ideologia alemã", pois não sou em especialista, talvez você possa. Porém, posso dizer que ninguém é totalmente altruísta ou totalmente egoísta, esses são estereótipos apenas para facilitar a compreensão. Mas o mais importante é que a afirmação de que o egoismo seria parte da natureza humana está materialmente errado, seria antes uma ideologia, segundo Marx, uma falsa representação do real. Porém, essa visão de mundo acaba sendo a base de muitos que politicamente atacam as redes sociais de apoio aos mais fracos, assim pregam o fim das aposentadorias, cada um que de conta de si mesmo na velhice ou pregam o fim do SUS, cada um que consiga pagar por mérito próprio seu seguro saúde. No fundo, esses indivíduos pregam que se você não consegue, por qualquer motivo, se manter vivo, então merece não continuar vivo. Isso tudo mascarado de uma visão natural, supostamente científica. No fundo isso é desumano. Resta lembrar que a Eugênia também pregava coisa parecida e sabemos quem historicamente acabou se apropriando desses conceitos...
Por último, também gostaria de indicar um documentário sobre o tema: "Homo Sapiens 1900" de Peter Cohen, o mesmo de "Arquitetura da destruição". Principalmente os minutos finais do documentário, onde o diretor retoma o caso de como a sociedade deveria agir frente aos "mais fracos", sendo racional e ao mesmo tempo muito tocante.
@@danilobcns acredito que seja a antropóloga Margaret Mead.
Assim que abri o vídeo lembrei da mulher que se “recusou” a cuidar dos irmãos de o túmulo dos vagalumes, justamente nessa lógica de que eles seriam um fardo
Trabalho com pessoas deficiêncientes dentro de escolas, essa história me comoveu tanto que quase escorreu uma lágrima, afinal de contas mesmo estando no trabalho o sofrimento das famílias é sempre maior, dos pais dessas crianças principalmente por serem pobres em sua maioria.
E vejo que é um tema muito ignorado pelo antro político principalmente da esquerda, onde não existe um movimento social ou iniciativa pra comentar sobre os desafios de se cuidar ou ajudar essas crianças, Muito bom video obrigado.
Nenhum governo presta tanto estados com maioria de esquerda ou direita não fornecem o mínimo que o SUS precisa para ajudar a cuidar dessa população,quando se trabalha com isso tem que comprar quase tudo para atender e ainda assim não supre nem o básico que essas pessoas precisam 😢😢
Estagiei na Educação Especial durante um tempo. Eu acompanhava uma criança autista com grau grave e outra com TOD. Confesso que ficava com pena dos pais, sobretudo das mães, pois não via um pai presente nas reuniões ou indo levar o filho à escola. A vida delas era bem sofrida por conta da condição social também. Havia outras crianças PCDs na escola. Fiquei muito pensativa em querer ter filhos ou não na época, em meados de 2017/2018.
Principalmente da esquerda?? Oi??? Quem tira direitos éa direita! Como o governador de SP, de direita, que tirou dos autistas
Talvez a mulher não tenha nome porque ela é todas as mães que ama e se sacrifica pelos filhos, não importa o que o filho ou filha seja ou se torna o amor e dedicação será sempre o mesmo e não importa o quanto seja pesado ela abdica de si mesma e não se sente viva sem os filhos. Um dia ouvi minha avó dizendo ( sobre meu tio que dava muito trabalho) Ele é meu filho amo ele mesmo ele dando tantas dores de cabeça. Mãe é amor incondicional ❤
Sou budista e tenho uma visão um pouco diferente mas numa coisa concordo com Nietzsche o simples hedonismo materialista aliado a um "pensamento positivo simplista" resumo do que agente vê hoje em dia ... não dá conta de lidar com o sofrimento humano ... Muito bom o vídeo 🖒
Só uma correção meu amigo. O correto é "a gente", não?
me emocionei novamente com mais um vídeo teu e dessa vez, de uma forma mais intensa. eu compreendo a dor da mãe de rosa, mesmo não tenho filhos ainda, tenho uma irmã deficiente e logo, tenho uma mãe que cuida de nós duas. quando era mais nova, não compreendia do pq a minha mãe nunca ter desistido de minha irmã, apesar de ter consciência, ela tinha/tem uma deficiência física oq consequentemente resulta em um certo atraso no seu desenvolvimento mental, emocional ou psicológico. hoje, com dezessete anos, compreendo o pq da minha mãe lutar tanto. mesmo que a minha irmã nunca consiga voltar a andar, nunca se desenvolva como um indivíduo comum, ela ainda assim é minha irmã, é filha de minha mãe. é sangue do meu sangue. e qualquer sacrifício pela mesma para que seja saudável no limite do possível é válido. é importante. choro muito só de pensar em perdê-la.
Muito lindo e sincero seu depoimento. Parabéns!
É surpreendente o poder do Linck de analisar as coisas! Que qaudrinho incrivel gente!
coloquei "Como Pedra" de repertório no ENEM desse ano, minha professora analisou minha redação e tirei 900. muito, mas muito obrigada mesmo!!
Link comenta sobre capacitismo TB. Sou pesquisador , acompanho teu canal e tenho uma filha com deficiência . Sempre esbarramos na perspectiva do capacitismo. Já estou ansioso por essa relação
Poxa, a história tem um "q" de metamorfose do Kafka TB né. E o assunto mexe comigo, pq minha filha tá no espectro autista, e no período mais difícil eu sempre me perguntava pq? Pq com a minha filha? Pq comigo? E pesquisava sobre o assunto e via o termo "luto"... e achava aquilo absurdo. Não me via de luto pela minha filha. O luto vinha da "mãe" que eu imaginava que seria, e da mãe que eu sou. Foi muito difícil...e é ainda. Seu vídeo me emocionou muito. São tantas as questões... Hj eu não sei bem se eu carrego uma "pedra" ou se minha filha a carrega ...eu sei que nós momentos mais difíceis...nos momentos em que estou em desespero...eu vou no quarto da minha filha e encosto o ouvido no peito dela, só pra ouvir o coração bater...e aquilo me acalma de um jeito...
Obrigada pelo vídeo incrível.
Que relato mais verdadeiro e incrível😍
Um filme baseado nesse quadrinho seria incrível.
Papo reto, já consigo visualizar o cena final apenas com as imagens, sem o som da chuva ou dos personagens. E aí o som volta a partir do disparo da espingarda
rapaz q vontade de chorar, adoro seus videos sobre esses quadrinhos profundos e delicados
Só eu que pesquei a idea dessa HQ de ser uma homenagem ao gênero Auto? Muito comum para os nordestinos, mas também tem obras famosas nacionalmente como o Auto da compadecida.
Uma parada como essa (pessoa com deficiência, escolha e etc.) acontece em O Silêncio da Montanha, de Khaled Houssein. Vale a pena a leitura.
Isso me lembra de um artigo que li, sobre uma ossada humana com mais de 4000 anos, encontrada em Man Bac. Ela pertencia a um jovem com vertebras fundidas e ossos fracos, paralisado da cintura pra baixo e com pouco ou nenhum movimento dos braços.
Os pesquisadores sugerem que as pessoas do lugar viviam da caça, pesca e criação de porcos semi domesticados. Essas pessoas não tinham muito, mas dedicaram tempo e cuidado para atender as nescessidades dele.
E esse não é um caso isolado, existem outros indícios de povos antigos que tratavam seus fracos e doentes com cuidado e respeito. Essas coisas fazem a gente enxergar os nossos antepassados e a natureza humana com outros olhos.
Vim aqui para agradecer: o meu principal repertório do ENEM hoje foi baseado nessa HQ. Só conheci a obra graças a você.
Análise excelente. E a verdade é que a história não precisava ser melhorada, mas a música, texto e sua entrega fizeram a história ficar ainda melhor. Vlw Linck.
Papo reto,essa história é tão foda que merecia se transformar num filme.
Primeiramente obrigado a quem escreveu e segundamente pela análise Linck ❤
Pra mim cuidar do mais fraco e sempre bom pq TD mundo uma hora vai ser o mais fraco, mas infelizmente MT gente N vai ter alguém para ajudar nessa hora
Cara , que HQ fantástico e tocante. As cores , as sombras , os gestos .... haja fôlego ❤
Amei, chorei muito! Também sou pai de um filho autista e sou eu quem cuida dele, cuido atualmente de minha mãe com demência também. É muito difícil explicar para outros os prazeres e dores de viver assim, mas esse quadrinhos dá um síntese muito boa. Muito obrigado por isso...
Meu irmão mais novo tem paralisia cerebral. Ele não anda e não fala palavras concretas, mas conseguimos nos comunicar com ele. Ele emite sons e consegue fazer que sim e não com a cabeça.
Esse video me tocou muito e fiquei com muita vontade de ler o quadrinho.
Muito obrigado por isso.
Não costumo comentar em video antigo, mas, apesar de não ser "pai", me envolvo fortemente com uma pessoa que é mãe a algum tempo, e sempre tive vontade de ser pai, e, apenas essa análise me puxou muito esse lado, quase chorando na reta final. Claramente um incrível quadrinho, que faz eu querer muito ele na minha estante
Vou ler esse quadrinho, crtz, pq ele me lembrou mto do dilema da fome que Vidas Secas escancara
esse quadrinho é coisa linda, nunca me emocionei tanto com uma obra, chorei.
pra mim, camus (pronúncia /kamü/, com aquele ü com biquinho - sorry pela frescura fonética - O Estrangeiro é muito foda) e sartre (Huis Clos - Entre quatro paredes, sem falar de "o inferno são os outros") são dois dos melhores escritores que a humanidade já produziu. estou com o gibi aqui pra ler faz algum tempo, e agora vou ler com os spoilers - thank you very much 😞. como sugestão, embora com outra temática, mas ainda dentro dos pcd, recomendo o mangá Real... acho que daria um bom vídeo... outra realidade, mas dilemas tecnicamente aproximados. sugiro mudar o nome do canal para QnSdN - Quadrinhos na Sarjeta de Nietzsche... vai ficar um canal mais demasiadamente canal... rsrsrs
Sensacional. O quadrinho e sua análise. Vou comprar, sim. Será que existem quadrinhos que falam sobre doenças mentais? Tentei puxar pela memória mas só me veio Coringa, coisas assim. Queria outras visões
O Linck fez um vídeo meses atrás sobre autismo
Tem tanta obra que, provavelmente nas melhores intenções, romantiza tanto a pessoa com deficiência e aqueles que cuidam delas.
Não sei se vc percebeu mas é o próprio Cristo na história que romantizava a deficiência da filha, o romântico é aquele que uma hora cansa do fardo e parte para o sacrifício do seu objeto do desejo
Um pedido
Eu piraria caso o QNS falasse um pouco a respeito sobre a hisotira da franquia de jogos Bioschock, seria muito bom, quem mais ja pensou sobre ?
Impressionado com a qualidade das suas análises. Parabéns pelo trabalho.
ótimo vídeo, fiquei com uma sensação ruim só de ver vc falando sobre a obra, n tenho coragem de ler essa obra apesar de parecer algo essencial para leitura
Eu que nem gosto de quadrinhos lerei esse graças a essa linda resenha. Obrigada por compartilhar! ❤
Tenho uma doença rara e sempre me pergunto se vale a pena ter filhos, correndo a possibilidade de herdarem a doença. Esse vídeo foi incrível, obrigada pela análise!
Claro que vale! Tenho 3 doenças raras e sou surda, amo viver e agradeço minhas doenças. Dar a oportunidade a outro ser a viver, mesmo que ele não entenda, e dar amor a esse ser. Isso é bom!
@@isabellateixeira6791 poisé, mas uma das coisas que a minha doença causa é muitas dores crônicas. Me pergunto se seria egoísmo optar por botar uma criança no mundo sabendo muito bem qual o sofrimento que ela também vai passar (e sem ter certeza de que eu vou poder ser uma mãe tão presente ou dedicada quanto as mães sem deficiência). Se ao menos tivéssemos uma sociedade que não colocasse toda a responsaabilidade na família e fornecesse alternativas como creches, terapias, etc, iria melhorar não só a minha qualidade de vida, mas de todas as famílias no geral. É inclusive um termo que descobri essa semana assistindo uma palestra sobre serviço social: "familismo". Quando o estado coloca sobre a família a obrigação de cuidar de um indivíduo enquanto o próprio estadoé quem deveria fornecer os serviços e condições para respaldar essa família e esses indivíduos. Queria saber se vc já passou por essa dúvida e como chegou a essa conclusão, se não for me intrometer demais kkkk porque é algo que me pergunto quase todo dia, ainda mais nas condições sócio-climáticas em que estamos vivendo :(
Uma coisa é vc ser feliz mesmo com suas adversidades, outra coisa é vc condenar outra pessoa a ter as mesmas dificuldades não sabendo se a mesma vai aguentar ou ser feliz, isso já é egoísmo.
@@joycefamilialoureiro9138 eu condenei mona? Eu só disse minha perspectiva? Viu obrigadando ou censurado a moça? Interpretação de texto 0. E para piorar pega as dores de uma pessoa que nem sequer comentou o meu comentário. Possivelmente nem na nossa situação está mas opina, e pior julga sem nem saber as intenções.
@@joycefamilialoureiro9138 pera lá. Parir alguém não é o mesmo que "condenar" a pessoa como você tá dizendo. Esse é um assunto bastante delicado em que se precisa ter cuidado com a forma como nos expressamos porque não há resposta certa ou errada pra esse questionamento que coloquei. Não é simplesmente preto e branco. Eu estava conversando com uma pessoa que provavelmente entende as coisas que passo e por isso gostaria de entender a opinião dela. Não há como culpabilizar os pais quando a sociedade é extremamente capacitista. Em um relato de uma moça com deficiência que li, ela diz que mais do que todas as dificuldades de ordem orgânica que ela possui, o que dói mais é a insensibilidade e inacessibilidade da sociedade. Talvez não haja resposta para "devo ter filhos" até porque a questão não é de dever e sim de poder, mas o problem principal que passa despercebido é a falta de políticas públicas e uma rede de apoio
Caramba, pouco antes de assistir eu estava meio triste, melancólico mesmo e pensei: é engraçado que as vezes estava triste e não percebi quando passou, e quando estava alegre e tbm passou, mesmo a tristeza faz parte da vida, negar ela é negar parte da vida, assim como a alegria.
Então eu sorri, e agora assistindo esse vídeo percebo como faz e fez sentido de fato, a vida é tudo o que ela comporta, as coisas boas e ruins, que são pontos de vistas, pois tudo faz parte, o sentido dela é apenas ser
Que obra mais visceral! Adorei conhecê-la!! Meu pai é da cidade de Mossoró e a realidade lá é dura mesmo! Gostaria de sugerir a leitura da obra “O filho mau” da Carol Sakura e Walkir fernandes (ambos do Paraná) parabéns pelo trabalho!
Eu moro em Mossoró, que é que uma cidade meio que grande no Rio Grande do Norte, e por coincidência sou universitário, assim como a garota mossoroense na história
Essa premissa me recorda o filme nacional, Carvão (2022), de Carolina Markowicz. Tbm trata essas questões morais, se passa no interior e lida com essa crença dicotômica cristã, de fazer o certo ou errado, fica a recomendação!
Engraçado é que aquele culto do sonhador não fazia sentido biblicamente quando dizia que a mulher carrega uma cruz que não podia suportar, vemos na bíblia que em 1 Coríntios 10:13 está escrito "Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar." Logo um cristão está errado quando diz que "eu pequei porque a tentação era grande demais pra suportar" ou "eu fiz isso porque o fardo era grande demais pra mim". A mulher sem nome era quem mais tinha princípios cristãos ali, muito mais do que o homem que gostava de ser chamado de "Cristo".
Ninguém quer morrer. Quem tem empatia, quer que ninguém morra. Empatia em graus diferentes, refletem em diferentes graus de proteção do frágil.
Eu vim agradecer imensamente, eu usei esse quadrinho como repertório do enem esse ano graças a esse vídeo! Tive que segurar a comemoração quando vi o tema é lembrei exatamente desse vídeo, muito obrigado!
Acho que é bem pior. Ela tem nome e não gosta... teoricamente ela se chama Beatriz e não tem orgulho de ter o mesmo nome que a vaca (sendo que a mesma deve ter imaginado que Cristóvão faria a mesma coisa com ela)
Meu deus que obra incrível, eu tenho Dermatopoliomiosite, e me encontrei demais nesta história, simplesmente uma obra de arte!!!
Sobre quadrinhos sobre deficiencia acho que não tem nenhum melhor que Real de Takehiko Inoue, realmente recomendo uma analise
Coincidentemente conversei sobre isso hj com um amigo, sofre coisas polêmicas como que é injusto um filho com paralisia cerebral nascer numa família pobre que já tem tantas dificuldades. Já se nascesse numa família rica seria dolorosos pros pais do mesmo jeito, mas se eles amarem o filho ainda podem não passar por tanto perrengue e podem pagar cuidadores enfermeiros etc..
Fome & desespero, essa dupla todo pobre conheçe,,, as vezes muda...aí vem outra dupla, Medo & tristeza
Conhecer esse canal foi um presente... Foda demais!
É um erro fazer essa conflação de deficiênte e incapaz.
Estar sujeito a barreiras não é incapacidade.
Alguém faça o Linck assistir e gravar um vídeo sobre o ultimo episódio especial do South Park que tem o tema de Iacracção.
Sério mesmo que tu tá preocupado com isso?
@@SL-ve9lz ele só disse que seria interessante falar ué, ja que o linck ja falou sobre isso.
Vi muitos comentários sobre a mãe não ter nome como um sinal da representação da "mãe idealizada" aquela que " vive em prol dos filhos". Penso diferente, ela não se definir é uma forma de garantir sua própria individualidade, de não se contentar com o que faz sentido apenas para os outros. Não dizer seu nome, preserva sua dignidade em não se sujeitar a realidade alheia.
Nossa vc lançou essa pedrada faz um ano e meio ignorei ele, estou só agora assistindo. Sendo que o Luckas é da minha cidade! Sobre a questão toda história, eu conheço uma mãe que lida uma filha com autismo altíssimo e olha a vida dela tão difícil quanto a mãe de Rosa. Geralmente eu nunca me deixei pensar sobre isso, tão profundamente mas é aquilo, seu fardo, sua responsabilidade, sua liberdade estão ameaçada.
Que pedrada que eu tomei agora... pqp...
Tem alguns meses que eu te acompanho. Este é o melhor vídeo seu que eu vi e também um dos melhores vídeos que pude assistir nesta plataforma.
Obrigado, Linck
Nossa! Tão forte, tão necessário!
Fico imaginando uma adaptação cinematográfica que respeite a estética minimalista da obra de origem.
Um cineasta precisar ler esse quadrinho e assistir esse vídeo do Linck.
Emocionante sua análise! Como mãe me identifiquei muito! E me trouxe uma visão reconfortante dessa minha luta diária!
Por favor, comente mais!! Se esse quadrinho fosse ter uma adpatação acredito que o Walter Salles conseguiria trazer essa ideia, sendo a pegada dele bem realista... Agora se fosse para ser cruel com elementos lúdicos o diretor Yorgos, entregaria um excelente trabalho!
Cara... Eu acabei de vim do Enem e esse quadrinho era simplesmente perfeito pra redação, eu me lembrei dele e pensei "sabia que eu ia usar alguma coisa da sarjeta aqui!" Agora quem disse que eu lembrei o nome do quadrinho? Perdi essa oportunidade linda 💩
A introdução do vídeo me lembrou do filmaço Alemanha, Ano Zero (1948), de Roberto Rosselini.
Sou de Mossoró/RN, feliz em ver o nome da cidade que moro chegar tão longe
1:10
Que curioso... minha mãe, enfermeira, cuida de pessoas a beira da morte todos os dias. Vendo essa introdução, eu tive um diálogo com ela...
Eu perguntei se ela gosta de cuidar de pessoas debilitadas.
Ela me respondeu que não. É quase como ver a entidade da morte todos os dias.
Fiz outra pergunta, sobre "essas pessoas realmente querem estar nessa situação de miséria?"
E ela, de imediato, diz que essas pessoas não gostariam de estar vivas nessa situação.
E por fim, eu perguntei do porque não discutimos a morte, para encerar a dor do outro.
Minha mãe respondeu: "não temos essa discussão porque deus não deixa."
Mas seguindo em outro comentário, essa história me tocou porque falou comigo. Tenho epilepsia e suspeita de autismo(suspeita porque faço acompanhamento mas fechar o diagnóstico é super demorado), e não meço esforços pra impedir que pessoas de fora do meu círculo que sejam religiosas saibam disso sobre mim pois quando sabem a primeira coisa que falam é pra eu procurar deus, como se ele no alto do seu poder já não tivesse calculado que fazendo eu do jeito que sou me daria epilepsia, hipoteticamente falando pois não acredito em deus nenhum. Não há apoio verdadeiro de cristãos a não ser desejo vilanesco de me culpar pela minha própria condição que não escolhi ter, então levanto essa pedra todos os dias morro acima tentando dar o mínimo de trabalho possível pra quem convive comigo em silêncio.
Incrível obra nacional . 😢
N vou ver o final do vídeo até ler o quadrinho.
Desde já obg pelo vídeo
Me arrepiei antes do final . Daria uma obra cinematográfica incrível nas mãos certas
Alexandre, gosto do seu trabalho, mas sinto que seja necessário registrar um breve comentário: deficiente não é caracterizado pela situação de não poder cuidar de si ("aqueles que não podem cuidar de si" - 00:18). Aliás, é exatamente em razão dessa ideia que se justifica o emprego do termo "capacitismo", conforme o qual a ausência de capacidade se confundiria com a caracterização da deficiência. A deficiência se manifesta por impedimentos de longo prazo que, na interação com determinadas barreiras (arquitetônicas, sensoriais, atitudinais etc), restringem ou limitam a participação do indivíduo na vida social em condições de igualdade com as demais pessoas. Tome-se o caso das pessoas com TEA, por exemplo (transtorno do espectro autista), entre as quais me incluo. Quem me vê, não sabe os problemas que passo, as debilidades que sofro e o maior esforço que preciso exercer para me adaptar aos padrões socialmente esperados, considerando a escala de inteligência na qual me situo. Tais dificuldades, contudo, não me obstam o desempenho de atividade profissional e o exercício de uma vida autônoma, desde que atendidas certas recomendações. Por exemplo, sinto taquicardia, hiperventilação e fortes dores de cabeça quando permaneço exposto durante algumas horas à ação de diferentes estímulos sonoros, motivo pelo qual a concessão de teletrabalho é uma forma de assegurar que minha condição não interfira sobre a minha performance ocupacional e eu possa concorrer com meus colegas em condições de igualdade.
Enfim, é verdade que meu comentário não foi tão breve, mas espero que tenha ficado claro...
Quanto à história objeto do vídeo, em si, muito sensível e bonita...deve valer a pena, mesmo.
slc mano, eu vivo com minha vó debilitada, ela é um ser humano horrivel, nojenta, folgada e n faz nd p melhorar de condição, sequer sol ela pega, e slc, eu só odeio ela, Deus me perdoe, mas é um inferno, eu espero q todo esse sofrimento, tanto dela quanto o nosso termine logo
Pô, Linck, chorar num domingo de manhã vendo alguém falar de quadrinhos é foda. Abraço!
Deixar aqui meu agradecimento por esse vídeo, Alexandre. Eu tenho uma deficiência na perna e minha relação com isso sempre foi meio traumática e de negação. Sou de um interior bem pequeno da Bahia e as coisas nunca foram fáceis materialmente. Minha família materna sempre me colocava como um futuro adulto “inválido” e falavam de me aposentar. Sua análise, a hq e a relação com Sisífo me trouxeram outras perspectivas. Como a filha do casal da história, me senti a pedra que meus pais precisavam carregar. Mas sigo, como diz o Camus, imaginando Sisífo feliz. Obrigado!
Fui atrás do quadrinho por causa desse vídeo. Que história sensacional, que se torna melhor aínda pela forma como é contada. O fato de eu ser pai de uma criança com síndrome de down tornou a experiência ainda mais marcante. Obrigado pela indicação.
Dessa vez você me pegou,tenho mais de 50 e sou fã de quadrinhos mas de todos as resenhas para trás nada me deixava ver os vídeos por completos depois desse.
Ao se tornar mãe a indivídualidade é perdida muitas vezes, a mulher tende a deixar de ser ele para se tornar uma mãe.
Toda vez que entro em seus vídeos sei que terei uma excelente aula parabéns vc me mostrou que quadrinhos é muito mais que entretenimento as vezes é uma imersão em filosofia.
O quadrinho se passa aqui na minha terrinha!!❤
Sou pai de autista e me identifiquei muito com a mãe sem nome, mas refleti fortemente sobre a invisibilizacao q as mães atípicas sofrem, confesso q arrepiei todo aqui com tua análise.
Link que bela obra de arte. E o quadrinho é lindo.
Esse quadrinho é tão foda que eu nem li mas só com a narração do Link e as imagens soltas eu chorei...
é o primeiro video da Sarjeta que me faz chorar
Muito bom vídeo, cada quadrinho que é uma pedrada na narrativa e visual, e o melhor que é produto do Brasil, só me faz ter certeza que aq tem potencial mas pouco reconhecimento, parabéns pelo canal e por trazer a divulgação destas obras
Passando pra agradecer, Linck, usei esse quadrinho em minha redação do Enem, 900, justamente falando o que o comentário da Marcela diz. Uma mulher sem nome, por ser "apenas a mãe"
eu me arrepiei de uma forma q vc n faz ideia e chorei nossa q historia incrivel
Esse rapas, o Luckas, ele é muito bom velho, algum tempo atrás lia a historia dele que agora esta sendo republicada pela P&N e também é do caramba
Esse vídeo é um dos melhores do QnS, parabéns aos envolvidos e ao quadrinista!
Li. Quadrinho excepcional. Lindo mesmo. Não só pelo tema, mas todo ele - arte e roteiro. Sou deficiente. Eu, e muitos outros deficientes, somos, ao mesmo tempo Sísifo e a Pedra, ou seja, cientes de nós mesmos e de quem nos auxilia, somos o fardo e o carregador do fardo, por isso refletimos, pensamos a partir dos dois lugares - dos pais e da criança. Meu temor é ver no pai e no grupo religioso a representação de certa parte da nossa sociedade - sacrifício sagrado = eugenia. Ahhh... Belíssimo vídeo. Em tempo: deficiência pode ser adquirida ou congênita, ou seja, qualquer um a qualquer momento pode ser deficiente.
Muito bom. Quadrinho que ja estava no meu radar. Comic Zone sempre arrebentando. Desce a Marreta. Ps: foi um video realmente tocante.
Usei no enem esse quadrinho incrível que conheci graças a você! Muito obrigado 😁
Linck,faz vídeo sobre os filmes e livros do Urso Paddington,que nada mais é que uma linda metáfora para imigrantes
efugiados.XOXO.
Puxa que vídeo que quadrinho ❤ me emocionou demais e amei essa relação com a pedra de Sifiso … sou mãe de um rapaz autista que precisa de muito suporte e passou por muitos problemas de saúde desde a pandemia… obrigada Linck por trazer esse conteúdo ❤
Alexandre, eu sou pessoa com deficiência e esse é o segundo vídeo sobre quadrinhos e PCD que eu vejo vc falando sobre, tá me dando vontade de consumir quadrinhos de novo, muito obrigado!
Vou tentar comprar ese gibi igual vc falou ja nasceu gigante. ❤
Eu pela primeira vez não só entendi, como tbm senti essa coisa de feliz pelo fardo que carrego. Esse vídeo me deu uma clareza muito boa, obrigado mais uma vez QnS por mostrar como quadrinhos são incríveis e principalmente por mostrar que não precisa ser gringo pra ser bom
Vídeo certo, na hora certa. Era o que eu mais precisava ouvir. Muito obrigado
Valeu!
Um reconhecimento ao trabalho e um cosquinha no algoritmo, para acordá-lo e estimular a indicação.
Caramba, fiquei mexido só com esse vídeo.... Quero muito ler o quadrinho inteiro
Que vídeo, história poderosos! Isso me faz refletir sobre o paraíso, um lugar de paz e tranquilidade eternos: será que em um lugar onde não tenhamos uma pedra para empurrar até o topo da montanha não encontraremos, também, um tédio infinito? Um lugar onde só há coisas boas é um lugar bom, mesmo sem o mal como contraposto que nos inspire a valorizar o que é agradável?