Capítulos: 00:00. Introdução 01:10. Notas preliminares 09:00. Leitura e explicação da primeira via 15:00. Formalização da primeira via (Timothy Pawl) 18:00. Objeção 1 - Podem existir múltiplos primeiros movedores 20:50. Objeção 2 - Podem existir cadeias circulares de mudanças 22:45. Impressões sobre o tomismo contemporâneo 22:33. Passagem do meu livro inédito, "Por que não creio" 27:35. Formalização da primeira via (Graham Oppy) 28:50. Objeção 1 nas palavras de Oppy 30:00. Objeção 3 - Incongruência modal entre premissas 2 e 3 32:18. Objeção 4 - Se o livre-arbítrio existe, uma pessoa pode mover a si mesma 35:00. Objeção 5 - É controverso que não possa haver uma regressão infinita de movedores (Petição de princípio de Aquino) 38:00. Considerações finais
As 5 vias sao como superpoderes filosóficos pra provar a existência de Deus. Sao como truques de mágica pra convencer todo mundo de que Deus é a estrela principal do show cósmico, que criou bilhões de galáxias com bilhões de estrelas, e o ego humano quer se sentir no centro do universo. Mas tem um detalhe: todo truque, toda mágica, perde um pouco do encanto qdo questionamos e temos pensamento próprio em descobrir a verdade.
4:05 não foi bem assim, diz a história que um certo dia São Tomás foi arrebatado em espírito ao paraíso, depois disso ele disse: "diante do esplendor do que me foi revelado, as coisas que outrora escrevi agora me são como palha". O que São Tomás de Aquino quis dizer é que por melhor que fossem seus escritos, ainda sim, estão muito longe de compreender a realidade espiritual.
@@rogeriasouza5976é só crente que tem viés de confirmação? Ateu não tem não né? Se você está tão segura de que Deus não existe, por que é que você está em tudo quanto é canal de ateu militante assistindo vídeos que falam exatamente aquilo que você quer ouvir? Mas os outros é que possuem viés de confirmação né minha senhora. Ateus costumam criticar nos cristãos todas aquelas características que na verdade são eles que possuem: viés de confirmação, dogmatismo, estreiteza mental, intolerância e etc.
37:41 Como que isso é algo que ajuda a contra-argumentar o regresso infinito? Aristóteles acreditava ao mesmo tempo que o universo era eterno e que havia um primeiro motor imóvel (fora do tempo). E Tomás assume que não haveria problema aceitar que o universo poderia ser eterno, mas ele entende que as escrituras revelam que houve um início.
@@gagabriel4 que fonte minha? eu descrevi a posição de Aristóteles e de Tomás de Aquino. Eu não disse que algo que eles acreditam é a minha posição, mas mesmo se fosse, não faria diferença porque meu ponto não era sobre isso. Aquilo era claramente um comentário tangencial sobre como Tomás de Aquino pensava, meu ponto faria sentido mesmo sem aquela parte. Meu ponto era que os mesmos autores que argumentam que um regresso infinito de causas é impossível, achavam coerente pensar que o universo fosse eterno. Logo, simplesmente dizer que o universo pode ser eterno não é um bom contra-argumento ao regresso infinito.
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O rapaz do vídeo não sabe o que é movimento. Está preso ao conceito newtoniano e nem se dá conta. No entanto, o ponto alto do vídeo é quando, ao começo da explanação, apontando as críticas de Russell, praticamente diz "Santo Tomás quer provar uma verdade que ele acredita", é como se dissesse "o erro de Santo Tomás é querer provar aquilo que ele quer provar". Bizarro.
Matheus, você não pensou em ler as referências que estão no rodapé da Summa antes de tentar refutar? Todas as suas dúvidas estão nas referencias que você não leu.
Matheus, por acaso o senhor poderia fazer vídeos refutando e respondendo cordialmente e intelectualmente os vídeos do Dr Rômulo?? Abraços e obrigado pelo conteúdo rico e denso como este!
Qualquer raciocínio meramente retórico, por mais bem construído que seja e por mais lógico que pareça, não prova nada do mundo real. Um ente entendido como 'Deus", pode existir ou não. Religiões diversas concebem deuses diferentes. Até os dias de hoje ninguém foi capaz de demonstrar que qualquer um desses deuses age de maneira inequívoca na realidade material, porque deuses de religiões não existem.
Ótimo video Professor! Penso que também é uma possibilidade a ideia de um sistema circular, onde a cadeia de motores e objetos movidos pelos mesmos se interliga, assim a cadeia não seria infinita, mas também não haveria necessidade de um primeiro motor não movido por outro!
@@pensar888 não em termos lógicos, posso pensar que o movimento do circulo é eterno (como pensava Aristóteles), já que isso não contradiz a necessidade de um motor anterior que sempre existiria num sistema circular, supor que é necessário um primeiro motor para haver um último movimento é uma petição de princípio! Já que nesse caso o movimento cíclico é eterno e a teoria aborda apenas o movimento específico e localizado no espaço e no tempo.
@@pensar888 isso nem sequer faz sentido em um sistema circular, já que em última instância todo movimento seria causa de si mesmo em termos absolutos (mas não em termos relativos)
A arrogância dos Tomistas, só não é maior do que a ignorância deles em relação à tudo que existe fora da idolatria à qual se aferroam com a mesma. Uma filosofia do medievo, ultrapassada, e limitada pela falta de conhecimentos básicos acerca da realidade - especialmente no que tange o campo científico. Tem valor filosófico, isso é indiscutível, mas serve apenas para reforçar a crença daqueles que já são cristãos. É sem dúvidas, a mais superestimada das filosofias criadas pelo homem.
@@Ariel.constante212 ???????? Somente os iluminados ateus sabem que estão certos, mesmo sem poder provar a inexitencia de Deus, sustentsm seu ateismo por fé. Ja que não evidencia que Deus não exista..
@@Ariel.constante212 os argumentos filosoficos(se tiver alguma valia) so servem para aqueles que ja acreditam , dificilmente vc encontrarar alguem que se tornou cristão porque alguem o convenceu com tais argumentos, desde o crente simples, ao intelectual.
@@josevalverde7431 tem o gringo do canal inspiring philosophy . Ele não é o único que se converteu devido a argumentos se vê isso em ambientes mais bem educados ( infelizmente nem todo mundo conhece a filosofia)
@@josevalverde7431 Tem diversos caras que eram ateus e se converteram por causa das vias, Edward Feser, Carlos Nougue, Rômulo do Ciência e Filosofia, O Deivid Pansera etc. Mas você vai desqualificar todos, porque quando o cara passa para o outro lado automaticamente deixa de ser um intelectual respeitado para ser um fanático religioso.
@JoãoVictormarquesdesousa ele diz isso - o que é muito conveniente para seus propósitos. Se de fato se converteu através de argumentos, eu duvido muito... A relação da crença em deuses é extremamente emocional e culturalmente hereditária.
Gostaria de saber como este pensamento do primeiro motor se encaixaria na mecânica quântica. Não podemos aceitar um pensamento medieval somente, sem levar em conta as descobertas contemporânea. A gravidade é uma força que movimenta o universo inteiro, e ela é movida pelo quê? Talvez estou falando besteiras, não sou nem leigo no assunto, cai de paraquedas aqui.
@wagno51 também acho o mesmo, seria ótimo termos vídeo por vídeo refutando essas vias, eu esperava faz um tempo, pois em debates os crentes acham que é impossível refutar esse mano (Tomás de aquino)
Meu caro não acredito em Deus baseado em argumentos filosoficos, nem por evidencia cientifica, a fé em Deus alguem simples pode acreditar, um filsofo não, o racionalismo não é caminho para Deus, pesdoas soberbas, orgulhosas, que cultuam a ciencia jamais crerão em Deus, porque este ódio, este ataque a fé cristã, sua luta destinado ao fracasso, os novos ateus usam velhos argumentos reciclados.
@@vitoramate As objeções levantadas foram objetadas pelo próprio Tomás de Aquino e refutadas na própria Suma Teológica que o senhor supostamente "leu". Art. 1 - Se o homem tem livre arbítrio. (Supra, q. 59, a. 3; Ia-IIae, q. 13, a. 6; De Verit., q. 24, a. 1, 2; De Malo, q. 6). 3. É livre quem é causa de si, como diz Aristóteles. E não é livre o que é movido por outro. Ora, Deus move a vontade, conforme a Escritura (Pr 21, 1): O coração do rei se acha na mão do Senhor, e (Fl 2, 13): Ele o inclina para qualquer parte que quiser; e: Deus é o que opera em vós o querer e o perfazer. Logo, o homem não tem livre arbítrio. O homem tem livre arbítrio; do contrário seriam inúteis os conselhos, as exortações, os preceitos, as proibições, os prêmios e as penas. E isto se evidencia, considerando, que certos seres agem sem discernimento; como a pedra, que cai e, semelhantemente, todos os seres sem conhecimento. Outros, porém, agem com discernimento, mas não livre, como os brutos. Assim a ovelha que, vendo o lobo, discerne que deve fugir, por discernimento natural, mas não livre, porque esse discernimento não provém da reflexão, mas do instinto natural. E o mesmo se dá com qualquer discernimento dos brutos. ― O homem, porém, age com discernimento; pois, pela virtude cognoscitiva, discerne que deve evitar ou buscar alguma coisa. Mas esse discernimento, capaz de visar diversas possibilidades, não provém do instinto natural, relativo a um ato particular, mas da reflexão racional. Pois a razão, relativamente às coisas contingentes, pode decidir entre dois termos opostos, como se vê nos silogismos dialéticos e nas persuasões retóricas. Ora, os atos particulares são contingentes e, portanto, em relação a eles, o juízo da razão tem de se avir com termos opostos e não fica determinado a um só. E, portanto, é forçoso que o homem tenha livre arbítrio, pelo fato mesmo de ser racional. Resposta à terceira. ― O livre arbítrio é causa do seu movimento, porque o homem, pelo livre arbítrio, é levado a agir. Mas, contudo, não é necessário, para a liberdade, que o livre seja a causa primeira de si mesmo; assim como não é necessário, para uma causa ser causa de outra, que seja sua causa primeira. Ora, Deus, pois, é a causa primeira motora, tanto das causas naturais como das voluntárias. E assim como, movendo-as, não faz com que os atos delas deixem de ser naturais; assim também, movendo as voluntárias, não faz com que os seus atos deixem de ser voluntários, mas antes, causa-lhes essa qualidade, porque obra, em cada ser, conforme a propriedade deles. Art. 9 - Se Deus quer o mal. (Infra., q. 48, a. 6; I Sent., dist. XLVI, a. 4; I Cont. Gent., cap. XCV; De Pot., q. 1, a. 6; De Malo., q. 2, a. 1, ad 6.) 1. Pois, quer todo o bem que existe. Ora, é bom que o mal exista, conforme Agostinho: Embora o mal em si não seja bem, contudo é bom que exista, para que não somente exista o bem, mas também o mal1. Logo, Deus quer o mal. Sendo o bem por natureza apetecível, como dissemos5, e o mal se lhe opondo, é impossível o mal como tal ser apetido, quer pelo apetite natural, quer pelo animal, ou pelo intelectual, que é a vontade. Mas o mal podemos apetecê-lo por acidente, enquanto conduz a algum bem. E isto se dá com qualquer apetite, pois, o agente natural não busca a privação ou a corrupção; mas uma forma concomitante à privação de outra e à geração de um ser, que é a corrupção de outro. Assim, o leão, matando o cervo, busca o alimento, que não é possível sem a morte deste animal. Semelhantemente, o impudico busca o prazer, que não é possível sem a deformidade da culpa. Ora, o mal que acompanha um bem é a privação de outro bem; pois, nunca seria apetido o mal, nem mesmo por acidente, se o bem, que vai de mistura com ele, não fosse mais apetido do que o outro bem de que ele priva. Ora, nenhum bem Deus quer mais do que a sua bondade: mas, quer mais um bem que outro. Donde, o mal da culpa, que priva da ordem para o bem divino, Deus de nenhum modo o quer; mas, quer o mal do defeito natural, ou o da pena, querendo algum bem ao qual se une esse mal. Assim, querendo a justiça, que a pena, e querendo seja conservada a ordem da natureza, quer que algumas coisas naturalmente se corrompam. DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. - Alguns disseram, que, embora Deus não queira o mal quer contudo que ele exista ou seja praticado6. E isto diziam porque o mal em si mesmo, se ordena para algum bem; e essa ordem criam estar implicada no dizerem - o mal existir ou ser praticado. Mas, esta opinião não é verdadeira, porque o mal não se ordena ao bem, essencialmente, mas por acidente. Pois, não está na intenção do pecador que, do pecado, resulte algum bem, assim como não estava na intenção do tirano que, pelas suas perseguições, brilhasse a paciência dos mártires. E, portanto, não se pode dizer que tal ordem para o bem se subentenda no dizer-se que é bom que o mal exista ou seja praticado. Porque não se julga uma coisa pelo que lhe convém acidentalmente, senão essencialmente. Também é engraçado as diferentes formalizações que esquecem de citar ou de contextualizar certos aspectos essenciais da argumentação de Aquino, ainda mais quando Graham Oppy formaliza a primeira via de Tomás e critica as consequências de sua própria formalização. Abaixo trago a formalização do Victorelius, que acredito ser a que mais se aproxima do texto de Aquino. 1. O móvel enquanto móvel é um ente potencial e o motor enquanto motor é um ente atual, porque mover é levar da potência ao ato. 2. O ente potencial não pode ser um ente atual e o ente atual não pode ser um ente potencial ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 3. Logo, o motor não pode ser móvel e o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 4. E portanto, o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 5. Mas se o móvel pode ser movido por si, então o móvel pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 6. Logo, o móvel não pode ser movido por si. 7. Mas o móvel só pode ser movido ou por si, ou por outro. 8. Logo, o móvel só pode ser movido por outro. 9. Assim, ou há infinitos motores, ou não. 10. Se há infinitos motores, então não haveria primeiro motor; se não houvesse primeiro motor, então não haveria outro qualquer. Se não houvesse outro qualquer, não haveriam seres móveis. 11. Se não há infinitos motores, então há um primeiro motor. Se há um primeiro motor, então o primeiro motor é imóvel. 12. Logo, ou não há seres móveis, ou há um primeiro motor imóvel. 13. Há seres móveis. 14. Logo, há um primeiro motor imóvel. Os subargumentos são um silogismo composto copulativo (1 a 3), o que os lógicos contemporâneos chamam de separação (3 a 4), um silogismo condicional misto (4 a 6), um silogismo disjuntivo (6 a 8), uma inferência material (8 a 9), um dilema construtivo complexo (9 a 12), e um silogismo disjuntivo (12 a 14). As proposições são um entimema copulativo, que contém uma proposição copulativa com duas proposições reduplicativas (1), outras duas proposições copulativas que contêm, cada uma, duas reduplicativas (2 e 3), uma proposição reduplicativa (4), uma proposição condicional (5), que implica numa proposição simples (6) por modus tollens, uma proposição disjuntiva (7), que implica numa simples (8) por tollendo-ponens, outra disjuntiva (9), implicada materialmente pela anterior (naturalmente, a necessidade de que existam motores implica numa serialidade, que pode ser infinita ou não, segundo o princípio de não-contradição), duas proposições condicionais compostas (10 e 11), de fundamentação mais ou menos implícita, outra disjuntiva (12), uma proposição simples (13) de natureza empírica, e uma proposição simples categórica, que é a conclusão final, acompanhada sempre, nas vias, de um epílogo “ao qual todos chamam Deus”. Sobre o mundo existir desde sempre, recomendo esse vídeo pro professor Nougué sobre o assunto: ua-cam.com/video/QcZwxq5_-fY/v-deo.html&ab_channel=CarlosNougu%C3%A9Tomismo
@@vitoramate Além do mais, sobre poder haver infinitos motores: "O primeiro argumento é o seguinte: Se na série de moventes e movidos houver processo ao infinito, então haverá infinitos corpos, porque tudo que é movido e divisível é corpo, conforme está provado (VI Física 4, 234; Cmt 5, 796). Com efeito, todo corpo que move e que é movido enquanto produz movimento é simultaneamente movido. Por conseguinte, todos esses corpos em número infinito são simultaneamente movidos, desde que um só deles seja movido. Mas um deles, sendo infinito, é também movido em tempo finito. Logo todos aqueles infinitos se movem em tempo finito. Mas isto é impossível. Logo, é impossível que uma série de motores e movidos tenha processo infinito. 10. Prova-se que é impossível que os infinitos moventes mencionados sejam movidos em tempo finito, assim: É necessário que o movente e o movido sejam simultâneos, o que se prova por indução, apresentando cada uma das espécies de movimento. Mas os corpos não podem ser simultâneos senão por continuação ou contiguidade. Por conseguinte, como todos os supramencionados motores e movidos são corpos (como foi provado) é necessário que estejam quase como um só móvel por continuação ou contiguidade. E, assim, um infinito é movido em tempo finito, o que é impossível, conforme está provado (VI Física 7, 238a; Cmt 9, 846ss). 11. O segundo argumento, para provar o mesmo, é o seguinte: Nos moventes e movidos ordenados, dos quais um é por ordem movido por outro, deve-se verificar que, removido o primeiro movente ou cessando o seu movimento, ele não mais moverá algum outro nem será movido, porque o primeiro é causa do movimento de todos os restantes. Se houver porém, movente e movidos indefinidamente seguidos, não haverá um primeiro movente, mas serão todos movidos como intermediários Logo, nenhum deles poderá mover-se e, assim, nada será movido no mundo. 12. O terceiro argumento repete o mesmo, mas invertendo-se a ordem, começando pelo superior. É o seguinte: Aquilo que move como instrumento não pode mover a não ser havendo algo que inicialmente o mova. Mas, pelo processo ao infinito dos moventes e movidos, todas as coisas serão instrumentalmente moventes, porquanto todas estarão como moventes e movidas e, assim, nada estará como movente inicial. Logo, nada será movido. 13. Fica, pois, esclarecida a prova de ambas as proposições supostas pela primeira vida da demonstração. Segundo a qual Aristóteles prova haver um primeiro motor imóvel. "
@@eduardohaward8452 cuidado que agua mole pedra dura, bate até que fura, se o crente for ingenuo pode ser arrebatado por armadilhas do racionalismo, eu pessoalmente creio porque não é lógico, não ha logica para Deus, a força da fé cristã, sao os paradoxos, Deus não precisa esta preso na caixa do racionalismo ateista, ou do proprio cristão, existem as tolices lógica.
Parabéns! Você fez a tentiva de número "1 Trilhão" de desacreditar o cristianismo em todos seus milênios. Agradeço também como cristão, pois nestes 2 mil anos a cada tentativa mais o cristianismo cresce.
Pelo contrário, o cristianismo está decaindo de milênios para cá. Não importa quanta doutrinação e imposição ideológica fazem, a tendência evidente é a sociedade se secularizar.
Ele não tenta, ele faz e com êxito. Sua religião estar 2 mil anos aí não prova nada, na verdade só mostra o tanto que a sociedade ainda tem que evoluir e a influência que a europa teve no ocidente com seu proselitismo.
O cristianismo cresceu porque foi imposto à força pela Igreja Católica. E hoje os próprios pais educam seus filhos nessa doutrina. Se fosse uma escolha realmente livre, ninguém seria cristão.
Há uma clara evolução no seu canal e no seu pensar, Benites! Você está em contato com a vanguarda do pensamento sobre filosofia da religião e os apresenta ao seu público mas distante disso. Oppy, Huemer, Smith, Leon, Martin, etc. Muito bom, isso engrandece a perspectiva Ateista e mostra aos adversários que há coerência e qualidade aqui. Como sugestão, penso que seria oportuno trazer as visões sofisticadas, de vanguarda tbm, dos Teístas. Jogar ambas na roda da dialética e deixar o público avaliar o que se sai melhor. Outra sugestão cabível é tornar isso uma série - a refutação às vias. Mas outro tema que poderia virar séria tbm seria o Problema do Mal, abordagem das teodiceis mais famosas disponíveis - como a do John Hicks que você abordou, que é bastante sofisticada. De toda forma, bom trabalho!
Não é evidente. Veja minhas objeções sobre existir apenas "um" primeiro motor. As objeções à segunda via, a qual você se refere, virão em um próximo vídeo.
@ se o universo material inteiro é móvel, ele não pode mover-se a si mesmo ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto, o que implica recorrer a uma Realidade absolutamente imóvel. O absolutamente imóvel só pode ser um, como faz ver S. Tomás nas deduções da noção de Primeiro Motor imóvel. Achar que a demonstração da existência do Absoluto não material termina na apresentação das vias é equivocado.
@@pensar888 Se há algo em Ato Puro, não há nada nele que seja potencial - por definição. Logo, o potencial tem de estar hospedado em outro local (ou princípio) distinto de seu Ato. É o que se deriva necessariamente do sistema Aristotélico.
13 днів тому
Se Deus não existe, pq o calendário é Antes de depois de Cristo?
Só fiquei com uma dúvida. Tu usa várias vezes o termo "teoreticamente", e eu imagino que seria como sinônimo de "teoricamente". Mas fiquei me perguntando se é um conceito diferente dentro da filosofia.
As objeções levantadas foram objetadas pelo próprio Tomás de Aquino e refutadas na própria Suma Teológica que o senhor supostamente "leu". Art. 1 - Se o homem tem livre arbítrio. (Supra, q. 59, a. 3; Ia-IIae, q. 13, a. 6; De Verit., q. 24, a. 1, 2; De Malo, q. 6). 3. É livre quem é causa de si, como diz Aristóteles. E não é livre o que é movido por outro. Ora, Deus move a vontade, conforme a Escritura (Pr 21, 1): O coração do rei se acha na mão do Senhor, e (Fl 2, 13): Ele o inclina para qualquer parte que quiser; e: Deus é o que opera em vós o querer e o perfazer. Logo, o homem não tem livre arbítrio. O homem tem livre arbítrio; do contrário seriam inúteis os conselhos, as exortações, os preceitos, as proibições, os prêmios e as penas. E isto se evidencia, considerando, que certos seres agem sem discernimento; como a pedra, que cai e, semelhantemente, todos os seres sem conhecimento. Outros, porém, agem com discernimento, mas não livre, como os brutos. Assim a ovelha que, vendo o lobo, discerne que deve fugir, por discernimento natural, mas não livre, porque esse discernimento não provém da reflexão, mas do instinto natural. E o mesmo se dá com qualquer discernimento dos brutos. ― O homem, porém, age com discernimento; pois, pela virtude cognoscitiva, discerne que deve evitar ou buscar alguma coisa. Mas esse discernimento, capaz de visar diversas possibilidades, não provém do instinto natural, relativo a um ato particular, mas da reflexão racional. Pois a razão, relativamente às coisas contingentes, pode decidir entre dois termos opostos, como se vê nos silogismos dialéticos e nas persuasões retóricas. Ora, os atos particulares são contingentes e, portanto, em relação a eles, o juízo da razão tem de se avir com termos opostos e não fica determinado a um só. E, portanto, é forçoso que o homem tenha livre arbítrio, pelo fato mesmo de ser racional. Resposta à terceira. ― O livre arbítrio é causa do seu movimento, porque o homem, pelo livre arbítrio, é levado a agir. Mas, contudo, não é necessário, para a liberdade, que o livre seja a causa primeira de si mesmo; assim como não é necessário, para uma causa ser causa de outra, que seja sua causa primeira. Ora, Deus, pois, é a causa primeira motora, tanto das causas naturais como das voluntárias. E assim como, movendo-as, não faz com que os atos delas deixem de ser naturais; assim também, movendo as voluntárias, não faz com que os seus atos deixem de ser voluntários, mas antes, causa-lhes essa qualidade, porque obra, em cada ser, conforme a propriedade deles. Art. 9 - Se Deus quer o mal. (Infra., q. 48, a. 6; I Sent., dist. XLVI, a. 4; I Cont. Gent., cap. XCV; De Pot., q. 1, a. 6; De Malo., q. 2, a. 1, ad 6.) 1. Pois, quer todo o bem que existe. Ora, é bom que o mal exista, conforme Agostinho: Embora o mal em si não seja bem, contudo é bom que exista, para que não somente exista o bem, mas também o mal1. Logo, Deus quer o mal. Sendo o bem por natureza apetecível, como dissemos5, e o mal se lhe opondo, é impossível o mal como tal ser apetido, quer pelo apetite natural, quer pelo animal, ou pelo intelectual, que é a vontade. Mas o mal podemos apetecê-lo por acidente, enquanto conduz a algum bem. E isto se dá com qualquer apetite, pois, o agente natural não busca a privação ou a corrupção; mas uma forma concomitante à privação de outra e à geração de um ser, que é a corrupção de outro. Assim, o leão, matando o cervo, busca o alimento, que não é possível sem a morte deste animal. Semelhantemente, o impudico busca o prazer, que não é possível sem a deformidade da culpa. Ora, o mal que acompanha um bem é a privação de outro bem; pois, nunca seria apetido o mal, nem mesmo por acidente, se o bem, que vai de mistura com ele, não fosse mais apetido do que o outro bem de que ele priva. Ora, nenhum bem Deus quer mais do que a sua bondade: mas, quer mais um bem que outro. Donde, o mal da culpa, que priva da ordem para o bem divino, Deus de nenhum modo o quer; mas, quer o mal do defeito natural, ou o da pena, querendo algum bem ao qual se une esse mal. Assim, querendo a justiça, que a pena, e querendo seja conservada a ordem da natureza, quer que algumas coisas naturalmente se corrompam. DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. - Alguns disseram, que, embora Deus não queira o mal quer contudo que ele exista ou seja praticado6. E isto diziam porque o mal em si mesmo, se ordena para algum bem; e essa ordem criam estar implicada no dizerem - o mal existir ou ser praticado. Mas, esta opinião não é verdadeira, porque o mal não se ordena ao bem, essencialmente, mas por acidente. Pois, não está na intenção do pecador que, do pecado, resulte algum bem, assim como não estava na intenção do tirano que, pelas suas perseguições, brilhasse a paciência dos mártires. E, portanto, não se pode dizer que tal ordem para o bem se subentenda no dizer-se que é bom que o mal exista ou seja praticado. Porque não se julga uma coisa pelo que lhe convém acidentalmente, senão essencialmente. Também é engraçado as diferentes formalizações que esquecem de citar ou de contextualizar certos aspectos essenciais da argumentação de Aquino, ainda mais quando Graham Oppy formaliza a primeira via de Tomás e critica as consequências de sua própria formalização. Abaixo trago a formalização do Victorelius, que acredito ser a que mais se aproxima do texto de Aquino. 1. O móvel enquanto móvel é um ente potencial e o motor enquanto motor é um ente atual, porque mover é levar da potência ao ato. 2. O ente potencial não pode ser um ente atual e o ente atual não pode ser um ente potencial ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 3. Logo, o motor não pode ser móvel e o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 4. E portanto, o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 5. Mas se o móvel pode ser movido por si, então o móvel pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. 6. Logo, o móvel não pode ser movido por si. 7. Mas o móvel só pode ser movido ou por si, ou por outro. 8. Logo, o móvel só pode ser movido por outro. 9. Assim, ou há infinitos motores, ou não. 10. Se há infinitos motores, então não haveria primeiro motor; se não houvesse primeiro motor, então não haveria outro qualquer. Se não houvesse outro qualquer, não haveriam seres móveis. 11. Se não há infinitos motores, então há um primeiro motor. Se há um primeiro motor, então o primeiro motor é imóvel. 12. Logo, ou não há seres móveis, ou há um primeiro motor imóvel. 13. Há seres móveis. 14. Logo, há um primeiro motor imóvel. Os subargumentos são um silogismo composto copulativo (1 a 3), o que os lógicos contemporâneos chamam de separação (3 a 4), um silogismo condicional misto (4 a 6), um silogismo disjuntivo (6 a 8), uma inferência material (8 a 9), um dilema construtivo complexo (9 a 12), e um silogismo disjuntivo (12 a 14). As proposições são um entimema copulativo, que contém uma proposição copulativa com duas proposições reduplicativas (1), outras duas proposições copulativas que contêm, cada uma, duas reduplicativas (2 e 3), uma proposição reduplicativa (4), uma proposição condicional (5), que implica numa proposição simples (6) por modus tollens, uma proposição disjuntiva (7), que implica numa simples (8) por tollendo-ponens, outra disjuntiva (9), implicada materialmente pela anterior (naturalmente, a necessidade de que existam motores implica numa serialidade, que pode ser infinita ou não, segundo o princípio de não-contradição), duas proposições condicionais compostas (10 e 11), de fundamentação mais ou menos implícita, outra disjuntiva (12), uma proposição simples (13) de natureza empírica, e uma proposição simples categórica, que é a conclusão final, acompanhada sempre, nas vias, de um epílogo “ao qual todos chamam Deus”. Sobre o mundo existir desde sempre, recomendo esse vídeo pro professor Nougué sobre o assunto: ua-cam.com/video/QcZwxq5_-fY/v-deo.html&ab_channel=CarlosNougu%C3%A9Tomismo
A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores". Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser. Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
@@rnamensageiro3478 O motor imóvel não é necessário de maneira temporal, mas necessário de maneira ontológica, como uma cadeia de hereditariedade. Imagine o exemplo: uma cadeia infinita de pais e filhos e os filhos dos filhos infinitamente. Podemos dizer que cada ente está passando para ato a potência do ente subsequente a capacidade de gerar um filho. Porém perceba que, se essa cadeia infinita for quebrada ao meio, os entes continuarão atualizando suas potencialidades e dessa maneira não consigo provar que ela possui um início, nem que ela possui um fim, e, como afirma Tomás, nem que ela é infinita. Essas cadeias são chamadas cadeias acidentalmente ordenadas. Agora imagine o exemplo: eu encosto numa pedra e a pedra se movimenta. Perceba que, para que algo passe da potência para o ato é necessário que haja um ato sobre outro ato que possua uma potência realizável (um copo não cai apenas porque pode cair, mas cai porque algo atua no copo e atualiza sua potencialidade). Numa séria causal como o movimento de um copo, eu irei atualizar a potencia do copo com o meu dedo em ato, que será atualizado pelo meu braço em ato, que será atualizado pelos meus músculos em ato... e assim se segue. Perceba que, se nessa série ela for quebrada ao meio, o movimento não acontece, pois precisa que todas as partes estejam em ato ao mesmo tempo. Por isso podemos dizer que é necessário um ato primeiro, pois esse tipo de cadeia acontece e é chamada de cadeia essencialmente ordenada. Perceba também como esse ato primeiro não é necessário de maneira temporal, ou seja, ser o ato primeiro, mas, é necessário que ele seja o ato primeiro de maneira ontológica. Ora, esse tipo de cadeia acontece a todo momento, perceba que o ato puro necessita agir a todo momento para que esse tipo de cadeia aconteça, por isso afirmamos que Deus está segurando o mundo no Ser, pois o ato primeiro está constantemente agindo agora, neste momento iniciando as cadeias essencialmente ordenadas. Quaisquer dúvidas na explicação acima, favor perguntar, a primeira via continua intacta.
@@rnamensageiro3478 A necessidade do motor imóvel como causa primeira não é necessária de maneira temporal, mas de maneira ontológica. Imagine o seguinte: uma série de pais e filhos, com os filhos dos filhos e assim por diante, uma série causal de hereditariedade. Perceba que a potencialidade dos filhos terem filhos continua sendo atualizada até mesmo se a série causal for quebrada. Tomás chama essa cadeias de Séries Causais Acidentalmente Ordenadas. Ora, se suas potencialidades continuam sendo atualizadas e a cadeia continua ainda que se for quebrada ao meio, isso significa que eu não consigo provar filosoficamente que ela teve um início, nem que ela tem um fim, e nem que ela é infinita. Imagine o seguinte: uma série de movimento, meu dedo irá mover uma pedra. Perceba que para que um ente se mova, é necessário primeiro que ele possua essa potencialidade e, é necessário que incida um ato sobre ele, para atualizar sua potencialidade. Um copo não cai só porque pode cair, mas cai porque outra coisa em ato atua sobre o copo. Ora, sendo assim, para que eu atualize a pedra, é necessário que meu dedo esteja em ato, e pra que ele esteja em ato, é necessário que meus músculos estejam em ato, e assim por diante. Toda a série causal necessita estar naquele instante em ato. Se eu quebro essa série ao meio, a pedra não se move, é necessário que todos os entes estejam em ato. Tomáa chama essas cadeias de Séries Causais Essencialmente Ordenadas. Perceba no segundo exemplo que esse tipo de série necessita de um início, que não é um início temporal, mas um início ontológico. Como se a causa primeira estivesse "acima" das outras causas, mas não temporalmente presa à elas. Esse tipo de causa inicia a todo momento, se ela não tivesse todos os entes da série ela não aconteceria, por esse motivo há a necessidade ontológica. Por isso também dizemos que Deus segura os entes no Ser, pois se o ato primeiro não estivesse agindo nesse momento, as séries essencialmente ordenadas não iriam acontecer. O erro está em interpretar Tomás ao pé da letra, e não em modo de analogia, já que as características de Deus estão além da compreensão humana. Para isso usamos características que são análogas às de sua natureza. Se, inclusive, assistir o vídeo do Nougué que citei em meu comentário, há a demonstração do porquê a regressão infinita não é um problema. Abraços!
Talvez não seja sua área. Porém, se tiver algum conhecimento de Derrida e quiser me ajudar, encontro-me com um problema: já li e reli a chatíssima "Gramatologia" (que saudade dos tempos que não vivi, quando os filósofos falavam com total clareza, tal como Agostinho...) e não encontro a frase "nada há fora do texto", concebida como síntese do seu desconstricionismo, salvo num comentário muito pequeno quando fala de Rousseau. Poderia me dar uma dica sobre se Derrida desenvolveu, de fato, algum texto maior a partir dessa frase?
23:21 isso em nada refuta a via do motor imóvel, ficou parecendo falácia do apelo a autoridade, eu posso simplesmente dizer para um cientista evolucionista "teoria da evolução não me convence", porém isso em nada refuta a teoria, o cientista me perguntará "por quê a teoria da evolução não te convence? onde a teoria falha em sua opinião?" E aí sim eu terei a oportunidade de refutar a teoria. Mas simplesmente dizer que a teoria não convence não significa absolutamente nada, é preciso dizer o porquê. E também é necessário dar uma resposta que seja realmente contundente, e não dar um resposta meia boca e sair achando que ganhou o debate ou que tenha refutado alguma coisa.
Mas ele argumentou antes porque não convence. Logo, ele pode tecer esse tipo de crítica, pois ela tem base no que ele argumentou antes, que é a refutação da primeira via.
Deixa eu ver se entendi(olhei o vídeo) ele regutou Tomas de Aquino e Aristóteles supondo que o universo é eterno ? rsrsrsrs Digamos que seja, isso resolve o problema ? Como é possivel que exista uma pedra? rsrsrsrs
As duas objeções levantadas são baseadas em ignorância ou incompreensão da argumentação de S. Tomás de Aquino. -1 Objeção dos múltiplos primeiros motores. Todo motor é movido por outro. Ora, se houvesse múltiplos primeiros motores, por definição eles precisariam de um motor que a eles tivesse dado o movimento (ainda que fosse a existência). Logo, o recurso a um único primeiro motor imóvel continua sendo uma necessidade lógica. -2 Objeção da falta de clareza sobre a impossibilidade de um recurso ao infinito. Aqui é simplesmente um atestado de não compreensão do filósofo lido. Ora, se se adotasse uma sequência infinita para a mudança no ser, na própria existência, seria o mesmo que afirmar um eterno devir, uma eterna mudança sem início. Mas a própria ciência indica que o tempo e o espaço tiveram um começo. É tolo, a meu ver, querer invocar exemplos matemáticos aqui. Como comparar bananas e jacas. Ele mesmo admite que é um ponto secundário.
problema do brasil ao contrario de outros países é que ele é dominado pelo cristianismo católico romano, uma vertente da religião que eu considero mais difícil de lidar com os seguidores...
Não mesmo! Kant, Nietzsche, Richard Dawkins, Russel há muito tempo já refutava Tomás de Aquino em algumas questões. Aliás, Epicuro está aí e até hoje ninguém conseguiu refutá-lo.
@@canaldojorge1334 Puts! Isso que eu chamo de desinformação, o cara com acesso à internet tem coragem de falar que Epicuro, Emanuel Kant e Friedrich Nietzsche não são filósofos. kkkkkk Meu fi, deixa de preguiça e dá um Google aí para você saber que tanto Epicuro (filósofo grego antigo) quanto Kant e Nietzsche (filósofos modernos)são FILÓSOFOS. Além disso, nem precisa ser filósofo para refutar Tomás de Aquino, qualquer um dotado de inteligência pode, a prova disso são escritores como Russel e Dawkins, e até Saramago que coloca questões problemáticas que os crentes tentam responder, mas sempre entram em incoerência.
@@canaldojorge1334 Puts! Isso que eu chamo de desinformação, o cara com acesso à internet tem coragem de falar que Epicuro, Emanuel Kant e Friedrich Nietzsche não são filósofos. kkkkkk Meu fi, deixa de preguiça e dá um Google aí para você saber que tanto Epicuro (filósofo grego antigo) quanto Kant e Nietzsche (filósofos modernos) são FILÓSOFOS. Além disso, nem precisa ser filósofo para refutar Tomás de Aquino, qualquer um dotado de inteligência pode, a prova disso são escritores como Russel e Dawkins, e até Saramago que coloca questões problemáticas que os crentes tentam responder, mas sempre entram em incoerência.
Você apenas deu a sua opinião, mas não há como bater de frente com 2000 anos da igreja católica, que criaram universidades, escolas, hospitais, etc. Talvez você possa contestar algumas pessoas sobre a igreja sim, mas gostaria muito de ver vc contestar os milagres da igreja católica
Gostaria antes de tudo reconhecer a evolução do seu canal por trazer objeçoes contemporaneas serias a primeira via e autores como Oppy e Schimidt, que realmente são pessoas que parecem conhecer as obras de São Tomas e se esforçam em objetar seus argumentos de maneira honesta. Gostaria de pontuar porem, algumas coisas que voce ainda pecou. Em primeiro lugar, a afirmação de que Tomas de Aquino e seus argumentos nao sao relevantes hoje em dia e que existe uma tentativa artificial de "ressucitalo" por Catolicos fanaticos. Essa afirmação simplesmente não condiz com a realidade, ja que o proprio Oppy, considerado por muitos o apologista ateu mais inteligente e habilidoso da atualidade debate esses argumentos em seus livros e ja participou de debates com Tomistas como Feser, que voce claramente desconhece o trabalho pelo que falou, ja que ele é alguem que foi ateu por muitos anos e fala com maestria em seu blog sobre diversas correntes filosoficas que ele proprio seguia quando era ateu, apresentando suas criticas. Quero dizer tambem que se os Tomistas saem por ai afirmando que as vias provam Deus, da mesma forma muitos ateus saem por ai falando como se não houvesse boas respostas as objeçoes do Oppy e do Schimidt a esses pontos e a muitos outros levantados por varios filosofos mais antigos. Por ultimo, convido voces a honetamente assistirem os debates do Oppy com Feser e outros Tomistas como Robert C. Koons, que inclusive aconteceu no canal majesty of reason, e tirarem suas conclusões. Garanto que irão concluir que ali existe uma discussão seria entre filosofos de grande porte que debatem de igual pra igual, em alguns casos ate mesmo com certa vantagem para os Teistas.
Eu não sou contra o debate com argumentos tomistas. O que eu critico é a atitude de parte dos tomistas contemporâneos em defender cegamente isso como o fim da filosofia, ignorando tudo o que veio depois. Disse que, em parte, a atitude que vejo em tomistas é essa. Independente de ser ex ateu, a atitude de Ed Feser nos tempos recentes não tem sido muito diferente.
@@MatheusBenites Vc faz a mesma coisa: defende o ateísmo como se o assunto tivesse encerrado. Não venha exigir uma espécie de neutralidade quando vc mesmo está bem longe dela.
@@felipeleria2796 A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores". Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser. Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
@rnamensageiro3478 viu, seu animal, é óbvio que a primeira via não prova a impossibilidade da regressão infinita. Isso foi demonstrado nas obras aristotélicas que são ANTERIORES a São Tomás. Então a demonstração da primeira via já parte da PREMISSA isso é impossível. Não a toa as vias estão expostas numa obra chamada "SUMA", que significa "resumo". E sobre a questão de divindade, São Tomás diz que o primeiro motor imóvel é O QUE CHAMAMOS DE DEUS, ou seja, já existe uma definição de Deus que é ANTERIOR à demonstração. Isso é BÁSICO!
Matheus, ainda q se admita q Deus tenha sido provado logicamente, uma vez q ele não se apresenta no mundos fatos, o argumento lógico me parece inútil. São apenas elucubrações sofisticadas. Como sou leigo, pergunto: meu pensamento é absurdo?
Não é um pensamento absurdo meu caro, dentro do argumento filosófico praticamente qualquer absurdo pode ser argumentado e demonstrado, já que é simplesmente pontos de vista dos devidos filósofos ou tratam na maioria dos casos de *possibilidades* . A primeira via de Tomás é mais uma questão de rotular um objeto do que provar a existência de um ser divino, já que *existência* não se conclui meramente via argumento mas por *observação e correspondência* . As próprias vias não provam "deus" , mas é usado para esse fim, o argumento da primeira via é só uma distorção do argumento de Aristóteles segundo a cosmovisão grega e para explicar o movimento das esferas celestes, que segundo ele os astros estavam presos a esferas cristalinas e o "motor" imovel moveria essas esferas continuamente, mas tarde esse argumento foi adaptado para se racionalizar a fé, como feito por tomas que tinha a crença que era possível chegar a deus por meio da razao , uma visão contraria a de Agostinho.
@@joaomarcosdefreitas8233 "Refutações" que o próprio Tomás de Aquino fez e refutou na sua Suma Teológica hahaha, olhe meu comentário acima e aprenda a ler e entender as obras de um autor antes de sair "refutando"
@@joaomarcosdefreitas8233 Leia meu comentário abaixo, as objeções citadas nos vídeos foram levantadas e posteriormente refutadas pelo próprio Tomás. É importante ler de fato as supostas "referências" antes de "refutar" algo
@@fpsnoob8325discutir com crente é perda de tempo. 😞 São Tomás não estava filosofando, ou seja, refletindo sobre a existência ou não de deus, mas querendo provar a existência de deus partindo da premissa de que deus existe. Ora, ora, pra, quando a gente se dedica a provar algo no qual previamente já acredita ser verdade, todos os argumentos, válidos ou não, vão se direcionar para a prova, seja ela boa ou não. Para o crente, os argumentos do filósofo da Idade Média são válidos, entretanto, para os que acompanham a evolução do conhecimento e vivem no séc XXI, não são válidos, mas frutos do viés de confirmação.
A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores". Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser. Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
Amigo, acredito que você não leu não. A necessidade do motor imóvel como causa primeira não é necessária de maneira temporal, mas de maneira ontológica. Imagine o seguinte: uma série de pais e filhos, com os filhos dos filhos e assim por diante, uma série causal de hereditariedade. Perceba que a potencialidade dos filhos terem filhos continua sendo atualizada até mesmo se a série causal for quebrada. Tomás chama essa cadeias de Séries Causais Acidentalmente Ordenadas. Ora, se suas potencialidades continuam sendo atualizadas e a cadeia continua ainda que se for quebrada ao meio, isso significa que eu não consigo provar filosoficamente que ela teve um início, nem que ela tem um fim, e nem que ela é infinita. Imagine o seguinte: uma série de movimento, meu dedo irá mover uma pedra. Perceba que para que um ente se mova, é necessário primeiro que ele possua essa potencialidade e, é necessário que incida um ato sobre ele, para atualizar sua potencialidade. Um copo não cai só porque pode cair, mas cai porque outra coisa em ato atua sobre o copo. Ora, sendo assim, para que eu atualize a pedra, é necessário que meu dedo esteja em ato, e pra que ele esteja em ato, é necessário que meus músculos estejam em ato, e assim por diante. Toda a série causal necessita estar naquele instante em ato. Se eu quebro essa série ao meio, a pedra não se move, é necessário que todos os entes estejam em ato. Tomáa chama essas cadeias de Séries Causais Essencialmente Ordenadas. Perceba no segundo exemplo que esse tipo de série necessita de um início, que não é um início temporal, mas um início ontológico. Como se a causa primeira estivesse "acima" das outras causas, mas não temporalmente presa à elas. Esse tipo de causa inicia a todo momento, se ela não tivesse todos os entes da série ela não aconteceria, por esse motivo há a necessidade ontológica. Por isso também dizemos que Deus segura os entes no Ser, pois se o ato primeiro não estivesse agindo nesse momento, as séries essencialmente ordenadas não iriam acontecer. O erro está em interpretar Tomás ao pé da letra, e não em modo de analogia, já que as características de Deus estão além da compreensão humana. Para isso usamos características que são análogas às de sua natureza. Se, inclusive, assistir o vídeo do Nougué que citei em meu comentário, há a demonstração do porquê a regressão infinita não é um problema. Abraços!
Não vou assistir porque os textos de São Tomás de Aquino tem tantas falácias por frase que me dá dor de cabeça, mas já vou deixar um like e um comentário pela coragem de se expor na internet assim. Católico na internet consegue ser o bicho mais infernal que existe
Capítulos:
00:00. Introdução
01:10. Notas preliminares
09:00. Leitura e explicação da primeira via
15:00. Formalização da primeira via (Timothy Pawl)
18:00. Objeção 1 - Podem existir múltiplos primeiros movedores
20:50. Objeção 2 - Podem existir cadeias circulares de mudanças
22:45. Impressões sobre o tomismo contemporâneo
22:33. Passagem do meu livro inédito, "Por que não creio"
27:35. Formalização da primeira via (Graham Oppy)
28:50. Objeção 1 nas palavras de Oppy
30:00. Objeção 3 - Incongruência modal entre premissas 2 e 3
32:18. Objeção 4 - Se o livre-arbítrio existe, uma pessoa pode mover a si mesma
35:00. Objeção 5 - É controverso que não possa haver uma regressão infinita de movedores (Petição de princípio de Aquino)
38:00. Considerações finais
Valeu!
As 5 vias sao como superpoderes filosóficos pra provar a existência de Deus. Sao como truques de mágica pra convencer todo mundo de que Deus é a estrela principal do show cósmico, que criou bilhões de galáxias com bilhões de estrelas, e o ego humano quer se sentir no centro do universo.
Mas tem um detalhe: todo truque, toda mágica, perde um pouco do encanto qdo questionamos e temos pensamento próprio em descobrir a verdade.
4:05 não foi bem assim, diz a história que um certo dia São Tomás foi arrebatado em espírito ao paraíso, depois disso ele disse: "diante do esplendor do que me foi revelado, as coisas que outrora escrevi agora me são como palha". O que São Tomás de Aquino quis dizer é que por melhor que fossem seus escritos, ainda sim, estão muito longe de compreender a realidade espiritual.
Esse seu comentário só fez reforçar os argumentos do vídeo, ou seja, crente, cheio de viés de confirmação, tentando provar seu ponto de vista.😅
@@rogeriasouza5976é só crente que tem viés de confirmação? Ateu não tem não né? Se você está tão segura de que Deus não existe, por que é que você está em tudo quanto é canal de ateu militante assistindo vídeos que falam exatamente aquilo que você quer ouvir? Mas os outros é que possuem viés de confirmação né minha senhora. Ateus costumam criticar nos cristãos todas aquelas características que na verdade são eles que possuem: viés de confirmação, dogmatismo, estreiteza mental, intolerância e etc.
O famoso lapso final de sanidade. Ele entendeu que aquilo tudo era M purinha e a igreja apenas o eliminou.
37:41 Como que isso é algo que ajuda a contra-argumentar o regresso infinito?
Aristóteles acreditava ao mesmo tempo que o universo era eterno e que havia um primeiro motor imóvel (fora do tempo).
E Tomás assume que não haveria problema aceitar que o universo poderia ser eterno, mas ele entende que as escrituras revelam que houve um início.
as escrituras dizem até que as espécies foram feitas prontas, deve ser confiável essa fonte né? e tem gente que leva a serio........
E como isso tem relação com o que eu disse? Não entendi qual o motivo para responder meu comentário com algo desconexo do que eu falei.
@@Patrick_Bard será que tem a ver com a revelação do livreto arcaico? Hmmmmm
@@Patrick_Bardnão é totalmente desconexo, ele argumentou que sua fonte não é de confiança
@@gagabriel4 que fonte minha? eu descrevi a posição de Aristóteles e de Tomás de Aquino.
Eu não disse que algo que eles acreditam é a minha posição, mas mesmo se fosse, não faria diferença porque meu ponto não era sobre isso. Aquilo era claramente um comentário tangencial sobre como Tomás de Aquino pensava, meu ponto faria sentido mesmo sem aquela parte.
Meu ponto era que os mesmos autores que argumentam que um regresso infinito de causas é impossível, achavam coerente pensar que o universo fosse eterno. Logo, simplesmente dizer que o universo pode ser eterno não é um bom contra-argumento ao regresso infinito.
Livros relacionados:
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O rapaz do vídeo não sabe o que é movimento. Está preso ao conceito newtoniano e nem se dá conta.
No entanto, o ponto alto do vídeo é quando, ao começo da explanação, apontando as críticas de Russell, praticamente diz "Santo Tomás quer provar uma verdade que ele acredita", é como se dissesse "o erro de Santo Tomás é querer provar aquilo que ele quer provar".
Bizarro.
Matheus, você não pensou em ler as referências que estão no rodapé da Summa antes de tentar refutar?
Todas as suas dúvidas estão nas referencias que você não leu.
@@oresgatedaalma Se existem filosfos referencia mundial do ateismo que não fazem isso, imagina os do bostil.
@ e ele ainda chama os tomistas de covardes.
Ele nem leu a suma
Em qual referência ele (ou Aristóteles) justifica a impossibilidade de regressão infinita dado nosso conhecimento atual da física?
@@leonardomartins6380 defina "dado nosso conhecimento atual da física", por favor.
Antes de assistir já vou deixando meu like 👍.
Matheus, por acaso o senhor poderia fazer vídeos refutando e respondendo cordialmente e intelectualmente os vídeos do Dr Rômulo??
Abraços e obrigado pelo conteúdo rico e denso como este!
Ótimo video, Matheus! Só faltou refutar a primeira via.
Qualquer raciocínio meramente retórico, por mais bem construído que seja e por mais lógico que pareça, não prova nada do mundo real.
Um ente entendido como 'Deus", pode existir ou não. Religiões diversas concebem deuses diferentes. Até os dias de hoje ninguém foi capaz de demonstrar que qualquer um desses deuses age de maneira inequívoca na realidade material, porque deuses de religiões não existem.
Ótimo video Professor! Penso que também é uma possibilidade a ideia de um sistema circular, onde a cadeia de motores e objetos movidos pelos mesmos se interliga, assim a cadeia não seria infinita, mas também não haveria necessidade de um primeiro motor não movido por outro!
Mesmo com o círculo, é preciso que algo fora do círculo o coloque em movimento. A fonte última do movimento só pode ser o Imóvel.
@@pensar888 não em termos lógicos, posso pensar que o movimento do circulo é eterno (como pensava Aristóteles), já que isso não contradiz a necessidade de um motor anterior que sempre existiria num sistema circular, supor que é necessário um primeiro motor para haver um último movimento é uma petição de princípio! Já que nesse caso o movimento cíclico é eterno e a teoria aborda apenas o movimento específico e localizado no espaço e no tempo.
@@pensar888 isso nem sequer faz sentido em um sistema circular, já que em última instância todo movimento seria causa de si mesmo em termos absolutos (mas não em termos relativos)
@@joaomarcosdefreitas8233 Aristóteles pensava que o movimento era eterno, mas não causado por si mesmo, mas por uma Fonte imóvel.
@@joaomarcosdefreitas8233 Causa de si mesmo, parece que não é somente o movimento que seria circular nesse caso.
A arrogância dos Tomistas, só não é maior do que a ignorância deles em relação à tudo que existe fora da idolatria à qual se aferroam com a mesma. Uma filosofia do medievo, ultrapassada, e limitada pela falta de conhecimentos básicos acerca da realidade - especialmente no que tange o campo científico. Tem valor filosófico, isso é indiscutível, mas serve apenas para reforçar a crença daqueles que já são cristãos. É sem dúvidas, a mais superestimada das filosofias criadas pelo homem.
@@Ariel.constante212 ???????? Somente os iluminados ateus sabem que estão certos, mesmo sem poder provar a inexitencia de Deus, sustentsm seu ateismo por fé. Ja que não evidencia que Deus não exista..
@@Ariel.constante212 os argumentos filosoficos(se tiver alguma valia) so servem para aqueles que ja acreditam , dificilmente vc encontrarar alguem que se tornou cristão porque alguem o convenceu com tais argumentos, desde o crente simples, ao intelectual.
@@josevalverde7431 tem o gringo do canal inspiring philosophy . Ele não é o único que se converteu devido a argumentos se vê isso em ambientes mais bem educados ( infelizmente nem todo mundo conhece a filosofia)
@@josevalverde7431 Tem diversos caras que eram ateus e se converteram por causa das vias, Edward Feser, Carlos Nougue, Rômulo do Ciência e Filosofia, O Deivid Pansera etc. Mas você vai desqualificar todos, porque quando o cara passa para o outro lado automaticamente deixa de ser um intelectual respeitado para ser um fanático religioso.
@JoãoVictormarquesdesousa ele diz isso - o que é muito conveniente para seus propósitos. Se de fato se converteu através de argumentos, eu duvido muito... A relação da crença em deuses é extremamente emocional e culturalmente hereditária.
Vídeo importantíssimo!!!
Gostaria de saber como este pensamento do primeiro motor se encaixaria na mecânica quântica. Não podemos aceitar um pensamento medieval somente, sem levar em conta as descobertas contemporânea. A gravidade é uma força que movimenta o universo inteiro, e ela é movida pelo quê? Talvez estou falando besteiras, não sou nem leigo no assunto, cai de paraquedas aqui.
Pode fazer vídeos refutando cada uma das vias?
Seria interessante. Uma por uma. Acredito que ele tenha planejado isso mesmo.
@wagno51 também acho o mesmo, seria ótimo termos vídeo por vídeo refutando essas vias, eu esperava faz um tempo, pois em debates os crentes acham que é impossível refutar esse mano (Tomás de aquino)
Sim, pretendo fazer isso!
Trabalho muito importante de refutar as 5 vias! Muito bom!
Meu caro não acredito em Deus baseado em argumentos filosoficos, nem por evidencia cientifica, a fé em Deus alguem simples pode acreditar, um filsofo não, o racionalismo não é caminho para Deus, pesdoas soberbas, orgulhosas, que cultuam a ciencia jamais crerão em Deus, porque este ódio, este ataque a fé cristã, sua luta destinado ao fracasso, os novos ateus usam velhos argumentos reciclados.
Jajá o Lucca Almeida tá aqui, espere a refutação
O Lucca disse que ele é pior que o Miranda kkkk tô curioso
Lucca precisa parecer por aqui para desmascarar este arrogante ateu.
Aquino teria vergonha desses templários de condomínio que são os fanboys dele.
Aquino ia ter vergonha é de alguém tentando refutar a primeira Via do argumento cosmológico em 40 minutos.
Isso é brincadeira?
Sensacional
Mostre seu contraponto
@@vitoramate As objeções levantadas foram objetadas pelo próprio Tomás de Aquino e refutadas na própria Suma Teológica que o senhor supostamente "leu".
Art. 1 - Se o homem tem livre arbítrio.
(Supra, q. 59, a. 3; Ia-IIae, q. 13, a. 6; De Verit., q. 24, a. 1, 2; De Malo, q. 6).
3. É livre quem é causa de si, como diz Aristóteles. E não é livre o que é movido por outro. Ora, Deus move a vontade, conforme a Escritura (Pr 21, 1): O coração do rei se acha na mão do Senhor, e (Fl 2, 13): Ele o inclina para qualquer parte que quiser; e: Deus é o que opera em vós o querer e o perfazer. Logo, o homem não tem livre arbítrio.
O homem tem livre arbítrio; do contrário seriam inúteis os conselhos, as exortações, os preceitos, as proibições, os prêmios e as penas. E isto se evidencia, considerando, que certos seres agem sem discernimento; como a pedra, que cai e, semelhantemente, todos os seres sem conhecimento. Outros, porém, agem com discernimento, mas não livre, como os brutos. Assim a ovelha que, vendo o lobo, discerne que deve fugir, por discernimento natural, mas não livre, porque esse discernimento não provém da reflexão, mas do instinto natural. E o mesmo se dá com qualquer discernimento dos brutos. ― O homem, porém, age com discernimento; pois, pela virtude cognoscitiva, discerne que deve evitar ou buscar alguma coisa. Mas esse discernimento, capaz de visar diversas possibilidades, não provém do instinto natural, relativo a um ato particular, mas da reflexão racional. Pois a razão, relativamente às coisas contingentes, pode decidir entre dois termos opostos, como se vê nos silogismos dialéticos e nas persuasões retóricas. Ora, os atos particulares são contingentes e, portanto, em relação a eles, o juízo da razão tem de se avir com termos opostos e não fica determinado a um só. E, portanto, é forçoso que o homem tenha livre arbítrio, pelo fato mesmo de ser racional.
Resposta à terceira. ― O livre arbítrio é causa do seu movimento, porque o homem, pelo livre arbítrio, é levado a agir. Mas, contudo, não é necessário, para a liberdade, que o livre seja a causa primeira de si mesmo; assim como não é necessário, para uma causa ser causa de outra, que seja sua causa primeira. Ora, Deus, pois, é a causa primeira motora, tanto das causas naturais como das voluntárias. E assim como, movendo-as, não faz com que os atos delas deixem de ser naturais; assim também, movendo as voluntárias, não faz com que os seus atos deixem de ser voluntários, mas antes, causa-lhes essa qualidade, porque obra, em cada ser, conforme a propriedade deles.
Art. 9 - Se Deus quer o mal.
(Infra., q. 48, a. 6; I Sent., dist. XLVI, a. 4; I Cont. Gent., cap. XCV; De Pot., q. 1, a. 6; De Malo., q. 2, a. 1, ad 6.)
1. Pois, quer todo o bem que existe. Ora, é bom que o mal exista, conforme Agostinho: Embora o mal em si não seja bem, contudo é bom que exista, para que não somente exista o bem, mas também o mal1. Logo, Deus quer o mal.
Sendo o bem por natureza apetecível, como dissemos5, e o mal se lhe opondo, é impossível o mal como tal ser apetido, quer pelo apetite natural, quer pelo animal, ou pelo intelectual, que é a vontade. Mas o mal podemos apetecê-lo por acidente, enquanto conduz a algum bem. E isto se dá com qualquer apetite, pois, o agente natural não busca a privação ou a corrupção; mas uma forma concomitante à privação de outra e à geração de um ser, que é a corrupção de outro. Assim, o leão, matando o cervo, busca o alimento, que não é possível sem a morte deste animal. Semelhantemente, o impudico busca o prazer, que não é possível sem a deformidade da culpa. Ora, o mal que acompanha um bem é a privação de outro bem; pois, nunca seria apetido o mal, nem mesmo por acidente, se o bem, que vai de mistura com ele, não fosse mais apetido do que o outro bem de que ele priva. Ora, nenhum bem Deus quer mais do que a sua bondade: mas, quer mais um bem que outro. Donde, o mal da culpa, que priva da ordem para o bem divino, Deus de nenhum modo o quer; mas, quer o mal do defeito natural, ou o da pena, querendo algum bem ao qual se une esse mal. Assim, querendo a justiça, que a pena, e querendo seja conservada a ordem da natureza, quer que algumas coisas naturalmente se corrompam.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. - Alguns disseram, que, embora Deus não queira o mal quer contudo que ele exista ou seja praticado6. E isto diziam porque o mal em si mesmo, se ordena para algum bem; e essa ordem criam estar implicada no dizerem - o mal existir ou ser praticado. Mas, esta opinião não é verdadeira, porque o mal não se ordena ao bem, essencialmente, mas por acidente. Pois, não está na intenção do pecador que, do pecado, resulte algum bem, assim como não estava na intenção do tirano que, pelas suas perseguições, brilhasse a paciência dos mártires. E, portanto, não se pode dizer que tal ordem para o bem se subentenda no dizer-se que é bom que o mal exista ou seja praticado. Porque não se julga uma coisa pelo que lhe convém acidentalmente, senão essencialmente.
Também é engraçado as diferentes formalizações que esquecem de citar ou de contextualizar certos aspectos essenciais da argumentação de Aquino, ainda mais quando Graham Oppy formaliza a primeira via de Tomás e critica as consequências de sua própria formalização. Abaixo trago a formalização do Victorelius, que acredito ser a que mais se aproxima do texto de Aquino.
1. O móvel enquanto móvel é um ente potencial e o motor enquanto motor é um ente atual, porque mover é levar da potência ao ato.
2. O ente potencial não pode ser um ente atual e o ente atual não pode ser um ente potencial ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
3. Logo, o motor não pode ser móvel e o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
4. E portanto, o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
5. Mas se o móvel pode ser movido por si, então o móvel pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
6. Logo, o móvel não pode ser movido por si.
7. Mas o móvel só pode ser movido ou por si, ou por outro.
8. Logo, o móvel só pode ser movido por outro.
9. Assim, ou há infinitos motores, ou não.
10. Se há infinitos motores, então não haveria primeiro motor; se não houvesse primeiro motor, então não haveria outro qualquer. Se não houvesse outro qualquer, não haveriam seres móveis.
11. Se não há infinitos motores, então há um primeiro motor. Se há um primeiro motor, então o primeiro motor é imóvel.
12. Logo, ou não há seres móveis, ou há um primeiro motor imóvel.
13. Há seres móveis.
14. Logo, há um primeiro motor imóvel.
Os subargumentos são um silogismo composto copulativo (1 a 3), o que os lógicos contemporâneos chamam de separação (3 a 4), um silogismo condicional misto (4 a 6), um silogismo disjuntivo (6 a 8), uma inferência material (8 a 9), um dilema construtivo complexo (9 a 12), e um silogismo disjuntivo (12 a 14).
As proposições são um entimema copulativo, que contém uma proposição copulativa com duas proposições reduplicativas (1), outras duas proposições copulativas que contêm, cada uma, duas reduplicativas (2 e 3), uma proposição reduplicativa (4), uma proposição condicional (5), que implica numa proposição simples (6) por modus tollens, uma proposição disjuntiva (7), que implica numa simples (8) por tollendo-ponens, outra disjuntiva (9), implicada materialmente pela anterior (naturalmente, a necessidade de que existam motores implica numa serialidade, que pode ser infinita ou não, segundo o princípio de não-contradição), duas proposições condicionais compostas (10 e 11), de fundamentação mais ou menos implícita, outra disjuntiva (12), uma proposição simples (13) de natureza empírica, e uma proposição simples categórica, que é a conclusão final, acompanhada sempre, nas vias, de um epílogo “ao qual todos chamam Deus”.
Sobre o mundo existir desde sempre, recomendo esse vídeo pro professor Nougué sobre o assunto: ua-cam.com/video/QcZwxq5_-fY/v-deo.html&ab_channel=CarlosNougu%C3%A9Tomismo
@@vitoramate Além do mais, sobre poder haver infinitos motores:
"O primeiro argumento é o seguinte: Se na série de moventes e movidos houver processo ao infinito, então haverá infinitos corpos, porque tudo que é movido e divisível é corpo, conforme está provado (VI Física 4, 234; Cmt 5, 796). Com efeito, todo corpo que move e que é movido enquanto produz movimento é simultaneamente movido. Por conseguinte, todos esses corpos em número infinito são simultaneamente movidos, desde que um só deles seja movido. Mas um deles, sendo infinito, é também movido em tempo finito. Logo todos aqueles infinitos se movem em tempo finito. Mas isto é impossível. Logo, é impossível que uma série de motores e movidos tenha processo infinito.
10. Prova-se que é impossível que os infinitos moventes mencionados sejam movidos em tempo finito, assim: É necessário que o movente e o movido sejam simultâneos, o que se prova por indução, apresentando cada uma das espécies de movimento. Mas os corpos não podem ser simultâneos senão por continuação ou contiguidade. Por conseguinte, como todos os supramencionados motores e movidos são corpos (como foi provado) é necessário que estejam quase como um só móvel por continuação ou contiguidade. E, assim, um infinito é movido em tempo finito, o que é impossível, conforme está provado (VI Física 7, 238a; Cmt 9, 846ss).
11. O segundo argumento, para provar o mesmo, é o seguinte: Nos moventes e movidos ordenados, dos quais um é por ordem movido por outro, deve-se verificar que, removido o primeiro movente ou cessando o seu movimento, ele não mais moverá algum outro nem será movido, porque o primeiro é causa do movimento de todos os restantes. Se houver porém, movente e movidos indefinidamente seguidos, não haverá um primeiro movente, mas serão todos movidos como intermediários Logo, nenhum deles poderá mover-se e, assim, nada será movido no mundo.
12. O terceiro argumento repete o mesmo, mas invertendo-se a ordem, começando pelo superior. É o seguinte: Aquilo que move como instrumento não pode mover a não ser havendo algo que inicialmente o mova. Mas, pelo processo ao infinito dos moventes e movidos, todas as coisas serão instrumentalmente moventes, porquanto todas estarão como moventes e movidas e, assim, nada estará como movente inicial. Logo, nada será movido.
13. Fica, pois, esclarecida a prova de ambas as proposições supostas pela primeira vida da demonstração. Segundo a qual Aristóteles prova haver um primeiro motor imóvel. "
Eu ganhei um livrinho deste aí. Li e agora sou um filosofo. No final de cada tema vem um esquema do assunto com uma receita de bolo. 😂😂😂😂😂😂
n sou ateu, mas curto bastante seus videos.
Bem-vindo!
@@eduardohaward8452 cuidado que agua mole pedra dura, bate até que fura, se o crente for ingenuo pode ser arrebatado por armadilhas do racionalismo, eu pessoalmente creio porque não é lógico, não ha logica para Deus, a força da fé cristã, sao os paradoxos, Deus não precisa esta preso na caixa do racionalismo ateista, ou do proprio cristão, existem as tolices lógica.
Imagina você descobrir que as Sumas Teológicas de Aquino eram direcionadas a inicianteskkk
Em um vídeo o cara ensina e refuta a filosofia Tomista em 20 minutos, mas para refutar apenas 1 via leva 40 minutos kkk azideia
Pesquise os significados das seguintes definições que vc vai entender: Síntese, resumo, resenha, breviário.
O canal do Felipe Neto é logo alí 👉🏽
P1: Concepts can only be in the mind.
P2: Truth is a concept that has always existed.
Conclusion: Therefore, Truth has always existed in a mind.
p2 supposes that: truth is a concept and that it has always existed
both are subjective, unproven premises
Se a verdade sempre existiu, quando não havia nenhuma mente no espaço como que ela existiu?
@@youtub-fj8mu I can prove premise 1. Has it always been true that the universe existed? If the answer is yes, then yes truth has always existed.
@@bruno9764 English.
P2 is F
Muito bom cara!
Obrigado!
Deus seja louvado!
Parabéns!
Você fez a tentiva de número "1 Trilhão" de desacreditar o cristianismo em todos seus milênios. Agradeço também como cristão, pois nestes 2 mil anos a cada tentativa mais o cristianismo cresce.
Pelo contrário, o cristianismo está decaindo de milênios para cá. Não importa quanta doutrinação e imposição ideológica fazem, a tendência evidente é a sociedade se secularizar.
O Islã tbm cresce e cresce mais
Ele não tenta, ele faz e com êxito. Sua religião estar 2 mil anos aí não prova nada, na verdade só mostra o tanto que a sociedade ainda tem que evoluir e a influência que a europa teve no ocidente com seu proselitismo.
O cristianismo cresceu porque foi imposto à força pela Igreja Católica.
E hoje os próprios pais educam seus filhos nessa doutrina.
Se fosse uma escolha realmente livre, ninguém seria cristão.
@@rnamensageiro3478 O que falas não me importa. Paz!
Há uma clara evolução no seu canal e no seu pensar, Benites!
Você está em contato com a vanguarda do pensamento sobre filosofia da religião e os apresenta ao seu público mas distante disso.
Oppy, Huemer, Smith, Leon, Martin, etc.
Muito bom, isso engrandece a perspectiva Ateista e mostra aos adversários que há coerência e qualidade aqui.
Como sugestão, penso que seria oportuno trazer as visões sofisticadas, de vanguarda tbm, dos Teístas. Jogar ambas na roda da dialética e deixar o público avaliar o que se sai melhor.
Outra sugestão cabível é tornar isso uma série - a refutação às vias.
Mas outro tema que poderia virar séria tbm seria o Problema do Mal, abordagem das teodiceis mais famosas disponíveis - como a do John Hicks que você abordou, que é bastante sofisticada.
De toda forma, bom trabalho!
Valeu, Alan!
A passagem do ato à potência só pode ser explicada em última análise pelo Ato Puro. Isso é evidente!
Não é evidente. Veja minhas objeções sobre existir apenas "um" primeiro motor. As objeções à segunda via, a qual você se refere, virão em um próximo vídeo.
@ se o universo material inteiro é móvel, ele não pode mover-se a si mesmo ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto, o que implica recorrer a uma Realidade absolutamente imóvel. O absolutamente imóvel só pode ser um, como faz ver S. Tomás nas deduções da noção de Primeiro Motor imóvel. Achar que a demonstração da existência do Absoluto não material termina na apresentação das vias é equivocado.
Você acaba de admitir uma dualidade de substância com isso; não sei se percebeu...
@@AlanRobson_ que dualidade? Onde está o problema?
@@pensar888 Se há algo em Ato Puro, não há nada nele que seja potencial - por definição.
Logo, o potencial tem de estar hospedado em outro local (ou princípio) distinto de seu Ato.
É o que se deriva necessariamente do sistema Aristotélico.
Se Deus não existe, pq o calendário é Antes de depois de Cristo?
kkkkkkkkkk
Só fiquei com uma dúvida. Tu usa várias vezes o termo "teoreticamente", e eu imagino que seria como sinônimo de "teoricamente". Mas fiquei me perguntando se é um conceito diferente dentro da filosofia.
As objeções levantadas foram objetadas pelo próprio Tomás de Aquino e refutadas na própria Suma Teológica que o senhor supostamente "leu".
Art. 1 - Se o homem tem livre arbítrio.
(Supra, q. 59, a. 3; Ia-IIae, q. 13, a. 6; De Verit., q. 24, a. 1, 2; De Malo, q. 6).
3. É livre quem é causa de si, como diz Aristóteles. E não é livre o que é movido por outro. Ora, Deus move a vontade, conforme a Escritura (Pr 21, 1): O coração do rei se acha na mão do Senhor, e (Fl 2, 13): Ele o inclina para qualquer parte que quiser; e: Deus é o que opera em vós o querer e o perfazer. Logo, o homem não tem livre arbítrio.
O homem tem livre arbítrio; do contrário seriam inúteis os conselhos, as exortações, os preceitos, as proibições, os prêmios e as penas. E isto se evidencia, considerando, que certos seres agem sem discernimento; como a pedra, que cai e, semelhantemente, todos os seres sem conhecimento. Outros, porém, agem com discernimento, mas não livre, como os brutos. Assim a ovelha que, vendo o lobo, discerne que deve fugir, por discernimento natural, mas não livre, porque esse discernimento não provém da reflexão, mas do instinto natural. E o mesmo se dá com qualquer discernimento dos brutos. ― O homem, porém, age com discernimento; pois, pela virtude cognoscitiva, discerne que deve evitar ou buscar alguma coisa. Mas esse discernimento, capaz de visar diversas possibilidades, não provém do instinto natural, relativo a um ato particular, mas da reflexão racional. Pois a razão, relativamente às coisas contingentes, pode decidir entre dois termos opostos, como se vê nos silogismos dialéticos e nas persuasões retóricas. Ora, os atos particulares são contingentes e, portanto, em relação a eles, o juízo da razão tem de se avir com termos opostos e não fica determinado a um só. E, portanto, é forçoso que o homem tenha livre arbítrio, pelo fato mesmo de ser racional.
Resposta à terceira. ― O livre arbítrio é causa do seu movimento, porque o homem, pelo livre arbítrio, é levado a agir. Mas, contudo, não é necessário, para a liberdade, que o livre seja a causa primeira de si mesmo; assim como não é necessário, para uma causa ser causa de outra, que seja sua causa primeira. Ora, Deus, pois, é a causa primeira motora, tanto das causas naturais como das voluntárias. E assim como, movendo-as, não faz com que os atos delas deixem de ser naturais; assim também, movendo as voluntárias, não faz com que os seus atos deixem de ser voluntários, mas antes, causa-lhes essa qualidade, porque obra, em cada ser, conforme a propriedade deles.
Art. 9 - Se Deus quer o mal.
(Infra., q. 48, a. 6; I Sent., dist. XLVI, a. 4; I Cont. Gent., cap. XCV; De Pot., q. 1, a. 6; De Malo., q. 2, a. 1, ad 6.)
1. Pois, quer todo o bem que existe. Ora, é bom que o mal exista, conforme Agostinho: Embora o mal em si não seja bem, contudo é bom que exista, para que não somente exista o bem, mas também o mal1. Logo, Deus quer o mal.
Sendo o bem por natureza apetecível, como dissemos5, e o mal se lhe opondo, é impossível o mal como tal ser apetido, quer pelo apetite natural, quer pelo animal, ou pelo intelectual, que é a vontade. Mas o mal podemos apetecê-lo por acidente, enquanto conduz a algum bem. E isto se dá com qualquer apetite, pois, o agente natural não busca a privação ou a corrupção; mas uma forma concomitante à privação de outra e à geração de um ser, que é a corrupção de outro. Assim, o leão, matando o cervo, busca o alimento, que não é possível sem a morte deste animal. Semelhantemente, o impudico busca o prazer, que não é possível sem a deformidade da culpa. Ora, o mal que acompanha um bem é a privação de outro bem; pois, nunca seria apetido o mal, nem mesmo por acidente, se o bem, que vai de mistura com ele, não fosse mais apetido do que o outro bem de que ele priva. Ora, nenhum bem Deus quer mais do que a sua bondade: mas, quer mais um bem que outro. Donde, o mal da culpa, que priva da ordem para o bem divino, Deus de nenhum modo o quer; mas, quer o mal do defeito natural, ou o da pena, querendo algum bem ao qual se une esse mal. Assim, querendo a justiça, que a pena, e querendo seja conservada a ordem da natureza, quer que algumas coisas naturalmente se corrompam.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. - Alguns disseram, que, embora Deus não queira o mal quer contudo que ele exista ou seja praticado6. E isto diziam porque o mal em si mesmo, se ordena para algum bem; e essa ordem criam estar implicada no dizerem - o mal existir ou ser praticado. Mas, esta opinião não é verdadeira, porque o mal não se ordena ao bem, essencialmente, mas por acidente. Pois, não está na intenção do pecador que, do pecado, resulte algum bem, assim como não estava na intenção do tirano que, pelas suas perseguições, brilhasse a paciência dos mártires. E, portanto, não se pode dizer que tal ordem para o bem se subentenda no dizer-se que é bom que o mal exista ou seja praticado. Porque não se julga uma coisa pelo que lhe convém acidentalmente, senão essencialmente.
Também é engraçado as diferentes formalizações que esquecem de citar ou de contextualizar certos aspectos essenciais da argumentação de Aquino, ainda mais quando Graham Oppy formaliza a primeira via de Tomás e critica as consequências de sua própria formalização. Abaixo trago a formalização do Victorelius, que acredito ser a que mais se aproxima do texto de Aquino.
1. O móvel enquanto móvel é um ente potencial e o motor enquanto motor é um ente atual, porque mover é levar da potência ao ato.
2. O ente potencial não pode ser um ente atual e o ente atual não pode ser um ente potencial ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
3. Logo, o motor não pode ser móvel e o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
4. E portanto, o móvel não pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
5. Mas se o móvel pode ser movido por si, então o móvel pode ser motor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
6. Logo, o móvel não pode ser movido por si.
7. Mas o móvel só pode ser movido ou por si, ou por outro.
8. Logo, o móvel só pode ser movido por outro.
9. Assim, ou há infinitos motores, ou não.
10. Se há infinitos motores, então não haveria primeiro motor; se não houvesse primeiro motor, então não haveria outro qualquer. Se não houvesse outro qualquer, não haveriam seres móveis.
11. Se não há infinitos motores, então há um primeiro motor. Se há um primeiro motor, então o primeiro motor é imóvel.
12. Logo, ou não há seres móveis, ou há um primeiro motor imóvel.
13. Há seres móveis.
14. Logo, há um primeiro motor imóvel.
Os subargumentos são um silogismo composto copulativo (1 a 3), o que os lógicos contemporâneos chamam de separação (3 a 4), um silogismo condicional misto (4 a 6), um silogismo disjuntivo (6 a 8), uma inferência material (8 a 9), um dilema construtivo complexo (9 a 12), e um silogismo disjuntivo (12 a 14).
As proposições são um entimema copulativo, que contém uma proposição copulativa com duas proposições reduplicativas (1), outras duas proposições copulativas que contêm, cada uma, duas reduplicativas (2 e 3), uma proposição reduplicativa (4), uma proposição condicional (5), que implica numa proposição simples (6) por modus tollens, uma proposição disjuntiva (7), que implica numa simples (8) por tollendo-ponens, outra disjuntiva (9), implicada materialmente pela anterior (naturalmente, a necessidade de que existam motores implica numa serialidade, que pode ser infinita ou não, segundo o princípio de não-contradição), duas proposições condicionais compostas (10 e 11), de fundamentação mais ou menos implícita, outra disjuntiva (12), uma proposição simples (13) de natureza empírica, e uma proposição simples categórica, que é a conclusão final, acompanhada sempre, nas vias, de um epílogo “ao qual todos chamam Deus”.
Sobre o mundo existir desde sempre, recomendo esse vídeo pro professor Nougué sobre o assunto: ua-cam.com/video/QcZwxq5_-fY/v-deo.html&ab_channel=CarlosNougu%C3%A9Tomismo
Ele sabe disso, é mau caratismo mesmo meu amigo.
Kkkkkkkkkkkkkk
A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores".
Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser.
Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
@@rnamensageiro3478 O motor imóvel não é necessário de maneira temporal, mas necessário de maneira ontológica, como uma cadeia de hereditariedade. Imagine o exemplo: uma cadeia infinita de pais e filhos e os filhos dos filhos infinitamente. Podemos dizer que cada ente está passando para ato a potência do ente subsequente a capacidade de gerar um filho. Porém perceba que, se essa cadeia infinita for quebrada ao meio, os entes continuarão atualizando suas potencialidades e dessa maneira não consigo provar que ela possui um início, nem que ela possui um fim, e, como afirma Tomás, nem que ela é infinita. Essas cadeias são chamadas cadeias acidentalmente ordenadas.
Agora imagine o exemplo: eu encosto numa pedra e a pedra se movimenta. Perceba que, para que algo passe da potência para o ato é necessário que haja um ato sobre outro ato que possua uma potência realizável (um copo não cai apenas porque pode cair, mas cai porque algo atua no copo e atualiza sua potencialidade). Numa séria causal como o movimento de um copo, eu irei atualizar a potencia do copo com o meu dedo em ato, que será atualizado pelo meu braço em ato, que será atualizado pelos meus músculos em ato... e assim se segue. Perceba que, se nessa série ela for quebrada ao meio, o movimento não acontece, pois precisa que todas as partes estejam em ato ao mesmo tempo. Por isso podemos dizer que é necessário um ato primeiro, pois esse tipo de cadeia acontece e é chamada de cadeia essencialmente ordenada. Perceba também como esse ato primeiro não é necessário de maneira temporal, ou seja, ser o ato primeiro, mas, é necessário que ele seja o ato primeiro de maneira ontológica. Ora, esse tipo de cadeia acontece a todo momento, perceba que o ato puro necessita agir a todo momento para que esse tipo de cadeia aconteça, por isso afirmamos que Deus está segurando o mundo no Ser, pois o ato primeiro está constantemente agindo agora, neste momento iniciando as cadeias essencialmente ordenadas.
Quaisquer dúvidas na explicação acima, favor perguntar, a primeira via continua intacta.
@@rnamensageiro3478 A necessidade do motor imóvel como causa primeira não é necessária de maneira temporal, mas de maneira ontológica.
Imagine o seguinte: uma série de pais e filhos, com os filhos dos filhos e assim por diante, uma série causal de hereditariedade.
Perceba que a potencialidade dos filhos terem filhos continua sendo atualizada até mesmo se a série causal for quebrada. Tomás chama essa cadeias de Séries Causais Acidentalmente Ordenadas. Ora, se suas potencialidades continuam sendo atualizadas e a cadeia continua ainda que se for quebrada ao meio, isso significa que eu não consigo provar filosoficamente que ela teve um início, nem que ela tem um fim, e nem que ela é infinita.
Imagine o seguinte: uma série de movimento, meu dedo irá mover uma pedra.
Perceba que para que um ente se mova, é necessário primeiro que ele possua essa potencialidade e, é necessário que incida um ato sobre ele, para atualizar sua potencialidade. Um copo não cai só porque pode cair, mas cai porque outra coisa em ato atua sobre o copo. Ora, sendo assim, para que eu atualize a pedra, é necessário que meu dedo esteja em ato, e pra que ele esteja em ato, é necessário que meus músculos estejam em ato, e assim por diante. Toda a série causal necessita estar naquele instante em ato. Se eu quebro essa série ao meio, a pedra não se move, é necessário que todos os entes estejam em ato. Tomáa chama essas cadeias de Séries Causais Essencialmente Ordenadas.
Perceba no segundo exemplo que esse tipo de série necessita de um início, que não é um início temporal, mas um início ontológico. Como se a causa primeira estivesse "acima" das outras causas, mas não temporalmente presa à elas. Esse tipo de causa inicia a todo momento, se ela não tivesse todos os entes da série ela não aconteceria, por esse motivo há a necessidade ontológica. Por isso também dizemos que Deus segura os entes no Ser, pois se o ato primeiro não estivesse agindo nesse momento, as séries essencialmente ordenadas não iriam acontecer.
O erro está em interpretar Tomás ao pé da letra, e não em modo de analogia, já que as características de Deus estão além da compreensão humana. Para isso usamos características que são análogas às de sua natureza. Se, inclusive, assistir o vídeo do Nougué que citei em meu comentário, há a demonstração do porquê a regressão infinita não é um problema. Abraços!
Talvez não seja sua área. Porém, se tiver algum conhecimento de Derrida e quiser me ajudar, encontro-me com um problema: já li e reli a chatíssima "Gramatologia" (que saudade dos tempos que não vivi, quando os filósofos falavam com total clareza, tal como Agostinho...) e não encontro a frase "nada há fora do texto", concebida como síntese do seu desconstricionismo, salvo num comentário muito pequeno quando fala de Rousseau. Poderia me dar uma dica sobre se Derrida desenvolveu, de fato, algum texto maior a partir dessa frase?
A questão do "livre-arbítrio" matou completamente esse pseudoargumento.
Oppy é safo. Alguém tem que traduzir esse livro dele para o português.
Sim, brilhante!
Isso foi respondido pelos tomistas, kjkkkkkkkkkkkkkk. Também é respondido na parte da psicologia.
@@PedroStudendi responder até criança responde. Refutar é outra história.
Joga o argumento aí.
Genial a ideia, o engajamento dos comentários tá absurdo com os Tomistas fazendo exatamente o que você criticou kkkk
23:21 isso em nada refuta a via do motor imóvel, ficou parecendo falácia do apelo a autoridade, eu posso simplesmente dizer para um cientista evolucionista "teoria da evolução não me convence", porém isso em nada refuta a teoria, o cientista me perguntará "por quê a teoria da evolução não te convence? onde a teoria falha em sua opinião?" E aí sim eu terei a oportunidade de refutar a teoria. Mas simplesmente dizer que a teoria não convence não significa absolutamente nada, é preciso dizer o porquê. E também é necessário dar uma resposta que seja realmente contundente, e não dar um resposta meia boca e sair achando que ganhou o debate ou que tenha refutado alguma coisa.
Mas ele argumentou antes porque não convence. Logo, ele pode tecer esse tipo de crítica, pois ela tem base no que ele argumentou antes, que é a refutação da primeira via.
@@maxvieira8860 Ele não refutou a primeira via, arrisco a dizer que ele nem entendeu ela.
@Gabriel-co8po, quem entendeu foi você. Argumento típico de religioso!
@@maxvieira8860 Você quer a demonstração que o Benites não entendeu?
@@maxvieira8860 "Por que não poderia existir uma multiplicidades de motores em ato puro?" KKKKKKKKKKKKKKKKKK
"Se o mundo existe desde de sempre" video do canal do Carlos Nougue
👏👏👏👏👏
O cara que refutou são tomás de aquino em 40 minutos 😂 ... viva a liberdade que temos "ainda" na na Internet ...
Hehehe! Matheus Benites "refutou" Tomás de Aquino! Esta é a piada do milênio! Hehehehe!
Me pergunto, pra que refutar tomas de Aquino pela amor de Deus?
Oxi, essas dúvidas são respondidas na própria Suma Teológica
Deixa eu ver se entendi(olhei o vídeo) ele regutou Tomas de Aquino e Aristóteles supondo que o universo é eterno ? rsrsrsrs Digamos que seja, isso resolve o problema ? Como é possivel que exista uma pedra? rsrsrsrs
As duas objeções levantadas são baseadas em ignorância ou incompreensão da argumentação de S. Tomás de Aquino.
-1 Objeção dos múltiplos primeiros motores. Todo motor é movido por outro. Ora, se houvesse múltiplos primeiros motores, por definição eles precisariam de um motor que a eles tivesse dado o movimento (ainda que fosse a existência). Logo, o recurso a um único primeiro motor imóvel continua sendo uma necessidade lógica.
-2 Objeção da falta de clareza sobre a impossibilidade de um recurso ao infinito. Aqui é simplesmente um atestado de não compreensão do filósofo lido. Ora, se se adotasse uma sequência infinita para a mudança no ser, na própria existência, seria o mesmo que afirmar um eterno devir, uma eterna mudança sem início. Mas a própria ciência indica que o tempo e o espaço tiveram um começo. É tolo, a meu ver, querer invocar exemplos matemáticos aqui. Como comparar bananas e jacas. Ele mesmo admite que é um ponto secundário.
problema do brasil ao contrario de outros países é que ele é dominado pelo cristianismo católico romano, uma vertente da religião que eu considero mais difícil de lidar com os seguidores...
O homem é um ser complexo, cria um deus mitológico, e, haja buscar subterfúgios para atestar sua existência.
O primeiro motor é improvável
cara, vc ta virando o antonio miranda
auto dub is so interesting
Questão 83
Teve que surgir o UA-cam para surgir os UA-camrs para refutarem São Tomás ....... rsrsrsrsrs .... Esses caras são uma piada .....
Não mesmo! Kant, Nietzsche, Richard Dawkins, Russel há muito tempo já refutava Tomás de Aquino em algumas questões. Aliás, Epicuro está aí e até hoje ninguém conseguiu refutá-lo.
@@InvestigadorDeMitologiasMentira .... Tanto que esses que tu citaste são todos infinitamente menores, nem filósofos não são ..... rsrsrsrs
@@InvestigadorDeMitologias ademais existe a prova do Mario Ferreira dos Santos, indestrutível..... Rsrsrsrs ....
@@canaldojorge1334 Puts! Isso que eu chamo de desinformação, o cara com acesso à internet tem coragem de falar que Epicuro, Emanuel Kant e Friedrich Nietzsche não são filósofos. kkkkkk
Meu fi, deixa de preguiça e dá um Google aí para você saber que tanto Epicuro (filósofo grego antigo) quanto Kant e Nietzsche (filósofos modernos)são FILÓSOFOS.
Além disso, nem precisa ser filósofo para refutar Tomás de Aquino, qualquer um dotado de inteligência pode, a prova disso são escritores como Russel e Dawkins, e até Saramago que coloca questões problemáticas que os crentes tentam responder, mas sempre entram em incoerência.
@@canaldojorge1334 Puts! Isso que eu chamo de desinformação, o cara com acesso à internet tem coragem de falar que Epicuro, Emanuel Kant e Friedrich Nietzsche não são filósofos. kkkkkk
Meu fi, deixa de preguiça e dá um Google aí para você saber que tanto Epicuro (filósofo grego antigo) quanto Kant e Nietzsche (filósofos modernos) são FILÓSOFOS.
Além disso, nem precisa ser filósofo para refutar Tomás de Aquino, qualquer um dotado de inteligência pode, a prova disso são escritores como Russel e Dawkins, e até Saramago que coloca questões problemáticas que os crentes tentam responder, mas sempre entram em incoerência.
Você apenas deu a sua opinião, mas não há como bater de frente com 2000 anos da igreja católica, que criaram universidades, escolas, hospitais, etc. Talvez você possa contestar algumas pessoas sobre a igreja sim, mas gostaria muito de ver vc contestar os milagres da igreja católica
Com todo educação, quais milagres?
@FábioBarbosa-v2f kkkkk, dá um google
Milagre que só a Igreja viu.....ninguém filmou, ninguém fotografou.
E você inocente, acreditou.
@@danielmb01 pesquisa sobre o milagre de Fátima, e o Sol que parecia dançar no céu, testemunhado por 50000 pessoas👍🫡
Não precisa contestar nada, é só ler Hume
Gostaria antes de tudo reconhecer a evolução do seu canal por trazer objeçoes contemporaneas serias a primeira via e autores como Oppy e Schimidt, que realmente são pessoas que parecem conhecer as obras de São Tomas e se esforçam em objetar seus argumentos de maneira honesta. Gostaria de pontuar porem, algumas coisas que voce ainda pecou. Em primeiro lugar, a afirmação de que Tomas de Aquino e seus argumentos nao sao relevantes hoje em dia e que existe uma tentativa artificial de "ressucitalo" por Catolicos fanaticos. Essa afirmação simplesmente não condiz com a realidade, ja que o proprio Oppy, considerado por muitos o apologista ateu mais inteligente e habilidoso da atualidade debate esses argumentos em seus livros e ja participou de debates com Tomistas como Feser, que voce claramente desconhece o trabalho pelo que falou, ja que ele é alguem que foi ateu por muitos anos e fala com maestria em seu blog sobre diversas correntes filosoficas que ele proprio seguia quando era ateu, apresentando suas criticas. Quero dizer tambem que se os Tomistas saem por ai afirmando que as vias provam Deus, da mesma forma muitos ateus saem por ai falando como se não houvesse boas respostas as objeçoes do Oppy e do Schimidt a esses pontos e a muitos outros levantados por varios filosofos mais antigos. Por ultimo, convido voces a honetamente assistirem os debates do Oppy com Feser e outros Tomistas como Robert C. Koons, que inclusive aconteceu no canal majesty of reason, e tirarem suas conclusões. Garanto que irão concluir que ali existe uma discussão seria entre filosofos de grande porte que debatem de igual pra igual, em alguns casos ate mesmo com certa vantagem para os Teistas.
Eu não sou contra o debate com argumentos tomistas. O que eu critico é a atitude de parte dos tomistas contemporâneos em defender cegamente isso como o fim da filosofia, ignorando tudo o que veio depois. Disse que, em parte, a atitude que vejo em tomistas é essa. Independente de ser ex ateu, a atitude de Ed Feser nos tempos recentes não tem sido muito diferente.
@@MatheusBenites Vc faz a mesma coisa: defende o ateísmo como se o assunto tivesse encerrado. Não venha exigir uma espécie de neutralidade quando vc mesmo está bem longe dela.
@@felipeleria2796exato
@@felipeleria2796 A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores".
Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser.
Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
@rnamensageiro3478 viu, seu animal, é óbvio que a primeira via não prova a impossibilidade da regressão infinita. Isso foi demonstrado nas obras aristotélicas que são ANTERIORES a São Tomás. Então a demonstração da primeira via já parte da PREMISSA isso é impossível. Não a toa as vias estão expostas numa obra chamada "SUMA", que significa "resumo".
E sobre a questão de divindade, São Tomás diz que o primeiro motor imóvel é O QUE CHAMAMOS DE DEUS, ou seja, já existe uma definição de Deus que é ANTERIOR à demonstração.
Isso é BÁSICO!
Matheus, ainda q se admita q Deus tenha sido provado logicamente, uma vez q ele não se apresenta no mundos fatos, o argumento lógico me parece inútil. São apenas elucubrações sofisticadas. Como sou leigo, pergunto: meu pensamento é absurdo?
Não é um pensamento absurdo meu caro, dentro do argumento filosófico praticamente qualquer absurdo pode ser argumentado e demonstrado, já que é simplesmente pontos de vista dos devidos filósofos ou tratam na maioria dos casos de *possibilidades* .
A primeira via de Tomás é mais uma questão de rotular um objeto do que provar a existência de um ser divino, já que *existência* não se conclui meramente via argumento mas por *observação e correspondência* .
As próprias vias não provam "deus" , mas é usado para esse fim, o argumento da primeira via é só uma distorção do argumento de Aristóteles segundo a cosmovisão grega e para explicar o movimento das esferas celestes, que segundo ele os astros estavam presos a esferas cristalinas e o "motor" imovel moveria essas esferas continuamente, mas tarde esse argumento foi adaptado para se racionalizar a fé, como feito por tomas que tinha a crença que era possível chegar a deus por meio da razao , uma visão contraria a de Agostinho.
@Rintauro314 Muito obrigado. Fico honrado com sua atenção.
só pode ser meme um negocio desses kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Canseira ter que refutar essa empulhação tomista.
muito bom o esforço, mas espancaram o espantalho com muito gosto.
@@marcosr.l.s3312 Ler o cara na íntegra e quase desenhar a explicação e a refutação para os bocas abertas é "bater em espantalho" 🤦
@@joaomarcosdefreitas8233 "Refutações" que o próprio Tomás de Aquino fez e refutou na sua Suma Teológica hahaha, olhe meu comentário acima e aprenda a ler e entender as obras de um autor antes de sair "refutando"
@joaomarcosdefreitas8233 não entenderam nada.
@@joaomarcosdefreitas8233 Leia meu comentário abaixo, as objeções citadas nos vídeos foram levantadas e posteriormente refutadas pelo próprio Tomás. É importante ler de fato as supostas "referências" antes de "refutar" algo
@@fpsnoob8325discutir com crente é perda de tempo. 😞
São Tomás não estava filosofando, ou seja, refletindo sobre a existência ou não de deus, mas querendo provar a existência de deus partindo da premissa de que deus existe. Ora, ora, pra, quando a gente se dedica a provar algo no qual previamente já acredita ser verdade, todos os argumentos, válidos ou não, vão se direcionar para a prova, seja ela boa ou não. Para o crente, os argumentos do filósofo da Idade Média são válidos, entretanto, para os que acompanham a evolução do conhecimento e vivem no séc XXI, não são válidos, mas frutos do viés de confirmação.
😂😂😂😂😂😂😂
négocio mal feito da fera, nao refutou nada
Vc que é bom 😂
A primeira via do Tomás (turbando) de Aquino não prova ser impossível uma regressão infinita de "motores".
Tbm não prova q o tal "primeiro motor" (supondo q exista) é uma divindade ou mesmo um ser.
Ou seja, a primeira via não refuta o ateísmo
Já leu Aquino?
@@Queroz-j1o óbvio
Amigo, acredito que você não leu não.
A necessidade do motor imóvel como causa primeira não é necessária de maneira temporal, mas de maneira ontológica.
Imagine o seguinte: uma série de pais e filhos, com os filhos dos filhos e assim por diante, uma série causal de hereditariedade.
Perceba que a potencialidade dos filhos terem filhos continua sendo atualizada até mesmo se a série causal for quebrada. Tomás chama essa cadeias de Séries Causais Acidentalmente Ordenadas. Ora, se suas potencialidades continuam sendo atualizadas e a cadeia continua ainda que se for quebrada ao meio, isso significa que eu não consigo provar filosoficamente que ela teve um início, nem que ela tem um fim, e nem que ela é infinita.
Imagine o seguinte: uma série de movimento, meu dedo irá mover uma pedra.
Perceba que para que um ente se mova, é necessário primeiro que ele possua essa potencialidade e, é necessário que incida um ato sobre ele, para atualizar sua potencialidade. Um copo não cai só porque pode cair, mas cai porque outra coisa em ato atua sobre o copo. Ora, sendo assim, para que eu atualize a pedra, é necessário que meu dedo esteja em ato, e pra que ele esteja em ato, é necessário que meus músculos estejam em ato, e assim por diante. Toda a série causal necessita estar naquele instante em ato. Se eu quebro essa série ao meio, a pedra não se move, é necessário que todos os entes estejam em ato. Tomáa chama essas cadeias de Séries Causais Essencialmente Ordenadas.
Perceba no segundo exemplo que esse tipo de série necessita de um início, que não é um início temporal, mas um início ontológico. Como se a causa primeira estivesse "acima" das outras causas, mas não temporalmente presa à elas. Esse tipo de causa inicia a todo momento, se ela não tivesse todos os entes da série ela não aconteceria, por esse motivo há a necessidade ontológica. Por isso também dizemos que Deus segura os entes no Ser, pois se o ato primeiro não estivesse agindo nesse momento, as séries essencialmente ordenadas não iriam acontecer.
O erro está em interpretar Tomás ao pé da letra, e não em modo de analogia, já que as características de Deus estão além da compreensão humana. Para isso usamos características que são análogas às de sua natureza. Se, inclusive, assistir o vídeo do Nougué que citei em meu comentário, há a demonstração do porquê a regressão infinita não é um problema. Abraços!
@@fpsnoob8325 Acho que era melhor colocar os argumentos que Aquino apresenta na Suma Contra os Gentios livro 1, capítulo XIII.
@@rnamensageiro3478 Se já leu, por que diz que Aquino não provou a impossibilidade de uma regressão infinita?
Não vou assistir porque os textos de São Tomás de Aquino tem tantas falácias por frase que me dá dor de cabeça, mas já vou deixar um like e um comentário pela coragem de se expor na internet assim. Católico na internet consegue ser o bicho mais infernal que existe
Qual o jogo de corrida preferido dos filósofos???😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅Nieztch for speed !!!!😂😂😂😂😂😂😂😂😂