Proletário - Mama Kudile
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- Опубліковано 20 жов 2024
- Jaime Palana Kingungo ou simplesmente Man Prole, como é tratado no meio artístico, é o homem de quem falamos, o autor de múltiplos sucessos que marcaram uma época movimentando diferentes pistas de dança no país e no estrangeiro
Adquiriu o nome artístico de Proletário no Conjunto FAPLA POVO, da Direcção Nacional das FAPLA, em 1974, ao interpretar uma música que fazia menção ao Proletariado e a aliança com o campesinato. A partir daquela data, os antigos integrantes do conjunto: David Zé, Urbano de Castro, Babalu e Hedelbrando de Jesus Cunha, decidiram chamá-lo Proletário, nome que prevalece até hoje.
Aparentemente ausente dos palcos, mas presente no meio artístico, aos 42 anos de carreira, Proletário, revela-se um artista promissor não obstante a baixa de convites que se regista para concertos regulares, como anteriormente acontecia.
Porém, a carreira segue na medida do possível e com muito sacrifício. Mas, o músico está a trabalhar para pô-la sobre carris e a par disso, já trabalha nas bases para o seu próximo trabalho discográfico ainda sem nome. Alerta os fãs a calma e confiança, visto que a nova obra está a ser preparada ao pormenor.
“Não há motivos para tanto alarme, Proletário vem a caminho com um novo disco. Todos nós sabemos que um músico depois de lançar determinada obra, algum tempo depois passa a não ser contratado. Muitos de nós, depois de muito tempo sem gravar, desaparecemos”, disse.
Com uma voz semelhante ao da sua tia Mazanga, irmã mais velha do pai, que designou “Voz de Cabra”, Proletário, nasceu no seio de uma família humilde e de exímios tocadores do batuque tradicional, na província do Kwanza Sul.
Desde pequeno, sempre sentiu-se atraído pela música. Acompanhava o pai e tio em festas e danças tradicionais para as quais os dois irmãos eram convidados e essa vivência, segundo o mesmo, contribuiu para o músico que é hoje.
Precisava de trabalhar, e para encarar os novos desafios e assim, em 1970, lança-se à aventura. Decide viajar à capital do país, onde passados três dias a procura emprego é acolhido por um conterrâneo seu.
Ali permaneceu durante um ano até estabelecer-se. Mas, foi como marceneiro que se iniciou no bairro Kaputo, arredores de Luanda, ao criar o seu próprio estabelecimento, o qual designou Marcenaria Dipanda. Ali, produziu mobiliário para muita gente, enquanto aguardava por uma outra ocupação.
Nos seus tempos livres, Proletário e dois primos imitavam alguns músicos consagrados da época como David Zé, Urbano de Castro e outros.
Mais tarde, os três companheiros decidem improvisar violas e baterias de lata. Aprendem algumas notas e com esta experiência, Proletário, passa a frequentar os kutonoka - espectáculos de rua e gradualmente foi conhecendo alguns músicos consagrados da época.
Ao observar figuras renomadas como Elias Dya Kimuezo, David, Artur Nunes, Urbano de Castro e os outros artistas talentosos exibir a sua arte nos kutonoka, Proletário começou a ganhar mais vocação para a música e aperceber-se que tinha uma voz com qualidade, e começou a compor as suas músicas.
A sua a aproximação à música deu-se em 1970, no Programa “Palmo e Meio”, no ex- Spoting do Rangel, actual Ngongo e prosseguiu noutros recintos como Maria das Crequenhas, actual Centro Recreativo e Cultural Kilamba, no Distrito do Rangel, Mário Santiago, entre outros, que contribuíram para a sua afirmação como músico até o período da proclamação da independência.
Em 1973, antes da sua consagração passa a integrar a Banda Surpresa 73, coordenada por Nzô Yami, uma formação que foi responsável pelas acções de mobilização da população e da juventude em torno do movimento.
No ano seguinte, recebem a primeira delegação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), chefiada por Lúcio Lara, na Dona Amália, Rangel e em 1975, o Presidente de Angola, António Agostinho Neto, vindo de Brazzaville.
Em 1976, à convite de um amigo passa a integrar o Conjunto FAPLA POVO, comandada pelo também músico, compositor, Urbano de Castro, sob direcção artística de David Zé, logística, Artur Nunes Hedelbrando de Jesus Cunha (Solo), Robertinho (vocal);
Gabi Monteiro (coros e chocalho), Chico Monte Negro (bongós), Zeca Pilhas Secas (bateria), Bábula (bateria), Nanutu e Massi (saxofone), formação esta o pertencente a Direcção Política Nacional das FAPLA, cujo director era Bacalof, que posteriormente viria a ser substituído pelos Comandantes Nvunda e Dino Matross, respectivamente.
Meses depois do eclodir dos confrontos na capital do país, que culminaram com o fim das actividades público-recreativas, Proletário retomaria as actividades ao participar num evento de carácter mobilizador no campo Mário Santiago, no Sambizanga, incluindo a tropa para fazer frente às forças invasoras em Kifangondo
Muito obrigado proletario pelas músicas.
Meu velho
Muito bom e muito obrigado por esta história que é parte da cultura angolana...
Por acaso também acompanhei este músico e, as suas belas canções na década de 80 por isso é com alguma nostalgia que revivo as música deste monstro músico do Kwanza sul
Man Prole😭😭😭
"Choro só de ouvir esta musica, fez parte da minha infância. Grandes tempos"
Não és o único meu mano. O sucesso que essa música fez só Deus sabe!
Minha Mae amanha e cantava as musical do proletario
Consigo perceber o kimbundu da Kibala
MAN PROLE... BONS TEMPOS
Música dos anos 80.
O Proletário empregou o mesmo tom de voz a mesma alma após mais de 30 anos e esteve muito mal acompanhado pela banda...as coristas entraram com atraso. É caso para dizer que o Artista/ Músico faz se a si mesmo...a banda é apenas um complemento.