RUMOS E TROPAS - Ricardo Bergha, Joca Martins e Xirú Antunes

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  • Опубліковано 9 лют 2025
  • Tema composto por Eron Vaz Mattos e Cristian Camargo apresentado no 19º Acampamento da Canção Nativa de Campo Bom/RS em março de 2022.
    Poema: Eron Vaz Mattos
    Melodia: Cristian Camargo
    Intérpretes: Ricardo Bergha, Joca Martins e Xirú Antunes
    Guitarron: Cristian Camargo
    Violão Aço: Luciano Fagundes
    Contrabaixo: Pedro Terra
    Bandoneon: Gabriel Maculan
    Acordeon: Aluísio Rockembach
    Vídeo: TV do Gaúcho
    Vida e sonhos, rumo e tropa,
    Vento e sereno, o bastante:
    A tropa marcha por diante
    Aos olhos do capataz;
    Gastando a vida nomás
    No rumo que a estrada aponta
    E os sonhos saem da conta
    Pois vão ficando pra trás.
    Lerdo caminho de tropas,
    Estância dos que não tem;
    Senda que vai ou que vem
    E tantos não voltam mais;
    Os gados deixam sinais
    De cascos, baba e peçunhas
    Como austeras testemunhas
    Dos seus destinos fatais.
    Rumos de antanhos perdidos
    Em meio à sombra da história,
    Onde se aninha a memória
    Da minha origem tropeira
    Que ergueu pátria, hasteou bandeira,
    Cor de pasto no matiz
    Para afundar a raiz
    Nestas plagas da fronteira.
    Fui ponteiro nessa estrada,
    Chamei tropas bem montado,
    Poncho "piloto" emalado
    Cuidando gado e tropilha,
    Pingos de muda pra encilha
    Delgados, de vazio fundo
    Prontos pra cruzar o mundo
    Se tudo fosse coxilha.
    Caminham junto da tropa
    Estalos de arreadores;
    Nas fímbrias dos corredores
    Escorrem águas das fontes.
    O sol entrando defronte
    Sugere vida e caminho
    E apaga o dia aos pouquinhos
    Encortinando o horizonte.
    Pousos, rondas e fogões,
    Ileiras, cordas e crinas,
    Laços, lombilhos e chinas
    Por esses rumos sem fim;
    Por isso fiquei assim:
    Meio céu e meio campo
    Trouxe luas, pirilampos
    Acesos dentro de mim.
    Em cada pouso uma história
    Ficou guardada na gente;
    Apenas quem vive e sente
    Esses momentos na estrada
    Refletindo em cada aguada
    Indiferente do posto
    A imagem do próprio rosto
    Copiando a luz da alvorada.
    Eu tive poncho e cavalos
    E corredores por diante
    Encilhei rumos errantes,
    Levei tropas, trouxe anseios,
    Apartei gados alheios,
    Marcas de muitas estâncias
    Guardei mágoas e distâncias
    Que dormem nos meus arreios.

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