MCCB - VIDA E MORTE DE COLLIPPO - LGP

A prosperidade económica e social de Collippo, que resultava de uma forte organização política e da ação empreendedora das famílias dominantes, manifestava-se através de estruturas públicas como o templo, as termas ou a praça pública, a que chamavam forum.
As distintas campanhas arqueológicas realizadas desde 1963 viriam a revelar importantes achados que permitiram reconstituir aspectos dos edifícios desta cidade romana e levaram a que se identificassem diversas estruturas arquitetónicas e uma grande quantidade de restos de cerâmicas domésticas e de construção bem como de vidro.
De entre as peças expostas, que caracterizam aspectos da vida da cidade, destacam-se o Mosaico do Hipocampo, um conjunto cilíndrico de tijolos, a escultura da cabeça de Minerva e o anel de sinete.
Posteriormente, a ruralização da sociedade romana, a decadência do centro urbano e as invasões dos povos bárbaros provocaram o progressivo desaparecimento de Collipo entre os séculos IV e VI.
Assim, durante mais de cinco séculos, a região da Batalha foi uma «terra de ninguém». Só com a criação do reino de Portugal por Afonso I e a sua chegada a esta região, por volta de 1135, a paz e a vida comunitária voltou lentamente a esta região.