GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ COMO EU NUNCA VI (
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- Опубліковано 2 жов 2024
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A frase mais bonita do livro é:"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcançou.
Posso te falar eu adoro seu canal ,olha que existe um monte por aí igual ao seu mas vc fala de um jeito que da vontade de ler todos os livros do mundo . Vc é muito boa no que esta fazendo.
Isa, você é uma bússola e um oásis literário.
Eu li esse livro há um bom tempo, mas se minha memória não me engana, a cafetina diz para o narrador que a menina está verdadeiramente interessada nele, que pergunta por ele, que quer vê-lo de novo... e isso intensifica mais esse amor platônico que ele tava desenvolvendo. E nisso eu tenho pra mim que o que ele pensava ser uma reciprocidade era apenas uma esperança dela. Pense bem, imagine que você tem 14, tem que cuidar dos seus irmãos (acho que esse era o caso dela), trabalha num lugar miserável e se vê obrigada a se prostituir, o que obviamente você não quer fazer, é claro que ela tinha medo e nojo dessa vida... e então aparece esse cara (que não é tão assustador quanto tantos outros que você viu passando pelo bordel), que não faz nada com você, apenas te observar dormir. É claro que ela vai aproveitar a oportunidade de ganhar dinheiro sem precisar fazer sexo com ele né... é claro que ela vai querer vê-lo de novo, porque diante de tudo simplesmente é a melhor opção. É interessante pensar nisso porque eu já vi muita gente falando como se essa fosse uma história de amor quando na verdade é uma história de desespero, para os dois lados. E talvez porque eu seja mulher e jovem, eu sinto infinita empatia por essa personagem que mal aparece e é retrada na visão distorcida do narrador, do que do próprio narrador que me traz a história.
É exatamente isso que penso. Obrigada por este comentário
"é uma história de desespero, para ambos os lados". Não li i livro, mas pelo que a Bella sinopsizou da história, sim, é isso mesmo. E não, não é preciso ser mulher e jovem pra pensar assim: basta ser humano, inteligente e decente.
Simm eu senti isso também 🥺
Concordo. Honestamente, nunca vi amor ali. Só 2 pessoas desesperadas, cada uma por seus motivos.
Uau ótima explicação pela explicação do vídeo fiquei com nojo de ler e até do autor rsrs mas pela sua me deu muita vontade de ler e admiração pelo autor cresceu! Tenho cem anos de solidão e pra mim é pura poesia! Quero ler todos dele!! ❤
Caramba! "Memórias de minhas putas tristes" foi o primeiro livro que li do Gabo, e lembro que não gostei. Depois fui para "Cem anos de Solidão" e apaixonei. Nunca mais parei. Preciso reler, mas lembro que fiquei extremamente incomodado com a história, com a narrativa, com tudo.
Eu gostei do livro, tem partes lindas, como qdo ele descreve a alegria do personagem ao pedalar pela 1x. Vale muito. Tenho a impressão que ele quis dizer que há beleza nas coisas que inicialmente nos causam estranheza...
Muito boa a sua interpretação..verdade
Adoro "Memória de minhas putas tristes"... Foi meu primeiro contato com a literatura de Gabriel García Marquez. Tenho um carinho muito grande por essa obra.
Como sempre , muita qualidade , muita competência. Gosto muito do respeito que você tem pela literatura e pelo seu público. Estou sempre maratonando o Ler antes de morrer . E sobre o Gabo , EU estou para ler algo ruim dele , acho que até às listas de supermercado dele eram incríveis.❤️
Memórias de Minhas Putas tem base no romance A Casa das Belas Adormecidas, do japonês Yasunari Kawabata. São dois livros muito parecidos e os dois valem a pena.
Sim, o livro japonês está na epígrafe. Os dois, suponho, estão fincados no conto de fadas A Bela Adormecida. Adoro todos.
Ora que interessante. Não fazia ideia! Vou pesquisar. Obrigada.
@@sofadasofia8489 eu li esse romance faz tempo, lembrava que tinha gostado, tanto que fui ler o romance de Kawabata e também os cintos do Gabo sobre um homem observando uma mulher que dorme. Conferi no meu blog e vi que Lino Gabo em 2014, comentei no meu blog, coloquei até a canção que ele cita pequenidades.blogspot.com/2014/11/uma-pena-desperta-la-sem-arrulhos.html?m=1.
Eu acho o tema bem mais complexo, tudo estava lá no conto popular de séculos e que depois foi escrito e tomado como conto infantil, mas apresenta significados mais profundos, suponho. No Japão o livro de Kawabata me explicou, uma mulher observada dormindo pode ter tem relação com o Buda (o desperto para Deus) outros significados em diversas culturas. Enfim.
lerei o livro japonês tb
Adorei a música de abertura e fechamento!
Isabella, não creio que vc precise chegar a ser nonagenária para refletir profundamente sobre o livro. Guarde-o e releia-o daqui uns bons anos (depois das suas mil resenhas) e o verá com um olhar mais maduro. Quem sabe possa ser sua resenha 1001. Seria sua primeira resenha dobrada de uma obra. Fica a dica. Forte abraço.
Ótima resenha. Estou com ele aqui em casa faz 3 meses, agora com uma resenha dessa impossível não ler.
comprei e li rapidamente no ano 2004. Lembro que ao ler "Memórias de Minhas Putas Tristes", tive uma sensação de envelhecimento (me senti muito velho, mais do que poderia). Pareceu-me que o personagem, apesar dos 90 anos, tinha a imaturidade dos 14 anos. O tipo que relegou em segundo plano a vida afetiva e emocional, não amadurecendo nesse sentido. Lembrei muito do livro "Amor nos tempos do cólera" que também retrata um amor que tornou-se possível apenas na velhice - com todos os arroubos da juventude. Apesar de ser chamado de tarado, não vi no personagem essa característica, mas sim alguém que envelheceu cheio de frustrações, tentando resgatar o que já foi perdido. Do outro lado, a crueldade de quem o cercava e enxergava nele apenas um velho ingênuo, que poderia ser explorado. Lembro que finalizei a leitura e entrei numa ressaca que me persegue desde então: há 17 anos tenho a sensação de ter 90 anos.
Esse foi o meu primeiro livro do Gabo, li lá na época de lançamento, e achei de uma tristeza e sensibilidade incríveis. Achei que a intenção do Gabo foi mostrar a dualidade da vida e como as pessoas nunca são uma coisa só.
Também foi a minha estreia com o autor. Ansiosa por ler tantos outros. Beijinhos 😘
Hahahahah
T vejo fazer uma análise super profunda e vejo como sou simples. Hahahahha
Qdo li esse livro, considerando q o Gabo era um cara sarcástico e crítico, mas tbm de linguagem muito simples e popular, eu pensei simplesmente q ele tava mostrando q a gente vê o q a gente quer ver. A gente fica velho e olha pra td de forma romantizada, o q n necessariamente reflete a verdade. (Tipo qdo td mundo tá sempre dizendo q a época da própria infância foi a melhor fase do mundo).
Mas isso fui eu, o q, depois de td essa análise, me fez pensar q eu talvez tenha simplificado a coisa td. Hahahahha
Pra mim, depois de Machado de Assis, vem o Gabo. Eu já li e adorei Memórias das Minhas Putas Tristes, sua resenha foi muito pessoal. O grande livro dele e é pra mim um dos livros da minha vida : O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA, esse livro é PERFEITO! O amor personificado.
Só ainda li cem anos de solidão mas fica a vontade de ler tudo do autor. Pode ser que o próximo seja esse então amor em tempos de cólera já que recomenda tanto.obrigada.beijinhos 😘
@@sofadasofia8489 , eu adorei, mas tudo é muito pessoal. Isa não gostou desse titulo do Gabo, Memorias das minha putasctristes mas eu gostei. Não é o melhor livro dele, mas é bom. Ele é um dos melhores dos latinos, aí junto José Saramago.
@@patricialima0702 Obrigada pela resposta! Saramago é um génio! É não falo por ser portuguesa! A sua obra é fenomenal! 🤗Beijinhos de terras lusa 😘
@@sofadasofia8489, que bom ! Ele e Gabo são meus latinos preferidos. Espero que goste do Amor nos Tempos do Cólera. Posso te indicar um canal? Odilon Esteves, e Antofágica são muito bons.Ambos de literatura. Odilon é perfeito declamando poemas e lendo textos. Conheci ele através dos textos de Clarice Lispector
@@patricialima0702que óptimas sugestões . Antofagica já sigo. É top mesmo! Vou procurar esse Odilon 👌já agora, espreita também o meu canal 😉! Tenho opinião de um livro de Saramago e dos cem anos de solidão! Beijinhos 😘
Isa, eu li esse livro há pouco tempo e estava muito curioso por saber sua opinião. Não apenas por gostar das suas análises, mas também porque queria ouvir a visão de uma mulher sobre o livro. Principalmente pelo fato de que o narrador se orgulha de ser um "macho", no sentido da libertinagem que você destacou muito bem.
No entanto - apesar de achar que a obra tem um tom melancólico, não achei ela tão desesperançosa assim - e talvez justamente por ser homem, como você também sinalizou ao final do vídeo.
A forma pela qual o narrador fala do amor, em vários pontos, me pareceu poética demais para levar apenas como uma ironia amarga. Acabei vendo o personagem como alguém que havia se entregado às paixões carnais pela vida toda, até que, no crepúsculo da existência, "sentiu" alguma coisa um pouco mais profunda.
Certamente é caricato, quiçá até ridículo, se pensarmos no quadro todo pintado pelo Gabo: um velho tarado, à beira da morte, se apaixona por uma adolescente que é praticamente forçada pelas circunstâncias a se prostituir.
Mas, por outro lado, fiquei com a impressão de que a obra é sobre a absurda simplicidade com que esse sentimento por vezes surge (e que, de certa forma, é um pouco ridícula); sobre como ele mexe com a pessoa que está apaixonada; e sobre como ainda pode existir um resquício de humanidade por detrás da devassidão.
No mais, excelente vídeo!
Obrigado por indicar tantas obras do Gabo. Comprei várias delas por ter visto aqui no seu canal fiquei maravilhado com a forma que esse homem escrevia.
O orgulho de ser machao pela libertinagem n me deixa "indignada"... so me dá pena
Amei tua análise Bruno! E essa menina é simplesmente fantástica: maravilhada com as resenhas. Vê-se claramente o amor pela literatura. E isso deve ser honrado, sempre! Inscrita no canal! Um abraço e obrigada!
Por isso amo a literatura e o Gabo com especialidade, a interpretação que tenho deste livro muito diferente da sua, e isso é bom. Enxergo sim a tristeza que advém com a decrepitude física, mesmo assim sinto nessa história algo mais positivo, uma glorificação de tudo aquilo que podemos viver, antes de morrer. Que viver e amar, apesar dos pesares, vale a pena.
Li cem anos de solidão fora um pouco difícil, me perdia no tempo.
Entre tempo meu esposo adorou.
Beijos Isa. E obrigada pelo seu trabalho é lindo ver seu amor pela literatura
O primeiro livro que li do Gabo, inesquecível...
Isa, sugiro o conto "A Última Viagem do Navio Fantasma" como Nocaute Literário. Do Gabo, claro! Abço
Eu adoro esse conto.
Não conhecia esse conto mas fiquei curiosa.
También não conhecia
Isa, vi comentarios pela internet que o Gabo se inspirou para escrever esse livro, no livro " A casa das belas adormecidas" do Kawabata, que eu estou lendo agora por sinal e realmente parece com o que você contou do livro do Gabo, mas será que foi mesmo?
Parabéns pelo maravilhoso trabalho, seus vídeos são impecáveis 😘
Isso mesmo
"esse rebanho de condenados que somos nós a humanidade" :(
Vamos lá, mais uma resenha! 😀
Mais um masterpiece do Gabo
Tempo e solidão. Isa, impossível não pensar neles quando cruzamos a fronteira de uma certa idade. Lembro do meu pai, com 76 anos, cheio de vida e repleto de ideias (adorava escrever) ...vi nos seus olhos a tristeza de saber que pouco tempo teria e que seus projetos morreriam. O que o tornou mais leve nesse momento, foi a sua espiritualidade. Ele não tinha uma religião, mas acreditava piamente na continuidade da vida e que um dia voltaria. Observo que pessoas que não creem em nada, porém são inteligentíssimas, sofrem e ficam muito amargas quando percebem seu corpo deteriorar. Acredito que, corpo, mente e espirito devem andar juntos. "Talvez", o nosso querido Gabo tenha esquecido de alguma delas... bjssssssss Amo seu canal.
E eu conheço um tanto de gente com espiritualidade que desperdiça a vida pensando no que vem depois. Não é porque você conhece um ateu amargo que significa que todos o sejam.
A sinceridade da Isa chamando o velho de tarado...rs
Isa parabéns pelo seu lindo trabalhou sou sua fã e decidir continuar meu curso de letras pelo amor a literatura que você me provocou
Esse livro é emocionante , bonito e so quem sabe o que é a alma poderá entender
Isa, por favor, fala sobre o governo que está querendo taxar o livro em 12%!!!
Livro maravilhoso e que história!
Q delícia esse tipo de resenha
Li esse livro... Não me marcou muito... Adoro vc Isa 🤗. Leia por favor A dama das Camelias. Parabéns pelo Canal.
ADORO ESSE CANAL
Que resenha maravilhosa! Você se expressa divinamente bem!
Cem anos de solidão foi o meu primeiro amor na literatura, amo o Gabo! Coincidência esse vídeo hj, estava hj mesmo procurando outras obras dele na net pra comprar.
Gabriel Garcia Marquez é sempre uma grande aposta! Beijonhos
Eu já li o livro de Kawabata e achei muito mas interessante, mesmo que a história seja a mesma. Li "Memórias..." quando saiu e minha impressão foi que o tema da velhice é o que é colocado como primordial. Quizás nós não podemos sentir nenhuma simpatia pelo narrador porque a velhice é algo difícil de se gostar.
Isa!
Me apaixonei por Gabo quando li Cem Anos de Solidão com incentivo aqui do canal, depois fui ler O Amor nos tempos do Cólera e também gostei, e depois dessa resenha com certeza vou embarcar em mais esta viagem do Gabriel García Marques
Gabriel Garcia Márquez é fantástico!
"Quase dobrando o Cabo das Tormentas". Kkkkkk. Bela expressão. Eu costumava falar: "no bico do corvo".
Eu estava querendo ler esse livro!! Essa resenha chegou em boa hora u.u
Ótima resenha. Parabéns Isa! Espero mais obras do Gabo e Dostoievski...
Belíssima resenha Isa...👏👏 Fiquei curiosa pelo livro. Partiu para o último livro de Gado 😁🏃🏽♀️
Vou lê-lo!! Ótimo o seu trabalho!!
Meu autor preferido! 🌟
Li em 2005, lembro que também achei muito diferente dos outros livros. Apesar disso, gostei bastante, mesmo sem compreender direito.
Quando ela falou sobre o grande tema do Gabo, antes dela falar de tempo, eu falei pra mim mesma : "a solidão". Pensando bem são dois temas capitais, suponho.
Pense vc, no alto da sua intelectualidade e em sua visão de mundo, ter um sentimento de finitude, saber q sua vida está chegando ao final.....
Muita gente elogia esse livro e eu odiei! Achei machista demais, que bom ver alguém achando a mesma coisa.
Que felicidade! Sexta-Feira, Resenha da Isa, Livro do Gabo. Não vejo como poderia ser melhor💖
Nossa, eu também tive a mesma sensação ao ler.
Me inscrevi nesse canal maravilhoso e dei amei
Bom saber que você também achou o velho tarado. Todas as imagens que eu tive da narrativa foram decréptas.
Foi o primeiro livro dele que li. É especial p mim
Adoro Garcia Gabriel Marques
No livro, os contrastes: a velhice e a tenra idade. Dois mundos, dois tempos, dois seres que se aproximam pela imaginação e pela necessidade. Sim, há algo de muito desigual nessa história. Não sabemos o que pensa ou o que sente a mocinha adormecida. Aliás, nem o seu nome ficamos sabendo. Mas achei que o livro do Gabo suscita mais reflexões existenciais e tem mais poesia que o livro “A casa das belas adormecidas”, de Kawabata, no qual foi inspirado.
O livro fala sobre a impotência. Todas as narrativas e as "desculpas" do velho para não tocar a menina, até o suposto amor platônico é uma justificativa para impotência sexual dele que não consegue concretizar o ato
Achei o livro TRISTE, capaz de ele ter tido SAUDADES da juventude na figura daquela menina, Uma despedida da vida? Pode ser...
Como eu gosto de me arrumar encrencas literárias, vou arriscar um palpite sobre o livro, mesmo não tendo lido. Antes da opinião, dois dos motivos que me levaram a pensar isso: a obra de García Marquez costuma ter uma linguagem poética e também mostra o homem que vê a mulher como objeto. Vamos convir que são duas coisas meio difíceis de se juntar, já que não é muito poético a mulher servir de objeto. Isso leva a um problema, por mais que a homaiada teime em fingir que não, e o próprio livro mostra, não sei se de forma sutil ou clara: mulher como objeto causa um vazio interior, a pessoa nunca vai ter um amor real. Isso vai causando um vazio interno, vazio que não é difícil de perceber, mas aceitar isso acaba com a figura de “macho”. Então, o sujeito vai continuar procurando o mesmo tipo de mulher.
Aí caímos no comentário sobre o livro: esse homem é incapaz de amar, pelo tanto que ele objetificou as mulheres sua vida inteira. Está tão condicionado a tratar mulher assim que é isso que vai procurar e, desta vez, no grau mais exagerado que consegue imaginar. Mas o vazio pesa e, como forma de contornar seu passado, uma vez que se arrepender dele não parece ser o objetivo do personagem, ele se convence que está apaixonado. O caso é que esta paixão só é viável numa única situação: ser impossível - se tocar na mulher, acaba; se procurar outra, também acaba. Para ele continuar na autoilusão de que está amando alguém, tem que ser platônico.
É por isso que o personagem tem que ser velho: novo, ele vai acabar caindo na tentação de sair da situação platônica ou arrumar outra, o que destruiria este “amor”; velho ele tem, de um lado, a amargura de uma vida inteira como suporte ou justificativa interna para procurar um amor e, do outro, ele é velho o suficiente para levar aquela situação até o final da vida. Chegamos na condição ideal para uma autoilusão perfeita.
Mas, como eu disse, não li o livro, analisei pelo que sei do autor e pela resenha do livro e posso estar completamente errado. Mas até que torço para ser assim, pois aí teria um paralelo com Memorial de Aires, do nosso querido Machado.
É incrível que detalhes como o TEMPO estão visíveis na obra do Gabo, mas não percebemos. Vemos e não enxergamos. Às vezes, é necessário que alguém nos fale para que nós enxerguemos. Tenho certeza, de que minhas leituras e releituras desse autor serão contempladas com a observação do tempo.
Que resenha maravilhosa 🥰
Eu tenho uma interpretação desse livro de ser não exatamente uma crítica a sociedade, mas um alerta a homens que passam a vida toda fantasiando e vivendo uma realidade que não existe, que não rejeitam a profundidade das relações humanas, para descobrirem no fim da vida que o que os deixariam felizes era uma simplicidade que poderia ter sido alcançada desde o começo, mas que foi rejeitada para que se cumprisse o "papel social" do "macho".
amo esses livros e Garcia marques
Meu primeiro livro de Gabo! Creio que o velho passa a acreditar na vida após conhecer a menina! Se estou lembrado ele não toca nela e se torna uma pessoa mais feliz a partir desse encontro!
Não li, mas ao final da vida, sendo um pensador, creio que deva ser um tanto niilista a visão do fim. Não sei... Apenas deve ser um processo difícil e, talvez, isso tenha passado para o texto.
Td depende mesmo do ponto de vista. Eu só achei que mesmo na drecrepitude que a idade pode trazer, ele mesmo assim foi um gênio, como sempre.
Excelente minha amiga. Seus comentários são maravilhosos. Alguns livros que vc comenta aqui me leva a ler ou a reler. Obrigado
Olá, não acho que seja um livro sem esperança mas justamente o contrário já o li a bastante tempo, mas foi um dos livros do Gabo que mais gostei. Talvez a ideia inicial que fez do personagem que ficou clara no vídeo e a repulsa criada, tenha feito você ficar com o pé atras durante todo o livro. Mas na minha interpretação é justamente isso que o Gabo queria deixar o personagem arrogante, repugnante, um retrato de toda aquela "masculinidade latina" para simplesmente "quebra-lo" com um história simples, mostrando (ao meu ver) que o problemas desse personagem de 90 anos era simplesmente não ter vívido, ter comprado e não vivido as coisas. E a cada primeira experiência ele redescobre o sentido da vida, a cada "novidade" ele se encanta mais e sente que mesmo aos 90 anos pode se permitir viver, seja na platônica e toda estranha relação que tem com a garota ou com suas reflexões. Pra mim o livro é sim uma ode a velhice e um chamado a em qualquer idade deixarmos a "máscara", o "estilo de vida" ou quais quer comportamento que vise a um padrão (que se sustenta na vida toda, mesmo que por tradição) para nos permitirmos viver, experimentar. A narrativa do Gabo é magistral e esse livro me fez pensar em como podemos aceitar mudar mesmo depois de velhos (mesmo mudanças naquilo que achamos que somos). O enredo não caminha pelo caminho da moral e das "lições de moral" até porque o Gabo não escreve assim, mas ele demonstra nesse livro, que a mudança do personagem principal está nas pequenas coisas, no abrir mão de ser o "Macho alpha latino" (mesmo velho), para se colocar como o "menino" que admira a beleza da garota por quem se apaixonou.
Sinto que Gabo nos provoca tendo dizer a vida pode dar uma chance de você mudar tudo que sempre pensou sobre você mesmo e sobre a vida, mas nós "que assistimos" essa história, podemos aceitar essa mudança, ou sempre iremos olhar para esse senhor de 90 anos pensando e julgando-o por tudo que ele fez até ali?
Me doi pensar na minha resposta. Mas tenho a esperança de pensar que posso mudar até mesmo quando tiver 90 anos.
Me lembrou de forma vaga Lolita, no sentido de serem histórias contadas do ponto de vista de um homem mais velho que romantiza um relacionamento abusivo com uma menor e de terem um encerramento um tanto quanto "ambíguo" e "amoral"
Engraçado, eu acho esse livro maravilhoso, apesar de amargo. Eu li assim que chegou no Brasil e senti que ele tentou falar da própria frustração masculina, de não ser mais o grande garanhão. Como se o ato dele com a "bela adormecida" tentasse ver novas perspectivas que não o grande amante latina e mais como uma forma de tentar "adoçar" as memórias com as mulheres do passado. Como se fosse um último grande ato, o canto final do pássaro que irá se lançar ao espinho.
Não sei se consegui me expressar, sou de exatas... kkkk
Para mim o personagem lembrou o Florentino Ariza que passa pela vida sem deixar que as experiências com as mulheres realmente lhes toquem, fugindo de relações reais pra viver uma realidade inventada... E em ambos os casos eu acho que mostra que a vida passa e a velhice chega e como uma vida inteira pode ser "desperdiçada" acreditando que há sempre mais tempo
De fato , como foi mostrado em alguns comentários, você devia reler várias e várias vezes o livro. Morando em São Paulo, tendo frequentado ótimas escolas e universidades, será mais difícil ver pessoas comendo ratos vivos, menininhas se prostituindo em Marajó para receber óleo diesel para sua família, vá a Tailândia, ou saiba que distúrbio sexual, que está totalmente fora do contexto do livro , que vejo como relatou a Giovanna Fernandes como um ato de desespero , aliás muito comum também em qualquer lugar de barriga vazia!! Está tudo isso muito longe de nós. Homens comendo ratos vivos , e um sem fim de acontecimentos nos 8 bilhões. Não há idade para o amor quando verdadeiro. O grande poeta Mário Quintana se foi, como ele mesmo disse: "para a segunda ", pois dizia que existiam : " há : ou se está vivo ou morto". Não se assuste, porque o mundo nunca deu certo. Em relação ao seu nojo como disse, há outras práticas também de pessoas famosas como Olavo Bilac.
Eu juro que já tinha ouvido sua resenha sobre esse livro. Fiquei surpreso. Até comentei com minha namorada que ja tinha visto a resenha dele por causa do trailer de um filme que saiu recentemente baseado no livro.
Gabo talvez seja meu autor predileto, inclusive visitei a Colômbia por causa dele, mas essa temática quase recorrente de relacionamentos com uma grande diferença de idade me deixa tão desconfortável...
Sinto um grande incômodo com essa mania que o Gabo tem de idealizar romances com meninas tão novas. Isso aparece em vários livros dele.
O gabo foi um verdadeiro artista da literatura, sem dúvida. Algo que me deixa um pouco perturbada, é essa romantização com menores de idade, que nada mais é que pedófila. É claro que temos um crítica e devemos considerar o contexto de cada obra.
quão tênue é a linha entre descrever a realidade e fazer apologia à tamanha violência, ao estampar o assunto de forma tão naturalizada e romantizada, sem um teor crítico por detrás? infelizmente, temáticas que hoje não seriam aceitas estão muito presentes nos nossos clássicos de forma natural e até romântica, sempre repito que não é o caso de “cancelar” autores que já morreram e contribuíram demais para a literatura, mas como pode alguém ler uma história como essa e não fazer uma crítica, não problematizar esse tipo de coisa? isso me intriga.
@@Veigueta eu estou falando justamente que os LEITORES romantizam determinados temas sem teor crítico apenas pq os autores são aclamados. Pouquíssimas pessoas abordam esses temas de forma crítica.
Achei q só eu pensasse assim..,
Aliás isso vale não só pra esse como pra vários outros livros dele. É doentio e pra lá de problemático e só vejo gente fazendo elogios. E não é uma coisa de uma vez só os temas se repetem vários livros dele...
Sério com esses temas nem tenho vontade de ler.
@@elisatferreira exatamente!!!!!!! por isso, acredito que devemos sempre ter cautela ao aplaudir de pé cegamente um autor, é que devemos sempre refletir sobre o impacto da palavra escrita na perpetuação de esteriótipos e violências no imaginário coletivo.
@@estevesprih concordo plenamente. E você foi até mais educada na sua crítica e observação do q eu conseguiria ser.
Se fosse algo q fosse tratado em uma única obra e a crítica a tal comportamento fosse clara até dava para relevar e perdoar o autor. Mas é recorrente o q me leva crer q ele gostava desses temas e apoiava esse comportamento. Isso não é legal. E quem gosta e idolatra ele ou pensa igual ou tá sendo omisso e irresponsável sobre questões importantes.
Até onde eu sei ele não é como o autor de Laranja Mecânica que disse em entrevista ter se arrependido de escrever um livro que aborda a violência. Sem contar q o Gabo é muito mais famoso e idolatrado até pela Isa.
Adoro ver os vídeos
De tudo o que você falou o mais importante foi dizer de sua dificuldade de não entender melhor o livro por não ser homem.
Esse foi o primeiro que li dele, na época não era muito leitora, só lembro que não gostei e achei o velho um tarado kkk. Preciso reler.
Ano passado voltei a ler e li Cem Anos de Solidão e entrou pra lista dos livros da minha vida.
Só uma coisa: "A Vida não é uma peça de Shakespeare, o mundo não é Verona, e os casais não são Romeu e Julieta
Bom Título, Ótimo livro !
muitas pessoas não gostaram desse livro mas eu achei justamente uma fuga e um relato do autor! parece uma crítica à masculinidade compulsória própria da cultura latina
ele não teve pudor ao usar como ferramenta narrativa o abuso infantil, a prostituição e a decrepitude que pode trazer a velhice amarga, e eu acho isso louvável
Eu tenho essa edição de amor nós tempos do cólera
Partilho dos seus sentimentos em relação a essa leitura, Isa. Há um desalento evidente na tônica autobiográfica. É a parte meio amara da obra de Gabo. Eu senti isso ainda em 2006 quando li e guardo até hoje essa impressão.
mais um pra minha lista
Essa resenha está rendendo bons comentários... pela primeira vez, ao ver um vídeo da Isa, pensei: não sei se quero ler esse livro, mas os comentários estão me ajudando a pensar melhor 😉
Gosto muito desse livro. O Gabo conseguiu passar d forma primorosa o definhar de um "Dom Juan" de modo melancólico. Não vi crítica do autor ou descrever o próprio fim. Achei: arte pela arte. Destaco ainda a forma muito real do macho latino. É lindo? Não. Mas palmas pela a escrita e narrativa impecáveis
Isa, este livro foi meu primeiro Gabo, li há mais de 10 anos e fiquei com esse sabor amargo também. Lembro de ter compreendido o furor sobre a escrita dele, mas de detestar o personagem e suas atitudes, nunca esqueci a maneira como ele tratava a mulher que trabalhava na casa dele. Vendo sua resenha, mesmo não me lembrando muito bem do livro e mesmo eu sendo outra pessoa quando li, acho que seus apontamentos refletem muito o que sinto a respeito da obra, bem como essa indefinição sobre o que pensar a respeito. Como a gente gosta de Gabo, sempre é melhor ficar com a perspectiva de que foi uma crítica, mas nunca saberemos. Só agradeço por não ter ficado com ranço do autor, porque há cerca de 4 anos voltei a lê-lo e me encantei, de certa forma “fiz as pazes”.
Parabéns pela resenha, sempre muito lúcida e clara. Um abraço!
Certas palavras
É preciso dizer certas palavras,
É preciso escrever:
Amor, solidão, ódio e paixão.
Não é brega o amor, nem o amar,
brega é aquele que diz
No sentido pequeno,
Por um curto período
De tempo.
O sentido do amor
Não é passageiro.
Imagine o amor de mãe,
Em todas suas entregas,
Amor escrito por Paulo,
Cantado por Renato.
Este amor fraternal
Maior que a fé!
Quero escrever sobre aquele amor,
de olhares que se encontram,
de mãos suadas e sorrisos
Marotos.
O amor que nos eleva
como humanos,
aproxima dos animais.
Pedro Paiva
Lindoooo!
Isa, você acha que dá pra fazer um paralelo dessa história com A Morte em Veneza? Esse vislumbre pelo ideal da beleza e juventude?
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Isaías 53
Gabo, incrível autor, talvez não sabia que viver é Cristo e morrer é lucro
Eu gostei muito. E apesar da menina que dorme, acho que o livro é um epitáfio do personagem Tempo, que, sabendo estar perto do fim, tem uma epifania de que não é o fim ainda, e, enquanto o fim não chega, a vida ainda surpreende. Beijos
Sei.
Nao tem nada a ver com assunto do vídeo, mas, Que cabelo bonito
O discurso dele ao receber o Prêmio Nobel é antológico. Um grito à liberdade da expressão e do pensar.
Foi o primeiro livro que li do GABO. E apesar do incômodo no início, aos poucos fui ficando encantada pela escrita dele... Depois que fui lendo os outros livros dele entendi que ele sempre falava desses amores "tortos" mesmo.
A própria vida dele e dos homens de sua família são cheias de "tortuosidades", ele narra isso em "Viver para contar".
Tive uma sensação incômoda com este livro! Leitura indigesta!
Não consegui ler. Tentei 2 vezes e não foi. 😔
Seu cabelo tá muito lindo.
Gabo tarado. Esses velhos...