Mundo vive o período mais imprevisível dos últimos 30 anos | Jaime Spitzcovsky - Especial UB 10 anos

Поділитися
Вставка
  • Опубліковано 16 тра 2024
  • Inscreva-se no Canal UM BRASIL📺
    Entrevista inédita toda sexta-feira às 11H🎙️
    Inscreva-se no canal !
    Para saber mais, acesse: umbrasil.com
    Facebook, Instagram e Twitter: ‪@CanalUMBRASIL‬
    *Entrevista gravada em 10 de abril de 2024.
    No cenário atual, o Brasil precisa determinar a sua agenda com base nos interesses nacionais e concentrar os esforços em áreas nas quais reúne reconhecida liderança, como segurança alimentar, agronegócio e questões ambientais
    A humanidade vive em um mundo com um cenário bem mais turbulento, imprevisível e inquieto, do ponto de vista geopolítico, do que há 20 ou 30 anos, avalia o jornalista e palestrante Jaime Spitzcovsky, que fez coberturas jornalísticas de fatos marcantes na história, como as desintegrações da Iugoslávia e da União Soviética (URSS), a morte de Deng Xiaoping e a devolução de Hong Kong à China.
    Para Spitzcovsky, vive-se atualmente os primórdios da formação do mundo multipolar, composto por novos polos de poder. “Na Guerra Fria, sobretudo a partir da Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962 (confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba), havia um grau de previsibilidade entre Moscou e Washington, acentuada posteriormente no período de hegemonia norte-americana”, explica.
    Já no mundo multipolar, há um processo de busca de reacomodação de forças políticas, econômicas e militares, com dois movimentos antagônicos: de um lado os Estados Unidos e a União Europeia, tentando frear uma perda do poder relativo; e do outro a China e a Índia, dois grandes polos de poder em ascensão, querendo ampliar a participação global. “O choque entre esses dois movimentos antagônicos produz essa turbulência e o fato de vivermos em um mundo mais imprevisível, com um número maior de conflitos”, completou o jornalista durante a palestra no evento de comemoração dos dez anos do Canal UM BRASIL - uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em paralelo, outros países sem o mesmo peso político, econômico e militar, mas que são players fundamentais na reacomodação das forças do cenário internacional, buscam também se reposicionar, casos de Rússia, Japão, Indonésia, Arábia Saudita e o próprio Brasil.
    Diante desse cenário histórico e turbulento, Spitzcovsky, que é entrevistador do UM BRASIL desde 2018, enxerga com preocupação o choque de nacionalismos extremados e o avanço de projetos e agendas populistas, sejam de esquerda ou de direita. “Os movimentos nacionalistas de China e Índia colidem com EUA e Europa, que são sociedades democráticas”, exemplifica. A despeito dessa tensão entre os países, algumas agendas comuns importantes precisam ser exploradas pelos principais players do cenário internacional, como a questão climática, a segurança alimentar, a ameaça do terrorismo e o tema nuclear, que necessitam da construção de diálogos junto a essas potências emergentes.
    O papel do Brasil no cenário internacional
    Em meio às incertezas, Spitzcovsky considera importante que o Brasil não tenha um alinhamento automático com nenhum desses polos de poder: os EUA, a Europa, a China e a Índia. “O País deve determinar a sua própria agenda, guiada pelos interesses nacionais, e manter uma equidistância em relação a esses países”.
    Integrante do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo (USP), o palestrante acredita que o Brasil deve buscar o protagonismo e ser uma peça ativa em âmbito internacional. “É preciso resgatar o peso inerente do Brasil no contexto externo, e o caminho é o País concentrar esforços de inserção e participação internacional em áreas nas quais reúne inequívocas e reconhecidas lideranças, como segurança alimentar, agronegócio e questões ambientais”, destaca.
    Spitzcovsky considera um equívoco a utilização da política externa como uma plataforma de interesses de governo, e não de Estado. “Ao longo dos últimos anos, diferentes governos usaram as relações exteriores como veículo para a aplicação de agendas ideológicas, políticas e partidárias, e não necessariamente como uma política estatal. Isso precisa estar a serviço do desenvolvimento econômico e da consolidação da democracia”, conclui.
    Confira o livro de comemoração dos dez anos do Canal UM BRASIL, com os destaques de gravações memoráveis realizadas ao longo de toda a sua trajetória. Clique aqui e baixe a edição especial: umbrasil.com/publicacoes/um-b...
    As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.
    #JaimeSpitzcovsky #relaçõesinternacionais #CanalUMBRASIL10anos

КОМЕНТАРІ • 5

  • @alexandrinobruno
    @alexandrinobruno Місяць тому +1

    Obrigado pelo programa..!!

  • @user-nm2us3fz1j
    @user-nm2us3fz1j Місяць тому

    Conteúdo valioso

  • @maria-gl4vc
    @maria-gl4vc 16 днів тому

    O mundo sempre foi instável ...onde vcs estavam que não viram as guerras, golpes, revoluções coloridas...mesmo no Brasil sempre houve interferência externa.. ..e a instabilidade que por ventura venha será causada pelos mesmos paises que sempre causaram o caos no mundo para dominar e ficar com as riquezas dos outros. Mas tá na hora de enfrenta los.

  • @danielpessoa7160
    @danielpessoa7160 Місяць тому

    *SR. PALESTRANTE, O SENHOR FOI MUITO TÍMIDO EM EXTERNAR A POSIÇÃO RELEVANTE DA FEDERAÇÃO RUSSA NA CONSOLIDAÇÃO DO NOVO MUNDO MULTIPOLAR, QUE JÁ ESTÁ EM CURSO. DEMOCRACIA DE PAPEL, NÃO É DEMOCRACIA, É VILANIA, COMO ESTAMOS VENDO.*

  • @felipeantoniazzi299
    @felipeantoniazzi299 Місяць тому

    Pena que o JS é sionista.