Cultura se trás no coração, nascido e criado no RS hoje vivo em outro estado, mas a cultura sempre está ao lado, chamarão, churrasco e música nativista, é o que passo para meus filhos que não não conhecem este chão, mas muito mais gaúchos que muitos dai
Pois é, são histórias verdadeiras de homens honrrado, homens que morreriam para defender a PATROA e a horra a FAMILA. Hoje, existe mas e raro PESSOAS de palavras, que "hora o bigode.", como diziam os mais antigos. Parabéns a esses homens de fibra e coragem, que defende DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA.
Retorno bravo e Que disco eu gostava do meu cusco foram poesias que me deram alguns troféus parado a tempo agora em 2018 quero voltar a declamar e defender as duas poesias que me deram e me darão com serteza muita alegria
Entre os bravos que tombaram A tua palavra resiste e persiste em ecoar Para as próximas gerações que no peito carrega a estimada lição Que aqui no Brasil fogo e ferro forjam essa nação. AAP
Retorno bravo Ubirajara Raffo Constant Ali na porta do rancho, junto ao cusquito nervoso, o velho guasca orgulhoso olhava o filho partir. Também desejava ir com a mesma disposição, levando a lança na mão, p'ra se unir aos farroupilhas e pelear pelas coxilhas em defesa do rincão. Porém já velho e arquejado perdera a força no braço, tinha no lombo o cansaço do peso de muitos anos, mas era um dos veteranos com orgulho do passado, por ter a lança empunhado combatendo os castelhanos. Que gana tinha de ir, aquele velho guerreiro, de novo para o entrevero como gaúcho pelear, mas ficava a se orgulhar que embora velho e cansado tinha um filho ja criado partindo no seu lugar. E ali na porta do rancho, cheio de orgulho e pesar, viu o filho se afastar com garbo e disposição, montando um flor de alazão, o laço preso nos tentos, o poncho revoando ao vento e a lança firme na mão. Depois, com a estrada deserta, a noite foi se chegando, o pampa foi silenciando nas grotas e nos banhados e o velho guasca cansado no catre foi se arrimando, em silêncio memoriando entreveros do passado. Assim, a poeira dos dias cobriu o catre vazio do paisano que partiu do rancho para a guerrilha, levando na alma caudilha de guasca continentino, a fibra, a glória e o tino de campeador farroupilha. Já muitos dias depois um xirú trouxe a notícia: - A farroupilha milícia em que seu filho marchou peleando se dizimou. Morreram mas não recuaram e entre os bravos que tombaram dizem que o moço ficou. Num sentimento profundo o velho ficou calado, mas o seu rosto enrugado não pode a dor esconder, deixando livre correr, do fundo da alma ferida, uma lágrima sentida que ele não pode conter. Tristonha caiu a noite e mais triste a madrugada. Latia ao longe a cuscada, na quincha gemia o vento, e sem dormir um momento, ali no catre estirado, o velho ficou atado na soga do pensamento. Lembrou o filho em criança correndo o pampa em retoço, a melena em alvoroço soprada ao vento pampeano. Recordou ano por ano até que o piá ficou moço e ali da porta do rancho partiu p'ra revolução, montando um flor de alazão,o laço preso nos tentos, o poncho revoando ao vento e a lança firme na mão. Estava assim recordando, quando lá fora um gemido lhe fez apurar o ouvido e despertar-lhe a atenção. E quando ouviu uma mão, naquela hora tão morta, forcejar de encontro a porta como querendo arrombá-la, sua visão ficou clara, voltando-lhe a luz e o brilho; num ímpeto caudilho a porta abriu com vigor e estarreceu-se de horror ante a figura do filho. Cambaleante, ensangüentado, as vestes feitas em frangalhos, o corpo cheio de talhos dobrado pelo cansaço, já sem força em nenhum braço, já sem poder ver direito, e com o meio do peito aberto por um lançaço. Fitando os olhos do filho o velho ficou calado. Estarrecido, espantado, vendo-o ali em sua frente. Então gritou gravemente: - Meu filho, por que voltaste? Por que? Por que não tombaste onde tombou nossa gente? Maldito sejas, covarde, tu já não és mais meu filho! Não tens o sangue caudilho, não agüentaste o repuxo, deixaste teus companheiros, fugiste dos entreveros, tu já não és mais gaúcho! Então a face do guasca que peleando não tombou, como um lançaço estampou a ira do coração. Prostrando-se rudemente, naquele gesto inclemente, desfalecido no chão, o moço sentindo a morte roubar-lhe o sopro da vida, com a alma triste e ferida, ali prostrado no chão, sem rancor no coração olhou para o pai a seu lado, e já num último brado fez a brava confissão: - Meu pai, eu não fui covarde, honrei meu poncho e minha adaga, fiquei coberto de chagas mas agüentei o repuxo. Fui valente, fui gaúcho, peleei com todo o ardor, e se aqui vim escondido foi p'ra salvar do inimigo o pavilhão tricolor. Abrindo a camisa ao peito, tirou em sangue banhado aquele trapo sagrado que até o fim defendeu, e beijando-o estendeu ao pai, num último esforço, e depois, curvando o dorso, o bravo guasca morreu.
Quando eu vejo essa turma de hoje que temos em nosso Rio Grande, sinto remorso pois tantos morreram por um objetivo e hoje só vejo homens brincando de gaúchos
Conheça a Revista que homenageia Sepé Tiarajú. Trata-se da Revista Njinga & Sepé: www.revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape Alguém pode escrever poesias, histórias, ou contar atividades em homenagem a Sepé para publicar na nossa revista? Usar qualquer língua indígena será também elogiado e recebido. A revista incentiva a escrita em línguas indígenas brasileiras.
O pai chama o filho de covarde por não ter tombado mas ele mesmo tava velho e vivo.... porque ele não tombou também significa que ele o pai foi um covarde, essa história não ficou legal no fim o pai deveria ter se orgulhado do filho.
Sou do Rio de Janeiro mas admiro muito a Cultura gaúcha ❤
É de chorar, mas é de qualidade. Isso é como pensa um gaúcho.
Cultura se trás no coração, nascido e criado no RS hoje vivo em outro estado, mas a cultura sempre está ao lado, chamarão, churrasco e música nativista, é o que passo para meus filhos que não não conhecem este chão, mas muito mais gaúchos que muitos dai
mas que voz linda , melancólica e sua , apaixonada, não me cansaria de a ouvir
barbaridade, um pedaço da historia relembrada . Bravos guerreiros. poesia perfeita.
E de arrepiar até a alma..nossos antepassados sempre presente.
Bahhh.é de arrepia.esse Odilon é o cara.nota 1000.🙌🙏👍✌
Fiquei emocionada. Parabéns, memórias guardadas no coração!!!!.
Que obra de arte está casa, e que baita tema isso é RS taura velho forte abraço 👍👍👍🙏🙏🙏
Que história bem escrita, parabéns ao escritor 👏🏾
Uma das poesias mais lindas q existe
As poesias me trazem tantas lembranças 😢💔👏👏
Sou fã de vc adoro tua poesia
Parabéns
Mais uma poesia q me fez chorar linda e eloquente!!!!!
Pois é, são histórias verdadeiras de homens honrrado, homens que morreriam para defender a PATROA e a horra a FAMILA.
Hoje, existe mas e raro PESSOAS de palavras, que "hora o bigode.", como diziam os mais antigos.
Parabéns a esses homens de fibra e coragem, que defende DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA.
Nossa eu já conhecia essa poesia amo de paixão
Retorno bravo e Que disco eu gostava do meu cusco foram poesias que me deram alguns troféus parado a tempo agora em 2018 quero voltar a declamar e defender as duas poesias que me deram e me darão com serteza muita alegria
Obra de arte do nosso Rio Grande! Faço versos também, é inspiração!
Entre os bravos que tombaram
A tua palavra resiste e persiste em ecoar
Para as próximas gerações que no peito carrega a estimada lição
Que aqui no Brasil
fogo e ferro forjam essa nação.
AAP
Ainda bem que sou gaúcho só gaúcho 👏👏👏👏👏👏👏👏😀
Isto que eu chamo de arte
Retorno bravo
Ubirajara Raffo Constant
Ali na porta do rancho, junto ao cusquito nervoso,
o velho guasca orgulhoso olhava o filho partir.
Também desejava ir com a mesma disposição,
levando a lança na mão, p'ra se unir aos farroupilhas
e pelear pelas coxilhas em defesa do rincão.
Porém já velho e arquejado perdera a força no braço,
tinha no lombo o cansaço do peso de muitos anos,
mas era um dos veteranos com orgulho do passado,
por ter a lança empunhado combatendo os castelhanos.
Que gana tinha de ir, aquele velho guerreiro,
de novo para o entrevero como gaúcho pelear,
mas ficava a se orgulhar que embora velho e cansado
tinha um filho ja criado partindo no seu lugar.
E ali na porta do rancho, cheio de orgulho e pesar,
viu o filho se afastar com garbo e disposição,
montando um flor de alazão, o laço preso nos tentos,
o poncho revoando ao vento e a lança firme na mão.
Depois, com a estrada deserta, a noite foi se chegando,
o pampa foi silenciando nas grotas e nos banhados
e o velho guasca cansado no catre foi se arrimando,
em silêncio memoriando entreveros do passado.
Assim, a poeira dos dias cobriu o catre vazio
do paisano que partiu do rancho para a guerrilha,
levando na alma caudilha de guasca continentino,
a fibra, a glória e o tino de campeador farroupilha.
Já muitos dias depois um xirú trouxe a notícia:
- A farroupilha milícia em que seu filho marchou
peleando se dizimou. Morreram mas não recuaram
e entre os bravos que tombaram dizem que o moço ficou.
Num sentimento profundo o velho ficou calado,
mas o seu rosto enrugado não pode a dor esconder,
deixando livre correr, do fundo da alma ferida,
uma lágrima sentida que ele não pode conter.
Tristonha caiu a noite e mais triste a madrugada.
Latia ao longe a cuscada, na quincha gemia o vento,
e sem dormir um momento, ali no catre estirado,
o velho ficou atado na soga do pensamento.
Lembrou o filho em criança
correndo o pampa em retoço,
a melena em alvoroço soprada ao vento pampeano.
Recordou ano por ano até que o piá ficou moço
e ali da porta do rancho partiu p'ra revolução,
montando um flor de alazão,o laço preso nos tentos,
o poncho revoando ao vento e a lança firme na mão.
Estava assim recordando, quando lá fora um gemido
lhe fez apurar o ouvido e despertar-lhe a atenção.
E quando ouviu uma mão, naquela hora tão morta,
forcejar de encontro a porta como querendo arrombá-la,
sua visão ficou clara, voltando-lhe a luz e o brilho;
num ímpeto caudilho a porta abriu com vigor
e estarreceu-se de horror ante a figura do filho.
Cambaleante, ensangüentado,
as vestes feitas em frangalhos,
o corpo cheio de talhos dobrado pelo cansaço,
já sem força em nenhum braço, já sem poder ver direito,
e com o meio do peito aberto por um lançaço.
Fitando os olhos do filho o velho ficou calado.
Estarrecido, espantado, vendo-o ali em sua frente.
Então gritou gravemente: - Meu filho, por que voltaste?
Por que?
Por que não tombaste onde tombou nossa gente?
Maldito sejas, covarde, tu já não és mais meu filho!
Não tens o sangue caudilho, não agüentaste o repuxo,
deixaste teus companheiros, fugiste dos entreveros,
tu já não és mais gaúcho!
Então a face do guasca que peleando não tombou,
como um lançaço estampou a ira do coração.
Prostrando-se rudemente, naquele gesto inclemente,
desfalecido no chão, o moço sentindo a morte
roubar-lhe o sopro da vida, com a alma triste e ferida,
ali prostrado no chão, sem rancor no coração
olhou para o pai a seu lado, e já num último brado
fez a brava confissão:
- Meu pai, eu não fui covarde,
honrei meu poncho e minha adaga,
fiquei coberto de chagas mas agüentei o repuxo.
Fui valente, fui gaúcho, peleei com todo o ardor,
e se aqui vim escondido foi p'ra salvar do inimigo
o pavilhão tricolor.
Abrindo a camisa ao peito, tirou em sangue banhado
aquele trapo sagrado que até o fim defendeu,
e beijando-o estendeu ao pai, num último esforço,
e depois, curvando o dorso, o bravo guasca morreu.
Flor de alazão muita linda essa poesia
Belíssima poesia.
Esta poesia é uma obra prima amas de 40 anos
Os bravos nunca morrem.
Cala a boca
Soldados lutam por seu país. Heróis lutam pela liberdade. Soldados morrem. Heróis são imortais.
Fabuloso
Bela poesia e bela declamação. Também declamo uma que Cyro FEz que eu gostei
Bela poesia...🙏🇧🇷👏👏👏
Quando eu vejo essa turma de hoje que temos em nosso Rio Grande, sinto remorso pois tantos morreram por um objetivo e hoje só vejo homens brincando de gaúchos
infelizmente meu amigo, hj so Gaúcho de apartamento. ...
É verdade, quase ninguém mais segue a tradição.
então tu tá cego.
Verdade tudo Gaúcho só no 20 de setembro
Tudo em posto e apartamento
os tempos mudam, não queira que seja igual era antigamente... veja a mudança, tem gente que ainda a tradição sente.
Muito gaúcho daqueles de bombacha larga e chapéu de aba larga como eu.
O momento exige isso...
Ah meu Alegrete Véio!
Saudades do Alegrete. Quero voltar pra minha terra
mui lindo
Poesia do meu tio biratucho raff Constant
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
AMEI MEU NOME E JOAO TAGALERENTO
Chico Koller no violão.
Aonde consigo apenas a música de fundo?
Conheça a Revista que homenageia Sepé Tiarajú. Trata-se da Revista Njinga & Sepé: www.revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape Alguém pode escrever poesias, histórias, ou contar atividades em homenagem a Sepé para publicar na nossa revista? Usar qualquer língua indígena será também elogiado e recebido. A revista incentiva a escrita em línguas indígenas brasileiras.
O que significa pavilhão tricolor?
Se refere a bandeira do RS
Você não escutou até o fim
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Pena que hj em dia poucos honrram esse povo que pelho pelo rio grande . e ainda vão desfila de pelego sintetico pouca vergonha
O pai chama o filho de covarde por não ter tombado mas ele mesmo tava velho e vivo.... porque ele não tombou também significa que ele o pai foi um covarde, essa história não ficou legal no fim o pai deveria ter se orgulhado do filho.
Porque no caso o pai saiu vitorioso, já no caso do filho ele teria perdido e recuado, no caso se acovardado.